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Capítulo 1
Os deuses que eram considerados guardiões das cidades (as suas principais estórias
foram narradas por Virgílio) tendiam a perde-las, ao invés de guardá-las.
Os lamentos e prantos em Tróia foram devidos à sua ‘’péssima relação com os
deuses’’, porém, nas basílicas apostólicas guardavam consigo uma paz que estava, de
longe, ao alcance da cidade.
O poder romano era extremamente bélico, mas as basílicas apostólicas ajudavam
aqueles atormentados por esse poder.
O castigar tanto pode ser realizado nos justos e nos injustos (quero dizer, o justo não
deixará de ser justo, mesmo ele sendo castigado por aquilo que não fez)
*já que, como o ser bom ama o mundano, assim como o ser mau (refiro-me somente
ao amor e não à sua intensidade), aquele deve provar que, ama a Deus acima de toda
as coisas, de tal maneira, não recuará mesmo ante falsas acusações.
Todo o sofrimento que acontece com o ser humano na terra pode e há de ser
convertido num bem, quando, e somente quando, esse merecer o céu.
‘’Ora, o fim da vida, reduz a igual medida a mais longa e a mais curta, pois coisa nenhuma é
melhor, ou pior, ou mais longa, ou mais curta, na igualdade do nada.’’
Marco Atílio Régulo foi homem bravo que enfrentou uma das maiores e mais cruéis
punições que poderiam ocorrer com alguém, enviado para a troca de soldados
romanos, presos por guerra, por Cartígenes, Régulo, sabendo que havia falhado
retorna à Roma, onde é morto, como punição por sua falha.
A santidade é mantida até mesmo quando tu és atacado corporalmente (relações
carnais não concedidas), contudo, não é mantida quando a alma sucumbe (inclusive
por onanismo).
Lucrécia, que se matou por ter sido estuprada, estava completamente enganada,
Agostinho faz uma anotação, perguntando se: teria Lucrécia aproveitado a sensação
luxuosa e, consequentemente se arrependido depois?
O mandamento de não matar não engloba a morte de animais e plantas enquanto que
estejam sob a nossa necessidade
Marco Catão mesmo sob condição de escravo (enquanto estava sob controle dos
cartaginenses) não teria se matado, mas o realizou somente quando César teria
assumido o poder (afinal, Catão era opositor frívolo de seu governo.
*Agostinho faz uma comparação entre Marco Régulo e Marco Catão, afinal o primeiro
teria se suicidado quando seu opositor político assumira o poder, Régulo, entretanto,
encara sua morte aceitando ter falhado, coisa que não vemos em Catão, que morre
por covardia.
Cipião de Nasica, o maior virtuoso de toda Roma prevê que Cartago cairá, mas junto a
ela, toda a virtude da civilização romana.
Agostinho critica o teatro romano tal como Platão n’A República critica o teatro grego,
alegando ser um pacote de negligência e vício.
Capítulo 2
Agostinho critica todos aqueles que durante seus estudos não reconhecem Cristo
Os festivais romanos em celebração dos deuses nada mais é que um palco de pura
obscenidade, mudando somente o seu grau de acordo com o requerimento de cada
deus.
Pérsio aproveitou as características que eram realmente consideradas como virtuosas
para Agostinho, sendo essas não vinculadas de maneira propriamente dita à ‘’virtude
romana’’
*vale lembrar que a última obra de Pérsio, paralisada devido à sua morte, foi
totalmente dedicada à sua mãe, Fúlvia Sisena, e, parcialmente a sua irmã e tia.
Cícero no seu livro, A República, critica os versos das poesias que limitam e humilham
a imagem dos deuses
Os jogos cênicos, tal qual as poesias, mostravam a negligência dos deuses ante os
ataques que humilhavam suas imagens.
