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Quem é o apóstolo Paulo?

Os Mundos de Paulo em Atos

Judeu

Romano
 Grego-
Helenista

Vocação:
Sofrimento
Encargo aos Gentios
2
A importância de Paulo

As razões para o estudo deste homem e de suas


cartas
1. Igrejas: fundador de igrejas antigas
2. Missionário: Primeiro missionário
3. Pastor: Treinador e mentor, 2 Timóteo 2.2
4. Cartas: Contribuem para o Novo Testamento
13 dos 27 Livros (30 por cento)
Documentos mais antigos

Fonte e formação de doutrina/ética normativa


…doutrinas falsas / ἑτεροδιδασκαλεῖν, 1 Tm 1.3-5
Universalidade do evangelho, Is 11.10
3
Fontes de informação a respeito de Paulo
1. Fontes:
a. Atos e Cartas Paulinas
b. 2 Pedro 3.15-16
2. Nenhuma alusão confiável fora do NT.
3. Livros apócrifos – Atos de Paulo: Eu vi Paulo,
um homem de pequena estatura, com nariz
proeminente, um homem que parecia sem
amigos…
4. Descrição tradicional: um homem pequeno e
magro … nervoso … com visão ruim, um corpo
débil e deformado, nem um pouco imperioso,
tampouco belo em seu aspecto físico…
4
1. Judeu da Tribo de Benjamin (Fp 3.5; Rm 11.1)

1. Menor das doze tribos;


2. Filho caçula de Jacó;

“E partiram de Betel; e havia ainda um pequeno


espaço de terra para chegar a Efrata, e deu à luz
Raquel, e ela teve trabalho em seu parto. E
aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto,
lhe disse a parteira: Não temas, porque também
este filho terás. E aconteceu que, saindo-se-lhe a
alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas
seu pai chamou-lhe Benjamin”
(Gn 35.16-18).

5
1.Judeu da Tribo de Benjamin;
2.Nascido em Tarso;
3.Judeu do partido dos fariseus;
4.Fabricante de tendas;
5.Cidadão Romano;
6.Torna-se cristão devido a uma visão;
7.Passa a ter como objetivo pregar o
evangelho a todo o Império Romano;
8.O cristianismo que Paulo prega e ensina é
diferente do cristianismo dos apóstolos;
9.É preso, acusado de stásis;
10.É condenado e decapitado em Roma.
6
7
• Filipenses 3.5.
“Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de
Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de
hebreus; segundo a lei, fui fariseu”.
• Romanos 11.1.
“Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu
povo? De modo nenhum; porque também eu
sou israelita, da descendência de Abraão, da
tribo de Benjamim”.

8
2. Nascido em Tarso (At 21.39; 23.34)

1. Como Paulo era da tribo


Tarso de Benjamin, se ele
nasceu em Tarso?
2. Judaísmo da Diáspora
3. Helenismo
Damasco
4. Império Romano

Jerusalém

9
“Mas Paulo lhe disse: Na verdade que sou
um homem judeu, cidadão de Tarso, cidade
não pouco célebre na Cilícia; rogo-te, porém,
que me permitas falar ao povo”. (At. 21.39)

“E o governador, leu a carta, perguntou de


que província era; e, sabendo que era da
Cilícia [...]”. (At. 23.34)

10
1. Paulo era da cidade, por isso fala de
coisas que apenas os citadinos conhecem:
2. 1 Co 9.25: “ganhar a coroa”
3. Fl 3.12-14: “perseguir o alvo”
4. 1 Co 9.24; Fp. 9.14: “alcançar o prêmio”
5. 1 Co 9.26: “lutar sem soltar soco no ar”
6. 1 Co 9.26; Gl 2.2; 5.7; Fl 2.16: “correr na
direção certa”
7. 1 Co 9.26: “pugilista”
8. 1 Co 9.25: “disciplina do atleta”
11
Tarso
1. Capital da Cilícia;
2. Cerca de 300.000
habitantes;
3. Centro de cultura
helenística;
4. Ambiente próspero
para comerciantes;
5. Posição geográfica
privilegiada;
6. Comparada à
Atenas – pelo
geógrafo Estrabão
12
3. Judeu do partido dos fariseus (Fl 3.5; At 26.5)

1. Havia quatro partidos principais no


judaísmo majoritário:
a. Saduceus
b. Fariseus
c. Zelotas
d. Essênios
i. Cristãos (Novo Caminho)

13
“Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de
Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de
hebreus; segundo a lei, fui fariseu” (Fl 3.5)

“Sabendo de mim desde o princípio (se o


quiserem testificar), que, conforme a mais
severa seita da nossa religião, vivi fariseu”
(At 26. 5)

14
1. Os fariseus fiscalizavam se o povo estava
cumprindo a lei.
2. A palavra “fariseu” poderia ser traduzida
por “santo”, “separado”.
3. Eles ensinavam a interpretação da lei e sua
atualização para o período contemporâneo
através de dois tópicos: a Halachá (como
viver a vida) e Hagadá (como ler a vida a
luz da Toráh).

15
4. Fabricante de tendas (At 18.2-3; 2Ts 3.8)
“E, achando um certo judeu por nome Áquila,
natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da
Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha
mandado que todos os judeus saíssem de Roma),
ajuntou-se com eles e, como era do mesmo ofício,
ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício
fazer tendas”

“Nem de graça comemos o pão de homem algum,


mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia,
para não sermos pesados a nenhum de vós”

16
“Desejas saber o que penso dos estudos liberais (...). ...
por que foram chamados estudos liberais: porque são
para o homem livre. (...). Neste ponto permitir-me-ás
não seguir o convencionado. Ninguém me leva a admitir
no número dos que cultivam as artes liberais os
pintores, nem os escultores ou os marmoristas, nem os
demais servidores do luxo. Também excluo dos estudos
liberais os lutadores e sua ciência de misturar óleo e
lama e excluo-os porque, se não o fizesse, teria de
admitir igualmente os perfumistas, e os cozinheiros, e
todos os outros que põem sua habilidade ao serviço de
nossos deleites. (...). Posidônio diz que são quatro as
espécies das artes: as vulgares e humildes, as
recreativas, as didáticas, as liberais. As vulgares são as
dos obreiros manuais, que se ocupam em prover às
necessidades da vida, e em que não há nada que se
assemelhe a honra ou virtude”
Aprendendo a viver; carta 88. Sêneca
17
5. Cidadão Romano (At 16.37; 22.25; de nascença
22.29)
“Mas Paulo replicou: Açoitaram-nos publicamente e,
sem sermos condenados, sendo homens romanos,
nos lançaram na prisão, e agora encobertamente nos
lançam fora? Não será assim; mas venham eles
mesmos e tirem-nos para fora”

“E, quando o estavam atando com correias, disse


Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar
um romano, sem ser condenado?”

“E logo dele se apartaram os que o haviam de


examinar; e até o tribuno teve temor, quando soube
que era romano, visto que o tinha ligado”

18
6. Torna-se cristão através de uma visão (At 9.3-6; Gl
1.11-12)

19
Tarso
O Caminho de Damasco
34 d.C.
Atos 9.1-19; 22.4-16; Damasco
26.9-18

Jerusalém

20
O Caminho de Damasco

Invasão
1. Uma surpresa inesperada: Saulo não estava em
busca de algo
2. Deus tomou a iniciativa completamente

21
O Caminho de Damasco
Revelação
1. Cristo era O Messias prometido
I. A igreja e Cristo eram inseparáveis
2. Já havia chegado o tempo da inclusão dos
gentios na adoração ao Deus de Israel, Is 11.10;
60.1-3
3. Ele, Paulo mesmo, necessitou e recebeu
misericórdia e amor, (obediência era insuficiente)
1 Timóteo 1.12-14

Comissão
1. Testificar para as nações…Padecer

22
Saulo como Novo Crente—34-37 d.C.

Atos 9.19b-25
Pregou em Damasco—(Arábia três Anos? …Gálatas
1.17-18)

Atos 9.23-28
Oposição em Damasco → Foi a Jerusalém

Dois problemas entre os crentes em Jerusalém e


Paulo…
1. A autenticidade da fé de Paulo.
2. A autoridade da mensagem de Paulo.

23
Problema 1: a fé de Paulo era autêntica?

As marcas dos apóstolos autênticos:


1. Tempo com Cristo durante sua vida terrena.
2. Fidelidade e compromisso com Cristo e a igreja.

Paulo era perseguidor da igreja (Cristo mesmo)

Atos 9.26-27

24
Problema 2: a autoridade de Paulo

Fé autêntica não garante autoridade apostólica

Gálatas 1.11-12

Introduções as suas cartas:


Paulo, apóstolo, não por investidura nem
mediação humanas, senão por Jesus Cristo e
por Deus Pai, que o ressuscitou de entre os
mortos…

25
Saulo como Novo Crente—34-37 d.C.

Atos 9.29-30
1. Paulo pregou em Jerusalém
2. Oposição dos Judeus → Foi à Tarso

37-44 d.C.

Silêncio

26
Primeiras obras como
Crente maduro: 45-46 d.C.
Atos 11.22-13.1

A igreja em Jerusalém enviou


Tarso
Barnabé a Antioquia: 11.22-24
Barnabé passou por Tarso e Antioquia
levou Paulo a Antioquia da
Síria, e eles lá pregaram por um Damasco
ano:
11.25-26
Durante todo um ano se Jerusalém
reuniram os dois com a igreja e
ensinaram a muita gente. Foi
em Antioquia que os discípulos
foram chamados «cristãos»
pela primeira vez. 27
Primeiras obras como
Crente maduro: 45-46 d.C.
Atos 11.22-13.1

Tarso
Barnabé e Paulo enviados de
Antioquia a Jerusalém como Antioquia
apoio para a fome: 11.27-30
Damasco
Regressam a Antioquia
e pregam: 12.25-13.1
Jerusalém

28
Primeira Viagem Missionária
Atos 13.2-14.27, 45-48 d.C.

O que aconteceu em cada cidade?


Antioquia
Listra
Derbe
Perge Icônio
Atalía
Antioquia
Chipre

29
O nome: Saulo/Paulo
1. Troca de nome: Atos 13.9 Saulo → Paulo
2. Então Saulo, ou seja Paulo, cheio do Espírito
Santo…
3. Saulo (Σαῦλος): forma grega do
Judeu/Hebreu ֙‫ׁשָאּול‬
4. Em hebreu: querido ou pedido.
5. Paulo (Παῦλος): nome romano (pequeno).
6. Provavelmente recebeu quando criança pelo uso
no mundo dos gentios.
7. O propósito da troca do uso:
8. Apóstolo aos gentios: usa nome romano
9. Nova pessoa → Novo nome

30
Paulo e Barnabé antes do Concílio de Jerusalém
Atos 15.1-35, 48-49 d.C.
1. Pergunta:
• A necessidade de circuncidar aos gentios e exigir que
obedeçam a Lei de Moisés. 15.5

2. Problema:
• Esta obrigação é contrária à obra e ao chamado de Paulo.

3. Comentário de Pedro: (O Espírito Santo) sem fazer


distinção alguma entre nós e eles, purificou seus corações
(dos gentios) pela fé.

4. Comentário de Tiago e conclusão: …devemos deixar de


por travas aos gentios que se convertem a Deus
31
A importância da decisão do Concílio de Jerusalém

Abriu a porta da salvação a todas as pessoas.

32
Paulo e Barnabé Regressam a Antioquia e pregam
Atos 15.35
49-50 d.C.

Paulo e Barnabé permaneceram em Antioquia,


ensinando e anunciando a palavra do Senhor
em companhia de muitos outros.

33
Segunda Viagem Missionária
Atos 15.40-18.22, 50-52 d.C.
Filipos
Tessalônica Bitínia
Trôade Frigia
Beréia Galácia
Antioquia
Atenas Éfeso
Listra
Corinto Derbe
Icônio
Antioquia

Jerusalém

34
Ilírico
Terceira Viagem Missionária
Romanos 15.19 Atos 18.23-21.14, 53-58 d.C.
Filipos
Tessalônica Bitínia
Trôade
Beréia Frigia
Atenas Éfeso Galácia Listra
Antioquia Derbe
Corinto
Icônio

Antioquia

Jerusalém

35
7. Passa a ter como objetivo pregar o evangelho em
todo o Império Romano (Rm 15.24 e 28)

Quando partir para Espanha irei ter


convosco; pois espero que de passagem
vos verei, e que para lá seja encaminhado
por vós, depois de ter gozado um pouco da
vossa companhia...

...assim que, concluído isto, e havendo-lhes


consignado este fruto, de lá, passando por
vós, irei à Espanha.

36
A Espanha era o fim do Mundo Antigo, o ponto mais
longínquo possível

37
Paulo... o apóstolo que foi arauto do Oriente
e do Ocidente, o qual ensinou a justiça em
todo o mundo, tendo se dirigido até os
confins do Ocidente
(1Clem 5.6)

38
8. O cristianismo que Paulo prega é diferente do
cristianismo dos apóstolos

1. Atos 15 e 16 narra o Concílio de


Jerusalém, mas seus pormenores estão
em Gálatas 2.
2. Compare At 15.1-2 com Gl 2.4 e 11-13

39
Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os
irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés,
não podeis salvar-vos. Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena
discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e
Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos
apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão.

E isto por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e


secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos
em Cristo Jesus, para nos porem em servidão ...
... E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era
repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da
parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que
chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que
eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam
com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua
dissimulação (hipocrisia).
40
9. É preso, acusado de stásis
1. “Temos achado que este homem é uma peste, e
promotor de sedições (dissensão, rebelião)
entre todos os judeus, por todo o mundo; e o
principal defensor da seita dos nazarenos” (At
24.5)
2. “Estas pessoas estão deixando nossa cidade
polvorosa, eles são judeus” (At 16.20)

3. “Os judeus foram expulsos de Roma devido a


tumultos constantes causados por um certo judeu
impostor chamado Chrestus” (Suetônio 25.4)
41
1. Stásis: 1. posição (de pé); 2. insurreição,
dissensão, contenda, motim, sedição, distúrbio.
2. Gl 3.27-28. Porque todos quantos fostes batizados
em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há
judeu nem grego; não há servo nem livre; não há
macho nem fêmea; porque todos vós sois um em
Cristo Jesus.
3. 1 Co 1.18-21. Porque a palavra da cruz é loucura
para os que perecem; mas para nós, que somos
salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito:
Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a
inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio?
Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste
século? Porventura não tornou Deus louca a
sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de
Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua
sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela
loucura da pregação.
42
1. Stásis: 1. posição (de pé); 2. insurreição,
dissensão, contenda, motim, sedição, distúrbio.

2. Fp 3.21: Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É


de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o
Senhor Jesus Cristo

3. Gl 1.4: O qual se deu a si mesmo por nossos


pecados, para nos livrar do presente século mau,
segundo a vontade de Deus nosso Pai,

43
A Roma - 60-61 d.C.
Atos 21.27-28.14

Roma
Filipos
Putéoli

Régio
Corinto Éfeso
Siracusa

Malta Antioquia
Creta

Cesareia

Jerusalém
44
O fim da vida de Paulo
1. O livro de Atos termina com o evangelho tendo
chegado ao centro do mundo, ou seja, o fim da
Terra (ἕως ἐσχάτου τῆς γῆς). Não explica o que
aconteceu com Paulo porque seu papel na trama
do livro já está cumprido — foi o instrumento de
Deus para estender o evangelho até Roma…

2. Encarcerado em Roma, 61-63/64 d.C.


3. Encarcerado: ano 63/64

4. Pregou em Creta e Espanha (?): 65-67 (Tito 1.5)

5. Perseguido de novo e encarcerado em Roma: ano


67 45
Trabalho 65-67 d.C.
Roma
2 Timóteo 1.17
Macedônia
1 Timóteo 1.3
Espanha-?
Nicópolis
Tito 3.12 Éfeso
1 Timóteo 1.3
Mileto
2 Timóteo 4.20

Creta
Tito 1.5

46
A morte de Paulo, 65-67 d.C.
1. Imperador Nero
2. O grande incêndio de 18 e 19 de Julho, 64 d.C.
3. Paulo (e Pedro) executados juntos no ano 67
4. Clemente de Roma escreve sobre seu martírio (90
d.C.)
5. Tácito escreve sobre o incêndio em Roma (c. 55 -
117 d.C.)
6. Atos de Paulo relata sua decaptação (final do século
2)
7. Eusébio História Eclesiástica. Capitulo XXV: Durante
a perseguição sob Nero Paulo e Pedro receberam a
honra do martírio por causa de sua fé.
8. (263-336 dC)
9. Tradições
47
10. É condenado e decapitado em Roma

48
Mas quem era o apóstolo Paulo afinal de contas?

Judeu apóstata?
Místico?
Revolucionário?
Patriarcalista?
Protestante?
Sectário?
Inventor do cristianismo?

49
Curriculum Vitae
Data desconhecida Nasce em Tarso
30 Crucifixão de Jesus
32 Apedrejamento de Estêvão (At 7-8)
34 Visão de Paulo, próximo de Damasco
34 – 37 Paulo na Arábia e em Damasco
44 Primeira visita aos apóstolos, em
Jerusalém
44 Paulo em Tarso
45 Paulo em Antioquia
45 – 48 Primeira viagem missionária com Barnabé
49 Epístola aos Gálatas
48/49 Assembleia dos apóstolos, em Jerusalém
50 – 52 Segunda viagem missionária – estada de
dezoito meses em Corinto
Primeira carta aos Tessalonicenses
Segunda carta aos Tessalonicenses
Curriculum Vitae
53 – 58 Terceira viagem missionária: dois anos e meio
(3 anos) em Éfeso
Correspondência com a comunidade de
Corinto
Continuação da terceira viagem missionária –
Macedônia
Conclusão da correspondência com Corinto
55-57 Corinto Três meses em Corinto (Inverno)
Carta aos Romanos
58 Viagem a Jerusalém
55-59 Aprisionamento em Cesareia
Inverno 60/61 Viagem a Roma
Efésios, Colossenses, Filipenses, Filemom (não
necessariamente nesta ordem)
64 Liberto da prisão – nova viagem?
65/66 Pastorais
67(?) Morte, presumivelmente como mártir, em Roma
Cartas Paulinas
1. Se existirem dêutero-paulinas, elas são: as “Cartas
Pastorais” – 1 e 2Timóteo, Tito - e as restantes:
Efésios, Colossenses, 2Tessalonicenses.
2. Neste caso elas foram escritas após a morte de
Paulo, entre os anos 70 e 100.
3. No fim do séc. II, a coleção das treze “Cartas de
Paulo” estava feita e era aceita em toda a Igreja
como Palavra de Deus (cf. 2Pd 3.15-16).
Cartas Paulinas
1. Formato:
a. Fórmula introdutória (Praescriptio).
i. Remetente (Superscriptio);
ii. Destinatário (Adscriptio);
iii. Saudação (Salutatio);
b. Ação de graças (Eucharistein).
c. Corpo ou mensagem.
a. Abertura do corpo;
b. Conclusão do corpo;
d. Fórmula conclusiva.
Estrutura geral das Cartas
1. Saudação. Paulo dirige-se a determinada
comunidade cristã e saúda-a, por vezes
longamente, desejando-lhe a paz.
a) Usa com frequência a fórmula trinitária.
b) Nesta saudação encontra-se já um resumo da fé
cristã.
2. Corpo da Carta. No corpo da Carta Paulo
desenvolve a sua doutrina, faz as suas exortações e
responde aos problemas e questões da
comunidade.
a) Esta parte constitui a quase totalidade da Carta e
mostra-nos qual o seu objetivo.
3. Conclusão. Por vezes, é bastante extensa e
contém várias saudações e ações de graças de
origem litúrgica (Fl 4.2-23).
Cartas Paulinas. Gálatas
A Carta da Liberdade. A Lei e a Fé

55
Martinho Lutero, Introdução ao Comentário
De início, falemos desta carta. Paulo trata de
estabelecer a doutrina da fé, a graça, o perdão
de pecados, da justiça cristã, para que
saibamos a diferença entre justiça cristã e
outras formas de justiça…

Na justiça da fé, não provemos nada, não


damos nada a Deus, somente recebemos, e
aceitamos a obra de outro alguém que trabalha
dentro de nós—ou seja Deus. Esta justiça é
uma justiça escondida em um mistério que o
mundo não entende . …
56
1. Destinatários—Incertos
2. Uma carta a uma Igreja confusa
3. Qual Igreja ou Igrejas?

