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1
2 CAPÍTULO 1. REVISÃO DA MECÂNICA CLÁSSICA
y
6 ̂1
k̂
z
ı̂
x
rz
o qual deve ser entendido como,
r = rx ı̂ + ry ̂ + rz k̂ . (1.4)
O vetor r com os seus componentes (coordenadas) rx , ry , e rz é ilustrado em
fig. 1.2.
O comprimento de um vetor, r = |r|, representa uma grandeza escalar
obtenı́vel através do teorema de Phythagoras,
1/2
r = |r| = rx2 + ry2 + rz2 . (1.5)
4 CAPÍTULO 1. REVISÃO DA MECÂNICA CLÁSSICA
y :r
rz
rx ry
x
Figura 1.2: Vetores r da eq. (1.3) com seus componentes no sistema de coor-
denadas Cartesiana da fig. 1.1.
y :r
rz θ
: 0
rx φ ry r
x
Figura 1.3: Definição dos ângulos esféricos θ e φ para o vetor r da fig. 1.2. r 0
representa a projeção de r para o plano xy.
rx = r sin θ cos φ ,
ry = r sin θ sin φ , (1.7)
rz = r cos θ ,
6 CAPÍTULO 1. REVISÃO DA MECÂNICA CLÁSSICA
0 ≤ φ ≤ 2π , 0 ≤ θ ≤ π, 0 ≤ r < ∞. (1.8)
dx dy dz = dφ sin θ dθ r 2 dr . (1.9)
d
v = r(t) . (1.10)
dt
Essa equação pode ser rearranjada,
dr(t) = v dt , (1.11)
ou,
Z r(t) Z t
dr(t) = v dt .
r0 0
1.2. EQUAÇÃO DE MOVIMENTO 7
r(t) = v0 t + r0 . (1.12)
v(t) = at + v0 .
dr(t) = at dt + v0 dt , (1.14)
a(t) = bt + a0 .
8 CAPÍTULO 1. REVISÃO DA MECÂNICA CLÁSSICA
p = mv . (1.16)
O momento linear representa uma grandeza que muito bem distingue o im-
pacto de massas diferentes viajando com a mesmo velocidade.
Efeitos de acceleração mudam v e, conseqüentemente, o momento linear
(1.16). O segundo teorema de Newton define essas mudanças como força F,
d
F = p. (1.17)
dt
Assume-se que essa força desloca a partı́cula no intervalo dt por dr entre
dois pontos 1 e 2. Define-se o trabalho aplicado na partı́cula ao longo desse
deslocamento,
Z 2
W12 = F · dr . (1.18)
1
a · b = a x bx + a y by + a z bz . (1.19)
d2
2
r(t) = −ω02 r(t) . (1.32)
dt
Nessa forma, a equação de movimento representa uma equação diferencial de
segunda ordem mostrando a segunda derivada da função r(t) como propor-
cional a função r(t).
12 CAPÍTULO 1. REVISÃO DA MECÂNICA CLÁSSICA
d2
r(t) = −a2 r(t) , (1.34)
dt2
ou seja, a proposta (1.33) reproduz a equação de movimento (1.32) quando,
a2 = ω02 . (1.35)
d d 1 dV (r)
mv · v + r̂ = 0 ,
dt dv 2 dr
Criando a derivada com respeito a v no termo cinético e substituindo v
por sua definição (1.10) fornece a equação de movimento em coordenadas
Cartesianas,
d2 dV (r(t))
m 2 r(t) + r̂(t) = 0 . (1.40)
dt dr
Para um potencial qualquer, essa equação de movimento representa uma
construção complicadı́ssima. Através do potencial e do vetor unitário, os três
coordenadas Cartesianas são acoplados. Existem poucos casos permitindo o
desacoplamento de coordenadas Cartesianas na eq. (1.40). O exemplo na
seção 1.3.1 representa um desses casos raros.
rx = f (q1 , q2 , q3 ) ,
ry = g(q1 , q2 , q3 ) , (1.41)
rz = h(q1 , q2 , q3 ) .
d
vx = rx .
dt
Através da primeira relação das eqs. (1.41), sabe-se que a dependência tem-
poral em rx é uma conseqüência das dependências temporais nas qi . Assim,
desloca-se a derivada temporal agindo em rx ,
∂r ∂r ∂r
v = q̇1 + q̇2 + q̇3 . (1.42)
∂q1 ∂q2 ∂q3
∂qi
q̇i = , (1.43)
∂t
ou seja, escrevendo as velocidades generalizadas como q̇i ,
Em analogia com a eq. (1.24) pode-se definir uma força generalizada. Es-
crevendo um componente da força (1.24), como por exemplo,
∂
Fx = − V (r) ,
∂rx
rx = r sin θ cos φ ,
ry = r sin θ sin φ ,
rz = r cos θ .
