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AULA 07, 26.

02

DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

> Conceito: espécie de seguridade social para atender aos riscos e infortúnios dos indivíduos segurados,
que qualquer pessoa está sujeita ao longo da vida, que os deixe sem trabalhar permanente ou
provisoriamente. Por exemplo, enfermidade, idade avançada ou incapacidade.

> É um sistema contributivo (oneroso), seletivo (selecionada segurados) e de filiação obrigatória (teoria da
lei/norma)

> Natureza jurídica e ramo do direito:

> Autonomia: diferencia-se do Direito do Trabalho, pois possui objeto próprio, normas jurídicas próprias,
doutrina e jurisprudência específicas, institutos privativos, etc.

> Fontes normativas do Direito Previdenciário:


> Base legal: hierarquia/triângulo Kelseniado
> Constituição Federal de 1988 e emendas (EC 20/98 e EC 41/2003 e EC 47/2004)
> Leis ordinárias e complementares: LC 150/2015, PCPS 8212/91, PBPS 8212/91, LOAS
8742/93 e alterações
> Instruções normativas do INSS, como a IN 77/2015. Observação: MPV > pode versar sobre
previdência?

> Regimes Previdenciários no Brasil > 03 no total


> RGPS (Regime Geral de Previdência) – iniciativa privada e quem não tem RPPS
> RPPS (Regime Próprio de Previdência) – apenas para servidores efeitos desde que o ente o tenha
criado (lei específica)
> Regime Privado de Previdência – também chamada de previdência complementar, regido por
bancos e instituições financeiras. Conforme LC 108 e LC 109.

Ao contrário da saúde e da assistência social, a previdência social é um sistema contributivo-oneroso.


Qualquer trabalhador é obrigado a contribuir, pela lei; na prática, acaba contribuindo obrigatoriamente quem
possui vínculo trabalhista empregatício, pois é o empregador quem recolhe a contribuição da fonte. Ademais,
é pacífico que as contribuições previdenciárias são espécies de tributo, do tipo contribuição social. A
previdência é seletiva, pois protege tão somente aqueles que contribuem, ou seja, os que estejam segurados
por um seguro social – caso um infortúnio recaia sobre o trabalhador-segurado, ele estará protegido ou
amparado pelo segurador (a previdência social); logo, não basta ser trabalhador de qualquer tipo,
precisando, pois, pagar a previdência social. Os benefícios previdenciários podem ser permanentes
(aposentadoria) ou temporários.

Outrora, o Direito Previdenciário já foi confundido com o Direito do Trabalho. Hoje, cada ramo jurídico
é independente e autônomo. O trabalhador não é segurado por ser tão somente trabalhador; o trabalhador
precisa contribuir para ser amparado pelo seguro social. A relação jurídica entre o segurado e o segurador
é uma relação jurídica pública, entre o trabalhador e a União, representada pelo INSS – uma autarquia
federal. O Direito Previdenciário é, pois, público.

Haverá uma contraprestação: a contribuição em cada dos benefícios previdenciários. A previdência


social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários (segurados) meios
indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada,
tempo de serviço, encargos familiares e de prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente
– artigo 1º da Lei n.º 8.213/91.
A previdência social, no REGIME GERAL, abrange TODOS OS TRABALHADORES: da iniciativa
privada, servidores públicos mediante contrato temporário ou cargo em comissão, servidores públicos
efetivos (concursados) que não possuem Regime Próprio de Previdência.

A previdência social é obrigatória para os trabalhadores, mas é facultativa para quem não trabalha
(não possui renda própria), como dona de casa ou estudantes, desde que se tenha a idade mínima de 16
anos, exceto o jovem aprendiz, que é contratado com 14 anos.

Papéis da Receita Federal e do INSS.