4. Paulo, apóstolo…as Igrejas da Galácia, 1.1,2


5. Um grupo de Igrejas
6. A quem se refere Paulo com Galácia em
Gálatas 1.2?

7. A Província com nome Galácia


a. Província Romana de 25 d.C.

8. A Região com nome Galácia


a. Reino dos antigos gauleses
57
1. Galácia
2. Uma Região
Geográfica e Histórica.
3. Reino dos antigos
gauleses. Antioquia
Icônio
4. Não sabemos com Listra Tarso
certeza se Paulo a Derbe

havia visitado…
5. (Mas) Possivelmente a
visitou na segunda ou
terceira viajem.
6. Atos
16.6, Atravessaram a
região da Frigia e
Galácia… 58
1. Galácia
2. Uma Província
Política.
3. Província Romana de
Antioquia
25 d.C. Icônio
Listra
4. Paulo a visitou durante Derbe
Tarso

suas 1ª., 2ª. e 3ª.


viagens
5. Cidades de: Antioquia
da Psídia, Icônio,
Listra e Derbe.

59
Primeira Viajem — 47-49 d.C., Atos 13-14
1. Província da Galácia
2. Antioquia da Psídia… Icônio, Listra…
Derbe, retornou a Antioquia da Síria

A segunda e a terceira viajem


1. Propósito: animar e fortalecer as novas
igrejas
2. Algum tempo depois, Paulo disse a
Barnabé. Voltemos a visitar aos crentes em
todas as cidades onde anunciamos a
Palavra do Senhor e vejamos como estão
Atos 15.36 60
1. Destinatários—Conclusão

2. As igrejas na província da Galácia.


Antioquia de Psídia, Icônio, Listra e
Derbe

3. Paulo havia fundado e visitado ao


menos três vezes

61
Data e lugar de composição – Incertos
1. Depois da 1ª. viagem
2. De onde escreveu? Antioquia da Síria.
3. Implicações pelas relações com Paulo.
a. Fundador de Igrejas na Província da Galácia.
b. Não sabemos a relação com igrejas na região.
4. Ponto: gente conhecida ou desconhecida?
Autoridade? Respeito?
5. Implicações pela data em que escreveu a
carta.
a. Se província: cedo no ministério de Paulo
b. Se região: a opinião mais precoce durante sua
segunda viagem

62
As igrejas na Província da Galácia

1. Gentios, mas alguns judeus e prosélitos fiéis:


Atos 13.43, 48; 14.1, 11
2. Gente que ensina um evangelho diferente, 1.9
3. Contra Paulo.
4. Contra o Concílio em Jerusalém (Atos 15).
a. Decisão: gentios não eram obrigados às
exigências da lei, 15.19-21

63
Ocasião: Problemas nas igrejas
As pessoas estavam a ponto de sair da fé autêntica, 1.6
e
A relação entre Paulo e as igrejas estava ameaçada, 4.12

A Causa:
Uma ação de Pedro

Divisão entre os judeus e gentios


Divisão entre a igreja e Paulo

A atitude: Pedro se apartou dos gentios à mesa

64
A atitude de Pedro 2.12-13

Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de


Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se
foi retirando e se apartou deles, temendo os que eram da
circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com
ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua
dissimulação (ὓpοkρίsει)
Um problema social com implicações teológicas

Muitos judeus ao crer em Cristo não queriam deixar a lei e a


identidade que oferecia

Mas

Os gentios não tinham história nem conexão com a lei e


não sentiam-se obrigados a cumprir a lei 65
O Ponto Principal

1. A lei e a vida cristã

2. A lei e a entrada na vida cristã

3. A lei depois do acesso ao povo de Deus

4. Ensinos e falsos mestres ameaçaram o


centro da obra de Paulo: o ministério aos
gentios e seu convite ao povo de Deus por
meio da fé.
66
Quem eram os adversários de Paulo?
1. Judaizantes propriamente ditos: circuncisão
como condição prévia indispensável para a
salvação.
2. Judaizantes mitigados.
a. Conservavam respeito profundo pela Lei de
Moisés e consideravam a circuncisão normal
para todo homem saído de seu meio;
b. Mas estavam prontos a admitir que esse rito
não fosse imposto aos pagãos, o que
implica que não era necessário à salvação.
3. Essa era a posição de Tiago, irmão do Senhor
(Atos 15)
67
Características

1. Um tema: defesa da salvação por meio da


fé.
2. Combativo e Severo.
3. O problema é doutrinário e pessoal.
4. Omite a oração inicial e as notas pessoais
ao final.
5. Destinatários: um conjunto de igrejas
6. Muito de autobiografia – muito pessoal.

68
Propósitos da Carta
1. Convencer aos destinatários da supremacia
da fé.
2. Uma reafirmação da parte deles.
3. A carta reitera somente um argumento:
a. Definir finalmente a posição dos gentios
entre o povo de Deus.
4. Parecido com o propósito de Romanos
5. Reafirmar a autoridade de Paulo.
6. Dar animo para as pessoas viverem uma
vida de fé ...

69
Esboço Básico
1. Primeiras Palavras 1.1-5
2. Saudação 1.1-2
3. Bênção 1.3-5

4. O autêntico Evangelho 1.6-6.10


5. Autoridade 1.6-2.14
a. Conteúdo Teológico: A fé e a lei 2.15-5.12
b. Conteúdo Ético: A fé e a vida 5.13-6.10

6. Últimas Palavras 6.11-18


7. Notas Finais 6.11-17
8. Bênção 6.18
70
Esboço Básico

O autêntico Evangelho

Autoridade
Confiável
Paulo. Conteúdo Conteúdo Ético. Últimas
Teológico. A Fé e a Vida Palavras
Mestre
autoritário A Fé e a Lei

1.1 1.6 1.10 2.15 5.13 6.11 6.18


Notas
Primeiras Palavras (Saudação e Bênção)
Finais

Outro evangelho. Bênção


Falsos mestres
71
Primeiras Palavras, 1.1-5
1. Saudação 1.1-2
2. Enfoca-se a fonte da autoridade paulina
3. Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem
por homem algum, mas por Jesus Cristo e por
Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos), 1.1
4. Bênção 1.3-5
5. Enfoque intensivo na obra de Cristo para a
Salvação
graça e paz, da parte de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus
Cristo, o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para
nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de
Deus, nosso Pai, ao qual glória para todo o sempre. Amém!
1.3-5
6. Continua sem oração
72
O autêntico Evangelho, 1.6-6.10
1. Etapas na argumentação em Gálatas
a. Identifica o problema, 1.6
a. Maravilho-me de que tão depressa passásseis
daquele que vos chamou à graça de Cristo
para outro evangelho,
b. Estabelece sua autoridade para contestar,
1.10-2.14
c. Em poucas palavras explica a solução, 2.15-16
a. Nós somos judeus por natureza e não
pecadores dentre os gentios. Sabendo que o
homem não é justificado pelas obras da lei,
mas pela fé em Jesus Cristo [...]
d. Amplia a solução, 2.17-5.13
73
Autoridade Confiável, 1.6-2.14

1. Contra os Falsos mestres, 1.6-9


2. Censura ao povo da Galácia, 1.6
3. Maravilho-me de que tão depressa
passásseis daquele que vos chamou à graça
de Cristo para outro evangelho,
4. Haviam abandonado Paulo pessoalmente
5. Haviam abandonado o autêntico evangelho

74
Censura aos falsos mestres, 1.7-9

1. ...(ensinam) outro evangelho (ἕτερον


εὐαγγέλιον)
2. ... Gerando confusão
3. …transtornam (μεταστρέψαι) o evangelho
de Cristo.
4. Que sejam amaldiçoados!
5. Ponto. Não há outro evangelho
E
1. Os que ensinam outro evangelho são
malditos
75
Paulo-Mestre Confiável, 1.10-2.14
1. Declara o erro de Pedro, 2.11-14
2. Mas, quando vi que não andavam bem e
direitamente conforme a verdade do
evangelho, disse a Pedro na presença de
todos. Se tu, sendo judeu, vives como os
gentios e não como judeu, por que obrigas
os gentios a viverem como judeus? (v. 14)
3. Da parte de Tiago?
4. Pelo que julgo que não se deve perturbar
aqueles, dentre os gentios, que se
convertem a Deus (Atos 15.19)
76
Conteúdo Teológico. A Fé e a Lei
2.15-5.12

Antes de Escravidão ou Contra os


Justificação. a fé Instigadores
e não a lei Cristo Sumário Liberdade

2.15 3.1 3.6 3.19 3.26 4.8 4.21 5.2 5.7 5.12

Fé e Amor
Propósito da lei
Insensatez Preocupações

77
Articulação estrutural da carta
1.1-5 Endereço com doxologia conclusiva
Designa-se como apóstolo, um status
que não provém de seres humanos, mas de Cristo
(1.1) e de Deus (1.15)
1.6-10 Não aparece canto de louvor
Paulo entra diretamente no assunto
Caso. não existe nenhum outro
evangelho além daquele proclamado por Paulo

Repreensão (v. 6) “Espanta-me que tão


depressa” reforçada por anátemas (v.8 e 9)

78
Articulação estrutural da carta
1.11-2.21 Trecho autobiográfico em ritmo narrativo
Uso constante da primeira pessoa.
1.11-2.14 “eu”
2.15-17 “nós”
2.18-21 “eu”
1.11-12 Tese principal – o
evangelho que Paulo proclama veio por meio de
revelação divina e não de seres humanos

79
Articulação estrutural da carta
1.11-2.21 Trecho autobiográfico em ritmo narrativo
Presença de diversos personagens.
1.13-14 Seus coetâneos
1.17 Apóstolos de Jerusalém
1.18; 2.8 Cefas, Pedro (2.9, 11, 14)
1.19; 2.9 Tiago
1.22-24 Igrejas da Judéia
2.1, 9, 13 Barnabé
2.1, 3 Tito
2.2 Notáveis de Jerusalém
2.4-5 Falsos irmãos
2.9 João
2.12 os da parte de Tiago
2.14 irmãos de Antioquia 80
Articulação estrutural da carta
1.11-2.21 Trecho autobiográfico em ritmo narrativo
2.15-21 Caráter doutrinal (v.16, 21).
Encerra a presente seção narrativa. Abre
a seguinte, de timbre expositivo e argumentativo-
doutrinal

3.1-5.12 Seis argumentos tirados da experiência e


da Escritura.
Abertura feita por um vocativo agressivo.
“Ó descabeçados gálatas”
3.1-5 Primeiro: apelo para a experiência
de fé de seus destinatários

81
Articulação estrutural da carta
3.1-5.12 Seis argumentos tirados da experiência e
da Escritura.
3.6-14 Segundo: Prova escriturística
centrada em Abraão e na lei do Sinai
Testemunhos do Antigo Testamento
3.6 Como Abraão ...
3.8 A Escritura ...
3.10 e 13 Porque está escrito ...
3.15-25 Terceiro: Um testamento
que foi ratificado não pode ser anulado por uma
tradição posterior
3.16 A Escritura ...
3.22 Mas a Escritura ...
82
Articulação estrutural da carta
3.1-5.12 Seis argumentos tirados da experiência e
da Escritura.
3.26-4.11 Quarto: Quem era escravo
dos espíritos elementares do universo,
experimentou, pela redenção do Filho de Deus e por
adoção divina a liberdade dos “filhos” (=crianças) de
Deus; por que deseja agora tornar-se novamente
escravos, desta vez das exigências da Lei?

83
Articulação estrutural da carta
3.1-5.12 Seis argumentos tirados da experiência e
da Escritura.
Quarto:
4.1-11 Retomada conclusiva da
argumentação precedente, e uma aplicação
exortativa aos gálatas. Centrada nos temas da
filiação divina e da liberdade
4.3-4 Insistência sobre a dupla fase
histórico-salvífica e existencial “Desde crianças
éramos escravos ... Mas vindo a plenitude dos
tempos”
4.8-9 Outrora ... Não conhecendo a Deus
... Mas agora que vocês conheceram a Deus ...
84
Articulação estrutural da carta
3.1-5.12 Seis argumentos tirados da experiência e
da Escritura.
4.12-20 Quinto: Parênese evocativa
do encontro que Paulo teve com os gálatas.
4.15-19 Como é possível que o
amigo, pelo qual os gálatas estavam dispostos até a
arrancar os próprios olhos, tenha se tornado agora
um inimigo? Os filhos estão para abandonar o pai, ou
melhor, aquele que os gerou para a fé sofrendo
como uma mulher sofre as dores do parto

85
Articulação estrutural da carta
3.1-5.12 Seis argumentos tirados da experiência e
da Escritura.
4.21-31 Sexto: Segunda fase de
demonstração escriturística
5.1-12 Retomada conclusiva do tema
da liberdade
5.6 Paulo não considera a circuncisão
algo mau, mas algo que não tem o poder de realizar
a justificação dos gentios
5.12 convém a um apóstolo desejar a
amputação do órgão genital masculino?

86
Articulação estrutural da carta
5.13-6.10 Parênese. uma série de exortações
Paulo pretende excluir possíveis mal-
entendidos em torno do seu evangelho da liberdade
A liberdade não pode ser tomada como
pretexto, como legitimação de uma vida egoísta,
dominada pela “Carne”
5.13 Que a liberdade não se
transforme em pretexto para a carne
5.15 Tomem cuidado
5.19-21 Obras da carne (força
egocêntrica que fecha o ser humano em si mesmo)
5.22-23 Fruto do espírito produzido na
vida do fiel pela presença eficaz do Espírito
87
Fruto do Espírito
Gl 5.22-23
Virtude
Oposto Semelhante a Distorção
de Cristo
amor
ódio/medo amor
possessivo,permissivo
aflição alegria emocionalismo
guerra paz neutralidade
impaciência longanimidade indulgência
Indiferença Benignidade Fraqueza/ sem caráter
Maldade bondade supervalorização pessoal
incredulidade fidelidade presunção
arrogância mansidão fragilidade
indisciplina domínio próprio esforço carnal
Articulação estrutural da carta
5.13-6.10 Parênese. uma série de exortações
5.21b; 6.7-9 tema escatológico do
juízo final
6.2 Os pregadores podem falar da “lei
de Cristo”
Não a Lei do Sinai
Obrigação de carregar o fardo uns
dos outros
6.11-18 Autógrafo de Paulo
6.18 Resumo do tema escrito com a
costumeira bênção

89
1. Contrapõe a Lei (32 vezes) à liberdade (11
vezes, com sinônimos)
2. Um dos atrativos da mensagem dos
pregadores pode ter sido as claras diretrizes
éticas contidas na Lei.
a. Liberdade é atraente, mas precisa de
definição. Liberdade do pecado, liberdade
perante a Lei, liberdade da obrigação e do
controle, liberdade para o amor e para o
serviço
3. A liberdade pode abrir a porta à licenciosidade,
como parece ter ocorrido na Galácia
4. Paulo contra-ataca criticando o mal-entendido
em relação à liberdade (5.13) 90
1. Justificação: Existência vivida em relação
com Deus no âmbito da Aliança. Isso só
acontece quando se aceita a intervenção
salvadora de Deus em Jesus Cristo, sem
pensar em se tornar justo perante Deus
com seus próprios esforços.
2. Fé: reconhecer a Cristo como salvador e
Senhor (2.21) na certeza de que Deus, por
meio dele, justifica e salva (2.16)
a. Voltar para o judaísmo, colocando a
confiança em seus mandamentos e
preceitos, é um absurdo.
b. A eficácia salvadora da fé manifesta-se já
a partir de Abraão (3.56-9) 91
1. Lei. Trata-se da legislação mosaica. Instituição
provisória acrescentada em vista das transgressões
humanas (3.19) “até que viesse ...”
a. Não tem valor salvífico, não proporciona a vida
(3.21)
b. A Lei torna-se o simples “pedagogo” até a vinda
de Cristo (3.24)
2. Liberdade. Recusando-se a circuncisão e as outras
práticas da Lei, o cristão se coloca num regime de
liberdade
a. Isso significa reconhecer que os bens
espirituais que Cristo proporciona são
totalmente gratuitos.
b. Cuidar para que a liberdade não se transforme
em egoísmo (5.13-15)
c. Colocar-se a serviço dos irmãos (5.14; 5.22)92
1. Sintetizando.
a. A justificação é exclusivo dom de
Deus
b. Deve ser acolhido na fé
c. Vivido na liberdade do Espírito
d. O primeiro passo para alcançar a
justificação não é fruto do esforço
humano
e. Não depende da observância da lei

93
1. Atualizando.
a. A primazia de Deus em nossa salvação
b. O início de toda justificação consiste na aceitação
do que Deus operou em Cristo para o ser humano,
não nas ações sempre imperfeitas por meio das
quais o homem procura sua salvação
c. A salvação não pode ser adquirida pelo homem
d. A fé é a humilde resposta ao apelo de Deus, não a
autoafirmação orgulhosa da própria atuação
humana
e. A vida cristã é vida de liberdade no Espírito Santo
f. Há continuidade profunda entre o Antigo e o Novo
Testamento em relação ao plano de salvação de
Deus que se realiza pela fé

94
1 Tessalonicenses: A carta da esperança para
uma Igreja ansiosa
95
Tessalônica

Jerusalém

96
Cidade
1. Cidade livre da Macedônia fundada em 316 a.C. por
Cassandro (um general de Alexandre Magno), que
lhe deu o nome de sua mulher. Em 146 a.C. tornou-
se a capital da província romana da Macedônia.
2. Era a maior cidade da província da Macedônia.
3. População: principalmente grega, romanos com uma
forte comunidade judaica (tinha uma sinagoga).
4. Atos 17.1-9. na época de Paulo a cidade era regida
por um grupo de magistrados chamados “politarcas”
e por uma assembleia popular.
5. Paulo foi perseguido por membros da sinagoga. A
acusação era política: o apóstolo atua contra César
e seus editos

97
Poucas Ruinas Arqueológicas
1. Os achados arqueológicos limitam-se a mais ou menos o
tamanho de uma quadra
2. Casa de banho descoberta em 1962

