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Universidade Agostinho Neto

Faculdade de Ciências Sociais

Testo de Apoio

Disciplina de Anatomia e Fisiologia


Humana
Compilado pelo docente: Abel Miguel

Luanda 2015

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

CONCEITO DE ANATOMIA

No seu conceito mais amplo, a anatomia é a ciência que estuda, macro e


microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados (vivos)
A anatomia é o estudo da forma e da constituição do corpo, pré-requisito indispensável
para o estudo da fisiologia dos órgãos.
Seu estudo compreende tanto a evolução do indivíduo desde a fase de zigoto até a
velhice (ontogenia), como o desenvolvimento de uma estrutura no reino animal
(filogenia).

A unidade fundamental do corpo é a célula.


A união de diversas células de mesma função dá origem aos tecidos.
A união de diversos tecidos origina os órgãos, que por sua vez originam os sistemas e a
união de sistemas forma o organismo.

APalavra Anatomia é derivada do grego:anatome(ana = através de; tome =


corte).Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar). Dissecar – separar
metodicamente sem ferir as suas partes.

Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta


ciência.
Actualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos:

 Anatomia macroscópica,
 Anatomia microscópica e
 Anatomia do desenvolvimento.
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu,
utilizando ou não recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis,
enquanto a Anatomia Microscópica é aquela relacionada com as estruturas
corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação, como
lupas, microscópios ópticos e eletrônicos.
Este grupo é dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos
tecidos e de como estes se organizam para a formação de órgãos).
A Anatomia do desenvolvimentoestuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do
ovo fertilizado até a forma adulta.
Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento.

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DIVISÃO DO CORPO HUMANO
O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros.
A cabeça corresponde à extremidade superior do corpo estando unida ao tronco
por uma porção estreitada, o pescoço.
O tronco compreende o tórax e o abdome com as respectivas cavidades torácica
e abdominal;
a cavidade abdominal prolonga-se inferiormente na cavidade pélvica.
Dos membros, dois são superiores e dois inferiores. Cada membro apresenta uma
raiz (Cintura), pela qual está ligada ao tronco, e uma parte livre.
A Anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do
ovo fertilizado até a forma adulta.
Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento.

PLANOS
DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO

Na posição anatómica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à
suasuperfície,
Tem-se assim, os seguintes planos:
Plano mediano:
plano vertical que passa longitudinalmente através do corpo, dividindo-o em metades
iguais direita e esquerda.
Planos sagitais: planos verticais que passam através do corpo, paralelos ao plano mediano

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Planos frontais (coronal):
planos verticais que atravessam o corpo formando ângulos retos com o plano mediano,
dividindo-o em partes anterior (frontal) e posterior (dorsal).
Planos transversos (axial):
planos horizontais que dividem o corpo em partes superior e inferior.

DENOMINAÇÃO DO SISTEMA ESTUDADO

Endocrinologia Gládulas endócrinas


Neuroanatomia Nervoso
Esplancnologia Visceral
Osteologia Ósseo
Miologia Muscular
Artrologia Articular
Vascular

TERMOS DE RELAÇÃO ANATÔMICA

Inferior ou caudal: mais próximo dos pés;


Superior ou cranial: mais próximo da cabeça;
Anterior ou ventral: mais próximo do ventre;
Posterior ou dorsal: mais próximo do dorso;
Proximal: mais próximo do ponto de origem;
Distal: mais afastado do ponto de origem;
Medial: mais próximo do plano sagital mediano;
Lateral: mais afastado do plano sagital mediano;
Superficial: mais próximo da pele;
Profundo: mais afastado da pele;

Homolateral: do mesmo lado do corpo;


Contra-lateral: do lado oposto do corpo;
Holotopia: localização geral de um órgão no organismo. Ex.: o fígado está localizado no
abdômen;
Sintopia: relação de vizinhança. Ex.: o estômago está abaixo do diafragma, a direita do
baço e a esquerda do fígado;
Esqueletopia: relação com esqueleto. Ex.: coração atrás do esterno e da terceira, quarta
e quinta costelas;

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Os seis níveis de organização são: químico, celular, tecidual, órgãos, sistémico
e o organismo como um todo

NIVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS E DA CÉLULA.

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ÁTOMOS (as menores partículas de um elemento químico). O conjunto destes átomos vão
resultar no que chamamos de MOLÉCULAS. O conjunto de moléculas se une formando
ORGÂNELAS. Estas ORGANELAS se unem formando uma CÉLULA E o conjunto de
CÉLULAS se unem formando TECIDOS. O conjunto de TECIDOS se unem formando um
órgão, EX: (rins, fígado, coração, olho) .Os ORGÃOS se unem para formar um SISTEMA (ex:
sistema respiratório etc). Esses por sua vez formam um organismo( cachorro ,homem etc).
Os organismos em conjunto formam a POPULAÇÃO, geralmente, as populações são formados
por indivíduos pertencentes à mesma espécie e que habitam a mesma área geográfica , em
um determinado tempo. A união de várias populações resultam na comunidade, estas por sua
vez quando interagem com o meio físico e quimico do ambiente onde vive resulta no
ECOSSISTEMA, estes formam a BIOSFERA.

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CITOLOGIA

- ESTRUTURA DA CÉLULA
- DIVISÃO CELULAR
- CÉLULA COMO PORTADORA DAS ESTRUTURAS E PRÉ – DISPOSIÇÕES
HEREDITÁRIAS

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Dependendo de tempo de vida as células classificam – se em:

Células lábeis:pouco diferenciadas, de curta duração e que não se reproduzem. Após


cumprirem suas funções, morrem e são substituídas.
Ex: as hemácias e os gametas.
Células estáveis: mais diferenciadas, de longa duração, se reproduzem e regeneram.
Ex: células musculares lisas e células epiteliais.
Células permanentes:altamente diferenciadas, com funções muito especializadas, duram
a vida toda do organismo, não se reproduzem nem regeneram.
Ex: células nervosas.

I. ESTRUTURA DA CÉLULA
Os seus dois principais constituintes são o núcleo e o citoplasma.
- o núcleo está separado do citoplasma pela membrana nuclear
- e o citoplasma está separado dos líquidos circunjacentes por membrana celular.

AS DIFERENTES SUBSTÂNCIAS QUE CONSTITUEM A CÉLULA SÃO DENOMINADAS EM SEU


CONJUNTODE PROTOPLASMA, écomposto essencialmente de cinco subtânciasbásicas:
- ÁGUA,
- ELECTRÓLITOS (FOSFATO, MAGNÉSIO, POTÁSSIO),
- PROTEÍNAS,
- LÍPIDOS e
- CARBOHIDRATOS.
Núcleo Celularencontra – se mergulhado nocitoplasma, é no núcleo que se encontram os
cromossomos responsáveis pela informação hereditária e cuja substâncias química
fundamental o ácido desoxiribonucleico (ADN)O comando e coordenação de toda a
atividade celular e transmissão das características hereditárias, é feito pelos
cromossomas.

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Cada cromossomo é formado por uma única molécula. Ela se parece com duas fitas
enroladas entre si, em formato espiral.
A região do cromossomas que contém o código para sintetizar uma substância específica
é chamada de gene.
A molécula que forma o cromossoma é um ácido nucléico, denominado ácido
desoxirribonucléico, ou DNA
.
HEREDITARIEDADE é o processo através do qual se forma a carga genética de
cada indivíduo, a partir do espermatozóide paterno e do óvulo materno.

A constituição genética de cada indivíduo , isto é, as informações genéticas que ele


recebe no momento dafecundação, formam oGENOTIPO.

Mas depois o indivídiocomença a sofrer influências do meio: útero materno, antes do


nascimento e o ambiente externo. Por isso, diz –se que as características morfológicas
do indivídio, resultantes da interacção entre o genotipo e o meio, constituem o
FENOTIPO
O facto de alguém ser baixo ou alto, estreito, gordo, não depende apenas de sua
constituição genética, mas também do meio ambiente: no caso da quantidade e da
qualidade de sua
alimentação.
O indivíduo apresenta três tipos de características:
1. Hereditariedade
2. Adquiridas
3. Congénitas

1.Hereditariedade:
aquilo que é transmissível geneticamente de uma geração á seguinte. Diz-se que passa
por herança genética de pais a filhos ou de ascendentes a descendentes
2. Adquiridas: são as características de causas principalmente ambientais.ouuma
infecção que resulta do ambiente.
3. Congénitas:anomalia decorrente de malformação embrionária; patologia adquirida
durante a vida intra-uterina por contágio através da placenta

Cada célula humana contem 46 cromossomos arranjados em 23 pares dos quais


22 pares são autossomas e um par de cromossomas sexuais ou alossomas que são
responsáveis na determinação do sexo - XX, XY

Produção de células sexuais


Apartir da puberdade, o homem produz células sexuais (na forma de espermatozóides)
continuamente.
Em contrapartida, assim que uma mulhernasce, ela já produziu todos os óvulos que
deveria produzir por toda a vida. Quando chega na puberdade, os óvulos começam a se
desenvolver e são liberados. Este processo continua até a menopausa.
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Em homens e mulheres, a produção de células sexuais envolve meiose, um tipo de
divisão celular.

DIVISÃO CELULAR: Mitose e Meiose

A mitose ( do grego: mitos = filamento ) é um processo de divisão celular,


característico de todas as células somática. É um processo continuo que é dividido em 4
fases: Prófase, metáfase, anáfase e telófase, nas quais ocorrem grande modificações no
núcleo e no citoplasma.
Mitose, dá origem a duas novas células com o mesmo número de cromossomos da célula
inicial.
A Importância biológica: A mitose é importante no crescimento dos organismos
multicelulares e nos processos de regeneração de tecidos do corpo

O processo da divisão celular que ocorre somente nas células sexuais ou


germinativas denomina – se MEIOSE
Meioseé a divisão celular onde uma célula dá origem a quatro novas células com a metade
do número de cromossomas da célula inicial.
Importância biológica A meiose é importante para a variabilidade gênica, sendo um
tipo de divisão que ocorre no processo de formação do gámetas nos indivíduos que
apresentam reprodução sexual.

COMPARAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS DE DIVISÃO CELULAR

Mitose Meiose

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Resulta em duas células geneticamente iguais Resulta em quatro células geneticamente diferentes

Não há redução do número de cromossomos Há redução do número de cromossomos

Ocorre em células somáticas Ocorre em células germinativas

Uma célula produzida por mitose, em geral, Uma célula produzida por meiose não pode sofrer
pode sofrer nova mitose meiose

É importante na reprodução assexuada de


É importante na reprodução sexuada de organismos
organismos unicelulares e na regeneração das
multicelulares
células somáticas dos multicelulares

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CÉLULAS-TRONCO
O surgimento dessas células se dá da seguinte maneira:
oespermatozoide fecunda o óvulo, dando origem ao que chamamos de zigoto.
O zigoto sofre mitoses dando origem a uma “bola de células”, que se diferenciam originando os
folhetos germinativos (ectoderme, mesoderme e endoderme), que em seguida se diferenciam
em tecidos e órgãos do organismo.
Essas células originadas das mitoses do zigoto são as células-tronco, que também são chamadas
de células-mãe ou células estaminais. têm a capacidade de se diferenciarem em qualquer tipo de
célula, formando qualquer tipo de tecido e podem ser classificadas em células-tronco
embrionárias e células-tronco adultas.
As células-tronco embrionárias são retiradas de embriões

HISTOLOGIA

A histologia (do grego: hydton = tecido + logos = estudos)


é a ciência que estuda os tecidos biológicos, desde a sua formação (origem),
estrutura (tipos diferenciados de células) e funcionamento.
O corpo de um organismo multicelular é constituído por diferentes tipos de células,
especializadas em realizar diversas funções , constituindo os tecidos

DISTINGUEM – SE 4 GRUPOS FUNDAMENTAIS DE TECIDOS

Tecido Função
1 Epitelial Revestimento
2 Conjuntivo Preenchimento
3 Muscular Movimentação
4 Nervoso Integração

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1. TECIDO EPITELIAL

Do ponto de vista fisiológico, o tecido Epitelial tem por função atapetar superfícies.
revestimento das partes externas e internas do organismo ou com função de secreção.
Distinguem – se, portanto:
-Tecido epitelial de revestimento; (epitélios de revestimento)
-Tecido epitelial glandular (epitélios glandulares)

TECIDO EPITELIAL GLÂNDULAR OU SECRETOR


É o segundo tipo de tecido, além de ser revestidora forma glândulas, produzem e
eliminam substâncias.
Estas glândulas podem ser exócrinas (eixos, fora), lançam o produto de secreção na
superfície ou seja eliminam suas secreções para fora do corpo ou para a cavidade dos
órgãos.

As glândulas também podem ser endócrinas


(endo - dentro), não há formação de canal ou de ducto e a glândula não pode lançar
produtos de secreção na superfície do epitélio mas elimina a secreção diretamente nos
vasos sanguíneos.

2. OS TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO (TECIDO CONJUNTIVO) dividem-se em


vários grupos dentre eles os principais são:
Tecido. Conj. propriamente dito - cobre praticamente todos os órgãos, acompanhando os
vasos sanguíneos e linfáticos formam capas;
Tecido Conj. com propriedades especiais– distinguem-se Tecido reticular, tecido
adiposo(principalmente nos recém nascidos) , tecido mucoso (principalmente no embrião)
e tecido pigmentário este último contém muitas células pigmentárias melanocitos a este
tecido pertence as porções conjuntivas da pele;

TECIDO CONJ. ESQUELÉTICO(cartilaginoso e ósseo).


TECIDO CONJUNTIVO ESQUELÉTICO
1.Tecido cartilaginosotem consistência bem mais rígida que os tecidos conjuntivos.
Ele forma as cartilagens dos esqueléticos dos vertebrados, como, por exemplo, as
orelhas, a laringe, a traquéia, os brônquios e as extremidades ósseas.
As células são os condrócitos.
2.Tecido ósseo
Representa o tecido se sustentação que apresenta maior rigidez forma os ossos dos
esqueletos dos vertebrados.
É constituído pelas células ósseas, os osteocitos e por uma matriz compacta e
resistente.

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Existem dois tipos de tecido ósseo:
-tecido ósseo compacto - localiza-se principalmente nas
diáfises (zonas centrais ocas que contêm a medula óssea
amarela, rica em gordura) dos ossos longos.
-tecido ósseo esponjoso - onde se localiza a medula óssea
vermelha.Encontra-se principalmente nas epífises dos
ossos longos.

3. TECIDO MUSCULAR

Os animais dependem de sistemas de músculos para o movimento, bem como de sistema


nervoso que os controlam.
Proteínas (moléculas) contrácteis (miosina e actina) existem em todo o reino Animal,
fornecendo o movimento corporal.
Os músculos estão intimamente associados a sistemas esqueléticos, que convertem a
contracção muscular em movimento efectivo.
No entanto, os músculos têm mais funções que apenas o controlo do movimento, como por
exemplo:
- controlo da temperatura - a contracção muscular produz grande quantidade de calor;
- distribuição correcta do peso do corpo;
- Protecção dos órgãos viscerais.
- As células musculares designam-se fibras.

O tecido muscular é o responsável por todos os movimentos do nosso corpo, desde nossos batimentos
cardíacos até o acto de caminharmos.
São conhecidos três tipos diferentes de tecido muscular, são eles:
 Tecido muscular estriado esquelético;
 Tecido muscular estriado cardíaco;
 Tecido muscular liso.

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 O tecido muscular estriado esqueléticoestá preso aos ossos e é o tipo de tecido
encontrado recobrindo o nosso esqueleto, mas também pode ser encontrado em outras
partes do corpo (no rosto, abdome etc.)
Os músculos que compõem esse tipo de tecido têm movimentos voluntários, ou seja,
eles só se movimentam quando nós queremos.
Por exemplo, quando queremos nos levantar de uma cadeira, ou correr, dançar, pular,
entre tantos outros movimentos que fazemos voluntariamente
O tecido muscular estriado é capaz de contrações rápidas, sob o controle da vontade,
denominado esquelético, por se prender aos ossos.
Essas miofibrilas são constituídas por duas proteínas contráteis: a actina forma
filamentos finos e a miosina filamentos mais grossos.
 O tecido muscular estriado cardíacoé encontrado no coração dos vertebrados.
É um tecido que se movimenta de forma involuntária, ou seja, seus movimentos são
inconscientes e não dependem da nossa vontade.
Chamamos de batimentos cardíacos as contrações involuntárias do tecido muscular
estriado cardíaco.
 O tecido muscular liso, encontrado em nossas vísceras, ou seja, revestindo nossos
órgãos internos como estômago, intestino, bexiga, útero, artérias, veias, glândulas,
brônquios, etc.
Tem movimento involuntário, ou seja, inconsciente.
Por exemplo, os movimentos peristálticos do nosso esôfago, o movimento de brônquios
e bronquíolos do nosso pulmão ao respirarmos etc.

4. TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso forma os órgãos dos sistemas nervosos central e periférico.
Ele tem por função coordenar as actividades de diversos órgãos, receber informações
do meio externo e responder aos estímulos recebidos.
É constituído por células nervosas - neurocitos ou neurónios e células de apoio ou
células da glia (neuróglia–neûron – nervo; glia–cola, liga).
- A célula nervosa ou neurónio (neurócitos) que é uma célula altamente diferenciada, de
ciclo vital longo,
- sem capacidade de divisão e de regeneração,
- têm prolongamentos ramificados, os dendritos, um corpo – soma e o axônio,

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TECIDO HEMAPOIÉTICO
Hemapoiético (hematos, sangue; poiese, formação), sua função é produção de células
sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas) .
Há duas variedades desse tecido:
O Tecido linfóide, encontrado no baço, timo e gânglios linfáticos, produz alguns tipos
de leucócito
OTecido mielóide, que forma a medula óssea vermelha., recebendo nome de tecido
mielóide (mielos, medula).
tecido mielóide, além de vários tipos de leucócito, produz hemácias (ou glóbulos
vermelhos) e plaquetas.
Os leucócitos são Encarregados da defesa do organismo, eles produzem anticorpos e
fagocitam microorganismos invasores e partículas estranhas.
Apresentam a capacidade de passar pelas paredes dos vasos sangüíneos para o tecido
conjuntivo, sem rompê-los, fenómeno este denominado diapedese.
Diapedese.-passagem dos leucócitos do sangue para os tecidos circunvizinhos através
das paredes íntegras dos capilares;
graças a diapedese, os leucócitos podem realizar a sua função de defesa do organismo
no combate aos micróbios, mesmo fora do sangue.

Formação das células sanguíneas a partir da medula óssea

PELE E OS SEUS ANEXOS


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A Pele (cutis) – É um órgão constituído por tecidos epiteliais e conjuntivos, ela cobre
toda a superfície do corpo.
Estrutura da pele:
Na pele distinguem – se duas camadas principais: epiderme e a derme
Epiderme representa a camada epitelial
A camada basal contém as células chamadas melanócitos que sintetizam o pigmento da
pele melanina que determina a cor da pele.
Derme é a base da pele ou a parte mais profunda da pele, representa uma membrana
composta por tecidos conjuntivos.
Nela distinguem – se duas camadas:
1aestrato papilar e a 2a estrato reticular.
O estrato papilar situa – se direitamente por baixo da epiderme e é constituído por
tecidos conjuntivos irregulares fibroso que exerce a função trófica.
Chama – se estrato papilar por ter numerosas papilas que se projecta no epitélio.
A maior quantidades de papilas encontram – se na pele das palmas e plantas com
carácter individual.
É por expressões digitais desejadas em distintos objectos, se pode reconhecer a
pessoa a que pertence estes dedos.
2aestrato reticular. Está formado por tecido conjuntivo regular compacto nesta
camada encontram – se as glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas os vasos
sanguíneos, linfáticos e nervos assim como as raízes de pelo.
Tem como função assegurar a resistência de toda a pele
Tecido subcutâneo
Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico em
fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos).
A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva energética, proteção
contra choques mecânicos e isolante térmico.

Algumas funções da pele


Função protectoraprotege o organismo das lesões térmica, mecânicas, químicas etc...
Função receptorado grupo analisador sensorial (tácteis, dores, térmica) a pele contem
receptores de temperatura, pressão, dores que se encontram na epiderme.
Função secretora através das glândulas sebáceas e sudorípara secreta diferentes
produtos do metabolismos (consiste na formação e segregação do suor e gorduras)
É na derme que se localizam os vasos sanguíneos que nutrem a epiderme, vasos
linfáticos e também os nervos e as células sensoriais a eles associados.
Estes incluem vários tipos de sensores:
Corpúsculo de ValterPacini sensíveis à pressão.
Corpúsculo de Meissner com função de detecção de pressões
Corpúsculo de Krause, sensíveis ao frio

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Órgão de Ruffini sensíveis ao calor.
Célula de Merckel, sensíveis a tacto e pressão.
Folículo piloso, com terminações nervosas associadas.
Terminação nervosa livre com dendritos livres sensíveis à dor e temperatura.

