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1- Objetivos
O objetivo do presente trabalho é a análise do texto retórico referido no título, do
ponto de vista de sua estrutura, inserido que está em modelo mais primitivo dos discursos
judiciais, com referências pontuais e inevitáveis ao Livro I da “República” de Platão. Para
tanto, lança-se mão de alguns textos clássicos imprescindíveis (a própria “República” e
algo da “Retórica” de Aristóteles, ainda que como velada referência) além da valiosa
bibliografia secundária sugerida: artigo de Jacob Howland e capítulo escrito por López
Eire na “Historia de la Literatura Griega”.
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Lísias2, por sua vez, é considerado o maior dos logógrafos3. Meteco siracusano
em Atenas, teria estudado Retórica em Turi com Tísias, discípulo de Córax (a quem
tradicionalmente atribui-se a invenção da técnica). Embora tenha obtido a devolução de
boa parte da fortuna familiar arrebatada pelos tiranos e pelo próprio estado ateniense, teve
na logografia valiosa fonte de renda.
“Contra Eratóstenes” foi o único discurso proferido pelo próprio Lísias no breve
período após a restauração democrática em que decreto de Trasíbulo conferiu-lhe a
cidadania. Ao que se sabe, teria sido esse o único discurso proferido por ele mesmo diante
dos atenienses. Com a invalidação do decreto, ele volta à condição de estrangeiro e tem
na escrita dos discursos sua atividade política possível, indireta e, lembremos, rentável.
Essa busca de ganho é retratada e bastante explorada por Platão quando se refere a Lísias.
1
A Tirania dos Trinta foi um governo oligárquico de Atenas composto por trinta magistrados chamados
tiranos, que sucedeu a democracia ateniense ao final da Guerra do Peloponeso, conflito armado entre Atenas
e Esparta vencido por esta última e que se travou entre 431 e 404 a.C.. O regime durou menos de um ano,
em 404 a.C.. Mais do que as vidas perdidas na guerra, Atenas viu centenas de seus cidadãos condenados à
morte pelo novo regime. Milhares exilaram-se à época, esvaziando a outrora pujante cidade grega.
2
De acordo com Dionisio de Halicarnassos e biografia atribuída a Plutarco, Lísias nasceu em 459 AC de
acordo com a tradição de que teria alcançado e até ultrapassado a idade de 80 anos. A data é obtida
flagrantemente pela contagem decrescente da fundação de Turi (444 AC), ante a tradição de que Lísias teria
lá chegado com a idade de 15 anos. Críticos modernos geralmente fixam tal data em 445 AC e determinam
a ida a Turi por volta de 430 AC. Sua obra é bastante extensa e diversos discursos nos foram deixados.
Debra Nails, The People of Plato (Hackett, 2002), p. 190, e S.C. Todd, "Lysias," in Oxford Classical
Dictionary 3rd ed. (1996).
3
Logógrafos eram pessoas que escreviam os discursos a serem lidos perante a assembleia pelos clientes.
As acusações e defesas não podiam ser empreendidas por terceiros, mas pela própria parte em litigio.
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negativa de justiça (mais do que indicar o que é a justiça, ficamos diante de várias coisas
que ela não pode ser). Como bem destaca Howland 4, é interessante que na obra platônica
a voz de Lísias só assim se possa ouvir. Foi mesmo indiretamente que ele se fez ouvir
durante sua vida.
Platão escreve
Data a República
Tirania Restauração
dramática da
dos 30 democrática Lísias
Retórica de República Derrota de Retórica de
profere"Contra
Córax Atenas Aristóteles
Eratóstenes"
Sem fazer grandes digressões, López Eire5 assinala que a oratória parece a
evolução natural daquilo que liga ao pensamento mágico, a uma mântica da palavra que
seria capaz de atingir diretamente o alvo da referência e modificar a realidade em
obediência aos desígnios do operador.
4
“Plato’s Reply do Lysias: Republic I and II and Against Eratosthenes”, Jacob Howland, in The American
Journal of Philology, Vol. 125, No. 2 (Summer, 2004), pp. 179-208, Published by: The Johns Hopkins
University Press. Stable URL: ttp://www.jstor.org/stable/1562196.
5
“La oratória”, López Eire; Capítulo XVII em Historia de la Literatura Griega”, coordenado por Juan
Antonio López Férez – Madrid, Ediciones Catedra, 1988.
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“levadas pelo vento”, para que sejam impedidas de impressionar as referências reais. No
pensamento primitivo, não são etiquetas, mas as própria coisas referidas que estão em
jogo no discurso.
