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DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
> Conceito: espécie de seguridade social para atender aos riscos e infortúnios dos indivíduos segurados,
que qualquer pessoa está sujeita ao longo da vida, que os deixe sem trabalhar permanente ou
provisoriamente. Por exemplo, enfermidade, idade avançada ou incapacidade.
> É um sistema contributivo (oneroso), seletivo (selecionada segurados) e de filiação obrigatória (teoria da
lei/norma)
> Autonomia: diferencia-se do Direito do Trabalho, pois possui objeto próprio, normas jurídicas próprias,
doutrina e jurisprudência específicas, institutos privativos, etc.
Outrora, o Direito Previdenciário já foi confundido com o Direito do Trabalho. Hoje, cada ramo jurídico
é independente e autônomo. O trabalhador não é segurado por ser tão somente trabalhador; o trabalhador
precisa contribuir para ser amparado pelo seguro social. A relação jurídica entre o segurado e o segurador
é uma relação jurídica pública, entre o trabalhador e a União, representada pelo INSS – uma autarquia
federal. O Direito Previdenciário é, pois, público.
A previdência social é obrigatória para os trabalhadores, mas é facultativa para quem não trabalha
(não possui renda própria), como dona de casa ou estudantes, desde que se tenha a idade mínima de 16
anos, exceto o jovem aprendiz, que é contratado com 14 anos.
Uniformidade: entre a população urbana e rural; concessão dos mesmos benefícios de igual valor
econômico e de serviços da mesma qualidade.
Irredutibilidade: os benefícios precisam manter seu valor de compra, acompanhando a inflação; trata-
se da irredutibilidade do valor real, ou seja, do valor de compra do benefício. Haverá correção ou reajuste
(conceitos diferentes de aumento, que significa ganho, o que agrega mais).
Equidade: quem ganha mais, deve pagar mais, para que ocorra a justa participação no custeio dos
institutos da Seguridade Social, in casu, previdência social. Equidade moderada e capacidade contributiva.
Tal princípio significa que cada contribuinte suportará os limites contributivos, proporcionais aos salários. A
previdência social baseia-se no princípio de que aquele que pode mais contribui para aquele que pode
menos. Toda ação na área da previdência social tem que ser custeada; para isso, são necessários recursos
financeiros. Bem de forma indireta, por recursos orçamentários da União, ou direta, das contribuições sociais
da população/empresas, por exemplo.
Caráter Democrático: mediante gestão (conselhos) quadripartite, com participação dos trabalhadores
dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Cabe à sociedade civil participar
da administração da Seguridade Social, através de representantes indicados pelos empregadores, pelo
trabalhadores e pelos aposentados.
As contribuições sociais são espécies de tributo - espécies do gênero contribuições gerais, conforme
já sedimentado pelo STF. Em regra, em matéria tributária, é necessário que haja lei complementar ou
ordinária; para se criar (inovar) um novo tributo, a legalidade impõe lei complementar, mas para alterar tributo
já existente, em regra, impõe-se lei ordinária. Há tributos (II, IE, IPI, IOF e CIDE) que podem ser alterados
por medida provisória. As contribuições sociais seguem a regra geral: lei ordinária para modificar/alterar e
complementar para criar.
A arrecadação para o pagamento dos benefícios vem do artigo 195 da CF e do artigo 195 do Decreto
nº. 3.048/1999 (rol mais completo).
AULA 11,22.03
Antigamente, existiam a Receita Federal (órgão voltado para a arrecadação dos tributos federais) e
a Receita Previdenciária (órgão voltado para a arrecadação das contribuições sociais); hoje, ambas as
receitas foram unificadas e transformadas na Receita Federal do Brasil (arrecadação de todos os tributos
da União). E como qualquer outro tributo, ele poderá ser exigido por execução fiscal.
Sujeito ativo da relação jurídica de arrecadação: UNIÃO (SRFB). Sujeito passivo da relação jurídica
de arrecadação: CONTRIBUINTE (pessoa física). (...)
(...)
O conceito de empresa está delimitado pelos artigos 14 e 15 da Lei 8.213/91 e pelo artigo 12 do RPS,
Decreto 3.048/99. A obtenção de lucro é irrelevante.
Considera-se empresa a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica
urbana e rural, com fins lucrativos ou não, bem como órgãos e entidades da administração pública direta,
indireta e fundacional. Equipara-se a empresa, para os efeitos da lei previdenciária, o contribuinte individual
em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de
qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras.
A base de cálculo é o faturamento mensal (receita bruta da venda de bens e prestação de serviços),
ou seja, o total das receitas da pessoa jurídica – TUDO o que entra no caixa da empresa. Tudo o que ela
recebe/movimenta.
Com a Lei 13.134/15, o abono salarial passou a ter valor proporcional ao tempo de serviço do
trabalhador no ano-base em questão: antes da lei, recebia-se 1 salário mínimo integral, independentemente
do tempo de serviço. O cálculo do valor do benefício corresponde ao número de meses trabalhados no ano-
base multiplicado por 1/12 do valor do salário mínimo vigente na data do pagamento, considerando-se 1
mês inteiro trabalhado por pelo menos 15 dias.