Glândulas da Pele
asglândulas sudoríparas e as glândulas sebáceas têm uma participação decisiva na
aparência e saúde da pele.
Glândula sebácea: produz o sebo que é uma secreção de caráter oleoso.
Glândula sudorípara: produz o suor que é uma secreção de caráter aquoso.
Estas secreções são lançadas sobre a pele formando a Emulsão Epicutânea.
É uma mistura estável de substancias de caráter aquoso com substâncias de caráter
oleoso.
A pele contém provitamina em consequência da irradiação do 7-desidrocolesterol pelos raios
ultravioletas do sol dá origem das vitaminas do grupo D. O mais importante deles, denominado
vitamina D3 é o calciferol.
A exposição adequada ao sol previne a deficiênciadevit. D.
A vit. D desempenha importante papel, tanto na absorção quanto na deposição óssea,
também promove a calcificação óssea
Entre os anexos da pele distinguem – se o pelo, as únhas as glândulas sudoríparas e
sebáceas

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Glândulas sudoríparas - são glândulas de tipo tubulares. O seu tubo excretório abre-se
até a superfície da pele (poros)
Glândulas sebáceas são glândulas de tipo alveolar, estão sempre ligadas com o pelo, os
seus excretores abrem – se no folículo piloso

Classificação da Pele / Tipos de Pele


A classificação mais utilizada para determinar os diversos tipos de pele é em grande
parte determinada pelo nível de secreções cutâneas.
- Pele Normal, - Pele oleosa, - Pele seca e a Pele Mista
Pele Normal
Suave ao tacto,a EmulsãoEpicutânea está correctamente formada, garantindo os
elementos fundamentais de protecção, lubrificação e hidratação em perfeito equilíbrio.
Necessita de cuidados que visam a manutenção deste estado de equilíbrio.
Pele Oleosa
Apresenta brilho acentuado, tendência a formação de espinhas . A Emulsão Epicutânea
é formada em grande quantidade, com excesso de secreção sebácea (sebo). Tem
diminuída sua protecção contra microorganismos agressivos.
Necessita de cuidados diários para regular o funcionamento das glândulas sebáceas,
elimina células mortas, impurezas e oleosidade excessiva que dão aparência suja e
pesada à pele.
Pele Seca
É fina, sensível, e sem brilho. Facilmente irritável, descama com facilidade. Tem
marcante tendência ao aparecimento de rugas e marcas de expressão. Envelhece
rapidamente. A Emulsão Epicutânea é formada em quantidade insuficiente, deixando-a
desprotegida.

Pele Mista
É muito comum uma mesma pessoa apresentar mais de um tipo de pele. Neste caso a
pele será classificada como mista.. Deve ser dada uma atenção especial para não se
utilizar hidratantes ou nutritivos para pele seca ou normal em áreas muito oleosas.
Distúrbios da Pele:Albinismo, Dermatite, Dermatose, As queimaduras, cálvice, lepra
etc...

ALBINISMO

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O albinismo decorre de um bloqueio incurável da síntese de melanina devido à ausência
da enzima tirosinase nos melanócitos (que sintetizam o pigmento da pele melaninada
cor preta), a falta desse pigmento origina o albinismo.
A lepra é uma doença transmissivel causada por uma bactéria, afecta maioritáriamente
a pele e os nervos. Ela progride lentamente com uma média de período de incubação de
3 anos.
É uma doença de pele que afeta os nervos causando grandes danos.
Ela é transmitida pelas secreções do indivíduo contaminado pelo simples fato de falar,
tossir ou espirrar.

Sintomas da lepra
Os primeiros sintomas da lepra são:
aparecimento de manchas arredondadas espalhadas pelo corpo, um pouco mais claras
que a tonalidade da pele do indivíduo tornando-se algumas vezes avermelhadas e
insensíveis.

Nelas, o indivíduo deixa de sentir as diferenças de temperatura e de pressão, o que


pode causar acidentes sérios

Um furúnculo é uma doença de pele causada pela infecção dos folículos pilosos
resultando numa acumulação localizada de pus e tecido morto.
Furúnculo é uma infecção de pele, em geral causada pela bactéria
Staphylococcusaureus, que acomete o folículo piloso, a glândula sebácea e o tecido
subcutâneo ao redor.
Sua principal característica é a formação de um abscesso, ou seja, de um nódulo
avermelhado, endurecido e quente, com uma área amarelada na parte central indicativa
da presença de pus.
quando a bactéria se dissemina pela corrente sanguinea e pode atingir órgãos como
ossos e coração;

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DIVISÃO DO CORPO HUMANO
CLASSICAMENTE O CORPO HUMANO É DIVIDIDO em: cabeça, tronco e membros.

A Cabeça se divide em face e crânio.


- O Tronco em pescoço, tórax e abdome.
- Os Membros em superiores e inferiores
- Os Membros superiores são divididos em ombro, braço, antebraço e mão
- Os Membros inferiores são divididos em quadril, coxa, perna e pé.

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Osteologia - é a ciência que estuda os ossos.
- Os ossos são órgãos muito duros, que unidos-se aos outros, por intermédio das
junturas ou articulações constituem o esqueleto.

Função:
٠Sustentação do organismo.
٠Protecção dos órgãos nobres
٠Hematopoiética.
. Locomução
٠ O esqueleto determina a forma do corpo e a sua
dimensão.

O ESQUELETO HUMANO DIVIDE – se em esqueleto Axial e esqueleto Apendicular.


Esqueleto Axial – composto pelos ossos da cabeça, Pescoço e do tronco.
Esqueleto Apendicular – composto pelos ossos dos membros superiores e membros
inferiores.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas
escapular e pélvica.

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Juntas é o local onde dois ou mais ossos se tocam. Algumas são fixas (ex.: crânio), onde
os ossos estão firmemente unidos entre si.

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Em outras juntas (ex.: articulações), os ossos são móveis, permitindo ao esqueleto
realizar movimentos. Há vários tipos de articulações:
Nos ombros, possibilitando movimentos giratórios dos braços.
Nos joelhos e cotovelos, permitindo dobrar.

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Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermediários, que
podem ser distribuídos em 3 grupos:
1. Ossos alongados – São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central.
Exemplo: Costela
2. Ossos Pneumáticos – São ossos ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por
mucosa, apresentado pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Osso Esfenoide.
3. Ossos irregulares –São aqueles que apresentam uma caracterização muito
específica. Exemplo: vértebras.
Composição química dos ossos
Os ossos são compostos por minerais, principalmente cálcio e fósforo, que aumentam
MIJsua força e rigidêz. Os íons magnésio, sódio,potásio e carbonato também estão
presente entre os sais ósseos.
O desenvolvimento dos ossos
O osso se renova constantemente até a fase da adolescência, que é quando ele
amadurece em seu estado adulto.
Como fortalecer os Ossos? Não somente exercícios físicos, mas também a
composição de uma dieta correcta, composta de vitaminas, principalmente a vitamina D,
minerais como o cálcio, e proteínas ajudam o desenvolvimento de ossos.
PROBLEMAS ÓSSEOS
Alguns dos problemas mais comuns nos óssos são as fracturas,
As vezes a espinha tende a se curvar para o lado (escoliose).
Skolios vem do grego - torcido – desvio lateral da coluna vertebral
Osteomalácia– osteon – osso, malakia – amolecimento: doença por carência de fósforo,
cálcio e vit. D, que provoca o amolecimento gradual dos ossos (proparoxítono)
Quando é vista de frente a coluna vertebral é recta,
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E quando vista de lado forma quatro curvaturas,
Temos assim:
aLordose cervical (localizada no pescoço),
aCifose toráxica(ao nível das costelas),
alordose lombard(ao nível do abdómen) e por fim
acifose sacrococcígea, ao nível do sacro e do cóccix.
O aumento dessas curvaturas representam quadros patológicos. Sendo:
Hiperlordose, cervical ou lombar; Hipercifose torácica.

Quando é vista de frente a coluna vertebral é recta,


E quando vista de lado forma quatro curvaturas,
Temos assim:
aLordose cervical (localizada no pescoço),
aCifose toráxica(ao nível das costelas),
alordose lombardi(ao nível do abdómen) e por fim
acifose sacrococcígea, ao nível do sacro e do cóccix.
O aumento dessas curvaturas representam quadros patológicos. Sendo:
Hiperlordose, cervical ou lombar; Hipercifose torácica.

RAQUITISMO – Doença própria do período de crescimento do indivídio, na infância,


resultante de carência de vitaminas D no organismo; isso acarreta a deficiênte absorção de
sais de cálcio e fósforo pelo intestino e consequentemente, afeta a formação do tecido ósseo e
dos dentes, com desenvolvimento defeituoso do esqueleto.
O RAQUITISMO
É a doença que se traduz por fragilidade dos ossos do esqueleto na fase do
crescimento, ou seja, na primeira fase da vida animal (Infância), e hoje sabemos ser
causada por carência de Cálcio, Fósforo e Vitamina D.
Os ossos se apresentam frágeis, com possibilidades decorrentes de fraturas até
expontâneas, além de terem seu crescimento alterado, principalmente observável nos
ossos longos como o fêmur, tíbia, úmero e costelas, e mesmo nos ossos do crânio..
OSTEOMALÁCIA
Caracteriza-se esta doença, também como o Raquitismo, por fragilidade óssea, porém
ocorrendo no organismo já adulto, Como o próprio nome significa, é a Osteomalácia
doença dos OSSOS MOLES... ocorre simplesmente, pela falta de Cálcio, Fósforo e
Vitamina D, na alimentação.
Muitas vezes é a doença simultânea a distúrbios das glândulas endócrinas Tireóide e
Paratireóides, daí se supor ser secundária ou associada a essas anormalidades
endócrinas.
OSTEOPOROSE

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É doença observável na fase da vida chamada da velhice. Os ossos vão gradativamente
se tornando porosos (daí o nome da doença), com pouca substância constitutiva, daí
serem possíveis e frequentes fracturas até espontâneas.
Efectuadas radiografias do esqueleto desses animais, vão ser observados os ossos com
pouca deposição cálcica e consequentes aumento de sua transparência aos Raios X .
.
OSTEOMIELITE – Processo inflamatóriodecorrente de infecção purulenta do
tecido ósseo, que atinge inclusive o canal medular, com degeneração tecidual da
medula óssea

