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ASSESSOTEC
ASSESSORIA TECNICA EM ACIONAMENTOS
https://sites.google.com/view/calcular-potencia-do-motor
José Luiz Fevereiro Fone (55-11) 2909.0753 Cel. 9.9606.7789
e-mail 1: fevereirojl@uol.com.br e-mail 2: fevereirojl@gmail.com
DIMENSIONAMENTO DE EIXOS
A teoria que serviu de base para esta matéria está no livro ELEMENTOS DE MAQUINAS de Joseph
Edwards Shigley. Para consulta, foram copiadas as páginas relativas ao assunto na página 28 e seguintes.
A teoria foi simplificada para cálculos mais rápidos e repassada através de exercícios. Siga a sequência para
melhor entendimento.
Exercício 1 - Eixo submetido às tensões de flexão
Esteira transportadora. Cálculo do diâmetro do eixo não motorizado submetido somente ao esforço de flexão
-- cálculo devido a carga apoiada sobre os 2 mancais. Somente um tambor com 220kgf apoia sobre esse
eixo. A força peso sobre cada mancal é: 𝐺⁄2 = 110𝑘𝑔𝑓
𝑀𝑓2 = 𝑅𝑎 ∗ 𝐴 = 𝑘𝑔𝑓𝑚𝑚
𝑀𝑓2 = 110𝑘𝑔𝑓 ∗ 865𝑚𝑚 = 95150𝑘𝑔𝑓𝑚𝑚
Fator de segurança s
Choques leves: maquinas elétricas – 1,5
Choques médios: máquinas e equipamentos industriais – 2,0
Choques fortes: prensas – 2,0 a 2,5
Choques muito fortes: laminadores – 2,5 a 3,5
Coforme abaixo, os rolamentos 6209 suportam carga radial 3200kgf, mais de 10 vezes o necessário.
4
Cálculo da potência requerida para o acionamento com 30% e 100% da capacidade da rosca
Planilha de cálculo no site - https://sites.google.com/view/calcular-potencia-do-motor
Cálculo do diâmetro útil (liso e sem rasgo de chaveta) para eixo dimensionado sem fator de segurança e
considerando 𝑆𝑠𝑒 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑜 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 = 0,75 ∗ 𝑆𝑒 = 0,75 ∗ 36 = 27𝑘𝑔𝑓/𝑚𝑚²
3 𝑀𝑡 3 25664𝑘𝑔𝑓𝑚𝑚²
𝑑𝑢 = √ =√ = 17𝑚𝑚
0,2 ∗ 𝜏𝑎𝑑𝑚 0,2 ∗ 27𝑘𝑔𝑓/𝑚𝑚²
O cálculo não considera a utilização de chaveta 8 x 7 para eixos de 22 a 30mm. As dimensões do rasgo
podem ser vistas na tabela. Para resistir ao esforço de torção necessário para acionar a rosca
helicoidal carregada com 100% de material, o diâmetro mínimo do eixo deveria ser:
t1 = 4mm
d = 𝑑𝑢 + 2 ∗ 𝑡1 = 17 + 2 ∗ 4 = 25𝑚𝑚
Conclusão: Para rosca totalmente carregada, o eixo trabalhará com tensões no limite do escoamento
do seu material. Se permanecer essa condição por muito tempo poderá quebrar.
Exemplo 3– Eixo submetido à flexão e torção combinados e apoiado entre dois mancais
Cálculo da rotação
𝑣 10𝑚/𝑚𝑖𝑛
𝑛= = = 8.4𝑟𝑝𝑚
𝜋 ∗ 2 ∗ 𝑅 3,14 ∗ 2 ∗ 0,190𝑚
Para calcular as dimensões das engrenagens use a planilha: Cálculo das engrenagens
Após determinado o diâmetro aproximado do eixo, pode ser determinado seu valor mais próximo do ideal,
considerando as concentrações de tensões provocadas por rasgos de chaveta, canais, furos, reduções de
diâmetro e outros fatores.
1
32 ∗ 𝑠 1 3
𝑑 = [( ) ∗ (𝑀𝑓 2 + 0,75 ∗ 𝑀𝑡 2 )2 ]
𝜋 ∗ 𝑆𝑛
𝑀𝑓= Momento fletor equivalente
𝑀𝑡 = Momento de torção
𝑆𝑛 = limite de resistência à fadiga por esforços cisalhantes completamente corrigido
Fadiga é o efeito à que está submetido o material que sofre variação de tensão ao longo do tempo de
trabalho. Sob essa condição a resistência do material diminui.
