Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gabriel Barboza
Lucas Brito
Mariana Monteiro
DIREITO E ANTROPOLOGIA
CURSO - DIREITO
1
SUMARIO
Premissas do Direito-------------------------------------------------------------------- 9
Direito e Moral-----------------------------------------------------------------------------10
Direito e Sociedade----------------------------------------------------------------------11
Direito e Poder-----------------------------------------------------------------------------14
Conclusão-----------------------------------------------------------------------------------15
2
RESUMO
3
4
5
Introdução
Existe um estudo realizado por Roberto Kant de Lima e Bárbara Gomes Lupetti
Baptista dizendo como a Antropologia pode contribuir para uma pesquisa jurídica e
por que estes dois saberes, mesmo parecidos, estão distantes um do outro.
Os operadores do direito não podem utilizar apenas teorias para criar conceitos
idealizados e ignorar a parte prática do seu campo de atuação, pois as teorias que
versam o direito são, muitas vezes, apenas a visão de mundo de um legislador
específico. O direito está inserido dentro de uma realidade, e não o contrário. Portanto,
para melhor compreender e lidar com temas a serem tratados, é importante que o
direito olhe para o campo prático e a partir daí formule suas teorias e normas. Dessa
forma, chegará próximo de um conhecimento mais completo e transparente.
O conhecimento jurídico não olha para a realidade, ele tende a ser fundado em
dogmas e seu conteúdo não tende a produzir transformações, apesar de sempre ser
atualizado. Ou seja, deixa as coisas como elas estão e, portanto, não altera a
realidade. Isso é um problema, pois, de acordo com a época, algumas coisas deixam
de ser praticadas e aquilo continua previsto no ordenamento jurídico.
Antropologia
Como no caso de Heródoto que ao longo das viagens realizadas por diversas
regiões, registrou povos diferentes.
O motivo para a antropologia não ser considerada mais cedo como uma ciência
provém do fato de usar o homem como método de estudo. Pois já havia ciências com
essa funcionalidade, como psicologia, medicina e entre outras. Ela por sua vez
buscava nas eras, espaços e tipos.
Escolas antropológicas
0,2 Funcionalismo.
Émile Durkheim foi seu fundador, seu interesse era compreender o que definem
uma sociedade, o que faz com que ela não seja apenas uma coleção de indivíduos.
Seus teóricos entendem que a sociedade tem suas partes que exercem
funcionalidades diversas porem que a compõem como um todo.
Franz Boas foi um dos grandes nomes no Culturalismo Norte Americano, uma
de suas paixões que teve grande impacto neste método foram os estudos da teoria
de que raça e língua, igualmente como cultura e raça eram fenômenos independentes.
Nesta época dotas estas eram vistas de um mesmo ponto de vista e estudadas uni
linearmente e universalmente estas eram o desenvolvimento de cada sociedade.
0,4 Estruturalismo
Esse tabu pode ser concebido como um mecanismo social que reflete o
domínio da cultura sobre a natureza. A abordagem dos pensamentos e narrativas
místicas recebeu tratamento semelhante. Em seus estudo comparativo intitulado
Mitológicas. Ele explica que o mito não existe isoladamente, pois está relacionado
com outros mitos. Do mesmo jeito que a linguística estrutural isola.
Antropologia interpretativa
Antropologia pós-moderna
A antropologia pós moderna surgiu nos anos 60 juntos com movimento pós
moderno e foi o período que os antropólogos que utilizam seu trabalho para investigar,
interpretar e criticar a etnologia clássica, considerando-se de questões como as suas
condições de produção e do papel do autor e apresentar de início uma breve relação
da produção do trabalho antropológico e de que forma o pós-modernismo e seu ideal
tem contribuído para uma concepção dentro da antropologia do objeto até o texto final
e os principais fundadores foi o James Clifford, Paul Rabinow e entre outros
antropólogos pós modernistas teve inspiração teórica pelos pensadores europeus
Pierre Bourdieu, Michel Foucault e etc.
Essa escola surgiu no final do século XIX e focou seus estudos nas
representações coletivas e na metodologia científicas ela se preocupa com as
questões filosóficas e sociológicas. Após meados dos anos 30 ela começou a evoluir,
fazendo com que aparecesse a etnografia francesa. Sendo assim é caracterizado por
começar a ser estudado questões que representam os seres humanos, como a
mitologia, a religião e seus efeitos históricos sobre os indivíduos, a literatura, o
racionalismo e o idealismo tendo os principais fundadores que são o Lévi-Strauss e
Emile Durkheim.
Esses dois exemplos citados acima, deixa evidentemente claro que o direito e
a moral são coisas totalmente distintas, que podem ou não se relacionarem,
dependendo apenas do contexto em que se encontram.
