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1INTRODUÇÃO
No período atual, onde a questão econômica rege todas, ou se não quase todas,
atividade humanas, torna-se imprescindível analisar, de forma crítica, alguns setores que
tentam se estruturar de forma mais criativa e mais dinâmica no mercado. No processo de
globalização o mercado se torna uma luta desigual entre as empresas, onde aquelas que são
capitalizadas apresentam condições de circulação de suas mercadorias em uma maior área de
abrangência (nacional e mundial) e aquelas que, por falta de capital, se prendem ao mercado
1
Especialista em Administração Financeira pela Universidade Regional do Cariri – URCA; Técnica da
Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares e Solidários (ITEPS) da Universidade Federal do Ceará
- UFC/ Cariri.
2
Mestrado em Agronomia pela UFC e Professor do Curso de Agronomia da UFC. E-mail:
scsousaufc@hotmail.com
3
Especialista em Administração Financeira pela Universidade Regional do Cariri – URCA; Professora Auxiliar
da Universidade Regional do Cariri – URCA. E-mail: dricacorreia@yahoo.com.br
4
Especialista em Administração Financeira pela Universidade Regional do Cariri – URCA; Professora
Substituta da Universidade Regional do Cariri – URCA. E-mail: romenia@bol.com.br
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local necessitam de criatividade e forma de organização produtiva para poder competir e
sobreviver.
A compreensão de que o sistema de cooperação se constitui na reunião de pessoas
trabalhando juntas para obter um objetivo comum a todos, parte do pressuposto de que no
grupo, os associados possam compartilhar da mesma forma de produção, de informação
egerenciamento do negócio sem discriminação ouexclusão de nenhum dos seus membros.
Mas ao mesmo tempo esse tipo de cooperativa assume característica de empresas porque
representa à conjunção dos fatores que integram o sistema produtivo como o trabalho, o
capital, a administração e a tecnologia empregada.
Uma cooperativa é, na verdade, uma sociedade cujos donos são os próprios
produtores, autogeridos por um grupo de seus representantes, eliminando a relação
empregado/empregador possuindo, contudo, leis nacionais e internacionais (lei nº 5.764/71 e
decreto-lei nº 335/99) que regulam sua autonomia e funcionamento.
Faz-se necessário buscar subsídios teóricos para fundamentar a análise comparativa
entre a pecuária leiteira desenvolvida no Estado do Ceará e na região do Cariri cearense, com
ênfase na produção desenvolvida em sistemas cooperativos.
Desta forma, o presente trabalho visa analisar os aspectos sócio-econômicos e de
viabilidade da Cooperativa Agroindustrial dos Pequenos Produtores do Sítio Malhada
(CAIPEMA) no município de Crato – Ceará.
2 ASSOCIATIVISMO E COOPERATIVISMO
Aspectos Técnicos
Aspectos econômicos
A produtividade média obtida foi de 7,24 litros/dia por vaca em lactação. Os dados
estão assim distribuídos: produtividade entre 4,0 e 6,0 litros/dia – 5 produtores; entre 6,1 e 8,0
litros/dia – 13 produtores; entre 8,1 e 10 litros/dia – um produtor; maior que 10 litros/dia – um
produtor. A produtividade diária obtida é bem superior à estadual (3,4 litros/cabeça), superior
à produtividade prevista para a raça Girolando em nível de manejo baixo (todos os
cruzamentos) e abaixo da produtividade prevista para a raça Girolando no nível de manejo
alto, com exceção do cruzamento 1/4.
A produtividade média obtida foi de 7,24 litros/dia por vaca em lactação. Os dados
estão assim distribuídos: produtividade entre 4,0 e 6,0 litros/dia – 5 produtores; entre 6,1 e 8,0
litros/dia – 13 produtores; entre 8,1 e 10 litros/dia – um produtor; maior que 10 litros/dia – um
produtor. A produtividade diária obtida é bem superior à estadual (3,4 litros/cabeça), superior
à produtividade prevista para a raça Girolando em nível de manejo baixo (todos os
cruzamentos) e abaixo da produtividade prevista para a raça Girolando no nível de manejo
alto, com exceção do cruzamento 1/4.
A comercialização do leite pelos associados é realizada in natura, com a seguinte
distribuição: 10 produtores na sede do município (atravessadores, frigoríficos e mercado
central), sete na cooperativa e três simultaneamente na cooperativa e na sede do município. A
comercialização se dá na seguinte forma de recebimento: na venda para os atravessadores o
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prazo de recebimento varia entre oito e 15 dias; para frigoríficos e para o mercado central o
prazo médio é de 30 dias, onde os valores cobrados são os acumulados no período. Para a
cooperativa não há prazo previsto para recebimento em função das operações de venda
realizadas junto ao seu principal comprador, a Companhia Nacional de Abastecimento
(CONAB), não possuírem regularidade no pagamento. Tal disfunção proporciona incerteza no
recebimento do valor do leite e boicote de, aproximadamente, 50% dos produtores no
fornecimento à cooperativa.Quanto aos custos de produção, há um aumento na estação seca,
em função da aquisição de forragem e concentrado, e diminuição dos custos na estação
chuvosa em função da disponibilidade de pastagens.Atualmente os associados depositam na
cooperativa, aproximadamente, 10.500 litros de leite/mês ao preço de R$ 0,70/litro. A tabela 1
relaciona os produtos com seus respectivos preços de venda e receita total mensal obtida.
Tabela 1: Beneficiamento do leite e receitas totais mensais
Saída
Produto Unid. Entrada
Quant. Valor Especificação Unid. Quant. Valor Valor
(R$) Unit. Total
(R$) (R$)
Leite Litro 10.500 7.350,00 Leite Litros 600 1,20 720,0
pasteurizado
Custos variáveis
Material de expediente 10,00
Manutenção/limpeza 100,00
Máquinas e equipamentos 33,00
Água e energia elétrica 367,00
18,00 260,00
Transportes/frete
Despesas bancárias 18,00
Total 1.388,00
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
BOTEGA, J.V. L.; BRAGA JÚNIOR, R. A.; LOPES, M. A.; RABELO, G. F. Diagnóstico
da automação na produção leiteira. Ciênc. Agro técnicas, Lavras, v. 32, n. 2, p. 635-639,
mar./abr., 2008.
CARVALHO, L. A.; NOVAES, L. P.; MARTINS, C. E.; ZOCCAL, R.; MOREIRA, P.;
RIBEIRO, A. C. C. L.; LIMA, V. M. B. Sistema de Produção. Disponível em:
<http://www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/fonteshtml/leite/leitecerrado/racas01/htm
> Acesso em 28 set. 2010.
OLIVEIRA, F. Z.; BAIMA, S.; REIS, R. Estudo realizado pela Adece. O potencial dos
agronegócios cearenses. Fortaleza, p. 2 – 46, mar. 2009. Disponível em:
<http://www.adece.ce.gov.br/downloads/ProjetoLEITE_CE_Abril2010.pdf>. Acesso em: 20
ago.2010.