AULA 08, 12.03

> Princípios Constitucionais da Seguridade Social (artigo 194, parágrafo único)


> Universalidade da Cobertura e do Atendimento
> Uniformidade e Equivalência nos Benefícios e Serviços
> Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços
> Irredutibilidade do Valor dos Benefícios
> Equidade na Forma de Participação no Custeio
> Diversidade da Base de Financiamento
> Caráter Democrático e Descentralizado da Administração

> Princípios Específicos da Previdência Social


> Princípio da Contributividade/Onerosidade
> Princípio da Filiação Automática (tão somente aos segurados com vínculo)
> Princípio do Equilíbrio Financeiro
> Princípio da Universidade na Participação
> Princípio da Irredutibilidade no Valor dos Benefícios (valor mínimo, em regra, 1 salário mínimo)
> Princípio da Solidariedade

Universalidade: aplicado principalmente na SAÚDE. A universalidade objetiva diz respeito à


cobertura gratuita como extensão a todos os fatos e situações que geram as necessidades básicas das
pessoas, tais como maternidade, velhice, doença, acidente, invalidez, reclusão e morte; na previdência
social, a cobertura é contributiva. A universalidade subjetiva diz respeito ao atendimento, consiste na
abrangência de todas as pessoas, indistintamente; na previdência social, o atendimento é seletivo.

Uniformidade: entre a população urbana e rural; concessão dos mesmos benefícios de igual valor
econômico e de serviços da mesma qualidade.

Seletividade e Distributividade: a seletividade garante determinados benefícios a parcela da


população, como os segurados no caso da previdência social – mais ainda, determinados segurados
ganham certos benefícios em razão da renda baixa; ou dos idosos, deficientes e baixa renda, no caso da
assistência social.

Irredutibilidade: os benefícios precisam manter seu valor de compra, acompanhando a inflação; trata-
se da irredutibilidade do valor real, ou seja, do valor de compra do benefício. Haverá correção ou reajuste
(conceitos diferentes de aumento, que significa ganho, o que agrega mais).

Equidade: quem ganha mais, deve pagar mais, para que ocorra a justa participação no custeio dos
institutos da Seguridade Social, in casu, previdência social. Equidade moderada e capacidade contributiva.
Tal princípio significa que cada contribuinte suportará os limites contributivos, proporcionais aos salários. A
previdência social baseia-se no princípio de que aquele que pode mais contribui para aquele que pode
menos. Toda ação na área da previdência social tem que ser custeada; para isso, são necessários recursos
financeiros. Bem de forma indireta, por recursos orçamentários da União, ou direta, das contribuições sociais
da população/empresas, por exemplo.

Diversidade da Base de Financiamento: o custeio provém de toda a sociedade, de forma direta e


indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; a arrecadação de recursos vem de
diversas fontes: orçamentos públicos; contribuições de empregadores e de empresas, incidindo sobre folha
de salários, receita ou faturamento e lucro; contribuições dos trabalhadores e demais segurados da
previdência social, hoje, sobre aposentadorias e pensões há índices de contribuições; receita de concursos
de prognósticos (loterias); pelo importador de bens e serviços do exterior. São ainda previstas outras
receitas, quais sejam: multas, cobrança de correção monetária, juros, 50% dos valores obtidos e aplicados
na forma do parágrafo único do artigo 243 da CF (venda de bens apreendidos em decorrência de tráfico
ilícito de entorpecentes), 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela Secretaria da Receita
Federal. Enfim, a Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, na forma direta e indireta.

Caráter Democrático: mediante gestão (conselhos) quadripartite, com participação dos trabalhadores
dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Cabe à sociedade civil participar
da administração da Seguridade Social, através de representantes indicados pelos empregadores, pelo
trabalhadores e pelos aposentados.

