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EMENTA DA DISCIPLINA
Projeto das instalações elétricas prediais em baixa tensão.
Luminotécnica e eficiência energética aplicada as edificações.
PROGRAMA DE ENSINO
Grandezas Elétricas;
O Sistema Elétrico;
Materiais e equipamentos;
Normas e símbolos gráficos;
Cargas de Projeto;
Esquemas e circuitos básicos;
Dimensionamento de condutores elétricos
Dimensionamento de sistemas de proteção elétrica: disjuntores, DR e DPS;
Dimensionamento de eletrodutos;
Equilíbrio da carga instalada;
Cálculo da Demanda;
Dimensionamento da entrada de energia elétrica.
PROJETOS AUXILIARES:
Instalações Telefônicas;
Instalações de TV a cabo (CATV e CFTV);
Instalações de iluminação de emergência e alarme;
Subestação de Energia Elétrica;
Grupo motor-gerador.
LUMINOTÉCNICA:
Lâmpadas e equipamentos auxiliares;
Técnica de iluminação artificial;
CIC0212 – Instalações elétricas – prof. Cesar Augusto Bernardi – cesar.bernardi@ucs.br
Dimensionamento luminotécnico;
Método do fluxo luminoso
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CREDER, H. Instalações Elétricas, 16ª ed. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 2016.
COTRIM, A. Instalações Elétricas, 5ª ed. São Paulo, Mc Graw Hill, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CRONOGRAMA E AVALIAÇÃO
A Média final na disciplina será obtida através de média harmônica das três avaliações a serem
realizadas durante o semestre, a serem:
Primeira avaliação:
Dia 06 de maio de 2019
Peso desta avaliação é de 33,33% da nota final, inclui conteúdos apresentados até o dia
29 de abril de 2019.
Segunda avaliação:
Dia 01 de julho de 2019
Peso desta avaliação é de 33,33% da nota final, inclui todos os conteúdos apresentados
durante o semestre letivo de 2019-2
Haverá momentos para assessoria ao projeto em sala de aula e cada grupo deverá
utilizar-se deste espaço.
N=M*I Onde:
N = Nota individual do aluno no projeto
I = índice de avaliação individual
avaliação por par de cada integrante do grupo.
M = Média Harmônica das entregas parciais P1 e P2
M= ____10_____ Onde:
4/P1 + 6/P2
M = Nota média do grupo sobre o projeto
P1 = nota relativo a primeira entrega (peso 40%)
P2 = nota relativo a segunda entrega (peso 60%)
I = Ii / Ig Onde:
Ii = Índice individual do integrante
Ig = Índice geral do grupo
Ig = Ʃ Ap / Nap Onde:
Ig = Índice geral do grupo
Ap = Nota de cada avaliação por pares
Nap = Número de avaliações por pares
INTRODUÇÃO
2 - Grandezas Elétricas:
Tensão,
Corrente
Resistência elétrica
Resistividade elétrica
Lei de Ohm
Equipamentos de medição elétricas
Voltímetro
Amperímetro
Ohmímetro
Multímetro
Associação de resistores em série e em paralelo
Tipos de Corrente:
Corrente Alternada
Corrente contínua
Tipos de alimentação elétrica
Alimentação Monofásicas
Alimentação Trifásica
4 - Cálculo luminotécnico.
Conceitos Básicos de Luminotécnica
Grandezas:
1 – Fluxo luminoso
2 – Rendimento Luminoso
3 – Quantidade de Luz
4 – Intensidade luminosa
5 – Iluminância
6 – Luminância
Temperatura de cor
Índice de reprodução de cores
Projeto Luminotécnico:
Método dos Lumens
Método ponto a ponto
Cálculo para definição de equipamentos de iluminação
Softwares comerciais para projeto luminotécnico
PONTOS DE UTILIZAÇÃO
Pontos de Utilização:
Quantificação;
Localização
Determinação das potencias elétricas
dos pontos de iluminação e
dos pontos de tomadas
Tomadas de Uso Geral (TUG)
Tomadas Especiais (TUE)
Condições para estabelecer a quantidade mínima
Tomadas de Uso Geral (TUGs) e
Tomadas de Uso Específico (TUEs)
Condições para estabelecer a potência mínima
Tomadas de Uso Geral (TUGs):
Tomadas de Uso Especifico (TUEs):
Divisão dos circuitos
Eletrodutos.
Função dos eletrodutos:
Classificação dos eletrodutos
Taxa máxima de ocupação dos Eletrodutos
Ligações elétricas
Acionamento de lâmpadas a partir de interruptores simples
Acionamento de lâmpadas a partir de interruptores paralelos
Acionamento de lâmpadas a partir de interruptores paralelos e intermediários
Acionamento de lâmpadas a partir de Sensor de presença
Condutor Elétrico
Fio
Cabo
Isolantes
Composição da isolação
Rigidez Dielétrica
Tensão de isolação
7 - Proteção elétrica;
Proteção básica:
Proteção por isolação
Proteção por invólucro ou barreira
Proteção supletiva
Proteção adicional:
Proteção contra sobrecorrentes e sobretensões:
Proteção contra efeitos térmicos:
Proteção contra Circulação de correntes de falta:
Disjuntores:
Definição segundo a NBR 5459:
Funções do disjuntor:
Funcionamento da proteção por sobrecarga ou sobrecorrente
Funcionamento da proteção por sobretensão
Proteção contra curto circuito
Dimensionamento dos disjuntores
Curvas características dos disjuntores:
Curvas B, C e D e Uso indicado para cada tipo
DR - Disjuntor de modo diferencial
Funcionamento
Aplicação
Dimensionamento
DPS - Dispositivo de proteção contra surtos
Picos de tensão
Funcionamento
Partes do equipamento
SUBESTAÇÃO
8 - Subestação rebaixadora
Tensões de fornecimento de energia elétrica pela concessionária
Normativas da concessionária local para definir o fornecimento de energia
elétrica: GED’s 119, 2855, 2856, 2858, 2859 e 2861, 3738, 4732 e 6120
Enquadramentos para fornecimento em tensão primária ou secundária
Classificação das subestações
Componentes de uma Subestação Abaixadora
Protetores de descargas atmosféricas:
Chaves de seccionamento
Disjuntores
Protetores de circuitos: Relés primários e Relés Secundários
Transformadores de corrente:
Transformadores de força:
Cabos de força
Isoladores e condutores:
Muflas
Cabine de medição
Alvenaria e edícula de abrigo
Entrada de energia - ramal aéreo e ramal subterrâneo
Estudo das cargas
Cálculo da demanda provável para consumidores industriais e não industriais
Exemplo de Projeto de Subestação
GRANDEZAS ELÉTRICAS:
Simbologia: V
Unidade de grandeza: v (volts) (Joule / Coulumb)
Instrumento de medição: Voltímetro
Forma de medição da tensão: Conexão do voltímetro em paralelo com o ponto a ser
medido
Fig. 1 – (a) Campo elétrico e diferença de potencial (b) circuito paralelo e medição de tensão
CIC0212 – Instalações elétricas – prof. Cesar Augusto Bernardi – cesar.bernardi@ucs.br
02 - CORRENTE ELÉTRICA: Fluxo de elétrons num circuito fechado
Simbologia: I
Unidade de grandeza: A (Ampere) (Coulumb / Segundo)
Instrumento de medição: Amperímetro
Forma de medição da tensão: Conexão do amperímetro em série com o ponto a ser
medido
Fig. 2 – (a) Circuito série (b) conexão do amperímetro ao circuito para leitura de corrente (c)
sentido real e sentido convencional da corrente
É importante salientar que a corrente que circula por todas as resistências (e todos os
elementos) num circuito série é a mesma
Simbologia: R
Unidade de grandeza: Ω (Ohm)
Instrumento de medição: Ohmímetro
Forma de medição da tensão: Conexão do ohmímetro em paralelo com o resistor a
ser medido
Fig. 3 – (a) Exemplo de resistências elétricas (b) circuito paralelo e medição de resistência
R = ρ . _l onde:
s
ρ = coeficiente de resistência (resistividade);
l = comprimento do condutor;
s = área da seção transversal.
Display (Visor)
Botão de Seleção (Chave Seletora)
Bornes onde são conectadas as Pontas de Prova (Ponteiras)
O botão de seleção é um botão rotativo, de múltiplas posições, que usamos para selecionar a
função que desejamos medir, e a precisão da escala de medição, e também para desligar o
multímetro quando não em uso, para economizar sua bateria, que geralmente é uma bateria de
9 V.
LEI DE OHM
V=I*R (eq.1)
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES:
Em Série
A corrente que circula por todas as resistências é a mesma,
A medição da corrente em Resistores é feita com a utilização do Amperímetro, o
qual deve ser ligado em série com os resistores
A tensão em cada resistor é igual ao produto da corrente pelo valor da resistência
elétrica e a tensão total é igual À soma de todas as tensões do circuito.
(Primeira lei de Kirchoff)
Em Paralelo
A tensão nas resistências associadas em Paralelo é a mesma.
Para a Medição da tensão em Resistores, é utilizado o voltímetro, o qual é ligado
em paralelo com os resistores.
A corrente que parte da fonte é subdividida em cada ramo de resistores e a soma
destas correntes individuais é igual a corrente total que circula pela fonte.
TIPOS DE CORRENTE:
Com diferença de potencial constante, o movimento das cargas elétricas terá um único sentido
e constante ao longo do tempo.
Um circuito de corrente contínua é aquele cujo sentido da corrente se dá apenas num sentido
do circuito elétrico
Condutor Positivo: É o Condutor por onde circula a corrente elétrica desde a geração
até a carga consumidora
Condutor Negativo: É o Condutor por onde a corrente elétrica retorna desde a carga
consumidora até a geração.
CORRENTE ALTERNADA
Se a diferença de potencial variar com o tempo, o fluxo de cargas elétricas vai mudar, de
acordo com a variação na tensão.
Quando esta variação da tensão oscila entre valores positivos e negativos, alternando-se a
polaridade entre positiva e negativa, a corrente elétrica gerada é uma corrente alternada.
A corrente elétrica alternada varia, geralmente, de forma senoidal com o tempo e pode ser
observada a partir de um Osciloscópio.
Exercício:
Fase: Condutor por onde circula a corrente elétrica desde a geração até a carga
consumidora.
Circuito monofásico
Fig. 15 – (a) Circuito em corrente alternada com alimentação por fonte geradora
(b) Forma de onda de tensão/corrente em corrente alternada
A geração industrial de energia elétrica no Brasil é realizada, principalmente, por meio do uso
da energia potencial da água (geração hidrelétrica) ou utilizando a energia potencial dos
combustíveis (geração termelétrica).
De acordo com dados de abril de 2011 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), no
Brasil, cerca de 70,8% (81 007 MW) da energia é gerada por hidrelétricas, pois o nosso país
apresenta um rico potencial hidráulico, que, além do já aproveitado, contém um potencial a ser
explorado, o qual é estimado em mais de 150 000 MW.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas, 16ª edição. LTC, 02/2016. VitalBook file.