O SISTEMA DIGESTIVO

29
A nutrição é factor essencial
na manutenção da
saúde.
Comeré um ato necessário além de ser um dos maiores prazeres da vida.
Os tipos de alimentos escolhidos pelas pessoas para fazer parte de sua dieta usual,
bem como o modo de preparar esses alimentos, variam muito de um povo para o outro.
O sucesso do estudante também depende da alimentação correcta, assim como ninguem
pode estudar com fome ou alimentando-se erroneamente, ignorando:
1. O que comer e o que não comer
2. Quando comer e quando não comer
3. Quanto comer
4. Como comer
5. Como combinar os alimentos

”O homen não morre; mata-se”


“uma das causas da morte prematura está na alimentação irracional”
“A humanidade, com os dentes, cava a própria sepultura”

Os nutrientes presentes nos alimentos podem ser enquadrados em três grupos, de


acordo com suas funções:
1. PLÁSTICOS ou ESTRUTURAIS
2. ENERGÉTICOS
3. REGULADORES

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Os nutrientes plásticossão representados principalmente pelas proteínas, que entram
na construção de diversas partes da célula.
Já os açúcares (carbohidratos) e as gorduras (lipídios) são predominantenutrientes
energéticosuma vez que fornecem a maior parte da energia do corpo.O nosso organismo
pode queimar proteínas ingeridas em excesso para obter energia, caso a dieta seja
pobre em açúcar e gorduras.
Para que o nosso corpo trabalhe em harmonia, são necessáriosnutrientes
reguladores,como as vitaminas, que controlam a queima de açúcar, a produção de
proteínas, a formação dos ossos etc...
Já os sais minerais desempenham tanto função reguladoras quanto funções plásticas
A DIGESTÃO é a "fragmentação" dos alimentos para que possam ser absorvidos pelo
sangue (organismo).
O Tubo Digestório é o "tubo" por onde passa o alimento.
Ele é composto pela boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino
grosso e ânus.
Além dos órgão do tubo digestivo também existem os órgãos em anexos
(as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado).
Estes órgãos e o próprio intestino delgado produzem sucos digestórios que atuam na
digestão.
Mastigar com eficiência. Uma boa digestão depende de uma mastigação eficaz (em
torno de 25 mastigações por cada porção), com o uso da própria saliva para
fazer e deglutir o bolo alimentar, dispensando o uso de água ou refrigerantes.
OBSERVAR O REFLEXO DE SACIEDADE. A
cultura de comer tudo o que se põe no prato não costuma respeitar este princípio, de
modo que é melhor se servir com menos e depois repetir, se for o caso.

A BOCA
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí encontram-se os
dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação.
Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá
facilitar a futura acção das enzimas.

A LÍNGUAmovimenta o alimento empurrando-o em


direcção a garganta, para que seja engolido. Na
superfície da língua existem dezenas de papilas
gustativas, cujas células sensoriais percebem os

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quatro sabores primários: amargo (A), azedo ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua
combinação resultam centenas de sabores distintos.

Asglândulas salivares

A presença de alimento na boca,


assim como sua visão e cheiro,
estimulam as glândulas salivares
a secretar saliva, que contém a
enzima amilase salivar ou
ptialina, além de sais e outras
substâncias.
Três tipos de glândulas
salivares lançam sua secreção
na cavidade bucal; parótida,
submandibular e sublingual:

ESTÓMAGO E SUCO
GÁSTRICO
O estômago é um órgão muscular que liga o esófago ao intestino delgado.
Sua função principal é a digestão de alimentos proteicos.
Um músculo circular, que existe na parte inferior (esfíncter), permite ao estômago
guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir
alimento de pouco em pouco tempo.
Peristaltismo
Em todo o tubo Digestório existem músculos que fazem com que o alimento se
movimente.
Assim o alimento é transportado da boca até o ânus.
Digestão Mecânica e Digestão Química
A digestão mecânicaocorre apenas na mastigação e obviamente é efectuada pelos
dentes.
A digestão químicaque atua em todo o tubo digestório é realizada pelos sucos
digestórios.
Os Sucos Digestórios e sua Enzimas
Os sucos digestórios são compostos principal- mente pelas Enzimas.
As enzimas são responsáveis pela "quebra" dos alimentos.
Os alimentos que ingerimos contem nutrientes que precisamos para viver.Cada
alimento possui quantidades diferentes destes nutrientes.
Os nutrientes são divididos em:
- proteínas,

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- gorduras,
- amido,
- sais minerais e vitaminas.
Os sais e as vitaminas não precisam ser digeridas, elas já são pequenas o suficiente
para atravessar a parede do intestino e passar para o sangue.
Como cada alimento pode ter nutrientes diferentes, o corpo também tem enzimas
diferentes.
Para DIGERIR as PROTEÍNAS existe a PEPSINA,
paraDIGERIR as GORDURAS existem as LIPASES epara DIGERIR o AMIDO EXISTE
a PTIALINA ou AMILASE SALIVAR.

Cada nutriente recebe um nome diferente depois de ser digerido (quebrado).


-As ex - proteínas – Pepsina- passam a se chamar Aminoácidos,
-As ex-gorduras ou ex-lipídios – Lipases- viram Ácidos Graxos e Glicerol
-O ex-amidoPTIALINA ou AMILASE SALIVAR-vira Glicose.
As enzimas estão contidas em sucos digestórios, que também tem nome!
A ptialina está contida na saliva,
A pepsina está contida no suco gástrico,
As lipases estão no suco pancreático e no suco entérico
e a amilase está no suco pancreático.
CONTROLE DA ATIVIDADE DIGESTIVA
- A presença de alimento na boca, a simples visão, pensamento ou o cheiro do
alimento, estimula a produção de saliva.
- Enquanto o alimento ainda está na boca, o sistema nervoso, por meio do nervo vago,
envia estímulos ao estômago, iniciando a liberação de suco gástrico.

- Quando o alimento chega ao estômago, este começa a secretargastrina,hormônio


produzido pela própria mucosa gástrica e que estimula a produção do suco gástrico.
- Com a passagem do alimento para o duodeno, a mucosa duodenal secreta
outrohormônio, a secretina, que estimula o pâncreas a produzir suco pancreático.
- Ao mesmo tempo, a mucosa duodenal produz colecistocinina, que é estimulada
principalmente pela presença de gorduras no quimo e provoca a secreção do suco
pancreático e contração da vesícula biliar, que lança a bile no duodeno.

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- Em resposta ainda ao quimo rico em gordura, o duodeno secreta enterogastrona, que
inibe os movimentos de esvaziamento do estômago, a produção de gastrina e,
indiretamente, de suco gástrico.

SISTEMA
CARDIOVASCULAR

O sistema cardiovascular ou
circulatório é uma vasta rede de
tubos de vários tipos e calibres

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(artérias, veias, arteriolas, venulas, capilares sanguíneos ), que põe em comunicação
todas as partes do corpo.
Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contracções rítmicas do
coração.
As células precisam de O2 e de nutrientes e têm de eliminar CO2 e outros resíduo
No homem essas necessidades são atendidas por um sistema circulatório que consiste
de sangue, vasos e coração ,o sangue é o meio de transporte, os vasos são os tubos
pelos quais o sangue flui e o coração fornece a força que movimenta o sangue pelos
vasos.

FUNÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR


Transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de O2 e pela eliminação
de CO2
Transporte de nutrientes: os nutrientes resultantes da digestão passam através de
um fino epitélio e alcançam o sangue.
Por essa verdadeira "auto-estrada / vasos sanguineos“,os nutrientes são levados aos
tecidos do corpo.
Transporte de hormonas:
hormonas são substâncias secretadas por certos órgãos (glândulas endócrinas),
distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do
corpo.
Distribuição de mecanismos de defesa:
(leucócitos) pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias, componentes da
defesa contra agentes infecciosos.
Coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, com função na coagulação
sanguínea.
Coração:
É um órgão oco, formado por quatro cavidades
As duas superiores se chamam átrios (aurícula) e as duas inferiores se chamam
ventrículos
-O átrio direitocomunica com o ventrículo direito através de uma válvula
chamadatricúspide.( três ponta) impede o refluxo do sangue quando da sístole
ventricular.
-O átrio esquerdocomunica-se com o ventrículo esquerdo através de uma válvula
chamada mistral (bicúspide)
O coração é revestido externamente por uma membrana opericárdioe internamente o
revestimento é feito pelo endocárdio.
O coração está situado acima do músculo diafragma ,entre os dois pulmões , numa
região chamada mediastisno(espaço interior do tórax, situado entre os dois pulmões,
onde se alojam o coração).
Vasos sanguíneos:
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1. artérias, arteriolas
2. veias, venulas e
3. capilares sanguíneos.

Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula.

Há três tipos principais:


1. as artérias, que levam sangue do coração ao corpo;
2. as veias, que o reconduzem ao coração; e
3. os capilares, que ligam artérias e veias.
Movimentos do coração:
Sístole- contracção

Diástole- relaxamento

Sangue :
Plasma - parte líquida,
Hemácias (Globulos vermelhos, eritrócitos) - transporte de gases,
Leucócitos (Glóbulos brancos) - defesa do organismo
Plaquetas (trombócitos) - coagulação sanguínea
No lado direito do coração o sangue é venoso e no lado esquerdo do coração o sangue e
arterial.

Tipos de circulação:
A circulação sanguínea é a passagem do
sangue através do coração e dos vasos.
Podemos dividi-las em duas etapas:
- Pequena circulaçãoou circulação pulmonar,
ou fechada
- Grande circulação ou circulação sistémica
Pequena circulação– o sangue venoso que
chegou ao átrio direito passa para o
ventrículo direito, é lançado aos pulmões.
Depois de sofrer hematose( transformação
do sangue venoso em arterial, nos pulmões,
ao contacto com o oxigénio do ar respirado)
nos pulmões, o sangue oxigenado torna – se
outra vez arterial retornando ao átrio
esquerdo em resumo é uma circulação - coração, pulmões, coração ou
Ventrículo direito, pulmões, Aurícula esquerda
A hipertensão arterial é o aumento desproporcionado dos níveis da pressão em
relação, principalmente, à idade.
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A pressão arterial normal num adulto alcança um valor máximo de 140 mmHg
(milímetros de mercúrio) e mínimo de 90 mmHg. Valores maiores indicam hipertensão
(pressão alta).
Idade e Sexo: A pressão alta é mais comum nos homens do que nas mulheres, e em
pessoas de idade mais avançada do que nos jovens.
Genética: Pessoas com antecedentes familiares de hipertensão têm maior
predisposição a sofrer da mesma.
Estresse.
Excesso de peso (obesidade).
Causas
As causas que provocam a pressão alta são muitas e variadas. Na maioria dos casos, a
causa é desconhecida ou não está bem definida.
Entre as causas conhecidas estão as doenças dos rins, das glândulas (endócrinas), do
sistema nervoso, o abuso de certos medicamentos e a gravidez.
Sintomas
a primeira fase a hipertensão arterial não apresenta sintomas, mas, à medida que os
anos vão passando, eles começam a aparecer. Os mais comuns são: dor de cabeça, falta
de ar, enjôos, visão turva, debilidade, sangramento pelo nariz, palpitações e até
desmaios.