∂rx
= −r sin θ sin φ ,
∂φ
∂ry
= r sin θ cos φ ,
∂φ
∂rz
= 0.
∂φ
Introduzindo na eq. (1.42) produz as velocidades Cartesianas,
∂rx ∂rx ∂rx
vx = ṙ + θ̇ + φ̇
∂r ∂θ ∂φ
= ṙ sin θ cos φ + θ̇r cos θ cos φ − φ̇r sin θ sin φ , (1.47)
∂ry ∂ry ∂ry
vy = ṙ + θ̇ + φ̇
∂r ∂θ ∂φ
= ṙ sin θ sin φ + θ̇r cos θ sin φ + φ̇r sin θ cos φ , (1.48)
∂rz ∂rz ∂rz
vz = ṙ + θ̇ + φ̇
∂r ∂θ ∂φ
= ṙ cos θ − θ̇r sin θ + 0 . (1.49)
Através das eqs. (1.47)-(1.49), pode-se formular a energia cinética (1.22). Es-
crevendo explicitamente o produto escalar v·v utilizando a eq. (1.19), obtém-
se,
1 2
T = m vx + vy2 + vz2 .
2
Substituindo as velocidades Cartesianas pelas eqs. (1.47)-(1.49), a energia
cinética transforma para velocidades generalizadas. A algebra fica um pouco
trabalhoso inicialmente,
1 2 2
T = m ṙ sin θ cos2 φ + 2ṙθ̇ sin θ cos θ cos2 φ − 2ṙ φ̇ sin2 θ sin φ cos φ
2
+ θ̇ 2 r 2 cos2 θ cos2 φ − 2θ̇ φ̇r 2 sin θ cos θ sin φ cos φ + φ̇2 r 2 sin2 θ sin2 φ
+ ṙ 2 sin2 θ sin2 φ + 2ṙ θ̇ sin θ cos θ sin2 φ + 2ṙφ̇ sin2 θ sin φ cos φ
+ θ̇ 2 r 2 cos2 θ sin2 φ + 2θ̇ φ̇r 2 sin θ cos θ sinφ cos φ + φ̇2 r 2 sin2 θ cos2 φ
+ ṙ 2 cos2 θ − 2ṙθ̇ sin θ cos θ + θ̇ 2 r 2 sin2 θ .
d ∂T ∂T ∂V
− + = 0, (1.55)
dt ∂ q̇i ∂qi ∂qi
como obtido séculos atrás por d’Alembert. Menciona-se que existe uma
equação desse tipo para cada coordenada generalizada.
Define-se a função de Lagrange como diferença entre as energias cinética
e potencial,
L(q̇, q) = T − V . (1.56)
d ∂ (L + V ) ∂T ∂ (T − L)
− + = 0.
dt ∂ q̇i ∂qi ∂qi
d ∂ ∂
L− L = 0. (1.57)
dt ∂ q̇i ∂qi
1 2
T = mv , (1.58)
2 x
1.5. MECÂNICA CLÁSSICA LAGRANGIANA 21
d d 1 2 dV (rx )
mvx + = 0,
dt dvx 2 drx
e aplica-se o operador diferencial d/dvx ,
d dV (rx )
mvx + = 0.
dt drx
Com vx = drx /dt, a derivada temporal produz a equação de movimento,
d2 dV (rx )
m 2
rx (t) + = 0, (1.60)
dt drx
a partir do formalismo Newtoniano.
Substituindo a Lagrangiana (1.59) na eq. (1.57) estabelece a equação de
movimento de Lagrange (com qi = rx e q̇i = vx ),
d ∂ 1 2 ∂ 1 2
mvx − V (rx ) − mv − V (rx ) = 0.
dt ∂vx 2 ∂rx 2 x
Com V (rx ) independente de vx e mvx2 não envolvendo rx , aplica-se d/dvx e
d/drx produzindo,
!
d dV (rx )
(mvx − 0) − 0− = 0.
dt drx
d2 dV (rx )
m 2
rx (t) + = 0, (1.61)
dt drx
em concordância perfeita com a eq. (1.60). Demonstrou-se que o formalismo
de Lagrange e o formalismo de Newton são equivalentes na descrição do
sistema fı́sico.