Fontes primárias para geração de energia elétrica:
Queima de combustíveis
Eólica Fotovoltaica
fósseis
Fig. 18 – Fonte de geração de energia elétrica Eólica, Fotovoltaica e Combustível Fóssil
Das termelétricas existentes no Brasil, 26,4% são convencionais – 30 072 MW – e 1,8% são
nucleares – 2 007 MW, as quais utilizam combustíveis fósseis (petróleo, gás natural, carvão
mineral etc.), biomassa (madeira, bagaço de cana etc.) e combustível nuclear (urânio
enriquecido). Os geradores de eletricidade necessitam de energia mecânica (cinética) para
fazer girar os rotores das turbinas, nos quais estão acoplados, no mesmo eixo, os rotores dos
geradores de eletricidade. Portanto, a geração precisa de uma turbina (hidráulica ou térmica) e
de um gerador síncrono, montados no mesmo eixo na vertical (Figura 1.2) ou na horizontal.
Para que haja possibilidade de aproveitamento hidrelétrico, duas condições têm de existir:
• água em abundância;
• desnível entre a barragem e a casa de máquinas.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas, 16ª edição. LTC, 02/2016. VitalBook file.
Fig. 21 - Corte da barragem de uma usina de geração elétrica a partir de energia hidráulica
Fig. 23 – Modelo de (a) gerador de corrente elétrica (b) e (c) espira unitária
Faraday aproximou dois circuitos elétricos e percebeu que no momento em que um deles era
ligado ou desligado, aparecia por um instante de tempo uma corrente no outro circuito.
Percebeu também que o sentido da corrente era diferente se o circuito estava sendo ligado ou
desligado.
A conclusão de Faraday é que a variação do fluxo magnético que atravessa o circuito produz
uma tensão elétrica, que dá origem a corrente.
Em 1834, Heinrich E. Lenz (1804-1865) define que a força eletromotriz é igual ao negativo da
variação do fluxo magnético no interior da espira, ou seja, esta lei específica o sentido da força
eletromotriz induzida.
A lei de Lenz é uma consequência da conservação de energia. Considere uma espira circular
e um ímã com seus eixos alinhados, com o pólo norte do ímã voltado para a espira, como na
figura 2. Se o ímã se aproxima da espira (figura a), é induzida uma corrente anti-horária na
espira (vista a partir do ímã). Assim, a espira passa a atuar como um eletroímã, com o pólo
norte voltado para o ímã, e eles se repelem. Caso o ímã esteja se afastando (figura b), a
corrente seria no sentido horário, o pólo sul estaria voltado para o ímã, e a força seria de
atração.
Indução mínima
Quando o vetor normal à espira se encontra a 90° em relação ao campo magnético (cosϕ = 0)
Indução média
Quando o vetor normal à espira se encontra em um ângulo intermediário entre 0° e 180° em
relação ao campo magnético (0 < cosϕ < 1)
Indução máxima
Quando o vetor normal à espira se encontra a 0° ou a 180° em relação ao campo magnético
(cosϕ = 1)
A partir destas explicações, fica claro observar que a corrente induzida pode ser
representada por uma forma de onda senoidal, onde o semi ciclo positivo indica a circulação de
corrente num sentido da espira, ao passo que o semi ciclo negativo indica a circulação de
corrente no sentido contrário, evidenciando-se desta forma a alternância de sentido de
deslocamento dos elétrons nos condutores.
A matriz energética brasileira em 2013, 2014 e 2015 era composta pelas seguintes fontes de
energia, com a evolução ali apresentada.
Na figura abaixo, pode-se observar o potencial explorado e que ainda pode ser explorado da
geração de energia elétrica no país a partir de recursos hídricos.
Para que seja economicamente viável, a tensão gerada nos geradores trifásicos de corrente
alternada normalmente de 13,8 kV deve ser elevada a valores padronizados em função da
potência a ser transmitida e das distâncias aos centros consumidores.
Desse modo, temos uma subestação elevadora junto à geração. As tensões mais usuais em
corrente alternada nas linhas de transmissão são: 69 kV, 138 kV, 230 kV, 400 kV e 500 kV.
A partir de 500 kV, somente um estudo econômico decidirá se deve ser usada a tensão
alternada ou contínua, como é o caso da linha de transmissão de Itaipu, com ±600 kV em
corrente contínua. Nesse caso, a instalação necessita de uma subestação retificadora – ou
seja, que transforma a tensão alternada em tensão contínua, transmitindo a energia elétrica em
tensão contínua – e, próximo aos centros consumidores, precisa de uma estação inversora
para transformar a tensão contínua em tensão alternada outra vez, a fim de que se permita a
conexão com a malha do sistema interligado.
Nas Figuras vemos em destaque torres de linhas de transmissão, duas em corrente alternada
trifásica e, à frente, uma de corrente contínua (um bipolo de ±600 kV).
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas, 16ª edição. LTC, 02/2016. VitalBook file.
Linhas de transmissão existentes no Brasil no ano de 2015, além das linhas projetadas para
construção e operacionalização
A parte final de um sistema elétrico é a subestação abaixadora para a baixa tensão, ou seja, a
tensão de utilização (380/220 V, 220/127 V – Sistema trifásico; e 220/110 V – Sistema
monofásico com tape). No Brasil, há cidades onde a tensão fase neutro é de 220 V (Brasília,
Recife etc.); em outras, essa tensão é de 127 V (Rio de Janeiro, Porto Alegre etc.) ou, mesmo,
115 V (São Paulo).
Nas Figuras (30 e 31) está sendo apresentado diversos componentes de uma subestação de
energia elétrica rebaixadora com ligação final para um consumidor, no qual observamos a rede
primária de alta tensão e a rede secundária de baixa tensão além de transformadores
abaixadores.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas, 16ª edição. LTC, 02/2016. VitalBook file.
Exercícios:
1) Uma linha de transmissão conduz 1500 KW de potência elétrica na tensão de 138kV entre a
usina e a unidade consumidora. Calcule a corrente que circulará entre estes dois pontos se o
fator de potência (cosϕ) é 0,92.
2)Uma linha de transmissão conduz 1500 KW de potência elétrica na tensão de 750kV entre a
usina e a unidade consumidora. Calcule a corrente que circulará entre estes dois pontos se o
fator de potência (cosϕ) é 0,92.
As redes de distribuição dentro dos centros urbanos podem ser aéreas ou subterrâneas. Nas
redes aéreas, os transformadores podem ser montados em postes ou em subestações
abrigadas; nas redes subterrâneas, os transformadores deverão ser montados em câmaras
subterrâneas.
Monofásica (2 condutores)
Bifásica (3 condutores)
Trifásica (3 ou 4 condutores)
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas, 16ª edição. LTC, 02/2016. VitalBook file.
Fig. 36 – Distribuição do consumo de energia elétrica (a) por seguimento da economia (b) por
equipamentos residenciais
Exemplo:
Qual é a potência necessária para fazer girar um motor elétrico alimentado em tensão de 220v
e a corrente necessária é de 20A
P=V*I P = 220 * 20
P = 4.400 (W) Ou 4,4 kW
Qual é a energia consumida por este motor se o mesmo ficar acionado durante 2 horas?
Fig. 39 – Forma de onda da tensão e corrente para uma carga puramente resistiva
CIC0212 – Instalações elétricas – prof. Cesar Augusto Bernardi – cesar.bernardi@ucs.br
A Potência elétrica é decomposta em 3 diferentes parcelas:
Potência ativa:
Potência reativa:
Parcela da potência que cria e mantém ativos os campos eletromagnéticos das cargas
indutivas presente em motores, transformadores, reatores, etc…. (esta parcela da potência
total não realiza trabalho)
Funções Tensão e corrente defasadas: (cosϕ) ≠ 0
Onde Cosϕ é o fator de potência. O fator de potência é a razão entre a potência ativa e a
potência aparente de uma instalação é um indicador do nível de eficiência com que o
consumidor utiliza a energia elétrica.
Potência Aparente:
Soma vetorial das potências ativa e reativa, também tida como a potência total absorvida
por uma instalação É utilizado na caracterização de equipamentos elétricos, exemplo: motores,
geradores de energia, no-break's, etc...
LEI DE OHM
Cálculo da tensão: V = R.I (V)
Cálculo da resitência: R=V/I (Ω)
Cálculo da corrente: I= V/R (A)
Exercício:
LEIS DE KIRCHOFF:
As leis de Kirchoff são utilizadas para se determinar correntes e tensões e suas relações num
circuito elétrico em relação a tensão e a corrente fornecida pela fonte, usando-se o
conhecimento dos elementos que constituem o circuito e as respectivas equações
características.
A lei dos nós determina que, em qualquer instante, é nula a soma algébrica das correntes que
entram num qualquer nó.
Uma vez que corrente é o deslocamento de elétricos e estes por sua vez possuem carga
elétrica, é de supor que, se em alguma análise, a soma das correntes que entram no nó não é
nula, isso significaria que o nó está Acumulando cargas.
Exercício:
No circuito representado abaixo, das 3 equações representadas, apenas duas são linearmente
independentes. Existindo N nós no circuito, a Lei dos Nós permite escrever (N-1) equações
linearmente independentes.
A primeira equação permite afirmar que a corrente que sai da fonte é igual à corrente que entra
no elemento 1; Em outras palavras, a fonte e o elemento 1 são percorridos pela mesma
corrente. Nesta situação, diz-se que a fonte e o elemento 1 estão ligados em série.
A lei das malhas determina que, em qualquer instante, é nula a soma algébrica das tensões
num circuito fechado.
TRANSFORMADOR DE TENSÃO
Conceito de transformador
Demonstra-se que, para uma mesma potência, a tensão elétrica em um condutor é
inversamente proporcional à área da seção transversal deste condutor. Isto quer dizer que,
para uma mesma potência a transmitir, quanto maior a tensão, menor precisará ser a seção do
condutor, e, portanto, menor será seu custo.
Assim, se a potência for transmitida sob uma tensão de 6 000 V, os condutores terão seção
transversal muito menor do que se a tensão for de 220 V, havendo, pois, na primeira hipótese,
economia de material.
NISKIER, Julio. Manual de Instalações Elétricas, 2ª edição. LTC, 11/2014. VitalBook file.
Para se elevar a tensão de modo a transmitir a corrente com economia nas linhas de
transmissão e depois baixar a tensão, para que a energia possa ser utilizada com segurança
nos edifícios ou aparelhos, emprega-se o chamado transformador.
A segunda bobina B2 possui n2 espiras e acha-se ligada à rede de distribuição interna; tem o
nome de induzido ou secundário do transformador, e a corrente que passa por suas espiras é
gerada pela indução a que se acham submetidas.