Sistema linfático

Sistema paralelo ao cardiovascular, constituido por


uma vasta de rede de vasos (vasos linfáticos)
semelhantes as veias que se distribuem por todo o
corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou
aos capilares sanguíneos,
filtrando-o e reconduzindo-o à circulação
sanguínea.
Os órgãos linfáticos removem o excesso de fluido
dos
tecidos do corpo e o devolve ao sistema
cardiovascular.
Também auxiliam o corpo a combater infecções.

O sistema linfático compõe – se de:


Vasos linfáticos, capilares linfáticos (vasos menores), Linfonodos ou gânglios linfáticos
(linfonodos cervicais, axilares, intercostal,íliaco externo, inguinais)
- Timo,
- Baço
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- Amígdalas (tonsilas palatinas)
- Linfa - líquido que circula pelos vasos linfáticos,
- - Os vasos ou ductos linfáticosformam uma rede de tubos que alcançam todas as
partes do corpo os capilares linfáticos terminam em fundo cego nos
tecidos do corpo. Aqui eles colectam um líquido chamado linfa, que sai
dos capilares sanguíneose se acumula nos tecidos. Uma vez colectada, a linfa flui num só
sentido
Linfonodos ou gânglios linfáticossão formações ovóides ao longo de vasos linfáticos
que defende o corpo contra doenças filtrado os microrganismo, como as bactérias
Há dois tipos de células de defesa nos linfonodos:
- Os macrófagos,que englobam e fagocitam microrganismo
- Os linfócitos, que liberam anticorpos que atacam e
destroem microorganismo
Timo - esse órgão linfóide auxilia a produção de células
denominadaslinfócitos “T”, que atacam
microorganismos específicos causadores de doenças para destruí-los e ajudar a
defender o corpo contra infecções.
O timo é mais activo nas crianças e atrofia se gradativamente na idade adulta.
Baço – é o maior órgão linfanoide do corpo. Ele actua como reservatório de sangue,
remove delas células sanguíneas vermelhas (eritrócitos) gastas e constitui uma sede
para actividade de macrófagos e linfócitos.
Esplenite (esplenomegalia) : – splen – baço,
megalos – grande, gigante – aumento acentuado de
volume do baço. Causas malária, hepatite etc...
Os gânglios linfáticossão órgãos de defesa do organismo humano e produz anticorpos.
Quando este é invadido por microorganismo, os glóbulos brancos dos gânglios linfáticos,
próximos ao local da invasão começam a se multiplicar activamente para dar combate
aos invasores.
Com isso os gânglios incham, formando as ínguas.
É preciso muitas das vezes, detectar um processo infeccioso pela existências de
gânglios linfáticos inchados.
Amígdala – ou amídala – amêndoa – cada um dos órgãos linfóides localizados na
orofaringe e na nasofaringe (tonsilas e adenóides)Orofaringe - porção do faringe
situada entre o limite posterior do palato mole e a epiglote.
Nasofaringe porção do laringe que faz comunicação entre as fossas nasais e a
orofaringe
- Linfa – líquido que circula pelos vasos linfáticos.Sua composição é semelhante á do
sangue, mas não Possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos
- quais 99% são linfócitos.Os órgãos linfóides podem ser classificados em:

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Órgãos linfóides primários – incluem a medula óssea e o timo, locais onde os linfócitos
se diferenciam e sofrem maturação;
- Órgãos linfóides secundários – também designados por órgãos linfóides periféricos,
são órgãos de passagem e acumulação de glóbulos brancos, logo aqui é desencadeada a
resposta imunitária, e incluem:
- baço - localizado do lado esquerdo do abdómen, armazena glóbulos vermelhos velhos e
recicla o ferro da hemoglobina, bem como glóbulos brancos e filtra a linfa;
- gânglios linfáticos - nódulos de tecido esponjoso muito dinâmico separados em
compartimentos por tecido conjuntivo, localizados no percurso dos vasos linfáticos,
nomeadamente no pescoço, axilas, abdómen e virilhas;
- amígdalas;
- tecido linfático disperso - associado a mucosas.

SISTEMA RESPIRATÓRIO
Respiraçãoé o processo que consiste na
absorção de O2 (oxigénio) pelo
organismo - inspiração e na liberação
de CO2 (gás carbónico) - expiração.
O ar que inspiramos, contendo cerca
de:20,82% de o2 e 79,15% de
nitrogénio e 0,03% de co2.
O processo de troca gasosa entre o ar e
o sangue ou entre alveolares
pulmonares e capilares sanguíneos
recebe o nome de hematose
(transformação do sangue venoso em
arterial)
Inspiração: durante a inspiração o
diafragma se contrai e se achata, aumentando o volume e diminuindo a pressão no
interior do tórax, sugando o ar para dentro dos pulmões.
Expiração:durante a expiração o diafragma se relaxa, reduzindo o volume e amentando
a pressão no interior do tórax, forçando o ar para fora dos pulmões.
Distinguem-se 4 eventos principais durante a respiração

- 1.Ventilação pulmonar(a entrada e a saída do ar entre a atmosfera e os alveolares


pulmonares)
- 2.A difusão de O2 e CO2entre os alvéolos e o sangue

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- 3.Transporte de O2 e co2no sangue e nos líquidos corporais para dentro e para fora
das células
- 4.A regulação da ventilação(centros espiratórios)
No tronco cerebral, na base do cérebro, possuímos um conjunto de neurónios
encarregados de controlar a cada instante a nossa respiração: trata – se de centro
respiratório e é dividido em várias áreas ou zonas com funções específicas:
Zona inspiratória: é a zona responsável por nossa inspiração apresenta células
autoexcitáveis que, a cada 5 segundops aproximadamente, se excitam e fazem com que
durante aproximadamente 2 segundos nos inspiramos
- Zona expiratória: responsável pelos nossos músculos da expiração, quando esta zona
entra em actividade a zona inspiratória entra em reuposo, e vice-versa
- Zona Pneumotáxicatem como função principal inibir a inspiração
- Zona quimiossensível: situada entre as zonas inspiratória e expiratória, controla
actividades de ambas
O sistema respiratóriohumano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos
que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares.
Esses órgãos são: as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia,
os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos,
os três últimos localizados nos pulmões.
As fossas nasais são duas cavidades paralelas que vão das narinas até à faringe e estão
separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa, terminando na faringe.
No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do
olfacto.
As fossas nasais têm a função de filtrar, umedecer e aquecer o ar que é inspirado.
As fossas nasaissão revestidas internamente pela mucosa nasal, que possui um grande
número de vasos sanguíneos.
O calor do sangue nesses vasos aquece o ar e, assim, as demais vias respiratórias e os
pulmões recebem ar aquecido.
Além de lubrificar a mucosa, junto com os pêlos, retêm micróbios e partículas de poeira
da ar, funcionando como um filtro; serve também para umedecer o ar.
Nariz é o primeiro segmento por onde, de preferência, passa o ar durante a inspiração.
Ao passar pelo nariz, o ar é filtrado, umidificado e aquecido
Faringe: após a passagem pelo nariz, antes de atingir a laringe, o ar deve passar pala
faringe, segmento que também serve de passagem para os alimentos
Laringe:é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte
superior do pescoço, em continuação à faringe.
- A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de cartilagem
denominada epiglote, que funciona como válvula.
- Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso
impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.

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- O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de
produzir sons durante a passagem de ar.
- Traquéia:as suas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua
região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões.
- Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, envolvidos por uma membrana
serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se, dando origem a
tubos cada vez mais finos, os bronquíolos.
- Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais (tecido
epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos
pulmonares.
- Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-
membranosoque separa o tórax do abdómen, presente apenas em mamíferos,
promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.

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SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário é formado por um


conjunto de órgãos que filtram o sangue,
produzem e excretam a urina - o principal
líquido de excreção do organismo.
É constituído por: um par de rins,
um par de ureteres, pela bexiga urinária e
pela uretra.

Rins -transformam em urina a água e as substâncias químicas removidas do sangue.Os rins


situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna
vertebral. Têm a forma de um grão de feijão
Ureteres -drenam a urina dos rins até a bexiga
Bexiga -armazena a urina até que possa ser eliminada
Esfíncteres -abrem e fecham a saída da bexiga, controlando a micção
Uretra - canal através do qual a urina é expelida do corpo

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Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares
ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons,

O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, uma expansão em forma de
taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que
continua pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal; este desemboca em um tubo
colector. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.

Como funcionam os rins

O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica no interior do órgão,
originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da
cápsula de Bowman do néfron, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de
Malpighi.

Ao sair do néfron, a urina entra nos dutoscoletores, onde ocorre a reabsorção final de água.

Dessa forma, estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do
plasma; porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que
aproximadamente 99% do filtrado glomerular é reabsorvido.

Regulação da função renal

A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de


líquidos do corpo.

O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH


(antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise.

Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de ADH, aumentando a


produção de urina.

Além do ADH, há outro hormônio participante do equilíbrio hidro-iônico do organismo:


aaldosterona produzida nas glândulas supra-renais.

Aldosterona aumenta a reabsorção activa de sódio nos túbulos renais, possibilitando maior
retenção de água no organismo.

A produção de aldosterona é regulada da seguinte maneira:

quando a concentração de sódio dentro do túbulo renal diminui, o rim produz uma proteína
chamada renina, que age sobre uma proteína produzida no fígado e encontrada no sangue
denominada angiotensinogênio (inativo), convertendo-a em angiotensina (ativa).

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Essa substância estimula as glândulas supra-renais a produzirem a aldosterona

Regulação da função renal - resumo

HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH): principal agente fisiológico regulador do equilíbrio


hídrico, produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise.

Aumento na concentração do plasma (pouca água)

os receptores osmóticos localizados no hipotálamo - a produção de ADH – actua no sangue nos


túbulos distal e coletor do néfron - as células ficam mais permeáveis à água - a reabsorção de
água - e a urina mais concentrada.