Labeão foi quem disse quanto aos tipos de ritual de cada deus, resumindo-se em:
*nisso Labeão considera Platão como um semideus, enquanto que Agostinho o eleva
em condição divina, ou maior
Uma grande parte dos deuses romanos foram criados como método de bajulação e
não como de adoração
As leis morais romana foram roubadas de sua real origem (Atenas inclusive)
As sabinas foram mulheres prometidas para casamento, mas não foram entregues
como o prometido, ocasionando seu rapto por soldados romanos
*vale notar aqui a relação entre sabinos e romanos de maneira desestruturada
O rei Tarquínio (esposo de Lucrécia) foi expulso de Roma por Bruto, que alegava a
desonra do rei
A Roma descrita por Salústio é revelada como uma terra do medo que na verdade, a
população (ainda sob domínio de Tarquínio) temia uma forte revolta de Cartago e/ou a
guerra proposta por Tarquínio contra os etruscos
Com a primeira guerra púnica ocorre desestabilização social em Roma, fazendo com
que os patrícios tomassem de conta dessa, ocasionando mais temor na população
Com a tomada do templo sagrado e Aventino, o povo consegue eleger tribunos que
passariam a chamar-se de plebe
Com a segunda guerra púnica, temos maior descontrole social e, por conseguinte,
discórdia entre plebe e patrícios
Foi tido na Roam antiga, um grande debate que ocasionou numa enorme discussão
quanto aos costumes, tal discussão foi entre Fílio (que defendia a injustiça, por não
enxergar na justiça coisas que somam o ser humano, apesar de considera-la boa) e
Lélio (que fundamentava a justiça e dela espalhava sua magnificência) ambos
discutiam quanto a posição da justiça e o estado
*A batalha travada entre os dois foi iniciada com o forte apoio que Silas recebeu de
patrícios romanos, Sula (como também era conhecido) planejou junto aos patrícios um
ataque político no consulado, a ação foi prevista por Mário que realizou um ataque
grandíssimo nas alas asiáticas, percebendo a investida, Sila ataca Roma, fazendo com
que Mário fuja para a África.
*Durante o período, Sila conseguiu colocar amigos de confiança nos cargos políticos e
adquiriu grandíssima influência em Roma, apesar de que, mesmo lutando contra as
forças de Mário vindas da Ásia, Sula não imaginava um contra-ataque político, sendo
assim, Mário retorna ao poder com um golpe no senado
*Apesar de todo o esforço, Mário acaba caindo novamente e Sula acaba tornando-se
um grandíssimo ditador romano
Sila não ganhou a batalha contra Mário somente por questões estratégicas e políticas,
os rituais e sacristias estavam acima (de certa maneira)
Lúcio Tício, o intermediário da guerra entre Mitridates e Sila revela que, Júpiter afirma
a vitória de Sila
Capítulo 3
*Sílvia era uma sacerdotisa vestal (mulher que guardava sua virgindade para os
deuses), filha de Nomutar, após ter dado luz a Rômulo, foi morta
Fímbria, general de Mário, destrói Ílion (terra prometida a Sula pelos deuses e, por eles
mesmos destruída)
Numa foi o único rei romano que teve um período longo de paz, que durou
aproximadamente 39-43 anos, entretanto, Agostinho questiona o porquê de somente
o reinado de Numa ter sido favorecido pelos deuses como um reinado pacífico,
enquanto que os outros não o tiveram
O choro da estátua de Apolo de Cumas foi uma contradição entre os videntes da
Grécia (que afirmavam a vitória de seu reino) e os de Roma (que afirmavam a vitória
de seu reino), o último rei aristônico, Átalo III perde no seu avanço
*Os videntes gregos afirmavam que o choro da estátua era de felicidade pela vitória da
Grécia, enquanto que os videntes romanos afirmavam que o choro era de infelicidade
já que a estátua se situava em Cumas, prevendo então, a derrota da Grécia e dos
aqueus.