98
Contexto histórico
1. Na carta frisa-se que Paulo veio de Filipos (2.2).
Chegando em Tessalônica, estabeleceu a Igreja
(2.4-12), padeceu perseguições (2.14-16) e teve
que sair rapidamente da cidade (2.17).
2. Segunda viagem, 50/53, Atos 17.1-9
3. O tempo que ele permaneceu na comunidade:
a. Atos 17.2 fala em três semanas
b. Ele trabalhou lá (1Ts 2.9), recebeu ajuda dos
Filipenses (Fl 4.16) e a comunidade se tornou
modelo para as outras Igrejas (1Ts 1.6-7).
4. Obrigado a ficar longe, quis voltar para
completar a formação dos fiéis (2.18)
99
Contexto histórico
1. De Atenas enviou Timóteo (3.1-2)
2. Paulo escreve a carta no ano 50-52 d.C.
quando Gálio era pró-consul na cidade
(Inscrição de Delfos)
3. Paulo descreve só sua atividade entre os
pagãos (1.9); Atos destaca o trabalho entre
os judeus
4. Mensagem: Cristo é o Messias e sua morte
e ressurreição foram necessárias
5. Convertidos: gregos que adoravam a
Deus: σεβομένων (piedoso) Ἑλλήνων, Atos
17.4
100
A Igreja fora das cartas
1.Atos 17.5-9. Igreja perseguida
2.Atos 17.11. população chamada
“menos nobre” que a de Bereia
3.2 Coríntios 8.1-3, 11.9; Romanos
15.26. Pobre mas generosa
4.Atos 20.4. proveu dois
companheiros para Paulo:
Aristarco, Segundo

101
Ocasião da escrita
1. Atos 17.10-15; 18.1-5; 1
Tessalonicenses 3.1-6
2. Ao sair a preocupação de Paulo com a
Igreja continuou
3. Enviou Timóteo de Atenas para obter
notícias
4. Timóteo se reúne com Paulo em
Corinto com boas notícias
5. Paulo escreveu esta carta de Corinto
6. 50 - 52 d.C .
102
Propósitos
1. Celebrar as boas notícias de Timóteo,
3.6-7
2. Dar ânimo—vida pura, 4.1
3. Afirmar sua autoridade como
mensageiro de Deus, 2.1-12
4. Responder a perguntas acerca do
retorno de Cristo:
a. O que será dos mortos? 4.13-18
b. Quando? 5.1-11
5. Término: animem-se (propósito da
carta) 103
Esboço
1. Primeiras Palavras 1.1-10
a. Saudações 1.1
b. Benção 1.1
c. 1ª. Oração (ação de graças) 1.2-10
2. Comentários Pessoais 2.1-3,13
a. Comportamento de Paulo em Tessalônica 2.1-12
b. 2ª. Oração (ação de graças) 2.13-16
c. Missão de Timóteo e o relacionamento atual de Paulo
com a Igreja tessalonicense 2.17-3.10
d. 3ª. Oração (Petição-benção) 3.11-13
3. Admoestações e exortações éticas 4.1-5.27
a. Ética: (exortações) 4.1-12
b. Teologia: A vinda do Senhor (Parousia) 4.13-5.11
c. Sobre os mortos 4.13-18
d. Sobre a data 5.1-11
e. Ética: (exortações finais) 5.12-22
4. Últimas Palavras (com um beijo) 5.23-28
104
1 Tessalonicenses—Esboço Esquemático

Exortações
Comentários Pessoais e
Primeiras Ensinos
Palavras
Parousia

Oração Oração Oração Ética


1.1 1.2 2.1 2.13 2.17 3.11 4.1 4.13 5.12 5.22
Exortações
Finais
Saudação Visita Tempo de Sobre os mortos
Separação Últimas
Benção Original Sobre Palavras
(Defesa) (Defesa) a data
Primeiras Palavras, 1.1-10

1. Saudação e Bênção, 1.1


2. Paulo, e Silvano e Timóteo,
3. À igreja dos tessalonicenses, em
Deus, o Pai, e no Senhor Jesus
Cristo: graça e paz tenhais de Deus,
nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo
4. (único—usual é: a igreja de Deus
em)

106
Igreja Universal
Igreja Universal
X
a igreja de Deus em

Filipos
Roma

Colossos
Tessalônica

= igrejas particulares a igreja de … em


Deus 107
A primeira Oração 1.2-10

1. O conteúdo: somente gratidão pela igreja


2. A obra (ἔργον - atividade) realizada por sua
fé,
3. O trabalho (Κόπος - trabalho duro) motivado
por amor,
4. A constância sustentada por sua esperança
em nosso Senhor Jesus Cristo. 1.3
5. O testemunho de vida da igreja, 1.7
6. Converteram-se a Deus deixando os ídolos
para servir ao Deus vivo e verdadeiro, 1.9

108
Comentários Pessoais, 2.1-3.13

1. Notas pessoais sobre suas primeira visita (Defesa)


2. 2.1-12
a. Resposta à acusação: Sua obra em
Tessalônica
3. Obteve êxito
a. Nossa visita à vós não foi um fracasso, 2.1
b. Bom caráter de Paulo e companheiros
c. Sinceridade, integridade, ternura, amor,
santidade, justiça, irrepreensíveis, 2.3-11,
d. A mensagem havia animado para levar uma
vida digna de Deus, que os chama a seu reino e
a sua glória, 2.12 .
109
Notas pessoais do tempo de
separação (Defesa)
1. 2.17-3.10
2. Acusação: Paulo abandonou a igreja
3. Defesa:
a. Satanás no-lo impediu: 2.18
b. Mandei a Timóteo: 3.1-5
c. Timóteo regressou com boas
notícias que nos animaram: 3.6-9
d. Desejamos vê-los de novo: 3.10

110
Exortações e Ensino 4.1-5.27

1. Exortações éticas: 4.1-12


2. A vinda do Senhor: 4.13-5.11
3. Exortações finais: 5.12-27
4. Exortações éticas 4.1-12.
a. Aspectos específicos da vida
moral:
i. Moralidade sexual: 4.3-8
ii. Domínio próprio…Santidade
iii. O amor fraternal: 4.9-10
iv. A vida civil: 4.11-12
111
Centro Teológico: 4.13-5.11

1. A vinda do Senhor
a. 1ª. Ansiedade: Os mortos e a vida eterna—4.13-
18
2. Problema: o transcurso do tempo
3. Esperaram o retorno de Cristo imediatamente; mas
não chega e as pessoas começaram a morrer
(Quem morreu em tão pouco tempo?)
4. Resposta: Os vivos não se adiantarão aos que
haviam morrido, 4.15
a. O Senhor descerá… os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro, 4.16
b. Depois os vivos serão arrebatados, 4.17
c. E assim estaremos (os mortos e os vivos) com o
Senhor para sempre, 4.17 112
A Eternidade

Os vivos em Cristo

Tempo

Os mortos em Cristo

113
A Eternidade

Senhor descerá

Os vivos em Cristo

Tempo

Os mortos em Cristo

114
A Eternidade

Mortos em Cristo ressuscitarão


Os vivos em Cristo
Logo
εἶτα
Tempo

115
A Eternidade

Os vivos em Cristo Arrebatados juntos

Tempo

116
A Eternidade

Então…estaremos (juntos, os mortos e os vivos)


com o Senhor para sempre, 4.17

117
A vinda do Senhor
1. 2ª. Ansiedade: Quando o Senhor vem?—5.1-
11
2. O dia do Senhor chegará como um ladrão na
noite, 5.2
a. Não durmamos, pois, como os demais,
mas vigiemos e sejamos sóbrios. 5.6
b. E
c. [...] vestindo-nos da couraça da fé e do
amor e tendo por capacete a esperança da
salvação, 5.8
3. Διὸ (Pelo que)
4. Exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns
aos outros, como também o fazeis, 5.11
118
Exortações finais 5.12-22
1. Mostrem respeito aos líderes
2. Admoesteis os desordeiros
3. Estimulem aos desanimados e ajudem os
fracos
4. Sejam pacientes com todos
5. Esforcem-se sempre por fazer o bem
6. Estejam sempre alegres
7. Orem sem cessar
8. Deem graças a Deus em todas as situações
9. Não extingais o Espírito
10.Submetam tudo à prova, retendo o que é
bom,
11.Evitem toda espécie de mal 119
Últimas Palavras

Uma Bênção, 5.23-24

Uma Despedida, 5.25-27

A Bênção Final, 5.28

120
Comentários sobre Evangelismo

O modelo de Paulo:
1. Vem do Espírito Santo: 1.5
2. Manifesta o poder para sobreviver: 2.1-2
3. A motivação é agradar a Deus, não as
pessoas: 2.3-4, 6
4. Não faz por desejo monetário: 2.5-6
5. Motivação de amor pelas pessoas: 2.7-9
6. Vida de integridade: 2.10-12
7. O modelo da igreja: Gozo – 1.6
8. A vida nova se mostra em uma mudança:
1.7-10 121
Comentários sobre a Ética Cristã, 4.1-12;
5.12-24

1. O fundamento e a motivação desta ética:


a. O modo de viver que agrada a Deus (4.1)
2. Ações específicas:
a. Apartem-se da imoralidade sexual: 4.3-7
b. Amor fraternal: 4.9
c. Trabalhar com as próprias mãos: 4.11
d. Cuidar dos que trabalham entre vós: 5.12
e. Admoestem os desordeiros: 5.14
f. Paz, paciência, gozo, oração, apeguem-se
ao que é bom, evitem toda espécie de mal
122
Principal tema de Doutrina

1. Em meio à demora do retorno do


Senhor
2. O Senhor regressará com certeza
3. E
4. Todos os crentes — os que morreram e
os vivos—estarão com ele para sempre
5. Guarde isso: O Senhor é Vencedor
(sobre a morte) e Onipotente
6. É o Senhor de tudo
123
1 Tessalonicenses:
A carta de
esperança a uma
igreja ansiosa

Sejam Fortalecidos!

O Senhor
Regressará
124
2 Tessalonicenses

125
2 Tessalonicenses Informações Básicas

Data: 51/52 se Paulo é o autor – final do I século


se não
Procedência: se de autoria de Paulo – Corinto; se
pseudônima não há como saber
Destinatários: se de autoria de Paulo, para
Tessalônica. Se pseudônima, talvez para mesma
cidade.
Autenticidade: os estudiosos estão quase meio a
meio divididos a respeito de Paulo.
Unidade: pouco questionada.
Integridade: nenhuma argumentação importante
sobre interpolações.
126
Propósitos da Carta
1. Advertências/instruções sobre como tratar com:
a. Pessoas que falaram falsamente em nome de
Paulo
b. Pessoas que ensinaram coisas falsas
c. Pessoas que lhes perseguiram
2. Corrigir ensinamentos falsos sobre a vinda do
Senhor
3. (O homem da injustiça)
4. Dar aviso contra a tendência de andar ociosos
5. Dar animo em meio ao sofrimento e as perguntas
que acompanham este sofrimento

127
Esboço de 2 Tessalonicenses

1. Primeiras Palavras 1.1-12


2. Saudação 1.1-2
3. Oração 1.3-12
4. Gratidão e comentários 1.3-10
5. Petições 1.11-12

6. Advertências 2.1-12
7. Notícias falsas sobre o Dia do Senhor
8. Homem da injustiça

9. Instruções Finais 2.13-3.15

10.Últimas Palavras 3.16-18 …


128
2 Tessalonicenses

Primeiras
Palavras Advertências:
Notícias falsas Instruções
Oração sobre o Dia Finais
do Senhor
eo
Gratidão Petição Homem da Injustiça Várias

1.1 1.3 1.11 2.1 2.13 2.15 3.1 3.16


Várias

Saudação Bênção Útimas


©Ackles 2012 Palavras
129
1.3-12 Ânimo para a comunidade perseguida
1. Paulo aponta para a futura inversão do papel de
perseguidos e perseguidores, no julgamento por Deus
Deus é Justo Dia do Senhor (1.5-7)
2. Não creram e nem sofrerão em vão (1.10)
3. Oração para que os propósitos de Deus para a igreja se
cumpram neles (1.11-12)
2.1-12 Primeira exortação – instruções para a correção de
mal-entendidos
1. Paulo rebate o ensino errôneo sobre a vinda do Senhor
2. Antes virá a apostasia e o “homem da iniquidade
(avnomi,aj) contrário à lei” (2.3)
3. Há alguém (algo) que impede a manifestação do homem
da iniquidade
a. Desde o século II muitos entenderam que esse poder
repressor era o Império Romano.
b. Outros propõem um poder sobrenatural.
130
c. Mensagem do evangelho, Igreja, Espírito Santo.
2.1-12 Primeira exortação – instruções para a correção de
mal-entendidos
1. A vinda de Cristo significará a derrota do mal e dos que se
opõem ao evangelho e têm prazer na injustiça (2.4-10)
2. Rejeitaram a verdade e Deus lhes enviará “a operação do
erro, para que deem crédito à mentira” (2.11)
2.13-17 Segunda introdução – permaneçam fiéis
1. Fiéis a tudo o que lhes foi ensinado (v.15)
2. Oração de Paulo em favor dos tessalonicenses (v.16s)
3.1-5 Pedido de oração
1. Paulo pede que orem por ele (v.1)
a. Objetivo: fazer prosperar a palavra proclamada (v.1b)
b. Ser liberto de homens perversos e maus (v.2)
2. Apela pela segunda vez ao ensinamento dado (v.4)
3. Conclui com outra bênção “final” (v.5)

131
3.6-15 Segunda exortação – Por que parar de trabalhar?
1. Paulo condena a inatividade (ociosidade) dos que esperam
o Senhor passivamente (v.1)
a. Cristão não pode ser vadio nem orgulhoso.
b. Além de estar à toa, eles estavam interferindo na vida
alheia.
2. Paulo insistiu enfaticamente com os crentes fiéis que não
andassem com quem rejeitava seu ensino
a. Não tratar, porém, como inimigos, mas exortar como
irmãos
3.16-18 Segunda conclusão
1. Como bênção final deseja-lhes a paz total (v.16a) e a
presença (da graça) do Senhor (vv. 16b.18)

132
Sintetizando
1. A volta de Cristo não é iminente;
2. Há um longo prazo para a transformação deste
mundo;
3. Jesus virá para o julgamento;
a. Destruirá os ímpios;
b. Glorificará os fiéis
4. Aponta para os seguintes temas atuais:
a. O perigo de uma escatologia alienante, que
determina uma fuga para a frente, sem encarar as
dificuldades da vida;
b. A importância de levar a sério a existência humana
e a história;
c. O risco do parasitismo e da recusa das
responsabilidades terrenas, à luz de uma
interpretação errada da fé cristã. 133
Cartas Paulinas. 1 Coríntios
A Carta da Unidade. Uma Igreja forte mas dividida
134
As epístolas aos Coríntios
1. Primeira carta de Paulo (não canônica),
perdida; apenas alusão em 1 Cor 5.9
2. Segunda carta de Paulo (canônica). a 1ª.
aos Coríntios
3. Terceira carta de Paulo (não canônica),
perdida; a 2 Cor 2.3, 4
4. Quarta carta de Paulo (canônica). a 2ª. aos
Coríntios

135
Corinto
1. Capital da província senatória da
Acaia
2. Dois portos importantes. Cencréia e
Lequeu (Lechaiom)
3. População. 500.000 habitantes
4. Famosa pelos Jogos Ístmicos (9.24) e
pelo templo de Afrodite, onde se
praticava a prostituição sagrada, com
festas orgiásticas (6.12-20)
5. Prostituição sagrada com as
“hieródulas” (cortesãs sagradas) 136
Corinto
1. Sinagoga. tinha por chefe Crispo e
depois Sóstenes. Paulo pregou ali por
quase três meses (Atos 18.4)
2. Paulo pregou também na casa ao
lado – de Tito Justo (Atos 18.7)
3. Permanece na cidade durante um
ano e meio, quando o pró-cônsul é
Gálio, irmão de Sêneca, no ano 51-
52, como se segue da inscrição de
Delfos
137
Mar Jônico Mar Egeu

Corinto
Visitas de Paulo à Corinto

1. Segunda Viagem Missionária, 50-54 d.C.,


Atos 18.1-18 (50-51 d.C.)
a. Posterior ao edito de Claudio (49)
b. Permaneceu até pouco depois da
chegada de Gálio como Pró-cônsul (52
d.C.)
c. Visita longa: 18 meses ou mais, com
Silas e Timóteo
d. Dois ataques contra Paulo da parte dos
judeus
139
Visitas de Paulo à Corinto

2. Terceira Viagem Missionária, 54-58


a. Visita durante o tempo em Éfeso
b. Visita dolorosa, 2 Coríntios 2.1
3. Visita planejada e cancelada, 2
Coríntios 1.15, 23; 2.1
4. Visita futura, 2 Coríntios 13.1, 10

140
Data e Lugar de Composição de 1
Coríntios

1. Em Éfeso durante a terceira viagem


missionária, 54-58 d.C. (16.8 –
Pentecostes de 55-56 d.C)
2. Provavelmente durante a primavera
3. Paulo planejou uma viagem a
Macedônia e Corinto—em conexão
com a oferta para Jerusalém, 1
Coríntios 16.1-8, 16.5-6, 16.8
141
Ocasião Específica
1. Paulo havia mantido interesse e
ansiedade continuamente
2. A respeito da igreja em Corinto
a. Gente de Corinto chegou com
ansiedades e perguntas
b. Cloé (1.11)… Apolo (16.12)…
Outras pessoas (16.17)
c. Havia chegado uma carta de
Corinto com algumas perguntas,
7.1
142
Propósitos da Carta
1. Resolver as divisões
2. Defender-se contra ataques pessoais
3. Responder às perguntas que havia
recebido de Corinto
4. Oferecer doutrina correta sobre tópicos
específicos
5. Corrigir falsos pensamentos
6. Saudar pessoas conhecidas
7. Dar ânimo para as pessoas cumprirem
suas ofertas aos santos
8. Preparar as pessoas para a chegada sua e
de Timóteo
143
Características

1. Muitos conselhos sobre temas e


perguntas específicas
2. Fala muito da moralidade sexual
3. Ponto central: divisões
4. Carta prática (2 Coríntios é uma carta
pessoal)

144
Esboço
1. Prólogo 1.1-9
1. Saudação 1.1-3
2. Introdução em forma de ação de graças 1.4-9
a. Centrada nos dons. vv. 4-7a – preparam os capítulos 12-14
b. Espera da parousia. vv. 7b-8 – preparam o capítulo 15
c. Confiança no futuro. a vocação vem de Deus. v.9
2. Divisões e Conflitos 1.10-15-58
1. Lealdade (os grupos) 1.10-4.21
2. Moralidade 5.1-7.40
3. Religião 8.1-14.40
4. Doutrina 15.1-58
3. Conclusão 16
4. Notas Pessoais 16.1-22
5. Bênção 16.23-24

145
Opção

A – unidade 1-4
B – santidade 5-7
B’ – santidade 8-11
A’ – unidade 12-14

Aqui as grandes temáticas giram em torno da


realidade de alguns grupos, da santidade,
das reuniões eclesiais, dos dons e da
ressurreição.

