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Conteúdos

1. Sobre os Autores

2. Da conceção do modelo de jogo à


operacionalização dos exercícios de
treino

3. Quão importantes são os jogadores na


definição do modelo de jogo?

4. “Viver e morrer” com o meu modelo de


jogo ou viver da estratégia?

5. Os modelos são todos iguais?

6. Modelo de jogo na prática

7. Organização Ofensiva

8. Organização Defensiva

9. Transição Ofensiva

10. Transição Defensiva

11. Esquemas Táticos

12. Planeamento - Análise Prévia

13. UT 1 – Jogo (+2)

14. UT 2 – Jogo (- 4)

15. UT 3 – Jogo (- 3)

16. UT 4 – Jogo (- 2)

17. App Download


Sobre os Autores
Somos dois treinadores de futebol portugueses.
Entre os dois partilhamos experiências a treinar em contextos diversos, a
nível nacional e internacional, ao que somamos uma “fome” de
conhecimento permanente.
Estudámos em Barcelona para perceber de perto a metodologia
utilizada por uma das melhores equipas de todos os tempos (Barça de
Guardiola). Fizemos parte da pós-graduação High Performance Football
Coaching onde contactámos in loco com o método de trabalho de José
Mourinho.
Porque temos a noção que as nossas inquietudes são as tuas, queremos
proporcionar momentos de partilha e aprendizagem com o objetivo de
te fazer ainda melhor treinador.
Sentimos, pelas nossas experiências e contacto com outros treinadores a
necessidade de ter uma plataforma que permitisse ter num só lugar toda
a informação relativa à nossa equipa e ao nosso processo. Decidimos por
isso criar um software/app - COACH ID APP - que desse resposta às
necessidades do treinador atual.
Desafiamos-te a experimentar e a descobrir todo o seu potencial!

João Rico Acácio Santos


DA CONCEÇÃO DO MODELO DE
JOGO À OPERACIONALIZAÇÃO
DOS EXERCÍCIOS DE TREINO
Nos últimos tempos a expressão “modelo de jogo” ganhou uma preponderância
assinalável quando se trata de analisar os comportamentos padrão que uma equipa
de futebol evidencia em campo. Ainda que nem sempre utilizada no contexto
correto (confusão entre modelo e sistema de jogo), qualquer observador reconhece
que, em termos gerais, modelo de jogo há-de ser algo relacionado com a forma de
jogar de uma equipa.

Para os treinadores que procuram dotar as suas equipas de regularidades, tendo


como objetivo primordial criar nos jogadores um pensamento coletivo que os leve a
atuar em sintonia, modelo de jogo é bem mais que o 4-3-3 ou 4-4-2…é, sim, uma
série de conceitos teóricos que são caracterizados desde um nível macro até um
nível micro e que pretendem, através da utilização dos exercícios de treino, passar
da intenção prévia à intenção em acto.

É importante reconhecer que o modelo de jogo ideal está apenas na cabeça do


treinador. Isto porque será impossível, dada a natureza caótica e imprevisível do
jogo, que a equipa expresse a todo o momento essas mesmas ideias. O máximo que
se pode fazer é, utilizando o treino como prática sistemática e organizada, promover
aqueles comportamentos que esperamos ver com frequência no jogar da nossa
equipa e que lhe conferem uma determinada IDENTIDADE.

A palavra IDENTIDADE, por si só, consegue resumir no geral tudo aquilo que define
um modelo de jogo. A titulo de exemplo, quando alguém, mesmo que não um
treinador/analista, olha para uma equipa e consegue dizer:” normalmente saem a
jogar por trás”; “utilizam muito os corredores para cruzamentos”; “quase sempre
fazem uma pressão alta”, etc. significa que há uma preocupação dessa equipa em
pôr em prática, de forma regular, os mesmos comportamentos que, certamente,
estão em consonância com as características de jogo dos seus integrantes: os
jogadores.
Quão importantes são os jogadores na
definição do modelo de jogo?

Vitais. 

Daí nasce a necessidade de adaptação do treinador. Se está num contexto que lhe
permite recrutar os jogadores que pretende estará naturalmente em melhores
condições de implementar o seu modelo. Se não, estará dependente daquilo que
encontrar e cedo terá de definir se o seu modelo ideal é ou não adaptável naquele
momento. 