A ELIMINAÇÃO DE URINA

ureter

Os néfrons desembocam em dutos colectores, que se unem para formar canais cada vez mais
grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, que deixa o rim em
direcção à bexiga urinária.

Bexiga urinária

A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja função é
acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais de ¼ de litro
(250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente através da uretra.

Uretra

A uretra é um tubo que parte da bexiga leva a urina da bexiga urinária para o exterior,

na mulher, é curta conduz unicamente a urina é independente do sistema genital. termina na


região vulvar ou se abre no vestíbulo da vulva.

no homem, é longa conduz a urina e o esperme e termina na extremidade do pénis.

Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por anéis musculares - chamados
esfíncteres. Quando a musculatura desses anéis relaxa-se e a musculatura da parede da
bexiga contrai-se, urinamos.

A saída da urina se produz pelo relaxamento do esfíncter vesical um músculo involuntário que
se localiza entre a bexiga e uretra e também pela abertura voluntária de um esfíncter na
uretra

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Crianças pequenas não controlam o escape de urina na bexiga cheia porque ainda não
aprenderam a controlar o esfíncter urinário. Muitos meninos maiores e até adultos sofrem de
"enurese", um transtorno no qual não se controla o esfíncter urinário, e cuja origem pode
dever-se a um desequilíbrio emocional. Medo e temor podem produzir enurese temporal.

Em idosos, certos tipos de degeneração do sistema nervoso provocam incontinência urinária.

incapacidade de eliminar Por outro lado, a a urina armazenada pode dever-se a um espasmo do
esfíncter urinário, a uma perda do tônus muscular na bexiga, a uma hipertrofia da próstata,
ou mesmo por lesão nervosa.

O sistema urinário remove do organismo humano os resíduos químicos e o excesso de água.

A urina elimina o excesso de ureia, que é produzida quando alimentos contendo proteínas
(carnes, laticínios, certos vegetais) são processados pelo corpo.

Os problemas do aparelho urinário são, em geral, causados pela idade.

Com o envelhecimento, os rins tornam-se menos eficientes, os músculos dos ureteres, bexiga
e uretra vão perdendo sua flexibilidade, tornando-se vulneráveis a infecções.

Doenças do aparelho urinário

Infecções - As infecções do aparelho urinário recebem nomes de acordo com sua localização.

Na bexiga - cistite;
nos rins - nefrite, nefrose
glomérulo-nefrite e pielonefrite;
Na uretra - uretrite;
na próstata - prostatite.
São causadas por bactérias e tratadas com antibióticos.

Cistite- Acomete, principalmente mulheres, que, por terem a uretra muito curta (quatro
centímetros de comprimento), estão mais sujeitas do que o homem a infecções trazidas do
exterior.

É a inflamação da parte interna da bexiga, cuja mucosa fica irritada e inflamada, provocando
dor e necessidade de urinar com frequência. A infecção pode-se espalhar, atingindo os rins
através dos ureteres.

Hematúria - presença de sangue ou simplesmente, de hemácias na urina pode decorer de uma


glomerulonefrite, cistite, de uma uretrite ou lesão em algum ponto do sistema urinário

Hemoglobinúria – presença de hemoglobina na urina

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Uremia – taxa excessivamente elevada de uréia no sangue. causa: disfunção renal – com
deficiência de filtração glomerular

Cálculos renais "Pedras nos rins“

São cristais de diferentes tamanhos, formados de constituintes urinários que se depositam


nos rins, mas podem ser encontrados em qualquer parte do aparelho urinário.

Como causam obstrução, provocam muita dor, que se irradia para as costas e abdome, com
náuseas e vômitos.

Incontinência urinária

É a falta de controle da bexiga, com perda involuntária da urina.


Acomete, principalmente, os idosos, pois os músculos que controlam a passagem da urina para
a uretra tornam-se menos eficientes.
Pode ser causada por infecção urinária.
Há dois tipos de incontinência:
Incontinência de esforço -a urina escapa quando ocorre aumento súbito de pressão no
abdome. Acontece ao tossir, espirrar, pular, correr, evacuar, erguer objectos. É mais comum
nas mulheres.
Incontinência de urgência -incapacidade de controlar a bexiga ao sentir vontade de urinar.
Retenção urináriaÉ a dificuldade para esvaziar a bexiga por obstrução do esfíncter.
As causas podem ser estresse, problema neurológico, ou, mais comumente,aumento da
próstata.

Prevenção das doenças urinárias

Ingerir líquidos para maior formação de urina, favorecendo a eliminação de bactérias.


Urinar várias vezes ao dia. Micções frequentes defendem o aparelho urinário contra a
penetração de bactérias.
Manter rigorosa higiene pessoal, com limpeza cuidadosa dos genitais. Após a evacuação, o
papel higiénico deve ser usado de frente para trás. Recomenda-se o uso de chuveirinho ou
água corrente.
Evitar desodorantes íntimos
Usar camisinha nas relações sexuais.
Evitar promiscuidade sexual.
As mulheres devem evitar roupas justas e calcinhas de nylon ou tecido sintético que impedem
a transpiração. Preferir calcinhas de algodão.

• Prostatite
É a inflamação da próstata que, aumentada, comprime a uretra, provocando dificuldade

46
e aumento da frequência urinária, queimação e dor durante a micção, dor lombar.
Causada, geralmente, por infecção bacteriológica, é tratada com antibióticos.
• Hiperplasia prostática
É o crescimento da próstata que, ao aumentar de tamanho, causa compressão da uretra
e dificuldade para urinar. Acomete homens idosos, que, com o tempo, se não forem
tratados, podem vir a ter problemas de bexiga, rins ou ambos.
• Homens acima de 50 anos devem fazer exame de detecção precoce de câncer de
próstata. Além do exame clínico e do toque rectal, o urologista pedirá um exame
especial de sangue para medida de PSA (antígeno prostático específico).
• Altas taxas de PSA indicam o risco de câncer prostático

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO


Participa, na reprodução, produzindo os gametas masculinos (espermatozóides), que são
células haplóides.
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Além disso é responsável pela ejaculação dos tais gametas masculinos no interior do
aparelho reprodutor feminino, onde eventualmente um gameta masculino se junta ao
feminino, propiciando a fecundação.
Produz também uma considerável quantidade de hormónio masculino, a
testosterona, responsável em grande parte pelo desenvolvimento dos carácter
sexuais primários e secundários no homem.
O sistema reprodutor masculino está formado por:
1. Testículos ou gônadas
(produtores de
espermatozóides)
2. Vias espermáticas: -
(epidídimo, canal deferente,
uretra).
3. Pénis eréctil
4. Escroto
5. Glândulas anexas: próstata,
vesículas seminais, glândulas
bulbouretrais

Testículos:(gónadas)
são glândulas sexuais masculinas cuja
função é gerar os espermatozóides e fabricar os hormónios masculinos (androgínicos),
que geram o desenvolvimento dos órgãos masculinos extragenitais e estimulam o
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários:
• Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo
aumento do tamanho das fibras musculares.
• Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
• Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra
a osteoporose ( DIMINUIÇÃO DA DENSIDADE ÓSSEA )
• Os testículos estão formados por:
• tubos seminíferos: envolvidos por um epitélio chamado epitélio seminífero que contém
as células de Sértoli (ou de sustento) e as células espermatogenéticas que originarão a
formação dos espermatozóides,
tecido conjuntivo intersticial: contém as células de Leidig que sintetizam e produzem
os hormônios sexuais masculinos (os androgênios: sobretudo a testosterona).
Epidídimos: são dois tubos sinuosos e encaracolados de 5 a 6 metros de longitude, que
partem dos testículos.
É um lugar de armazenagem e maturação dos espermatozóides.

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• Vesículas seminais: são estruturas localizadas na base da próstata, responsáveis pela
produção de um líquido, que será liberado no ducto jaculatório que, juntamente com o
líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sémen
• O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides
Algumas prostaglandinasatuam na contracção da musculatura lisa do útero, e no
orgasmo;
• Canais deferentes: são dois tubos que saem dos epidídimos e conduzem os
espermatozóides até as vesículas seminais.
• Próstata: glândula que produz parte do fluido seminal (o líquido prostático, que entra
na composição do sêmen com a finalidade da manutenção da vitalidade e ativação dos
espermatozóides. É alcalino, leitoso, é responsável pela cor e odor do sêmen).
• porção final, comum à vesícula seminal e ao canal deferente, chama-se canal ejaculador.
Ele percorre a próstata e desemboca na parte superior da uretra
• Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cooper: antes da ejaculação estas glândulas lançam na
uretra a sua secreção, transparente e pegajosa, cuja finalidade é neutralizar a acidez
causada pela urina, evitando assim maiores danos ou morte dos espermatozóides.
Também tem função na lubrificação do pénis durante o ato sexual.
• Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por
dois tipos de tecidos cilíndricos:
• dois corpos cavernosos e
• um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra).
• Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos
visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio -
acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e
esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho.
• O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma
secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste
principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio).
Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se
que a pessoa tem fimose.
A solução deste problema se dá através de uma pequena incisão, com a retirada parcial
ou total do prepúcio.
A este acto de retirada da pele excedente, dá-se o nome de cincuncisão.
A Uretra é comumente um canal destinado
para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga (esfíncter) se contraem durante a
erecção para que nenhuma urina entre no sémen e nenhum sémen entre na bexiga.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto:
Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se
desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C).

