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2.1 INTRODUÇÃO
Os clássicos, Emile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, eram os que estavam de frente para a
sociedade capitalista do final do século XIX, tentando compreendê-la, seja do ponto de vista
conservador ou crítico.
A sociedade moderna foi marcada por inúmeras mudanças que impactaram no modo de vida
e da relação entre os indivíduos. A revolução industrial e a organização do trabalho que ela formou,
trouxe uma série de problemas sociais que foram alvo de estudo de vários pensadores.
Estes, por sua vez, observaram este período histórico com perspectivas e conclusões
diferenciadas sobre a relação homem e sociedade. Durkheim considerava a compreensão dos
aspectos sociais fundamentais para explicar a realidade que cercava o indivíduo. Já Marx afirmava
que a sociedade só poderia ser explicada a partir do modo como os indivíduos se organizavam para
produzir os bens necessários à sua existência. Para Weber, por sua vez, compreendia cada ação
social como resultado das influências das ações de outros indivíduos.
Essas diferenças de olhar sobre o homem e a sociedade tiveram ao menos um ponto em
comum: todos percebiam o homem a partir do contexto onde estavam inseridos e não de forma
isolada.
Ainda, sobre enfoques diferentes, estes autores buscaram explicar a sociedade moderna. A
desagregação social, decorrente da ausência de regras que pudessem estabelecer os limites das
relações humanas na atividade industrial, foi um fator observado por Durkheim.
Marx observou que a sociedade capitalista era marcada pela exploração e alienação do
trabalho do homem o que provocava a degradação da condição humana.
Weber, com outro olhar, percebia o capitalismo como responsável por uma nova forma de
organização social caracterizada pela rotinização e obediência às regras que submetia o homem a um
enquadramento de suas ações sociais, a burocracia.
Mesmo sob enfoques díspares, esses autores criticaram a sociedade capitalista à luz dos
problemas sociais que surgiam a partir de sua forma organização. Suas proposições e reflexões
fundamentaram inúmeras outras teorias que buscaram compreender e /ou interferir nos caminhos
traçados pelo capitalismo.
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e atribuir outros sentidos e valores às suas ações, todas essas estruturas desmoronam.
Para ele a sociedade é constituída e se transforma nas relações sociais estabelecidas entre
indivíduos. Deste modo têm a ver com as motivações dos mesmos e com o sentido que atribuem às
suas ações em relação ao outro com quem interagem.
A visão weberiana tem a ver com a tradição liberal à qual se filia, isto é, a ênfase dada ao
indivíduo como sendo o grande responsável com seus méritos e fragilidades por tudo que existe,
inclusive pela posição ocupada no quadro de classes sociais.
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