146
1 Coríntios—Esboço

Prólogo Conclusão

Divisões e Conflitos

Lealdade Moralidade Religião Doutrina


1.1
16.24
1.10 5.1 8.1 15.1 16.1 16.23

Saudação Notas Pessoais


Bênção
Oração Bênção

147
Prólogo, 1.1-9
Saudação e Bênção—1.1-3

1. Os escritores. Paulo, chamado


pela vontade de Deus
para ser apóstolo
de Jesus Cristo,
e nosso irmão Sóstenes,

2. Os destinatários. à igreja de Deus que está em Corinto,


aos santificados em Cristo
Jesus
e chamados
para ser santos,
Com todos os que em todo lugar invocam o nome de
nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.
Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo 148
Prólogo, 1.1-9
Oração—1.4-9

1. Afirmação da plenitude das bênçãos de Deus


Sempre dou graças a (meu) Deus a vosso respeito,
A propósito da sua graça, que vos foi dada em Cristo Jesus…
Porque, em tudo, fostes enriquecidos- em toda a palavra e
em todo conhecimento
…de maneira que não vos falta nenhum dom
ὥστε ὑμᾶς μὴ ὑστερεῖσθαι ἐν μηδενὶ χαρίσματι
Aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus
Cristo.

2. Explicação do propósito da obra de Deus entre eles


O qual vos confirmará até o fim,
para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus
Cristo.
Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu
Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.
149
Divisões e Conflitos, 1.10-15.58

1. Lealdade 1.10-4.21
2. Moralidade 5.1-7.40
3. Religião 8.1-14.40
4. Doutrina 15.1-58

5. Problema Fundamental. As divisões


evitam a realização do potencial da igreja
em Corinto

150
1 Coríntios—Esboço

Prólogo Conclusão

Divisões e Conflitos

Moralidade Religião Doutrina


Lealdade
1.1
16.24
1.10 5.1 8.1 15.1 16.1 16.23

Saudação Notas Pessoais


Bênção
Oração Bênção

151
1. Sobre Lealdade (os grupos)—1.10-4.21

a. O problema. 1.10-17
b. O projeto de Deus para sua igreja é a
unidade
...sejais inteiramente unidos … 1.10 “desejo
que não haja cismas”

a. Contudo
… fui informado, pelos (membros da casa) de
Cloé, de que há contendas entre vós. Refiro-me
ao fato de cada um de vós dizer: eu sou de
Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de
Cristo ... 1.11-12
152
Argumento contra divisões cuja origem é a lealdade 1.10-4.21
1. O problema parece ser entre os crentes, não entre os líderes
2. Lealdade exagerada é marca de imaturidade 3.1-4
3. Líderes maduros sabem que não há fundamento para jactar-
se
a. Os mensageiros escolhidos: são débeis 1.18-31
11-16 Cisma equivale: substituir Cristo por um homem
b. A mensagem: é de Cristo, não do líder 2.1-3.4
4. É de Cristo humilde-crucificado 1.18 – é loucura: resposta
divina aos judeus e gregos enquanto eles impõem
condições a Deus (vv.21-25)
5. Vem de Deus, não de pessoas: o poder do Espirito 2.4,5
6. Os líderes: funções diferentes mas um fundamento de todos
(Quem são? Nada e Deus é tudo) 3.5-23 (3.8, 11)
7. Deve ser valorizada a capacidade de edificar sobre o alicerce
que é Cristo

153
1. Paulo mesmo como exemplo de líder 4.1-21

2. Sua Obra 4.1-13


Que todos nos considerem servos (ὑπηρέτας) de Cristo,
encarregados de administrar os misterios de Deus. 4.1

1. Os líderes são servos - de Cristo e da Igreja


2. Administram coisas que não pertencem a eles mesmos
a. Servem sob o julgamento do Senhor 4.4
b. Servem com humildade: Que tens tu que não tenhas
recebido? Não tomar partido 4.6-7
c. Os valores não estão onde muitos acreditam 4.8
d. Deus “distingue” os seus apóstolos com todas as
humilhações possíveis 4.9-13
3. Sua Autoridade 4.14-21
4. Relacional, pessoal e moral, não somente oficial 4.15

154
1 Coríntios—Esboço

Prólogo Conclusão

Divisões e Conflitos

Religião Doutrina
Lealdade Moralidade
1.1
16.24
1.10 5.1 8.1 15.1 16.1 16.23

Saudação Notas Pessoais


Bênção
Oração Bênção

155
Divisões e Conflitos, 1.10-15.58
Sobre Moralidade—5.1-7.40

Moralidade

Sexual 1 Legal Sexual Matrimonial


2

5.1 6.1 6.9 7.1 7.40

156
1. Moralidade Sexual 5.1-13
a. Um ato específico de imoralidade 5.1-5
b. Divisão: Aprovação de parte da igreja 5.2, 6-8
2. Resposta de Paulo. 5.2
a. Raízes judaicas (Lv 18.8; 20.11)
3. Havia tratado disso em carta anterior 5.9-13
4. Disciplina: necessidade e propósito
a. Entregue a Satanás. Excomunhão: fora da igreja está a esfera
de Satanás. Ser expulso da igreja de Cristo é ser lançado
àquela região onde Satanás mantém o poder.
b. Resgatar e reconciliar o pecador …a fim de que seu espírito
seja salvo 5.5
c. Paulo concebe esta punição como medicinal. A carne é
destruída, para que o espírito seja salvo.
1) Salvo no sentido mais completo: no dia do Senhor.
2) No dia do juízo final ele espera ver o ofensor disciplinado,
entre o povo de Deus.
157
4. Disciplina: necessidade e propósito
a. Manter a pureza da igreja …um pouco de fermento leveda
a massa toda 5.6
a. Preocupação maior não era a imoralidade do mundo
exterior à comunidade, mas o pecado no interior da
comunidade (alguém que professa ser cristão) que
parece fermentá-la 5.6-13
b. Para cumprir a missão da igreja—ser povo santo

158
1. Moralidade Judicial 6.1-11
a. O juízo entre irmãos 6.8; 6.2
b. É extraordinário que irmão queira ir a juízo com irmão.
c. Seria mais extraordinário se o fizesse perante
incrédulos.
d. Recomendação paulina: a igreja deve ter a
capacidade de resolver as disputas e as divisões entre
os irmãos
e. O juízo contra injustos 6.9-11; 6.9
f. Fornicadores (adúlteros) e homossexuais
6.9-10
i. μαλακοὶ (efeminados, macio): meninos prostitutos?
ii. ἀρσενοκοíται: aqueles que vão para a cama com
outros homens (Lv 18.22; 20.13 – LXX).
iii. O texto aborda os ativos e os passivos.
159
1. Solução 6.12-20
a. Permitido não determina o correto e apropriado.
Nem tudo resulta no bem 6.12
b. Limites de contexto e intenção
c. Problema de domínio próprio (Hábitos).
Nenhuma de nossas opções deve dominar-nos
6.12
d. Nosso corpo pertence a Cristo v.13d
e. Deus o ressuscitará vv. 13s
f. Somos membros de Cristo vv. 15s
2. O uso do corpo: Templo e propriedade do Espírito
Santo
a. Templo (ναòς não ιερον) de Deus v. 19a
b. Já fomos comprados vv. 19b-20
160
1. Moralidade de Casados e Solteiros 7.1-40
2. Quanto ao que me escrevestes.
a. Casados: Não vos priveis um ao outro 7.5
(7.1-7)
b. Solteiros: permaneçam como eu (conselho).
A continência é um dom divino especial. 7.6-8
c. Vantagem de ser solteiro 7.25-40
d. Divórcio: não se separem. Contra o divórcio e novo
casamento 7.10-16
e. Existem somente duas saídas: permanecer sozinho, ou
reconciliar-se (v 11.a)
f. Todos: cada um conforme Deus o tem chamado
7.17
7.17-24
3. Seu pensamento é absolutamente apocalíptico

161
Prólogo Conclusão

Divisões e Conflitos

Doutrina
Lealdade Moralidade Religião
1.1
16.24
1.10 5.1 8.1 15.1 16.1 16.23

Saudação Notas Pessoais


Bênção
Oração Bênção

162
Divisões e Conflitos, 1.10-15.58
Sobre Religião—8.1-14.40

Culto
Comida #1 Direitos Sobre Comida
Apostólicos Israel #2
Ordem Dons

8.1 9.1 10.1 10.13 11.2 12.1 14.40

Nota Importante. Paulo busca a unidade e não a


uniformidade
Diferenças válidas são importantes
163
Que princípio Paulo apresenta
no capítulo 8 como guia para
decisões sobre o que é
permitido comer?
8.9

164
1. A maior parte do alimento vendido nos armazéns,
primeiro tinha sido oferecida em sacrifício:
a) Parte da vítima era oferecida sobre o altar ao
deus;
b) Parte ia para os sacerdotes;
c) Parte ia para os cultuadores.
2. Os sacerdotes costumeiramente vendiam o que não
podiam utilizar.
3. Difícil saber com certeza se a comida de determinado
armazém fizera parte de um sacrifício ou não.
4. Duas questões distintas:
a) Tomar parte em festividades idolátricas;
b) Comer comida comprada nos armazéns, mas
previamente parte de um sacrifício.
165
Divisões e Conflitos Sobre Religião 8.1-14.40
1. Centro. Liberdade e Responsabilidade
2. Problema. o direito não determina o que seja correto ou
apropriado
3. Divisões sobre alimentos que foram sacrificados aos
ídolos e depois oferecidos a quem os quisesse comprar
8.1-9.27
4. Liberdade. para comer ou não comer. É praticamente
irrelevante que os alimentos tenham sido oferecidos aos
deuses. Não existem outros deuses 8.4, 8
5. Responsabilidade. recomenda-se cautela para não
escandalizar aqueles que são fracos na fé 8.9
(Como entender a repreensão à Pedro em Gálatas?)
6. Conhecimento, mesmo conhecimento correto, pode inflar
a pessoa, mas o amor edifica os outros.

166
1. Direitos apostólicos / Liberdade e
Responsabilidade
a. O exemplo pessoal de Paulo 9.1-27
b. Acaso não temos o direito de comer e beber?
9.4-5
c. …não usamos este direito, …suportamos tudo
para não criarmos qualquer obstáculo ao
evangelho de Cristo 9.12
1. A estratégia missionária de Paulo 9.19-23
a. Fiz-me de tudo para com todos, com o fim de, por
todos os modos, salvar alguns
b. Conclusão do assunto de como se empenhou em
seu ministério, apelando para um fascinante uso
da imagem das competições no atletismo9.24-27

167
1. Divisões Sobre Religião 8.1-14.40
a. Sobre Israel 10.1-13
2. Uma precaução contra o abuso da liberdade
a. … Estas coisas lhe sobrevieram como exemplos e
foram escritas para advertência nossa 10.11
3. As tentações. Cuidado!
a. ... Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não
caia 10.1
4. O que foi sacrificado aos ídolos 10.14-11.1
a. Portanto, meus amados, fugi da idolatria 10.14
b. O cálice e o pão 10.16
c. Em últimas palavras 10.31-32

168
Divisões Sobre Religião 8.1-14.40
Liberdade e Responsabilidade
1. A ordem no culto 11.2-14.40
a. Acerca dos costumes nas orações 11.3-16
b. Coisas culturais e coisas eternas / Costumes e
regras
2. A Santa Ceia 11.17-34
a. O problema: cada um toma antecipadamente, a
sua própria ceia, (11.21) 11.17-22)
b. Falta de consideração para com os outros
c. A instituição 11.23-26
d. Precauções 11.27-32
e. Apesar do livro de Jó, a correlação entre pecado e
doença/morte permanece forte no pensamento
judaico
f. Boa ordem 11.33-34 169
1. Sobre os dons espirituais 12.1-14.40
2. Quê importância têm os dons espirituais?
3. A ordem no culto (continuação) 11.1-14.40
a. Dons espirituais 12.1-14.40
b. Propósito. 12.7
c. Critério de repartição. 12.11
d. Diversidade e unidade (12.12) 12.1-31
4. A supremacia do amor 13.1-13
a. ἔρως, Φιλέω, ἀγάπη o fundamento da boa ordem na
igreja
b. A prioridade do amor (ἀγάπη) 13.1-3
c. A personalidade do amor (ἀγάπη) 13.4-7
d. A perenidade do amor (ἀγάπη) 13.8-13
5. Algo mais sobre os dons espirituais no culto 14.1-40
a. Profetizar e falar em línguas 14.27-32;
14.39-40
170
Divisões e Conflitos

Lealdade Moralidade Religião Doutrina


1.1
16.24
1.10 5.1 8.1 15.1 16.1 16.23

Saudação Notas Pessoais


Bênção
Oração Bênção

171
Divisões e Conflitos 1.10-15.58
1. Sobre Doutrina
2. A ressurreição 15.1-58
a. A doutrina essencial e de maior importância 15.3
b. Sua realidade verificada historicamente 15.4-8
c. Se é falsa, é vã a nossa fé e somos infelizes 15.12-19
d. Não é falsa 15.20
e. A ressurreição do corpo 15.35-55
f. A base de nossa perseverança 15.58

172
Últimas Palavras, 16.1-24
1. Ofertas 16.1-4
Veja também 2 Cor 8-9
1. A oferta é para ajudar os crentes de Jerusalém
2. Exortações e saudações diversas 16.5-22
3. Maran atha nosso Senhor veio!
4. Marana tha Vem, nosso Senhor!
5. Bênção
16.23-24

173
Temáticas mais atuais.
1. Uma igreja se confronta com os problemas de uma
grande cidade.
2. Uma comunidade de origens modestas mostra
grande dinamicidade e enfrenta desafios variados
com a vontade de um contínuo crescimento na fé.
3. A dignidade da pessoa humana e a importância da
unidade entre cristãos, enriquecidos por Deus com
dons diferentes.
4. O valor fundamental da liberdade, âmbito de
verdadeira realização do ser humano
5. A importância do discernimento em relação às
dimensões religiosas do mundo profano que
proliferam ao redor da comunidade e podem criar
confusão.
174
2 Coríntios
Uma Carta de Defesa: Uma Igreja forte, mas com oponentes
175
Data e Ocasião

1. Depois da visita dolorosa (2.1-2); e a chegada


de Tito com boas notícias sobre a reação
positiva das pessoas à carta com lágrimas
(capitulo 7.6)
2. Por isso: escreveu como resposta à notícias de
Tito, no meio ou ao final da terceira viagem
missionária, 56-58 d.C.
3. Nenhuma indicação da data.
4. Se foi logo após a recepção das notícias por
Tito: Da Macedônia, provavelmente

176
Propósitos
1. Gálatas tem um propósito: teológico.
2. 2 Coríntios tem um propósito: pessoal.
3. Defesa pessoal e emocional.
4. Autobiográfica.
5. Mas, podemos interpretar alguns propósitos
menores dentro dos interlúdios.
6. Existem comentários importantes sobre várias
doutrinas.
7. Animar os crentes para o processo de perdão
(2.5f) e para cumprir sua intenção de ofertas
(capítulo 8).
8. Assegurar-se de que sua próxima visita será bem
recebida. 13
177
Características
1. Uma Sinfonia
2. Somente um grande tema que unifica toda a obra.
(Defesa: gráfica, pessoal e poderosa)
3. Alguns interlúdios (comentários vários)
4. O principal valor para nós pode estar nos interlúdios
a. O consolo de Deus (1.3f)… O aroma triunfal (2.15)
b. Gloria a gloria (3.18)
Tesouro em vasos de barro (4.7)
a. A morada terrestre… casa nos céus (5.1f)
b. Novas criações… O ministério da reconciliação
(5.17,18)
c. Não “juntar-se” com incrédulos (6.14)
d. Lições de generosidade (8.1-15)
Etc.
178
Características

1. Muito pessoal e emotiva.


2. Nem sistemática nem teológica.
3. Combina alegria e dor, como as notícias de Tito.
4. Alegria a respeito das boas notícias (7.5-7) … Dor
a respeito da existência de oponentes.

179
Esboço
1. Primeiras Palavras 1.1-2
2. Saudação e Bênção 1.1-2

3. Defesa do Ministério 1.3-13.10


a. Defesa do Ministério #1 1.3-6.13
b. Uniões incompatíveis 6.14-7.1
c. Defesa do Ministério #2 7.2-16
d. Oferta (Defesa #3) 8.1-9.15
e. Defesa do Ministério #4 10.1-12.13
f. Terceira visita planejada (Defesa #5)12.14-13.10

4. Últimas Palavras.
a. Comentários e Benção 13.11-14

180
Acusações e Defesas
1. Acusação: Seu ministério era sem valor, 1.3-6.13
2. Defesa: Sofrimento, integridade, e êxito
3. Acusação: Seu ministério causou danos, 7.2-16
4. Defesa: 7.2
5. Acusação: Em coisas financeiras não se portou de
maneira digna de confiança, 8.1-9.15
6. Defesa: 8.19

181
Acusações e Defesas

1. Acusação: Não tem autoridade para ser líder,


10.1-11.6
2. Defesa: (Tenho) 10.8

3. Acusação: Está fazendo planos para visitá-los e


quando vier irá explorá-los, 12.14-13.10
4. Defesa: não tem sido uma carga

182
Esboço Esquemático

Defesa do Ministério

Defesa #1 Oferta Visita


Defesa (Defesa Defesa #4 (Defesa
#2 #3) #5)
1.3 6.14 7.2 8.1 10.1 12.14 13.11

1.1 13.16

Primeiras Palavras . Uniões incompatíveis Últimas Palavras.