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• Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal ,
que tem a função de termorregulação, onde a temperatura é menor, geralmente 1 a 3
°C menos que a temperatura do corpo.
• Dos testículos, os espermatozóides passam para um tubo na parte de trás de cada
testículo - o epidídimo, onde eles amadurecem. Quando o homem ejacula, contracções
musculares empurram os espermatozóides ao longo do canal deferente para dentro da
uretra, recebendo no caminho o líquido proveniente das vesículas seminais e próstata,
que mobilizam os espermatozóides e compõem o sémen que é ejaculado pelo pénis.
Ejaculação
Quando o grau de estimulação sexual atinge um nível crítico, os centros neurais
localizados na extremidade da medula espinhal enviam impulsos através dos nervos aos
órgãos genitais masculinos para iniciarem a peristalse rítmica nos ductos genitais.
A peristalse começa no epidídimo e passa através do ducto deferente, das glândulas
seminais, da próstata e do pênis, promovendo a ejaculação.
OBS: os espermatozóides são inativos em meio ácido. Tornam-se ativos em meio
alcalino, fornecido pelo líquido da próstata.
Geralmente, o pênis atinge seu tamanho definitivo aos 16/17 anos de idade e 80% dos
pênis erectos situam-se entre 11 e l6 cm,
sendo 14 cm a medida mais comum.
O pequeno tamanho do pênis em repouso não é relevante; é no estado ereto que
ele exerce sua função.
O prazer feminino independe do tamanho do pênis, mas sim de um conjunto de fatores
que cerca o acto sexual:
Clima, Desejo, Grau de excitação e“Habilidade" do parceiro.
A maioria das vaginas tem uma profundidade entre 09 a 12 cm.
Portanto, a grande maioria dos pênis adequa-se a quase todas as vaginas.
A insatisfação quanto ao tamanho do pênis é uma queixa comum no consultório do
urologista.
• Na maior parte dos casos a insatisfação não deriva de uma queixa do parceiro, mas sim
do desejo do paciente de possuir um pênis maior,
• - seja por desconhecimento das medidas normais,
• - seja por comparações errôneas com outros pênis, principalmente com os vistos em
revistas ou filmes eróticos,
• - ou através de "vantagens" contadas por amigos
INFERTILIDADE
causa mais freqüente: infecção nos ductos genitais masculinos.
testículos congenitamente deficientes, incapazes de produzir espermatozóides normais
(mais raro).
Þquantidade de espermatozóides muito baixa na ejaculação, mesmo que sejam normais
(75 milhões ou menos).

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INFERTILIDADE TEMPORÁRIA
aquecimento excessivo dos testículos, inviabilizando os espermatozóides (já foi usado
como método contraceptivo antigamente por árabes, que ficavam sentados na areia
quente do deserto para aquecer os testículos).
cigarros, bebidas alcoólica, maconha à diminuem a quantidade de espermatozóides
A vasectomia é o modo de esterilização mais eficiente que se conhece. Ela é feita em
consultório médico após a aplicação de uma anestesia local.
Realiza-se uma incisão em cada saco escrotal para a localização dos canais
deferentes. Em seguida eles são cortados e realizados todos os procedimentos pós-
cirúrgicos.
A castração significa a retirada cirúrgica dos testículos. Em certa época era usada
como método de esterilização.
Hoje esta operação é efetuada em homens com câncer de próstata ou testículos.
Seu efeitos no homem são: redução do desejo sexual, mudança do timbre de voz, barba
mais rara e aumento de peso. Termos correlacionados são: emasculação (um sinônimo
para castração) e penectomia, que é o termo que correlaciona-se as cirurgias efetuadas
no pênis.

MECANISMO DE EREÇÃO E IMPOTÊNCIA


A disfunção erétil, antes conhecida por impotência, é a incapacidade de se obter ou
manter uma ereção adequada para a prática da relação sexual.
Não deve ser confundida com a falta ou diminuição no "apetite sexual", nem como
dificuldade em ejacular ou em atingir o orgasmo. Milhões de homens passam por esse
problema.
O homem apresenta, normalmente, de 3 a 5 ereções por noite, sem se dar conta, o que
é importante para oxigenar o pênis
O pênis só se enche de sangue se o organismo produzir uma substância chamada óxido
nítrico “produzidas pelas células do corpo cavernoso”, que relaxam os vasos
sangüíneose as células dos corpos cavernosos. Relaxados, os vasos e os músculos dos
corpos cavernosos ficam abertos para a entrada de sangue .
A impotência ocorre quando não há esse relaxamento (o que os medicamentos como o
Viagra tentam corrigir).
MECANISMO QUE IMPEDE A EREÇÃO
Quando o cérebro recebe um estímulo sexual, as células do corpo cavernoso do pênis
liberam óxido nítrico.
Este óxido activa a enzima guanilatociclase, resultando no aumento do nível de uma
molécula chamada GMP cíclico (guanosinamonofosfato cíclica ou GMP cíclica),
produzindo relaxamento da musculatura lisa nos corpos cavernosos e aumentando o
influxo de sangue.

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Mas a enzima PDE 5 (fosfodiesterase 5) pode estragar tudo, inativando a GMP cíclica.
Quando isso ocorre, a mesma quantidade de sangue que entra, sai do pênis e ele não
fica ereto o suficiente para a penetração da vagina.
VIAGRA: o Viagra, entra em ação e bloqueia o mecanismo da fosfodiesterase. Com isso,
a GMP cíclica volta a entrar em ação.
Desse modo, os vasos do corpo esponjoso se dilatam para o sangue entrar até o ponto
de expandir o tecido erétil e comprimir as veias que fazem o sangue sair do pênis.
Assim, a droga prolonga a ereção, resolvendo o drama da impotência. Mas o estímulo
sexual, que inicia todo o processo, é fundamental para a ereção.
A ejaculação precoce é inconfundível.
É a condição na qual o homem torna-se incapaz de exercer um controle adequado sobre
o seu reflexo ejaculatório, resultando que, uma vez excitado, atinge o orgasmo
rapidamente, antes, durante ou logo após a penetração, sem que deseje.
São inúmeras as hipóteses levantadas para as causas da ejaculação precoce. Sabemos
que a ejaculação precoce é a dificuldade que o homem possui em perceber as sensações
que antecedem o orgasmo, mas o que o leva a não aprender essa sensação é uma
incógnita.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

O sistema reprodutor feminino é constituído


por:
dois ovários,
duas tubas uterinas (trompas de Falópio),
um útero,
uma vagina,
uma vulva.
Ele está localizado no interior da cavidade
pélvica.
A pelve constitui um marco ósseo forte que
realiza uma função protetora.

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Vulva é o conjunto de órgãos sexuais externos.
Compreende os pequenos e grandes lábios, o clitóris, o início do canal vaginal e da
uretra.
Durante toda a vida fértil da mulher, entre 13 aos 45 anos, a cada 28 dias
aproximadamente o ovários libera um óvulo (ovulação) e o endométrio (mucosa do útero)
se espessa, preparando – se para receber o óvulo, que pode ser fertilizado na tuba
uterina a caminho do útero.
Durante o acto sexual o aparelho reprodutor masculino, através do pénis, ejacula um
líquido contendo entre 200 a 400 milhões de espermatozóides no interior da vagina.
Os espermatozóides então, através de movimentos de sua cauda, movem – se através
do canal vaginal em direcção à cavidade uterina e em direcção às tubas uterinas.
Contribuem também para o deslocamento dos espermatozóides as contracções rítmicas
que ocorrem no canal vaginal, útero e tubas uterinas durante a fase de excitação
máxima no acto sexual feminino (orgasmo)
É vulgar dizer-se que os homens se excitam como acender uma lâmpada
(instantaneamente),
enquanto as mulheres se excitam como ferros de engomar (lentamente).
mas normalmente as mulheres necessitam de mais tempo para atingir o estado em que
desejam ser penetradas.

A grande maioria dos espermatozóides morrem durante sua jornada, tanto na cavidade
vaginal como na uterina. Mesmo assim poucos minutos após o coito, algumas centenas de
espermatozóides atingem a tuba uterina
Os espermatozóides permanecem vivos durante 24 a 48 horas.
Se, durante este período, um óvulo se encontrar também vivo em uma das tubas
uterinas, centenas de espermatozóides se aproximarão do mesmo. A partir do momento
em que um espermatozóides atravessa a membrana do óvulo, uma alteração química
ocorre na mesma impedindo a penetração de qualquer outra célula.
O óvulo fecundado, a partir deste momento, passa a ser denominadozigotocon
Conforme o zigoto vai se deslocando em direcções à cavidade uterina, divisões
celulares vão ocorrendo e, em menos de 1 semana, ao se implantar no endométrio.
Os hormónios estrogénio e progesterona fazem com que o endométrio se prolifere
e se desenvolva ainda mais ao invés de se descamar.Consequentemente,a menstrua- ção
não mais ocorre
Fertilização do óvulo
A união de um óvulo com um espermatozóide produz um zigoto
Para que a fertilização ocorra,o espermatozóide precisa alcançar o óvulo até 24 horas
após sua liberação do ovário.
(o óvulo permanece vivo e em condições de ser fecundado durante um período entre 8
a 24 horas)
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Ciclo menstrual
No decorrer de cada mês, as mulheres em idade produtiva vivenciam um ciclo menstrual
– uma sequência de eventos que preparam seu corpo para gravidez.
O ciclo tem três fases.
1. Fase menstrual ou menstruação (dias 1 – 5)
2. Fase fértil (dias 6 – 14)
3. Fase secretora (dias 15 – 28)
Cólica menstrual, ou dismenorreia, é uma dor pélvica provocada pela liberação de
prostaglandina, substância que faz o útero contrair para eliminar o endométrio (camada
interna do útero que cresce para nutrir o embrião), em forma de sangramento, durante
a menstruação, quando o óvulo não foi fecundado.
A dismenorreia pode ser:
primária ou secundária.
Primária, quando a causa é o aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio, e
secundária, quando resultante de alterações patológicas no aparelho reprodutivo
(endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical, etc.).
Durante a fase menstrual ou menstruação, a mucosa uterina (endométrio) desprende –
se e é expelida com o sangue pela vagina.
Na fase proliferativa, na qual essa mucosa se espessa, ocorre o amadurecimento de
um óvulo no interior do ovário. Depois que o óvulo é liberado na ovulação, por volta do
décimo quarto dia, a mucosa uterina torna – se ainda mais espessa durante
a fase secretora, preparando – se para receber o óvulo ou, se fertilizado por um
espermatozóides, o ovo. Se o óvulo não for fertilizado, a mucosa uterina se
desprega e é expelida, e o ciclo recomeça.
O período embrionário termina na 8ª semana depois da fecundação, quando o concepto
passa a ser denominado de feto.
A vagina é um tubo ímpar que vai desde o colo uterino até a vulva.
Internamente, a cada lado da abertura da vagina há duas glândulas de meio milímetro,
chamadas glândulas de Bartholin, secretoras de um muco que a lubrifica durante a
copulação.
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual.
- Além de possibilitar a penetração do pênis,
- possibilita a expulsão da menstruação e,
- na hora do parto, a saída do bebê.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha
parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo
ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações
sexuais.

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A parte conjuntiva da vagina é recoberta por uma mucosa, que, no ponto em que a
vagina se abre na vulva, se dobra para formar uma membrana: o hímen.
O hímen fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal. O hímen é quase sempre perfurado
no centro e pode ter formas diversas.

