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1. Sobre os Autores
7. Organização Ofensiva
8. Organização Defensiva
9. Transição Ofensiva
14. UT 2 – Jogo (- 4)
15. UT 3 – Jogo (- 3)
16. UT 4 – Jogo (- 2)
A palavra IDENTIDADE, por si só, consegue resumir no geral tudo aquilo que define
um modelo de jogo. A titulo de exemplo, quando alguém, mesmo que não um
treinador/analista, olha para uma equipa e consegue dizer:” normalmente saem a
jogar por trás”; “utilizam muito os corredores para cruzamentos”; “quase sempre
fazem uma pressão alta”, etc. significa que há uma preocupação dessa equipa em
pôr em prática, de forma regular, os mesmos comportamentos que, certamente,
estão em consonância com as características de jogo dos seus integrantes: os
jogadores.
Quão importantes são os jogadores na
definição do modelo de jogo?
Vitais.
Daí nasce a necessidade de adaptação do treinador. Se está num contexto que lhe
permite recrutar os jogadores que pretende estará naturalmente em melhores
condições de implementar o seu modelo. Se não, estará dependente daquilo que
encontrar e cedo terá de definir se o seu modelo ideal é ou não adaptável naquele
momento.
De uma forma ou de outra, com as suas ideias ou com as ideias que são possíveis, a
representação da identidade pode começar manifestar-se, nunca esquecendo que
essa representação deve surgir, em primeiro lugar, na cabeça dos jogadores.
Logo, se quiser que o meu processo de treino tenha critério, devo avançar para o
planeamento de uma nova semana sabendo quais os aspetos do meu modelo que
vou trabalhar e quais as adaptações/modificações previstas tendo em conta o
adversário que vou encontrar. Esta preocupação faz com que, da algum tempo a
esta parte, se tenha estabelecido e amplamente aceite o MICROCICLO como
unidade mais importante na programação (admitindo que não se trata das etapas
mais baixas de formação).
Os modelos são todos iguais?
Naturalmente que não, porque os jogadores não são todos iguais e porque os
clubes também são diferentes. É tão possível identificar uma ordem numa equipa
que impõe o seu domínio pela posse de bola como noutra que “entrega” o jogo ao
adversário e privilegia ações rápidas de ataque.
Neste sentido, se for o caso, o treinador ao chegar a um clube deve ter em conta os
aspetos comportamentais que determinaram ao longo do tempo a criação de uma
cultura de jogo própria. Se a marca for forte e tiver originado resultados pode ser
importante respeitar e dar sequência, pelo menos, aos traços gerais desse modelo
de jogo identificador.
MODELO DE JOGO NA PRÁTICA
"O mais importante
para um treinador é
criar a sua própria
identidade"
José Mourinho
Com a utilização da COACH ID app o treinador é desafiado a criar a sua ideia de
jogo e, mais que isso, tê-la sempre presente e de fácil acesso. A aplicação permite
caracterizar, nas fases ofensivas e defensiva, os princípios de jogo a 3 níveis:
A app permite ainda associar vídeo que represente cada comportamento e atribuir,
a cada um dos princípios um exercício, imagem ou diagrama criado com o editor.
Na prática:
Posições em campo
GR – Guarda-redes
DL – Defesa Lateral
DC – Defesa Central
MDF – Médio Defensivo
MC – Médio Centro
MOF – Médio Ofensivo
MA – Médio Ala
PL – Ponta-de-Lança
Organização Ofensiva
Gerais
Garantir boa capacidade de circulação da bola com ligação apoiada entre sectores
(fase 1 – construção, fase 2 – progressão, fase 3 – finalização)
Específicos
Representativos
4. Ataque à profundidade
Específicos
Representativos
Permitir ao adversário sair a jogar por trás e levá-lo para os corredores laterais –
zona de pressão
PL tapa linha de passe do 1º DC, médios sobem na marcação aos médios do
adversário, nossos médios ala defendem de dentro para fora
2. Pouco espaço entre sectores (maior entre linha defensiva e linha média)
Linha atacante e linha média próximas para não permitir progressão. De forma a
controlar mais facilmente a profundidade, a linha defensiva não cai demasiado
perto da linha média. Se existir espaço entre-linhas salta imediatamente um dos
DC na pressão enquanto os restantes defesas fecham o espaço central.
Específicos
1. Transição em largura
2. Transição em progressão
3. Transição em segurança
Representativos
Forte reação à perda da bola de forma a recupera-la de novo o mais rápido possível,
não dando tempo/espaço ao adversário para sair da zona de pressing
Específicos
Jogador que perdeu a bola e/ou jogadores mais próximos fazem pressão imediata ao
adversário
Jogadores mais afastados “fecham o campo”, avançando no sentido dos adversários que
são passíveis de receber a bola (modo marcação mista)
Representativos
Não recuamos a não ser numa situação excecional de contenção para proteção da
baliza. Em condições normais:
Avançamos no campo
Cortamos a possibilidade de definir bem a jogada por parte do adversário
Jogamos em antecipação
Esquemas Táticos
No âmbito dos esquemas tácticos (bolas paradas) também é possível associar
padrões comportamentais.