22 CAPÍTULO 1. REVISÃO DA MECÂNICA CLÁSSICA
d dV (r)
mṙ − mθ̇ 2 r − mφ̇2 r sin2 θ + = 0. (1.63)
dt dr
Para θ, a equação de movimento (1.57) é,
d ∂ ∂
L− L = 0.
dt ∂ θ̇ ∂θ
Com a Lagrangiana (1.62), obtém-se,
d
mθ̇r 2 − mφ̇2 r 2 sin θ cos θ = 0 . (1.64)
dt
E, finalmente, a equação de movimento (1.57) para φ,
d ∂ ∂
L− L = 0,
dt ∂ φ̇ ∂φ
1.6. MECÂNICA CLÁSSICA HAMILTONIANA 23
Os subscritos nos difernciais indicam que essas grandezas são mantidas con-
stantes em criar a derivada parcial considerada.
Trata-se os diferenciais na eq. (1.68) através de introduzir a Hamiltoniana
(1.66). Assim, o primeiro diferencial torna-se
∂H ∂
= (pq̇ − L)
∂p ∂p
= q̇ , (1.69)
onde foi reconhecido que a Lagrangiana L não envolve o momento p, ou seja,
∂L/∂p = 0. Introduzindo a Hamiltoniana (1.66) no segundo diferencial da
eq. (1.68), obtém-se,
∂H ∂
= (pq̇ − L)
∂ q̇ ∂ q̇
∂L
= p− = p − p = 0, (1.70)
∂ q̇
onde foi reconhecido que a Lagrangiana é L = T − V , que o potencial V
não envolve velocidades q̇ (∂V /∂ q̇ = 0), e que a derivada parcial da energia
cinética com respeito a q̇ fornece o momento conforme eq. (1.45). Com a
Hamiltoniana (1.66), o terceiro diferencial da eq. (1.68) torna-se,
∂H ∂
= (pq̇ − L)
∂q ∂q
∂L
= 0− .
∂q
Esse termo precisa um pouco mais atenção. A equação de movimento de
Lagrange (1.57) pode ser rearranjada produzindo,
∂L d ∂L
= .
∂q dt ∂ q̇
Substituindo no diferencial ∂H/∂q,
∂H d ∂L
= − .
∂q dt ∂ q̇
Como argumentado na obtenção da eq. (1.70), ∂L/∂ q̇ = p, ou seja,
∂H d
= − p = −ṗ , (1.71)
∂q dt
1.6. MECÂNICA CLÁSSICA HAMILTONIANA 25
d ∂H py
ry = = , (1.79)
dt ∂pz m
d ∂H pz
rz = = .
dt ∂pz m
A eq. (1.16) mostra que os as frações px /m, py /m, e pz /m representam as
velocidades vx , vy , e vz , ou seja, as eqs. (1.79) representam equações de movi-
mento simples do tipo (1.10).
A eq. (1.74) produz derivadas temporais para os momentos através das
derivadas parciais da Hamiltoniana com respeito às coordenadas. Com a
Hamiltoniana (1.78), calcula-se,
d ∂H ∂V (rx , ry , rz )
px = − = − ,
dt ∂rx ∂rx
d ∂H ∂V (rx , ry , rz )
py = − = − , (1.80)
dt ∂ry ∂ry
d ∂H ∂V (rx , ry , rz )
pz = − = − .
dt ∂rz ∂rz
Essas equações de movimento contém no lado direito as forças Fx , Fy , e Fz
da eq. (1.24). As eqs. (1.79) e (1.80) representam um conjunto de equações
de movimento acoplados e precisam ser resolvidas simultaneamente. Para
detalhes, refere-se o leitor interessado para livros-texto da mecânica clássica.
pr = mṙ , (1.51)
pθ = mθ̇r 2 , (1.52)
pφ = mφ̇r 2 sin θ . (1.53)
28 CAPÍTULO 1. REVISÃO DA MECÂNICA CLÁSSICA
p2 p2
!
1
H = p2r + 2θ + 2 φ 2 + V (r) , (1.82)
2m r r sin θ
no sistema esférico.
Monta-se as equações de movimento de Hamilton com a Hamiltoniana
(1.82). Para as coordenadas, obtém-se através da eq. (1.73),
d ∂H pr
r = = ,
dt ∂pr m
d ∂H pθ
θ = = , (1.83)
dt ∂pθ mr 2
d ∂H pφ
φ = = .
dt ∂pφ mr sin2 θ
2
rz,1 rz,2
A eq. (1.85) mostra que seis coordenadas são necessárias para especificar a
molécula diatómica. Essa seis coordenadas representam os seis graus de
liberdade da molécula. A fig. 1.4 mostra a definição dos vetores de posição
das duas partı́culas formando a molécula diatómica.
