(W = ½ L I²)
É uma relação diretamente
proporcional à indutância (L) e o
quadrado da corrente primária (I) da
bobina de ignição. Consecutivamente a
corrente primária deve ser controlada
com precisão, afim de, garantir o
desempenho ideal e preservar a bobina
de ignição contra sobrecargas
térmicas.
A relação de indutância por resistência
do primário destaca a constante de
tempo (constante de tempo = L/R)
para que a corrente alcance 63% da corrente máxima da bobina. Vale lembrar que a
corrente máxima é aquela obtida pela lei de Ohm (I=U/R).
Em linhas gerais, bobinas de alta potência requerem pulsos com 2 a6 milissegundos
de ciclo ativo para regular a corrente primária.
Para desempenhar esta tarefa o sistema de controle do motor IAW-5NF possui dois
drivers bastante interessantes para comandar a bobina de ignição dupla, o circuito
integrado VB025SP fabricado pela ST Microelectronics.
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CI e em caso de excessos que resulte em derivações térmicas ela é reduzida para
proteger o circuito.
A queda de tensão estimada entre o coletor-emissor do transistor darlington é de 1,5 a
2 Volts sob uma carga de 6,5 Amperes. A base do transistor darlington, responsável
pela etapa final, está accessível por meio do pino (8) do CI.
CONCLUSÃO
O uso de uma bobina inadequada vai alterar a corrente primária seja pela condição
imposta pelo seu próprio enrolamento ou pelo comportamento interno do CI. Também
qualquer falha que resulte em baixofluxo de corrente primária pode ser diagnosticado.
Nem sempre encontramos estas informações nos manuais de serviço, e podemos até
questionar a sua relevância, mas estou convencido da ajuda que isto representa no
diagnóstico de falha do veículo. Espero que o exposto aqui seja suficiente para
atender as necessidades básicas do reparador de veículo ou de módulos, caso deseje
maiores detalhes consulte o datasheet do fabricante do componente.
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FUNCIONAMENTO
O borne 85– bobina do relê principal - está conectado a uma linha direta com o
positivo da bateria (linha 30). O borne 86 – saída da bobina do relê - se conecta ao
borne 36 da UCE. Para acionar o relê é necessário que haja uma ponte entre os
bornes 36 e 2,14 ou 24 - conectados ao negativo da bateria (linha 31). Esta ponte se
faz pela junção eletrônica do c-edo transistor T220 ao reduzir a resistência próxima de
zero e a série formada pelos resistores R227-R220. Fato que ocorre após ligar a
chave de ignição e alimentar com +12 Volts o borne 27da UCE, e circular corrente
através do circuito série formado pelo diodo D221, resistor R221, b-e de T220 e
resistores R227-R220.
PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO
Ao desligar a chave de ignição (linha 15), a força contra eletromotriz induzida na
bobina do relê ao desconectar o driver, rompe a tensão zener imposta pelo diodo
D220, levando o transistor T220 a conduzir novamente, fig. 2B, limitando o pico de
tensão em aproximadamente 50 Volts. Esta função permite que a sobre tensão se
mantenha a níveis suportados pelo driver.
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LIMITAÇÃO DE CORRENTE
Para aumentar a segurança da operação o driver está protegido contra sobrecarga ou
curto circuito com o positivo.
O paralelo formado pelos resistores R220-R227 detecta a corrente máxima para T220,
aprox. 1 Ampere. Com uma queda de tensão de aproximadamente 0,6 Volts entre a
b-e do transistor T221, veja fig. 2 A, se inicia o grampeamento da corrente de
excitação de T220 via c-e de T221, impedindo o aumento da corrente através do
driver.
Idealizados por seus projetistas a eletrônica se consolida em uma infinidade de
circuitos, portanto, cada módulo pode conter funções específicas, diferentes das
encontradas neste módulo. Informações precisas da sua arquitetura são sonegadas
pelo fabricante, mas com algum recurso podemos desvendar o suficiente para o
propósito do trabalho.
Enfim, conhecer algumas técnicas empregadas é importante para a atribuição de falha
e execução de testes plausíveis tanto para o reparador de módulos como para o
técnico de campo.
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a) Arquitetura Centralizada
Na arquitetura centralizada temos uma ECU central que recebe as informações de
sensores e comandos e as processa fornecendo saídas, conforme mostra a figuras 2.
A ECU contém tanto o hardware como o software para a leitura das entradas,
processamento a fornecimento dos sinais de saída.
O software é o "programa" que controla o funcionamento do veículo e o hardware
consiste nos circuitos que permitem trabalhar com sinais fornecidos por sensores e
comandos e que fornecem sinais que podem agir diretamente sobre os elementos
efetores. A principal vantagem desse sistema está na simplicidade do hardware que
consiste basicamente de sensores e atuadores, uma unidade de processamento
(ECU) e os sensores/atuadores que devem ser controlados. A ECU varre
constantemente as entradas, fornecendo nas saída os sinais necessários aos
atuadores. A principal desvantagem está na necessidade de todo cabeamento
convergir para essa unidade, o que além de tornar a fiação volumosa dificulta a
manutenção. Outro problema está na possibilidade de se expandir ou alterar o
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sistema, pois isso exigiria modificação do hardware e do software, o que não é
simples.
b) Arquitetura distribuída
Nessa arquitetura são usadas diversas ECUs colocadas em pontos apropriados do
veículo. Cada uma é destinada a execução de determinadas funções atuando sobre
determinados sensores e também se comunicando com outras ECUs.
