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Escola Politécnica
Departamento de Engenharia Química
Disciplina: ENG426 Operações Unitárias da Indústria Química I
Professor: Samuel Luporini
Alunos:
David Falcão Cavalcanti
Diego Oliveira Moscato
Pedro Teixeira Rosado
Thaiane Coqueiro da Silva
Yuri Lopes da Silva
Salvador
Maio de 2016
Introdução
Objetivos
Problema
Calcular o diâmetro e a altura de um espessador contínuo que opera com uma suspensão
de cal (densidade = 2,2 g/cm3) com concentração de alimentação de 0,07 g/cm3 e vazão de 35
m3/h. Considerar a concentração de lama espessada de 0,2 g/cm3.
Pontos requeridos
1. Traçar a curva de Altura x Tempo utilizando o experimento em triplicata, com o valor médio
e o desvio padrão.
2. Utilizar o método de Kynch para calcular a área do sedimentador.
3. Utilizar o método de Talmadge & Fitch para calcular a área do sedimentador.
4. Comparar e comentar os resultados sobre a área do sedimentador.
5. Estimar a altura do sedimentador.
6. Referências.
Resolução e Discussão
Para o cálculo da área pelo método de Kynch, foram escolhidos quatro pontos ao redor do joelho
(ponto de virada) da curva presente na figura 1. O ponto de virada corresponde ao ponto crítico e
será calculado posteriormente. Os pontos escolhidos podem ser vistos na tabela 2 e o gráfico dos
mesmos (joelho da curva) pode ser visto na figura 2.
Uma regressão linear é feita a partir da curva do gráfico da figura 2 e como consequência, foi
obtido uma equação da curva no modelo da equação 1.
𝑧 = ⋯ ∗ 𝑡3 + ⋯ ∗ 𝑡2 + … ∗ 𝑡 + ⋯ (1)
𝑑𝑧 (2)
− = 𝑣𝑙 = ⋯ ∗ 𝑡 2 + ⋯ ∗ 𝑡 + ⋯
𝑑𝑡
(𝑧0 𝐶0 ) (4)
𝐶𝑙 =
𝑧𝑖
Por fim, com todos os valores calculados é possível obter a equação da área 5:
1 1 1 (5)
𝐴 = (𝐿0 ∗ 𝐶0 ) ∗ ( − )
𝜗𝐿 𝐶𝑙 𝐶𝑠
Através das equações 2, 3, 4 e 5, e dos dados obtidos no experimento, é possível montar a tabela
3 e o gráfico da figura 3, que representa os valores da área em função de C l:
Por meio de uma regressão linear é possível obter a equação da curva da área 6 e a derivada
dessa equação (equação 7) igualada a 0 permite obter o ponto de máxima área. Assim:
𝐴 = ⋯ ∗ 𝐶𝑙 2 + ⋯ ∗ 𝐶2 + ⋯ (6)
𝑑𝐴 (7)
= ⋯ ∗ 𝐶𝑙 + ⋯ = 0
𝑑𝐶𝑙
O procedimento para se calcular a área por meio desse método pode ser visto abaixo, juntamente
com a figura 4:
O ponto crítico é o primeiro valor a ser obtido. Para isso, é traçada a tangente do ponto inicial e a
tangente do ponto final da curva de altura x tempo. A bissetriz do ângulo formado pelas duas
retas tangentes intercepta a curva no ponto crítico desejado. Os valores do mesmo são zc = ... m
e tc = ... s. Após isso, deve ser calculado o valor de Zs, que corresponde à altura da interface
correspondente a concentração Cs especificada para a lama espessa (no caso de 170 kg/m3). A
equação que permite obter o valor de Zs é a equação (8):
𝑍0 𝐶0 (8)
𝑍𝑠 =
𝐶𝑠
O valor obtido de Zs é de ... m. Para o caso de Zs ser maior que Zc, o tempo de sedimentação
corresponde ao tempo na curva da altura x tempo quando a altura vale o valor de Zs (... m).
Assim, o tempo de sedimentação (ts) vale ... s. A figura 5 permite visualizar a curva da altura x
tempo juntamente com as tangentes e bissetrizes necessárias para se obter os valores
desejados.
Para se calcular a altura mínima do sedimentador, é utilizada a equação (9):
(L0 C0 t s ) (9)
Amin =
Z0 C0
A área obtida por esse método é de aproximadamente ... m2. Como a área equivale a A=πD2/4, o
diâmetro obtido por esse método é de aproximadamente D = ... m.
A diferença entre os dois valores é pequena, inferior a ...%. Há erros presentes em cada método,
aproximações e incertezas. No método de Kynch, há o erro da aproximação da curva da área
para uma curva de segundo grau. No método de Tamaldge há aproximações ao se ler os valores
dos pontos, no traçamento das tangentes e das curvas. Em geral o método de Kynch é mais
preciso pelo uso da derivada analítica. Além do erro dos métodos, há os erros experimentais, na
medição da altura e do tempo por exemplo. Esses erros se propagam para ambos os métodos.
Como os dois métodos deram valores bem semelhantes, ambos valores podem ser considerados
válidos e a média dos valores será o valor da área a ser utilizado.
A altura do sedimentador é composta pela soma de três alturas (H1, H2 e HC). Assim, temos a
equação 10:
𝐻 = 𝐻1 + 𝐻2 + 𝐻𝐶 (11)
O valor de H1 pode variar entre 0,45 e 0,75 m, então será usado a média que vale 0,6 m. H2 é
dado pela seguinte equação (11), a qual depende do raio. O diâmetro médio vale ... cm, então o
raio vale aproximadamente ... cm. Assim:
𝑘𝑔 (14)
𝜌𝑙𝑜𝑑𝑜 = 0,077 ∗ 2,2 + (1 − 0,077) ∗ 1000 = 1092,4 (13)
𝑚3
Além disso, é necessário obter o tempo de compactação. Ele pode ser obtido através do gráfico
da figura 5. Primeiramente, é necessário obter t1 e tfi a partir da figura. t1 é obtido através do
valor do tempo no final da parte da curva de altura x tempo que é uma reta. tf1é obtido por uma
reta que passa por Zs quando o tempo é zero e que tangencia a curva da altura x tempo. tf1 é o
tempo onde essa reta tangencia a curva da altura x tempo. Assim, encontramos o tempo de
compactação dado pela equação (14):
(… + ⋯ ) (15)
𝑡= = ...𝑠
2
4 𝐿𝑜 𝐶𝑜 𝑡 𝜌𝑠 − 𝜌𝑓 (16)
𝐻𝑐 = [ ]=⋯ 𝑚
3 𝐴 𝜌̅𝑙𝑜𝑑𝑜 − 𝜌𝑓
𝐻 = 0,6 + … + … m = … m (17)
Referências Bibliográficas
3. Perry & Chilton, Manual de Engenharia Química, 5a edição, Guanabara Dois, 1973.
4. Foust et al., Princípios das Operações Unitárias, 2a edição, Guanabara Dois, 1980.
5. Coulson, J.M., Richardson, J.F., Tecnologia Química II: Operações Unitárias, Lisboa: Fundação
Calouste Gulbelnkian, 1977.