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PÓS-GRADUAÇÃO MBA - GESTÃO INTEGRADA QSMS NA INDÚSTRIA DO

PETRÓLEO

ALEXANDRE MOREIRA FARIA FO

PROPOSIÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL


ECOCÊNTRICA OFFSHORE: MELHORIAS EM SISTEMAS
GESTÃO INTEGRADO

SÃO PAULO – SP

2016
PÓS-GRADUAÇÃO MBA - GESTÃO INTEGRADA QSMS NA INDÚSTRIA DO
PETRÓLEO

ALEXANDRE MOREIRA FARIA FO

PROPOSIÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL


ECOCÊNTRICA OFFSHORE: MELHORIAS EM SISTEMAS
GESTÃO INTEGRADO

Monografia apresentada como


exigência do Curso de Pós-
Graduação MBA – Gestão Integrada
QSMS na Indústria do Petróleo da
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
PETRÓPOLIS, como requisito para
obtenção do Título de Especialista,
sob a orientação do Prof. Ângelo Éder
A. Collares, MSc

SÃO PAULO – SP

2016
MOREIRA FARIA FO, Alexandre

Proposição de uma Educação Ambiental


Ecocêntrica Offshore /

Alexandre Moreira Faria Fo – São Paulo, SP,


2016.

Monografia (Pós Graduação MBA – Gestão


QSMS na Indústria do Petróleo) – UCP

1. Conceito da Educação Ambiental


Clássica.
2. O Homem e o Ambiente Industrial
Off-Shore.
3. Bases de Uma Nova Educação
Ambiental Ecocêntrica.
4. Instrumentos para os Sistemas de
Gestão da Qualidade, Saúde e
Segurança e Responsabilidade
Social Associadas a uma Nova
Educação Ambiental Ecocêntrica.
FOLHA DE APROVAÇÃO

Aprovada em _______/________ / de 2016

BANCA EXAMINADORA

Profº ...................................................................

Profº...................................................................

Profª...................................................................
Resumo.

Um novo mundo vem assumindo formas mais condizentes com a realidade que
vivemos. Pela progressão errática de nossa sociedade capitalista, estamos tornando
nosso mundo estéril. Organizações de renome assumem o voga da iniciativa tornando
a gestão ambiental como essencial, se sensibilizando perante as condições que
indústria de modo geral imputa ao meio ambiente. A Educação Ambiental ganhou novas
conotações, capacitando trabalhadores e instruindo jovens nas escolas. Junto a ela
surgiu uma sistemática de gestão ambiental, visando estabelecer padrões para aferição
do resguardo ambiental. E esta pode assumir uma nova forma sistêmica, incluindo agora
valores sociais e comportamentais, podendo se adequar a se tornar uma Educação
Ambiental Ecocêntrica, objetivando uma otimização humana em qualquer ambiente.
Mas que será especificada ao ambiente off-shore que é o tema deste trabalho.

Esta agora trata o ambiente como algo genérico, não irrelevando os aspectos
intrínsecos da existência humana. Englobando a totalidade de elementos abarcadores
da vida a bordo e atrelando significado a cada um. Não há foco apenas no plano Homem
X Natureza, assim todas as abordagens foram intentadas em serem incluídas. Desde a
importância da integridade natural do meio selvagem à geração de boas intenções de
trabalhadores em manterem um estado de excelência no anímico de seu grupo.
O esforço base é aumentar a eficácia de todos os sistemas de gestão integrados,
delimitando novas interpretações pessoais na necessidade de se executar cada
processo ou na necessidade de verificação de cada indicador ou requisito. Associar tais
novos conceitos a serem assimilados e disseminados por uma gestão estratégica de
recursos humanos, tornando a vida e o trabalho a bordo mais plenos e mais rentáveis
para a organização e para seus colaboradores. Vários conceitos informativos foram
usados, desde a Ecologia Profunda à Gestão Transpessoal, todos examinados
buscando uma Educação Ambiental Ecocêntrica adaptável e inclusiva dos valores mais
crassos para a exercício eficiente das as atividades da organização, que são espelhados
por pessoas.
Sumário.

INTRODUÇÃO. ----------------------------------------------------------------------------------------------------01

CAPÍTULO I – CONCEITO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CLÁSSICA. --------------------------03

CAPÍTULO II – O HOMEM E O AMBIENTE INDUSTRIAL OFF-SHORE. ------------------------10

CAPÍTULO III – BASES DE UMA NOVA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCÊNTRICA. ------17

CAPÍTULO IV – INSTRUMENTOS PARA OS SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE,


SAÚDE E SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIDADE SOCIAL ASOCIADAS
A UMA NOVA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCÊNTRICA. ------------------------------------------38

CONCLUSÃO. ------------------------------------------------------------------------------------------------------73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. -------------------------------------------------------------------------76


Figuras.

Esquema Geral do Ciclo PDCA. -----------------------------------------------------------------------------40


Introdução.

Apesar de toda um sorte de impactos nocivos que nossa conduta tem perpetrado
que pareada ao nosso sistema político e econômico preferencial tende a findar com as
possibilidades de um horizonte sustentável no futuro. Entretanto esses impactos
consequentes já são sabidos por muitos. E partir disso um novo esforço veem
ascendendo para que as nossas escolhas não sejam uma ultimato pernicioso a
Natureza. Pois é deveras evidente que o Capitalismo se tornou um intensificador
tecnológico e este, de fato, não assume uma forma humana, é apenas um determinação
de ordenamentos, é abstrato. Todos nós somos o seu maior veículo ao tomar uma ação
que talvez entre em atrito com a própria Natureza. Com essa reflexão nos tornamos
mais sensíveis, que culminou num passado recente na criação da Educação Ambiental.
Instrumento que atualmente é empregado em grandes organizações empresariais e
industriais, tem por intento em sensibilizar seus colaboradores antes aos potenciais
impactos previstos nas atividades e elucidar meios para que esses não venham a
ocorrer. Nesse ótica surge a possibilidade de um aprimoramento desta ortodoxa
Educação Ambiental, agora não ressaltando apenas o meio ambiente natural como
objeto de cuidado e sim qualquer ambiente, indiferente a sua localidade, em que o ator
ou colaborador esteja inserido. A Educação Ambiental Ecocêntrica essencialmente é
um instrumento de capacitação pessoal e intersocial, que eleva a eficiência individual
de se viver em pequenos grupos. Mas ainda mais orientada a grupos expostos por
pressões e situações de stress como em comunidades de bordo. É direcionada para
envolver os aspectos anímicos e emocionais em situações positivas, tornando mais
fluida as assimilações de conceitos variados como respeito ao meio ambiente,
adequações a normas de segurança e saúde e outras determinações organizacionais.

Sistemas de Gestão atuam como facilitadores de execução de processos que


previamente foram identificados como adequados, existem como autenticadores dos
produtos ou serviços ofertados pela organização e expressam muitas qualidades fiáveis
aos clientes ou consumidores. São quatro os Sistemas de Gestão mais comuns e
meados dos anos 2000, eles passaram a ser integralizados.

1
O escopo assim deste trabalho, é utilizar a Educação Ambiental Ecocêntrica como
suporte instrutivo para uma Gestão de Recursos Humanos Estratégica, compreendendo
variadas lições de aprendizagem teóricas e práticas. E associar tais medidas a serem
implementadas à uma Gestão de Sistemas Integrados de excelência. Haja vista a
complexidade e pragmatismo que gestores e colaboradores enfrentam no cotidiano à
bordo de instalações marítimas visando exercer as determinações dos sistemas de
gestão. Permeando desde à periculosidade de se circular na instalação às necessidades
de estar apto mentalmente e fisicamente para a execução de tarefas do ofício. E em
muitas situações as idiossincrasias enfrentadas que podem tornar o anímico individual
ou grupal como um veículo de acontecimentos negativos.

2
CAPÍTULO I – CONCEITO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CLÁSSICA

1 – A Consequência Socioambiental da Industrialização Capitalista.

Nos primórdios da era industrial a preocupação com o meio ambiente e com ser
humano atingiu o seu ápice de malogro. As condições dos trabalhadores propiciou uma
acúmulo de óbitos em ambiente de trabalho, atitudes de ingerências semelhantes
culminaram em acidentes naturais extremos.

Impelidas pelo Capitalismo como ordenamento socioeconômico, a aglomeração intensa


dos grandes centros humanos foi inevitável. Tal sistema é caracterizado pelo acúmulo
de recursos materiais ou mesmo financeiro, fomentando um estado de monetarização
dos trâmites sociais. Anteriormente as relações de compras e vendas eram baseadas
nas necessidades básicas dos indivíduos, porém iniciou-se uma ordenação onde os
consumíveis passaram a ser determinados por seus valores de troca ao invés de seu
valor de uso. Uma evolução do sistema Mercantilista menos equitativo. Assim, atrelado
a novas ferramentas implícitas do Capitalismo num viés de criação de mentalidades
consumistas, atualmente nos assentamos sobre uma sociedade de consumo
(FERNANDES, 2010).

Muitas destas ferramentas se desenvolveram concomitante com a nova sociedade


capitalista. A mídia e suas vertentes incitaram o consumo sem limites, edificaram o mito
do bem-estar através do consumismo. E pela incessante necessidade de
produção/consumo, criou-se a realidade de que os cidadãos para serem plenamente
felizes devem ser consumistas e agregadores de recursos materiais. No tocante a isso,
a capacidade aquisitiva se tornou um modo de classificar os cidadãos, oriundo das
quantidades e qualidades que consomem. Outros mecanismos como obsolescências
programadas, tornam os cidadãos ainda menos conscientes de suas ações
consumistas, onerando e muito o meio ambiente natural e sua capacidade de fornecer
os recursos naturais a serem feitos de insumos na indústria, como também a efetividade
de absorção dos materiais descartados.