Quanto mais Roma crescia, maior era a sua quantidade de deuses, desta forma, a
cidade ia se perdendo aos poucos, o principal responsável por tamanha calamidade foi
Numa Pompílio
Com as guerras, genros e sogros acabavam matando-se (como foi o caso dos romanos
contra os albanos, tamanha foi a tristeza da perda de Albania, a cidade mãe e amiga de
Roma
Salústio foi o homem que notou que quanto maior Roma ficava, maior era a sua
fraqueza
*que ficara somente maior com a derrota de Alba
Livro 4
Varrão no seu livro ‘’sobre as coisas humanas e divinas’’, afirma que as artes cênicas
são humanas e não divinas
Agostinho reafirma a importância da felicidade em compensação da vaidade
Justino escreve (com a ajuda das anotações de Trago Pompeu que, o rei Nino atacou
vaidosamente os seus vizinhos
Os deuses romanos ocupavam cargos de grande futilidade:
Segécia, que era encarregado das messes
Seia, dos grãos semeadores
Tutelina, da conservação dos grãos
Prosepina, tutora dos grãos em germe
Nodoto, das gemas e dos colmos
Volutina, envoltório da espiga
Hostilina, igualadora das messes
Flora, para florescer os frutos
O culto a Júpiter possuía características tão duvidosas que até Varrão duvidava desse
Sendo cada vez mais desvalorizado, devido ao aumento do culto dos deuses
menores
Os quatro elementos não eram representados como deuses, muito menos suas
esposas, portanto, os casais: Juno + Júpiter; Salácia + Netuno; Proserpina + Plutão, não
possuíam força equivalente às teorias filosóficas elementais
Agostinho realça uma dúvida que possui de Minerva, ora, se Júpiter saiu de Saturno e
dele é superior, por qual motivo, Minerva que saiu da própria cabeça (simbolizando a
mente) de Júpiter, não é a ele superior?
Júpiter é extremamente considerado na religião, diferentemente de seu pai
A terra na mitologia grega é dividida em elementos completamente incompreensíveis
A deusa Vênus é dividida como três: a das virgens (que chamamos de Vesta), a dos
casados e a das meretrizes
Não tem como os deuses pagãos serem um só, devido á complexidade dos cultos e sua
forma específica de adoração
Não há como deus ser a alma do mundo, nem como esse ser a alma de deus, já que
caso o fosse, nada poderia existir como absoluto, logo a teoria de deus imanente de
Spinoza é completamente falsa
É impossível os seres racionais serem partes de Deus, afinal, não faz qualquer sentido
de, quando punimos uma criança (uma palmada por exemplo) estaríamos batendo em
Deus
A deusa Vitória seria a verdadeira responsável pela glória de Roma e não Júpiter
Segundo Agostinho, a paz estabelecida entre aliados é muito melhor que uma vitória
contra inimigos em prol da paz
Agostinho destaca mais três deuses em especial (devido à sua futilidade)
1. Agenoria, conduzia ao trabalho
2. Estímula, estimulava as atividades
3. Múrcia, ‘’murchava’’ o ser humano em suas atividades, voltado como um tipo
de descanso
Esses deuses eram cultuados em locais diferentes, conhecidos como ‘’Quietudes’’.
A deusa Fortuna não possui qualquer tipo de lógica em sua consistência como deusa,
afinal, se é uma deusa, portanto possui caráter objetivo em sua natureza, porém, a
fortuna não pode ser objetiva, já que nada mais é que uma probabilidade favorável
contida nas relações do afortunado com aquilo que deseja ou tem fortuna
Os romanos também tinham o costume de honrar as virtudes como deuses: prudência,
justiça, fortaleza e temperança; coisa que não sabemos que podem sê-los, afinal, esses
são dons de Deus e não deuses
Agostinho questiona não terem honrado a fé de igual maneira, afinal, ela sustenta
as virtudes
Qual seria a necessidade de tantos deuses sendo que a deusa Felicidade já existia?