O hímen com as relações sexuais se dilata ou se rompe, mas persiste, em regra, até o
primeiro parto. No momento da saída da cabeça fetal, o hímen se rompe em diferentes
pontos.
A cicatrização dos farrapos do hímen leva à formação de pequenos relevos irregulares,
chamados carúnculas himenais ou mirtiformes.
Numa mulher que nunca tenha tido relações sexuais, uma fina membrana, o hímen,
rodeia a abertura da vagina, tornando-a ainda menor.
Do lado oposto da abertura vaginal encontram-se as aberturas das glândulas de
Bartholin, que produzem um fluido lubrificante da vagina durante o acto sexual.
O clitóris apresenta uma estrutura básica com 3 tubos de tecido esponjoso ao longo do
seu comprimento e, quando a mulher é estimulada sexualmente, também fica erecto.
É extremamente sensível ao toque devido ao grande número de terminações nervosas,
tal como a glande do pénis do homem.
Ovários: acham-se dos dois lados do útero
Produzem estrógeno e progesterona,hormónios sexuais femininos
Nas jovens, os ovários contêm um numero enorme de folículos de Graaf (folículos
ovarianos) e de ovócitos em diversos graus de maturidade (cerca de 36.000).
Só uma pequena parte, evidentemente, tornar-se-á ovócito secundário ou mesmo óvulo,
na vida de uma mulher. A cada ciclo menstrual, um folículo se rompe e o ovócito
secundário se destaca do ovário. Após o rompimento do folículo a massa celular
resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar quantidades
Útero:representa o órgão da gestação.
É um músculo oco, situado na cavidade pélvica, anteriormente à bexiga e
posteriormente ao recto. O útero tem como função primordial abrigar o óvulo
fecundado para nutri-lo e protegê-lo em suas etapas de embrião e feto.
As dimensões do órgão variam conforme a idade e o estado fisiológico da mulher. O
útero é formado por fundo, corpo e colo.
O útero é formado por três camadas: serosa, musculosa e mucosa.
A serosa (paramétrio) camada mais externa, é formada pelo peritônio, que, depois de
ter recoberto a bexiga, se dobra também sobre o útero.
A camada muscular média (miométrio) constitui a parede do órgão. Compreende fibras
musculares lisas que aumentam de volume
A camada mucosa (endométrio) forra toda a cavidade uterina, continuando, na parte
superior, com a mucosa das tubas uterinas e na parte inferior, com a da vagina.

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O chamado aborto induzido ou aborto provocado, é feito utilizando-se procedimentos
cirúrgicos ou então químicos, variando conforma o tempo de vida do feto.
O aborto químico ocorre pela ingestão de medicamentos,provocando a expulsão do
embrião.
Outra forma, isso quando o feto já tiver um pouco maior, é a curetagem. Que consiste
em introduzir um aparelho cirúrgico no útero cortando o feto em pedaços, sendo
retirado um a um. Esse procedimento faz com que o médico tenha que montar os
pedaços do feto do lado de fora para garantir que não ficou nenhum pedaço na interior
da mãe, com o risco de causar graves infecções.

Os métodoscontraceptivos podem ser


divididos didaticamente em:
temporários (comportamentais; de
barreira, dispositivo intra-uterino (DIU),
métodos hormonais) e definitivos
(cirúrgicos).
A escolha do método contraceptivo deve
ser sempre personalizada levando-se em
conta fatores como idade, números de
filhos, compreensão e tolerância ao
método, desejo de procriação futura e a
presença de doenças crônicas

Métodos comportamentais Método Rítmico (do calendário ou tabelinha): procura calcular o


início e o fim do período fértil é adequado para mulheres com ciclo menstrual regular.

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A mulher deve ser orientada, inicialmente, a marcar no calendário os últimos 6 a 12 ciclos
menstruais com data do primeiro dia e duração, calculando então o seu período fértil e
abstendo-se de relações sexuais com contato genital neste período.
Apesar de ser muito raro há casos de mulheres que engravidaram em qualquer época do ciclo,
até mesmo na menstruação.
Tabelinha é extremamente perigoso em adolescentes pois seu ciclo pode sofrer variações
muito grandes de mês a mês.
Tabelinha é um método baseado em cálculos sobre a possibilidade da mulher engravidar em
épocas diferentes do Ciclo Menstrual.
Teoricamente a mulher é fértil no meio do seu ciclo. Ou seja nos ciclos mais comuns de 28 a
30 dias a fertilidade máxima seria entre o 12° 13º 14º e 15º dia, contando o primeiro dia da
menstruação como dia 1º.
A tabelinha que tem chance de dar certo é a seguinte.Anote num calendário o primeiro dia da
menstruação.Marque em azul os dias que você pode ter relações: entre o 1º dia e 9º dia da
menstruação. Lembre-se conte sempre a partir do 1º dia da menstruação.
Marque em vermelho os dias em que você não pode ter relações: do 10º ao 19º . Nestes dias
você pode usar uma camisinha masculina ou feminina.
Do 20º até a próxima menstruação, pode ficar despreocupada novamente, marque em azul.
Veja o gráfico.
Temperatura basal: método oriundo na observação das alterações fisiológicas da
temperatura corporal ao longo do ciclo menstrual.
Após a ovulação, a temperatura basal aumenta entre 0,3 e 0,8 o C (ação da progesterona). A
paciente deve medir a temperatura oral, durante 5 minutos, pela manhã (após repouso de no
mínimo 5 horas) antes de comer ou fazer qualquer esforço, e anotar os resultados durante
dois ou mais ciclos menstruais. Esse procedimento deve ser realizado desde o primeiro dia da
menstruação até o dia em que a temperatura se elevar por 3 dias consecutivos
Método do Muco Cervical (Billing): baseia-se na identificação do período fértil pelas
modificações cíclicas do muco cervical, observado no auto-exame e pela sensação por ele
provocada na vagina e vulva. A observação da ausência ou presença do fluxo mucoso deve ser
diária. O muco cervical aparece cerca de 2 a 3 dias depois da menstruação, e inicialmente é
pouco consistente e espesso.
Testa-se colocando o muco entre o indicador e o polegar e tentando-se separar os dedos. É
necessária a interrupção da atividade sexual nesta fase, permanecendo em abstinência por no
mínimo 4 dias a partir do pico de produção, período em que se inicia o período infértil
novamente.
Métodos de Barreira

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Estes métodos impedem a ascensão dos espermatozóides ao útero, sendo fundamentais na
prevenção das DST e AIDS. Junto com a pílula anticoncepcional e o coito interrompido, são os
métodos não definitivos mais utilizados.
Condom ou camisinha ou preservativo: quase todas as pessoas podem usar; protege contra
doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS; previne doenças do colo uterino; não faz
mal a saúde; é de fácil acesso.
O condom masculino recobre o pênis, retendo o esperma no ato sexual, impedido o contato
deste e de outros microrganismos com a vagina e o pênis ou vice-versa.
Uso : desenrolar a camisinha no pênis ereto, antes de qualquer contado com a vagina.
Deve ser retirada do pênis imediatamente após a ejaculação, segurando as bordas da
camisinha para impedir que os espermatozóides escapem para a vagina.

Existem diversos tipos de pílulas. As mais comumente receitadas são:


pílulas monofásicas: toma-se uma pílula por dia, e todas têm a mesma dosagem de hormônios
(estrogênio e progesterona). Começa-se a tomar no quinto dia da menstruação até a cartela
acabar. Fica-se sete dias sem tomar, durante os quais sobrevém a menstruação.
Pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte: a anticoncepção de emergência é um uso
alternativo de contracepção hormonal oral (tomado antes de 72 horas após o coito) evitando-
se a gestação após uma relação sexual desprotegida.
Este método só deve ser usado nos casos como esquecimento, ruptura da caminsinha, no coito
interrompido.
Injetáveis: os anticoncepcionais hormonais injetáveis são anticoncepcionais hormonais que
contém progesterona ou associação de estrogênios, para administração parenteral (intra-
muscular ou IM), com doses hormonais de longa duração.
1. Consiste na administração de progesterona isolada, via parenteral (IM), com obtenção
de efeito contraceptivo por períodos de 1 ou 3 meses, ou de uma associação de
estrogênio e progesterona para uso parenteral (IM), mensal.
Métodos definitivos
Laqueadura tubária e Vasectomia: a esterilização (laqueadura tubária e vasectomia)
um método contraceptivo cirúrgico e definitivo, realizado
na mulher através da ligadura ou corte das trompas impedindo, o encontro dos gametas
masculino e feminino e
no homem,pela ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a
presença d ejaculado.
Gonadotrofinacoriônica humana (HCG):
os espermatozóides no líquidoé um hormônioglicoproteíco, secretado desde o início da
formação da placenta pelas células trofoblásticas, após nidação (implantação) do

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blastocisto. A principal função fisiológica deste hormônio é a de manter o corpo lúteo,
de modo que as taxas de progesterona e estrogênio não diminuam, garantindo, assim, a
manutenção da gravidez (inibição da menstruação) e a ausência de nova ovulação.
H.C.G.
O embrião quando atinge o útero produz um hormónio chamado H.C.G. ( placenta)
Hormónio Coriónico Gonadotrófico. Este hormónio " manda" o ovário produzir estrogeno
e progesterona
Este estrogeno e progesterona chega а hipуfise e "avisa" a hipofise que a mulher está
grávida. Neste caso a HIPÓFISE pára de produzir os Hormónios
que iriam excitar o ovário (FSH e LH)suspendendo o ciclo menstrual
Quando uma mulher está grávida, o exame deste hormónio que dá certeza da gravidez.
Estes exame costuma dar positivo no primeiro dia de falha da menstruação

Progesterona:
relaxa a musculatura lisa, o que diminui a contração uterina, para não ter a expulsão do
feto.
Aumenta o endométrio, pois se o endométrio não estiver bem desenvolvido, poderá
ocorrer um aborto natural ou o blastocisto se implantar (nidação) além do endométrio.
Complementa os efeitos do estrogênio nas mamas, promovendo o crescimento dos
elementos glandulares, o desenvolvimento do epitélio secretor e a deposição de
nutrientes nas células glandulares,

HORMÔNIOS DO PARTO
A ocitocina é um hormónio que potencializa as contrações uterinas tornando-as fortes
e coordenadas, até completar-se o parto.
Quando inicia a gravidez, não existem receptores no útero para a ocitocina.
Estes receptores vão aparecendo gradativamente no decorrer da gravidez. Quando a
ocitocina se liga a eles, causa a contração do músculo liso uterino e também,
estimulação da produção de prostaglandinas, pelo útero, que ativará o músculo liso
uterino.

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Aparecimento de gémeos

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