De uma forma ou de outra, com as suas ideias ou com as ideias que são possíveis, a
representação da identidade pode começar manifestar-se, nunca esquecendo que
essa representação deve surgir, em primeiro lugar, na cabeça dos jogadores. 

Neste propósito, o treino assume novamente relevo. É fundamental que os


jogadores percebam o que se está a treinar e o porquê. Parte do sucesso de um
modelo de jogo está ligado ao envolvimento que o treinador cria com os jogadores
e pela forma como os convence a “comprar” as ideias que tem para a forma de jogar
da equipa. E à medida que o processo avança, esse envolvimento resulta em
questões. Se às perguntas que faz o treinador recebe as respostas que espera, então
há simbiose.
“Viver e morrer” com o meu modelo de
jogo ou viver da estratégia?

O futebol, apesar da recorrente escalpelização até ao mais ínfimo pormenor ou


detalhe, na sua essência continua a ser um jogo em que duas equipas se
confrontam. E os jogos jogam-se. E jogam-se para ganhar! Daí que, tal como numa
batalha, conhecer-nos a nós próprios e ao nosso “inimigo” poder-nos-á conferir um
certo grau de superioridade.

Deste modo, e apesar da necessidade de cimentar conceitos coletivos de jogo, não


podemos descurar a análise que se faz das regularidades do jogo do adversário e a
partir daí tentar tirar proveito dos pontos fracos enquanto nos protegemos /
condicionamos os seus pontos fortes. Mesmo os modelos de maior sucesso e que
privilegiam a constante melhoria do seu próprio jogo têm em atenção a
componente estratégica. 

Logo, se quiser que o meu processo de treino tenha critério, devo avançar para o
planeamento de uma nova semana sabendo quais os aspetos do meu modelo que
vou trabalhar e quais as adaptações/modificações previstas tendo em conta o
adversário que vou encontrar. Esta preocupação faz com que, da algum tempo a
esta parte, se tenha estabelecido e amplamente aceite o MICROCICLO como
unidade mais importante na programação (admitindo que não se trata das etapas
mais baixas de formação).
Os modelos são todos iguais?

Naturalmente que não, porque os jogadores não são todos iguais e porque os
clubes também são diferentes. É tão possível identificar uma ordem numa equipa
que impõe o seu domínio pela posse de bola como noutra que “entrega” o jogo ao
adversário e privilegia ações rápidas de ataque.

Neste sentido, se for o caso, o treinador ao chegar a um clube deve ter em conta os
aspetos comportamentais que determinaram ao longo do tempo a criação de uma
cultura de jogo própria. Se a marca for forte e tiver originado resultados pode ser
importante respeitar e dar sequência, pelo menos, aos traços gerais desse modelo
de jogo identificador.
MODELO DE JOGO NA PRÁTICA
"O mais importante
para um treinador é
criar a sua própria
identidade"
José Mourinho
Com a utilização da COACH ID app o treinador é desafiado a criar a sua ideia de
jogo e, mais que isso, tê-la sempre presente e de fácil acesso. A aplicação permite
caracterizar, nas fases ofensivas e defensiva, os princípios de jogo a 3 níveis:

Princípios gerais, associados a comportamentos táticos globais.


São a base de ligação aos princípios específicos e
representativos.

Princípios específicos, associados a comportamentos táticos


que explicam os comportamentos concretos nas diferentes fases
do ataque e da defesa.

Princípios representativos, associados a comportamentos


micro que representam o “como”, ou seja, o que torna diferentes
as dinâmicas de cada processo.

A app permite ainda associar vídeo que represente cada comportamento e atribuir,
a cada um dos princípios um exercício, imagem ou diagrama criado com o editor.
Na prática:

De forma a concretizar na prática estes níveis de organização, propomos de seguida


um conjunto de conceitos associados a um modelo de jogo hipotético caracterizado
pelas seguintes fases do jogo: ORGANIZAÇÃO OFENSIVA / ORGANIZAÇÃO
DEFENSIVA / TRANSIÇÃO OFENSIVA / TRANSIÇÃO DEFENSIVA / ESQUEMAS
TÁCTICOS OFENSIVOS / ESQUEMAS TÁTICOS DEFENSIVOS.

De seguida, surge o planeamento integral de um microciclo de treino com três


exercícios progressivos por sessão e que têm como lógica a relação com o modelo
de jogo e com o modelo estratégico identificado para enfrentar o próximo
adversário. 