Afinal, segundo S.Agostinho, a felicidade é o sumo bem que o homem
incessantemente procura
Varrão ensina como cultuar propriamente os deuses
Por qual motivo Lúculo teria demorado tanto para construir o templo da deusa
Felicidade? (questiona S.Agostinho)
Como sumo objetivo de conquista do ser humano, a deusa felicidade deveria ser
considerado como a deusa suprema, entretanto até a criação do seu templo foi adiada
(desde a época de Rômulo)
As batalhas também ocorriam entre os deuses, por exemplo, Somênio x Júpiter, o
primeiro possuía o controle dos raios noturnos, já o segundo dos raios diurnos, porém
o primeiro perdeu sua fama para a estátuas erguidas em homenagem a Júpiter
Tito Latino foi um coitado punido pelos deuses, afinal, quando iria começar o seu
trabalho de recomeçar as artes cênicas, ocorreu, no dia, uma tentativa de assassinato,
Latino, com medo do que poderia ocorrer decide não recomeçar no dia e perde seu
filho para os deuses como consequência
O pontífice Cévola destaca os três gêneros dos deuses: dos poetas (que professam
muitas mentiras) dos filósofos (cujas verdades podem prejudicar a multidão) e da
cidade (que possuí o caráter político e de força da religião
Agostinho anota que, o culto aos deuses de nada engrandeceu o império romano, ou
mudou seu destino
Foram algumas vezes em que os deuses romanos cediam à força de outros povos:
1. A erupção dos gauleses
2. A conquista das cidades por Aníbal
3. Quando Adriano aumentou seu império persa com a Armênia, Mesopotâmia e
Assíria
Cícero coloca destaque no embate entre superstição contra religião, onde a primeira
desvaloriza a segunda, esquecendo dos seus deuses, já a segunda, com ritos e
sacrifícios louva seus deuses
Agostinho nota a hipocrisia de Cícero por falar disso e ser de religião romana
Varrão questiona os julgamentos de outras religiões
Mas é com o estudo do movimento dos astros e a razão que estuda sua própria
religião
Varrão afirma que Deus é criador e não alma, entretanto os próprios preconceitos
advindos de sua religião o cega, além de que, descobre a falta de totalidade nos rituais
romanos que por mais de160 anos não cultuavam os deuses com simulacro
Cultuar os deuses de maneira politeísta resultou numa impureza da religião
romana
Varrão nota que um dos maiores erros da religião greco-romana foi empregar
como base os poetas
Capítulo 5
A astrologia, segundo Agostinho, nada mais é que uma loucura que despreza o espaço-
tempo
As teorias astrológicas não contribuem com a lógica em si, afinal, destaca uma
enorme diferença em pessoas que nasceram ao mesmo tempo e de mesma mãe,
mas destaca igualdades com pessoas que nunca se viram na vida
É narrado por Cícero um debate entre o médico, Hipócrates, e o astrólogo, Possidônio,
é realizado por ambos um debate para falar a respeito das similaridades e diferenças
entre os gêmeos
Segundo Hipócrates, a medicina conclui que, quando ocorre um caso de gêmeos, é
mais comum que ambos pareçam iguais, entretanto as situações comportamentais
vão depender dos hábitos de cada um
Segundo Possidônio, as feições de cada um e destino seriam iguais devido que,
pelo curto intervalo de tempo, não existiria movimentação nos astros, contudo,
não soube explicar as diferenças comportamentais
O argumento de Nigídio em defesa da astrologia, segundo S.Agostinho, é invalido,
afinal, é impossível que, pessoas que nasçam no mesmo período sejam tão diferentes,
enquanto pessoas que nascem em períodos opostos sejam tão próximas
Os gêmeos Esaú e Jacó são uma prova de que nada possui sentido na astrologia, ora,
se são gêmeos, por qual motivo não apresentavam destinos idênticos? E, ora, se são
gêmeos, por qual motivo estariam com destinos concomitantes e não completamente
diferentes, como narra Nigídio?
