Você está na página 1de 3

CLM 5 – GD valvopatias aórticas

1°Caso Clínico

Um senhor de 46 anos, procedente de zona rural foi internado no Hospital das

Clínicas com queixa de dispnéia progressiva, aos grandes e médios esforços, nos

últimos seis meses. Além disso, queixava-se de palpitações taquicárdicas e tonteiras

ocasionais. Sentia-se fraco quando fazia esforços, antes tolerados. Na história pregressa

relatou que aos dez anos teve quadro de febre, dores e edema nas articulações do

tornozelo e joelho, após episódio de amigdalite. Ao exame físico, ele apresentava-se

afebril, com taquipnéia leve e sem edema periférico. Pressão arterial: 140/40-0 mmHg,

pulso: 110 bpm, freqüência respiratória 26 i.p.m. AR: Murmúrio vesicular fisiológico.

ACV: Ictus cordis no sexto espaço intercostal esquerdo, desviado para fora da linha

hemiclavicular esquerda, de aproximadamente 4,0 cm, propulsivo, tipo “bola de bilhar”.

À ausculta foram observadas bulhas taquicárdicas, com intensidade normal em área

aórtica e pulmonar, presença de sopro sistólico ejetivo grau II/IV, em área aórtica,

irradiando para o pescoço. No mesocárdio observou-se sopro diastólico aspirativo, grau

III/6+. Na área mitral a primeira bulha tinha fonese normal, observou-se sopro

diastólico tipo ruflar, grau II/6+ e terceira bulha. Os pulsos periféricos eram todos

palpáveis, simétricos e com amplitude aumentada. Havia presença de ruído de Traube à

ausculta dos pulsos femurais. AD: Não se palpou fígado.

Analise a história clínica e exame do paciente e responda:

1) Qual é o diagnóstico clínico do paciente?

2) Qual valvopatia o paciente apresenta?

3) Porque o ictus cordis apresenta as características descritas?


4) Como você explica a gênese do sopro sistólico em área aórtica e do

sopro diastólico em área mitral?

5) Explique o mecanismo da PA divergente.

6) O que é ruído de Traube? Descreva os sinais periféricos que podem ser

encontrados r nesta patologia valvar.

7) Descreva as características dos pulsos periféricos nessa patologia valvar.

8) Qual seria a principal etiologia da valvopatia apresentada por esse

paciente? Enumere outras causas dessa valvopatia.

9) O que você espera encontrar na radiografia de tórax e no ECG?

10) Quais exames de imagem você solicitaria? Discuta indicação de

cateterismo.

11) Abordagem do caso: medidas gerais e tratamento clínico.

12) Descreva as indicações de tratamento cirúrgico.


2°Caso Clínico

Sr.Lúcio, 68 anos, atendido no Bias Fortes, evolui com dor precordial opressiva aos

esforços há dois anos. Há três meses, apresentou dois episódios de síncope. Ao exame:

observa-se PA = 105/85 mmHg e FC = 60 bpm. Ictus cordis palpável no 5o espaço

intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular, tipo muscular, com extensão de 2,5 cm,

com duração aumentada. Ritmo cardíaco regular, 3 tempos (B4 presente). Sopro

mesosistólico III/VI, rude, na base, com irradiação para carótidas e para ápice, onde

adquire caráter suave. Segunda bulha com desdobramento expiratório. Pulsos arteriais

de amplitude diminuída com pico tardio.

Em relação ao caso clínico acima, responda as seguintes questões:

1) Levando-se em conta os sinais e sintomas do paciente, qual a principal hipótese

diagnóstica?

2) Descreva a história natural dessa doença.

3) Qual o significado do desdobramento expiratório da segunda bulha? Explique o

mecanismo.

4) Em relação à dor precordial, discuta o diagnóstico diferencial.

5) Explique o mecanismo da quarta bulha nesse paciente.

6) Descreva as principais etiologias dessa patologia valvar.

7) Explique as características semiológicas dos pulsos arteriais.

8) Como você faria a abordagem propedêutica?

9) Qual a melhor abordagem terapêutica nesse caso?

10) Comente outros tratamentos e suas indicações.

Você também pode gostar