Palavras embelezadas poderiam impressionar a vontade dos deuses (era esse, entre
outros, o poder/função dos poetas), mas logo percebeu-se, eram capazes também de
produzir “pathos” na assistência e de algo mais: o convencimento dos ouvintes.
Interessante perceber como a boa condução do discurso é apreciada e necessária até
mesmo em regimes tirânicos, disso sendo exemplo diversas passagens da “Ilíada”. Longe
de se fechar em copas, o rei tem o costume de ouvir seus nobres conselheiros, guerreiros
tão tenazes e belicosos como igualmente eloquentes.
Segundo seu modelo, um discurso deveria ser formado de quatro partes (proêmio,
narração, testemunhas, epílogo) e, como dito, ser capaz de convencer. Manuais e volumes
de discursos hipotéticos surgidos após (provavelmente os paradigmas de Lísias)
certamente seguiram esse modelo. A propósito, o ensino de retórica dava-se também por
manuais que estabeleciam as regras a serem seguidas e por coleções de exemplos, alguns
baseados em casos reais e outros aparentemente em meras hipóteses.
6
López Eire refere anedota atribuída a Córax segundo teria ele perguntado seus alunos como deveriam agir
dois homens em litígio, quem deveria ser verdadeiro perante o tribunal, sendo a vítima homem forte e
covarde e o agressor homem franzino e destemido. Após ouvir as respostas, teria advertido que nenhum
dos dois deveria ser fiel aos fatos. Para convencer os juízes, o homem forte deveria narrar que o agressor
estava acompanhado de outras pessoas que lhe aplicaram uma surra, enquanto o homem franzino mas
agressivo deveria sustentar sua fragilidade e incapacidade de bater em oponente mais forte. Importante seria
convencer… López Eire, op. cit., pg. 744.
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É forçoso lembrar do processo contra Sócrates, como podem ter pesado para sua
condenação suas relações pessoais e conhecida influência sobre os mais destacados dos
tiranos (Crítias e Alcebíades). Naquela democracia restaurada, havia espécie de anistia
negociada. Esses processos se valiam de pequenas brechas na cláusula de perdão
7
“O epílogo compõem-se de quatro partes. A primeira consiste em predispor o auditório a nosso favor e
contra nosso opositor; a segunda parte cumpre a função de amplificar ou atenuar o que foi dito; à terceira
cabe a função de estimular as paixões do auditório; finalmente, a quarta consiste em fazer uma
recapitulação.” Aristóteles, “Retórica”, 1419b, tradução de Edson Bini – São Paulo, EDIPRO, 2011, pg.
288.
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estabelecida quando do armistício que sucedeu a vitória dos democráticos sobre o Regime
dos 30.
Difícil não me parece, senhores juízes começar este libelo; sim, terminá-lo.
São em tão grande número e de tamanho vulto os crimes dos Trinta, que nem
mentido se poderiam assacar mais terríveis que os reais, nem, querendo dizer
a verdade, referir todos; por força, ou havia de se cansar o acusador, ou de se
esgotar o tempo. Vai-nos acontecer o contrário do que ocorria até hoje. Antes,
cumpria aos acusadores demonstrar a razão do ódio votado aos réus; hoje, é
mister indagar dos réus a razão do ódio à pátria, que os acoroçoa a cometer tais
crimes contra ela. Não digo isso por me faltarem pessoalmente razões de ódio
e desgraças; todos nós temos de sobra motivos de ordem particular e de ordem
pública para exacerbação. Quanto a mim, senhores juízes, jamais advoguei
uma causa, própria ou alheia; se estou acusando esse indivíduo, fui
constrangido a isso pelas circunstâncias; por isso, muitas vezes me vejo
assaltado de profundo desalento, temeroso de, por inexperiência, apresentar,
em meu nome e no de meu irmão, uma acusação não proporcionada ao crime
e ineficiente. Tentarei, não obstante, pôr-vos ao corrente de tudo desde o início,
com a possível concisão.
A partir daí, Lísias inicia a narrativa de como sua família veio a se mudar para
Atenas e como foi vítima da perseguição dos Trinta (passos 4 e seguintes).
8
“Mas uma coisa vos peço Atenienses, e insisto neste ponto: se me ouvirdes defender-me com as mesmas
palavras que costumo usar, quer na praça pública, junto aos balcões dos mercadores, onde muitos de vós
me tendes escutado, quer noutros lugares, não vos admireis nem protesteis por causa disto. É que minha
situação é a seguinte: pela primeira vez compareço perante um tribunal, depois de setenta anos de idade.
Encontro-me, por isso, alheio de todo o gênero de linguagem aqui empregado...” “Apologia”, Platão, 17c,
17d. “Apologia de Sócrates. Críton.”, tradução de Manuel de Oliveira Pulquério, Lisboa, Edições 70, 2007.
