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Contexto de Trabalho e Capital: Nesse ponto aborda vários aspectos a respeito da organização
das empresas, sendo os dois principais o Fordismo e o Toyotismo. O primeiro aplicava a visão de
uma linha de montagem, onde o trabalhador sempre executava uma mesma função repetidas
vezes, durante toda a sua vida dentro da empresa, nesse caso o trabalhador não conseguia
desenvolver um ponto de vista crítico em relação as tarefas que desempenhava, limitando o seu
crescimento como indivíduo. Já o Toyotismo, o funcionário é visto como peça fundamental do
processo, de forma que ele executa diferentes funções durante sua vida na empresa
(polivalência funcional), opinando e desenvolvendo um ponto de vista crítico sobre o processo,
podendo encontrar melhores formas de executar as tarefas necessárias. De certa forma
podemos colocar que no Fordismo o conhecimento pertencia apenas as pessoas que tinham
cargos mais elevados dentro da empresa, e no Toyotimo o conhecimento era encarado como
sendo de todos, o que levava o indivíduo ser mais “fechado” no modelo Fordista, e mais
“sociável” no Toyotismo.
Boas condições de trabalho: Abrange tudo que diz respeito ao bem-estar físico, metal e
social do trabalhador, como a remuneração que este recebe, que deve ser adequada a atividade
desenvolvida.
Acidente: Algo que ocorre sem a nossa pretensão (exemplo: colisão de um carro, corte no dedo,
queda). Podemos definir como sendo um evento inesperado e indesejado (mesmo que em
condição insegura: trabalhador sem a linha de vida) que tem como característica causar uma
lesão ao trabalhador. Uma perturbação funcional também pode ser considerada acidente de
trabalho, provocando redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho ou até
mesmo a sua morte.
Consequências: são várias, sendo que podem envolver questões sociais, onde o trabalhador terá
que ser sustentado pelo governo, causando prejuízo ao estado; pode causar prejuízos para a
empresa, que terá que substituir o funcionário; para a família do funcionário, que terá que
cuidar dele durante o período, ou até mesmo sobreviver sem o membro da família no caso de
morte.
Desde o começo da pré-história existiam acidentes de trabalho, por exemplo mordida de animal.
É de extrema importância que o local do acidente não seja violado, sendo que esse deve
permanecer isolado e idêntico ao ambiente que se encontrava antes do acidente. Nada pode
ser removido ou acrescentado a cena do acidente antes que esse tenha sido resolvido.
Comunicação do Acidente: deve ser comunicado, mesmo que não haja afastamento, em até 24
hrs depois do ocorrido. Em caso de morte devesse comunicar a polícia imediatamente, sob pena
de multa caso não seja comunicado.
Quem faz o CAT: A empresa do trabalhador. Caso o trabalhador seja terceirizado ou de uma
empresa que presta serviços a empresa terceira que efetua o CAT. No caso de trabalhador
avulso, a responsabilidade é do Orgão Gestor de Mão de Obra, e na ausência deste, pelo
sindicado da categoria. No caso de segurados especiais (ministério público, Serviços jurídicos,
exército, marinha, aeronáutica, etc) o CAT é feito pelo próprio acidentado ou dependente, pelo
médico, ou pelo sindicato.
Perigo: é a propriedade daquilo que pode causar danos. Resumidamente, identificar perigos é
identificar substâncias perigosas, agentes perigosos, produtos perigosos, situações perigosas,
eventos perigosos, operações perigosas ou eventos danosos.
Avaliação de Riscos: vai experiência de trabalho com a situação em análise. Está ligado a
determinada atividade de trabalho, tendo por objetivo identificar:
As situações de perigo que pareçam ser uma ameaça significante;
A necessidade de aperfeiçoamento de segurança das atividades profissionais atendendo
determinações legais.
Tolerância de Risco: Varia de pessoa para pessoa. Uma pessoa pode se sentir com frio em um
local onde outra não.
Análise Preliminar de Riscos (APR): trata-se de uma técnica para avaliação prévia, ou seja,
preliminar, dos riscos presentes na realização de uma determinada tarefa ou trabalho. Sendo
dividido em etapas, que contém um detalhamento apurado de cada uma destas, elencando os
riscos envolvidos nesta tarefa.
