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Devido aos efeitos de natureza quântica, os átomos que constituem um fio condutor metálico
não estão em repouso mesmo quando a temperatura T do fio condutor tende ao zero Kelvin. A
oscilação coletiva dos átomos que constituem o fio metálico, em torno de suas posições de
equilíbrio, gera o que se chama em Física do Estado Sólido de ondas da rede cristalina. É um
fenômeno complexo que tende a desviar os elétrons livres que se deslocam no fio condutor
metálico sob a ação do campo elétrico gerado por uma pilha ou bateria. Quanto maior a
temperatura T do fio condutor metálico maior a probabilidade do elétron de condução ser desviado
de sua trajetória pela ação das ondas da rede cristalina.
Nesta atividade experimental iremos investigar como a variação da temperatura pode afetar
a resistência elétrica de um fio metálico. Conforme visto na última aula, a resistência R de um fio de
determinado material (resistividade ), comprimento L e área de secção reta A, pode ser
determinada por
𝐿
𝑅=𝜌 (1)
𝐴
𝑉
𝑅= (2)
𝑖
ou
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A resistência elétrica 𝑅 do fio condutor metálico pode ser calculada com equação (1)
se a resistividade elétrica do fio for conhecida. Mede-se o seu comprimento 𝐿 e calcula-se a área
de sua secção reta se o diâmetro for conhecido. Outro procedimento consiste em utilizar uma fonte
de tensão 𝑉 para circular uma corrente elétrica 𝑖 no fio condutor metálico e calcular 𝑅 com a
equação (2). Pode-se, ainda, utilizar um método mais sofisticado chamado de método de ponte de
Wheatstone para medir a resistência elétrica 𝑅. Nesse método, o fio condutor metálico de
resistência elétrica 𝑅 está em série com um resistor padrão de resistência 𝑅𝑃 . Em paralelo a eles,
ligam-se em série dois resistores de resistências 𝑅1 e 𝑅2 . O circuito paralelo é ligado a uma fonte
de tensão, conforme ilustrado na Figura 1. É intuitivo que ao ligarmos o circuito, a corrente
proveniente da fonte ao chegar no ponto C irá se dividir. A análise do circuito permite deduzir que a
corrente elétrica entre os pontos A e B é nula se a seguinte condição for satisfeita:
𝑅1
𝑅 = 𝑅𝑝 ( ) (5)
𝑅2
𝐿1
𝑅 = 𝑅𝑝 ( ) (6)
𝐿2
2 - Parte Experimental
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Figura 2: Diagrama esquemático da ponte de Wheatstone utilizada para medir a resistência R do fio de cobre
em banho térmico com água de torneira.
Procedimentos:
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𝑇 (ºC) 35 45 55 60 65 70 75 80 85
∆𝑇 (ºC)
𝐿1 (𝑐𝑚)
𝐿2 (𝑐𝑚)
𝑅 (Ω)
Platina 3,9
Cobre 4,3
Tungstênio 4,5
Ferro 6,5