Mesmo com a igualdade dos astros, é comum nascer gêmeos de sexos opostos
Não há como a astrologia ser fatalista se, entre o período de parto, houverem dias, ou
até mesmo situações em que não provoquem exatidão de quando a criança nasceu
O movimento dos astros não pode acompanhar tudo, isso é claro, portanto, não faz
qualquer sentido crer que seja fatalista e, consequentemente narre sobre tudo de
maneira concisa
Cícero, por negar a fatalidade, nega o movimento dos astros e não crê que tudo esteja
sob o conhecimento do divino, portanto, nega onisciência e assim, nega Deus
A vontade humana não é submissa a nada, exceto a vontade do criador
Argumento inválido segundo teorias de direito kantianas que pregavam
mesclagem e hierarquias da vontade no ser humano
O império romano só conseguiu sobreviver durante tantas calamidades devido seu
anseio por glória
Marco Catão e Caio César durante seus respectivos reinados, procuravam e não
deixavam de procurar a sua glória
Salústio e Virgílio narram o porquê de Roma conseguir conquistar: para conseguir
conquistar algo é necessário ter uma ambição por glória e, para pô-la em prática,
necessita-se de virtude (coisa que os romanos tinham como deusa, mas não tinham na
prática)
Catão tentava ao máximo praticar sua glória com a virtude, enquanto isso, César
utilizava sua armas em prol da glória
Marco Túlio optava pelo menos torpe, a libido e a sede por glória
Bruto matou seus filhos em nome da pátria
Torquato mata seu filho após desobedecer a suas ordens
Matou-o mesmo o filho lutando por Roma
Existe uma pequena lista que demonstra as pessoas que morreram (sacrificando-se)
pela pátria romana
1. Fúrio Camilo
2. Múcio
3. Cúrcio
4. Marco Púlvilo
Para os romanos, aqueles que morrem pela sua pátria partilham de mesma glória que
aqueles que se sacrificam em busca da cidade de Deus
Cesar Nero fica enfermo
Roma vence a guerra contra Ragadásio, pois as oferendes feitas para o demônio da
cidade destruída desagradavam a Deus
O imperador Constantino foi um imperador cristão abençoado por virtudes
Foram diversos acontecimentos que influenciaram as glórias únicas dos imperadores
cristãos, dentre elas, estavam:
1. A maior glória que Juviano possuiu em contraste da glória saturada de Juliano em
comparação a sua
2. Graciano morreu de maneira mais digna que Pompeu, morreu pela espada, foi
vingado por Teodásio e não por Catão
Teodósio Augusto adota Valentiniano durante seu reinado, supostamente, o rapaz
adotado iria matá-lo
O imperador derrota Máximo e Salústio (que durante o período estava enfermo)
comprovando as profecias do profeta João
Teodósio executa uma proposta de derribar as estátuas dos ídolos romanos
Capítulo 6
Os deuses com seus ofícios pequenos não podem garantir a imortalidade
Varrão escreve 41 livros no total, 24 sobre a humanidade, 16 sobre os deuses e 1 em
resumo
Em seus 16 livros descreve as falhas e hipocrisias das outras religiões, escrevendo
em ordem de homem para Deus, já que segundo Varrão, os homens criam falsas
religiões
Varrão reconhece que a verdadeira religião não é feita em cidade terrena, mas em
celeste
Segundo Varrão, existem três tipos de teologia
1. Fabulosa, criada pelos poetas, que deve ser censurada
2. Natural, criada pelos filósofos, que deve ser reservada
3. Civil, criada para a população, que deve ser praticada
Os bacanais (festivais de orgias) eram realizados durante comemoração dos cultos de
Líbero e Líbera, contudo, isso foi abolido após decisão do senado
Segundo Agostinho, Varrão possui vontade de desmascarar a teologia civil e não a
praticar
Sêneca criticava a teologia civil e elogiava a natural, orava e guardava a liberdade
como senador romano
Criticou os judeus que guardavam o sábado inutilmente
Capítulo 7
Os deuses seletos não foram bem escolhidos, pois dentre eles, existem aqueles que
não possuem grande encargo
Varrão afirma que a almas das pessoas são parte dos deuses
Agostinho critica a teologia natural de Varrão
Um destaque foi a crítica agostiniana contra as teorias de Varrão quando Deus ser
a alma do mundo, o que definitivamente não pode acontecer, afinal, nosso Deus
não é imanente, o argumento desmonta-se ainda mais quando propõe as divisões
da alma de Deus como: água, fogo, terra...