São vários os profissionais responsáveis pela segurança do trabalho em uma empresa, sendo os
principais: Engenheiro do Trabalho, Técnico do trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeira do
Trabalho, Auxiliar de enfermagem do trabalho. No caso do engenheiro do trabalho, esse,
geralmente é o “líder” do grupo, sendo que nas questões do SESMT (serviço especializado em
segurança e em medicina do trabalho) o Médico do trabalho pode assumir essa posição de
liderança.
Entre as responsabilidades do Engenheiro do trabalho estão:
Ser especialista na área;
Supervisionar e orientar;
Identificar as condições de segurança e colocar em prática o controle de acidentes;
Planejar e desenvolver iniciativas de prevenção de riscos;
Vitoriar, avaliar, realizar perícias, emitir parecer, laudos técnicos, entre outras funções
que dependem do auxílio dos outros profissionais da equipe;
Analisar os riscos (o que ele pode causar de danos aos trabalhadores), acidentes e falhas
investigando causas, propondo medidas preventivas e corretivas orientando trabalhos
estatísticos, e analisando os custos;
Propor políticas e normas da segurança;
Elaborar projetos de prevenção;
Estudar e adaptar instalações e máquina (respeitando ergonomia, por exemplo, levar
em consideração a estatura média do trabalhador, analisando EPIs e EPCs);
Projetar planos de proteção contra incêndios, rotas de fuga, etc;
Analisar e fiscalizar EPIs e EPCs, tanto em questão da qualidade do equipamento quanto
na fiscalização do uso;
Participar na especificação do Transporte, armazenamento e manipulação de produtos
químicos (principalmente combustíveis);
Elaborar planos destinador a desenvolver a prevenção de acidentes, promovendo a
instalação de comissões e assessorando no funcionamento;
Orientar com treinamentos e palestras a respeito de segurança do trabalho;
Acompanhar a execução de obras;
Auxiliar no treinamento de novos funcionários explicando as funções que serão
desenvolvidas e as medidas de segurança necessárias, e orientar sobre os riscos;
Propor medidas preventivas para evitar lesões e doenças do trabalho;
Informar os trabalhadores e a comunidade a respeitos das medidas de segurança do
trabalho e alertar sobre riscos (exemplo, uma empresa que emite gases que afetam uma
região, assim a população tem que estar ciente dos riscos).
A coisa mais importante é a resolução de 1991. Que descreve os requisitos básicos para o
currículo básico do curso de especialização de Engenharia de Segurança. Os Artigos mais
importantes são o 1° (que especifica quem pode exercer a função) e 4° (que especifica as
obrigações do profissional).
Tipos de Laudos Técnicos
Laudo técnico Pericial (de insalubridade e/ou periculosidade): tem como objetivo de
atender as reclamações de processos trabalhistas no sentido de constatar ou não a
insalubridade ou periculosidade existente no ambiente laboral a pedido da parte
Reclamante.
Laudo Técnico de Avaliação dos Riscos Ambientais do Trabalho, PPRA (NR9 – Programa
de prevenção de riscos ambientais): O laudo procura atender as exigências da NR 9,
em relação a antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da
ocorrência de riscos ambientais (físicos, biológicos ou químicos) existentes ou que
venham a existir, e que possam prejudicar a saúde do trabalhador.
Plano que estabelece condições de trabalho na construção civil. Seus objetivos são:
Garantir, por ações preventivas, a integridade física e saúde do trabalhador empregado,
terceiros, visitantes, etc;
Estabelecer um sistema de gestão em segurança do trabalho nos serviços relacionados
a construção, através da definição de atribuições e responsabilidades à equipe que irá
administrar a obra.
Segundo norma regulamentadora (NR 18), o PCMAT deve ser aplicado para obras com mais de
20 trabalhadores.
Quem elabora o PCMAT? Engenheiros ou técnicos do trabalho.
Qual o roteiro para elaborar um PCMAT?