O limite de resistência à fadiga deve ser corrigido em função de vários fatores através da fórmula
𝑆𝑛 = 𝐾𝑎 ∗ 𝐾𝑏 ∗ 𝐾𝑐 ∗ 𝐾𝑑 ∗ 𝐾𝑒 ∗ 𝑆𝑟
Ka = fator acabamento (ver tabela)
Kb = fator tamanho – diâmetro do eixo (ver tabela)
Kc = fator confiabilidade (ver tabela)
𝑆𝑟 = tensão de ruptura por tração para ser utilizado em rotações abaixo de 1000rpm
Kd = fator temperatura 344,4
𝐾𝑑 =
-- para temperatura menor do que 71ºC Kd = 1 273,3 + 𝑇
-- para temperatura maiores do que 71ºC
No projeto das peças que serão montadas sobre o eixo, para evitar
demasiada concentração de tensão, é conveniente eliminar cantos
vivos providenciando pequenos raios de arredondamento como na
peça ao lado
11
Efetuando o cálculo do diâmetro do eixo submetido à fadiga e com fator de segurança 2,0
1 1
32 ∗ 𝑠 1 3 32 ∗ 2,0 1 3
𝑑 = [( ) ∗ (𝑀𝑓 2 + 0,75 ∗ 𝑀𝑡 2 )2 ] = [( ) ∗ (145913² + 0,75 ∗ 93000²)2 ] = 61,4𝑚𝑚
𝜋 ∗ 𝑆𝑛 𝜋 ∗ 14,6
Admitindo diâmetro de 60mm para o eixo e 334mm de distância da engrenagem até o centro de torque
calculamos o momento de inèrcia polar para eixo maciço
𝜋 ∗ 𝑑 4 3,14 ∗ 604
𝐽= = = 1271700𝑚𝑚
32 32
J = momento de inercia polar para eixo maciço
Exemplo 4: Eixo submetido à flexo torção com ponta de eixo em balanço sem apoio do segundo
mancal
Força tangencial Ft exercida pelo motoredutor através da corrente sobre os dentes da engrenagem maior,
𝑀𝑡 66000𝑘𝑔𝑓𝑚𝑚
𝐹𝑡 = = = 550𝑘𝑔𝑓
𝑟 120𝑚𝑚
𝐹𝑟 = 𝐹𝑡 = 550𝑘𝑔𝑓
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 300𝑘𝑔𝑓
𝑅𝑏 = 300𝑘𝑔𝑓 − 150,7𝑘𝑔𝑓 = 149,3𝑘𝑔𝑓
Fazendo o pré cálculo para o diâmetro útil do eixo 𝑑𝑢 submetido à flexo torção
Material selecionado: aço SAE 1040
-- resistência à ruptura por tração = 58kgf/mm² .
-- resistência ao escoamento = 𝑆𝑒 = 26kgf/mm²
16
Cálculo do diâmetro útil da ponta de eixo devido a força radial e momento de torção
1
32 ∗ 𝑠 1 3
𝑑𝑢 = [( ) ∗ (𝑀𝑓 2 + 0,75 ∗ 𝑀𝑡 2 )2 ]
𝜋 ∗ 𝑆𝑒
1
32 ∗ 2,0 1 3
𝑑𝑢 = [( ) ∗ (467502 + 0,75 ∗ 660002 )2 ] = 38,7𝑚𝑚
𝜋 ∗ 26
Conclusão: O diâmetro do eixo deverá ter seu valor maior do que 39mm
Como o cálculo não considera a utilização de chaveta (14 x 9mm para eixos
acima de 44mm), cujas dimensões do rasgo podem ser vistas na tabela, o
diâmetro mínimo do eixo de 39mm deve ser aumentado para:
t1 = 5,5mm
d = 𝑑𝑢 + 2 ∗ 𝑡1 = 39 + 2 ∗ 5,5 = 50𝑚𝑚
Calculando o diâmetro do eixo com mais precisão, A tensão admissível à fadiga deve ser corrigida em
função de vários fatores através da fórmula
𝑆𝑛 = 𝐾𝑎 ∗ 𝐾𝑏 ∗ 𝐾𝑐 ∗ 𝐾𝑑 ∗ 𝐾𝑒 ∗ 𝑆𝑟
Consultando as tabelas
Fator acabamento para eixo usinado com diâmetro 50mm Ka = 0,9
Fator tamanho. Eixo diâmetro 50mm Kb = 0,83
Fator confiabilidade = Kc = 0,87
Fator temperatura = Kd = 1 (temperatura de trabalho menor do que 71º
344,4 344,4
𝐾𝑑 = = =1
273,3 + 𝑇 273,3 + 71
17
Seleção dos mancais para os rolamentos que suportem a carga acima e adequados ao projeto
18
Carga radial do rolamento indicado para o mancal = 3600kgf. Sobre dimensionado em mais de 10 vezes
19
Kb = fator tamanho
Kc = fator confiabilidade
20
em torção
em flexão
atenção: neste gráfico, o valor é o inverso do obtido no eixo vertical ou 1/Kt
22
eixos em torção
Resistência do aço SAE 4340 temperado e revenido conforme catálogo da Villares (abaixo)
Nota no catálogo: Os limites de fadiga são determinados em ensaios em que se submetem os corpos de
prova a um numero muito elevado de ciclos de carga de intensidade variada, até atingir-se uma tensão que o
material suporta indefinidamente. Na falta desses dados, usam-se, para os aços, fórmulas empíricas que
relacionam os limites de fadiga com o limite de resistência. A experiência tem mostrado que esses valores se
aproximam dentro de aproximadamente 20% dos limites de fadiga determinados em ensaios dinâmicos.
Entretanto, a aplicação dessas fórmulas pressupõe superfície polida, beneficiamento perfeito, estrutura
metalográfica uniforme em toda a seção, ausência de corrosão, etc.
https://www.acoespecial.com.br/aco-sae-1045-propriedades.php
28
Fator de segurança