Juno e Término sãos os deuses do início e do fim, respectivamente, mas, por qual
motivo não fazer desses dois um só?
Segundo Varrão, Juno seria o corpo do mundo e Júpiter a alma do mundo, coisa que
não pode acontecer, já que não tem como deus ser corpo, logo, Juno não seria deusa,
mas somente parte de Júpiter
A personificação e destaque dos deuses Rumino (como e por Júpiter) e Rumina (como
e por Juno) como deuses da amamentação, é de função tão baixa que nem ao menos
faz sentido algum
Se todos os deuses são um só, qual seria a utilidade dos respectivos deuses:
Mercúrio, significaria a palavra do criador
Marte, significaria a guerra somente, portanto, não faria qualquer sentido
A distribuição dos céus para os deuses é de maneira desequilibrada e injusta, afinal,
Júpiter possui uma estrela em sua homenagem/consideração, enquanto Juno não a
possui
Minerva com sua sabedoria e Vesta com seu fogo brando, não são destaques na
astrologia, o que não faz o menor sentido
Sendo pai, Saturno não poderia perder para Júpiter
Júpiter é filho de Saturno, que é filho do céu, que é Júpiter, coisa assim não faz o
menor sentido
Saturno seria a causa da semente (seja a humana ou a da natureza comum), mas
Júpiter seria tanto a semente (como filho de Saturno) como causa (como pai de
Saturno)
Os mistérios eleusianos são solenidades em prol da fecundidade da terra, criados após
o rapto de Ceres Eleusina, pelo deus orco, onde a deusa da fecundidade da terra
encontra a alegria novamente
Em Lavínio, os sacrifícios em honra a Líbero duravam cerca de 1 mês
Nos rituais, os membros masculinos eram expostos publicamente e reverenciados
Na parte máxima do ritual, uma estatueta em forma de pênis era erigida e coroada
pela dona da família
Varrão destaca três tipos de alma: a que só nota a existência, a sensitiva e a de grau
supremo
Se existem muitas características para um deus uno, qual é a lógica de suas
características ganharem identidade?
Tellus é uma deusa do solo fértil, completamente inútil, já que o próprio humano
fertiliza o solo
Átis era o deus castrado que representava a primavera
Nos rituais em sua homenagem castravam-se os galos
A mãe dos deuses trouxe eunucos para ‘’glorificar’’ os romanos
A mitologia greco-romana foi criada por Evêmero e traduzida por Êno
Varrão exemplifica e divide os deuses em duas formas, os deuses celestes e os deuses
terrenos
Onde não explica o motivo dos deuses celestes: Netuno e Plutão; terem
habilidades e poderes tão voltados ao mundo, e, nem explica a deusa Minerva
como deusa terrena (já que era encarregada das ideias), ignorando-se a
capacidade de criação dos deuses celestes
Varrão nota a importância das ideias, mas as releva, coisa que não acontece com
Platão, que afirma, serem as ideias os modelos tanto do céu como da terra
Os escritos religiosos e misteriosos de Numa Pompílio foram queimados e
consequentemente, destruídos, pelo seu pretor, que afirmava imenso grau de
profanidade nesses
Tanto Pitágoras quanto Numa Pompílio praticavam hidromancia, mas o último,
segundo boatos, teria se casado com a ninfa Eugéria, logo após
Capítulo 8
Pitágoras era líder da escola itálica, enquanto que Tales de Mileto era líder da escola
jônica
Descendência das escolas jônicas e ideais:
1. Tales, água e princípios individuais
2. Anaxímenes (discípulo de Tales), o ar
3. Anaximandro (discípulo de Anaxímenes), os deuses e as partículas
4. Diógenes (discípulo de Anaxímenes), o ar
5. Aquelau (discípulo de Anaximandro), as partículas possuem vida
Aquelau foi o mestre de Sócrates