9
“Contra Eratóstenes” em “Eloquência Grega e Latina”; tradução, introdução e notas liminares de Jaime
Bruna – São Paulo, Editora Cultrix, 1968, pg. 23. A edição compulsada para a elaboração do trabalho se
ressente da falta de referencias aos passos, orações do grego original. Para não tornar cansativa a leitura,
deixar-se-á de copia-lo quando for necessário referir outras partes relevantes do discurso, inserindo
remissões às marcações encontradas na cópia em espanhol encontrada em
http://pt.scribd.com/doc/89096162/Lisias-Contra-Eratostenes-Alma-Mater. O proêmio corresponde aos
passos 1 a 3.
10
Howland, op. cit..
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Mais que isso, o orador relata que casamentos foram impedidos por ordem dos
tiranos; que, fingindo acreditar, juravam pelos deuses garantir liberdade a quem os
subornassem e ainda assim descumpriam sua palavra (é apenas com sua habilidade e sorte
que Lísias escapa da morte certa, apesar de haver pago mais do que o combinado para
livrar-se da execução). Tais fatos rapidamente disparados constituem a narrativa.
De interesse que Lísias interrogue o réu, que, em sua defesa, afirma que cometeu
esses atos por temor de morte nas mãos dos demais tiranos. Após desmascarar o acusado
e afirmar que os mortos, que o morto Polemarco clama por vingança, o acusador diz que
não precisaria prosseguir por já haver demonstrado a necessidade da condenação de
Eratóstenes à morte, aí encerrando-se a narrativa (passos 37/42).
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O discurso é mesmo judiciário, pouco jurídico, por se amoldar mais à uma práxis
judicial, com a formalidade da administração da justiça, pouco ou nada se preocupando
com a indicação das leis violadas. Ressoa óbvio que o julgamento é político. Não há aqui
uma causa cível onde se discute entrega de mercadorias, termos concretos de um contrato
entre partes, mas a violação indistinta de uma série de regras, costumes que não precisam
ser escritos para impor-se como cogentes.
Não quero, porém falar do que aconteceria, se nem posso referir quanto
fizeram os Trinta; não bastaria para isso um ou dois acusadores; é tarefa para
muitos. Contudo, ponto todo meu ardor em lastimar os templos e objetos de
culto, por eles vendidos ou maculados por sua presença; a cidade, por eles
apequenada; os arsenais, por eles destruídos, e os mortos; como a estes não
pudestes amparar em vida, defendei a sua causa na morte. Eles, imagino, estão
ouvindo a nossa voz e vos conhecerão pelo voto que derdes; por quantos de
vós absolverdes os Trinta, eles considerarão condenados à morte e, por quantos
punirdes esses indivíduos, eles se considerarão vingados.
Concluo aqui meu libelo. Vós ouvistes, vistes, sofrestes; ele está em vossas
mãos; julgai-o.12
11
Os detalhes da arte do discurso e sua divisão em quatro partes teriam sido reunidas em uma obra por seu
discípulo Tísias. O proemio é destinada a conseguir a atenção dos membros do júri e captar sua
benevolência. A narração o momento adequado a expor fatos com claridade e concisão. A demonstração o
momento de trazer as provas e fazer considerações sobre os fatos expostos no momento precedente. E
finalmente o epílogo o momento em que se faria uma síntese da demanda, das provas produzidas e quando
se procura provocar a emoção dos julgadores. López Eire, op. cit., pg. 744.
12
“Contra Eratóstenes” em “Eloquência Grega e Latina”; tradução, introdução e notas liminares de Jaime
Bruna – São Paulo, Editora Cultrix, 1968, pg. 37. O trecho corresponde aos passos 99 e 100.
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Tudo está a indicar que Platão carregou mesmo nas tintas, a ponto de ser desleal
com a tragédia que se abateu sobre a família dos ricos estrangeiros que se radicaram em
Atenas. Talvez tenha passado ao largo da singeleza de uma “não-carta de amor”, vã
tentativa de ocultar o indisfarçável. Inveja da arte? Ciúmes do sucesso obtido pelos
retóricos? Em certa medida, parece que sim.
13
“Fala então, disse eu, já que és quem vai herdar nossa discussão... Quanto ao que disse Simonides sobre
a justiça, em que achas que ele está certo? – Em dizer que é justo devolver a cada um o que lhe é devido,
disse ele. Quando diz isso, parece-me, ele tem razão”. “República”, Platão, 331e. “A República”, tradução
de Anna Lia Amaral de Almeida Prado – São Paulo, Martins Fontes, 2006, pg. 9.