O nosso jogar em 4 pontos:

1. Organização ofensiva: construção curta alternada com construção direta

2. Organização defensiva: Marcação zonal em bloco médio

3. Transição ofensiva: saída da zona de pressão com variação rápida de corredor

4. Transição defensiva: rápida reacção à perda da bola – subir na pressão

SISTEMA PRINCIPAL: 4-2-3-1


Glossário

Posições em campo

GR – Guarda-redes
DL – Defesa Lateral
DC – Defesa Central
MDF – Médio Defensivo
MC – Médio Centro
MOF – Médio Ofensivo
MA – Médio Ala
PL – Ponta-de-Lança
Organização Ofensiva

Gerais

Garantir boa capacidade de circulação da bola com ligação apoiada entre sectores
(fase 1 – construção, fase 2 – progressão, fase 3 – finalização)

Específicos

1. Alternância no estilo de construção a partir de trás (evitar previsibilidade)


2. Linhas de passe interiores e exteriores
3. Sem espaço, variação rápida do corredor de jogo e progressão
4. Ataque à profundidade

Representativos

1. Alternância no estilo de construção a partir de trás (evitar previsibilidade)

3 soluções de construção curta: 


Adversário pressiona alto: construção a 3 - MDF baixa para o meio dos DC (bem
abertos) e laterais projectam-se
Adversário pressiona alto: construção a 3 - MDF baixa para o meio dos DC (bem abertos) e
laterais projectam-se 
Adversário defende baixo (atrás da linha de ½ campo): MA jogam por dentro e
DL bem abertos para abrir espaço   
2 soluções de construção longa:
Jogador de corredor bem aberto na linha divisória - GR passe de média distância
PL a derivar para um dos lados e serve de referência para disputa de bola aérea
(cobertura ofensiva dos Médios e movimento de ruptura do MA desse lado)

2. Linhas de passe interiores e exteriores

Evitar na construção de acções ofensivas ter jogadores na mesma linha


(principalmente DL e MA)
Orientação corporal que preveja acção seguinte: rotação e progressão ou apoio
frontal
Conceito de atrair dentro para libertar fora – a finalização das acções atacantes
privilegia entradas a partir dos corredores

3. Sem espaço, variação rápida do corredor de jogo e progressão

Na primeira fase de construção nunca entramos pelo primeiro corredor. Com


passes fortes obrigamos o adversário a bascular 1 ou 2 vezes para tirar partido do
espaço que vão deixar no corredor contrário.
Após “conquistar” esse espaço somos intensos na exploração desse corredor
com movimentos de profundidade por parte de PL ou médios ofensivos

4. Ataque à profundidade

Seja em construção apoiada seja em ataque rápido, utilizaremos a velocidade dos


jogadores mais avançados para explorar as costas do adversário – movimentos de
diagonais curtas se defendem baixo, procura do espaço entre defesa e GR se
defendem alto 
Organização Defensiva
Gerais

Defender de forma compacta e agressiva não permitindo espaços entre-linhas

Específicos

1. Início da pressão em bloco médio


2. Pouco espaço entre sectores (maior entre linha defensiva e linha média)
3. Percepção do momento em que a bola está coberta ou descoberta
4. Coberturas defensivas quando defendemos perto da nossa baliza

Representativos

1. Início da pressão em bloco médio

Permitir ao adversário sair a jogar por trás e levá-lo para os corredores laterais –
zona de pressão
PL tapa linha de passe do 1º DC, médios sobem na marcação aos médios do
adversário, nossos médios ala defendem de dentro para fora
2. Pouco espaço entre sectores (maior entre linha defensiva e linha média)

Linha atacante e linha média próximas para não permitir progressão. De forma a
controlar mais facilmente a profundidade, a linha defensiva não cai demasiado
perto da linha média. Se existir espaço entre-linhas salta imediatamente um dos
DC na pressão enquanto os restantes defesas fecham o espaço central.

3. Percepção do momento em que a bola está coberta ou descoberta

Articulação perfeita da linha defensiva de forma a subir/baixar ao mesmo tempo.


Subimos se o adversário recebe de costas ou há um passe atrasado; Baixamos se
o adversário não tem oposição perto e está de frente para a nossa estrutura
defensiva (e existe espaço nas costas).
Fundamental a leitura do GR desta situação, avançando para neutralizar o espaço
que existe nas costas da defesa.