Em muitos momentos, os diversos modus operandi causaram depredações profundas


nos ambientes naturais, que anteriormente eram considerados apenas espaço vago,
sendo numa ótica antropocêntrica, inútil o bastante para acúmulo de material
descartável, destino de uma série de resíduos sólidos e líquidos dispensáveis dos
processos produtivos.

3
Substâncias exógenas ao meio natural, de alta especificidade química, persistentes,
permanecendo no ambiente por anos a fio, podendo associar-se a outras substâncias,
elevando sua capacidade de residência.

A busca ilimitada pelo abastecimento constante dos recursos


naturais e a amplitude cada vez maior das relações de
produção capitalistas por todo o globo impõem um ritmo
frenético de produção e consumo, incompatível com o ritmo da
natureza. As depredações e as poluições decorrentes deste
padrão atingem uma escala de efeito sobre o meio ambiente
superior a qualquer outro modo de produção anterior
(QUINTANA & HACON, 2011, pg. 432).

Porém, negligenciar a valoração técnica e científica que o sistema Capitalista


promoveu na sociedade seria fútil. A necessidade produtiva, levou as metodologias a
se submeterem ao horizonte que a Ciência lhes clareava. Desse modo, as tecnologias
passaram a ter papéis vitais no seio de consumo. Pois com elas se produzia mais e
melhor que antes, alavancando também o próprio consumo. Também elevava o
desemprego pela automação industrial. De fato, é inegável que, concomitante ao
Capitalismo, a evolução tecnológica adquiriu um novo ritmo de desenvolvimento.
Contemplando a sociedade de produtos práticos, inovadores e facilitadores.

Mas, como num conto de fadas com sinal trocado, as


oportunidades que surgiram com o novo sistema não eram
todos. Pelo contrário, o que era pra todos ou que estava a
disposição de todos – como água, a energia, as florestas, as
praias, os recantos naturais, a terra, os rios e mares, afinal, a
natureza – passou a ter dono. Agora a água gera energia e
ambas são produtos de comércio. A terra ampla que poderia
matar a fome de tantos, está improdutiva no latifúndio.
As praias estão cercadas por condomínio de luxo ou por hotéis
cinco estrelas. As florestas e o cerrado dão lugar a
monocultura de soja ou a pecuária...a concentração da renda,
a acumulação do capital vão gerando a injustiça que resulta na
fome, na miséria, na violência, no desemprego, na infelicidade
(CAMPOS, 2008, pg. 20).

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O sistema capitalista e seu modo de produção apropriador e explorador está em
todos os locais, valendo-se do domínio total do mercado global, bem como das inúmeras
atividades do ser humano e a facilidade imposta pela globalização. Este modo de
produção se sustenta na exploração da força de trabalho e na utilização dos recursos
naturais. Intitula-se num modo de ordenamento agregador e oligarca, onde o trabalho
proletariado de muitos, propicia a geração de produtos e serviços, se traduzindo em
riquezas, que passam a ser controladas por poucos (NUNES, 2012).

Evidencia-se certo grau de solidão nessa busca, onde o indivíduo anseia por se
aprimorar como agente econômico de sucesso. Assim, ao final da jornada de estudos,
sentimentos unilaterais e egoístas podem aflorar, onde pensamentos ilusórios de posse
incessante são constantes, especialmente impelidos pelo consumo exacerbado e
irrestrito. Baseiam suas premissas de vida em cima de valores e objetos, por vezes
perdendo laços afetivos com pessoas ou atividades pelo materialismo intenso.
Outro fator negro do mundo capitalista é capacidade de tornar as mentes individualistas,
sobrepondo os conceitos coletivos que deveriam ser veementes numa sociedade.
Recorre assim, a banalização da condição humana que preconizada pelo próprio
capitalismo, resume a vida do homem a uma mera luta por riqueza (PEREIRA, 2007).

Num cenário mais caótico de desigualdade social, o sistema pode promover a escalada
de violência nas cidades. A segregação populacional, determinada pelas condições
socioeconômicas marginalizando os menos favorecidos e a inoperância altamente
corruptiva da máquina do estado na gestão dos recursos básicos de manutenção social
são preponderantes, viabilizando situações de contravenções e crimes. Num viés
capital, até mesmo o crime se torna mercadoria, explorando a insegurança que este
acarreta a percepção pública.

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Os próprios cidadãos quando imergidos no sistema podem desenvolver vícios
psicossociais, despertando ações incompatíveis com a vida em coletividade. A despeito
das desigualdades sociais presentes em muitas aglomerações humanas urbanísticas,
a violência mental e moral se tornou ordinária nos interstícios urbanos. Intolerância,
desrespeito e descriminação, são corriqueiros num dia cotidiano. E os fatores
condicionantes são processados de acordo coma percepção individual, mas sempre
pautados pela necessidade de ganho financeiro, que nos leva a atribuir valor em tudo
que nos cerca, até ao tempo. Tornando propício que a ansiedade assuma as mentes
dos menos favorecidos financeiramente e intelectualmente, como pessoas sem uma
estrutura moral e até mesmo familiar. Enfim, os alvos mais suscetíveis a despertarem
sentimentos inerentes a ações conflitantes com uma condição de vivência coletiva.
Abrangendo a qualquer local de influência humana.

Desse modo, estas claudicâncias socioambientais supracitadas, oriundas de


nosso modo de interpretação da vida humana em sociedade, representam um macro
universo e incitam que os pequenos micros universos subsequentes apresentem as
mesmas problemáticas. Como será corroborado ao longo do trabalho, que preconiza
uma correspondência de ações dos indivíduos aos seus iguais, em qualquer ambiente.

Assim organizações e instituições podem denotar condutas amorais, refletindo as


próprias governanças, que priorizam a geração de capital de modo unilateral em muitas
situações. E tendem a ser ainda mais predatórias quando situadas num viés petrolífero,
se não geridas de modo adequado. Seja no potencial de depredação ao meio ambiente
natural, causados por acidentes e negligências de assegurar seus colaboradores pela
grande potencialidade de geração riscos a vida humana com seus perigos imputados.
O equilíbrio é indispensável para uma boa conduta socioambiental e econômica.

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2 - Valorização do Meio Ambiente Natural.

Hoje a temática ambiental é considerada estratégica nos compromissos ou


tratativas internacionais promovidos por agências intergovernamentais. Inseridas num
mercado globalizado, a sobrevivência das empresas está vinculada ao
acompanhamento das tendências mundiais, à medida que a importância ambiental
influencia as ações da massa populacional, pelo senso comum, de ensejo de resguardo
dos recursos naturais e das condições dos ambientes naturais. Este novo entendimento
foi semeado a partir dos anos 70, quando uma série de recomendações oriundos da
Conferência do Estocolmo, aliados a impactos providos por acidentes de escalas
nacionais como vazamentos de óleo, de substâncias químicas ou nucleares - de grande
depredação ecológica (MAGALHÃES, 2006).

A alta especificidade de instalações marítimas petrolíferas envolvem riscos intrínsecos


e variados, deflagrados por uma estreita correlação entre fatores humanos, fatores
técnicos e a variação do ambiente natural. Quase que a totalidade de operações
efetuadas a bordo tende a algum risco para humanos e ambiente natural, urgindo uma
gestão de SMS intrincada, sistêmica e completa (BAYARDINO, 2004).

Assumindo que o meio ambiente é a conceituação da interação


entre estruturas orgânicas vivas, vegetais e animais; com o
meio externo como água, terra, ar, fomentando paisagens e
uma gama de fisiografias. E este sustenta e proporciona
condições de desenvolvimento pleno de suas expressões
biológicas, sociais e psíquicas, ofertando um ecossistema
integral para seu desenvolvimento orgânico e sua evolução.
Portanto evidencia-se um limite de extração desses recursos e
uma necessária manutenção de sua qualidade. E é nesse viés
que o pensamento humano sistêmico, procura se engendrar
(PIVA, 2010, pg.11).

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Com a relevância da ambiente natural posto num patamar superior, as ações dos
sujeitos passaram a ser esperadas, denotando uma conduta mais consciente,
reafirmando sua condição de extrator e dependente de recursos do meio natural,
perpetuando sua integridade. Porém a gestão de valores naturais se dará por pessoas
e estas podem nem sempre ter uma consciência ecológica firmada, expondo uma
lacuna para preenchimento de uma Educação Ambiental.

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3 – A Ascensão da Educação Ambiental.

A Educação Ambiental surge no ensejo de resgatar os valores naturais,


constituintes na perpetuação das condições de sustentação da vida. Englobam respeito
às diversidades biológicas e culturais, na tentativa de harmonizar o choque social ante
a natureza. O autoquestionamento do modelo social de consumo desenfreado que
estamos inseridos. Notando assim, que atrelamos valores a materiais inertes, fazendo
disso algo grandioso, que nos fará ser mais plenos. Porém esse pensamento gera
desigualdade social, perdas culturais e biológicas irreparáveis. O contexto primário que
a Educação Ambiental busca expressar é a renovação dos conceitos individuais,
melhorando sua conduta no meio social e natural ou na miscelânea que se tornou as
ocupações humanas. Aflorando no fim, uma ideia de cidadania integrada.

A bordo a Educação Ambiental tem um papel fundamental na formação da consciência


do trabalhador ou afim. E por meio dela, a organização busca promover um estimulo a
tomada de consciência ecológica do indivíduo dentro do ambiente em que esteja
inserido. Na tentativa de mudanças de atitudes e comportamentos pró-ambiente,
refletindo de modo lúdico e compreendendo a justificativa das ações a serem tomadas.
No intuito de promover um resguardo do ambiente natural e seus recursos tão valiosos
(MAGALHÃES, 2006).