14
“República”, Platão, 331d. “A República”, tradução de Anna Lia Amaral de Almeida Prado – São Paulo,
Martins Fontes, 2006, pg. 8.
15
Diz-se categoría do discurso judiciário de acusação. Apologia o discurso de defesa, como o proferido
por Sócrates por ocasião de seu julgamento em Atenas.
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boca do morto Polemarco o clamor da vingança, Platão faz dele o interlocutor harmonioso
com Sócrates (após certa discussão, é claro), no sentido de que a justiça não se compraz
com essa mesma vingança.
Ora, Platão faz isso manipulando habilmente a data dramática para antes da
perseguição a Polemarco e assim parece desmontar a verossimilhança da acusação, ao
passo que também coloca Lísias silente na mesma cena. O Livro I da “República” parece
dizer: Polemarco jamais clamaria por vingança, Lísias sabe disso, esteve lá e mente ou
muito pior: não compreendeu que a justiça não se faz com o retribuir mal com mais mal.
Por que não entendeu nada? Por força de sua equivocada trajetória em contraste
com o caminho filosófico tomado por Polemarco. Tornando-se logógrafo/retórico parece
ter desprezado a efetiva busca verdade para privilegiar a lucratividade de sua atividade.
Há mais e, aqui, voltamos a referir o diálogo “Fedro”. Lísias é aquele que não ama
(ou que diz que não ama; é aquele que se envergonha de amar) e por isso seria incapaz de
voltar-se para o mais alto 17. Se não ama é incapaz de alcançar o conhecimento, diria
Platão. Mais que isso, estabelece seu foco na vantagem que possa tirar de tudo o que faz,
inclusive nas relações amorosas. Platão parece querer retratá-lo no “Fedro” como um
prostituidor/prostituído que não merece crédito.
16
“Mas, com a justiça, os homens justos são capazes de tornar os outros injustos? Ou, falado de maneira
mais geral, com a virtude os bons são capazes de tornar maus os outros? – Mas é impossível! – Não é, creio,
tarefa do calor o tornar frio, mas o seu contrário. (...) – Ah! Não é tarefa do homem justo, Polemarco,
prejudicar nem o amigo nem a nenhum outro, mas o do seu contrário, o homem injusto. – Parece-me
Sócrates verdade o que dizes. – Ah, Se alguém afirma que é justo devolver a cada um o que lhe é devido, e
se para ele isso significa que aos inimigos, da parte do homem justo, o devido é causar-lhes prejuízo, mas
aos amigos prestar ajuda, não seria sábio quem o diz, pois sua afirmação não é verdadeira”. “República”,
Platão, 335d/335e. “A República”, tradução de Anna Lia Amaral de Almeida Prado – São Paulo, Martins
Fontes, 2006, pg. 16.
17
“Sabes em que situação me encontro, como penso que já te falei nas vantagens para ambos de realizarmos
isso. Tenho que minhas pretensões não poderão frustrar-se , justamente por eu não pertencer ao número de
teus apaixonados...”. “Fedro”, Platão, 231A. “Fedro” tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém, Ed. UFPA,
2011.
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A retórica operada por Lísias teria o mesmo papel da culinária, só que dirigida à
alma. Seduz mas não beneficia. Lísias é alguém incapaz de proporcionar benefício à alma
dos ouvintes com sua arte. Apenas seduz, sem propiciar conhecimento, ao contrário do
filósofo.
8- Conclusões
“18 “República”, Platão, 332c. “A República”, tradução de Anna Lia Amaral de Almeida Prado – São Paulo,
Martins Fontes, 2006, pg. 10.
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Bibliografia
“Retórica”, Aristóteles; tradução, textos adicionais e notas de Edson Bini – São Paulo,
EDIPRO, 2011.
“Plato’s Reply do Lysias: Republic I and II and Against Eratosthenes”, Jacob Howland,
in The American Journal of Philology, Vol. 125, No. 2 (Summer, 2004), pp. 179-208,
Published by: The Johns Hopkins University Press. Stable URL:
ttp://www.jstor.org/stable/1562196.
“Contra Eratóstenes, El que fué de los Treinta, que pronunció el propio Lisias”, tradução
espanhola de autoria desconhecida, encontrada em
http://pt.scribd.com/doc/89096162/Lisias-Contra-Eratostenes-Alma-Mater, acesso em 25
de novembro de 2012.
“A República”, tradução de Anna Lia Amaral de Almeida Prado – São Paulo, Martins
Fontes, 2006.
“Fedro”, Platão, tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém, Ed. UFPA, 2011.
Recebido: 02/2013
Aprovado: 06/2013
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