4. Coberturas defensivas quando defendemos perto da nossa baliza

A disputa de um lance aéreo ou subida na pressão de um DC deve ser


compensada com a aproximação entre os outros jogadores que compõe a linha
defensiva de forma a fechar o espaço central. 
Se a bola está no corredor, MDF aproxima de forma a fazer cobertura ao lateral se
este é ultrapassado. Desta forma não desposicionamos nenhum dos centrais,
mantendo-os numa posição de proteção à baliza.    
Transição Ofensiva
Gerais

Do campo pequeno ao campo grande: Ao recuperar a bola, objetivo é torna-la


“nossa”. Para que isso aconteça há que garantir o sucesso dos primeiros 3 passes
que devem fazer com que a bola saia da zona de pressão

Específicos

Rápida tomada de decisão em função das 3 opções aquando da recuperação de


bola:

1. Transição em largura
2. Transição em progressão
3. Transição em segurança

Representativos

Em largura – objetivo é efetuar rapidamente uma variação de corredor de jogo


transportando a bola, através de passes fortes ou variação aérea, até ao corredor
mais distante. Esta solução é válida se especialmente se a recuperação é feita na
zona intermédia do campo perto de um dos corredores.
Em progressão /profundidade – objetivo é, quando recuperamos a bola perto
da nossa baliza e o adversário tem muitos elementos em redor, puxar uma
referência atacante para uma zona passível de ser solicitado em profundidade e
assim segurar a bola 

Em segurança – objetivo é, ao recuperar a bola numa zona intermédia ou


avançada em que o adversário se encontra organizado e não há espaço aparente
de progressão, circular a bola por trás servindo os defesas e guarda-redes de
apoio. Desta forma conservamos a bola e entramos em processo de organização
Transição Defensiva
Gerais

Forte reação à perda da bola de forma a recupera-la de novo o mais rápido possível,
não dando tempo/espaço ao adversário para sair da zona de pressing

Específicos

Jogador que perdeu a bola e/ou jogadores mais próximos fazem pressão imediata ao
adversário
Jogadores mais afastados “fecham o campo”, avançando no sentido dos adversários que
são passíveis de receber a bola (modo marcação mista)

Representativos

Não recuamos a não ser numa situação excecional de contenção para proteção da
baliza. Em condições normais:

Avançamos no campo
Cortamos a possibilidade de definir bem a jogada por parte do adversário 
Jogamos em antecipação 
Esquemas Táticos
No âmbito dos esquemas tácticos (bolas paradas) também é possível associar
padrões comportamentais. 

Por exemplo, dizer que devemos atacar a bola aérea com agressividade é um
princípio comportamental geral que, naturalmente, todos os treinadores desejam.

Para sermos mais concretos, podemos definir as zonas a ocupar, distâncias entre
jogadores, orientação corporal, etc…ou seja, particularidades de como queremos
que a nossa equipa aborde esses lances.

A nível ofensivo, se a proposta geral passa por atacar a bola aérea em movimento
combinando deslocamento – bola - tempo de salto, podemos definir como micro
princípios as zonas de ataque à bola ou questões ações estratégicas que visam iludir
o adversário para nos permitir encontrar espaço para finalização.
Planeamento - Análise Prévia
Jogo anterior: tivemos dificuldade em construir na 1ª fase. O adversário
condicionou o nosso jogo interior e não fomos rápidos na variação de corredor para
entrar por fora. Demasiadas vezes a solução passou por passe longo sem que
estivéssemos organizados para ganhar 2ªas bolas. No primeiro treino da semana
iremos promover exercícios que visam melhorar os princípios da nossa organização
ofensiva precisamente na 1ªfase de construção.

Próximo adversário: Esperamos um adversário a defender num bloco


médio/baixo, a fazer diminuir o espaço entre-linhas e a tentar explorar situações de
ataque rápido quando recupera a bola. Foram identificados problemas na
basculação defensiva, na proteção aos corredores laterais e nas bolas paradas
defensivas que podemos explorar.

O plano semanal de treinos, desde o dia Jogo (-4) até ao Jogo (-2), visa desenvolver
sobretudo ações ofensivas no último terço do campo, procurando “atrair dentro
para libertar fora” – fundamental a exploração dos corredores laterais para criação
de situações de finalização.