U1 = n1 = I2
U2 = n2 = I1
Nos casos mais comuns, a energia é fornecida pelas concessionárias aos prédios em baixa
tensão (220/127 V) ou (380/220 V). Entretanto, em indústrias e prédios de grande potência,
pode vir a ser necessário o suprimento em média tensão, devendo ser construída uma estação
abaixadora de tensão pelo consumidor.
NISKIER, Julio. Manual de Instalações Elétricas, 2ª edição. LTC, 11/2014. VitalBook file.
(a) (b)
A tensão de entrada e a tensão de saída são proporcionais entre si, da mesma forma a relação
de proporcionalidade entre as correntes de entrada e saída é mantida
TIPOS DE TRANSFORMADORES:
Transformador Isolador:
Este modelo de transformador possui os enrolamentos primário e secundário isolados entre si.
É muito utilizado com o objetivo de minimizar os efeitos de sobrecorrentes transitórias na rede
devido ao fato de um circuito indutivo se opor a variação instantânea da corrente, reduzindo
seus níveis ao passar do circuito primário para o circuito secundário do transformador.
Obs.: O enrolamento secundário não possui neutro, o mesmo deverá ser conectado ao ponto
de aterramento para gerar o neutro (0 volt)
Auto-Transformador
O número de espiras por volt é obtido dividindo-se o número total de espiras do transformador
pela tensão de entrada.
Tipos de transformadores:
Aplicação dos transformadores em sistemas elétricos de potência:
A tensão é elevada junto à geração para que as correntes de circulação diminuam e reduzam
as perdas na transmissão.
Como a potência gerada e transmitida um valor fixo, no momento que se eleva o valor da
tensão, consegue-se reduzir o valor da corrente, reduzindo com isto o dimensionamento dos
condutores e as estruturas de sustentação, tornando a transmissão mais barata. Paralelo a
isto, e como benefício adicional, reduzindo a corrente reduz-se as perdas por efeito Joule nos
condutores. Esta redução é de forma quadrática, como pode ser visto nas equações abaixo.
Refrigeração de transformadores:
O óleo ou o ar (seja qual for o meio em que o transformador estiver imerso) circula pelo
equipamento e pelas aletas externas para realizar a troca de calor entre o interior e o exterior
dos equipamentos.
(a) (b)
Fig. 58 – configuração de transformadores (a) estrela (b) triângulo
Fase S
Neutro
Fase T
(a) (b)
Fig. 59 – configuração de transformadores em estrela
Fig. 61 – (a) tomada trifásica a 4 fios (b) tensão entre um condutor fase e outro condutor fase
Fig. 62 – (a) Alimentação monofásica: 220v com neutro (rede estrela) (b) Alimentação
bifásica: 220v sem neutro (rede triângulo ou delta)
Regulamentado pela norma NBR 5444 - Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais
de fevereiro de 1989
Luz é uma forma de energia que faz parte do espectro Eletromagnético, a qual excita o nosso
sistema nervoso e nos permitindo ver. O espectro visível da luz foi identificado por Isaac
Newton em 1666.
A Luz pode ser entendida como uma onda eletromagnética e também pode ser entendida como
uma partícula, conhecida como Fóton, conferindo um comportamento dual a luz.
Radiação é a transmissão da energia através do espaço
Grandezas:
A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento de onda da
radiação, mas também com a luminosidade.
A Cor resulta de uma fração reduzida da radiação visível, sendo observada pelo olho a partir de
sua reflexão em um objeto.
A luz é composta pela combinação de três cores primárias (vermelho, Amarelo e azul), sendo a
base da luminotécnica (estudo das técnicas de fontes de iluminação artificial)
A Luminotécnica serve de base para a definição de lâmpadas que podem atender um
determinado ambiente, a fim de:
1 – Fluxo luminoso
2 – Rendimento Luminoso
3 – Quantidade de Luz
4 – Intensidade luminosa
5 – Iluminância
6 – Luminância
1 – Fluxo luminoso:
Fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida em todas as direções por uma fonte luminosa
durante um determinado tempo .
A energia consumida por uma fonte luminosa é convertida parcialmente em luz e parcialmente
em outra forma de energia, como por exemplo o calor, fazendo com que o rendimento de uma
fonte luminosa esteja relacionado a quantidade de luz que este gera em relação à quantidade
de energia elétrica consumida para gerar esta luz.
2 – Rendimento luminoso:
É a relação obtida entre o fluxo luminoso emitido por uma fonte e a energia elétrica consumida
para gerar esta luz.
Representação: η
Unidade de medida: lumen ̸ watt (lm ̸ W)
É o fluxo luminoso fornecido por unidade de tempo. Grandeza importante quando é necessário
CIC0212 – Instalações elétricas – prof. Cesar Augusto Bernardi – cesar.bernardi@ucs.br
garantir-se uma quantidade de lumens por um período fixo de tempo, como por exemplo a luz
emitida por um flash de equipamento fotográfico. 8 – Flash fotográfico
Representação: Q
Unidade: (lm ̸ h)
É definido como a concentração de luz em uma direção específica, irradiada por segundo.
Representada pelo símbolo I e a sua unidade de medida é a candela (cd).
Cálculo: I=ϕ/ω
É a quantidade de luz ou fluxo luminoso que atinge uma unidade de área de uma superfície por
segundo. Iluminâncias por Classes de Tarefas é definido pela Norma ABNT NBR 5413/1992.
E=ϕ/S
1 lux = 1lm / 1m² (Lumens por unidade de área)
Tabela 01 - Diferentes níveis de iluminância (lux) para diferentes tarefas (Fonte NBR 5413)
CIC0212 – Instalações elétricas – prof. Cesar Augusto Bernardi – cesar.bernardi@ucs.br
Iluminância também pode ser definida como a quantidade de luz que chega a um ponto.
Pode ser medido através do uso de um equipamento chamado de Luxímetro e é a principal
referência métrica adotada para definir se um plano de trabalho está iluminado corretamente
(atendendo as normas aplicáveis).
7 – luminância
Tabela 02 – quadro resumo das principais grandezas e variáveis envolvidas no âmbito da luminotécnica
Lâmpadas:
As lâmpadas de LED se adaptam ao quarto, à cozinha ou à sala de estar, sua luz não
apresenta tremulação e tem um alto índice de reprodução de cor que assegura que os objetos
sejam observados com suas cores verdadeiras e naturais.
Em 1962, o pesquisador Nick Holonyak Jr. da GE, desenvolveu o primeiro LED capaz de emitir
uma luz visível, vermelha.LEDs verdes e amarelos não demoraram a aparecer, e a tecnologia
ficou limitada a essas três cores durante décadas.
O marco na aplicabilidade dos LED só foi em 1993, quando os pesquisadores japoneses Isamu
Akasaki e Hiroshi Amano e o cientista americano Shuji Nakamura inventaram o primeiro LED
azul de alto brilho. A importância dessa descoberta é tanta que não só invadiu os gabinetes de
computador, como possibilitou a criação do LED branco. A partir de então o LED foi
amplamente utilizado na indústria automobilística, usado desde os painel às luzes de
sinalização. Em 2014, o trio ganhou reconhecimento com o Prêmio Nobel de Física.
Nos anos de 1997 e 1998 aparecem as primeiras luminárias voltadas para a arquitetura
produzidas em larga escala: sinalizadores de piso e luzes de emergência. Em 2000, o LED
Luxeon I revolucionou os LEDs com 25 lúmens em um único emissor, marca nunca atingida
antes. Os oito anos seguintes foram marcados por grandes avanços e em 2008, na maior feira
de iluminação do mundo, a Light &Building, em Frankfurt, Alemanha, mostrou uma grande
aplicação dos LEDs em várias situações.
Temperatura de Cor:
Toda lâmpada possui uma determinada temperatura de cor, ou seja, cada modelo de lâmpada
emite uma luz com determinada cor.
A temperatura de cor é medida através da unidade Kelvin, que pode variar de 2.000 a 6.100
Kelvin.
É a capacidade que a fonte luminosa apresenta de reproduzir com fidelidade as cores dos
objetos iluminados por ela. O índice poder ser de 0 (zero) a 100 (cem), sendo que quanto
menor o valor, pior será a reprodução das cores; e quanto maior o valor, a cor mais se
aproxima do real, isto é, como a cor é vista ao estar exposta à luz do Sol.
IRC - 85: a maioria das Fluorescentes compactas - nível bom de Reprodução de Cor;
IRC - 90: Fluorescentes de última geração - nível ótimo de Reprodução de Cor;
IRC - 100: Incandescentes (dicróicas, incandescentes comuns, PAR e Halógenas bipino
duplo) - nível excelente de Reprodução de Cor.
LUMINÁRIAS
Difusor: evita que a luz seja direcionada para objetos ou pessoas causando desconforto visual
ou danificando o objeto iluminado.
Fig.92 - Diferença entre os diversos tipos de luminária segundo a distribuição de fluxo luminoso
CIC0212 – Instalações elétricas – prof. Cesar Augusto Bernardi – cesar.bernardi@ucs.br
Fig.93 - Diferença entre os diversos tipos de luminária segundo a distribuição de fluxo luminoso
Fig.94- Diferença entre os diversos tipos de luminária segundo a direção da reflexão do fluxo luminoso
PASSOS NA EXECUÇÃO:
O método dos lumens é também conhecido como método dos fluxos. Este método baseia-se
na teoria de transferência de fluxo e foi desenvolvido para cálculos rápidos manuais.
Sua finalidade é calcular o valor médio em serviço, da iluminação de um local onde existe
iluminação geral distribuída. Com o emprego do método dos lumens, obtém-se informações
sobre a iluminação para um plano de trabalho horizontal, que ocupa toda a área do ambiente
Exemplo:
H= H−hpltr −hpend
h = 2,75−0,75−0,0
h=2
Fator de utilização:
Ou eficiência do recinto de uma luminária é a relação do fluxo luminoso (lumens) que alcança
uma área específica, oriundo de uma fonte luminosa, e o fluxo luminoso total da fonte.
Para determinar esse fator, recorre-se à tabela de fator de utilização fornecida pelo fabricante
da luminária e cruza-se o fator local (K) com os índice de refletância do ambiente a ser
iluminado
Na prática, para amenizarmos o efeito desses fatores, admitindo-se uma boa manutenção
periódica, podemos adotar os fatores de depreciação de acordo com o critério indicado na
tabela abaixo:
Onde:
φnom é fluxo luminoso nominal da lâmpada utilizada
Nlampadas é o Número de lâmpadas existentes em cada luminária
FR é o fator de fluxo luminoso do reator utilizado
Onde:
φlumin é fluxo total de cada luminária
Fu é o fator de utillização
Fd é o fator de depreciação
E é a iluminância (lux)
a é o comprimento do local (m)
b é a largura do local (m)
Uma vez calculado o número de luminárias, devemos proceder à sua distribuição sobre uma
planta local. Em locais de planta retangular, as luminárias se distribuem uniformemente, em
filas paralelas aos eixos de simetria do local. A distância máxima de separação entre as
luminárias dependerá do ângulo de abertura do facho de luz e da altura das luminárias em
relação ao plano de trabalho
Quanto mais aberto seja o facho de luz e maior a altura da luminária, mais superfície ela
iluminará, embora seja menor a iluminância resultante no plano de trabalho, de acordo com a
lei do inverso dos quadrados das distâncias.