Por fim, essa nova educação pró-ambiente fora embrionada pela inflexibilidade da
emergente legislação ambiental. Que ascendeu englobando grande parte das
atividades industriais sob uma rígida austeridade fiscal, impondo sanções e punições
administrativas ao sujeito infrator da transgressão da determinação legislativa
ambiental, muito em parte pelas tendências disseminadas pela globalização de ideias.

Entretanto, apenas o eixo Homem X Natureza é frequentemente abordado. Irrelevando


outras esferas que constituem a vida humana em esforço convergido para as operações
rotineiras em ambiente Off-Shore. E na ânsia de se sensibilizar a mente humana frente
as depredações de seu próprio ambiente seja ele natural ou artificial, algumas
ferramentas apontam como objetos eficazes quando associadas as mais tradicionais,
na transformação dos indivíduos e a perpetração de suas ações.

Surge uma nova perspectiva de desenvolvimento socioambiental. A perspectiva


Ecocêntrica, a qual engloba a totalidade dos elementos constituintes dos cenários,
atrelando a mesma importância a cada um, indiferente de hierarquia, origem ou utilidade
ante a um suposto sistema.

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CAPÍTULO II – O HOMEM E O AMBIENTE INDUSTRIAL OFF-SHORE

1 – A Exploração de Petróleo em Ambiente Oceânico.

Quando o óleo adquiriu importância econômica significativa, a empreitada em


busca de tal recurso se moveu a novos níveis. Atingindo exigências de esforços
pioneiras, agora financiadas pelo alto interesse econômico que este recurso
representava. No início, quando o primeiro homem se debruçou sobre a produção num
viés de larga escala, os sítios se situavam em porções continentais emersas. A indústria
se estruturou rapidamente e serviços demandados de transporte e refino, logo surgiram
em aéreas adjacentes. Pois há uma facilidade notória de se assentar sítios de produção
em terreno seco. Porém num dado momento, as jazidas mais acessíveis esgotaram-se,
forçando-nos a expandir nosso horizonte de busca e aliado a tecnologias aprimoradas,
permitiu a indústria a atingir o leito marinho em sua busca por óleo e gás.

E hoje ela atua de modo desenvolto em mares profundos e em condições adversas.


Se tratam de instalações de elevado porte físico, atingindo alturas de 40 metros acima
do nível do mar, podendo estar embutidas em navios-sonda de calados consideráveis.
Onde atividades corriqueiras envolvendo grandes pressões e elevadas temperaturas,
ocorrem muito próximos aos operadores e técnicos. A proximidade é muito recorrente,
haja vista que as atividades básicas humanas, como alimentação e descanso, sempre
estão pareadas as consequências das atividades industriais. O que mais apresenta
periculosidade é a própria atividade em si e a limitação de espaço físico da instalação
fixa ou móvel. Um perigo inerente a condição de vida humana e do ambiente natural das
cercanias, implícito a qualidade da água e da vida dos organismos inseridos nela.

A indústria do petróleo é uma evidência contemporânea dos


riscos de acidentes de grande porte, dos riscos de acidentes
de trabalho em geral e dos mecanismos de contaminação
humana e da vida animal, pesando cada vez mais nas
alterações ambientais locais e planetárias (BAYARDINO,
2004, pg. 25).

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2 – A necessidades do trabalho em turnos.

A rotina de trabalho a bordo é usualmente segmentada em turnos específicos,


adequado às necessidades ou prioridades das operações. Na indústria petrolífera os
turnos abrangem em média, 12 horas de trabalho por 14, 21 ou 28 dias.
Algo de fato, excrescente ao que se pratica em outros segmentos industriais e
comerciais, onde se atua por apenas 8 horas, tendo a liberdade de retorno ao domicilio
implícita.

A moderna tecnologia viabilizou a realização de muitas atividades produtivas durante


todo o dia, criando assim a chamada sociedade 24 horas (ROSA e COLLINGAN, 1997
apud RODRIGUES, 1998).

Esse modo organizacional social requer atividades constantes, alimentando as


necessidades através de serviços básicos como: polícia, bombeiros, profissionais de
resgate e saúde, transporte, segurança e mais. Outras organizações, por características
de processos e produção ou por desoneração de custos; devem manter suas atividades
incessantes, operando em jornadas estendidas ou em 24 horas do dia.

Na ânsia da garantia de geração de lucros e apoiadas no novo conceito de produção


just in time, as organizações suprem os consumidores de produtos e serviços a qualquer
hora do dia ou noite. E por efeito em cadeia, tais serviços e industriais atuantes em
turnos, impelem a expansão das atividades de outros serviços como alimentação,
postos de gasolinas e etc. A mera conveniência de uma sociedade cada vez menos
distante da vida natural sustenta turnos nos mais variados segmentos comerciais e
industriais. E por parte dos trabalhadores, dos quais muitos aprovam a ideia pela alta
compensação financeira ou por ter períodos livres para desenvolver suas predileções e
até mesmo hobbies (RODRIGUES, 1998).

11
3 – Fatores prejudiciais do trabalho de turno e da vida a bordo.

Os ciclos biológicos ou biorrítmicos são preponderantes nos profissionais que


atuam em turnos, que de modo geral podem ser divididos em 24 horas diárias. Entre
estes, o mais notório é o ciclo circadiano, definido como um ponto fundamental nos
rendimentos dos trabalhadores a bordo. Hoje é sabido que o fenômeno da
dessincronização interna e a privação de sono são os maiores obstáculos para um
rendimento pleno e constante dos ofícios ao longo de um dia completo, quando se trata
de trabalhos em turnos. E o ciclo circadiano quando em desarmonia, tende a acarretar
tais malefícios aos trabalhadores a bordo (RODRIGUES, 1998).

Tal ciclo é dirigido pelo nosso sistema central representado pelo cérebro, que atua de
modo distinto ao longo de um dia, agindo no envio de hormônios, regulando a
temperatura corporal e as atividades cognitivas e evidenciando a predisposição para
adormecer ou se manter em vigília. Apresenta três caraterísticas principais: é endógeno,
resistente a mudanças bruscas, tendendo a adaptar-se lentamente. Assim, quando uma
pessoa é posta numa nova rotina de atividade e descanso, muitas funções biológicas
são afetadas como: batimentos cardíacos, pressão arterial, excreção hormonal e
regulação térmica. Algumas se adequam rapidamente e outras de modo gradual.
Expondo um quadro caótico nos trabalhadores mais suscetíveis. E essa
susceptibilidade é definida pelo modo de conduta de vida, pela prática de atividades
físicas, alimentação adequada, dinâmica e ciclo do metabolismo e outros
(RODRIGUES, 1998).

Em ambiente remoto, diversas facetas do espectro humano podem atingir um


malogro profundo, em muitas oportunidades de modo inconsciente. Nesse segmento
industrial o indivíduo é exposto a um regime de confinamento, mantendo-se isolado do
resto da sociedade, de amigos, parentes e familiares. O confinamento é inerente ao
local que o empreendimento se encontra, invariavelmente situado em mar aberto que
torna a logística de transporte complexa (DOMENICO e PEREIRA, 2013).

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Desse modo há um planejamento de transporte, relacionado ao final do período de
atuação embarcada de cada profissional. Portanto os trabalhadores permanecentes a
bordo, exercerão suas funções em turnos de em média 12 horas e no período de
descanso continuarão a bordo, onde se acolherão em seus dormitórios. Limitar-se-ão a
se deslocar em um espaço pequeno respectivo as casarias, impossibilitados de
retornarem ao continente. A reclusão é um dos fatores mais agravantes, tornando os
trabalhadores suscetíveis ao desenvolvimento de doenças (DOMENICO e PEREIRA,
2013).

Dentre os efeitos deste regime de trabalho sobre a vida dos trabalhadores, a veemente
é a desestrutura da saúde mental. Por desorganizar a vida social do trabalhador e
interferir nos processos de adaptação aos horários de sono, alterando-os
sistematicamente. Onde a adaptação ao regime de turnos é sempre interrompida
bruscamente pelo retorno ao ritmo doméstico e vice-versa (SAMPAIO, 1998).

O descanso então, se torna crucial para um bom rendimento no trabalho, entretanto


pode encontrar obstáculos variados. O local de trabalho se trata de um ambiente quase
todo reservado a produção ou a operações que complementam a produção; os locais
para recreação se restringem as casarias, como camarotes, refeitórios, salas de
recreação e ambientes comuns a todos; todos estes, constituintes das mesmas pessoas
que compõe as unidades de trabalho, evidenciando que uma boa relação social é
essencial para uma boa vivência a bordo na tentativa de mitigar conflitos e atritos
sociais.

Um fator influente da saúde a bordo é o desgaste físico, que pode ser minguado ao
máximo quando em práticas de atividades manuais ou minuciosas. O turno noturno
tende a sugar a vitalidade na maioria das pessoas, podendo ser intenso sem um período
de descanso adequado. Ainda, o desgaste do corpo pode ser agravado pela
necessidade de estar no ponto de embarque com exatidão, profissionais residentes fora
dos pontos de embarque tendem a perder mais dias de folga, podendo exercer longas
viagens por deslocamentos longitudinais, tendendo a extenuar o corpo na iminência do
embarque.