AULA 09, 15.03

> Princípios Específicos da Previdência Social


> Contributividade ou Onerosidade (ligado à ideia de contraprestação). O RGPS tem caráter
contributivo, pois em regra, atinge a todos os segmentos da sociedade, por meio do sistema tripartite
(trabalhador, empregador e administração pública). A contributividade segue a regra da equidade ou justiça
(quem pode mais, paga mais). Há uma tabela de contribuição com alíquotas progressivas para os segurados
e um regime diferenciado para empresas MEI e ME. Atenção à exceção da onerosidade: os segurados
especiais.
> Filiação Automática ou Obrigatoriedade. Se aplica aos segurados obrigatórios, ou seja, os
empregados, a partir do primeiro dia de trabalho nasce a condição de segurado, independentemente de
pagamento da contribuição. Para o segurado sem vínculo empregatício, a contribuição deve ser pré-
existente. A filiação é um vínculo jurídico entre o indivíduo o RGPS/INSS. Apenas a pessoa física pode ser
segurada do INSS.
> Equilíbrio Financeiro. Significa a preexistência de uma fonte de recursos de arrecadação em
relação ao pagamento dos benefícios: equilíbrio entre despesas e receitas. Para se criar um novo benefício,
é preciso que haja uma nova fonte de recursos. Há o sistema de carência: cada benefício possui regras
específicas de tempo mínimo para a concessão.
> Universalidade na Participação do Custeio e do Benefício. Diz respeito ao atendimento
previdenciário a todas as camadas sociais; limita-se apenas aos segurados. Há benefícios destinados
apenas aos segurados de baixa renda, como o salário família e o auxílio reclusão.
> Irredutibilidade no Valor dos Benefícios. Com o objetivo de preservar poder de compra/aquisitivo
dos benefícios, garante-se sua irredutibilidade, com reajustes anuais. Reajuste não se confunde com
aumento. Deve-se seguir os índices inflacionários, mas o INSS tem autonomia na criação de seus índices:
INPC e INPA. O valor mínimo é de 1 salário mínimo, exceto para o salário-família e o auxílio acidente.
> Solidariedade. Teoria do Financiamento Social. Toda sociedade deve manter o sistema vivo. A
geração atual financia a geração passada, e a geração futura financiará a geração atual. Foi o princípio que
embasou a taxação dos inativos no RPPS.
O único ramo da Seguridade Social que possui natureza contributiva ou onerosa é a Previdência
Social, ou seja, requer-se um pagamento prévio, uma contraprestação para fazer parte do sistema
previdenciário e ter acesso aos benefícios desse sistema. A contributividade atinge não só os trabalhadores,
mas os empregadores (tomadores de serviços), independente de ter atividade lucrativa ou comercial: até
mesmo instituições sem fins lucrativos devem contribuir para o sistema previdenciário. O sistema é tripartite,
ou seja, na conta do custeio (arrecadação), participam os trabalhadores, os empregadores e a administração
pública – isso de maneira direta. Mas indiretamente, toda a sociedade arca com a previdência, através dos
tributos (as contribuições sociais). A previdência possui uma tabela progressiva de contribuição (para
empregados urbanos, rurais e empregadas domésticas – 8%, 9%, 11%), em respeito à equidade e à
razoabilidade e proporcionalidade, mas no RPPS não há tal tabela, sendo a alíquota fixa. Para quem é
empregador, pelo simples fato de contratar empregados, há alíquotas (quota patronal – a alíquota mais
barata é a do empregador doméstico, de 8%). Para quem não possui vínculo empregatício, há alíquota
diferenciada – a alíquota geral para segurado sem vínculo empregatício é de 20%; há uma alíquota mais
barata de 11%, mas precisa ter renda declarada de 1 salário mínimo e só poderá se aposentar por idade, e
ainda, há a alíquota especial de 5% para MEI e as donas de casa, desde que estejam escritos no CadÚnico.
Há um regime diferenciado para empresas MEI e ME.