Para além disso, no momento de transição defensiva devemos estar bem


posicionados para retirar tempo/espaço e critério à ação do adversário. Nas
próximas páginas apresentamos uma estrutura de planeamento semanal
(microciclo) baseado nestes fundamentos e, consequentemente, os exercícios que
lhes dão corpo.
Coach ID App
UT 1 – Jogo (+2) 

Objetivo: Aumentar a velocidade de circulação da


bola na 1ªfase; Encontrar espaços para jogo interior
Regime: Tensão/Duração 
Orientação: Recuperação ativa

EXERCÍCIOS
1. Meinhos

Descrição: Meinho 6 (+1) v2


Circulação de bola com 1 ogador por dentro para permitir circulação interior.
Se conseguirem realizar 15 passes sem perder a bola, os jogadores que estão no meio
ficam outra vez.
Regra: 1 toque permitido por jogador
2. Primeira fase de construção

Descrição: Construção na 1ªfase em superioridade numérica (GR + 6v5). Objetivo da


equipa em processo ofensivo (laranja) é encontrar espaços de progressão por fora ou
marcar na baliza pequena na zona central.
Critérios de êxito: se o adversário defende "aberto"tentamos encontrar espaço por
dentro. 
Se o adversário protege bem o corredor central, o nosso pivô baixa para o meio dos
centrais permitindo maior amplitude aos nossos laterais. 
Se a equipa que defende (brancos) recupera a bola pode tentar finalizar na baliza com
GR.
3. Jogo 6v6 + 6

Descrição: Jogo reduzido 6v6 com 6 jogadores que fazem parte da 3ª equipa em apoio -
4 soluções de passe interior e 2 de passe exterior.
Critérios de êxito: Velocidade de circulação da bola e percepção do espaço de ataque -
entrar por dentro (finalização) ou derivar para os corredores.
Regras: devolução ao 1º toque dos apoios frontais
UT 2 – Jogo (- 4)

Objetivo: Organização defensiva – pressing


médio/alto; Recuperação na zona intermédia e
exploração do jogo interior/exterior: primeiro apoio
interior e finalização após cruzamento
Regime: Tensão (força)

EXERCÍCIOS
1. Pressing + transição em apoio: atrair
“dentro” para libertar espaço “fora”
Descrição: Num espaço de 15x15m, uma equipa em superioridade numérica (preto) 
tenta manter a posse de bola com auxílio de dois jokers que jogam por fora e funcionam
como extremos. Quando a equipa que defende (laranja) recupera a bola deve efetuar
rapidamente um passe de transição no espaço contrário encontrando a referência do
ponta-de-lança que ao receber a bola inicia a distribuição nos jogadores de corredor. A
ação passa então para essa área e as missões das equipas invertem-se.
Critérios de êxito: orientação posicional para recuperar a bola de forma orientada para
a zona a atacar; coberturas defensivas; passe em apoio; aproximação de setores
2. Organização defensiva em bloco médio
(pressão interior)

Descrição: Organização defensiva face à primeira fase de construção do adversário.


Componente estratégica - de forma a promover uma falsa sensação de segurança na
construção interior (pelo espaço que inicialmente é dado aos médios) levaremos a que
explorem o corredor central. Nessa zona  a pressão acentua-se para evitar que consigam
ultrapassar a nossa linha final (representa as costas da nossa linha média) e se
conseguimos recuperar a bola iniciamos ataque rápido com preferência para 1º passe em
apoio, tentando depois promover superioridade na zona de finalização
Critérios de êxito: Ponta-de-lança a fechar linha de passe entre defesas centrais;
coberturas defensivas; Identificação do momento de pressing por parte dos médios;
ataque ao espaço interior lateral/central
3. Setores - Recuperação/ligação ao setor
seguinte (finalização)

Descrição: Jogo por setores - quando uma equipa recupera a posse de bola no seu 1/2
campo defensivo deve ligar a colega de equipa no setor seguinte de forma a dar
sequência à ação ofensiva.
Se a bola for recuperada no 1/2 campo ofensivo, podem finalizar imediatamente.
Nenhum jogador pode ultrapassar a linha divisória.
Regra: máximo de 10’’ para terminar ação ofensiva
Critérios de êxito: Fase defensiva - bloco defensivo compacto (3 defesas + 1 medio)
com boa articulação da linha defensiva; bom passe de transição após conquista da bola;
Fase ofensiva – definição rápida da situação de finalização
UT 3 – Jogo (- 3)

