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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Enfermagem

Alunos: CINTHIA GONÇALVES, FELIPE PONTES,


ISABELLE CARVALHO, KARLA PEDRA, LEONARDO
MUCKS, PATRICK SANTOS, RAFAEL SALLES, SARAH
BEATRIZ COELHO, YAN LARIU E YASMIN TEIXEIRA

PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA ENFERMAGEM


A IMAGEM FOLCLORICA, A IMAGEM RELIGIOSA E A
IMAGEM SERVIL.

RIO DE JANEIRO – RJ
2019
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Alunos: CINTHIA GONÇALVES, FELIPE PONTES,


ISABELLE CARVALHO, KARLA PEDRA, LEONARDO
MUCKS, PATRICK SANTOS, RAFAEL SALLES, SARAH
BEATRIZ COELHO, YAN LARIU E YASMIN TEIXEIRA

PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA ENFERMAGEM


A IMAGEM FOLCLORICA, A IMAGEM RELIGIOSA E A IMAGEM
SERVIL.

Trabalho apresentado no curso de


graduação em enfermagem pela
Universidade Estácio de Sá

Professora: Andrea Lacerda

RIO DE JANEIRO – RJ
2019
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO5

2. SAÚDE INSTINTIVA: A SOLICITUDE MATERNAL AGINDO PARA A


PROTEÇÃO DO FILHO6

3. O CARÁTER RELIGIOSO: AS PRÁTICAS DA SAÚDE MÁGICO-


SACERDOTAIS7

3.1 EGITO8

3.2 CHINA8

3.3 INDIA9

3.4 JAPÃO10

3.5 PALESTINA10

3.6 GRÉCIA10

3.7 ASSÍRIA E BABILÔNIA11

3.8 ROMA12

4. O ASPECTO SERVIL: DURANTE O RENASCIMENTO (ERA DAS


DESCOBERTAS) E A REFORMA, COM O MOVIMENTO RELIGIOSO
(LUTERANISMO, ANGLICANISMO E CALVINISMO)14

5. O ASPECTO FOLCLÓRICO16

6. CONCLUSÃO17

7. BIBLIOGRAFIA18
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1. INTRODUÇÃO

Desde os primórdios já eram realizados cuidados dos mais variados


tipos. Neste trabalho vamos citar, descrever e analisar os aspectos
religiosos, folclóricos e servis desde o início da sociedade até os dias de
hoje. Com o passar dos séculos a evolução científica e tecnológica nos
ajudaram a compreender melhor as necessidades fisiológicas, sociais e
psicológicas do ser humano, permitindo a evolução da arte mais bela de
todas, o cuidado.
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2. SAÚDE INSTINTIVA: A SOLICITUDE MATERNAL AGINDO


PARA A PROTEÇÃO DO FILHO

Os grupos nômades primitivos andavam constantemente em busca de


alimentos e de proteção contra intempéries e só se estabeleceram em áreas
permanentes depois que aprenderam a cultivar a terra. Na medida em que
encontravam áreas férteis e paravam de vagar, esses grupos foram
corporificando e passando a constituir as tribos, onde os homens exerciam
as funções patriarcais, delegando para as mulheres a prática do cuidar.
Partindo do ponto de vista das duas teorias do surgimento do homem, a
mulher é a grande precursora do atendimento às necessidades relacionadas
à saúde da raça humana. Isso porque a divisão social das famílias e dos
grupos primitivos contemplou-a como responsável por crianças, velhos e
doentes.
A proteção materna instintiva é, sem dúvidas, a primeira forma de
manifestação no cuidado do seu semelhante, pois mesmo nas épocas
nômades, quando as crianças eram sacrificadas por atrapalharem a andança
dos grupos em busca de alimentos, muitas eram salvas devido aos cuidados
de suas mães.
As práticas de saúde propriamente ditas, num primeiro estágio da
civilização, consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da
sua sobrevivência, estando na sua origem associadas ao trabalho feminino.
Com a evolução da sociedade constatou-se que o domínio dos meios de
cura constituía ferramenta poderosa de dominação e proteção territorial. No
seio dos grupamentos humanos, o homem aliou esse conhecimento ao
misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele.
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3. O CARÁTER RELIGIOSO: AS PRÁTICAS SACERDOTAIS