O sistema previdenciário é tributário, a contribuição social é tributo. A obrigatoriedade só se aplica,


de fato, para quem tem vínculo empregatício, afinal, é de responsabilidade do empregador pagar as
contribuições sociais dos empregados direito da fonte; não pagar a contribuição dos empregados é crime
previdenciário, e o empregado não poderá ser prejudicado de forma alguma: por isso, a filiação (a condição
de ser segurado) nasce de forma automática e obrigatória, a partir do primeiro dia de trabalho do empregado.
No caso, quem não tem vínculo empregatício, para ser segurado e não perder a condição de ser segurado,
é necessário o pagamento feito pelo próprio trabalhador. Apenas pessoas físicas podem ser seguradas.

Haverá a pré-existência de fontes de recursos para arrecadação e custeio da previdência. Para se


criar um novo benefício previdenciário, é preciso determinar e delimitar a fonte de custeio desse novo
benefício. Equilíbrio financeiro. E ainda, há o sistema de carência; para cada benefício há um tempo mínimo
para concessão do benefício. O INSS dá um tempo de 01 ano para quem deixar de pagar a contribuição, ou
seja, por 01 ano, mesmo sem pagar, o segurado continuará filiado.

Todos os segurados devem pagar a contribuição, exceto os segurados especiais. O atendimento e


a garantia dos benefícios se estendem para todos os segurados. Há benefícios específicos para segurados
baixa-renda; o salário-família e o auxílio-reclusão.
Os benefícios precisam acompanhar a inflação e se reajustar para manter o poder de compra. Quem
ganha 1 salário mínimo, seguirá o reajuste do salário mínimo, os outros, seguirão o reajuste do próprio INSS.

AULA 10, 19.03

INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

> Relação Jurídica de Arrecadação


> Sujeito Ativo (credor): União – SRFB. Importante mudança após a Lei da Super-Receita que
extingui a anterior SRP.
> Sujeito Passivo (devedor): Contribuinte – Pessoas Físicas e Jurídicas.
> Contribuição Social é espécie de tributo.
> C.S. Geral (sobre faturamento + lucro – Pessoa Jurídica)
> C.S. Específicas: vai para a previdência (sobre contratação de mão de obra + Pessoa Física
+ Pessoa Jurídica)
> Princípio da Legalidade; Isonomia; Capacidade Contributiva; Irretroatividade; Vedação ao
Confisco; Proibição do Bis In Idem e Não Cumulatividade; Anterioridade Nonagesimal.
O financiamento (sistema de custeio) se dá com recursos adquiridos de forma a) direta:
financiamento obtido mediante o tributo contribuições sociais; b) indireta: financiamento obtido mediante
receitas orçamentárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

As contribuições sociais são espécies de tributo - espécies do gênero contribuições gerais, conforme
já sedimentado pelo STF. Em regra, em matéria tributária, é necessário que haja lei complementar ou
ordinária; para se criar (inovar) um novo tributo, a legalidade impõe lei complementar, mas para alterar tributo
já existente, em regra, impõe-se lei ordinária. Há tributos (II, IE, IPI, IOF e CIDE) que podem ser alterados
por medida provisória. As contribuições sociais seguem a regra geral: lei ordinária para modificar/alterar e
complementar para criar.

Tributos: Impostos, Taxas, Contribuição de Melhoria, Empréstimos Compulsórios, Contribuições


Especiais: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), Contribuições no Interesse de
Categoriais Profissionais, Contribuição de Iluminação Pública, Contribuições Sociais.

A arrecadação para o pagamento dos benefícios vem do artigo 195 da CF e do artigo 195 do Decreto
nº. 3.048/1999 (rol mais completo).

AULA 11,22.03

Antigamente, existiam a Receita Federal (órgão voltado para a arrecadação dos tributos federais) e
a Receita Previdenciária (órgão voltado para a arrecadação das contribuições sociais); hoje, ambas as
receitas foram unificadas e transformadas na Receita Federal do Brasil (arrecadação de todos os tributos
da União). E como qualquer outro tributo, ele poderá ser exigido por execução fiscal.