Fig. 101 – Iluminância num plano de trabalho, com uma ou mais pontos de luz e na distância
próxima e distante
De uma forma geral, para a maioria das luminárias e condições de locais, obtém-se uma
distribuição de luz satisfatória, com um espaçamento das luminárias igual ou inferior à uma vez
e meia a distância entre as luminárias e o plano de trabalho
eL =1,5.h
Onde:
eL é o espaçamento máximo entre luminárias
h é a altura da fonte luminosa ao plano de trabalho
Da mesma forma, vemos que o afastamento da primeira luminária até a parede precisa ser
menor que o afastamento entre as luminárias, normalmente a distância de uma luminária à
CIC0212 – Instalações elétricas – prof. Cesar Augusto Bernardi – cesar.bernardi@ucs.br
parede, é metade da distância entre as luminárias, na mesma direção
Se a quantidade de luminárias resultantes do cálculo não for compatível com sua distribuição
desejada, recomenda-se sempre o acréscimo de luminárias e não a eliminação, para que não
haja prejuízo do nível de iluminância desejado
Cálculo de Controle
Cálculo de Controle:
Para demonstrar que o dimensionamento pelo método dos lumens não assegura a ocorrência
da iluminância mínimo em todo o plano de trabalho, que no caso do nosso exemplo é de 500
lux, observamos a distribuição de iluminâncias produzida por um programa de cálculo de
iluminação, para as mesmas condições do exemplo
Assim, para a utilização desse método temos que conhecer as curvas fotométricas das fontes
de luz, preparadas pelos fabricantes ou desenvolvidas em laboratórios de fotometria.
Onde:
Ep = iluminamento em P em lumens por metro quadrado (lux);
I(θ) = intensidade luminosa da fonte na direção de P em candelas;
D = distância do centro da fonte de luz ao ponto P em metros;
θ = ângulo entre a vertical à superfície receptora e D.
Fig. 106 – Método ponto a ponto para um plano vertical e um plano horizontal
Exemplo:
Qual será a Iluminância incidida num ponto a 30º de inclinação do eixo longitudinal da
luminária, que se encontra a uma altura de 2,00 m do plano do ponto, sendo que a luminária
está equipada com 2 lâmpadas fluorescentes LUMILUX® 36W/21?
leitura da curva de distribuição luminosa (CDL), cálculo da intensidade luminosa nos diferentes
pontos e a respectiva iluminância)
Um bom projeto de iluminação não pode ser resolvido tão somente com um bom programa de
computador.
Se fosse assim, não existiria o bom gosto, a sensibilidade, a criatividade, a empatia identificada
em projetos quando comparados com outros.
Após a fase criativa do projeto, na qual o lighting designer exibe toda sua arte, alguns outros
rituais devem ser realizados:
Restrições que o conhecimento atual sobre o tema impõe ao projeto luminotécnico, que
necessariamente tem que se recorrer a um bom software para que lhe indique se tudo o que
pensou, em termos de iluminação, está correto.
tarefa visual,
ofuscamento,
efeitos biológicos,
conforto luminoso,
integração luz natural/artificial,
eficiência energética,
sustentabilidade, etc.),
Visualização: É importante também que o resultado desejado pelo lighting designer não
culmine num desastre.
Apresentação ao cliente: Não há, sem dúvida, nada melhor que chegar ao cliente com o
laptop e mostrar o projeto, fazendo-lhe visualizar, através de “renderizações dinâmicas”, o
resultado do projeto.
Este universo é muito grande. Para clarear o panorama, é listado a seguir aqueles que se
entende serem os mais significativos no momento atual, incluindo o site, onde poderão ser
obtidas mais informações, ou, ainda, seu download (versão gratuita ou trial) e dos manuais
correspondentes (se houver).
AGI32
Desenvolvido pela Lighting Analysts Inc, LAI, Littleton, Colorado, EUA, (como podem ver,
Colorado é a terra da iluminação nos Estados Unidos), é um excelente software, rápido,
CALCULUX
Desenvolvido pela Philips Electronics, originalmente era constituido pelos módulos Indoor, Area
e Road. Posteriormente, quando a Philips aderiu ao DIALux, descontinuou o módulo Indoor
(normalmente o mais utilizado pelos lighting designers). O módulo Area é adequado para a
iluminação de campos, quadras, ruas, áreas esportivas, parques e fachadas, e o Road para
iluminação viária. O plug-in de produtos é o Philips Products Selector – PS. Seu uso é livre, e
pode ser baixado no site:
www.lighting.philips.com/main/connect/tools_literature/ ou:
www.ecivilnet.com/softwares/calculux_area_iluminacao.htm
O tutorial em:
http://receso-pes.blogspot.com/2010/03/tutorial-del-calculux.html (vídeo) ou:
http://calculux-area.software.informer.com (Area) ou:
http://softwaretopic.informer.com/descargar-tutorial-calculux-road/ (Road)
DIALUX
Desenvolvido pela DIAL GmbH, Alemanha, em 1994, por solicitação de um consórcio de 12
fábricas de luminárias e lâmpadas, atualmente tem mais de 160 fábricas associadas.
Isto faz com que, do ponto de vista de recursos, este software seja imbatível.
É provavelmente o software mais amigável para o usuário (com short-cuts, wizards, tutorials e
outros recursos de ajuda) e tem um excelente render que é o POVRAY.
O software é livre, e para baixar, tanto ele quanto o POVRAY e seus manuais, visite o seguinte
site: www.dial.de/DIAL/es/dialux/download.html
DIALUX evo
Em maio de 2012 a DIAL GmbH lançou na feira Light+Building, em Frankfurt, um novo software
de iluminação denominado sugestivamente de DIALux evo, evocando a ideia de “evolução”.
Apresenta várias inovações e aprimoramentos de recursos existentes em outros softwares,
porem a mais significativa é a que permite realizar o processo projetual de forma integrada,
enxergando o edifício em questão e todos seus ambientes como uma unidade só. Para
maiores detalhes leia o artigo “DIALux evo: evolução?” publicado no nº 62 junho/julho 2013, da
revista Lume Arquitetura.
Pode ser baixado em: www.dial.de/DIAL/en/dialux/download/dialux-evo-2.html
RELUX PRO
Desenvolvido pela Relux Informatik AG, tendo atualmente cerca de 100 fábricas associadas
(similar ao DIALUX). O RELUX SUITE (RELUX PRO e outros) é gratuito e pode ser baixado no
site: www.relux.biz/index.php?option=com_download&Itemid=241&lang=en
Mas atenção: requer bastante tempo para o aprendizado e um alto nível de interação com o
computador. É absolutamente pouco amigável com o usuário, porém oferece resultados de
rendering extraordinários.
Este software deu origem a vários outros, com interfaces mais "amigáveis" (Desktop
RADIANCE, RAYFRONT, RELUX, etc). Uma versão simplificada do RADIANCE SIS do LBNL,
é o Desktop RADIANCE, que é um aplicativo do AutoCAD, funcionando como interface gráfica
do RADIANCE na plataforma Windows, e usando também o AutoCAD como modelador.
O Desktop Radiance pode ser baixado no site: http://radsite.lbl.gov/deskrad
VISUAL
Desenvolvido por Acuity Brands Lighting, é um conjunto de ferramentas de cálculo de
iluminação e um modelador 3D de fácil uso. Em total são 7 módulos, uma verdadeira colcha de
retalhos.
Pode ser baixado no site: www.visual-3d.com
Seus manuais em: www.visual-3d.com/Downloads/Documents/Documents.aspx
RAYFRONT
Desenvolvido por Georg Mischler da Architectural Lighting Design Software - ALware, é uma
plataforma integrativa com RADIANCE e CAD próprio, usando o RayTracing do RADIANCE.
Pode ser usado tanto como uma extensão do Autocad ou do Intellicad, junto com o modelador
3DSOLAR, ou de forma independente. É muito preciso e rápido, bastante mais amigável que o
RADIANCE, tem excelente render e bons outputs. É livre, e pode ser baixado no site:
www.schorsch.com/en/download/rayfront.html
LIGHTSCAPE
Finalmente, ainda que esteja descontinuado, mencionamos o Lightsacape, de propriedade
atual da Autodesk (Lightscape 3.2, 1999). Ainda que não seja mais atualizado, continua sendo
um excelente software.
Pelas suas características de qualidade possui uma grande quantidade de usuários no mundo.
O software calcula a propagação da luz natural e artificial em ambientes de qualquer
geometria. Em base a Radiósity utiliza também o algoritmo de Ray Tracing, somente para
refinar as técnicas de rendering final, não tendo este nenhuma influência nos resultados
numéricos da simulação.
Podemos citar como vantagens o fato de rodar em Windows, alto realismo das imagens
produzidas e a possibilidade de interação (os cálculos podem ser interrompidos a qualquer
momento, modificar-se os parâmetros e continuar). Pode ser baixado no site:
www.filestube.com/d/download+lightscape
ENERGYPLUS
Desenvolvido por National Renewable Energy Laboratory, sob orientação do U.S. Departmentof
Energy, é um simulador do consumo total de energia de um edifício e do consumo de água.
Pode ser baixado no site: http://apps1.eere.energy.gov/buildings/energyplus
Seus manuais em:
http://apps1.eere.energy.gov/buildings/energyplus/energyplus_documentation.cfm
Fontes de consulta:
www.esev.ipv.pt
www.energyefficiencyasia.org
www.lighting.com/content.cfm?id=27448&page=/
www.dee.ufc.br
www.erco.com/.
www.solomanuales.org/
www.indumtec.com.ar/archivos/manual_luminotecnica.pdf
www.asisonline.org/certification/ppt/lighting-powerpoint.ppt
www.cliquearquitetura.com.br
Uma previsão de cargas bem feita permite a determinação correta da potência total do
circuito de alimentação, que é fundamental para que no projeto da instalação elétrica possam
ser aplicados os conceitos de economia e segurança, considerando limites adequados de
elevação de temperatura e queda de tensão.
A Norma Brasileira NBR-5410 estabelece as condições mínimas que devem ser adotadas para:
1 - Quantificação,
2 - Localização e
3 - Determinação das potências elétricas
a - dos pontos de iluminação e
b - dos pontos de tomadas
Tomadas de Uso Geral (TUG)
Tomadas Especiais (TUE)
1 - Prever pelo menos um ponto de luz fixo no teto para cada cômodo
ou dependência, comandado por interruptor de parede.
2 - Em hotéis, motéis ou similares pode-se substituir o ponto de luz fixo
no teto por tomada de corrente com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de
parede.
3 - Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto
na parede em espaços sob escada, depósitos, despensas,
lavabos e varandas, desde que de pequenas dimensões e onde a colocação do ponto no teto
seja de difícil execução ou não conveniente.