A religião como um fenômeno cívico tem interferência na vida política do


estado, e este dá expressão maior aos deuses, cujo teor mitológico
dogmático corresponde às expectativas dos governantes.
Entretanto, essa religião não atendia totalmente aos anseios das massas,
que conservavam os cultos populares, repletos de magias e superstição, os
quais correspondem às necessidades individuais do povo que almeja a
felicidade material, saúde do corpo e a imortalidade da alma.
Assim a prática da saúde encontra-se em um contexto religioso, imersa
em uma luta de milagres e encantamentos contra demônios causadores dos
males do corpo e do espirito.
Os sacerdotes exerciam o papel de mediador entre os homens e deuses,
investindo-se dos atributos das divindades e detentores do poder da cura, da
vida ou da morte.
Os presentes representados por quadros descritivos e esculturas das
partes dos corpos curadas eram deixados pelos doentes que se
recuperavam, tornando-se a posteriori um verdadeiro testemunho das
práticas de saúde daquele tempo.
A cura era um jogo entre a natureza e a doença, e o sacerdote nesta luta
desempenhava o papel de intérprete entre os deuses e aliado da natureza
contra a doença. Quando o doente se recuperava, o fato era tido como
milagroso. Caso morresse, era indigno de viver, ou seja, havia total isenção
de responsabilidade do sacerdote nos resultados das ações de saúde.
Havia uma divisão de categorias entre sacerdotes com base numa
hierarquia que, além de valorizada e respeitada, era ocupada em seus
cargos mais elevados por intelectuais; o trabalho manual era tido como de
menor importância e, assim, menos prestigiado. Os sacerdotes dos templos
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recebiam títulos sacerdotais e honrarias, bem como formavam castas


perfeitamente organizadas, o que lhes outorgava poder e autoridade por
possuírem um saber e uma prática considerados inatingíveis para o homem
comum na época. Eles eram, de certa forma, mistificados e elevados à uma
categoria acima do povo comum, mais próxima dos deuses.
Essas práticas mágico-sacerdotais permanecem por muitos séculos
desenvolvidos nos templos, que a princípio foram simultaneamente
santuários e escolas onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados.
Podemos citar como exemplos:

3.1 EGITO

A prática religiosa e os conhecimentos científicos adquiridos eram


constantemente unidos na prática de saúde, com forte crença na influência
dos astros sobre a saúde. Os sacerdotes transmitiam seus conhecimentos
para os pupilos e mantinham ambulatórios gratuitos para que os mesmos
pudessem praticar.
Os egípcios realizaram a descrição de doenças, ação de algumas drogas,
iniciaram as técnicas do uso de bandagens para o preparo do corpo das
múmias, reconheceram o coração como o centro da circulação e o ato
respiratório como primordial à manutenção da vida. Destaca-se também o
manuscrito de Imhotep que menciona o cérebro e o seu controle sobre o
corpo humano.
Uma contrapartida na época era a proibição da dissecção do corpo
humano, tido como ato profano pela religião praticada, impondo barreiras ao
progresso científico e cirúrgico.

3.2 CHINA
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Deram também às suas experiências de cuidado um caráter religioso,


onde os médicos que se faziam notar eram adorados como deuses. O
cuidado dos enfermos era função sacerdotal.
As doenças foram classificadas como benignas, médias e graves,
onde as médias e graves eram tratadas com orações e cerimônias
conjuratórias e as leves tratadas com uma terapêutica rudimentar e nem
sempre lógica.
Conheciam a varíola, as manifestações primárias, secundárias e
terciárias da sífilis, bem como as formas congênitas e descreveram em sua
farmacopeia mais de 2000 medicamentos.
A dissecção de cadáveres era também proibida.