Sujeito ativo da relação jurídica de arrecadação: UNIÃO (SRFB). Sujeito passivo da relação jurídica
de arrecadação: CONTRIBUINTE (pessoa física). (...)

A SRFB é órgão da Administração Pública (...)

As contribuições sociais se dividem em dois tipos: as gerais (COFINS/PIS e PASEP/PIS e COFINS


DE IMPORTAÇÃO/CSL/EQUIPES DESPOSTIVAS DE FUTEBOL/CONCURSO
PROGNÓTSTICO/COOPERATIVAS/PRODUTORES RURAIS E DA AGROINDUÚSTRIA), que custeiam a
Seguridade Social, e as previdenciárias (SOBRE FOLHAS DE SALÁRIOS/ADICIONAL DE INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS/ADICIONAL DO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO/CONTRIBUIÇÃO DO
EMPREGADOR DOMÉSTICO/CONTRIBUIÇÕES DOS SEGURADOS) , que custeiam a Previdência Social
(artigo 195, I, a, e II, CF).

(...)

Princípio da LEGALIDADE, ISONOMIA, CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, IRRETROATIVIDADE,


VEDAÇÃO AO CONFISCO, PROIBIÇÃO DO BIS IN IDEM, NÃO CUMULATIVIDADE, ANTERIORIDADE
NONAGESIMAL.
AULA 12, 26.03

DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS EM ESPÉCIE

DAS CONSTRIBUIÇÕE SOCIAIS DAS EMPRESAS E DE QUEM EMPREGA

O conceito de empresa está delimitado pelos artigos 14 e 15 da Lei 8.213/91 e pelo artigo 12 do RPS,
Decreto 3.048/99. A obtenção de lucro é irrelevante.

Considera-se empresa a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica
urbana e rural, com fins lucrativos ou não, bem como órgãos e entidades da administração pública direta,
indireta e fundacional. Equipara-se a empresa, para os efeitos da lei previdenciária, o contribuinte individual
em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de
qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras.

DAS CONSTRIBUIÇÕES SOBRE O FATURAMENTE E O LUCRO

COFINS é a CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL, instituída


pela Lei Complementar 70/91. São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em
geral, inclusiva as pessoas a elas equiparadas pela legislação do imposto de renda da pessoa jurídica
(IRPJ), exceto as MEI e ME submetidas ao regime do Simples Nacional criado a partir de 01.07.2007 (Lei
Complementar 123/2007). Basicamente, são contribuintes da COFINS as médias e grandes empresas.

A base de cálculo é o faturamento mensal (receita bruta da venda de bens e prestação de serviços),
ou seja, o total das receitas da pessoa jurídica – TUDO o que entra no caixa da empresa. Tudo o que ela
recebe/movimenta.

Alíquota cumulativa, baseado no faturamento presumido (declarado pela empresa), é de 3%.


Alíquota não cumulativa, baseado no faturamento real, é de 7,6%. Para as instituições financeiras e as
cooperativas de crédito possuem a alíquota de 4%. São isentos: MEI e ME inseridas no Simples Nacional
dentre outras empresas previstas na Lei. Recolhe-se no 20º dia do mês seguinte para financeiras e 25º dia
para as demais empresas, sendo antecipado senão for dia útil.

PIS é o PROJETO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (abono à iniciativa privada) e PASEP é o PROJETO


DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DO SERVIDOR PÚBLICO (abono ao serviço público). Destina-se ao pagamento
do seguro-desemprego e do abono anual aos segurados (empregado) que atendam aos requisitos legais:
que receberam até 02 salários mínimos mensais no ano anterior e inscrito no programa há mais de 5 anos
(não precisa estar empregado, requisito é a inscrição por 5 anos).

Com a Lei 13.134/15, o abono salarial passou a ter valor proporcional ao tempo de serviço do
trabalhador no ano-base em questão: antes da lei, recebia-se 1 salário mínimo integral, independentemente
do tempo de serviço. O cálculo do valor do benefício corresponde ao número de meses trabalhados no ano-
base multiplicado por 1/12 do valor do salário mínimo vigente na data do pagamento, considerando-se 1
mês inteiro trabalhado por pelo menos 15 dias.