Iluminação:
1 - Para recintos com área igual ou inferior a 6 m2, atribuir um mínimo de 100 VA.
2 - Para recintos com área superior a 6 m2, atribuir um mínimo de 100 VA para os primeiros 6
m2, acrescidos de 60 VA para cada aumento de 4 m 2 inteiros.
Tomadas: (NBR5410)
televisores,
equipamentos de som,
ventiladores,
aspiradores de pó,
ferro de passar roupa,
geladeiras,
liquidificadores etc.
3- Banheiros: no mínimo uma tomada perto do lavatório, com uma distância mínima
de 60 cm do box, independente da área.
7- Banheiros: no mínimo uma tomada perto do lavatório, com uma distância mínima
de 60 cm do box, independente da área.
Deve-se atentar para a possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para
alimentação de mais de um equipamento, sendo recomendável, portanto, a instalação da
quantidade de tomadas julgada adequada.
chuveiros elétricos,
torneiras elétricas,
aparelhos de ar-condicionado,
secadoras e lavadoras de roupa,
fornos de micro-ondas etc.
Em prédios de múltiplas unidades consumidoras, em geral, essas cargas são de uso comum e,
portanto, chamadas cargas do condomínio.
Exemplo:
1 - Sala:
Comprimento: 6,00 m
Largura: 4,00 m Área: 6,00 . 4,00 = 24 m2
Perímetro: (6,00 + 4,00) . 2 = 20,00 m
(observe que foi usado um total de 400 VA, portanto atendendo ao mínimo de 340 VA).
Quantidade de Tomadas de Uso Geral
Conforme a recomendação, aplica-se o perímetro: 20,00 / 5 = 4 TUGs
Em instalações de alto padrão técnico, deve haver circuitos normais e circuitos de segurança.
Os circuitos normais estão ligados apenas a uma fonte, em geral, à concessionária local.
Em caso de falha da rede, haverá interrupção no abastecimento.
Esses circuitos são, muitas vezes, chamados de “não essenciais”.
Os circuitos de segurança são aqueles que garantirão o abastecimento, mesmo quando houver
falha da concessionária.
a) Circuitos independentes devem ser previstos para os aparelhos com corrente nominal
superior a 10 A (como aquecedores de água, fogões e fornos elétricos, máquinas de lavar,
aparelhos de aquecimento ou para aparelhos de ar condicionado etc.);
b) Circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de tomadas;
c) São permitidos pontos de iluminação e tomadas em um mesmo circuito, de maneira a se
evitar que os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só
circuito, exceto nas cozinhas, copas e áreas de serviço, que devem constituir um ou mais
circuitos independentes;
d) Proteções dos circuitos de aquecimento ou condicionamento de ar de uma
residência podem ser agrupadas no quadro de distribuição da instalação
elétrica geral ou num quadro separado;
e) Quando um mesmo alimentador abastece vários aparelhos individuais de ar
condicionado, deve haver uma proteção para o alimentador geral e uma
proteção junto a cada aparelho, caso este não possua proteção interna própria.
f) Cada circuito deverá ter seu próprio condutor neutro;
Fig. 112 – (a) eletroduto de PVC rígido (b) eletroduto de PVC flexível (c) eletroduto metálico
rígido
Fig. 113 – Exemplo de Aplicação de (a) eletroduto de PVC rígido (b) eletroduto de PVC flexível
(c) eletroduto metálico rígido
Os eletrodutos são classificados de acordo com o material do qual são feitos, sua espessura,
flexibilidade e formas de conexão, que definem a utilização a que se destinam.
Quanto ao material:
Não metálicos: PVC, fibrocimento, polipropileno, polietileno de alta densidade, plástico com
fibra de vidro. Podem ser rígidos e flexíveis.
Metálicos: aço carbono galvanizado ou esmaltado, alumínio e flexíveis de cobre espiralado.
Podem ser com ou sem costura longitudinal, com paredes de diâmetro e espessura variada.
Possuem suas paredes com acabamento externo e/ou interno, podendo ser fosfatizado,
galvanizado, pintado, revestido, polido ou trefilado.
Quanto à flexibilidade:
Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou
cabos multipolares, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante
exclusivo, quando tal condutor destinar-se a aterramento.
O número máximo (N) de cabos isolados, de mesma seção, que pode ser instalado em um
eletroduto, é dado pela fórmula:
Fig. 116 – Esquema de ligação de uma lâmpada comandada por um interruptor simples com
alimentação monofásica
Esquema de ligação de três lâmpadas comandadas através de três interruptores simples, com
alimentação por condutores fase e neutro (sistema monofásico)
Fig. 118 – Esquema de ligação de várias lâmpadas comandadas por um interruptor triplo.
Utilização de interruptores paralelos para ligação de uma lâmpada comandada através de dois
interruptores paralelos, em dois pontos distintos de uma residência (sistema monofásico)
Fig. 119 – Esquema de ligação de uma lâmpada comandada por dois interruptores paralelos.
Fig. 120 – Esquema de ligação de uma lâmpada comandada por dois interruptores paralelos e
três interruptores intermediários.
Vista traseira (ligações) de dois interruptores paralelos e dois interruptores intermediários que
comandam o acionamento de uma lâmpada a partir de quatro locais distintos (sistema
monofásico)
Sensor de presença:
Os sensores de proximidade ou presença são dispositivos usados para detectar, sem qualquer
tipo de contato físico, a presença ou ausência de objetos. Emitindo, constantemente, um
campo ou um feixe de radiação eletromagnética, o sensor de proximidade detecta mudanças
no campo e emite um sinal de retorno. Os sensores de proximidade podem ter alta
confiabilidade e longa vida útil devido à ausência de peças mecânicas e à falta de contato físico
entre o sensor e o objeto detectado (https://pt.wikipedia.org/wiki/Sensor_de_proximidade )
Fig. 123 - Esquema de ligação de uma ou mais lâmpadas comandada através de sensores de
presença (sistema monofásico).
CONDUTOR ELÉTRICO:
Sob a ótica da engenharia elétrica, condutor elétrico é um material sobre o qual as cargas
elétricas se deslocam desde a fonte geradora até a carga consumidora.
Fig. 126 – Seção transversal de um condutor elétrico e circulação de corrente por ele.
ISOLANTES ELÉTRICOS:
São materiais que não permitem o movimento de cargas elétricas em seu interior.
Entretanto, se a tensão elétrica aplicada em suas extremidades for superior à sua rigidez
dielétrica, este material tornar-se-á um condutor.
Isolação:
É definida como um conjunto dos materiais não condutores de energia elétrica que são
utilizados para isolar eletricamente o condutor do ambiente que o circunda, ou seja, onde o
mesmo será instalado.
Composição da isolação:
Cobertura: Camada externa não metálica, para proteção contra agentes externos (vento,
umidade, salinidade, outros...)
RIGIDEZ DIELÉTRICA:
É a relação entre a máxima diferença de potencial que um material pode suportar sem que
ocorra sua ruptura. Especifica a tensão máxima que pode ser aplicada entre dois pontos, sem
que ocorra o centelhamento, que ocorre quando o material deixa de ser isolante.
Os materiais utilizados com a função de isolação elétrica, além de alta resistividade elétrica,
devem possuir alta rigidez dielétrica.
Seu valor é, geralmente, expresso por V/m ou KV/mm sendo que, a partir deste valor, os
átomos que compõem o material se ionizam e o material dielétrico deixa de funcionar como um
isolante.
Esta variável depende da área específica, porosidade, defeitos e pureza do material, assim
como da freqüência da tensão aplicada, tempo de aplicação da tensão e condições ambientais
(temperatura, umidade, etc...).
Todo o condutor deve ser terminado com a utilização de terminais de conexão do tipo pino,
anel, U ou tubular a fim de prover conexão precisa com outras partes da instalação.
Fig. 134 - Exemplos dos efeitos térmicos provocados por terminações de condutores mal
executadas:
Para que exista a compatibilidade entre os cabos com outros equipamentos elétricos e,
portanto, evitar acidentes, o sistema de condutores é identificado por um padrão de cores que
A norma NBR-5410 que determina quais as cores que são utilizadas para identificar cabos e
fios, e suas determinadas funções em instalações de baixa tensão (ou seja, de até 1000V em
tensões alternadas ou 1500V em tensão contínua).
Essa norma se aplica para áreas abertas, edifícios ou em instalações temporárias, como
canteiros de obras e feiras, por exemplo. Além disso, novas instalações elétricas ou já
existentes e que estão passando por uma reforma, também devem estar em conformidade com
a NBR-5410, em vista de que pode acontecer a incompatibilidade de cabos e, portanto, a
chance de acidentes elétricos existe.
Cada cabo condutor conta com um material externo que protege os fios internos, isolando-os
em instalações e protegendo-os de possíveis interferências elétricas. Esse material isolante
protege a estrutura e pode diferenciar cada tipo de cabo por meio de uma cor específica,
indicando sua função e onde pode ser aplicado. Além de evitar acidentes, a padronização de
cabos por cores facilita, também, o manuseio destes em futuras manutenções.
Cor azul: Os cabos que são indicados pela cor azul claro, segundo a NBR-5410, são
condutores neutros. Isso significa que são condutores que não possuem tensão e que não
estão carregados. Eles podem ser ligados em instalações monofásicas que demandam
corrente, tais como em ambientes residenciais, por exemplo.
Cor verde ou verde com amarelo: Os cabos indicados com cor verde ou que têm detalhes
em amarelos são condutores de proteção (PE), também conhecidos como “fio terra”. Os
condutores de proteção, normalmente, são conectados na terra, acompanhando todos os
circuitos elétricos com a função de proteger os equipamentos conectados contra possíveis
sobrecargas e choques elétricos.
Cor marrom ou vermelha: cabos indicados com estas cores são condutores que têm um
potencial elétrico, ou seja, que têm carga em relação a terra.
Fase: Marron,
Opcionalmente vermelho
Para dimensionar-se condutores elétricos, deve-se aplicar diversos itens relativos à escolha da
seção de um condutor e o seu respectivo dispositivo de proteção de acordo com a norma ABNT
Critérios:
Exemplo 01:
Avaliar o condutor a ser utilizado para alimentar uma torneira elétrica de 6000W de potência,
quando instalado em uma rede com tensão de 220v, considerando-se que a instalação dos
condutores é feita em eletroduto embutido na alvenaria. (obs: considerar condições padrão (k1,
k2 e k3 =1)
I= P = 6000 W = 27,27A
V 220 V
Exemplo 02:
Critério tratado na tabela 46 da seção 6.2.7, fixa os limites máximos admissíveis de queda de
tensão nas instalações alimentadas por ramal de baixa tensão
“Em qualquer ponto de utilização da instalação, a queda de tensão verificada não deve ser
superior aos seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão nominal da instalação:
ΔV = V – Vn ΔV(%) = V – Vn * 100
V
Método 01:
Para obtenção da seção do condutor, para circuitos monofásicos aplica-se a seguinte equação:
Sendo
S = Seção do condutor em mm2
ρ = resistividade do condutor de cobre
P = potência da carga consumida em
Watts
L = comprimento do condutor em
kilometros
E (%) = queda de tensão percentual
U = Tensão em volts
Método 02:
Com o valor da queda de tensão unitária calculado, entra-se na Tabela 10.22, verifica-se o
método de instalação de condutores, e encontra-se o valor cuja queda de tensão seja igual ou
imediatamente inferior à calculada, obtendo desta forma a seção do condutor correspondente:
Com o valor de 𝚫Vunit calculado, entramos em uma das tabelas de queda de tensão para
condutores, que apresente as condições de instalação indicadas no “item método 2”, e nesta
encontramos o valor cuja queda de tensão seja igual ou imediatamente inferior à calculada, en-
contrando a bitola nominal do condutor correspondente.