A alíquota varia de 0.65% a 1.65% para empresas privadas (Caixa Econômica Federal) e é fica em
1% para pessoas jurídicas de direito público (Banco do Brasil). E ainda, poderá ocorrer variações
dependendo da atividade explorada. Lei Complementar 07 e 08 e Lei Complementar 123/2006.
Como regra geral, a alíquota será de 9%. Mas, será 12% da receita bruta do comércio, indústria,
transporte e serviços hospitalares. E ainda, 32% para prestação de serviços, intermediação de negócios
(consultoria) e setor imobiliário. Instituições financeira pagam 15% de alíquota.
Fato gerador: receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos em todo território nacional em
qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais (bilheteria); qualquer forma de patrocínio;
licenciamento do uso de marcas e símbolos; publicidade; propaganda e transmissão de espetáculos
desportivos.
Na época e até hoje, a venda e compra de jogadores profissionais de futebol não é gato gerador.
As entidades desportivas que NÃO mantém equipes de futebol profissional, contribuem com a
contribuição patronal (sobre a folha de pagamento), conforme o artigo 22, I e II da Lei de PCPS.
O jogador de futebol profissional custeia como qualquer empregado, ou seja, pela tabela do salário
de contribuição (8%, 9% ou 11%). Por lei, ele é considerado segurado obrigatório, sendo descontado do seu
salário o valor destinado ao INSS.
Todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas
de qualquer natureza no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos
do Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis. Hoje, MEGASENA, LOTOFACIL, LOTOMANIA,
LOTECA, TIMEMANIA, DUPLASENA...
Entidades onde não há vínculo empregatício. O pagamento não é feito através de salários.
Base de Cálculo: Valor bruto da nota fiscal ou fatura da prestação de serviço. Alíquota de 15%.
Vencimento até o dia 20 do mês seguinte.
Ônus adicional: as alíquotas poderão alcançar 24%, 22% ou 20% (9%, 7% ou 5% a mais) se os
cooperados forem expostos a agentes nocivos, que alcancem uma aposentadoria especial. E ainda, quando
o tomador de serviço é pessoa física, não há incidência do adicional.
Há a diferença entre o trabalhador rural, o produtor rural e o empregado rural. Cada um contribui de
maneira diferenciada para a previdência.
O trabalhador rural é aquela pessoa física que mora na área rural e trabalha para subsistência de
sua família (regime de economia familiar).
Os empregados rurais são as pessoas físicas contratadas para trabalhos rurais, com vínculo
empregatício. Por óbvio, por causa do vínculo empregatício, haverá a obrigatoriedade da contribuição.
O produtor rural é aquele grande trabalhador rural, que pode ser pessoa física e jurídica, e há grande
produção; não há a necessidade de residir ou domiciliar a área rural. Não é preciso ser o proprietário da
terra. Basta produzir em grande e larga escala. A pessoa física contribui como contribuinte individual.
Produtor rural pessoa jurídica: de acordo com o artigo 25 da Lei 8.870/94, a contribuição é de acordo
com a comercialização da sua produção (natureza agrícola): toda atividade rural agrônoma e atividades
animais, como suinocultura, avicultura e piscicultura. Alíquota de 2,5% sobre a receita bruta, 0,1% como
prestações do acidente de trabalho (SAT), totalizando 2,6%.
Produtor rural pessoa física e segurado especial: tido como contribuição individual. Só fazem o
reconhecimento da contribuição quando comercializam seus produtos. Alíquota: 1,2% sobre a receita bruta.
Conceito de salário de contribuição: tudo aquilo que é pago a título de salário, exceto parcelas
indenizatórias. Critério legal: artigo 28, § 9º PCPS: caráter excludente; descreve o que não entra na folha,
ou seja, o que não é tributável. Exemplos de não incidência: ajuda de custo e diárias, prêmios, transporte,
participação nos lucros, férias indenizadas e abono de férias etc.
E as bolsas? Bolsa do residente? Única bolsa que incide é a bolsa do médico residente. E o aviso
prévio indenizado? O teto de R$ 5.839,40 incide ou não incide? Não incide. O simples nacional paga a
mesma alíquota de 20%?
SLIDE.
Segurado é tão somente a pessoa física que exerce atividade remunerada (não interessa se há
vínculo empregatício ou não) especificadas em lei ou que, não exercendo atividade remunerada se vinculam
ao sistema previdenciário mediante contribuição. Segurados são as pessoas físicas que contribuem
obrigatoriamente ou facultativamente à previdência social, tendo em contrapartida o direito a gozar dos
benefícios conferidos pelo sistema previdenciário.
Os segurados facultativos são quem não trabalha: estudantes, donas de casa, estagiários etc.
Para segurado obrigatório: até R$ 1.751,81 alíquota de 8%. De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 alíquota
de 9%. De R$ 2.919,73 a R$ 5.839,45 alíquota 11%.