O vetor de separação r entre as duas massas é obtenı́vel através da
diferença dos dois vetores de posição, ou seja,
r = r 2 − r1 , (1.86)
e possui os componentes,
rx = rx,2 − rx,1
r = ry = ry,2 − ry,1 . (1.87)
rz = rz,2 − rz,1
O módulo de r representa a distância r entre as duas massas, como definida
pela eq. (1.5). Para a molécula em um estado equilibrado, pode-se interpretar
a distâncias r como comprimento de ligação. A definição de r também é
ilustrada na fig. 1.4.
A energia cinética T do sistema pode ser obtida somando as energias
cinéticas para os seis graus de liberdade envolvidos. No sentido da eq. (1.22),
obtém-se,
1 1
T = m1 v1 · v 1 + + m2 v2 · v 2 , (1.88)
2 2
30 CAPÍTULO 1. REVISÃO DA MECÂNICA CLÁSSICA
y
m1
r
r1 >•
R
~
1 m2
r2
x
Figura 1.4: Modelo para a molécula diatómica contendo os dois átomos com
massas m1 e m2 com seus vetores de posição r1 e r2 . O vetor r representa o
vetor de separação entre os dois átomos da eq. (1.86). O centro de massa da
molécula (indicado pelo sı́mbolo •) possui o vetor de posição R da eq. (1.91).
M R = m 1 r1 + m 2 r2 , (1.89)
M = m 1 + m2 . (1.90)
1
Ttrans = MV · V , (1.92)
2
onde V representa a velocidade do centro de massa definida como derivada
temporal de R no sentido da eq. (1.10),
d
V = R. (1.93)
dt
Relaciona-se agora os vetores de posição r1 e r2 com o centro de massa.
Pode-se calcular r1 através do teorema do centro de massa da eq. (1.89) como,
m1 r 1 = M R − m 2 r 2 . (1.94)
r2 = r + r 1 . (1.95)
m1 r 1 = M R − m 2 r − m 2 r 1 ,
m1 r 1 + m 2 r 1 = M R − m 2 r ,
rx = r sin θ cos φ ,
ry = r sin θ sin φ , (1.100)
rz = r cos θ ,
com os ângulos do sistema esférico definidos pela fig. 1.3. Assim, cada mu-
dança nos componentes de r pode ser relacionada com mudanças em θ e φ
1.7. GRAUS DE LIBERDADE DE DIATÔMICOS 33
m1
I
r01
• x
r02
~ m2
Figura 1.5: A molécula diatómica da fig. 1.4 relativo ao centro de massa como
descrito pelos vetores r01 (1.98) e r02 (1.99).
1 d m2 d m2
T = m1 R− r · R− r
2 dt M dt M
1 d m1 d m1
+ m2 R+ r · R+ r .
2 dt M dt M
Aplica-se a derivada temporal. dR/dt fornece a velocidade V (1.93) do centro
de massa. Assim, obtém-se,
! !
1 m2 d m2 d
T = m1 V − r · V − r
2 M dt M dt
! !
1 m1 d m1 d
+ m2 V + r · V + r .
2 M dt M dt
Resolve-se parêntesis,
1 m1 m2 d m1 m2 d m1 m22 d d
T = m1 V · V − V· r − r·V + 2
r· r
2 2M dt 2M dt 2M dt dt
1 m1 m2 d m1 m2 d m2 m2 d d
+ m2 V · V + V· r + r·V + 1 2 r· r.
2 2M dt 2M dt 2M dt dt
Observa-se que os produtos escalares cruzando V e drdt se cancelam. Jun-
tando termos, chega-se a,
1 1 m1 m2 d d
T = (m1 + m2 ) V · V + 2
(m2 + m1 ) r · r .
2 2 M dt dt
Juntando as massas conforme eq. (1.90), pode-se cortar M/M no segundo
termo. Define-se a massa reduzida µ para o diatómico,
m1 m2
µ = , (1.101)
M
para escrever,
1 1 d d
T = MV · V + µ r · r .
2 2 dt dt
O primeiro termo foi definido como energia cinética para o movimento trans-
lacional na eq. (1.92). O segundo termo envolve apenas mudanças temporais
1.7. GRAUS DE LIBERDADE DE DIATÔMICOS 35
onde,
1 d d
Trot,vib = µ r· r,
2 dt dt
1
= µv · v ,
2
1 2
= µ ṙ + θ̇ 2 r 2 + φ̇2 r 2 sin2 θ , (1.103)
2
com v na segunda linha representando a velocidade do vetor de separação
e a terceira linha aproveitando a eq. (1.50) para expressar a energia cinética
Cartesiana em termos de coordenadas esféricas.