Análise dos projetos, que deve ser aprovado pela prefeitura;
Vistoriar o local;
Reconhecimento e avaliação de riscos;
Elaboração do documento base (o PCMAT propriamente dito, contendo todas as
informações de riscos e os procedimentos que devem ser adotados);
Implantação do programa.
Higiene no trabalho
É o conjunto de normas e procedimentos voltados para a integridade física e mental do
trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente
físico onde são executadas.
O Plano de Higiene no trabalho deve conter:
1. Plano Organizado: Plantão de médicos, enfermeiros e auxiliares;
2. Serviços adequados: exames admissionais, primeiros socorros, exames periódicos,
entre outros;
3. Prevenções de riscos a saúdes: físicos, químicos e biológicos;
4. Serviços adicionais: palestras sobre saúdes, convênios com hospitais, cobertura por
doença e acidentes, tratamento especial para pessoas de idade, entre outros.
Esse programa tem como objetivo preservar a saúde dos trabalhadores dentro de uma
organização, para estabelecer e orientar a respeito a NR7 regulamenta o tema. Se aplica a todas
as empresas, basta ter 1 funcionário.
O PCMSO está exclusivamente preocupado com a saúde do empregado. O PCMSO trata-
se da parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde
dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais normas
regulamentadoras. Esta norma tem como objetivo prevenir, monitorar e controlar possíveis
danos à saúde e integridade do empregado, assim como também detectar riscos prévios,
especialmente no que diz respeito às doenças relacionadas ao trabalho.
O PCMSO é responsável pelos exames de rotina dos trabalhadores da empresa, sendo
esses os admissionais, de dispensa (em caso de demissão), de retorno (pós licença maternidade,
depois de um período inativo, etc), periódicos (de 1 em 1 ano ou 2 em 2 anos, dependendo da
empresa), ou em mudanças de cargos.
Os relatórios do PCMSO são apresentados e discutidos na CIPA.
Em caso de constatação de doenças o médico responsável pelo PCMSO deverá tomar as
seguintes medidas:
Solicitação de CAT;
Recomendar afastamento do funcionário;
Encaminhar ao INSS a avaliação da incapacidade;
Prestar orientações ao empregado sobre as medidas de controle no ambiente
de trabalho;
Tem a finalidade de preservar a saúde e integridade dos trabalhadores. Esta norma deve
estar presente em todas as instituições e empregadores que venham a admitir trabalhadores
como empregados. À princípio não leva em consideração riscos ergonômicos, mas esses podem
ser considerados.
O PPRA tem um sentido mais amplo no que tange a saúde e integridade dos
trabalhadores. Deve ter uma avaliação anual do programa para verificação das metas e
prioridades estabelecidas.
Diferenças entre o PPRA e o PCMSO:
Acidentes de Trabalho
Os acidentes de trabalho são conceituados como uma ocorrência não prevista, que interrompe
um processo normal de uma atividade, acarretando consequências.
Além das causas já citadas também são considerados acidentes de trabalho os causados por
agressão física, brincadeiras ou atos de imprudência dentro do período da execução das
atividades.
São classificados como Acidente típico, acidente “in itinere” ou de trajeto e doenças
profissionais ou Ocupacionais.
Os dias perdidos são os que efetivamente foram perdidos e os debitados depende da gravidade
do acidente e são mensurados por uma tabela.
Significado sócio econômico das doenças ocupacionais e dos acidentes no trabalho: No início
quem se preocupava com a segurança e saúde do trabalhador eram os Estados. Com o passar
do tempo as empresas perceberam que seria mais lucrativo se preocupar com seus
trabalhadores pois os custos gerados pelas doenças e acidentes causavam grandes prejuízos. O
governo ainda atua nessa área fornecendo benefícios como menor tempo de trabalho para a
aposentadoria ou acréscimo no salário dependendo da atividade exercida, pois uma pessoa que
perde sua capacidade de trabalhar gerará um prejuízo também para o Estado, que terá que
sustentá-la.
Prevenção de doenças ocupacionais: Pode ser feita com a redução do agente causador
(diminuir a vibração de uma máquina por exemplo), com o uso de EPI’s, e pela conscientização
dos trabalhadores, que pode ser feita por meio de cartazes, palestras, banners, etc., que são
vinculados principalmente na semana de segurança do trabalho promovida pela CIPA.