Segundo Platão, a filosofia dividia-se em três partes: moral/ natural (contemplativa)/
racional
Os estoicos denominaram de ‘’envia’’ a noção captada pela alma
Os bens morais platônicos giravam em torno do bem para o corpo (um bem mais
efêmero) e o bem para a alma (um bem eterno)
Foi impossível o encontro entre Platão e Jeremias já que as obras de ambas só
puderam ser requisitadas por Ptolomeu 60 anos depois de suas mortes
No Timeu, Platão atribui a gênese a união do fogo e da água (coisa que acontece de
maneira semelhante na escritura com os céus e a terra), ocorre também mistura do ar
com a água, simbolizando o espírito de Deus
Platão só aceita a honra aos bons deuses
Para Apuleio de Madaura, o deus de Sócrates, segundo alusão platônica, nada mais era
que um demônio
Das almas e locais de estadia
Humanas, mortais e podem elevar-se, simbolizam a terra
Demônios, imortais e não podem elevar-se, simbolizam o ar
Deuses, imortais com sumo grau de perfeição, simbolizam o céu
Os demônios funcionam como mensageiros entre humanos e demônios
Apesar de simbolizarmos a terra, o elemento mais fraco na escala da ordem de força,
somos seres racionais e, consequentemente, estamos fora dessa ordem
Contudo, os demônios como também o são, possuem maior força que nós, apesar
de que não podem evoluir, diferente dos humanos
Segue a ordem de força dos elementos: fogo/ar/água/terra
Segundo Apuleio, os demônios são em gênero: animais; em ânimos: passivos; em
mente: racionais; em corpo: aéreos; em tempo: eternos
A animalidade é tida nos humanos e nos deuses também (afinal, esses por serem
elementos, também são considerados como animais)
O seu quarto elemento é deles somente
A sua quinta característica é deles e dos deuses
Como pode os demônios serem mediadores dos deuses e humanos se esses são
completamente impuros?
Apuleio acha completamente necessário, para o equilíbrio do mundo, as relações
entre demônios, humanos e deuses
Por esse motivo considera o culto aos demônios
Hermes Trimegisto explica que, o Deus supremo é celeste, enquanto os deuses são
partes desse Deus supremo
Segundo Hermes (que compartilha opinião semelhante à de Varrão) os humanos criam
os seus próprios deuses, mas só fazem isso por não conhecerem de todo o verdadeiro
Deus, portanto, agindo com irracionalidade
Foi Apuleio de Madaura que criou a relação humana, divina e demoníaca
Capítulo 9
Apuleio critica os demônios, que, apesar de seus poderes são bem piores que um
velho sábio
A ordem das escolas gregas após a morte de Platão foi: acadêmicos, periptatéticos e
platônicos
Os estoicos recusam as paixões, diferentemente dos periptatéticos, platônicos e
acadêmicos, pois para esses, as paixões eram naturais para o indivíduo, mas não os
vícios
Segundo Aulo Gélio no seu livro Epiteto, influenciado por teorias de Zenão, o maior
dos sábios pode tremer diante situações extremas
As paixões para os cristãos funcionam como exercícios de virtude, logo, não há
maldade em ficar triste, mas pode haver maldade na causa que te torna triste
A compaixão (prezar pela miséria alheia) é uma das maiores virtudes
Segundo os platônicos, os demônios possuem alma sujeita a qualquer tipo de paixão
Segundo Apuleio, os deuses falsos são demônios e a maioria deles é criada durante
episódios poéticos (em casos de guerra, por exemplo, em Tróia contra a Grécia,
durante isso, foi criada Vênus e Marte)
Os platônicos quando falam da imortalidade dos deuses e dos demônios referem-se
aos corpos, não suas almas, pois já sabemos que a alma é imortal