Saudação Comentários Finais
Bênção Bênção
Primeiras Palavras , 1.1-2
Saudação, 1.1
Paulo, apóstolo de Cristo Jesus
pela vontade de Deus,
e o irmão Timóteo,
à igreja de Deus que está em Corinto
e a todos os santos em toda a Acaia.
Benção, 1.2
graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai
e do Senhor Jesus Cristo
Fórmula introdutória. 1.1-2 (os que estão na Acaia?
Ação de graças. 1.3-11
1.2. preparação para a coleta a ser feita em toda a Acaia? 184
9.2
1. 1.12 – 7.16. A primeira parte do corpo da carta
a. 1.12-2.13. Subdivisão – a. alteração dos planos depois
da dolorosa visita que fizera, vindo de Éfeso
b. 2.5-11. o problema durante a atribulada visita,
concentra-se num indivíduo violento (1 Cor 5.1-2?). Em
resposta à carta “lacrimosa” de Paulo, os coríntios
puniram tal pessoa, mas agora o apóstolo os incentiva à
misericórdia e ao perdão (correção com limites).
c. 2.14-7.16. Paulo relaciona seu ministério em larga
escala à crise coríntia
i. 2.17. não é mascate (Is 1.22 LXX) da palavra de
Deus.
ii. 3.1-3. não precisa de carta de recomendação para
os coríntios; eles mesmos são sua carta
iii. 3.4-11. superioridade de um ministério que envolve o
Espírito sobre um ministério gravado em pedra e
que trouxe a morte 185
1. 1.12 – 7.16. A primeira parte do corpo da carta
a. 2.14-7.16. Paulo relaciona seu ministério em larga
escala à crise coríntia
i. 3.12-18. o Senhor que falou a Moisés, agora se
faz presente no Espírito
ii. 4.3-4. o ministério de Paulo não é velado
iii. 4.7. o poder (δυνάμεως) de Paulo provém de
Deus; mesmo assim, esse tesouro é levado em
“vasos de barro”
iv. 4.8-12. obra de arte de ironia. Paulo distingue
entre seu sofrimento físico de seu status em
Cristo
v. 4.16-5.10. contrastes – exterior/interior; visto/não
visto; despido/vestido. Por quê Paulo não
desanima? Tribulações/glória eterna. Paulo vive
na tensão do “já” e do “ainda não” 186
1. 1.12 – 7.16. A primeira parte do corpo da carta
a. 4.16-5.10. O contraste entre o ser humano exterior
(ἄνθρωπος) ao ser humano interior.
b. Não se trata de corpo versus alma, mas da
existência humana neste mundo, a vida que alguém
recebeu de seus pais, versus a vida que recebeu
por meio da fé em Jesus Cristo.
c. A primeira é mortal, a segunda está sendo renovada
e torna-se sempre mais gloriosa, dia após dia, à
medida que alguém é transformado à semelhança
de Cristo (4.11; 3.18)
d. Para substituir a casa em forma de tenda (οἰκία τοῦ
σκήνους), existe um edifício de Deus (5.1). Paulo
preferiria estar longe de casa, do corpo, e estar em
casa, com o Senhor (5.8)
187
1. 1.12 – 7.16. A primeira parte do corpo da carta
a. 2.14-7.16. Paulo relaciona seu ministério em larga
escala à crise coríntia
i. 5.18-20: em nome de Cristo exercemos a função
de embaixadores
ii. 5.20: o que Deus realizou “por nosso intermédio”
iii. 6.1-13. roga para que os coríntios não recebam
em vão a graça de Deus. Paulo não colocará
pedra de tropeço no caminho de ninguém (v.3).
a) 6.4-10. num comovente retrospecto da vida
de Paulo, ele põe a descoberto sua alma,
desafiando-os a abrir o coração para ele
(v.11-13)
iv. 6.14-7.1. passando as contradições dualísticas,
Paulo incita-os a não ligar-se aos descrentes
v. 7.9-16. felicidade ao receber boas notícias
188
1. 8.1 – 9.15. A segunda parte do corpo da carta
a. 8.10; 9.2. O projeto da coleta iniciou um ano antes
i. 8.1-5. os cristãos macedônios são exemplos;
generosos em meio a pobreza
ii. 8.9. o próprio Cristo como exemplo
iii. 8.16-23. Paulo envia Tito (e um irmão famoso
em todas as Igrejas, e outro irmão zeloso)
iv. 9. parece dirigir-se especificamente à Acaia.
Paulo se orgulha da generosidade dos
macedônios, mas louva os coríntios perante os
macedônios, e não deseja passar vexame se
os macedônios forem com ele recolher a
coleta

189
1. 10.1 – 13.10. A terceira parte do corpo da carta
a. Resposta de Paulo mais detalhada ao questionamento de
sua autoridade apostólica.
b. Paulo demonstra incerteza quanto à recepção que lhe
será oferecida quando for a Corinto pela terceira vez
i. 10.8; 13.10 (Jr 1.10). a autoridade (ἐξουσίας) que
lhe foi concedida pelo Senhor é para a edificação,
não para a destruição.
ii. 11.5; 12.11. havia apóstolos (pretensos “super-
apóstolos”) solapando Paulo em Corínto.
iii. 11.13-15. eles são dissimuladores e falsos apóstolos.
No final das contas, serão punidos
iv. 11.23-29. As ocasiões em que ele foi aprisionado,
flagelado, açoitado (Τεσσαράκοντα; Dt 25.3),
apedrejado, naufragado, exposto ao perigo,
faminto, sedento e despojado de suas vestes são
mais importantes para ele como expressão de sua
preocupação apostólica com todas as Igrejas.
190
1. 10.1 – 13.10. A terceira parte do corpo da carta
i. 12.10. grito de confiança no poder
(δυνατός) de Cristo. Paulo realizou sinais,
prodígios e milagres.
ii. 12.15. Paulo se dispõe a correr o risco de
orgulhar-se para mostrar a sinceridade de
seu questionamento aos coríntios.
iii. 12.10 – 13.10. é o jeito que Paulo concebeu
para conseguir que os coríntios reagissem
com generosidade e se livrassem das
divisões e corrupções antes que ele
chegasse, de modo que não precisasse
mostrar severidade.

191
1. 13.11-13. fórmula conclusiva 13.11
De resto irmãos,
alegrai-vos,
sede aperfeiçoados,
encorajai-vos,
o mesmo pensai,
vivei em paz.
e o Deus do amor e da paz estará convosco
13.13. A benção triádica tem servido na liturgia
cristã, até hoje, como modelo de invocação;
ficou conhecida como Bênção Apostólica.

192
1. O sofrimento, 1.4, 5, 9, 10; 4.10; 6.4; 7.6; 12.5, 9
a. Aumenta a capacidade para consolar 1.4
b. É participação nos sofrimentos de Cristo 1.5
c. Aumenta o sentimento de dependência de Deus
1.9
d. Manifesta a morte e a vida de Cristo 4.10
e. É nossa identidade como servidores de Cristo
6.4
f. A graça te basta. O poder se aperfeiçoa na
fraqueza 12.9

193
Epístolas Paulinas: Romanos
A justiça de Deus no Evangelho de Cristo
194
Data e Ocasião
1. Escreve das proximidades de Cencréia
(recomenda Febe em 16.1-2 mulher diácono
daquela cidade)
2. Envia as saudações de Gaio, anfitrião de toda a
comunidade de onde Paulo escreve; existia um
Gaio importante em Corinto (Rm 16.23; 1Cor 1.14)
3. Planeja uma coleta para Jerusalém (15.26-33)
4. De acordo com a cronologia tradicional passou o
inverno de 57/58 em Corinto; a seguir (At 20:2-
21.15), passando pela Macedônia, Ásia e
Cesaréia, voltou para Jerusalém, onde foi preso.
5. Acordo entre os eruditos: Paulo escreveu para
Roma de Corinto (em 57/58 ou mais cedo, na
cronologia revisionista 195
Contexto
1. A comunidade cristã romana não era paulina; os defensores
dessa abordagem supõem que ele sabia pouco a respeito dos
cristãos romanos.
2. Compêndio magistral de sua teologia ou reflexões gerais são
mais importantes do que os assuntos de interesse imediato
para os romanos cristãos
3. Roma: cerca de 1.000.000 a 1.500.000 habitantes, 800.000
escravos e entre 40 e 50 mil judeus no século I d.C.
4. Haviam 3 (10?) sinagogas e três cemitérios judeus
5. Gentios: 1.5; 11.13; 14.2-6; 16.1-16; 11.18
6. Judeus: 2.17-29; 4.1; 7.1
7. A comunidade existia há um bom tempo (15.23; 1.8)
8. Em Corinto Paulo foi hospedado por Áquila e Priscila (Prisca),
um casal judeu que chegara recentemente da Itália
9. Por volta do ano 49 d.C. a missão cristã estivera em Roma
tempo suficiente para causar atritos nas sinagogas
196
Roma
197
Roma Tessalônica

Éfeso

Jerusalém

198
Perfil da igreja
1. Fé: largamente proclamada 1.8
2. Pessoas que conhecia pessoalmente, cuja fama não
era apenas local 16.3ss
3. Obediência largamente reconhecida 16.19
4. Maturidade suficiente para despertar a alegria do
apóstolo Paulo 16.19
5. Haviam alguns problemas e dissensões 16.17
6. Lealdade e afeto quando viajaram para receber o
apóstolo Paulo At 18.14-16

199
Propósitos
1. A carta nasce de sua paixão pela evangelização dos
pagãos (15.16)
2. Planejava viajar para Jerusalém e depois para Roma
(15.25-29)
3. Pedir ajuda para prosseguir até a Espanha (15.24, 28)
4. Pedir oração para a realização de seus planos (15.30-
32)
5. Sente a necessidade de se apresentar aos cristãos de
Roma
6. Paulo apresenta uma declaração completa dos
princípios fundamentais do evangelho que pregava
a. Descrever a natureza do evangelho, e sua
relação com o AT e a lei dos judeus, e seu
poder transformador
200
Integridade
1. Questionam-se os capítulos 15 – 16
a. Alguns manuscritos que terminavam no cap. 14
circularam no fim do segundo século e começo
do terceiro
b. A epístola tem três doxologias que podem servir
como encerramento (15.33; 16.24; 16.27)
c. O cap. 14 inclui 16.25-27 em alguns
manuscritos
d. As saudações pessoais não são consideradas
adequadas no capítulo 16
2. A versão mais curta termina com o cap. 14 e
indica influência de Marcião

201
1. Introdução 1.1-17
a. Identificação de Paulo 1.1-7
b. Desejo 1.8-15
c. Resumo do evangelho 1.16-17
2. Seção doutrinal 1.16-11.36
a. Primeira parte
i. Justiça de Deus revelada pelo evangelho 1.16-4.25
ii. Ira de Deus e pecados dos gentios e judeus 1.18-3.20
iii. Justificação pela fé, sem a Lei 3.21-4.25
b. Segunda Parte
i. Salvação de Deus para os justificados pela fé5.1-8.39
ii. Promessas de Deus a Israel 9.1-11.36
3. Seção exortativa 12.1-15.13
a. Conselhos imperativos para a vida cristã 12.1-13.14
b. Aquele que é forte deve amor ao fraco 14.1-15.13
4. Planos de viagem de Paulo e bênção 15.14-33
5. Recom. sobre Febe e saudações a pessoas em Roma16.1-23
6. Doxologia conclusiva 16.25-27
202
Esboço Esquemático

O caminho da Salvação

Parte 1.
Justificação mediante a Fé
Primeiras Últimas Palavras
Parte 2. A
Palavras
Judeus Vida de Fé
Elaboração

1.1 1.8 1.111.16 1.18 3.21 5.1 9.1 12.1 15.14 16.25 16.27
Saudação
Oração Problema: Notas
O pecado da Pessoais
Desejo humanidade
Pessoal
Solução: A graça Doxología
de Deus
Tese Central

203
Mensagem
1. Fórmula introdutória 1.1-7
a. Apóstolo, escolhido para anunciar o evangelho de
Deus
b. Evangelho que diz respeito ao Filho de Deus com
poder por sua ressurreição dos mortos, segundo o
Espírito de santidade
i. Se o evangelho de Paulo foi apresentado
falsamente ou difamado, o apóstolo se protege,
desde o começo. O que prega harmoniza-se com
a pregação daqueles que evangelizaram os
romanos
2. Ação de graças 1.8-10
a. Testemunha a fé dos cristãos romanos que é
anunciada em todo o mundo

204
1. Transição 1.10-15
a. Relata o projeto futuro de Paulo de ir a Roma
para anunciar o evangelho, do qual essa
missiva é uma exposição antecipatória

205
O Camino da Salvação, Parte 1—Justificação
1.16-11.36

Tese
1.16 1.18 12.1

206
1. Seção doutrinal: primeira parte 1.16-4.25
a. Justificação/justiça (δικαιοσύνη) de Deus
revelada por meio do evangelho
b. É o poder de Deus para salvação primeiro do
judeu, depois do grego
a. Sequencia teológica com força contra quem
quer que afirmasse que Paulo desvalorizava
os crentes judeus

207
1. Seção doutrinal: primeira parte 1.16-4.25
a. Tema central: “a justiça de Deus” que foi
revelada; a qualidade segundo a qual, no
julgamento, Deus liberta as pessoas de seus
pecados por meio da fé em Jesus Cristo
b. Relação entre as pessoas e Deus antes da vinda
do evangelho de Cristo 1.18-23
i. Um Deus gracioso era cognoscível desde o
início da criação
ii. Por falha e estupidez humanas é que a
imagem divina foi obscurecida no mundo
pagão; daí a ira de Deus

208
1. Seção doutrinal: primeira parte 1.16-4.25

O Caminho da Salvação, Parte 1—Justificação


1.16-11.36

Tese
1.16 1.18 3.21 12.1

Problema:
O Pecado da Humanidade

209
209
1. Seção doutrinal: primeira parte 1.16-4.25
a. Uma descrição realista da idolatria pagã, da
lascívia e da conduta depravada à qual ela
conduziu 1.24-32 reflete os valores judaicos de
Paulo.
b. Diatribe 2.1-4
i. O judeu ouvinte imaginário pode julgar aquilo
que Paulo condenou
ii. Apesar de sua postura superior, pode estar
fazendo as mesmas coisas
iii. Deus não demonstra favoritismo
iv. Os gentios serão julgados conforme a
natureza (φύσις) e de acordo com o que está
escrito em seu coração e em sua consciência
2.5-16 210
1. Seção doutrinal: primeira parte 1.16-4.25
a. Paulo ridiculariza a orgulhosa pretensão da
superioridade judaica 2.17-24
i. A circuncisão tem valor somente se se observa
a Lei
b. A pessoa incircuncisa, que vive segundo as
exigências da Lei, condenará o circunciso
violador desta 2.25-29

211
O Caminho da Salvação, Parte 1—Justificação
1.16-11.36

Tese
1.16 1.18 3.21 4.25 12.1

Problema: Solução:
O pecado da Humanidade A graça de Deus
Condenação Justificação

212
1. Seção doutrinal: primeira parte 1.16-4.25
a. Todos os seres humanos são culpados
perante Deus. Qual a vantagem da circuncisão?
3.1-9
b. Aos judeus foram dadas as palavras da promessa
de Deus, e Deus é fiel 3.21-26
c. O que foi prometido ou prefigurado na Lei e nos
Profetas, a justiça de Deus mediante a fé de/em
Jesus Cristo, justificou judeu e grego sem
distinção

213
1. Seção doutrinal: primeira parte 1.16-4.25
a. A integridade de Deus está assegurada: Ele
não é infiel, pois os pecados de todos foram
expiados pelo sangue de Cristo
b. Ninguém tem o direito de orgulhar-se, visto
que Deus gratuitamente justificou o circunciso
e o incircunciso da mesma maneira pela fé,
independente das obras/ações da (=prescrita
pela) Lei 3.27-31
c. A justiça de Abraão se deu pela fé 4
d. Abraão é “pai de todos nós” 4.16
e. Jesus: foi entregue pelas nossas faltas e
ressuscitado para a nossa justificação
214
1. Primeiro discurso doutrinal: a justificação 1.18-4.25
a. No evangelho, como força salvadora, se revela
(ἀποκαλύπτεται - 1.17) a justiça de Deus
b. O mesmo verbo Ἀποκαλύπτεται (1.18) também
revela a sua ira castigadora
c. O pecado dos gentios 1.18-32
d. O pecado dos judeus 2.1-3.20
i. Abusos do dom de Deus 2.1-5
ii. O julgamento de Deus 2.6-16
iii. Pregas o que não praticas 2.17-24
iv. A verdadeira circuncisão 2.25-29
v. Objeções 3.1-8
vi. Prova pela Escritura 3.9-20
e. Proposição: a justificação pela fé 3.21-26
f. Objeções 3.27-31
g. Prova pela Escritura 4.1-25215
Romanos

O Caminho da Salvação

Parte 1.
Justificação mediante a Fé Parte 2. A
Vida de Fé

Tese Problema Solução Elaboração Judeus

5.1 9.1

216
Romanos 5.1-8.39
As consequências da Justificação/Salvação

1. Justificados mediante a fé—5.1, 16, 18, 21; 8.30


2. Paz com Deus por meio do Senhor Jesus Cristo—5.1
3. Acesso a esta graça –5.2, 17, 20
4. Alcance a glória de Deus—5.2; 8.18, 24, 30
5. Amor de Deus pelo Espírito Santo—5.5; 7.6; 8.23
6. Cristo morreu pelos pecadores—5.6
7. Salvos do castigo de Deus–5.9
8. Reconciliação —5.10, 11
9. Salvos—5.10
10. O dom pela graça abundou para todos!—5.15
11. O dom da justiça—5.17, 19
12. Vida eterna—5.21; 6.5, 8, 23
217
Romanos 5.1-8.39
As consequências da Justificação/Salvação

1. Ressuscitados… levemos uma nova vida—6.4


2. Libertos do pecado—6.7; 8.2 (e morte)
3. Morto para o pecado…vivos para Deus—6.11, 13,
18; 8.2, 10
4. Posto a serviço de Deus…a vida eterna—6.22
5. Morreram para a lei—7.4, 6
6. Não há nenhuma condenação—8.1
7. Filhos de Deus—8.14, 15, 16, 29,
8. Herdeiros de Deus…com Cristo—8.17, 23
9. A criação…liberta da corrupção—8.21
10.Unida com o amor de Deus—8.36-39
218
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus
benefícios: 5.1-8.39
a. Os justificados estão reconciliados com Deus
5.1-5
b. A morte e a ressurreição de Jesus são a anistia
que Deus concedeu à humanidade 5.1
c. Benefícios: paz com Deus, esperança de
partilhar a glória e uma infusão do amor divino
d. Jesus restabeleceu a aliança entre Deus e seu
povo, não por causa dos méritos das pessoas,
mas por ação do Deus fiel

219
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus
benefícios: 5.1-8.39
a. A esperança nasce num contexto de conflito.
A carta fala de tribulação
b. O anúncio do Evangelho numa sociedade
conflitiva gera tensões e reações inesperadas. É
nesse terreno minado e perigoso que brota a
esperança
c. As tribulações são as tensões, confrontos,
conflitos e perigos que surgem quando o
Evangelho lança raízes numa sociedade conflitiva
d. Longe de desesperar, Paulo garante que a
tribulação gera a perseverança, ou seja, a
resistência e a garra próprias de quem aderiu a
Jesus de modo pleno e incondicional
220
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus
benefícios: 5.1-8.39
a. Entre a esperança e o amor, citam-se as
tribulações, a resistência e a virtude
provada (vv. 3s), explicitamente
relacionadas entre si, para que o que temos
(ἔχομεν 5.1) não nos faça esquecer o que
nos falta (ἐσχήκαμεν (temos), ἑστήκαμεν
(permanecemos) 5.2)

221
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus
benefícios: 5.1-8.39
a. Uma das maiores explanações
neotestamentárias do que envolve o amor
divino: a disposição de morrer pelos pecadores
que não merecem tal graciosidade
5.6-8
b. Se nós fôssemos justos, não precisaríamos de
alguém que morresse por nós; se fôssemos
pessoas de bem, talvez
c. Quando Cristo morreu ainda éramos pecadores
5.6-8
d. Caminhamos da fé para a esperança na salvação
definitiva, apesar de não termos superado ainda
todas as alienações, das quais a morte é a
expressão última 222
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus
benefícios: 5.1-8.39
a. 5.12-20= A contraposição “um só homem” – Adão
(vv. 12a 19a) e “um só homem” (v.15b) – Jesus
Cristo é repetida seis vezes
b. Comparação entre o que foi realizado por meio de
Cristo com a condição de todos os seres humanos
descendentes de Abraão: graça e vida são
comparadas a pecado e morte (morte não é
simplesmente cessação da vida, mas negação
da vida).
c. Cada um de nós traz Adão em sua carne
d. A transgressão de Adão levou à condenação de
todos – o ato de justiça de Cristo levou todos à
justificação e à vida
e. Teologia do pecado original 5.12-21 223
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus benefícios:5.1-8.39
a. Vitória sobre o pecado e sobre a morte 6.1-23
b. Duas brechas anteriores: 3.8 e 5.20b e agora 6.1b
c. Quem recebeu o batismo está disposto a romper com um
passado que amarrava a uma sociedade injusta e
desigual, e compromete-se a viver uma nova realidade,
marcada pela justiça, fraternidade, igualdade, etc
6.2-9
d. Assim como ele ressuscitou dos mortos, nós podemos
caminhar em novidade da vida
e. Na personificação do pecado permanece uma força
atuante, embora agora estejamos sob a graça e não sob
a Lei
f. Nosso velho ser foi crucificado com Cristo; fomos
batizados em sua morte e sepultados com ele 6.1-11
g. Com Jesus passamos da morte para a vida 6.1-14