Considera-se a molécula diatómica isolada. Sem potencial externo, não
existem forças interferindo nas coordenadas do centro de massa ou nos ângu-
los. Existe apenas um potencial interno, V (r), agindo entre os dois átomos
ao longo de r causando o movimento vibracional. Para esse sistema, a La-
grangiana (1.56) torna-se,
e, para r,
d ∂ ∂ d d
L− L = µṙ − µθ̇ 2 r − µφ̇2 r sin2 θ + V (r) = 0 . (1.109)
dt ∂ ṙ ∂r dt dr
Essas equações de movimento mostram que o movimento de translação pode
ser descacoplado do movimento roto-vibracional. A eq. (1.106) representando
a equação de movimento translacional não envolve coordenadas angulares e
r. No outro lado, as equações de movimento para as coordenadas esféricas
φ, θ, e r demonstram que o movimento rotacional (θ e φ) é acoplado ao
movimento vibracional (r).
A Lagrangiana roto-vibracional,
1 2
Lrot,vib = µ ṙ + θ̇ 2 r 2 + φ̇2 r 2 sin2 θ − V (r) , (1.110)
2
possui dois limites interessantes. Não permitindo o movimento rotacional (as
velocidades φ̇ e θ̇ são zero), a Lagrangiana (1.110) envolve apenas coorde-
nadas e velocidades relacionadas com o movimento vibracional,
1 2
Lvib (ṙ, r) = µṙ − V (r) , (1.111)
2
e pode ser utilizada para a descrição do movimento vibracional. No outro
limite, não permitindo mudanças em r (=⇒ ṙ = 0), a Lagrangiana (1.110)
torna-se,
1 2 2
L(φ̇, θ̇, φ, θ, r) = µr θ̇ + φ̇2 sin2 θ − V (r) .
2
Com r = const, a função V (r) assume um valor constante. Como concluı́do
através da eq. (1.26), pode-se escolher um ponto zero na energia potencial.
Escolhe-se esse ponto zero através de V (r) = 0. Para r = const, o fator
µr 2 fica constante. O produto de uma massa com uma distância quadrática
define o momento de inércia I,
I = µr 2 . (1.112)
1.8. MECÂNICA DE ONDAS 37
0.6
A
0.2
?
-0.2
-0.6
-1
0 π/2 π 3π/2 2π 5π/2 3π 7π/2 4π 9π/2
x
ϕ = kx − ωt , (1.120)
Essa equação sugere que a segunda derivada da função de onda Ψ(ϕ) com
respeito a ϕ é proporcional à sua segunda derivada temporal.
Na segunda derivada de Ψ(ϕ) do lado direito da eq. (1.125), a coordenada
x é envolvida. Por isso, discute-se também as derivadas de Ψ(ϕ) com respeito
à coordenada. Deslocando a diferenciação para ϕ, obtém-se,
! !
∂Ψ(ϕ) ∂Ψ(ϕ) ∂ϕ ∂Ψ(ϕ)
= = k , (1.126)
∂x t
∂ϕ ∂x t
∂ϕ
com a derivada,
!
∂ϕ
= k, (1.127)
∂x t
∂Ψ(x, t)
= Ak cos [kx − ωt] ,
∂x
e derivando de novo com respeito a x recupera o seno,
∂ 2 Ψ(x, t)
2
= −Ak 2 sin [kx − ωt] .
∂x
Compara-se com a eq. (1.119) e acha-se,
∂ 2 Ψ(x, t)
= −k 2 Ψ(x, t) . (1.130)
∂x2
Considera-se agora o lado esquerdo da eq. (1.129). Derivando a função
(1.119) com respeito a t produz,
∂Ψ(x, t)
= −Aω cos [kx − ωt] ,
∂t
e a segunda derivada temporal torna-se,
∂ 2 Ψ(x, t)
= −Aω 2 sin [kx − ωt] .
∂t2
Comparando com a função (1.119) fornece,
∂ 2 Ψ(x, t)
= −ω 2 Ψ(x, t) . (1.131)
∂t2
Resolve-se para Ψ(x, t) e substituı́-se o resultado no lado direito da eq. (1.130)
para recuperar a equação de movimento formulado através da eq. (1.129), ou
seja, o seno em kx e ωt formulado na eq. (1.119) representa uma solução para
a equação de movimento (1.129).
42 CAPÍTULO 1. REVISÃO DA MECÂNICA CLÁSSICA
k 2 ∂ 2 Ψ(r, t)
∇2 Ψ(r, t) = , (1.132)
ω 2 ∂t2
onde o operador ∇2 representando o produto escalar do gradiente consigo
mesmo,
∇2 = ∇ · ∇ , (1.133)