3.0 Direito e sociedade
Para a sociologia, o Direito tem a sua origem nos fatos sociais - termo utilizado
pelo sociólogo Émile Durkheim -, ou seja, nos eventos e acontecimentos que ocorrem
na vida em sociedade. Todos os nossos atos, condutas e ideologia acabam refletindo
nos costumes, valores, tradições, sentimentos e cultura. Cada costume distinto gera
fatos sociais também distintos, essa é a razão pela qual cada povo tem sua cultura,
sua história e seus fatos sociais diferentes dos demais. O Direito surge daí, através
de um processo lento da vida social.
A sociedade necessita de algo que a oriente e crie regras para a vida coletiva,
que discipline os indivíduos que vivem nela, a fim de proporcionar uma boa
convivência social. O Direito tem como objetivo justamente servir de ferramenta para
essa coesão social, uma vez que disciplina sobre regras, normas e condutas para os
indivíduos seguirem dentro daquele meio em que estão inseridos. O Direito surge da
sociedade para a sociedade.
O Brasil teve 6.160 mortes cometidas por policiais na ativa em 2018, contra 5.225
em 2017. Alta vai na contramão da queda de mortes violentas no país, que foi de 13% no
ano passado. Em relação ao número de policiais mortos, a queda foi de 18%.
O que eu quero dizer com isso não é que nossos policiais precisem de um
treinamento em campo melhor, mas sim um treinamento mais centralizado na
capacidade de interpretação, como nos é proporcionado no conhecimento
antropológico, porque é simples treinar um policial só para o cumprimento da lei.
Entretanto, a maioria de nós sabemos que nem todos os policiais são bons
executores da lei, como foi citado acima, o número de mortes cometidas pela polícia
vem aumentando cada vez mais, e isso é devido à má formação de tais operadores,
porque o principal objetivo da polícia é garantir a segurança da população, e com isso
precisaríamos de uma melhor capacidade de interpretação.
O homem que morreu foi identificado como Evaldo dos Santos Rosa, de 51
anos, músico e segurança. O ferido é seu sogro e se chama Sérgio. Ele foi baleado
no glúteo. Também estavam dentro do carro a mulher e o filho de Evaldo, de 7 anos,
além de uma afilhada do casal, de 13 anos.
Em nota, o Exército afirmou que os dois homens dentro do carro abriram fogo
contra a guarnição, “que revidou a injusta agressão”.
“Neste veículo estava uma família. Não foi encontrada nenhuma arma no carro.
Tudo que foi apurado era que realmente era uma família normal, de bem, que acabou
sendo vítima dos militares”, afirmou o delegado à imprensa. (ANSA).
É indubitável que, na maior parte das vezes, quem legisla e cria normas e
conceitos, dentro da esfera do Direito, não vive na prática aquele conteúdo que se
propõe a estudar e a normatizar. O Direito se fecha aos outros campos, projetando
suas idealizações utópicas de acordo com uma base já pré-estabelecida e formada
segundo a concepção de um terceiro.
O legislador que faz as leis que regem a esfera militar as faz segundo uma
teoria, mas não entende como de fato as coisas acontecem na prática. Ao analisar
fatos ocorridos na segurança pública brasileira, vemos com maior clareza como o
Direito e a Antropologia andam separadas. Por exemplo, podemos citar algumas
normas que regem a esfera militar, como a lei que proíbe o policial de atirar antes dos
marginais. Por lei, o policial só pode atirar quando for alvejado, não importando se a
situação coloca sua vida em risco ou não. O agente público não pode usar de seu
discernimento para analisar a situação e julgá-la como uma ameaça crítica ou não,
apenas a ação do marginal pode dizê-la.
O fato é que quem criou essas normas, as fez sem conhecer como de fato as
coisas ocorrem no campo prático. Daí a importância da Antropologia e o Direito
caminharem juntos, para que o Direito tenha uma base empírica do que acontece na
realidade e, a partir daí, possa projetar condutas que irão condizer melhor com o
campo prático.
5.0 Direito e Poder
A força é o elemento coativo do poder, pois os sujeitos que têm poder são
capazes de impor sua vontade a terceiros. Porém, o simples uso da força não deve
ser confundido com o exercício do poder. Um assaltante que ameaça sua vítima com
uma arma de fogo e ordena que ela lhe entregue seu relógio pratica um ato coativo,
mediante a utilização de sua força. Porém, esse ato não é um exercício de poder
propriamente dito, pois ele pode gerar obediência e não dever.
Não há autoridade sem norma, assim como não há poder sem força. Porém,
tanto a força quanto as normas vinculadas a um poder podem ter atributos muito
diferentes. Quando a obediência é conquistada por meio da imposição de sanções
que envolvem violência física, a força envolvida tem a natureza de uma coação
exercida diretamente sobre o corpo ou sobre os bens da pessoa.
Com base em tudo que foi dito, estudo de certas práticas jurídicas, realizados
por um caráter mais antropológico, pode possibilitar uma melhor aproximação com o
campo jurídico, possibilitando uma percepção mais democrática dos fenômenos e dos
institutos jurídicos.