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Não obstante a tantas claudicâncias para uma atuação profissional saudável a bordo,
não se deve subestimar a magnitude das máquinas que atuam ao lado dos profissionais
a bordo e os perigos de se processar elementos fósseis inflamáveis.
Linhas pressurizadas e eletrificadas, ruídos altíssimos, a altura excessiva da instalação
em relação ao nível do mar, sulfitos de hidrogênio, xilenos, toluenos e as inconstâncias
climáticas do ambiente marinho. Que se associadas a trabalhadores fatigados, pela falta
de um sono pleno ou pelo desgaste físico intenso, podem convergir em graves
acidentes. O fato da necessidade da inversão de turnos, também é apontado como
veículo de perturbações das condições físicas (DOMENICO e PEREIRA, 2013).

Enfim, um fator soberano nas atividades petrolíferas inerentes a sua estrutura


organizacional é a política institucional da empresa, que influencia diretamente as
políticas de SMS. O pressuposto modo de conduta de gestão da alta administração pode
incorrer de prioridades de geração de capital de modo indiscriminado, devido justamente
a um modo de pensamento capitalista desajustado. Sem uma consciência humana
veemente, gestores podem priorizar cortes de investimentos em estruturas físicas,
capacitações profissionais e determinações nas operações de forma inadequada na
ânsia de se gerar mais lucros, pondo em risco a integridade humana a bordo e a natural
envolta pelo ambiente marinho. Em muitos casos a falta de comprometimento ético
estabelece medidas discrepantes aos riscos que a atividade impõe.

Este quadro se agrava à medida que não são realizados alguns procedimentos cruciais
para o rigor na prevenção de acidentes, tais como: vistorias e inspeções; certificação e
calibração de equipamentos e instrumentos; medições de corrosão, de integridade de
materiais e da geometria de peças; perícias após deformação, fratura, ou rompimento
de peças; e mensurações químicas, físicas e ambientais não realizadas. Esta ampliação
e intensificação da capacidade produtiva vêm sendo acompanhada da redução de
efetivos de trabalhadores, intensificação do trabalho e exigência de polivalência (SEVÁ
FILHO, 2000).

14
4 – Aspectos negativos.

Nesse imenso contexto que se apresenta ao homem trabalhador e a própria


indústria Off-Shore, várias constatações negativas podem ser suscitadas. No âmbito
fisiológico e emocional, três são os fatores preponderantes na causa de problemas aos
trabalhadores: a dificuldade de adaptação dos ritmos biológicos às inversões de
períodos de atividade e repouso, as perturbações de sono e os fatores domésticos e
sociais. Tais fatores incorrem no malogro do desempenho pessoal e da equipe de
trabalho, atingindo o próprio desempenho da empresa.

Os acidentes pessoais e industriais se relacionam de modo próximo a esses fatores,


apontando turno da noite como recorrente em períodos que se acontecem os acidentes
mais expressivos. Tal fator ressalta que as capacidades humanas se tornam menos
eficazes a noite. Indícios obtidos por estudos empíricos apontam uma minoração na
cognição, aumentando o tempo de reação, afetando a capacidade de julgamento.

O que acarreta num modo geral: numa menor velocidade na


resposta a painéis de controle, maior frequência de erro de
leitura de medidas, maior frequência de cochilos ao dirigir,
menor velocidade ao enroscar peças, maior frequência de não
percepção de sinais de avisos por maquinistas de trem, maior
frequência de pequenos acidentes hospitalares horas
(FOLKARD et al, 1978 apud RODRIGUES, 1998, p. 202).

Os distúrbios psicossomáticos recorrentes nos trabalhadores agregam custos adicionais


à organização. Distúrbios, que se prolongados tendem a se manifestarem em doenças
psíquicas, elevando o consumo de drogas visando mitigar as doenças ou via recreação
na ânsia de “fugir do problema”; podendo atingir quadros irreversíveis como obesidade,
neuroses e propensão a doenças cardíacas e gástricas (MONK e FOLKARD, 1992 apud
RODRIGUES, 1998).

O sono parco, também influencia de modo abrangente para o malogro das condições
plenas dos trabalhadores de turno, potencializando a irritabilidade e mantendo os
humores inconstantes.

15
A privação de sono é apontada como o impacto direto mais
negativo nos trabalhadores de turno, sendo mais nociva
quando o trabalhador exerce a “virada do turno”, passando a
atuar no período da noite. A duração insuficiente ou qualidade
pobre do sono compromete a capacidade física e cognitiva e a
motivação do trabalhador, podendo decorrer daí riscos à
segurança e ao meio ambiente social e natural, com a redução
de produtividade e da qualidade dos produtos e serviços no
ambiente de trabalho. Impondo a degradação das relações nos
ambientes familiares e sociais (RODRIGUES, 1998, p. 203).

De fato, a qualidade de vida é alterada significantemente pela qualidade do sono


individual. Diversas hipóteses, ainda não confirmadas, apropriam o sono de qualidades
benéficas aos seres humanos, algumas delas são comumente aventadas: restauração
e recuperação energéticas do corpo e da mente, conservação da energia, consolidação
da memória, desenvolvimento do tecido neurológico, descarga de emoções e
programação de comportamentos inatos.

Simultaneamente, um fator crucial é o confronto da necessidade de trabalho a bordo e


a vida social e familiar. O marido que trabalha em turnos tem maior potencial de
comprometer seus papéis de companheiro social e parceiro sexual junto à mulher, de
mentor na educação dos filhos e de provedor familiar no cuidado de tarefas como
manutenção da casa e do carro. Problemas semelhantes ocorrem com a mulher que
trabalha em turnos. No âmbito social e recreativo, boa parte do tempo de folga dos
trabalhadores pode ser pouco útil se não pautado por adequações, sendo bastante
valorizados os dias de folga que correspondem a fins de semana e feriados.
Há indicações de maiores índices de problemas familiares, incluindo divórcio, uso de
álcool e outras drogas e suicídios entre os trabalhadores de turnos, o que estaria
associado às dificuldades familiares e sociais (RODRIGUES, 1998).

As dificuldades que o trabalho em turno, situados em instalações petrolíferas Off-Shore


impõe se relacionam, também, aos custos anormais que a própria organização arcará.
O absenteísmo imputa prejuízos à organização e um fator oneroso é a alta rotatividade
de processos judiciais movidos por trabalhadores em turnos ou decorrentes de falhas
de logística e de planejamento.

16
CAPÍTULO III – BASES DE UMA NOVA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
ECOCÊNTRICA.

1 – Abordagem da nova Educação Ambiental.

A tradicional Educação Ambiental objetiva a formação da consciência ecológica


do trabalhador, buscando que o indivíduo tenha uma tomada de consciência dentro do
ambiente ao qual esteja inserido, buscando uma reflexão o que leve a mudanças de
comportamento, também atitudes e a conscientização em relação ao meio ambiente
que contribuam para redução do uso e desperdícios de recursos naturais. E essa tende
a revelar o aspecto intersocial dos sujeitos, seus critérios de valores intrínsecos,
essenciais quando estão a perpetrarem suas ações.

Se enquadrando numa visão linear da gerência de disseminação dos conhecimentos da


Educação Ambiental, onde apenas a relação homem e ambiente natural são
salientadas. Ignorando os aspectos intersociais de um ambiente urbano ou mesmo
ocupacional, justamente, onde os sujeitos exercerão a busca da consciência ecológica,
reafirmando seus valores altruístas, tão veemente na busca pela identificação com meio
natural.

Marx nos explicita também que a alienação do homem no


trabalho está intrinsecamente associada à alienação do
homem com a natureza. Sua teoria ao tocar na relação
sociometabólica “homem x natureza” possibilita-nos refutar a
armadilha ideológica que separa estas dimensões no
momento em que se prende à discussão entre
antropocentrismo e ecocentrismo como aspectos estanques
(NUNES, 2012).

17
Ensejando que uma maior eficácia seja atrelada ao modo de espraiamento do
conhecimento e práticas ambientalmente favoráveis, uma nova estruturação da
Educação Ambiental se torna viável. Onde as ações e cada indivíduo serão oriundos de
sua percepção do mundo, de seus cenários e objetos. Com sua assimilação,
fundamentada em seus valores sociais e ecológicos, se desdobrando no mundo
exterior, assim a sua percepção conceitual, se estende ao mundo, não se limitando a
sua mente.

Fundamenta-se em aprimorar a disseminação e elaboração de uma EA mais intrincada


e sistêmica. Englobando todos os aspectos e inter-relações de todos os elementos
inseridos no ambiente natural, social ou ocupacional. Priorizar a “casa”, do latim “Eco”.
Assentada sobre fundamentos de unicidade, onde os valores pessoais tendem a se
tornar transpessoais, integrando todo o ambiente ao seu redor e seus constituintes.
Quando a consciência individual atingir a essa interpretação, as ações tenderam a ser
mais construtivas, na ânsia de manter as relações interpessoais e ambientais num
estado adequado e harmonioso. A antiga EA suscita uma mudança comportamental ao
ambiente natural, mas a Ecocêntrica preconiza uma mudança comportamental ao
ambiente ao qual você esteja pertinente.

Isso possibilita uma abordagem mais intima do trabalhador em relação a diversas


tipologias de ambientes em que estará inserido. Aproximando seus valores cotidianos
aos valores mais contundentes existentes em cada ambiente. Podendo estes ser físicos,
conceituais ou emocionais. Outra vantagem é o refinamento das qualidades ou defeitos
individuais que podem ascender quando inseridos em determinados ambientes. Usando
o bom senso e a valorização humana, os processos de observação e auto-observação
podem ser fatores relevantes para o crescimento de talentos.