Objetivo: Organização ofensiva – gestão da posse de


bola no ½ campo ofensivo; incorporação dos defesas
laterais para dar profundidade; ações de remate
exterior
Regime: Duração (resistência)

EXERCÍCIOS
1. Circulação ofensiva posicional

Descrição: Circulação ofensiva posicional - apoio frontal interior + ligação exterior. O


último passe é definido pelo movimento do jogador no corredor (se pede em apoio ou
em profundidade).
No 2º período sequência muda de lado.
Critérios de êxito: qualidade no passe; definição espaço/tempo em articulação com o
movimento de apoio/rotura no corredor
2. Exercício de índole ofensivo/defensivo

Descrição: Exercício de indole ofensivo/defensivo com ajuste rápido à


perda/recuperação de bola. Quem recupera deve fazer “campo grande”, ou seja, colocar
4 jogadores fora em apoio e quem perde deve fazer “campo pequeno” – vir dentro para
recuperar bola.
Utilização de 3 jogadores jokers que facilitam a circulação e são referências para
transição.
Critérios de êxito: Combinações de passe curto; linhas de passe constantes ao portador
da bola; jogo interior/jogo exterior; reação forte à perda de bola
3. Jogo 8v7
Descrição: 1 fase: Jogo 8v7 com o objetivo de ultrapassar a linha final do adversário.
Para os verdes, compostos por médios e atacantes o campo fica mais estreito - DAR
ÊNFASE AO JOGO INTERIOR DOS MA.
Equipa laranja se recupera a bola pode finalizar em 2 balizas pequenas.
2 fase: Por cada ação interior uma ação exterior: DL a dar profundidade para passe longo
e termina com cruzamento. Círculos representam zonas que devem estar ocupadas
quando surge o cruzamento.
Critérios de êxito: Paciência na gestão da posse; forçar cominações interiores com
desmarcações curtas de rotura; qualidade no passe longo; ocupação das zonas pré-
definidas na ação de cruzamento.
UT 4 – Jogo (- 2)

Regime: Velocidade
Objetivo: Estimular ações de velocidade de
deslocamento e de velocidade perceção contextual
(componente cognitiva); combinações ofensivas inter e
intra-setoriais/ações individuais; exploração do
comportamento identificado no próximo adversário –
marcação individual nas bolas paradas defensivas
(cantos)

EXERCÍCIOS
1. Exercício de âmbito ofensivo / defensivo

Descrição: Exercício de âmbito ofensivo/defensivo: Velocidade de reação ao estímulo


(saída da bola) - grupos de 2 jogadores constituídos por atacante e defesa. Se o atacante
chega primeiro finaliza na baliza, se o defesa consegue interceptar a bola tenta fazê-la
passar pelas marcas amarelas (passe fora da pressão).
4 séries por grupo
Critérios de êxito: Reação só à saída da bola; velocidade no deslocamento; capacidade
finalização
2. Exercício geral de posse de bola

Descrição: Exercício geral de posse de bola: 4 equipas (2+2) tentam manter a posse de
bola. Cada vez que o treinador comunica outro agrupamento os jogadores devem reagir
rapidamente e perceber quem é a sua equipa a partir desse momento
Critérios de êxito: Velocidade associada a tomada de decisão; jogar de cabeça
levantada; reação rápida ao estímulo (atacar/defender)
3. Ligações intra / intersetoriais + Bolas
paradas ofensivas

Descrição: Ligações intra/intersectoriais + Bolas paradas ofensivas.


Jogo reduzido 4v4 + GR. Equipas divididas por setores (DF/MC/AT), ajustam-se
posicionalmente de acordo com a configuração que o treinador estabelece (1-2-1; 3-1; 2-
2, etc). Após cada golo, equipa que marcou tem mais uma chance por ação de uma bola
parada ofensiva com o adversário a marcar H-H.
Após cada período de 3' trocam-se as funções das equipas (entram as duas que estão
fora e que assumiram a marcação da bola parada e saem as que estavam em campo).
4 jogos por equipa no total
Critérios de êxito: Velocidade nas ações de combinação para finalização; Manter a
equipa organizada para fazer face à perda da bola; Iludir a marcação individual do
adversário com movimentos pré-definidos de ataque à bola aérea (esquemas táticos
ofensivos)
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