Exemplo:
Obs.: verificar o valor da queda de tensão máxima do CD a carga prevista pelo concessionário
de serviço local antes de realizar os cálculos
Solução:
Com este valor entramos na Tabela 7.15, eletroduto PVC, circuito monofásico, fator de potência
= 0,95, e encontramos o valor 10,6 V/A.km, imediatamente inferior ao calculado, que determina
a bitola do condutor de cobre de 4 mm2.
CIC0212 – Instalações elétricas – prof. Cesar Augusto Bernardi – cesar.bernardi@ucs.br
Memorial Descritivo:
São partes constituintes que devem constar obrigatoriamente, mas não somente, os seguintes
itens:
1- Identificação da obra;
2- Descrição da obra;
3- Descrição da entrada de serviço;
4- Descrição do centro de medição;
5- Descrição do alimentador secundário
6- Descrição dos quadros de distribuição;
7– Descrição do sistema de aterramento;
8- Descrição da carga instalada;
9– Memorial de cálculo;
10 - Descrição dos encaminhamentos (eletrodutos);
11 - Descrição dos condutores;
12 - Lista de materiais e orçamento;
13 - Instruções gerais;
14 - Descrição do documento de responsabilidade técnica;
15 - Assinatura do responsável técnico pelo projeto;
Esclarecendo o que diz respeito cada um dos itens supra elencados, segue abaixo a descrição
individual das informações mínimas necessárias para a construção do memorial descritivo de
um projeto elétrico residencial e/ou predial.
Ao tocarmos qualquer equipamento que tenha sua carcaça colocada sob tensão, podemos
estar sujeitos a um choque elétrico, que, muitas vezes, pode ser mortal.
O choque elétrico é causado pela passagem da corrente elétrica através do corpo de uma
pessoa.
Quando aterramos um equipamento, qualquer corrente de falta irá escoar para a terra,
protegendo, assim, as pessoas contra o choque, evitando a fibrilação cardíaca que pode levar
à morte.
Aterramento é a ligação elétrica intencional com a Terra que visa propiciar um meio favorável e
seguro (de baixíssima resistência elétrica e robustez mecânica conveniente) ao percurso de
correntes elétricas perigosas e indesejáveis.
É o caso das descargas elétricas produzidas por fenômenos atmosféricos (raios) ou ainda por
ocasião das faltas elétricas.
Falta (elétrica) é o contato ou arco acidental entre partes sob potenciais diferentes, e/ou de
uma ou mais dessas partes para a Terra, num sistema ou equipamento elétrico energizado
(NBR 5473). Nessa ocasião e nesse percurso, flui a Corrente de falta, função da Tensão para a
Terra e da Resistência de falta.
Tipos de aterramento:
Aterramento funcional:
- diretamente aterrado;
- aterrado por impedância;
- não aterrado ou isolado.
(Fonte: Cruz, E. C. 2012)
Aterramento de proteção.
Trata-se da ligação das massas, isto é, das estruturas metálicas de eletrodomésticos e outros
elementos condutores que não pertencem à instalação elétrica, à terra por meio de um
condutor de proteção, com o objetivo de proteger os usuários de choques elétricos por contato
indireto.
O condutor de proteção usado para esse fim é denominado PE, que vem do termo inglês
Protection to Earth (proteção à terra), mas que, por coincidência, é também a sigla de Proteção
Equipotencial.
Dependendo das condições da instalação, ela pode ter um sistema de aterramento que
combina os dois tipos, funcional e de proteção.
(Fonte: Cruz, E. C. 2012)
Fig. 139 – (a) Haste de aterramento (b) superficie equipotencial da haste de aterramento (c)
barramento de equipotencialização B.E.P
O item 6.4.2.1.3 da NBR 5410:2004 estabelece que, em qualquer instalação, deve ser previsto
um terminal ou uma BEP (barra de equipotencialização), que deve localizar-se na edificação.
Tal integração resulta em benefícios para o funcionamento do sistema, devendo, porém, ser
realizada com os devidos cuidados, de modo a evitar interferências indesejadas entre os
diversos subsistemas. Dentre as vantagens da integração dos aterramentos, destacam-se:
O item 6.4.2.1.3 da NBR 5410:2004 estabelece que, em qualquer instalação, deve ser previsto
um terminal ou uma BEP, que deve localizar-se na edificação, podendo ser a ele ligados os
seguintes condutores:
Condutor de ligação:
Condutor empregado para conectar o objeto a ser aterrado ao eletrodo de aterramento ou para
efetuar a ligação de dois ou mais eletrodos.
• Condutores de aterramento
• Condutores de proteção
Eletrodo de aterramento:
A Figura mostra um eletrodo de aterramento enterrado no solo por onde escoa uma corrente,
criando um potencial elétrico com valor máximo VT no ponto onde se encontra o eletrodo e que
decresce radialmente no seu entorno até se anular em um ponto distante dele.
Terra ou massa:
Composto condutor do solo que envolve o eletrodo de aterramento e tem a função de dispersar
/ descarregar a corrente drenada pelo eletrodo de aterramento
Fig. 143 – Disposição da inserção das hastes no solo, estratificação do solo e conexão do
condutor de aterramento à malha de aterramento
Fig. 144 – Sequência de realização de uma solda exotérmica (fusão dos elementos
estruturantes da malha de terra)
Resistência de Aterramento:
RT = VT / I
1. da resistividade do solo;
2. do número de eletrodos ligados em paralelo;
3. das dimensões do eletrodo (comprimento e seção);
4. do material do eletrodo;
5. da profundidade do eletrodo no solo.
Observação: Canalizações de água, gás ou de outras utilidades não podem ser utilizadas como
eletrodos de aterramento.
Fig. 154 – (a) Medição do sistema de aterramento elétrico – função de cada haste de medição
a - Proteção por isolação: A isolação das partes vivas, como meio de proteção básica,
destina-se a impedir qualquer contato com partes vivas, que devem ser completamente
recobertas por uma isolação que só possa ser removida através de sua destruição.
b - Proteção por invólucro ou barreira: O uso de barreiras ou invólucros destina-se a
impedir qualquer contato com partes vivas que devem ser confinadas no interior de
invólucros ou atrás de barreiras que garantam grau de proteção no mínimo IPXXB ou
IP2X.
Fig. 160 – (a/b) Centros de distribuição de energia (CD) (c/d) tomadas e plugues elétricos
Meio destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando massas ou partes
condutivas acessíveis tornam-se acidentalmente vivas.
Eqüipotencialização e seccionamento automático da alimentação;
Isolação dupla ou reforçada
Uso de separação elétrica individual
Proteção adicional:
Meio destinado a garantir a proteção contra choques elétricos em situações de maior risco de
perda ou anulação das medidas normalmente aplicáveis, de dificuldade no atendimento pleno
das condições de segurança associadas a determinada medida de proteção e/ou, ainda, em
situações ou locais em que os perigos do choque elétrico são particularmente graves.
Uso de proteção diferencial-residual de alta sensibilidade
DISJUNTORES:
Funções do disjuntor:
Fig. 164 – Vista interna dos componentes de um disjuntor com suas partes constituintes
identificadas
Nota 1:
Entende‐se por corrente convencional de atuação aquela que assegura efetivamente a atuação
do disjuntor dentro do intervalo de tempo previsto.
Nota 2:
A condição 3‐a) é aplicável quando for possível assumir que a temperatura limite de
sobrecorrente dos condutores não venha a ser mantida por um período de tempo superior a
100 horas durante 12 meses consecutivos ou 500 horas ao longo da vida útil do condutor.
Quando isso não ocorre usa‐se a condição 3‐b).
Devem ser previstos dispositivos de proteção para interromper toda corrente de curto
circuito nos condutores dos circuitos, antes que os efeitos térmicos e mecânicos desta
corrente possam tornar-se perigosos aos condutores e suas ligações. Um dispositivo com
capacidade inferior é admitido, se outro dispositivo com capacidade de interrupção necessária
for instalado a montante.
A capacidade de interrupção deve ser, no mínimo, igual à corrente de curto-circuito presumida
no ponto da instalação, ou seja:
I int ≥ Icc
A norma de proteção NBR 5410 e NBR 5459-ABNT estabelecem o momento de disparo dos
disjuntores e com isto criou-se produtos para atendimento a cada uma das diferentes curvas,
para aplicações com tempos de aberturas adequados às cargas as quais estão protegendo.
1) Curva B: Devem atuar para correntes de curto-circuito entre três e cinco vezes a
corrente nominal,
2) Curva C: Atuam entre cinco e dez vezes a corrente nominal
3) Curva D: Devem responder para correntes entre dez e vinte vezes a corrente
nominal.
A Norma Brasileira de Instalações Elétricas – ABNT NBR 5410 tornou o uso obrigatório do DR
em todo o território nacional conforme lei 8078/90, (art. 39 - VIII, art. 12 e art. 14).
Fig. 168 – Curvas características de corrente x tempo e a relação causa x efeito da circulação
de corrente elétrica pelo corpo humano
DPS é a sigla para Protetor contra Surtos, também conhecido como Supressor de Surtos e
Protetor contra Surtos Elétricos.
Segundo a NBR IEC 61643-1, os DPS's são dispositivos destinados a limitar as sobretensões
transitórias (chamado atenuador de tensão ou supressor de surto) ou a desviar correntes de
surto (chamado comutador de tensão ou curto-circuitante).
Picos de tensão são sobretensões acima de 110% do valor nominal e com duração de curto
prazo.São causados por eventos como descargas atmosféricas (relâmpago) e pode enviar
tensões de linha para níveis superiores a 6.000 volts, o liga e desliga de aparelhos nas
redondezas (principalmente em áreas que tenham indústrias) e grandes oscilações vindas da
rede de distribuição de energia em geral, além de acidentes envolvendo as linhas de
distribuição de energia elétrica
Fig. 173 – Curvas características tempo x tensão com picos de tensão apresentados
Funcionamento do DPS:
Salientando que estes DPS’s devem ser instalados de maneira coordenada, produzindo um
efeito cascata, ou seja, primeiramente, são instalados os DPS's com maior capacidade de
exposição aos surtos, depois os com capacidade média e, finalmente, os DPS mais sensiveis
no equipamento que se deseja proteger.