3.3 INDIA

O período áureo da medicina e da enfermagem hindu foi devido ao


budismo.
Conheciam ligamentos, vasos linfáticos, músculos, nervos, plexos e o
processo da digestão; faziam suturas, amputações, trepanações e corrigiam
fraturas. O tratamento geral das doenças consistia em dietas, banhos,
clisteres e inalações. Durante muitos anos a prática de saúde foi privilégio de
sacerdotes, sendo depois permitida aos guerreiros (considerados de casta
inferior). O ensino prático era raro e proibiam a dissecção de cadáveres,
fossem animais ou seres humanos.
Julgavam o coração sede da consciência e ponto de partida para todos
os nervos.
Existem menções de construção de hospitais e escola de enfermeiros,
exigindo dos mesmos uma série de qualidades e conhecimentos como
asseio, habilidade, inteligência, conhecimento de arte culinária e de preparo
de remédios. Os cuidadores deveriam ser moralmente puros, dedicados e
cooperantes.
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Os médicos hindus Susruta e Charaka descreveram muitas operações


cirúrgicas como catarata, hérnia, cesariana, estabeleceram normas para o
preparo da sala de operações e mencionaram o uso de drogas anestésicas.
Segundo o Código de Manu, primeira organização geral da sociedade sob a
forte motivação religiosa e política, as doenças eram consideradas
produções de espíritos malignos ou um castigo que Deus impunha aos
culpados. Também atribuía determinadas doenças a determinados crimes.

3.4 JAPÃO

A medicina foi fetichista até o começo da era cristã. As únicas terapêuticas


empregadas eram águas termais e a eutanásia era legalizada. Somente com a
chegada da medicina budista o ensino médico começou a se organizar.

3.5 PALESTINA

Moisés prescreveu conceitos de higiene que o colocaram como um dos


grandes sanitaristas da época. A qualquer doença considerada naquela
época como contagiosa era recomendado isolamento e os preceitos
religiosos prevaleciam como deveres sagrados: a proteção aos órfãos, às
viúvas e a hospitalidade ao estrangeiro.

3.6 GRÉCIA

Dominava a Filosofia, as Ciências, as Letras e Artes, se estendendo


também no campo da Medicina. O desenvolvimento biomédico grego se
divide em dois períodos: Pré-Hipocrático e Pós-Hipocrático. No Pré-
Hipocrático, as primeiras teorias se prendiam a mitologia. Tinham
conhecimento de anatomia e patologia e classificaram 141 tipos de
ferimentos superficiais e profundos. Além da fisioterapia, usavam sedativos,
fortificantes e homeostáticos.
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 Faziam ataduras e extração de corpos estranhos;


 Havia as Xenodóquias (primeira menção de um ambiente para
o cuidado) para o tratamento de doentes;
 Havia também os Iatrions que correspondiam aos nossos
atuais ambulatórios;
Devido à cultura mitológica do corpo e o culto à beleza, prejudicaram o
desenvolvimento de estudos anatômicos e a dissecção de cadáveres.
No Pós-Hipocrático, Hipócrates, o Pai da Medicina, conseguiu explicar a
cientificidade das doenças: Insistia sobre a observação cuidadosa do doente
para o diagnóstico, o prognóstico e a terapêutica, descreveu doenças do
pulmão, aparelho digestivo, o sistema nervoso e a doença mental.
Praticava cirurgia e distinguia cicatrizações, desenvolveu a Teoria
Humoral pela qual considerava a saúde como o equilíbrio dos humores:
sangue, linfa e bile (branca e negra). O seu desequilíbrio significava a
doença.
Quanto à terapêutica, usava como princípio fundamental não contrariar a
natureza, mas auxiliá-la a reagir. Escreveu sobre deontologia médica, sobre
climas e epidemias.
Teve uma grande importância no desenvolvimento da anatomia, através
da dissecção de cadáveres.

3.7 ASSÍRIA E BABILÔNIA


Estabeleciam castigos rigorosos para os médicos em caso de fracasso.
Os cuidados eram todos baseados na magia e orações, acreditando-se que
sete demônios causavam as doenças e as epidemias eram atribuídas a
influências astrais.
Davam grande importância ao regime alimentar, usavam massagens,
tinham colírios para conjuntivites e realizavam tamponamento das fossas
nasais.
Deitavam os enfermos nas ruas para que os transeuntes receitassem
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conforme suas experiências.