224
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus
benefícios: 5.1-8.39
a. A quem servir? 6.15-23
b. Paulo foi duramente criticado em alguns
ambientes; por isso pretende tirar tudo a
limpo “Devemos cometer pecados, porque já
não estamos debaixo da Lei, mas sob a
graça?”
c. O batismo marca um antes e um depois:
antes do batismo as pessoas eram escravas
do pecado; agora, batizadas, se tornaram
escravas da justiça ou de Deus. É o
compromisso batismal levado à
radicalidade 225
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus benefícios:
5.1-8.39
a. Novamente o tema da Lei mosaica 7
b. Princípio básico: a morte de Cristo anulou o poder
vinculativo da Lei
c. Proposição: A letra e o Espírito 7.1-6
a. Argumento: direito civil
d. A Lei não é pecado, mas as paixões pecaminosas
são suscitadas por ela 7.5-12
e. Impotência da lei 7.13-25

226
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus benefícios:5.1-8.39
a. Monólogo em primeira pessoa do singular 7.7-25
i. [...] não faço o bem que quero, mas [...]
b. Agostinho: eu = cristão já batizado, mas ainda
submetido a várias provações
c. Diversos (interpretação psicológica): eu = hebreu que
toma consciência da Lei e, em consequência, de seu
pecado
d. Outros (interpretação histórica): eu = o mundo pagão
antes e depois da Lei judaica, quando se torna
consciente da realidade do mal.
e. Mais provável: eu = homem enquanto tal, o Adão não
redimido, representa tanto o pagão quanto o judeu.
Descreve a situação antes e depois de tomar
consciência da Lei, destacando sua divisão interior
por causa do domínio do pecado
227
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus benefícios:5.1-8.39
a. Capítulo 8. A vida no Espírito, a nova lei do cristão
b. Dois princípios básicos que orientam a vida do cristão:
i. O Espírito comunica vida 8.1-13
ii. Comunica a filiação divina 8.14-30
c. O Espírito como “lei”: “Lei” não significa somente “norma”,
mas também “domínio”, “poder”, “reinado”
i. Dando ao mesmo Espírito o nome de “lei”, passam a
ser quatro as “leis” enfrentadas: As outras três são: a lei
de Deus (7.22, 25b), que perde a disputa (v.3); “a lei de
minha razão” (7.23b, 25b), que também era derrotada,
e a lei do pecado, que reside em meus membros (vv.
23ac. 25c) e conquistava a batalha até que chegou a
“lei” do Espírito e da vida para destroná-la (v2a)
ii. Por isso Deus enviou seu Filho, em carne semelhante à
do pecado (v. 3cd) e como sacrifício pelo pecado (v.3e),
para “condenar” o pecado que reside em nossa carne
(v.3e)
228
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus benefícios:5.1-8.39
a. Se Cristo liberta da morte e do pecado, e traz a vida,
como se deve levar essa vida, especialmente
porque ainda nos encontramos na carne, e esta não
se submete à lei de Deus?
i. Não devemos viver de acordo com a carne, mas
conforme o Espírito de Deus, que ressuscitou
Cristo dos mortos 8.13
b. Tornamo-nos filhos de Deus, herdeiros de Deus e
coerdeiros de Cristo, com a promessa de que, se agora
sofremos com ele, seremos também glorificados com
ele 8.14-17
c. A terra foi amaldiçoada por causa do pecado de Adão.
Na linguagem apocalíptica do AT, existem sonhos de
um novo céu e de uma nova terra (Is 65.17; 66.22)
d. O efeito salvífico de Cristo abrange a criação material
(inclusive o corpo humano) 229
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus benefícios:5.1-8.39
a. Nosso corpo será liberto dos laços da decadência e
levado à liberdade
b. Salvos pela esperança 8.18-25
c. Nós ainda não vemos isso; esperamos,
pacientemente, mas a fim de socorrer nossa
fraqueza, o Espírito intercede por nós com suspiros
inexprimíveis 8.24-27
d. Tanto a justificação quanto a glorificação fazem parte
do plano de salvação que Deus traçou desde o
começo 8.28-30
e. O Deus que “não poupou o seu próprio Filho e o
entregou por nós” está do nosso lado

230
2. Reconciliação com Deus em Cristo e seus
benefícios: 5.1-8.39
a. Na conclusão eloquente da segunda seção
doutrinal, Paulo resume os fundamentos de
nossa esperança 8.31-39
i. O amor do Pai, a justificação, a morte de
Cristo, os sete agentes históricos
comandados pela tribulação (v.35s)
serão vencidos (v.37); os dez agentes
cósmicos, comandados pela morte
(vv.38-39a), não poderão nos separar do
amor de Deus (v. 39bc)
231
2. Segundo discurso doutrinal: a vida cristã 5.1-8.39
a. Uma nova relação com o Pai 5.1-11
b. Cristo diante do pecado e da morte 5.12-6.23
i. Adão e Cristo 5.12-21
ii. Vitória sobre o pecado e sobre a morte 6.1-23
c. Cristo diante do pecado e da lei 7.1-8-39
i. O homem diante do pecado e da lei 7.1-25
ii. O Espírito, nova lei do cristão 8.1-39

232
Romanos

O Caminho da Salvação

Parte 1.
Justificação mediante a Fé Parte 2. A
Vida de Fé

Tese Problema Solução Elaboração Judeus

9.1 12.1 15.14

233
A Salvação e os Judeus, 9.1-11.36

Sete perguntas – Implícitas ou explícitas

Os Judeus
Sete Perguntas

Falham Injustiça Buscam Não Rejeição Esperança?


as em Deus? Não buscam ouviram Do povo
Escrituras? (#2 e 3)

234
3. Terceiro discurso doutrinal: os judeus e o evangelho9.1-11.36
a. Introdução 9.1-5
b. Argumento preliminar 9.6-33
i. A palavra de Deus se cumpre 9.6-13
ii. Deus não é injusto 9.14-18
iii. Deus atua com providência 9.19-29
iv. Foi Israel quem falhou 9.30-33
c. Proposição: a justiça própria é um erro 10.1-4
d. Argumentação 10.5-11.12
i. O caminho é a fé 10.5-13
ii. Aberto a todo o mundo 10.14-21
iii. Somente um pequeno resto o aceitou 11.1-10
iv. Mas os outros podem retornar 11.11s
e. Aplicação 11.13-24
f. Peroração 11.25-36

235
3. Terceiro discurso doutrinal: os judeus e o evangelho
9.1-11.36
a. Introdução 9.1-5
i. Tristeza de Paulo 9.1-3
ii. Apesar das oito prerrogativas salvíficas vv.4s
1. A filiação e a glória 4ab
2. Os testamentos e a legislação 4cd
3. O culto e as promessas 4de
4. Os pais 5a
5. Jesus Cristo 5b
iii. Das sete primeiras, diz-se que são deles (ὧν)
iv. De Cristo, somente uma, segundo a carne,
“procede deles” (ἐξ ὧν)

236
3. Terceiro discurso doutrinal: os judeus e o evangelho 9.1-
11.36
b. Argumento preliminar 9.6-33
i. Deus não falhou.
1. Nem toda a descendência de Abraão foi
contada entre seus filhos 9.14-23
2. Deus previu tanto a infidelidade de Israel
quanto a vocação dos gentios 9.24-29
3. Erro de Israel: falhou por procurar a justificação
pelas obras; não reconheceu que Deus
manifestou sua justiça àqueles que acreditam
em Cristo e que, de fato, Cristo é o fim da Lei
(τέλος) 9.30-10.4

237
3. Terceiro discurso doutrinal: os judeus e o evangelho9.1-11.36
c. Proposição 10.1-4
i. Querer construir uma justiça inteiramente sua (v.3b
ἰδίαν)
ii. Desconhecendo que a justiça de Deus se abre a todo
aquele que crê (vv. 3ac.4b)
iii. E que Cristo é o “ponto de chegada” (τέλος) da lei (v.4)
d. Argumentação 10.5-11.12
i. O caminho é a fé 10.5-13
1. A Escritura dá seu testemunho
2. “Todo aquele”
ii. Aberto a todo o mundo 10.14-21
1. A Escritura já falava disso 10.15
2. Assim como da incredulidade de muitos 10.16s
3. Deus quis dar ciúmes aos ciumentos 10.18
4. Mesmo estendendo as mãos aos rebeldes
10.21
iii. Somente um pequeno resto o aceitou 11.1-10
238
1. Paulo, o tempo de Elias
3. Terceiro discurso doutrinal: os judeus e o evangelho
9.1-11.36
d. Argumentação 10.5-11.12
i. Mas os outros podem retornar 11.11s
1. Deus saberá tirar o bem do bom, se o tirou do
mal 11b-12
2. A “queda” dos judeus foi a riqueza para o mundo
e salvação para os gentios 11b-12a
e. Aplicação 11.13-24
i. Tese de fundo: toda a árvore de Israel mantém a
sua santidade v.15s
ii. Arranca-se uns, enxerta-se outros v.17
iii. Os espúrios não podem desprezar os autênticos
v.18
iv. Os israelitas foram podados por causa da
infidelidade; os gentios enxertados por causa da
graça, logo, não há motivo para orgulho, mas 239
para
temor v.20ab
3. Terceiro discurso doutrinal: os judeus e o evangelho 9.1-
11.36
f. Peroração 11.25-36
i. O que se fez para que os gentios entrassem
cessará quando estiverem dentro v.25b
ii. Dessa forma todo o Israel será salvo v.26a
iii. Argumento pela Escritura v.26b-27
iv. Deus não revoga os seus dons v.29
v. Exclamação liturgica sobre a sabedoria
inescrutável de Deus vv.33-35
vi. Doxologia completa v.36

240
Romanos

O Caminho da Salvação

Parte 1. Parte 2.
Justificação mediante a Fé A Vida de Fé

12.1 15.14

241
4. Discurso exortatório: imperativos para a vida cristã
12.1-15.13
a. Exortação geral 12.1-13-14
i. Introdução 12.1s
ii. Argumento: novo mundo de relações12.3-13.7
1. A Igreja 12.3-8
2. Difusores do bem 12.9-21
3. A autoridade civil 13.1-7
iii. Ampliação: a lei do amor 13.8-10
iv. Peroração: perspectiva escatológica 13.11-14
b. Problemática de Roma 14.1-15.13
i. Acolher o fraco 14.1-12
ii. Não escandalizá-lo 14.12-23
iii. A imitação de Cristo 15.1-6
iv. Respeito ao povo judeu 15.7-13
242
4. Discurso exortatório: imperativos para a vida cristã 12.1-15.13
a. Exortação geral 12.1-13-14
i. Introdução 12.1s
1. Convida-os a corresponderem à graça de Deus,
sendo o verdadeiro Israel
ii. Argumento: novo mundo de relações 12.3-13.7
1. A Igreja 12.3-8
a) Um corpo, muitos membros, diferentes dons.
Ênfase no amor
2. Difusores do bem 12.9-21
a) O amor e a luta contra o mal v.9
b) Fervor espiritual (v.12b); serviço ao Senhor
(v.11c), a esperança (v.12a); a paciência na
tribulação (v.12b); oração perseverante (v.12c)
c) Doze imperativos diretos para dentro (vv.15s)
e fora da comunidade (vv.14.17s)
d) Aos de fora (vv.19-20s)
243
4. Discurso exortatório: imperativos para a vida cristã 12.1-15.13
a. Exortação geral 12.1-13-14
ii. Argumento: novo mundo de relações 12.3-13.7
3. A autoridade civil 13.1-7
a) A autoridade responde a um ordenamento
divino que busca o bem (vv.1-4); é preciso
obedecê-la (v.5); e pagar-lhe os impostos
(vv.6s)
iii. Ampliação: a lei do amor 13.8-10
1. Amor ao próximo
a) É uma dívida impagável (v.8a; cf. v.7a), a
plenitude da lei (vv.8b10b) e o resumo dos
mandamentos (v.9; cf. 7.12)
iv. Peroração: perspectiva escatológica 13.11-14
1. Já é ora (v.11b); preparar-se para o dia luminoso
(v14a) não dando importância aos desejos da
carne (v.14b), “Armas da luz” (noite/dia, obras
244
das trevas/armadura da luz)
4. Discurso exortatório: imperativos para a vida cristã 12.1-15.13
a. Problemática de Roma 14.1-15.12
i. Acolher o fraco 14.1-12
1. Uns comem de tudo, outros não comem carne,
distiguem dias e condenam os outros: acolher (v.1)
não desprezar e nem julgar (v.3ab), buscar a
perfeição dentro da própria ideia (v.5c). Deus
acolheu (v.3c), Deus sustentará (v.4bc), vivamos
para o Senhor (vv.7-9), ele nos julgará (vv.10c-12)
ii. Não escandalizá-lo 14.12-23
1. Imperativos e reflexões: Isso é mau (vv.14-16) e
não admissível no Reino de Deus (vv.17-21)
iii. A imitação de Cristo 15.1-6
1. Não se agradou a si mesmo, mas carregou toda
classe de insultos (v.3)
iv. Respeito ao povo judeu 15.7-13
1. Paulo menciona os Profetas, a Lei e os Escritos como
testemunhos do plano de Deus para os gentios 245
5. Conclusão da carta 15.14-16.27
a. Primeira despedida 15.14-33
i. O ministério de Paulo vv.14-21
ii. Planos da viagem vv.22-29
iii. Exortação e bênção vv.30-33
b. Segunda despedida 16.1-26
i. Recomendação vv.1s
ii. Saudações aos diversos destinatários vv.3-16
iii. Exortação e bênção vv.17-20
iv. Saudações de outras pessoas vv.21-23
v. Doxologia final vv.25s

246
Estrutura geral da carta
O propósito principal do autor é mostrar que Deus
declara justo somente aquele que crê em Cristo.
Doutrina: 1 - 11 Prática: 12 - 16
Condenação Justificação Santificação Eleição Aplicação Saudação

1-3 4-5 6-8 9 - 11 12 - 15 16


20 palavras-chave de Romanos
1. Deus 11. Lei
Divisões principais
2. Cristo 12. Graça
(adaptado de John Stott)
3. Evangelho 13. Justificação 1. O evangelho de Deus (1.1-17)
4. Salvação 14. Fé 2. A ira de Deus (1.18-3.20)
5. Justiça 15. Carne 3. A graça de Deus (3.21-8.39)
6. Judeu 16. Espírito 4. O plano de Deus (9-11)
7. Gentio 17. Predestinação 5. A vontade de Deus (12-15)
8. Pecado 18. Israel 6. A comunhão em Deus (16)
9. Condenação 19. Dons
10. Morte 20. Amor
Esboço Esquemático

O caminho da Salvação

Parte 1.
Justificação mediante a Fé
Primeiras Últimas Palavras
Parte 2. A
Palavras Vida de Fé
Elaboração Judeus

1.1 1.8 1.111.16 1.18 3.21 5.1 9.1 12.1 15.14 16.25 16.27
Saudação
Oração Problema: Notas
O pecado da Pessoais
Desejo humanidade
Pessoal
Solução: Doxología
A graça
Tese Central de Deus

248
Esta Carta Trata com estes Temas:

1. O pecado 3.23

2. A justificação 3.20, 5.1

3. A justiça 3.21

4. A vida em Cristo…Temas Gerais 6.1-5


a. Temas específicos 12.1ff

5. A lei 3.20

6. Os judeus 9-11

7. O Espírito Santo ……..

249
Efésios
250
Éfésios Informações Básicas

Data: 60 se Paulo é o autor – anos 90 se não


Destinatários: cristãos paulinos. Provavelmente
conforme concebidos no Oeste da Ásia Menor
Autenticidade: provavelmente por um discípulo
de Paulo (talvez membro da “escola” em Éfeso)
que se serviu de Colossenses e de algumas
cartas genuinamente paulinas
Unidade: não questionada seriamente
Integridade: “em Éfeso” foi provavelmente
acrescentado em 1.1; de outra forma, não seria
seriamente discutida

251
Roma

Éfeso

Jerusalém

252
Antioquia de Psídia
IcônioListra
Patmos
Éfeso Laodicéia Derbe
Colossos
Tarso

Antioquia da Siria

Chipre

Jerusalém

253
Arena

Biblioteca

Entrada

254
255
256
257
Esboço Esquemático

A Igreja e o Plano de Deus


Os Santos Os Fiéis
Seus bens e sua tarefa Sua vida
A vida digna

Equipamento
Bens Tarefa Petição

1.1 1.3 3.1 3.14 4.1 6.10 6.19 6.24

Primeiras Oração
Palavras: E Doxología Últimas Palavras:
Saudação Notas Pessoais
Bênção Bênção

258
Esboço de Efésios

1. Introdução 1.1-23
a. Saudações 1.1s
b. Primeira introdução: o plano eterno de Deus 1.3-14
c. Segunda introdução: elogio aos destinatários 1.15-23
2. As bases do cristianismo: da morte à vida 2.1-22
3. O ministério apostólico 3.1-21
4. Exortação geral: a resposta cristã 4.1-5.20
5. Exortações particulares: a família cristã 5.21-6.9
6. Conclusão 6.10-24
a. Exortação final 6.10-20
b. Saudações e bênçãos 6.21-24

259
1. Introdução (1.1-8)
a. Saudação (1.1s)
b. Primeira introdução: o plano eterno de Deus (vv.3-14)
i. A perspectiva de eternidade: a eleição e a
predestinação se concretizam na “redenção por seu
sangue”
ii. Nada tem razão se não se encontrar “nele” “ἐν”
iii. Seus propósitos agora são conhecidos (1.9)
iv. Para louvor de sua glória (vv.11s)
v. Conceito trinitário: eleição do Pai (1.4-5, 11), a ação
redentora do Filho (1.7) e o selo do Espírito (1.13)
c. Segunda introdução: elogio aos destinatários (vv.15-23)
i. Cristo exaltado
ii. 4 pedidos:
1. Que conheçam e experimentem o poder de Deus;
2. Que conheçam a esperança do seu chamado;
3. Que conheçam sua herança gloriosa;
4. Que conheçam seu grande poder 260
2. As bases do cristianismo: da morte à vida (2.1-22)
a. A “salvação” (vv.1-10)
i. A condição humana (vv.1-3)
ii. A passagem para a vida: em misericórdia, amor, graça
e bondade (vv.4-7)
iii. Plano de Deus para com os crentes (v.7)
iv. Paradoxo: isso não vem “de nós” nem das “boas
obras” (vv.8-10)
v. Deus não trata com as pessoas no nível das
conquistas humanas, mas no nível das necessidades
mais profundas delas
vi. Concede salvação como dádiva a homens e mulheres
vii. Somos salvos para viver uma vida totalmente
diferente (v.10)

261
2. As bases do cristianismo: da morte à vida (2.1-22)
b. A “paz” entre os povos (vv.11-22)
i. Reconciliação pelo sangue da cruz no corpo de sua
carne (Cf. Cl 1.20.22)
ii. Revogação do decreto contrário (2.14)
iii. Uma paz que não destrói, a não ser a inimizade
(vv.14.16)
iv. Todos participamos de uma mesma cidadania (v.19)
v. Cristo é a pedra angular; como fundamento
permanecem os apóstolos e os profetas, mas não
por si mesmos, e sim enquanto é Cristo que os
sustém (v. 4,11)
vi. A nova sociedade (v.19-22)
3. O ministério apostólico (3.1-21)
a. O mistério divino (vv.1-13)
b. A união no amor de Cristo (vv.14-21)