Classe I:
- DPS destinado à proteção contra sobretensões provocadas por descargas atmosféricas
diretas sobre edificação ou em suas proximidades, com alta capacidade de exposição aos
surtos, com capacidade mínima de 12,5kA de corrente de impulso.
- DPS ensaiado em condições de corrente que melhor simule o primeiro golpe da descarga
atmosférica. Disto resulta a curva comercial curva 10/350.
Aplicado próximo a entrada das edificações, no local em que o condutor adentra a edificação.
Com vínculo direto à BEP (Barra de Equipotencialização Principal). Protege toda a instalação
contra os efeitos de uma descarga atmosférica direta na edificação, na rede de distribuição da
concessionária ou no aterramento da instalação.
Classe II:
- DPS destinado à proteção contra sobretensões de origem atmosférica transmitidas pela linha
externa de alimentação, ou seja, cargas indiretas, assim também contra sobretensões de
manobra, com capacidade mínima de exposição aos surtos, de 5kA de corrente nominal (In).
- DPS ensaiado em condições de corrente que melhor simule os golpes subsequentes das
80
descargas atmosféricas. Tem tempo de frente de 8𝛍s e de cauda 2 0𝛍s. Disto resulta a curva
comercial 8/20.
Aplicado junto aos quadros de distribuição, (principais ou secundários), devem ser vinculados
ao BEP ou BEL [Barra de Equipotencialização Local ou PE (Condutor de Proteção)] mais
próxima São colocados nos CD’s para proteger os circuitos que se originam deste quadro
contra as sobretensões residuais do DPS Classe l.
Classe lII:
- DPS destinado à proteção dos equipamentos eletroeletrônicos, sendo uma proteção pequena,
de ajuste, proporcionando uma menor tensão residual e, consequentemente, uma proteção
efetiva para os equipamentos.
Por ser um dispositivo atenuador de ajuste de tensão, utilizado em níveis internos de proteção,
ensaia-se o mesmo aplicando um impulso de tensão (Ucc) de 1,2/50 𝞺s e um impulso de
corrente (In) de 8/20 𝞺s em curto-circuito.
Aplicado em pontos onde haja equipamentos com maíor sensibilidade, ou seja, proteção com
níveis de energia residual menor que os encontrados nos dispositivos de Classe lI.
Têm a função de proteger os equipamentos eletrônicos contra sobretensões origínadas dentro
da própria instalação, causadas pela variação de tensão que se originam da partida de
motores, acionamento de disjuntores ou outros tipos de comutação.
SELEÇÃO DO DPS
Além disso, quando utilizados em mais de um ponto da instalação (em cascata), os DPS
devem ser selecionados levando-se em conta também sua coordenação (NBR 5410, 2004, p.
123).
SOBRETENSÕES TEMPORÁRIAS:
Caracteriza por uma sobretensão de frequência fundamental de duração relativamente longa,
superiores a dezenas de milisegundos.
Corrente nominal de descarga (In) Corrente nominal de descarga (In) são valores de pico da
corrente conduzida por um DPS com a forma de onda 8/20µs.
Essa corrente é usada para ensaio dos DPSs tipo II e III.
A corrente nominal de descarga deve ser estimada, já que os fatores que determinariam o seu
valor são variáveis e de difícil previsão. Como orientação, em quadros de distribuição de casas,
fábricas ou edificações maiores pode-se utilizar um DPS com corrente nominal de descarga de
20 KA (8/20μS) e corrente máxima de 40KA (8/20μS) e em apartamentos ou salas comerciais,
correntes nominais de descarga de 10KA (8/20μS) e corrente máxima de 20KA (8/20μS)
Ligação / Instalação:
Fig. 179 - Instalação do DPS no interior da CD juntamente com o disjuntor geral e com o DR
FUSÍVEL:
De acordo com a aplicação, a norma IEC 60269-2-1 (NBR 11841) utiliza duas letras para a
especificação dos fusíveis. A primeira letra indica em que tipo de sobrecorrente o fusível irá
atuar, e a segunda, que tipo de equipamento o fusível é indicado para proteger:
Por exemplo:
Fig. 181 – (a) Fusíveis cartucho (b) suporte de instalação no fusível (c) barramento de fixação
do suporte de instalação do fusível
Fusíveis D
São utilizados na proteção de curto-circuito em instalações elétricas; são bastante seguros,
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permitindo o seu manuseio, sem riscos de choque acidental.
Fusíveis NH
Os fusíveis NH são aplicados na proteção de sobrecorrentes de curto-circuito em
instalações elétricas industriais. Possuem categoria de utilização gL/gG, e são apresentados
em seis tamanhos diferentes. Atendem correntes nominais de 6 a 1250 A. São fusíveis
limitadores de corrente e possuem elevada capacidade de interrupção: 120 kA em até 690
VCA, protegendo, tipicamente, sobrecorrentes de 4 A a 630 A.
Fig. 183 – (a) Fusível NH (b) exemplo de instalação em painél (c) dispositivo de instalação /
retirada do fusível NH
A Concessionária CPFL possui, dentre outras, as seguintes normativas para definir a forma de
fornecimento de energia elétrica em tensão primária ou secundária
b) Edifícios residenciais com Demanda Calculada maior que 200kVA até 400kVA:
neste caso o atendimento será através de 2 ramais de ligação aéreo em paralelo ou
ramal de entrada subterrâneo à partir de poste da CPFL, conforme disposto no item 7.2.
e) Edifícios comerciais ou mistos com Demanda Calculada maior que 112,5kVA até
225kVA: neste caso o atendimento será através de 2 ramais de ligação aéreo em
paralelo ou ramal de entrada subterrâneo à partir de poste da CPFL, conforme
disposto no item 7.2.
f) Edifícios comerciais ou mistos com Demanda Calculada maior que 225kVA até
300kVA: neste caso o atendimento será através de ramal de entrada subterrâneo à
partir de poste da CPFL, conforme disposto no item 7.2.
h) Edifícios de uso coletivo para atendimento a clientes em baixa tensão em que haja
uma ou mais unidades de consumo com carga instalada acima de 75kW, esta(s)
recebe(m) em tensão primária através de ramal de entrada subterrâneo e as demais
em tensão secundária. Neste caso haverá uma segunda entrada em média tensão,
sendo que os circuitos internos da instalação deverão ser independentes e deverá
ser preenchido pelo responsável técnico e proprietário das instalações “Termo de
Responsabilidade Consumidor do Grupo A”, constante do documento GED-6120. O
edifício será atendido por no máximo 2 ramais de entrada em pontos distintos e isolados
elétrica e fisicamente, sendo um em tensão primária para atendimento a cliente(s) em média
tensão e outra em tensão secundária para atendimento a cliente(s) em baixa tensão. Devem
tais entradas estarem situadas no mesmo logradouro em postes contíguos.
Nota: No caso acima, deverá ser feita a identificação, através de placa de alumínio, no alto do
poste, junto ao(s) ramal(is) de entrada subterrâneo(s), informando da existência de outra
alimentação do edifício/prédio, com os dizeres: “ATENÇÃO: HÁ OUTRA ALIMENTAÇÃO À
EDIFICAÇÃO”. Tal identificação deve ser legível e indelével, gravado em baixo relevo, com tipo
de altura de 30mm.
Creder, Helio 16a ed. 2018 menciona que A entrada será em alta tensão acima de 11,9 ou 13,2
kV, podendo, dentro de critérios locais, chegar a 69 kV sem entrar em subestações de alto nível
de complexidade e proteção. De acordo com a ANEEL,1 na sua Seção V, parágrafos 12 e 13,
temos a orientação de que compete à distribuidora informar ao interessado a tensão de
fornecimento para a unidade consumidora, observando os critérios de tensão quanto à carga
São muito comuns demandas acima de 75 kW e, por conta disso, é exigida a instalação de
subestação abaixadora. A tensão de entrada mais usual é de 13,8 kV. Por se tratar de uma
instalação de alta tensão, devem ser observadas as exigências definidas na NR10,2 que
aponta critérios claros e obrigatórios para os projetos elétricos, em particular aqueles mais
ameaçadores à segurança: a alta tensão. A NBR 14039:20053 também deve ser considerada
para a elaboração do projeto. Todos devem se conscientizar, desde o nível de projeto até a
operação, de que essa é uma instalação perigosa.
Os tipos construtivos de subestações abaixadoras, nosso caso aqui, podem ser vistos, em
particular, na NBR 14039:2005, que no Capitulo 9 apresenta as classificações como: “de
superfície e acima” (aérea) – mais comum no nosso caso, ou “abaixo do solo” (subterrânea). As
subestações abaixadoras são classificadas como “Subestações de Distribuição” e no nosso
caso aqui como “Abrigadas”, definidas como uma combinação de sistemas de comutação,
controle e de equipamentos dispostos a reduzir a tensão.
O estudo completo de uma subestação foge ao objetivo deste livro. Todavia, vamos apresentar
o desenvolvimento de um projeto que nos conduza ao detalhamento de uma subestação
abaixadora de pequeno porte (300 kVA), com equipamentos mais novos4 para que tenhamos
uma visão global do assunto.
1. Quanto à FUNÇÃO;
2. Quanto ao NÍVEL DE TENSÃO;
3. Quanto ao TIPO DE INSTALAÇÃO;
4. Quanto à FORMA DE OPERAÇÃO.
Quanto à Função;
Subestações elevadoras:
Localizadas na saída das usinas geradoras. Elevam a tensão para níveis de
transmissão e subtransmissão (transporte econômico da energia);
Subestações rebaixadoras:
Localizadas na periferia das cidades. Diminuem os níveis de tensão evitando
inconvenientes para a população:
Subestações de distribuição:
Diminuem a tensão para o nível de distribuição primária. Podem pertencer à
concessionária ou a grandes consumidores
Subestação de manobra: Responsáveis pelo chaveamento de linhas de transmissão
Creder, Helio 16a ed. 2018 apresenta os Componentes de uma Subestação Abaixadora:
Chaves de seccionamento:
São os dispositivos que em geral são operados SEM carga, ou seja, sem corrente elétrica em
suas lâminas e conexões. Possuem normalmente comando simultâneo das três lâminas – ou
fases – através de varas e sistemas mecânicos articulados por pivôs isolados das partes
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energizadas ou através de varas de manobra quando projetadas para acionamento
individualizado. Nesse caso o chaveamento dos circuitos se faz individualmente ou fase a fase
do circuito. Diferentemente das chaves de linhas aéreas, elas possuem mais recursos
mecânicos e, por questões de segurança e operação, devem ser sempre especificadas
como manobra simultânea das lâminas.