18
O objetivo ao fim, é a geração de um sistema de gestão pessoal e coletivo, abordando
a área espacial circundante de cada indivíduo, ou em síntese: seu ambiente.
Tornando a Educação Ambiental, não apenas um instrumento de gestão ambiental de
determinada organização, mas também usando como ferramenta do elevação da
condição anímica do trabalhador. O que representa um aumento da qualidade do
gerenciamento da segurança/saúde, do gerenciamento ambiental, de otimização da
qualidade do produto ou serviço oferecido e de elevação da eficiência da
responsabilidade social ante ao senso popular comum. Elementos tão em voga, que
expressam as qualidades altruístas, talvez até mesmo sustentáveis de diversas
organizações.

19
2 – Conceitos incorporados.

Psicologia Ambiental:

Uma abordagem alternativa da psique humana, com suas miríades de


probabilidades, pode ser construtiva quando ressaltada. A percepção do homem com o
ambiente é miscível do contexto da união entre as suas diversas expressões sociais,
culturais, fisiológicas e psicológicas. Inicialmente havia uma perspectiva
associacionista, fundamentada na unidade dos elementos; atualmente enseja-se uma
percepção mais totalitária, articulada com as partes de constituem a integralidade.
À frente, quando a Psicologia Tradicional Contemporânea se funde a teoria da
percepção, surge a Psicologia Ambiental, na tentativa de solver a questão dicotômica
entre a entidade humana e a entidade ambiental ou mesmo natural (CARVALHO e
STEIL, 2013).

Assume-se que a percepção ambiental se desloca da simples noção assimilada do


objeto ou situação, se estendendo para horizontes de larga escala, tamanho e
temporalidade, em um caráter material das ambiências que circundam o espaço
existencial, em suma: os ambientes percebidos incluem os sujeitos e suas consciências
a serem projetadas. Essa teoria de uma nova abordagem da psique humana e seu
espaço circundante foi proposta por várias mentes como: Pinheiro, Gibson e
Engelmann. Os quais promovem que a percepção não se restringe a mente do sujeito,
mas no ambiente, assim como o significado não resulta do processamento dos
estímulos sensoriais mediados por representações mentais, mas se dá na relação direta
entre o sujeito perceptivo e o ambiente que ativamente propicia ações para este sujeito.
Essa nova corrente de pensar promove que a consciência humana e sua percepção são
imbuídas de seus valores atrelados diretamente a forma prática como está se relaciona
com o mundo (CARVALHO e STEIL, 2013).

Não mais com uma visão simplista, mas agora com uma percepção ampla, includente
do indivíduo humano ao espaço percebido, mas não renegando suas faculdades
mentais. Valores, capacidades, intenções ou emoções, são elementos consideráveis e
são contemplados pelos autores nesta abordagem da psique humana. O que nos
influencia a validar a necessidade da compreensão de nossas atividades como algo
pertinente a natureza ou ao meio integral, projetando tendências por menores que
sejam. Tornando-a utilizável numa estruturação mais sistêmica de uma Educação
Ambiental mais ampla.

20
Física Quântica.

Nos dias de hoje a Física Quântica nos dá uma nova ótica para a realidade em
que a maioria considera mais estática. A essência da Ciência Quântica é sobre o cerne
e verdadeira natureza de nossa realidade. Nela há puramente energia, a luz em forma
de partículas: quanta. Tudo em nosso universo é feito destes elementos básicos que
obviamente estão em estado imaterial. Não se sobrepõe sobre teoria newtoniana e
outras que regem a realidade, pois cada uma age em seu reino respectivo. E que de
algum modo estes elementos ao se combinarem, impelidos por algumas forças ainda
desconhecidas por nós, se acabam materializados e formando as estruturas a nossa
volta. A matéria é formada em sua essência de energia invisível, de características ainda
desconhecida. Que sustenta pequenas frações de átomos como prótons, nêutrons e
elétrons. Esse conjunto é definido por padrões de fluxo energético em vórtices, que
fazem todo o sistema girar e vibrar. E por uma gama de estudos gerados atualmente,
que conectam a capacidade da mente humana em assimilar e gerar padrões
energéticos. Surge a possibilidade de que a consciência humana possa alterar a
realidade em diversas escalas. Influenciando seu comportamento. Chegando a até ao
ponto de reestrutura-la.

Aflorada em 1925, a descoberta da ciência quântica solveu o problema da natureza do


universo. Físicos brilhantes nos levaram a acreditar no inacreditável. Assumindo que o
Universo é mais semelhante a uma mente do que uma máquina de criação e destruição.
O Sr. James Jeans afirmou: “o fluxo de conhecimento está rumando a uma realidade
não-mecânica, o Universo está sendo reconhecido com uma colossal pensamento
supremo. A mente humana não mais parece como um intruso acidental no reino da
matéria...” (HENRY, 2005).

Esta nova tendencia científica nos objetiva a entender que todas as coisas existem em
sua essência como energia, estando num estado perpétuo de vibração. Vai além da
dimensão física ordinária, chegando ao ponto altíssimos de frequência vibratória, onde
nossos instrumentos de medição não conseguem mensurar os níveis de vibração.
O conceito sumarizado preconiza que somos conglomerados de energia em constante
movimento e alterações mórficas, trocando partículas subatômicas com todo o meio
notado pelos olhos ou não. E que a realidade só se torna percebida quando focamos
nossa atenção à ela.

21
Ecologia Profunda:

Como acessório de uma melhora de nosso intuito, uma nova abordagem da


consciência ecológica pode ser revisada. Na antiga Ecologia Tradicional e
antropocêntrica, arraigada de valores unilaterais, quando da ação dos homens; do
mesmo modo, pode atingir estados mais maduros de entendimento e concebeu a
Ecologia Profunda. Sendo Naess como seu percussor, que reconheceu o valor
intrínseco de todos os seres vivos indistintamente e concebe o ser humano como
apenas um fio na teia da vida, como corroborado por Capra, que assumiu o Homem
como apenas mais um elemento de um todo bem maior.

O que se mostra como justificativa são problemáticas sistêmicas, abarcadora de uma


grande variedade de naturezas dos percalços que assolam um desenvolvimento
socioambiental contundente. E estas naturezas se conjecturam em dados momentos,
agregando-se não em causalidade, mas em consequência.

Quanto mais estudamos os principais problemas de nossa


época, mais somos levados a perceber que eles não podem ser
entendidos isoladamente. São problemas sistêmicos, o que significa que
estão interligados e são interdependentes. Por exemplo, somente será
possível estabilizar a população quando a pobreza for reduzida em
âmbito mundial. A extinção de espécies animais e vegetais numa escala
massiva continuará enquanto o Hemisfério Meridional estiver sob o fardo
de enormes dívidas. A escassez dos recursos e a degradação do meio
ambiente combinam-se com populações em rápida expansão, o que leva
ao colapso das comunidades locais e à violência étnica e tribal que se
tornou a característica mais importante da era pós-guerra fria (CAPRA,
1996, p. 23).

Sendo assim, abordagens pontuais na ânsia da solvência destes vícios socioambientais


terão grandes probabilidades de insucesso, haja vista que suas causas são variadas.
Urge então, uma revolução no modo de percepção que nós nos pautamos a perpetrar
em nossas ambiências.

22
E qualquer iniciativa oriunda de um suposto governo utopicamente integro, deveria ser
de cunho sustentável, onde tal termo é referente a manutenção da satisfação de nossas
necessidades, sem ameaçar a existência das gerações futuras. Entretanto, as mais
comuns iniciativas políticas destes líderes são pontuais, não comtemplando o grau de
interconexão entre os problemas e em alguns momentos até pondo em risco as
condições do ambiente, ameaçando a sustentabilidade natural do ambiente (CAPRA,
1996).

Um raciocínio mas orgânico, que eleva a relevância da Natureza, ou num contexto mais
próximo o Ambiente.

O paradigma que está agora retrocedendo dominou a nossa


cultura por várias centenas de anos, durante as quais modelou nossa
moderna sociedade ocidental e influenciou significativamente o restante
do mundo. Esse paradigma consiste em várias ideias e valores
entrincheirados, entre os quais a visão do universo como um sistema
mecânico composto de blocos de construção elementares, a visão do
corpo humano como uma máquina, a visão da vida em sociedade como
uma luta competitiva pela existência, a crença no progresso material
ilimitado, a ser obtido por intermédio de crescimento econômico e
tecnológico, e - por fim, mas não menos importante - a crença em que
uma sociedade na qual a mulher é, por toda a parte, classificada em
posição inferior à do homem é uma sociedade que segue uma lei básica
da natureza. Todas essas suposições têm sido decisivamente
desafiadas por eventos recentes. E, na verdade, está ocorrendo, na
atualidade, uma revisão radical dessas suposições (CAPRA, 1996,
p.24).

O ponto primário dos estudiosos sobre Ecologia Profunda se baseia no


entendimento da unidade sistêmica e da unidade do todo. Suscita a interdependência
orgânica do sistema único formado pelo binômio homem/natureza. Entretanto a
condição que o homem se pôs como elemento prioritário no sistema e ao persistir com
essa interpretação promove ações considerando apenas os seus interesses,
determinando que os ambientes naturais e suas criaturas tenham a função de satisfazer
o seu bem estar. No passado, brados de antigas irmandades franciscanas,
corroboravam a necessidade de consideração da Natureza como entidade provedora
de vida (CAMPOS, 2008).

23
“Além do manifesto franciscano nos primeiros séculos do segundo
milênio, outros documentos anteriores à Revolução Industrial intuíam a
necessidade de um respeito profundo aos bens naturais, de modo que
fossem usados com bom senso, parcimônia e critério, apenas para
manutenção da vida e não para causar morte e destruição. Desta forma,
a natureza tem direito à própria vida e à intocabilidade a partir dela
mesma, por sua anterioridade histórica ao homem sobre a face da
Terra, por sua função vital de manter o equilíbrio do sistema, por sua
destinação de assegurar a continuidade da vida ao fornecer os insumos
e recursos consubstanciais à própria vida.” (CAMPOS, 2008, p. 28).