Segundo alguns platônicos, o corpo seria um tipo de prisão eterna ou temporária de
um condenado, entretanto, discorda Plotino, que afirma: o corpo é a nossa chance que
Deus nos dá para nos aproximarmos Dele
Os demônios invejam o corpo dos humanos, pois o corpo nos dá chance de ficarmos
pertos de Deus
Alguns platônicos acreditavam que após a morte nos transformamos em demônios, tal
como: deuses manés
Diferentemente dos demônios ruins, alguns acreditavam que existiam demônios
que praticavam o bem, conhecidos como eudáimons
Pertencem aos deuses: sublimidade do lugar/ eternidade de existência/ perfeição da
natureza
Agostinho concorda com Apuleio que, para haver equilíbrio no demônio, devem haver
duas coisas, uma de extremo bom grau e outra de péssimo grau, a primeira é a
eternidade, enquanto a segunda é concupiscência
Segundo Apuleio, os demônios se comunicam com os humanos devido ao fato de que
o encontro direto entre humanos e deuses seria danoso a esses
Portanto, segundo Agostinho, os deuses seriam inferiores aos demônios
Um mediador entre humanos e Deus deve ser Santo, logo, aquele que o é, é Jesus
A semântica de anjo e demônio é bastante distorcida por Apuleio, ora, sabemos que
possuímos anjos bons e anjos maus, contudo, não possuímos demônios bons, somente
demônios maus
Para que haja bondade, necessita-se de consciência e caridade, esta não está presente
no demônio
Capítulo 10
Não existe nenhuma palavra grega que profira o verdadeiro significado de culto a Deus
Latreã, significaria o culto específico a um deus
Threskéia, significaria a religião, mas não necessariamente em homenagem a Deus
Eusébia, a religião em sentido de louvar Deus
Theosébia, uma outra forma de escrita de Eusébia
Plotino afirma que a vontade máxima do ser humano é estar próximo de Deus e fazer
com que os outros estejam perto dele, de igual forma
As homenagens para os homens são justas, mas somente é correto realizar sacrifício a
Deus
Segundo Porfírio, é por meio das teletas (na teurgia, ou goécia) que podemos purificar
nossa alma, por intermédio de um anjo ou demônio
Mas nega que isso seja necessário para alcançar a moradia ao lado dos anjos
Porfírio concorda com Platão que os deuses moram num lugar superior, mas segundo
ele, os deuses também estão sujeito às perturbações de alma
Porfírio põe em dúvida os poderes dos deuses para ceder às ameaças humanas
Também questiona o motivo de uns seres corpóreos e outros não
É dito por Porfírio que as teletas não purificam, precisa-se dos princípios
Os princípios de Deus, completa Agostinho
Um dos maiores erros de Porfírio foi elevar sua alma racional em compensação da
espiritual, provocado, de maneira muito provável, por suas amizades com teurgos
Segundo Porfírio, somente com a virtude da continência poderíamos purificar nossa
alma de maneira verdadeira
Platão e Plotino (com suas teorias órficas) assumem que as almas humanas podem
voltar em corpos de animais, contudo isso não é concordado por Porfírio, que assume
que as almas vão para outros corpos
Somente com a alma purificada o homem pode descansar no leito dos deuses
(segundo Porfírio)
Segundo alguns platônicos, nada além de Deus pode ser eterno, cousa essa
desmentida por Platão no livro ‘’Do Mundo’’ onde afirma Deus ter criado outros
deuses, que são, junto a Ele, eternos
Entretanto, não são a Ele coeternos, tal coisa não teria o menor sentido
Porfírio não consegue atingir a senda universal do cristianismo, mas nela
compreendendo e sabendo de sua existência, mas não nela crendo (nem se achava
digno de nela crer)