A alíquota varia de 0.65% a 1.65% para empresas privadas (Caixa Econômica Federal) e é fica em
1% para pessoas jurídicas de direito público (Banco do Brasil). E ainda, poderá ocorrer variações
dependendo da atividade explorada. Lei Complementar 07 e 08 e Lei Complementar 123/2006.

CSLL é a CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO. Artigo 23 da Lei 8.212/91. As


contribuições a cargo da empresa provenientes do faturamento e do lucro, destinadas à Seguridade Social,
além do disposto no artigo 22, são calculadas mediante a aplicação das alíquotas. Criado pela Lei 7.689/88
e é semelhante ao imposto de renda. São isentas: as instituições culturais, recreativas, filantrópicas, e sem
fins lucrativos. A CSLL é para empresas que exploram atividade econômica/lucrativa.

Como regra geral, a alíquota será de 9%. Mas, será 12% da receita bruta do comércio, indústria,
transporte e serviços hospitalares. E ainda, 32% para prestação de serviços, intermediação de negócios
(consultoria) e setor imobiliário. Instituições financeira pagam 15% de alíquota.

AULA 13, 02.04

DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DAS ASSOCIAÇÕES DESPROTIVAS E DE EQUIPES DE FUTEBOL

Para efetivamente ter o caráter profissional, é preciso a inscrição da associação esportiva na


confederação do estado. São as associações desportivas que mantêm equipe de futebol profissional.

Previsão: § 6º ao § 11 do artigo 22 da Lei 8.212/91. Artigo 195, IV, Decreto 3.048/99.

A alíquota é única de 5%. O vencimento é de até 02 dias após a realização do evento.

Fato gerador: receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos em todo território nacional em
qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais (bilheteria); qualquer forma de patrocínio;
licenciamento do uso de marcas e símbolos; publicidade; propaganda e transmissão de espetáculos
desportivos.
Na época e até hoje, a venda e compra de jogadores profissionais de futebol não é gato gerador.

A receita deve ser BRUTA, sem qualquer dedução.

O sujeito passivo: equipes de futebol profissional e entidade que administra os espetáculos e o


patrocínio dos times de futebol. Eles devem informar detalhadamente todas as receitas.

As entidades desportivas que NÃO mantém equipes de futebol profissional, contribuem com a
contribuição patronal (sobre a folha de pagamento), conforme o artigo 22, I e II da Lei de PCPS.

A federação ou confederação responsável pelo patrocínio do espetáculo está obrigada a recolher


sobre a cota de bilheteria que couber a cada clube, seja vencedor ou perdedor, a alíquota de 5%.

O jogador de futebol profissional custeia como qualquer empregado, ou seja, pela tabela do salário
de contribuição (8%, 9% ou 11%). Por lei, ele é considerado segurado obrigatório, sendo descontado do seu
salário o valor destinado ao INSS.

DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DOS CONCURSOS DE PROGNÓTSTICOS

Todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas
de qualquer natureza no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos
do Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis. Hoje, MEGASENA, LOTOFACIL, LOTOMANIA,
LOTECA, TIMEMANIA, DUPLASENA...

Renda líquida: diminuindo impostos, prêmios e taxas de administração da revendedora lotérica. É


aquela encontrada após as deduções dos valores dos prêmios, de imposto e de despesas de administração,
exemplo: loterias da caixa, como a LOTOFACIL:
Prêmio bruto: 46% da arrecadação – 18, 1% para a seguridade social; 3% para o Fundo
Nacional da Cultura; 4.5% para o Ministério dos Esportes; 7,76 % para o Financiamento para Estudantes de
Ensino Superior; 3,14% para o Fundo Penitenciário Nacional; 13,8% para os Impostos e Despesas como
Administração OB (Comissão dos lotéricos será de 9,0% por jogo).
DAS CONTRIBUIÇÕES DAS COOPERATIVAS

Entidades onde não há vínculo empregatício. O pagamento não é feito através de salários.