Essa ótica logo se opôs ao modo clássico de visão de mundo, que era mecanicista,
reducional e excessivamente linear. Corroborada por diversos estudiosos, a ideia da
unicidade se apresenta como voga de nova visão humana para com seu ambiente
adjacente. Se baseia numa concepção de elucidação de nossa auto existência em
relação ao cenário a sermos imersos. Onde a sensação de experimentação de nós
mesmos, de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, parece isolada de todo o
resto, um tipo de ilusão projetado pela nossa consciência limitada. Porém, se desdobra
numa ideia de pertinência ao contexto geral, onde a unicidade ou relação vida-ambiente
aponta como um valor fundamental (LIRA e FERRAZ, 2009).

Escancara ao entendimento de um novo paradigma de percepção de características


holísticas. Que se sumariza em uma visão mais externada, mais ampla da situação.
Observa-se a importância do elemento e sua interdependência com outros elementos
ou até mesmo ao sistema a que pertence. Assim, a Ecologia Profunda interpreta a
importância humana como a mesma de qualquer elemento. Destitui a noção de valor
instrumental à Natureza. Equalizando a importância desta ao Homem e integralizando
ambos. Pois não absorve as expressões como um coleção de objetos isolados mas
como uma malha de fenômenos interligados. Em última estância preconiza
instintivamente a percepção da Unicidade, algo com uma ligação espiritual

24
“Quando a concepção de espírito humano é entendida como o
modo de consciência no qual o indivíduo tem uma sensação de
pertinência, de conexidade, com o cosmos como um todo, torna-se
claro que a percepção ecológica é espiritual na sua essência mais
profunda. Não é, pois, de se surpreender o fato de que a nova visão
emergente da realidade baseada na percepção ecológica profunda é
consistente com a chamada filosofia perene das tradições espirituais,
quer falemos a respeito da espiritualidade dos místicos cristãos, da dos
budistas, ou da filosofia e cosmologia subjacentes às tradições nativas
norte-americanas” (CAPRA, 1996, p25).

A antiga Ecologia tradicional se sustentava em premissas imperialistas e mesmo quando


havia notoriamente a necessidade de preocupação sobre o abusos ambientais,
argumentos era tecidos em termos de preservar a vida humana e seus valiosos
recursos, ao invés de preservar a natureza por si só ou pelos valores para os seres não
humanos. Mas a verdade é que a ideia de que nos humanos somos o suprassumo da
criação, a fonte de todos os valores; está totalmente arraigada em nossa cultura e
nossas consciências.

25
Meditação:

Práticas diversas de origem oriental, includentes de atividades respiratórias e


dinâmicas, que objetivam aplicações de psicologia espiritual, que independe do ponto
de vista ser religioso ou cientifico, transcendendo tais abordagem e possibilitando como
um meio para transformar qualidades latentes e ideias em trações estáveis. E por isso
se tornou um grande objeto de atração, culminando em sua chegada ao ocidente
(GOLEMAN, 1997 apud ASSIS, 2013).

Grandes entusiastas, médicos e pesquisadores, determinaram através de


programas, pontuando que a meditação pode ser utilizada para variados objetivos: no
controle da ansiedade, como acessório no tratamento da depressão, no controle de
reações emocionais intensas, como auxiliar no tratamento da hipertensão, no equilíbrio
dos batimentos cardíacos, no alivio da dor, no período de tensão pré-menstrual,
menopausa, em quadros de insônia, nas alterações de humor e em doenças que
possam surgir em decorrência do stress e da ansiedade (BENSON & WALLACE, 2000
apud ASSIS, 2013).

Ainda verificou que tais respostas a estes relaxamentos e benefícios podem ser obtidos
com várias outras técnicas como posturas de yoga, práticas simples de respiração
ritmada, sendo necessários apenas que cada praticante mantivesse uma disposição
mental e uma atitudes passiva, de quietude (BENSON, 2000 apud ASSIS, 2013).

Mais adiante o fator da crença ou fé foi relevado. No que tange a um melhor rendimento
nos benefícios colhidos, ao juntar a fé às práticas meditativas. Observou-se uma
sensível redução nos sintomas relacionados a dores, pressões arteriais, problemas
decorrentes de hipertensão, aumento da criatividade, e ataques de emoções intensas
(BENSON, 1985 apud ASSIS, 2013).

Durante a meditação ocorre a ativação do sistema límbico, abrangendo a amigdala, o


hipocampo, regiões do hipotálamo e os feixes de fibras que fazem todas as
interconexões. Assim, as áreas relacionadas a este sistema não são responsáveis
apenas pela motivação e emoção, mas por meio de interação entre elas há
interferências também nos processos de atenção, memória e aprendizagem
(CARLSON, 2002 apud ASSIS, 2013).

26
Além disso, através de interconexões envolvendo o sistema
límbico torna-se possível evitar alterações emocionais
intensas, contribuindo para a melhora e o equilíbrio tanto da
saúde física quanto mental. Logo, com a prática constante da
meditação, assim como da oração, o senso de objetividade e
os processos de atenção, aprendizagem e memória são
aprimorados (KOENIG, 1998 apud ASSIS, 2013, pg.77).

Este processo ocorre porque nos momentos de meditação, a


estrutura envolvendo a amígdala, o hipocampo e o hipotálamo
entram em interação. A amígdala atua na transmissão de
alguns tipos de informação entre o hipocampo e o hipotálamo
(envolvido na regulação do sistema nervoso autônomo): esta
interação entre o hipocampo e a amígdala interfere nos
mecanismos de aprendizagem e memória (KOENIG, 1998
apud ASSIS, 2013, pg.77).

Logo, a prática constante da meditação permite com que todos


estes mecanismos entrem em um fluxo constante e contínuo
de interação sem acessar bruscamente o sistema luta-fuga
que é característica dos quadros de ansiedade (ASSIS, 2013,
pg.77).

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, apontam que meditadores


frequentes tendem a desenvolver maiores massas cinzentas cerebrais. Regiões do
hipocampo, de áreas de córtex orbito-frontal, do tálamo e do giro temporal inferior
apresentaram volumes aumentados comparativamente ao grupo de controle. Áreas que
estão intrinsicamente ligadas ao controle das emoções, que possibilitam o meditador
desenvolver a habilidade de regular suas emoções e de ter respostas mais bem
ajustadas em seu comportamento. Uma pós-doutoranda da mesma instituição afirmou
já ser sabido que meditadores tem a habilidade singular de cultivar emoções positivas,
ter estabilidade emocional e para engajar-se em um comportamento de mente alerta ou
vigilante. Pareado a isso, a prática frequente reduz o seu nível de estresse e estimula o
funcionamento do sistema imunológico (SANTOS, 2010).

27
No processo da prática meditativa contundente, determinadas áreas cerebrais
ligadas a atenção são estimuladas, como o corte pré-frontal e o cíngulo anterior. Áreas
da atividade modestas, se intensificaram como: área do cortiço pré-frontal, apontado
hemisfério direito, e também no giro cíngulo (SANTOS, 2010).

Pesquisadores da Universidade de Harvard determinaram em pesquisas com grupos de


meditadores de práticas diárias de 40 minutos ao dia, aumento expressivo de áreas
como córtex pré-frontal e a insula anterior direita. Regiões cerebrais associadas com a
atenção, processamento sensorial auditivo e visual, percepção interna, frequência
cárdica e respiratória, todos em sua maioria no hemisfério direito, responsável pela
regulação da consciência vigilante ou de atenção (SANTOS, 2010).

Dentre diversas mudanças neuroquímicas e neurotransmissoras, as concentrações


séricas de certas substâncias foi detectada. Dopamina, serotonina, beta-endorfina,
arginina vasopressina, ácido gama amino butírico, glutamato, melatonina e
nerepinefrina. Sendo as três primeiras as mais notórias. A dopamina age na geração de
perseverança interna e do controle sobre a musculatura adequado a precisão; ativada
na geração de desejos e de sentimentos de prazer. A serotonina está relacionada a
efeitos calmantes e sedativos, podendo estar ligados ao bem estar do meditador. E por
último a beta-endorfina, que se associa a resiliência dor, aumento da sensação de
alegria e euforia, redução da frequência cardíaca e respiratória, diminuindo a ansiedade
e o medo (SANTOS, 2010).

28
Ecopsicologia:

Através de uma percepção mais profunda da crise socioambiental que


enfrentamos nos dias de hoje três premissas são enaltecidas para uma resolução ampla
do cenário em malogro. A primeira atenta à necessidade de se perpetrar ações
corriqueiras em todos os níveis para a defesa da vida na Terra, a seguir é a analise
estrutural das causas de como ocorrem e o que são as anomalias nocivas à vida e
também o desenvolvimento de métodos alternativos de abordagens. E a terceira é o
trabalho de consciência, o que altera os modos os quais construímos o mundo, nossas
vidas e como queremos vive-las. É uma revolução perceptiva, cognitiva e espiritual.
(MACY, 1995 apud PRENTICE, 2003).

Uma vertente dentro dessa "revolução espiritual e perceptual cognitiva" permite que a
Ecopsicologia surja, em essência, a partir de uma aproximação entre o ambientalismo com a
pluralidade das maneiras que as pessoas atualmente contemplam a psique humana e seus
processos. Estes incluem os múltiplos ramos da psicoterapia, psicologia e aconselhamento, com
seus pontos de vista diferentes sobre quem somos. Como somos influenciados e por sua vez,
como influenciamos nossos 'ambientes'. Como nos alteramos. Ou cultivamos ou curamos.
Ou como transformamos por nossos modos de vida disfuncionais, dependentes, destrutivos; o que
inclui a prática comum de aceitação radical do que é isso, de fato. (PRENTICE, 2003, pg. 6).