262
4. Exortação geral: a resposta cristã (4.1-5.20)
a. Exortação em caráter doutrinal
b. Paralelismos com a seção correspondente em
Colossenses
c. Introdução (vv.1-3)
i. A “unidade do Espírito” (v.3)
ii. Sete “unidades” (vv.4-16)
d. A “vaidade” dos gentios (vv.17-24)
a. Vaidade, cegueira, insensibilidade
e. Primeira lista de vícios (vv.25-32)
i. Fixa-se nas relações interpessoais
f. O exemplo de Cristo (vv.5.1-2)
i. Agir “tal como Cristo”
g. Segunda lista de vícios (vv.3-14)
i. Não terão parte no Reino de Deus e de Cristo
ii. Não se deve manter “comunhão” com eles
iii. É preciso caminhar como “filhos da luz”
263
iv. Velho homem x novo homem (vv.22-24)
4. Exortação geral: a resposta cristã (4.1-5.20)
h. Conclusão (5.1-20)
i. Viver em amor (vv.1-7)
ii. Evitar os que fazem o mal (vv.8-14)
iii. Viver com sabedoria (vv.15-17)
iv. Comparação da ebriedade com os dons do Espírito
Santo (v.18)
5. Exortações particulares: a família cristã (5.21-6.9)
a. Esposas e maridos (vv.21-33)
i. Submissão universal “uns aos outros” (v.21)
ii. Comparação do marido com Cristo (vv.23-33)
iii. Cristo abandonou a sua morada celestial para unir-
se a uma Igreja que estava francamente não
apresentável.
b. Filhos e pais (6.1-4)
i. Lembrança do mandamento
c. Escravos e senhores (vv.5-9)
i. Como servos de Cristo e “seja escravo, seja livre”264
6. Conclusão da carta (vv.10-24)
a. A batalha do novo povo (vv.10-20)
i. Parte apocalíptica (vv.10-17)
ii. Convite à oração (vv.18-20)
iii. Poder oposto (vv.11b.12)
iv. Contra o poder oposto vemos o poder de Deus
b. Armadura de Deus – armas defensivas
i. Caráter capacitador da verdade; resiste às mentiras
e ao ensino falso;
ii. Qualidade protetora da justiça, que resiste às
acusações de consciência e do desânimo;
iii. Característica estabilizadora da paz, que resiste à
maledicência e ao egoísmo;
iv. Capacidade protetora da fé, que reside à falta de
oração e às dúvidas;
v. Natureza encorajadora da salvação, que resiste ao
medo e ao desapontamento
265
6. Conclusão da carta (vv.10-24)
c. Armadura de Deus – armas ofensivas
i. Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus
ii. Oração
iii. Exortação à oração (v.18)
iv. Pedido de oração (vv.19-20)
d. Saudações e bênçãos (vv.21-24)
i. Além de Tíquico, nenhuma outra referência pessoal
ii. Bênçãos finais “Os que amam a Nosso Senhor
Jesus Cristo”

266
Sintetizando
1. Supremacia de Cristo
2. Mediador universal da salvação
3. Recapitula de todas as coisas
4. Restabelece a paz entre os seres
5. Reconcilia a humanidade com Deus em um só corpo
gratuitamente
6. Por meio da cruz
7. Realizando o “mistério” de Deus

267
Stott
I. Vida nova
1. Toda bênção espiritual (1.3-14)
2. Uma oração por conhecimento (1.15-23)
3. Ressurretos com Cristo (2.1-10)
II. Uma nova sociedade
1. Uma única nova humanidade (2.11-22)
2. O privilégio sem igual de Paulo (3.1-13)
3. Confiança no poder de Deus (3.14-21)
III. Novos padrões
1. Unidade e diversidade na igreja (4.1-16)
2. Uma nova roupagem (4.17-5.4)
3. Mais incentivos à justiça (5.5-21)
IV. Novos relacionamentos
1. Maridos e esposas (5.21-33)
2. Pais, filhos, senhores e servos (6.1-9)
3. Principados e potestades (6.10-20)
268
4. Conclusão (6.21-24)
Colossenses
269
Colossenses Informações Básicas

Data. se de autoria de Paulo (ou de Timóteo


enquanto Paulo ainda estava vivo) 61-63. Se
pseudônima (60% da pesquisa crítica) nos anos
80.
Procedência. Éfeso
Destinatários. Cristãos de Colossas, no Vale do
Rio Licus, na Frígia, na província da Ásia, não
evangelizada por Paulo, mas por Epafras.
Autenticidade. Modesta probabilidade favorece a
composição por um discípulo de Paulo.
Unidade e integridade. não discutida seriamente.
Provavelmente em Cl 1.15-20, um hino já
existente foi adaptado 270
Esboço de Colossenses

1. Introdução 1.1-23
a. Saudações 1.1s
b. Introdução. elogio aos colossenses 1.3-8
2. As bases do cristianismo 1.9-23
3. O ministério apostólico 1.24-2.3
4. A heresia colossense 2.4-23
5. Exortação geral. a resposta cristã 3.1-17
6. Exortações particulares. a família cristã 3.18-4.6
7. Conclusão 4.7-18

271
Introdução (1.1-8)
1. Saudação (1.1) e elogio aos colossenses (vv.3-8)
As bases do cristianismo (1.9-23)
1. Situação cristã – passagem das trevas para a luz
(v.12-14)
2. Hino a Cristo: provavelmente anterior a Paulo, apresenta a
Cristo em destaque em relação a toda a criação
a. Celebração do primado universal e definitivo de Cristo
b. É a “imagem do Deus invisível” – rosto histórico
c. Primogênito de toda criatura – primazia a respeito de
todos os seres visíveis e invisíveis
d. Primogênito dos mortos – primeiro ressuscitado
e. Criação e redenção – “nele”, “por ele” e “para ele”
(1.16.19-20)
3. Tudo subsiste nele (v.17b)
4. Pela morte física de Cristo a raça humana foi reconciliada
com Deus (v.19-23)
272
O ministério apostólico (1.24-2.3)
1. Sofrimentos [...] falta às tribulações de Cristo (1.24)
a. Phathêmata (sofrimento, paixão) (2 Cor 1.5) e
não thlípsis (tribulação, aflição)
b. Indicação das perseguições escatológicas que
a comunidade cristã deve enfrentar
2. Tornar conhecido o mistério de Deus referente a
Cristo para os gentios em geral e para as igrejas de
Colossos em particular. Deus ocultara, mas agora o
revelara a pessoas como Paulo
(1.26)

273
A heresia colossense (2.6-23)
1. Paulo exorta a não seguir aqueles que viam Cristo
como um mero visionário ou líder religioso.
2. Cristo é preeminente e divino
a. Afirmação de Cristo (vv.6-10)
i. Nele habita corporalmente toda a plenitude da
divindade
(v.9)
b. Nossa circuncisão (vv.11-15)
c. Refutação do poder angélico (vv.16-19)
d. As práticas materiais (vv.20-23)
i. Prescrições de homens já censurada por Cristo
(Mt 15.2par)
ii. Essas prescrições constituíam uma fatura contra
nós, fatura que Cristo cravou na cruz (v.14a)
iii. Não dão nada daquilo que prometem (v. 23)
274
Filosofismo Legalismo Misticismo Ascetismo
Uso de argumentos Circuncisão. Autodegrada Abstinência
persuasivos. ção. sexual.
Dualismo de
Leis Adoração de Restrições
Elementos

matéria e espírito.
alimentares. anjos. alimentares.
Ênfase em Observâncias Visões Restrições de
princípios de dias extáticas. contato.
elementares. especiais para
culto ou
devoção.

Ataca a doutrina da Ataca as Ataca a Ataca a


iluminação. doutrinas de doutrina da doutrina da
Ataques

reconciliação e união dos santificação.


identificação crentes com
com Cristo. Deus.
275
Exortação geral: a resposta cristã (3.1-17)
1. Identificação privilegiada com Cristo (v.1)
a. Se temos ressuscitado com Cristo, resulta que nossa
vida – e nossos interesses – estão no andar
superior (vv. 1s).
2. Exortações negativas (v.6-11)
a. Mortificar - nekroô (maneira piedosa de dizer matar),
despojai-vos, o homem velho
b. No aspecto positivo: Revestir-se, nova criação
(anakainoô)
3. Exortações positivas (v.12-17)
a. Revestir-se. Centro: amor – vínculo da perfeição
b. Formamos um só corpo

276
Exortações particulares: a família cristã (3.18-4.6)
1. Dirige-se a maridos e esposas, a pais e filhos, e a
senhores e escravos
a. Mulheres (v.18)
b. Filhos (v.20)
c. Escravos (vv.22-25)
i. Todos devem obedecer à mesma pessoa, mas
não como tal, e sim “no Senhor”
ii. Por outro lado, essa pessoa tem de procurar a
felicidade dos que lhe foram confiados ou a eles
entregues (vv.19.21)
Conclusão (4.7-18)
1. Propõe um intercâmbio de cartas (v.16)
2. Pede que Arquipo cumpra bem seu ministério (v.17)

277
Sintetizando
1. Em oposição às vãs doutrinas segundo a tradição dos
homens
a. Primazia de Cristo na criação e na história
b. Nele se acham escondidos todos os tesouros da
sabedoria e do conhecimento
c. Libertação dos falsos deuses e de suas cobranças
d. Vida nova em Cristo
e. Tensão para o momento escatológico

278
Filipenses
A carta do companheirismo: a uma igreja leal

279
Cartas do cárcere (Roma 62-64 d.C.)
1. Filipenses, Efésios, Colossenses, Filemom
2. Efésios, Colossenses e Filemom (e Laodiceia, Cl
4.15, 16)
3. Escritas ao mesmo tempo
4. Encarcerado: Filemom :1, 23b
5. Enviadas juntos pelas mãos de Onésimo e
Tíquico
6. Colossenses 4.7, 9, 17—Onésimo e Tíquico
7. Efésios 6.21—Tíquico é nomeado mensageiro
8. Filemom 1.12—Onésimo leva esta carta aos
Colossenses

280
Filipos
Tessalônica Bitinia
Ásia
Bereia Galacia

Éfeso Frigia
Corinto Listra
Colossos Derbe
Icônio

281
Cidade
1. Atos 16.12. Importante cidade da Macedônia e
colônia romana
2. Evangelizada por Paulo durante sua segunda
viagem, no ano 50 d.C.
3. Primeira cidade da Europa a acolher o evangelho
4. Conversão de Lídia (Atos 16.12-40)
5. Domina o sincretismo religioso: divindades
pagãs e cultos mistéricos recebem grande destaque
6. Grupo judaico que se reúne sem sinagoga
7. Paulo visita a comunidade duas vezes: 56-57 (At
20:1-2) e na Páscoa de 57-58 d.C. (Atos 20:3-6)
8. Os fiéis testemunham uma tocante afeição:
enviando-lhe socorro em Tessalônica (Fp 4.16)
proporcionando assistência em Corinto (1Cor 11.9)
282
283
Via Egnatia

284
Contexto histórico
1. Paulo está no cativeiro aguardando julgamento (1.7,
13, 14, 17)
2. De que cativeiro se trata?
a. 1.13 fala-se do “pretório”; 4.22 em “os da casa de
César”
3. Tradicional: Roma 61-62 d.C. (At 28.16-31)
a. Problema: Roma fica a 1.300/1900 km de Filipos
b. Os filipenses enviam Epafrodito a Paulo (2.25); o
apóstolo o devolve à comunidade por causa de
sua enfermidade.
c. Paulo pensa em visitar a comunidade (1.26) –
notícia que contrasta com o desejo de Paulo que,
depois do cativeiro de Roma, quer ir à Espanha
(Rm 15.23,28)
d. Paulo não parece gozar de liberdade de ação
285
como acontece em Roma (At 28.17-22)
Contexto histórico
1. Opção: Cesareia da Palestina 59 d.C.
a. Lá existe um pretório (At 24.35)
b. Paulo fica preso dois anos (At 23.33; 24.27),
até apelar para César (At 25.11; 26.32)
2. Autores modernos: Éfeso 56-57 d.C.
a. Paulo fica na cidade durante três anos (At
19.1-20) e passa por grandes apuros
b. 1 Cor 15.32 faz-se menção às dificuldades
que Paulo encontra em Éfeso
c. Maior proximidade entre Éfeso e Filipos

286
A igreja
1. Fundada por Paulo, Atos 16.11-40
2. Colaboradores íntimos com Paulo, Filipenses 1.4,
7-8; 4.1, 10, 15
3. Sustentaram Paulo continuamente durante suas
viagens, Filipenses 4.15
4. Necessitavam de mais discernimento, Filipenses
1.9-10
a. (oração) para que discirnam o que é melhor …
5. Está sofrendo, 1.29
6. Paulo tem confiança em uma visita no futuro, 2.24
7. Algumas pessoas colocam demasiada confiança
nos rituais, 3.2
8. Algum conflito entre pessoas na igreja, 4.2
9. Uma igreja generosa … 2 Coríntios 8.1-5 287
Propósitos

1. Compartilhar sua alegria em relação à


igreja
2. Dar ânimo
3. Preparação para a visita de Timóteo
4. Tema básico: anúncio do evangelho
no sofrimento e nas dificuldades

288
Características
1. Pessoal e íntima
2. Tom de gozo e alegria em meio ao
sofrimento e aprisionamento
a. 1.4,18,25; 2.2,28; 3.1; 4.4,10
3. Uma carta que não teve que focar-se em
problemas
4. Haviam problemas, mas não é o foco
maior da carta
5. Hino à Cristo—2.5-11

289
De onde e para quem?
1. Situação de Paulo quando escreveu a carta:
a. Ele estava na prisão (Fp 1.7.13.13)
b. Havia a presença de membros da guarda imperial
(Fl 1.13), bem como cristãos entre os “da casa do
Imperador” (Fl 4.22)
c. Ele mencionou a probabilidade de morrer (Fl 1.19-
21; 2.17): iminentemente, se seu aprisionamento
culminasse na condenação? Ou como um destino
missionário sempre possível?
d. No entanto, ele também esperava ser libertado (Fl
1.24-25; 2.25)
e. Timóteo estava com Paulo (Fl 1.1; 2.19-23)
f. Cristãos, movidos por diferentes motivos, alguns
por inveja de Paulo, sentiram-se encorajados a
pregar a Palavra de Deus (Fl 1.14-18) 290
De onde e para quem?
g. Havia frequentes contatos entre Paulo e Filipos por
intermédio de mensageiros que iam e vinham:
1. Os filipenses ficaram sabendo que Paulo estava na
prisão
2. Eles enviaram Epafrodito com um presente (Fl
4.15); estando com Paulo, porém, adoeceu, ficando
à beira da morte (Fl 2.26.30)
3. Os filipenses ficaram sabendo da enfermidade de
Epafrodito
4. Epafrodito ouviu dizer que essa notícia entristeceu
os filipenses
5. Paulo havia mandado ou estava mandando
Epafrodito de volta a Filipos (2.25-30)
6. Paulo esperava enviar Timóteo em breve (Fl 2.19-
23); esperava, na verdade, ir também (Fl 2.24)
291
Esboço
1. Primeiras Palavras, 1.1-11
2. Saudação, 1.1
3. Bênção, 1.2
4. Oração, 1.3-11

5. Corpo—Meios do avanço do evangelho, 1.12-4.1


6. Por meio de Paulo (a proclamação), 1.12-26
7. Por meio da conduta, 1.27-2.18
8. Por meio de dos companheiros, 2.19-30
9. Por meio de discernimento, 3.1-7
10.Por meio de perseverança, 3.8-4.1
11.Últimas Palavras, 4.2-23
Exortação – Notas - Benção

292
Esboço Esquemático

O avanço do evangelho

Primeiras Meios de avanço


Palavras Últimas Palavras

Exortações e
Notas
1.1 1.12 4.2 4.23
Pela Conduta Por Discernimento Bênção
Saudação
Bênção Por Paulo: Pelos
A proclamação Companheiros Por Perseverança
Oração
293
Primeiras Palavras
Saudação, 1.1
Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus,
a todos os santos em Cristo Jesus que estão em
Filipos, junto com os bispos e diáconos (ἐπισκόποις
καὶ διακόνοις—palavras que indicam um
desenvolvimento avançado-Timóteo, Tito e 1
Pedro)

Bênção
Graça a vós e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e
da do Senhor Jesus Cristo.

294
Oração, 1.3-11
1. Gratidão, 1.3-8
2. Participação com ele em sua obra porque
participaram do evangelho desde o primeiro
dia até agora: 1.5
3. Petição, 1.9-11
4. …amor abunde mais em:
a. ciência (ἐπίγνωσις )—entendimento
b. conhecimento (αἴσθησις)—discernimento
c. → fruto de justiça
i. para a gloria e louvor de Deus.
(Tema)
295
1. Três atitudes condenadas no texto:
a. Existe dissensão interna em Filipos, até
mesmo entre aqueles que haviam trabalhado
lado a lado com Paulo, como Evódia e Síntique
(4.2-3)
b. Existe uma oposição externa aos cristãos
filipenses que os faz sofrer (1.28-29).
i. Parece ser continuação do tipo de tribulação
ao qual o próprio Paulo foi submetido
quando esteve lá pela primeira vez e
também em Éfeso (Fl 1.30; At 19.23-20.1)
c. Existem os obreiros do mal (3.2-3), a quem
Paulo chama de cães, contra os quais os
filipenses devem resguardar-se.
296
297
1. Principal tema de Doutrina:
a. O avanço do evangelho para a Glória e
Louvor de Deus

2. Principal tema de Ética:


a. Comportem-se de maneira digna do
evangelho de Cristo

298
Filemom
A Carta do Perdão
299
1. Carta do Cárcere (Roma 62-64 DC)

2. Tradicional: Escrita ao mesmo tempo e


enviado junto com Efésios, Filipenses e
Colossenses (e Laodiceia)

300
1. Destinatários: 1-2
2. Ao amado irmão Filemom, também nosso
colaborador, e a irmã Áfia, e a Arquipo, nosso
companheiro de lutas, e à igreja que está em tua
casa

3. Filemom—amo de Onésimo, destinatário principal


4. Áfia—possivelmente a esposa de Filemom
5. Arquipo—Col. 4.17, membro da igreja em
Colossos
6. A igreja que se reúne em tua casa

301
Ocasião

1. Paulo está encarcerado: 9

2. Espera sua libertação: 22

3. Havia encontrado um escravo em Roma,


Onésimo

4. Onésimo havia se convertido a Cristo: 10

5. Ele está regressando a seu amo, Filemom


(em Colossos): 12 302
Características

A carta mais curta de Paulo

Muito pessoal
É uma carta entre dois amigos

Somente um ponto a ser tratado

303
Propósito

Convencer a Filemom que deve


perdoar a Onésimo (escravo fugitivo) e
recebe-lo como irmão em Cristo

304
1. Filemom: Esboço

2. Primeiras Palavras
3. Saudação: 1-2
4. Benção: 3
5. Oração: 4-6

6. Petição: 7-22

7. Últimas Palavras: 22-25


8. Notas Pessoais: 22-24
9. Benção: 25

305
Esboço Esquemático

Primeiras Palavras
Petição
Últimas Palavras

Notas
Saudação Oração Pessoais Benção

:1 :3 :4 :7 :22 :25

Benção

306
Pano de Fundo: Escravidão em Roma
1. Escravos: Fontes
a. Nascimento … Filhos (abandonados, a venda
de crianças)
b. Voluntários … Penal … Sequestro e pirataria
c. Venda através de fronteiras … Prisioneiros de
guerra
2. Propriedade dos donos
a. Usualmente bem tratado: trabalhava melhor
b. Liberdade: Facilmente recebia de seu dono
(amo):
i. Com a libertação podia receber cidadania
romana
c. Havia profissionais com trabalho de capturar
escravos 307
Onésimo:

1. Um escravo que fugiu de seu amo, Filemom


2. Possivelmente havia roubado a Filemom ao
fugir: v. 18
3. Fugiu para Roma onde encontrou Paulo e
converteu-se
4. Era bom companheiro e ajudante de Paulo:
v. 10-13
5. Está regressando
a. Provavelmente animado por Paulo

308
1. Primeiras Palavras-Saudação: 1-3

2. Autor: 1
3. Paulo prisioneiro de Cristo Jesus
4. e Timóteo

5. Destinatários: 1-2
6. Filemom… Áfia … Arquipo
7. A igreja que está em tua casa

8. Benção
1. Graça e paz a vós outros, da parte de Deus,
nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo
309
1. Oração: 4-6
2. Gratidão: 4-5
3. Petição: 6
4. Corpo: 7-22
5. Uma petição: 10, 16

1. Argumentos de Paulo a favor do perdão: 7-22

310
1. Últimas Palavras: 23-25

2. Notas Pessoais: 23-24

3. Benção: 25

311
Paulo e a escravidão

1. 1 Timóteo 6.1
2. 1 Coríntios 7.21
3. Gálatas 3.28
4. 1 Coríntios 12.13
5. 1 Timoteo1.10

312
1.Somos propriedade de Deus, não
de algum outro homem
2.Como humanos criados a imagem
de Deus não há lugar para a
escravidão
3.Como irmãos em Cristo não há
lugar para diferenças de classes
como livre e escravo
313
Doutrinas

1. Conversão e Arrependimento (mudança de


vida)
2. O perdão … Reconciliação
3. Restituição
4. O companheirismo (v. 23, 24)
5. O povo de Deus
a. Igualdade
b. Responsabilidades

314
Filemom:
A Carta do Perdão

Tema Principal:
O mandamento do perdão
Recebe-o como irmão

Principal tema de doutrina:


A igualdade das pessoas
dentro do povo de Deus

315
Pastorais
316
Os destinatários – Timóteo
1. Originário de Listra, na Licaônia;
2. Paulo o encontra em sua 1ª. Viagem missionária (At
14.6, 8-20, 21;
3. Associa-o a si definitivamente em sua segunda
passagem por Listra (At 16.1-3);
4. Circuncida-o por causa dos judeus que há naqueles
lugares (At 16.1-3);
5. Aparece ao lado de Paulo como remetente de várias
cartas: a primeira e a segunda aos Tessalonicenses, a
segunda aos Coríntios, a carta aos Filipenses, aos
Colossenses e a Filêmon. Na epístola aos Romanos é
qualificado como “colaborador” do Apóstolo e envia
junto com ele suas saudações à comunidade (16.21)
6. Desempenha um papel importante na missão em
Tessalônica e em Corinto 317
Os destinatários – Tito
1. Conhecido somente pelas cartas paulinas
2. Abraça a fé sem a obrigação da circuncisão (Gl
2.1-5)
3. Desempenha papel importante na missão em
Corinto
4. Encarregado da coleta para os cristãos de
Jerusalém (2 Cor 8.6), mostra-se digno de
confiança (2 Cor 12.17, 18)
5. Segundo Tt 1.5 Paulo o teria enviado para
organizar a Igreja de Creta

318
I Timóteo Informações Básicas

Data: 65 d.C. assumindo que Paulo é o autor.


Destinatário: Timóteo, em Éfeso, da parte de um
Paulo que supostamente havia partido dali e agora
se achava na Macedônia.
Autenticidade: Se não for de Paulo, escrita
provavelmente por um discípulo de Paulo ou por
um comentador simpatizante da herança paulina,
diversas décadas depois da morte do apóstolo.
Unidade: não questionada seriamente
Integridade: não questionada seriamente

319
Macedônia

Éfeso

320
Esboço de I Timóteo

1. Introdução da carta 1.1-20.


a. Saudação 1.1s
b. Introdução 1.3-20
c. Sobre os falsos mestres 1.3-11
d. O apóstolo fala de si mesmo 1.12-17
e. Exortação a Timóteo 1.18-20
2. Primeira lista de deveres 2.1-3.13.
a. Sobre os homens 2.1-8
b. Sobre as mulheres 2.9-15
c. Sobre o bispo 3.1-7
d. Sobre os diáconos 3.8-13
3. Intermédio epistolar 3.14-4.16.
a. Exortação a Timóteo 3.14-16
b. Sobre os falsos mestres 4.1-5
c. Exortação a Timóteo 4.6-16 321
Esboço de I Timóteo

4. Segunda lista de deveres 5.1-6.2.


a. À maneira de proposição 5.1s
b. Exortação sobre as viúvas 5.3-16
c. Exortação sobre os presbíteros 5.17-25
d. Exortação sobre os escravos 6.1s
5. Conclusão da carta 6.3-21.
a. Sobre os falsos mestres 6.3-5
b. Sobre os ricos 6.6-10
c. Exortação a Timóteo 6.11-16
d. Sobre os ricos 6.17-19
e. Conclusão 6.20s

322
Esboço Esquemático

Corpo
Conselhos para Timoteo
Ministerial

1.1 1.3 1.11 1.18 2.1 4.6 5.3 5.21 5.24 6.11 6.17 6.20 6.21

Primeiras Palavras: Paulo Bênção


Saudação e
Bênção Pessoal
Encargo original
a Timoteo

323
I Timóteo
1. Introdução da carta 1.1-20.
a. O título de “apóstolo” para Paulo
b. O título de “salvador” é dado a Deus, enquanto em
outras ocasiões era dado a Cristo
c. Os falsos mestres são o grande problema que ficou
para Timóteo (v.3), por suas discussões intermináveis
(v.4) e vãs (v.6) em relação à lei (v.7)
d. A lei culmina na caridade (v.5) que é boa (v.8) e que o
justo não necessita dela (v.9)
e. Exortação a Timóteo (vv.18-20). Deve ser fiel às
profecias que foram pronunciadas no dia de sua
ordenação/consagração (v.18)
f. A fé é um dom que deve ser mantido com esforço (v.
19a) porque corre perigo: alguns naufragaram na fé
(v.19b)
324
I Timóteo
2. Primeira lista de deveres 2.1-3.13.
a. Sobre os homens 2.1-8
i. Convite a orar, o conteúdo da oração (2.2-7)
ii. Respeitar e orar pelas autoridades
iii. Deus quer salvar a todos (v.4)
b. Sobre as mulheres 2.9-15
i. Não se proíbe a elegância (kosmein e kosmios
identificam-na), mas o supérfluo (v. 9)
ii. Missão evangelizadora: anunciar a piedade de
Deus (theosebeia) por meio das boas obras
iii. Permaneçam na fé, no amor e na santidade
(v.15)
iv. Aqui são excluídas do ensinamento porque
poderiam ser enganadas como Eva (vv.11-14). O
autor deparou-se com situações que lhe deram
motivo para esse rigor (2 Tm 3.6s) 325
I Timóteo
2. Primeira lista de deveres 2.1-3.13.
c. Sobre o bispo 3.1-7
i. Aparece como algo humanamente apetecível
(v.1), que pode fomentar o orgulho de um homem
imaturo (v.6), talvez por sua mesma projeção
exterior (v.7).
ii. Exige-se dele que saiba governar-se a si mesmo
(vv. 2s) e a própria casa (v. 4), porque precisará
encarregar-se da Igreja de Deus (v.5)
d. Sobre os diáconos 3.8-13
i. Mesmas exigências dos bispos
3. Intermédio epistolar 3.14-4.16.
a. Exortação a Timóteo 3.14-16
i. Definição de Igreja e confissão de fé (vv.15s)
ii. Grande mistério v.16
326
I Timóteo
3. Intermédio epistolar 3.14-4.16.
b. Sobre os falsos mestres 4.1-5
c. Exortação a Timóteo 4.6-16
i. Deve ser “ministro” de Cristo como ele (v.6a) e
“alimentar-se” com as palavras da fé (v.6b)
ii. A “piedade” se define aqui como um exercício
ginástico (vv.7b.8b), como o seria uma corrida
(v.10b. agônizômetha) ou um trabalho penoso (v.
10a. koipômen) sustentado pela esperança no
Deus vivo (v.10. êlpikamen).
iii. Pequena lista de virtudes (vv. 12b.13b) e uma
solene alusão à ordenação de Timóteo (v.14):
trata-se de um “dom/carisma” que reside nele e
que lhe chegou por meio da profecia e da
imposição coletiva das mãos (Veja At 13.2s).
327
I Timóteo
4. Segunda lista de deveres 5.1-6.2.
a. À maneira de proposição: fala de anciãos e de jovens
no sentido físico, mas visando a certas anciãs e
anciãos “institucionalizados”: as viúvas e os
presbíteros (5.1s).
b. Exortação sobre as viúvas:
i. O abandono da comunidade é considerado como
uma infidelidade a ele (v.11s).
ii. Exclui-se as que já têm trabalho na família (vv.
4.8) e se exige delas uma autêntica vocação (vv.
5s), atestada por sua vida anterior (vv.9b.10).
iii. Também se excluem as de menos de 60 anos (v.
9a), por medo de que sejam infiéis a seu
compromisso com Cristo e acabem pior do que
estavam (vv.11-13); é preferível que se casem
(vv. 14s) 328
I Timóteo
4. Segunda lista de deveres 5.1-6.2.
c. Exortação sobre os presbíteros (5.17-25) coincidem
com os “presbíteros” de I Ts 5.12 e Rm 12.8c, com os
“mestres” de Gl 6.6 e com os “epíscopos” de Fl 1.1 e
1 Tm 3.1. Considerados dignos de dupla
remuneração (vv. 17b.18b). O problema da falha por
parte de algum presbítero (v.19a) é visto à luz do mal
que pode acarretar (v.22b).
d. Requer-se prudência (vv. 19b.21), se for possível
antes de o ordenar (v.22a), mas também com rigor,
se a falta se confirmar (v.20).
e. Os vv. 24s podem ser entendidos como reflexos
posteriores a propósito da possível falha.
f. Exortação sobre os escravos (6.1s) não escandalizar
o senhor pagão
329
I Timóteo
5. Conclusão da carta 6.3-21.
a. Sobre os falsos mestres (6.3-5): tomam a piedade como
um negócio (v5c)
b. Sobre os ricos (6.6-10): a piedade pode ser um negócio,
porque não te faltará nada (v.6) se souberes te
conformar a ela (vv.7s).
c. Ricos: para chegar a sê-lo, causarão danos (v.9),
perderão a fé e serão infelizes (v.10).
d. Exortação a Timóteo (6.11-16): uma pequena lista de
virtudes (v.11). Cristianismo como corrida empenhada
(v.12ab). Manter-se fiel até a vinda de Cristo (v.14)
e. Sobre os ricos (6.17-19): é preciso colocar a esperança
em Deus, o único (v.17), que nos pode dar a verdadeira
vida (v.19); a única coisa que podemos fazer com o
dinheiro é tornar-nos “ricos” em boas obras (v. 18).
f. Conclusão 6.20s 330
Pastorais: II Timóteo

331
II Timóteo Informações Básicas
Data: escritas antes ou depois das outras pastorais. Se
de autoria de Paulo, talvez com a ajuda de um
secretário, por volta de 64 ou pouco depois (se escrita
antes), ou 66-67 (se depois). Se pseudônima (80% a
90% da exegese crítica), mais provavelmente por volta
do fim do século I (se depois)
Destinatário: Timóteo (em Trôade? Em Éfeso?), de um
Paulo supostamente prisioneiro e moribundo em Roma.
Autenticidade: tem mais probabilidade de ser
autenticamente paulina do que as demais pastorais
Unidade e Integridade: não questionada seriamente

332
Esboço de II Timóteo

1. Introdução da carta Cap. 1.


a. Saudação 1.1s
b. Introdução vv. 3-8
c. Elogio a Timóteo vv. 3-5
d. Exortação a Timóteo vv. 6-10
e. O apóstolo fala de si mesmo vv. 11-14
f. Referências pessoais vv. 15-18
2. Primeiro argumento: a sucessão apostólica Cap. 2
a. A tese vv. 1-7
b. O querigma de Jesus vv. 8-13
c. Atitudes que se lhe opõem vv. 14-21
d. Resposta a Timóteo vv. 22-25
3. Segundo argumento: perigos no futuro Cap. 3
a. A tese vv. 1-9
b. Virtudes do apóstolo vv. 10-17 333
Esboço de II Timóteo

4. Peroração: a despedida do apóstolo 4.1-8.


a. Encargo a Timóteo vv. 1s
b. Perigos que se aproximam vv. 3-5
c. Despedida vv. 6-8
5. Conclusão da carta vv. 9-22.
a. Últimas notícias e encargos vv. 9-15
b. Notícias sobre sua situação processual vv. 16-18
c. Saudações finais vv. 19-22

334
Esboço Esquemático

Exortações pessoais para Timóteo

Primeiras Palavras
Advertências
acerca dos Últimas
Últimos dias Palavras
Comentário Pessoal de Paulo
335
II Timóteo
1. Introdução da carta 1
a. Saudação 1.1s
b. Elogio a Timóteo 1.3-18
c. Exortação a Timóteo 1.6-10
i. O dom da ordenação é uma chama que é preciso
avivar, não é espírito de temor (v. 6, 7) e,
portanto, exclui a vergonha de pregar (v. 8);
ii. O chamado de Deus não é mérito nosso, mas sim
uma decisão eterna (v.9), manifesta agora pelo
evangelho de Jesus morto e ressuscitado (v. 10)
d. O apóstolo fala de si mesmo (vv. 11-14). É seu
apóstolo e pregoeiro (v. 11) e por isso compete-lhe
sofrer (v. 12), mas Timóteo pode tomá-lo como
exemplo (v. 13) porque o Espírito garante sua missão
(v. 14)
e. Referências pessoais (vv. 15-18) 336
II Timóteo
2. Primeiro argumento: a sucessão apostólica 2
a. A tese (vv. 1-7): O “depósito” da fé tem de ser
“transmitido” (v.2)
i. É uma milícia (vv. 3s), uma corrida atlética (v.5) e
um trabalho penoso (v.6)
ii. O querigma de Jesus (vv. 8-13)
b. Atitudes que se lhe opõem (vv. 14-21)
c. Reação de Timóteo (vv. 22-25)
i. Timóteo precisa buscar a unidade com os vasos
honrosos (v. 21), mas não lutar com os vasos
desonrosos (v. 22), e sim conquistá-los com
suavidade (vv. 24-26)

337
II Timóteo
3. Segundo argumento: perigos no futuro 3
a. A tese (vv. 1-9): Teoricamente, os “último dias” (v.1)
ficam muito distantes; mas se fala deles no tempo
presente (vv. 6s), como se se tratasse dos próprios
“falsos mestres” atuais (no tempo de Paulo).
b. Virtudes do apóstolo (vv. 10-17)
i. Sete virtudes especialmente pastorais (v. 10), que
alcançam seu ápice nas perseguições que Paulo
e Barnabé sofreram juntos (v. 11) e que são a
situação normal do seguidor de Cristo (v. 12)

338
II Timóteo
4. Peroração: a despedida do apóstolo 4.1-8
a. Encargo a Timóteo (vv. 1s). Com os olhos postos na
segunda “manifestação” de Cristo (v. 1c) e em seu
Reino (v. 1d) recorda os deveres do apóstolo, sem
excluir a admoestação forte (v. 2. eleghkô), mas
incluindo a suavidade (makrothymia)
b. Perigos que se aproximam (vv. 3-5)
c. Despedida (vv. 6-8) Paulo prevê que está próximo da
morte
5. Conclusão da carta 4.9-22
4. Paulo foi abandonado durante o processo, mas conta
que teve uma primeira vista da causa (v. 16a
apologia), da qual se saiu bem (v. 17d. “foi salvo da
boca do leão”), até o ponto de poder “completar” a
pregação (v. 17b) e que “chegasse aos ouvidos de
todos os pagãos” (v. 17c). 339
Pastorais: Tito

340
Tito Informações Básicas
Data: Se de autoria de Paulo, cerca de 65 d.C. Se
pseudônima (80% a 90% da exegese crítica) por volta
do fim do século I, ou (menos provavelmente) no
começo do século II
Destinatário: Tito, em Creta, da parte de um Paulo
que, aparentemente, partira de lá havia pouco tempo e
encontrava-se na costa da Ásia Menor (Éfeso?) ou na
Grécia ocidental (Macedônia?), a caminho de Nicópolis.
Unidade e Integridade: não questionada seriamente

341
Creta

342
343
344
345
346
Basílica de São Tito, Creta

347
Esboço de Tito

1. Introdução da carta Cap. 1.


a. Saudação 1.1-4
b. Introdução epistolar 1.5-16
i. Promoção de presbíteros-bispos 1.5-9
ii. Sobre os falsos mestres 1.10-16
2. Lista de deveres Cap. 2.
a. Introdução v. 1
b. Deveres concretos vv. 2-10
i. Os anciãos vv. 2-5
ii. Os jovens vv. 6-8
iii. Os escravos vv. 9s
c. Razões teológicas vv. 11-14
d. Conclusão v. 15

348
Esboço de Tito

3. Outras exortações 3.1-11.


a. Exortação geral 3.1s
b. Razão teológica vv. 3-7
i. Introdução v.3
ii. A “humanidade” de Deus vv. 4-7
c. Exortação a Tito vv. 8-11
4. Conclusão da carta 3.12-15.
a. Últimas recomendações vv. 12-14
b. Saudações v. 15

349
Esboço Esquemático

Te deixei em Creta para que


Pusesses em ordem

Instruções, lições
e exortações à Igreja

Tema Líderes Rebeldes

1.1 1.5 1.5b 1.10 2.1 3.12 3.15

Graça Misericórdia
Primeiras Últimas
e e
Palavras Palavras
Salvação Salvação

350
Tito
1. Introdução da carta 1.1-16
a. Saudação 1.1-4
b. Introdução epistolar 1.5-16
i. Promoção de presbíteros-bispos 1.5-9
ii. Os “presbíteros” do v. 5c se transformam no
“bispo” do v. 7. Sua “lista de deveres” salienta que
deve ser “justo” (v. 8)
iii. Sobre os “falsos mestres”. Continua na linha da
polêmica anterior.

351
Tito
2. Lista de deveres 2.1-15
a. Anciãos 2.2-5
b. Às jovens, pede-se que em primeiro lugar queiram
bem a seus maridos (v. 4a) e só no final pede-se que
lhes obedeçam, porque nisso está o bom nome da
palavra de Deus (v. 5d)
c. Jovens 2.6-8
d. Escravos 2.9
3. Outras exortações 3.1-11.
a. Exortação geral 3.1s
b. Razão teológica vv. 3-7
i. Introdução v.3
ii. A “humanidade” de Deus vv. 4-7
c. Exortação a Tito vv. 8-11

352
Tito
3. Conclusão da carta 3.12-15
b. Ocorre que em Creta, além de Tito, havia um doutor
da lei (v. 13. nomikos) chamado Zenas e o célebre
Apolo

353

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