Por exemplo, dizer que devemos atacar a bola aérea com agressividade é um
princípio comportamental geral que, naturalmente, todos os treinadores desejam.
Para sermos mais concretos, podemos definir as zonas a ocupar, distâncias entre
jogadores, orientação corporal, etc…ou seja, particularidades de como queremos
que a nossa equipa aborde esses lances.
A nível ofensivo, se a proposta geral passa por atacar a bola aérea em movimento
combinando deslocamento – bola - tempo de salto, podemos definir como micro
princípios as zonas de ataque à bola ou questões ações estratégicas que visam iludir
o adversário para nos permitir encontrar espaço para finalização.
Planeamento - Análise Prévia
Jogo anterior: tivemos dificuldade em construir na 1ª fase. O adversário
condicionou o nosso jogo interior e não fomos rápidos na variação de corredor para
entrar por fora. Demasiadas vezes a solução passou por passe longo sem que
estivéssemos organizados para ganhar 2ªas bolas. No primeiro treino da semana
iremos promover exercícios que visam melhorar os princípios da nossa organização
ofensiva precisamente na 1ªfase de construção.
O plano semanal de treinos, desde o dia Jogo (-4) até ao Jogo (-2), visa desenvolver
sobretudo ações ofensivas no último terço do campo, procurando “atrair dentro
para libertar fora” – fundamental a exploração dos corredores laterais para criação
de situações de finalização.
EXERCÍCIOS
1. Meinhos
Descrição: Jogo reduzido 6v6 com 6 jogadores que fazem parte da 3ª equipa em apoio -
4 soluções de passe interior e 2 de passe exterior.
Critérios de êxito: Velocidade de circulação da bola e percepção do espaço de ataque -
entrar por dentro (finalização) ou derivar para os corredores.
Regras: devolução ao 1º toque dos apoios frontais
UT 2 – Jogo (- 4)
EXERCÍCIOS
1. Pressing + transição em apoio: atrair
“dentro” para libertar espaço “fora”
Descrição: Num espaço de 15x15m, uma equipa em superioridade numérica (preto)
tenta manter a posse de bola com auxílio de dois jokers que jogam por fora e funcionam
como extremos. Quando a equipa que defende (laranja) recupera a bola deve efetuar
rapidamente um passe de transição no espaço contrário encontrando a referência do
ponta-de-lança que ao receber a bola inicia a distribuição nos jogadores de corredor. A
ação passa então para essa área e as missões das equipas invertem-se.
Critérios de êxito: orientação posicional para recuperar a bola de forma orientada para
a zona a atacar; coberturas defensivas; passe em apoio; aproximação de setores
2. Organização defensiva em bloco médio
(pressão interior)
Descrição: Jogo por setores - quando uma equipa recupera a posse de bola no seu 1/2
campo defensivo deve ligar a colega de equipa no setor seguinte de forma a dar
sequência à ação ofensiva.
Se a bola for recuperada no 1/2 campo ofensivo, podem finalizar imediatamente.
Nenhum jogador pode ultrapassar a linha divisória.
Regra: máximo de 10’’ para terminar ação ofensiva
Critérios de êxito: Fase defensiva - bloco defensivo compacto (3 defesas + 1 medio)
com boa articulação da linha defensiva; bom passe de transição após conquista da bola;
Fase ofensiva – definição rápida da situação de finalização
UT 3 – Jogo (- 3)
EXERCÍCIOS
1. Circulação ofensiva posicional
Regime: Velocidade
Objetivo: Estimular ações de velocidade de
deslocamento e de velocidade perceção contextual
(componente cognitiva); combinações ofensivas inter e
intra-setoriais/ações individuais; exploração do
comportamento identificado no próximo adversário –
marcação individual nas bolas paradas defensivas
(cantos)
EXERCÍCIOS
1. Exercício de âmbito ofensivo / defensivo
Descrição: Exercício geral de posse de bola: 4 equipas (2+2) tentam manter a posse de
bola. Cada vez que o treinador comunica outro agrupamento os jogadores devem reagir
rapidamente e perceber quem é a sua equipa a partir desse momento
Critérios de êxito: Velocidade associada a tomada de decisão; jogar de cabeça
levantada; reação rápida ao estímulo (atacar/defender)
3. Ligações intra / intersetoriais + Bolas
paradas ofensivas
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