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Amílcar Cabral e a revolução dos povos tradicionais

Quando uma série de crises sistêmicas nos ameaçam a todos com uma urgência inusitada, e as lutas dos
movimentos sociais parecem na distância abismal dos sujeitos objetivos, talvez seja tempo de se
aproximar do movimento em que ciências e atividades revolucionárias estiveram muito próximas. A luta
de liberação nacional da Guiné Bissau foi um desses momentos.

 370 milhões de pessoas - em torno de 5% do total mundial – e constitui mais de um terço das
900 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza em áreas rurais do mundo.
 Em sua inesgotável necessidade de espaços de predação selvagem o capitalismo atinge com os
mesmos estrondos de outrora os territórios que toma como desocupados
 Na medida em que todas as atividades associadas e subordinadas à lógica capitalista ficam
visível
 Mais de trinta povos tradicionais e meia dúzia de pequenas cidades ilhada

Deslocamentos em relação ao marxismo

 Deslocamento do motor da história, do modo de produção da vida material para a economia


moral da dignidade humana
 Marx não escreveu sobre a África
 Prioridade das lutas palacianas na situação colonial e neo colonial
 Recusa à pretensão universalista da teoria marxista.
 Teorias locais concêntricas
 Apoio numa rede de provérbios que sustenta uma estrutura moral
 Fragilidade do estado pós colonial

Diferenças em relação ao decolonial

 Não se trata de criar um sistema próprio


Para Cabral a articulação entre o processo de forjar uma ideologia local, analisar cientificamente
uma situação particular e combater concretamente a opressão, na forma armada, se necessário,
eram dimensões indistinguíveis de uma mesma prática. É essa posição teórica epistemológica
que pretendo distinguir das subsequentes intervenções políticas de intelectuais de terceiro
mundo na forma das teorias pós e decoloniais.

 Por uma outra articulação entre teoria e prática

Cabral articula escritos de tática de guerrilha com panfletos humanistas e acuradas análises científicas.

Conclusão

Quando urge liquidar o capitalismo

Certamente a guerrilha se esgotou e o horizonte nacional ficou restrito

A guerra ideológica ainda é o horizonte

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