Disjuntores
São os equipamentos responsáveis pelas manobras de sistema, interrompendo ou
restabelecendo a carga dos circuitos ou da instalação geral. Essas manobras são por conta de
operação ou proteção contra defeitos. Podem ter como seu meio isolante óleo, ar, vácuo, ou
ainda gás hexafluoreto de enxofre (SF6). Normalmente, e por serem de atuação muito rápida,
possuem dispositivos de acúmulo de energia tipo mola, ou pistões para promover a mudança
de estado de seus contatos. Essa mudança, acontecendo muito rapidamente, garante o menor
tempo de submissão térmica aos contatos causada pela corrente elétrica da carga. Podem
atuar por comando manual – efetuado pelo operador – ou por elementos de proteção. Esses
elementos podem ser diretos ou indiretos.
Fig. 189 – Dispositivo Disjuntores utilizado em uma subestação. (a) PVO (b) a gás (c) a vácuo
Protetores de circuitos
Transformadores de corrente:
São equipamentos que permitem aos instrumentos de medição e proteção funcionarem
adequadamente sem que seja necessário possuírem correntes nominais de acordo com a
corrente de carga do circuito ao qual estão ligados. Os valores padronizados de corrente
secundária são 5 A ou 1 A.
Transformadores de tensão:
Fig. 193 – Cabos de entrada com origem subterrânea para alimentação de uma subestação
Isoladores e condutores:
Responsáveis pelo isolamento das partes energizadas à massa.
Normalmente fabricados em porcelana, às vezes em resina, determinam o nível de “qualidade”
final da instalação quando analisadas as correntes de fuga que passam por eles. eles.
Muflas:
A mufla elétrica é uma terminação para cabos elétricos, utilizada onde exista uma transição
entre dois tipos mecanicamente diferentes de condutores.
É o dispositivo que serve para isolar um condutor de eletricidade quando este é conectado a:
1. Outro condutor
2. Um equipamento
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3. Um barramento elétrico.
Portanto, a mufla elétrica é utilizada para conectar ou finalizar cabos alimentadores de energia,
sejam eles de alta, média ou baixa tensão.
Cabine de medição:
Dispositivos usados para garantir que a energia elétrica fornecida será medida dentro de
arranjos elétricos preestabelecidos, e que a sua inviolabilidade será alcançada.
Nela são instalados os medidores de energia, os equipamentos de proteção e de manobra
da subestação. O acesso ao local deve ser restrito.
Alvo de agressão, tanto das condições atmosféricas como por vandalismo deve receber
constantes manutenções.
Sua resistência de terra e suas ligações são objetos de grande importância.
Ramal aéreo:
Quando a opção é feita por ramal aéreo, como alimentação ou entrada de energia, observar a
NBR 5434,5 (norma específica deste assunto). As distâncias que se seguem entre circuitos de
diversas concessionárias devem ser respeitadas.
O afastamento entre circuitos de alta e baixa tensão são de, no mínimo, 80 a 100 centímetros,
dependendo do nível de tensão primária de alimentação – 13,8 ou 34,5 kV, sempre pelo limite
superior. O afastamento de prédios, paredes, alvenarias, janelas e acessos pelo ser humano, a
norma apresenta outras tabelas de afastamento que definem o espaço geométrico. A norma é
detalhada, mas para distâncias de segurança aproximadas e conservadoras temos:
A = 3 200 mm e B = 2 500 mm. (vertical)
A = 1 200 mm e B = 1 000 mm. (horizontal - sem janelas e sacadas)
Para distâncias menores e particularidades, a norma trata com mais atenção e detalhes.
Ramal subterrâneo
Quando a opção é feita por ramal subterrâneo, não há normas específicas da ABNT sobre isso,
mas as concessionárias são exímias e nesse ponto. Os padrões de orientação ao consumidor
assim são essenciais.
A = 1 200 mm e A = 3 200 mm e
B = 1 000 mm. B = 2 500 mm.
Fig. 198 – afastamento da construção civil em relação a estrutura de energia elétrica aérea
Depois de desenvolvido o projeto completo de baixa tensão, deve-se fazer um estudo das
cargas, para ser decidido como serão a entrada de energia e o tipo de medição, que
poderá ser em alta ou baixa tensão.
Dados complementares:
São indispensáveis os seguintes dados mínimos para o projeto de uma subestação de entrada:
Consumidor industrial:
Multiplicar a potência instalada pelos fatores aplicáveis a cada tipo de indústria (ver Fatores de
Demanda Específicos da Concessionária Local).
D(kVA) = d1 + d2 + d3 + d4 + d5 + d6
onde:
Para exemplo, vamos considerar uma edificação com a seguinte carga instalada:
Ar condicionado central:
Chiller: 2 × 92,5 kW (1 de reserva) bomba-d’água gelada: 8,0 cv
bomba-d’água da torre: 8,0 cv
fan-coils (total): 60,0 cv (20×2,0cv + 4×5,0 cv)
Demanda total:
Isso permite a instalação de um transformador de 300 kVA, com uma reserva de capacidade de
aproximadamente 5%. É aconselhável não deixar muita capacidade ociosa nos
transformadores porque transformadores subcarregados comprometem o fator de potência
total da instalação.
Após a previsão parcial das cargas por categoria, isto é, iluminação e tomadas, podemos
preencher o Quadro de Previsão de Cargas que contém o levantamento detalhado de todas as
cargas relevantes, assim como as potências totais por categoria.
O elemento Quadro de cargas é um elemento gráfico especial, que funciona como uma
planilha de dimensionamento dos circuitos na qual são apresentadas diversas informações
referentes ao dimensionamento dos componentes do projeto, como:
1. número do circuito,
2. localização das cargas,
3. potência de cada circuito
4. seção do condutor,
5. corrente e distribuição de fases
6. Informações sobre as proteções (disjuntor)
O quadro de cargas pode apresentar as informações que servem de base para a quantificação
de TUG’s, TUE’s e cargas de iluminação
Diagrama unifilar
Diagrama Multifilar:
Medição totalizadora: São aplicadas em entradas coletivas sempre que, por conveniência
do Consumidor, não for utilizado o sistema de medição convencional da concessionária
(instalada no piso térreo da edificação, no mesmo ambiente físico e com limites de distância
em relação à via pública).
Somente serão aceitas instalações no muro lateral (com caixas tipo II e III), para os casos onde
Aterramento das Instalações: todas as entradas de energia elétrica devem prever uma
ligação do condutor neutro ao sistema de aterramento elétrico. O sistema de aterramento
contemplado aqui é o TN-S, onde os condutores de neutro e de proteção são interligados e
aterrados na malha de terra principal da edificação.
Ligação à terra e condutor de proteção: Um condutor com a finalidade de proteção deve ser
derivado, sempre que possível, diretamente da malha de terra da instalação, em caso de
impedimento, deverá ser derivado diretamente do B.E.P..
O condutor de proteção deve ser em cobre, isolado nas cores verde-amarelo ou verde, na
bitola padronizada, devendo percorrer toda a instalação interna. A ele deverão ser conectadas
todas as partes metálicas (carcaças) dos aparelhos elétricos existentes, de acordo com as
prescrições da NBR 5410:2004.
Fig. 221 – (a) Conexão dos condutores de proteção ao BEP e (b) à haste de aterramento
1. Ser em cobre nu, ou com isolação verde tarjada de amarelo de seção mínima
2. dimensionada em função dos condutores do ramal de entrada.
3. Não deverá conter emenda, seccionador ou quaisquer dispositivos que possam
4. causar a sua interrupção.
5. A proteção mecânica dos condutores de aterramento do neutro e de proteção (circuito
de interligação à malha de terra) deverá ser assegurada por meio de eletroduto de PVC
rígido, preferencialmente.
6. Quando utilizado eletroduto metálico, o condutor de aterramento deverá ser conectado
ao mesmo em ambas as extremidades.
7. A interligação dos condutores de aterramento e de proteção ao eletroduto (haste) deverá
ser feita através de conectores especialmente protegidos contra corrosão.
Os eletrodos (hastes) da malha de terra deverão ser de aço cobreado, do tipo Cooperwell e as
hastes devem ser interligadas entre si por condutor de cobre nu, de seção não inferior a 25
mm2, com espaçamento entre hastes superior ou igual ao comprimento da haste utilizada, e
em número mínimo de uma haste cobreada.
D=a+b+c+d+e+f+g+h+i
Motéis, Hotéis, Hospitais, Clubes, Casas Comerciais, Bancos, Indústrias, Igrejas e outros.
Carga instalada de acordo com o declarado pelo interessado, devendo separar as cargas de
tomadas e iluminação;
Exemplo 1:
Cálculo:
carga de tomadas: 2400W
Pontos de luz (4 cômodos): 400W
1 chuveiro elétrico 4000W
1 ferro elétrico: 1000W
Total: 7800 W ou 7,8 kW
Exemplo 2 - Seja uma residência com 180 m² de área construída, possuindo 12 cômodos e
contendo os seguintes aparelhos com potência definida ou de acordo com a placa do
fabricante:
Carga de Iluminação:
2 cômodos, sendo 100W mínimo por cômodo, têm: 2 x 100 W =1200W
Motores:
Como a demanda foi superior a 36 KW, neste caso deve-se estimar a demanda pelo
dimensionamento da entrada.
Cálculo da Demanda:
D=a+b+c+d+e+f+g+h+i
1 x 3000 = 3000 W
1 x 1000 = 1000 W
Total = 20000 W ou 20 kW
20000 W x 0,65
b = ----------------------------- = 13000 VA ou 13,0 kVA b = 13kVA
1
Carga Instalada:
1x1500 W = 1500 W
1x2000 W = 2000 W
1x2500 W = 2500 W
Total = 6000 W ou 6,0 kW
6000 x 0,70
d = ------------------ = 4200 VA ou 4,2 kVA
1
2x2100 VA = 4200 VA
FD = 1, logo f = 4,2 x 1 = 4200 VA ou 4,2 kVA f = 4,2 kVA
Considerar 1 motor como sendo o maior, FD = 1 e o outro como segundo em potência, logo FD
= 0,50. Então temos:
Portanto:
Demanda Total = a + b + c + d + e + f + g + h + i
D = 26 kVA
Bibliografia:
Cruz, Eduardo C. A., Aniceto, Larry. A. 1960- Instalações Elétricas: Fundamentos, prática e
projetos em instalações residenciais e comerciais-- 2. ed. -- São Paulo : Érica, 2012.
Gebran, Amaury Pessoa, Rizzato. Flávio A. P.. Instalações elétricas prediais [recurso
eletrônico], Porto Alegre : Bookman, 2017.
Cruz, Eduardo C. A., Aniceto, Larry. A. 1960- Instalações Elétricas: Fundamentos, prática e
projetos em instalações residenciais e comerciais-- 2. ed. -- São Paulo : Érica, 2012.
Gebran, Amaury Pessoa, Rizzato. Flávio A. P.. Instalações elétricas prediais [recurso
eletrônico], Porto Alegre : Bookman, 2017.
Kanashiro M. Nelson e Nery Norberto - Instalações Elétricas Industriais - Editora Érica 2a.