Urge o reconhecimento de uma conceitual separação da psique humana de


aproximações ecológicas. E ocorrendo um afastamento da mente da matéria.
Que é pautada pela distância entre nossa ciência contemporânea, de caráter objetivo e
expansivo; julgadora que o mundo fora do contexto social urbano deva ser analisado,
controlado e dominado; da ciência humanizada, mais subjetiva, mais localizada no seio
social, includentes de sentimentos compassionais e comunitários. Essa separação
implícita permitiu ambas as transformações extraordinárias da metade o ultimo milênio:
um profundo desenvolvimento industrial e tecnológico, facilitador das condições de vida
humana, porém com uma loucura na destruição de nossa biosfera, devido a um
pensamento de impertinência a ela (PRENTICE, 2003).

29
Há um solo comum das várias escolas da ecologia social, também conhecida como
ecopsicologia. Que é o reconhecimento de que a natureza fundamentalmente
antiecológica de muitas de nossas estruturas sociais e econômicas esta arraigada num
“sistema dominador” de organização social. O patriarcado, o imperialismo, o capitalismo
e o racismo são exemplos de dominação exploradora e antiecológica. E dentre as
diferentes escolas de ecologia social, vários grupos marxistas e anarquistas, que se
utilizam conceitos para analisar diferentes padrões de dominação social (CAPRA,
1996).

E como um entroncamento da ecopsicologia ou ecologia social, ascendeu-se o


ecofeminismo. Que aborda a dinâmica básica de dominação social dentro do contexto
do patriarcado. O ecofeminismo interpreta a dominação patriarcal de mulheres por
homens, como protótipo de todas as formas de dominação e exploração; hierárquica,
capitalista e industrialista.

Corrobora de modo conceitual, que a exploração da natureza, em particular, tem


marchado de mãos dadas com a das mulheres, que têm sido identificadas com a
natureza através dos séculos. Essa antiga associação entre mulher e natureza liga a
história das mulheres com a história do meio ambiente, se definindo com uma
associação natural entre o feminismo e a ecologia. E consequentemente, os
ecofeministas veem o conhecimento vivencial feminino como umas das fontes principais
de uma visão machista da realidade contemporânea (CAPRA, 1996).

30
Biopiscologia:

Estudo que define o estado científico da biologia do comportamento e processos


mentais. Existe uma interface entre a psicologia e a biologia, hoje chamada de
psiconeuroimunologia. Suscita que as variações de humor afetam a saúde do
organismo. Onde podemos afetar nosso corpo através da mente, sendo o inverso
também plausível. Determina a importância do sistema endócrino e suas ações na
geração de hormônios. Aponta entre tantos, a ocitocina e a serotonina, como hormônios
bem influentes na manutenção de um equilíbrio mental. E essa é gerada durante
relações afetivas e sentimentos de amor por esposas, filhos, amigos e parentes
(LIPTON, 2007).

Assim, uma vertente pioneira da psicologia como instrumento motivacional. Também


um instrumento metodológico que apregoa o autocontrole das emoções, com seus
reflexos na saúde individual, assim também, na coletiva.

31
Gestão Transpessoal:

A gestão de pessoas se tornou evidente com o advento com capitalismo


moderno, requerente de resultados traduzidos em valores, produções e lucros. E sendo
o fator humano evidentemente influente na busca pelo objetivo desse sistema
econômico. Pauta-se na unidade humana como indivíduo agregador de elementos que
desabrocham em condições favoráveis ou não, na produção ante ao objetivo da
organização com seus atores humanos. Porém a gestão transpessoal, aborda a
transcendentalidade da unidade humana, englobando os outros elementos influentes e
pertinentes nas ambiências desta unidade.

Tem um caráter transdisciplinar, com grande teor da pioneira Psicologia Transpessoal,


que atualmente tem sido bastante atrativa pelas organizações ansiosas por um aumento
de sua rentabilidade produtiva. Torna-se ainda mais atrativa quando abarcada num
contexto industrial petrolífero, que se desdobra de modo muito intenso em atividades
marinhas alocando seus atores inseridos num meio remoto e isolado. Esse cenário,
como citado anteriormente, propicia algumas situações adversas com potenciais
nocivos ante a rentabilidade do funcionário na organização.

A abordagem transpessoal é um modelo voltado para o crescimento das


pessoas e do conjunto sistêmico do qual elas fazem parte (grupo,
equipe, organização, empresa, etc.); voltado com a mesma intensidade
para a saúde, a solução de patologias dentro de uma abordagem de
caráter holístico, isto é, lidando com a pessoa inteira. Busca conduzir
as pessoas ao autoconhecimento a fim de que possam utilizar ao
máximo possível, suas potencialidades, e por outro viés, trabalhar
humildemente a aquisição de competências que não possuem, no
sentido da autotranscedência e da auto realização. O conhecimento do
que sou, do que tenho competência de ser, do que preciso buscar é o
triangulo de base para a superação pessoal e profissional e para a auto
realização e o desenvolvimento do coletivo do qual faço parte. Tudo
parte da inteireza, do conhecimento dos fatos, com o mínimo possível
de desconhecimento (JACQUES, 2010 apud CAMARGO 2010, pg.13).

32
Esta linha de estudo vem ampliando gradualmente o seu campo de ação,
principalmente no sentido do mundo do trabalho. É uma nova área de pesquisa da
consciência, baseia em modernas concepções do pensamento científico, integrando em
seu campo de analise a dimensão transpessoal e espiritual, o que diferencia das demais
esferas de instrumentos que gerem a condição humana, principalmente em trabalho.
Essa abordagem possibilita uma compreensão mais abrangente da natureza humana,
em seus aspectos científicos, morais, intelectuais, éticos e espirituais.

O tema espiritualidade insere-se no escopo da subjetividade humana e


vem adquirindo relevância na literatura organizacional que trata da
gestão de pessoas. Busca-se a compreensão da condição humana no
trabalho – isto é, a compreensão de um ser biológico e social, individual
e coletivo, intelectual, emocional e espiritual, dotado de objetividade e
de subjetividade, a partir da premissa de que não é possível a
construção de um ambiente de trabalho prazeroso e produtivo sem que
os valores e as necessidades espirituais das pessoas sejam atendidos
(VERGARA & MOURA, 2010, pg.52).

Cinco dimensões da espiritualidade são relacionadas como vantagens nas


organizações. São: o sentido de comunidade, alinhamento do indivíduo com os valores
da organização, sentido de préstimo a comunidade, alegria no trabalho e oportunidades
para a vida interior. (REGO, PINA & SOUTO, 2005 apud VERGARA & MOURA, 2010).

33
Inteligência Relacional e Emocional:

Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si


mesmo e persistir mediante frustações; controlar impulsos, canalizando emoções para
situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as
a liberarem seus melhores talentos e conseguir seu engajamento a objetivos de
interesses comuns. Assim, ter sapiência sobre sua própria maneira de sentir as
emoções se torna importante. Ter a capacidade de converter sentimentos ruins,
previamente identificados, em bons, é apontado como essencial. É quando somos
capazes de nos auto confortarmos, nos auto acalmarmos; de sair de situações tristes e
desagradáveis, para situações mais favoráveis emocionalmente. Ser sensível as
emoções próprias e as dos outros, conduz a uma maior facilidade nos relacionamentos.
Que culmina em uma elevação da própria inteligência relacional (GOLEMAN, 1998).

Algumas aptidões e deficiências pertinentes, incorrem numa facilidade ou dificuldade de


se relacionar. Elementos que reforçam fatores como popularidade, liderança e eficiência
interpessoal.

A intenção expressa por um indivíduo, também representa algo substancioso no


escopo de otimizar as relações humanas. Utilizando-se a água como um elemento
amostral do nosso próprio corpo pela relevância da mesma em nossa vitalidade
fisiológica, é possível ver respostas nas geometrias das moléculas em mudanças
expressivas mediante a exposições de diferentes padrões sonoros. Que são padrões
vibracionais.

Num pioneiro projeto asiático, um cientista do tema suscitou que as moléculas de água,
na iminência de sua solidificação em cristais hexagonais, apresentam susceptibilidades
a vibrações metafisicas de fontes sonoras musicais, emanações de sentimentos,
impropérios e elogios. A regularidade dos cristais estava a associada ao grau moral dos
dizeres. Já as amostras expostas a padrões musicais harmônicos, demonstravam uma
maior coerência em suas formas do que as expostas a sons pesados e inarmônicos.
Identificou também, que águas contaminadas apresentavam um padrão de cristalização
irregular, ao passo que as mais puras, demonstravam proporcionalidade e perfeição nos
hexágonos cristalizados de gelo (EMOTO, 2008).

34
Princípios Naturais:

Utilizaremos os “Sete Princípios Naturais” como ferramentas de suporte na


elaboração da Educação Ambiental Ecocêntrica, conectiva o bastante para abranger
entrelaçar tudo que constitui, de fato, o meio ambiente. O intuito é trazer à tona nos
participantes, conceitos que atrelem a nossa existência compartilhada a todos os
elementos do meio ambiente, indiferente sua propriedade de uso, interpretação religiosa
ou outra e definição social ou ética.

