SOBRE O LIVRO “O ESTREITO DE ÉDEN”

“UMA VOZ INSTIGANTE

Não é só no Maranhão (é no Brasil inteiro) que a poesia tornou-se o gênero

mais cultivado – a despeito de sua rejeição comercial. Porém, em que pese a
promissora diversidade de linguagens e matizes, poucos são os poetas que alcançam a
maturidade estilística de Kissyan Castro. Em princípio, porque, a partir da Poesia
Marginal, sobretudo, o aprendizado dos conhecimentos básicos sobre poética, foi sendo
relegado como coisa passadista. Deste modo, ainda que o talento do poeta seja
extraordinário, o pleno aproveitamento da sua riqueza verbal, não se transforma em
legado. Posto que, para bem desconstruir, é fundamental saber construir.

Neste seu "O ESTREITO DE ÉDEN", Kissyan nos demonstra, amplamente, a

firmeza do seu estilo, ao trafegar com larga fluência, entre as várias formas de
métricas (digo várias, porque, mesmo o verso sem métrica fixa, não é tão livre assim),
firmando-se – numa dicção rascante, na confluência da modernidade e da tradição –,
como uma das vozes mais instigantes da poesia de hoje”.

SALGADO MARANHÃO

“De repente, poesia verdadeira nessa incontida vaga de chorume que chega
pelos poros de algoritmos desastrados. Numa primeira leitura já se percebe nuances
poéticas que só os grandes bordejam. Obrigado por iluminar a noite da minha tarde.”

ROBERTO BICELLI

“Uma poesia com evidentes traços de pessoalidade, tanto na substância, pelas

cenas e figuras do cotidiano ou pelo fundo místico/metafísico posto em questão; quanto
na expressão, pela frequente surpresa de sintagmas originais, pelo requinte das rimas e
outros estilemas”.

PEDRO LYRA
 “Valendo-se de vasta cultura e de ampla gama de recursos técnicos, a poesia de
Kissyan Castro é voz requintada e solitária na produção lírica contemporânea, como já
o fora a de seu reverenciado poeta Nauro Machado. Por meio de ostensiva opulência
lexical, O Estreito de Éden elabora uma sucessão de imagens de intensa originalidade,
a serviço de uma visão desencantada da existência.”

ANTONIO CARLOS SECCHIN

Da Academia Brasileira de Letras