3.8 ROMA

Povo dominador e guerreiro imprimiu sua civilização através de outros


povos conquistados;
Distinguiram-se pelas obras de saneamento, ruas limpas, redes de esgoto,
casas bem ventiladas, água pura abundante, banhos públicos para que os
habitantes se banhassem diariamente. Os mortos eram sepultados fora da
cidade.
Os serviços de enfermagem eram também confiados aos escravos.
Com a influência grega crescendo, Júlio Cesar começou a conceder
título de cidadãos romanos aos médicos estrangeiros.
Nos primeiros séculos do período cristão, as práticas de saúde sofrem
a influência, dos fatores socioeconômicos e políticos do medievo e da
sociedade feudal. As grandes epidemias de sífilis, lepra, flagelos que
paralisam a vida política e social, seguiam-se terremotos e inundações,
reforçavam as superstições e as crendices que voltaram a prosperar. Nesse
período de fervor religioso, muitos leigos, movidos pela fé, voltaram suas
vidas às práticas da caridade, assistindo os pobres e os enfermos por
determinação própria. Formando inúmeras congregações e ordens em favor
da associação da assistência religiosa com assistência da saúde.
Os primeiros hospitais foram inicialmente destinados aos monges e,
só mais tarde surgiram os outros, para assistir os estrangeiros, pobres e
enfermos devido a necessidade de defesas públicas sanitárias, causada
pelas grandes epidemias, á demandas dos povos peregrinos e das guerras.
Apesar de total falta de condições higiênicas e de manutenção da maioria
dos hospitais medievais, eles subsistiam por meio de doações, oferendas e
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terras e também recebiam apoio dos poderes públicos através da isenção de


impostos, o que muito contribuiu para o enriquecimento da igreja. Todos eles
tinham como paradigma o caráter religioso em busca da salvação da alma,
tanto dos enfermos quanto das pessoas caridosas que neles trabalhavam.
Suas Funções consistiam em assistir os moribundos e segregar os
indivíduos infectados pelas doenças epidêmicas que dizimaram populações
inteiras nesse período. O hospital nessa época não era caracterizado ainda
como uma instituição medica, não havendo, portanto, uma prática médica
hospitalar concreta.
Quanto a prática da enfermagem, é a partir do aparecimento das
ordens religiosas e em razão da forte motivação cristã que movia mulheres
para a caridade, a proteção e a assistência aos enfermos, que começa a
aparecer como uma pratica leiga desvinculada de conhecimentos científicos.
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4. O ASPECTO SERVIL: DURANTE O RENASCIMENTO (ERA


DAS DESCOBERTAS) E A REFORMA, COM O MOVIMENTO
RELIGIOSO (LUTERANISMO, ANGLICANISMO E CALVISNISMO)

A enfermagem assumiu uma imagem servil, que resultou em uma revolta


contra a supremacia da Igreja Católica; A reforma protestante teve grande
repercussão sobre a enfermagem, uma vez que estava agregada à prática
religiosa. Entretanto, esse movimento não foi exclusivamente religioso, pois,
muito embora representasse uma alternativa derradeira para o
restabelecimento da disciplina clerical que entrara em decadência, também
constituiu uma tentativa de ruptura com a estrutura política do sistema feudal.
Tendo por ponto de partida as críticas às vendas de indulgências, o
movimento de Lutero tornou-se conhecido como um protesto contra os
abusos do clero, com isso muitos monastérios foram fechados, ordens
religiosas dissolvidas, e o trabalho das mulheres extinto.
Dentre os efeitos perniciosos da reforma, o mais marcante foi a
inquisição, desencadeada pelo fanatismo que obcecava os espíritos dos
reformadores. A crença em Sanatás e a superstição da feitiçaria resultaram
numa série de ações em torno da perseguição de pessoas que acreditavam
que fossem praticantes de artes das trevas. No grupo perseguido estavam
muitas curandeiras, filósofos e cientistas que propagavam os axiomas de
suas descobertas na época.
Inúmeros hospitais cristãos foram fechados e as religiosas que cuidavam
dos enfermos foram sendo expulsas, sendo substituídas por mulheres de
baixo nível social e moral, como prisioneiras, prostitutas e mulheres de baixa
renda que se sustentavam com ordenados, sendo forçadas a trabalhar como
domésticas. Embriagavam-se e deixavam seus doentes entregues à própria
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sorte. Os ricos eram tratados em suas casas enquanto os pobres tornavam-


se objeto de instrução e de experiências que resultariam num maior
conhecimento sobre as doenças em benefício dos mais abastados.