Sujeito passivo: Empresa Tomadora de Serviços da Cooperativa de Trabalho (Prestadora de


Serviços). É a mão de obra. A cooperativa de produção de bens é equiparada à empresa para fins
previdenciários.

Base de Cálculo: Valor bruto da nota fiscal ou fatura da prestação de serviço. Alíquota de 15%.
Vencimento até o dia 20 do mês seguinte.

Ônus adicional: as alíquotas poderão alcançar 24%, 22% ou 20% (9%, 7% ou 5% a mais) se os
cooperados forem expostos a agentes nocivos, que alcancem uma aposentadoria especial. E ainda, quando
o tomador de serviço é pessoa física, não há incidência do adicional.

DAS CONTRIBUIÇÕES DA UNIÃO

DAS CONTRIBUIÇÕES DO PRODUTOR RURAL

Há a diferença entre o trabalhador rural, o produtor rural e o empregado rural. Cada um contribui de
maneira diferenciada para a previdência.

O trabalhador rural é aquela pessoa física que mora na área rural e trabalha para subsistência de
sua família (regime de economia familiar).

Os empregados rurais são as pessoas físicas contratadas para trabalhos rurais, com vínculo
empregatício. Por óbvio, por causa do vínculo empregatício, haverá a obrigatoriedade da contribuição.

O produtor rural é aquele grande trabalhador rural, que pode ser pessoa física e jurídica, e há grande
produção; não há a necessidade de residir ou domiciliar a área rural. Não é preciso ser o proprietário da
terra. Basta produzir em grande e larga escala. A pessoa física contribui como contribuinte individual.

As contribuições incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural.

Produtor rural pessoa jurídica: de acordo com o artigo 25 da Lei 8.870/94, a contribuição é de acordo
com a comercialização da sua produção (natureza agrícola): toda atividade rural agrônoma e atividades
animais, como suinocultura, avicultura e piscicultura. Alíquota de 2,5% sobre a receita bruta, 0,1% como
prestações do acidente de trabalho (SAT), totalizando 2,6%.

Produtor rural pessoa física e segurado especial: tido como contribuição individual. Só fazem o
reconhecimento da contribuição quando comercializam seus produtos. Alíquota: 1,2% sobre a receita bruta.

AULA 14, 05.04

AULA 15, 09.04

DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTOS OU QUOTA/CONTRIBUIÇÃO PATRONAL

É uma contribuição específica para a previdência. Há 5 espécies de contribuição patronal: a)


contribuição patronal de 20%; b) contribuição SAT/GILRAT: 1%, 2%, 3%, 0,1% para rurais e 0,8% para
domésticos; c) contribuição adicional das instituições financeiras de 1,5% ( ); d) contribuição para
aposentadoria especial de 6%, 9%, 12%; e) contribuição do empregador doméstico de 8%.
Fato Gerador: contratação de mão de obra de forma “onerosa”. Prestação de serviço da pessoa
física, independente de vínculo empregatício.
Base de Cálculo: total da remuneração, ou seja, tudo o que se entende como “salário contribuição”
que tenha natureza salarial.

Conceito de salário de contribuição: tudo aquilo que é pago a título de salário, exceto parcelas
indenizatórias. Critério legal: artigo 28, § 9º PCPS: caráter excludente; descreve o que não entra na folha,
ou seja, o que não é tributável. Exemplos de não incidência: ajuda de custo e diárias, prêmios, transporte,
participação nos lucros, férias indenizadas e abono de férias etc.
E as bolsas? Bolsa do residente? Única bolsa que incide é a bolsa do médico residente. E o aviso
prévio indenizado? O teto de R$ 5.839,40 incide ou não incide? Não incide. O simples nacional paga a
mesma alíquota de 20%?