Os Agentes ambientais: podem ser identificados pelas condições físicas existentes no ambiente
de trabalho, como por exemplo: ruído, frio, calor, radiações, vibrações. Essas características
podem variar conforme o ambiente de trabalho, essas variações é que determinam os danos e
seus níveis.
Mapa de riscos: ele apresenta vários fatores existentes nos postos de trabalho que podem trazer
danos à saúde dos empegados, além dos acidentes e doenças relacionadas. Permite um
levantamento de pontos considerados de risco em diferentes setores da empresa, possibilita
assim identificar locais e situações consideradas perigosas.
Os riscos são classificados como mostra a figura a seguir:
Em casos onde mais de um risco está presente no mesmo local, divide-se o círculo com mais de
uma cor (se forem de mesma intensidade).
Exemplos dos riscos são:
Físicos: ruídos, calor, vibrações, pressões anormais, radiações, umidade;
Químicos: poeiras, fumos, névoas, vapores, substâncias químicas;
Biológicos: Vírus, bactérias, parasitas, fungos;
Ergonômicos: esforços físicos, levantamento de peso, postura inadequada, situação de
estresse, jornada de trabalho longa, monotonia e repetitividade;
Mecânicos: arranjo físico com problemas (espaço insuficiente ou mal organizado), as
máquinas e os equipamentos sem a devida proteção (ou obsoletas), ferramentas
inadequadas ou defeituosas, eletricidade (quando as redes est), animais peçonhentos,
armazenamento inadequado.
Como elaborar o mapa de riscos: A CIPA é responsável por levantar as informações necessárias
para que possam ser feitas as inspeções de segurança. Deve ser feita uma busca permitindo-se
identificar e avaliar a gravidade dos riscos, através do diálogo com as pessoas que trabalham
com produtos químicos, identificando a localização dos riscos. Os mapas de riscos sempre
devem ser refeitos caso o ambiente ou a situação (etapa de uma obra por exemplo) mudem.
Deve-se manter o mapa sempre atualizado.
Na vídeo-aula sugere-se uma forma simplificada de elaboração do mapa de riscos, sendo
composta das seguintes etapas:
Possuir a planta do local;
Levantamento dos dados do processo de trabalho;
Número de funcionários que trabalham no setor;
Sexo do entrevistado;
Horário de trabalho;
Se já recebeu treinamento para a função;
Se já recebeu treinamento em segurança;
Avaliação do ambiente de trabalho em relação as atividades desenvolvidas;
Avaliação do ambiente de trabalho em relação aos riscos existentes.
Depois da elaboração do mapa de riscos é possível testar sua eficiência através da utilização de
alguns itens como: EPI’s, EPC’s, higiene e conforto dos banheiros, Vestiários, bebedouros,
refeitórios e áreas de lazer.
Deve-se lembrar que o mapa de riscos deve ficar exposto em um local onde todos possam ter
acesso, não somente os trabalhadores.
Apesar da elaboração simplificada apresentada anteriormente, existe uma mais completa que é
mais aceita e difundida (inclusive está na apostila do Miguel), que é a seguinte:
Como utilizar o mapa de riscos após a sua análise: Após a confecção do Mapa de Riscos, há a
necessidade de se fazer uma análise observando alguns pontos:
Quais são as áreas que devem receber prioridade em decorrência do maior grau de risco
identificado;
Após as medidas de correção forem colocadas em prática e os riscos forem reduzidos
deve-se reduzir os círculos indicativos para a atual posição de risco relacionada ao setor;
Se o problema identificado anteriormente não foi eliminado deve-se adequar com um
círculo ao atual cenário de risco encontrado;
Em caso da identificação de novos pontos de risco é necessário a devida sinalização e
relacioná-los adequadamente no mapa.
Sinalização de Segurança
São feitas através de cores, para que o trabalhador possa identificar uma dada condição daquele
ambiente. É regulamentada pela NR26. As cores utilizadas e seus significados são:
Lembre-se do seguinte:
Sinalização de interdição
Sinalização de alerta
Sinalização de Obrigação
Sinalização de Segurança