O papel da mulher antes cuidadora passa a se dar nos limites do seu lar,
cuidando das crianças e da casa. A enfermagem passa a não ser
considerada uma atividade desejável para mulheres de alto escalão. O
pagamento era baixo, o expediente longo e o trabalho estressante. Estes
foram considerados os anos negros da enfermagem, quando ocorreu um
retrocesso na evolução dos cuidados aos enfermos.
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5. O ASPECTO FOLCLÓRICO

Consequência direta da história da profissão, a enfermagem é


representada no imaginário popular de formas bem distintas, mas prevalece
a dicotomia da profissional feminina hipersexualizada e da profissional casta
e santa conectada com o divino.
Da profissional no sentido de que o cuidado, mesmo não profissional, tráz
sua imagem refletida no ser feminino, que cuida da casa, dos filhos, do
esposo e neste caso, dos enfermos.
Como apresentado no primeiro tópico, o aspecto folclórico da
enfermagem se define por gerações desde os primórdios através dos
conhecimentos adquiridos de forma empírica, pelos nossos ancestrais (Mães
e avós), curandeiros e sacerdotes, e como ciência das tradições, dos usos e
da arte popular de um país ou região;
Esteve presente em todos os aspectos abordados anteriormente e ainda
nos dias de hoje nos vemos cercados pelos ditados populares advindos
desse folclore.
Quem nunca ouviu da mãe que não andasse descalço no chão frio ou
que tomasse chá de boldo para má digestão?
Mesmo após tantos anos de evolução cada povo trás suas raízes que
refletem em contos e saberes do senso comum, o que eles entendem com
potencial para desequilibrar a balança saúde versus doença. A enfermagem
atual desconstrói e reconstrói esses saberes, oferecendo cuidado
culturalmente congruente com o povo que se propõe a cuidar, desvendando
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o saber por trás da crendice popular, identificando questões para serem


respondidas dentro de métodos científicos e assim construir conhecimento
seguro e validado. Ainda colocamos em prática alguns desses saberes, mas
traduzimos para os dois mundos aquilo que efetivamente pode ter eficiência
na construção de saúde.

6. CONLUSÃO

Após esse breve perpasse pela história, conclui-se que, no cuidado,


houve inúmeras fases de transição nas quais, cada vez mais, com o
notório amadurecimento do conhecimento através de estudos e
pesquisas, a ciência foi incorporada à conduta do cuidador.
O cuidado nasceu de uma prática empírica das mães para com seus
filhos e familiares. Tais cuidados, passados de geração a geração,
acabaram por gerar o conhecimento popular (folclore), que era aplicado
na prevenção e tratamento de enfermidades simples.
Logo esse conhecimento se aliou à fé através de curandeiros,
sacerdotes e xamãs que entendiam que bem estar e fé não poderiam ser
dissociados. Nessa época passou-se a crer na cura divina, onde os
Deuses agiriam através dos cuidadores para que a saúde fosse
reestabelecida.
Com o esclarecimento e a evolução provindos do estudo das
civilizações ao redor do globo, de forma congruente com a concepção de
que saúde é um completo bem estar físico, social e mental, a
enfermagem vem avançando em teoria e prática, na busca de que o
homem e seu ambiente se equilibrem em todas as esferas. De milagre a
evidência cientifica, articulamos saberes de todas as áreas de
conhecimento e temos como produto de nosso trabalho a conquista de
saúde para a população que assistimos. Seriamos divinos num passado
não tão distante, mas somos a quem as pessoas clamam nas mais
diversas necessidades.

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7. BIBLIOGRAFIA

MOREIRA, Almerinda; DORNELLES, Soraia; GEOVANINI, Telma. História da


Enfermagem: Versões e Interpretações. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1995. 338 p.
OGUISSO, Taka; CIANCIARULLO, Tamara. Trajetória histórica da enfermagem. -:
Manoele, 2014. 304.

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