A alíquota de 20% da contribuição patronal geral é fixa. Há o momento do lançamento da folha de


pagamento e a data do efetivo pagamento; a cota patronal é descontada no momento do lançamento da
folha de pagamento, independentemente de ter sido feito o efetivo pagamento. Há o adicional de 1% a 3%
de SAT, quando o empregador expõe seus empregados em risco de saúde/integridade física; para os rurais
o adicional é de 0,1%; e para os domésticos o adicional é de 0,8%. Há o adicional das instituições financeiras
de 2,5%. Determinadas atividades garantem ao segurado a aposentadoria especial (mais cedo e mais
rápida), logo há o adicional da contribuição de aposentadoria especial de 6%, 9% e 12%. Para o empregador
doméstico a alíquota é de 8%.

SLIDE.

AULA 16, 12.04

AULA 17, 16.04

CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS E SALÁRIO-CONTRIBUIÇÃO

Segurado é tão somente a pessoa física que exerce atividade remunerada (não interessa se há
vínculo empregatício ou não) especificadas em lei ou que, não exercendo atividade remunerada se vinculam
ao sistema previdenciário mediante contribuição. Segurados são as pessoas físicas que contribuem
obrigatoriamente ou facultativamente à previdência social, tendo em contrapartida o direito a gozar dos
benefícios conferidos pelo sistema previdenciário.

Os segurados obrigatórios são quem trabalha, independente de vínculo empregatício: empregado,


empregado doméstico, contribuinte individual (autônomos, empresários, MEI, quem vive de dividendos,
aluguéis etc.), trabalhador avulso, segurado especial etc.

Os segurados facultativos são quem não trabalha: estudantes, donas de casa, estagiários etc.

O exercício de atividade remunerada é importante apenas para se diferenciar o segurado obrigatório


do facultativo, sem esquecer que há segurados facultativos que exercem atividade remunerada, como o
estagiário, mas cuja bolsa tem natureza indenizatória e não salarial.

Filiação é o vínculo jurídico estabelecido entre o segurado e o sistema previdenciário. Decorre


automaticamente do exercício da atividade remunerada para o segurado com vínculo de emprego.
Inscrição é ato pelo qual o empregador preenche banco de dados da previdência (GFIP) com as
informações dos segurados. Segurados sem vínculo: a inscrição é antes, seno precondição para a filiação.
Segurados com vínculo: a filiação é automática, de modo que, após a filiação, far-se-á a inscrição deste
segurado.
Os segurados contribuem tendo como base de cálculo o salário de contribuição. O salário de
contribuição é a base de cálculo para se determinar a contribuição devida pelos segurados, tendo o valor
mínimo e máximo fixados em legislação específica e parcelas que incidem. A remuneração é todo o bruto
que o segurado recebe, sendo parcelas salariais, indenizatória e gorjetas. O vencimento do segurado sem
vínculo é dia 15 de cada mês. O vencimento do segurado com vínculo dependerá da data de pagamento do
salário. Tudo o que tem natureza remuneratória salarial e de gorjeta compõe o salário de contribuição.
Isentam-se desta BC certas parcelas consideradas indenizatórias. O valor mínimo do salário de contribuição
é de R$ 998,00. O valor máximo do salário de contribuição é de R$ 5.839,45.

Para segurado obrigatório: até R$ 1.751,81 alíquota de 8%. De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 alíquota
de 9%. De R$ 2.919,73 a R$ 5.839,45 alíquota 11%.

Para segurado facultativo: R$ 998,00 alíquota de 5% (especial, exclusiva do MEI e do facultativo


baixa renda). R$ 998,00 alíquota de 11% (especial, exclusiva para o plano simplificado de previdência, que
não garante a aposentadoria por tempo de contribuição). R$ 998,00 até R$ 5.839,40 alíquota de 20% (é a
regra).

AULA 18, 23.04

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