A presença desse protocolo exige um software de controle para a rede, sendo difícil a
determinação ideal da velocidade com que cada elemento envie ou receba os dados
que devam ser processados.
O maior problema que os projetistas de automóveis encontram é criar uma arquitetura
que, com um mínimo de custo ofereça as funções que os usuários desejam com o
máximo de confiabilidade.
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ARQUITETURA ELÉTRICA CENTRALIZADA
EXEMPLO PRÁTICO
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A princípio, com a chave de contato ligada, foi medido a tensão da linha CAN-H e
CAN-L e ambas estavam com tensões em torno de 2,5 V, normal para este caso.
Em um segundo procedimento, com a chave de contato desligada, mediu-se a
resistência da rede CAN encontrando um valor de 25K ohms, incompatível com o
esperado que seria de 120 Ohms. Ao constatar que a rede havia sofrido reparo
próximo ao conector de diagnóstico, foi exposta a fiação onde se nota a inserção de
um resistor de valor inadequado, vide imagem abaixo. Para teste, conectou-se
em paralelo com o resistor uma década resistiva ajustada para 120 Ohms, tornando
possível a comunicação com o scanner.
Para enriquecimento segue a imagem obtida com o osciloscópio onde pode ser
observada a distorção causada no sinal e que impossibilitava a comunicação com o
scanner.
Este tópico demonstra que a medição de tensão não foi conclusiva, embora seja uma
prática recomendada. Se o osciloscópio fosse usado inicialmente não haveria dúvida
quanto ao motivo que impossibilitava a comunicação, entretanto restaria ainda fazer
testes adicionais para identificar o que realmente causa tal distorção.
Esta experiência nos leva ainda a outro patamar: a próxima vez que confrontar com
este tipo de problema teremos mais convicção do que se sucede e que recursos
cabem para esclarecer-lo. M as lembre-se, embora pareça óbvio, nem sempre a
solução será esta, portanto não vá colocando resistência antes de
realizar os testes necessários.
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SINCRONISMO DA CORREIA DENTADA DO PÓLO 2.0L
Sabe-se que ao substituir a correia dentada é necessário colocar o eixo motor e do
comando de válvulas na marca de sincronismo ou usar ferramentas para travar o
motor, conforme o caso. Um trabalho relativamente simples que pode se complicar
devido ao erro de paralaxe ao tomar como referência as marcas nas polias,
principalmente se o sincronismo está perdido por danos na correia, por exemplo.
As imagens a seguir ilustram o sincronismo das marcas de referência para montar a
correia dentada do motor Volkswagen sigla BBX 2.0l usado no Pólo.
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ERROS QUE ABORDAM A SONDA LAMBDA
Muitos pensam que os erros de sonda lambda que ficam registrados freqüentemente
na memória de defeito do sistema de injeção é a causa do mau funcionamento de um
motor, e inclusive substituem inutilmente a sonda lambda. A falta de êxito nestes
casos é algo que merece reflexão. Inicialmente os sistemas de injeção eletrônica não
possuíam sonda lambda, ela foi implantada posteriormente para atender leis mais
severas de controle de emissões de gases poluentes e reduzir o consumo de
combustível.
A figura que segue ilustra de forma simplificada o controle da sonda lambda no
funcionamento da injeção eletrônica tradicional (mono combustível), entenda o
processo.
Com base na informação do sensor de carga (massa de ar admitido versos rotação do
motor) e temperatura do motor a unidade de comando do sistema de injeção (UCM )
calcula a quantidade de combustível necessária para o correto funcionamento do
motor, expresso por meio de um pulso de curta duração que regula a abertura do
injetor de combustível. O volume de combustível injetado é produto do tempo de
duração do pulso (ti – tempo de injeção) e pressão do combustível.
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CONCLUSÃO
A regulagem da mistura através da sonda é uma ação secundária, que tenta consertar
irregularidades ocorridas na combustão.
A sonda lambda pode ser usada como “feedback” do processo de combustão.
Evidentemente qualquer problema que afeta a combustão do motor recai sobre a
regulagem proporcionada pela sonda lambda. Ao alcançar o limite de compensação
estipulado no sistema, a conseqüência será a suspensão da regulagem da mistura e
registro de um erro que aborda a sonda lambda.
Mecânica do motor, fuga de ar na admissão, defeitos nos injetores de combustível,
qualidade do combustível, pressão de combustível, sensores de carga e temperatura
do motor, falhas de ignição, entre outros são problemas freqüentemente identificados
como elementos que provocam problemas de combustão e afetam a regulagem
desempenhada pela sonda lambda.
A sonda pode sofrer danos conseqüentes de defeitos da combustão, entretanto em
grande parte deles, após serem sanados, a sonda volta a operar normalmente.
Pense nisso na próxima vez que encontrar um erro que aborda a sonda lambda
memorizado no sistema de injeção. Além disso, somente substitua a sonda após
testar-la minuciosamente, assim como qualquer outro componente.
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