Baseados na Filosofia Hermética, descritos no livro “O Caibalion”, os princípios são


considerados por muitas fontes de ensinamentos básicos que acabariam por infundir
as maiores tradições intelectuais esotéricas de egípcios, gregos, judeus, muçulmanos,
hindus e cristãos. Era transmitida a poucos através de escolas de mistérios, que como
outras fora embotada pelas opressão da Inquisição e de outros eventos perseguidores
de religiões. Precipitaram-se taxando as fontes de informação esotéricas como
religião, quando na verdade eram e são puramente ciência. Assim a maioria fora
perdido no passado, afastado das massas e de estudiosos de nossa era moderna.
Num primeiro momento se mostram bem simplificados, mas comtemplam as
convenções básicas levantas pela mecânica de Newton e pela Física Quântica
moderna (OS TRÊS INICIADOS, 2015).

I. O Princípio de Mentalismo –

Preconiza que o universo é mental, expressando que Tudo é mente. Explica que
“O Todo” se traduz como a realidade substancial que se oculta em todas as
manifestações e aparências que denominamos “Universo Material” ou que se
apresentam a nós de forma aparente é Espirito, é Incognoscível, é Indefinível por si
mesmo e pode ser considerada como uma “Mente Vivente Infinita e Universal”.

II. O Princípio de Correspondência –

Este afirma: "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está
embaixo é como o que está em cima.". Preconiza a correspondência dos planos
vibracionais da natureza. Também as Leis que regemos fenômenos que se sucedem
nesses diversos planos da “Existência e da Vida”.

35
III. O Princípio de Vibração –

Este afirma: "Nada está parado; tudo se move; tudo vibra.". Encerra a verdade
de que tudo vibra nada se encontra parado. As diferenças de entre as diversas
manifestações variavelmente perceptivas a nós, resultam de ordem variáveis de
vibração. Desde as estrelas aos corpos físicos, a prima diferenciação se encontra nas
escalas de vibração que estes operam.

IV. O Princípio de Polaridade –

Tudo é duplo, apresenta dois polos. Este princípio afirma: “... tudo tem o seu
oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza,
mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades;
todos os paradoxos podem ser reconciliados.". Em suma, explica que em tudo há dois
polos ou aspectos opostos, e que os opostos são simplesmente os dois extremos da
mesma coisa, consistindo a diferença em variação de graus. Por exemplo: o Calor e o
Frio, ainda que sejam; opostos, são a mesma coisa, e a diferença que há entre eles
consiste simplesmente na variação de graus dessa mesma coisa.

V. O Princípio de Ritmo –

Este preconiza: "Tudo tem fluxo e refluxo; tudo, em suas marés; tudo sobe e
desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita
é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação." Este Princípio contém
a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e
refluxo, um movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do
pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante, uma maré alta e uma maré baixa,
entre os dois polos, que existem, conforme o Princípio de Polaridade de que tratamos
há pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma
subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos
homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria.

36
VI. O Princípio de Causa e Efeito –

Todos os elementos do Universo são regidos pela Lei, definida aqui como:
Acaso. Este princípio diz: "Toda a Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa;
tudo acontece de acordo coma Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei
não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à Lei.".
Expressa que nada ocorre por acaso, não há que seja causal. Reflete-se na polaridade
das ações individuais, seguido pelo Efeito invariavelmente de mesma polaridade.

VII. O Princípio de Gênero –

Este preconiza: "O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o
seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos.". Este princípio
encerra a verdade que o gênero é manifestado em tudo; que o princípio masculino e o
princípio feminino sempre estão em ação. Isto é certo não só no Plano físico, mas
também nos Planos mental e espiritual. No Plano físico este Princípio se manifesta como
sexo, nos planos superiores toma formas superiores, mas é sempre o mesmo Princípio.
Nenhuma criação quer física, quer mental ou espiritual, é possível sem este Princípio.

37
CAPÍTULO IV – INSTRUMENTOS PARA OS SISTEMAS DE GESTÃO DA
QUALIDADE, SAÚDE E SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIDADE
SOCIAL ASOCIADAS A UMA NOVA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCÊNTRICA.

1 – Definição de Gestão de Qualidade, Saúde e Segurança, Meio Ambiente


e Reponsabilidade Social.

Com a aprimoramento da percepção comum da sociedade moderna,


assimilando de modo tangível aspectos igualitários como altruísmo e solidariedade,
traduzida numa outra faceta mais sutil: o sentimento de pertinência a Natureza, ao Todo.
Que passa a existir nos dias de hoje, mesmo imersa num contexto friamente calculista
como o capitalismo, que extrai recursos e que eventualmente deturpa, em troca da
possibilidade de geração de riqueza através da transformação de qualquer recurso
natural. Essa existência dessa nova visão social, culminou num entendimento comum
que busca o benefício mútuo da sociedade, da indústria e da natureza - condicionadora
da proveniência da matéria ou recurso, portanto valiosa.

O conceito de desenvolvimento industrial mudou ao percolar pelo século passado.


Corporações, empresas e organizações se adequam até agora, as exigências que as
direções das empresas ampliem sua capacidade de gestão sobre negócios, não apenas
focando na feitura do produto, mas atentando a toda a uma cadeia de reações.
Englobando seus fornecedores, colaboradores e as consequências nocivas por sua
atividade no ambiente natural ou urbano. Também seus elementos inseridos, sejam
humanos ou animais. A saúde física de seus empregados e proporcionando condições
de trabalho plenas num ambiente seguro.

As práticas difundidas na empresa, além de proporcionar um ambiente


de trabalho melhor, tem o objetivo de serem absorvidas pelas pessoas, para
serem praticadas, também, fora do local de trabalho, quer sejam por empregados
próprios ou terceirizados, proporcionando o bem estar da família e, enfim,
multiplicando-se para toda a sociedade (BILLING E CAMILATO, 2009, pg. 2).

38
Inicialmente a preocupação era focada no impacto que a atividade industrial exercia no
meio ambiente e na segurança/saúde ocupacional dos empregados e terceiros.
Entretanto, deflagrado pelo aumento da conscientização da pessoas e de toda
sociedade, o que têm levado as empresas à pró-ação através de investimentos, visando
compensar ou minimizar os impactos causados ao meio ambiente e ao meio social, que
potencialmente irão ser causados pelas suas atividades operacionais. Que fomenta uma
responsabilidade social bem expressa pelas vogas da indústria global, além da gestão
de saúde e segurança e também a gestão ambiental, que hoje são bem delineadas nas
organizações (BILLING E CAMILATO, 2009).

Se torna evidente a importância da gestão destas aéreas supracitadas de modo


veemente. Onde um sistema é uma estrutura organizacional inserida de ações
sucedidas de outras ações iniciais. Evidenciadas por indicadores, que visam a execução
dos serviços ou produtos em parâmetros definidos e satisfatórios, otimizando a Gestão
da área desejada.

Num espectro empresarial, os objetivos de sistema de gestão são o de aumentar


constantemente o valor notado pelo cliente nos produtos ou serviços oferecidos, o
sucesso no segmento de mercado ocupado, a satisfação dos funcionários com a
organização e da própria sociedade com a contribuição social da empresa, assim como
o respeito ao meio ambiente (VITERBO, 1998 apud BILLING E CAMILATO, 2009).

Um sistema de gestão é um conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado


final é maior do que a soma dos resultados que esses elementos teria caso operassem
de modo isolado (CHIAVENATO, 2006 apud BILLING E CAMILATO, 2009).

A conceituação de um sistema de gestão é um conjunto de pessoas, recursos e


procedimentos, dentro de qualquer nível de complexidade, cujos componentes
associados interagem de uma maneira organizada para realizar uma tarefa especifica e
atingem ou mantem um dado resultado (FROSINI E CARVALHO, 1995 apud BILLING
E CAMILATO, 2009).

Para que os objetivos sejam alcançados é importante um uso de métodos de análise e


solução de problemas, estabelecendo um controle de cada ação. Entre os diversos
métodos disseminados, está o PDCA – Plan, Do, Check, Act; que se constitui numa
referencial metodológica e teórica, básicas para o sistema de gestão.

39
São segmentados em cada área que se visa a gestão, porém muitos sistemas
tendem a se tornar demasiadamente complexos, confusos. Além deste aspectos
logísticos, a manutenção isolada de sistemas representa custos e a alocação de
recursos humanos para atender os requisitos de cada sistema. Assim, denotando um
espaço para um sistema de gestão integrado.

Porém antes de descrever um sistema de gestão integralizado, abaixo se encontra as


definições dos sistemas mais ortodoxos.

40
- Os Sistemas de Gestão Ambiental são assim descritos:

A gestão ambiental se constitui na ação de gerir bens, que inclui componentes


naturais e não naturais, estando associada às áreas de pessoas, espaços geográficos,
produção, planejamento, logística, informação, administração pública, privada, bem
como ainda vinculada as ciências naturais, administrativas, sociais, econômicas,
jurídicas entre outras. Considerando ainda que o ser humano é parte integrante do
mundo natural e esse age alterando suas propriedades, o tendo como base de
sustentação para construir e manter seu mundo artificial ou social. Sendo assim é
urgente que o ser humano adote de forma global os processos de gestão ambiental e
que assuma de fato seu papel de gestor (NETO, CAMPOS e SHIGUINOV, 2009).

O Sistema de Gestão Ambiental consiste em um conjunto de atividades


planejadas, formalmente, que a empresa realiza para gerir ou administrar sua
relação com o meio ambiente. É a forma pela qual a empresa se mobiliza, interna
e externamente, para atingir e demonstrar um desempenho ambiental correto,
controlando os impactos de suas atividades, produtos e serviços no meio
ambiente (BILLING E CAMILATO, 2009, pg. 7).

41
- A definição de Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança:

A gestão da segurança é associável a justiça e equitatividade social. Tem o


objetivo de manter a integridade física e mental do trabalhador, assumindo sua condição
como ente familiar ou provedor de recursos à sua prole e acima disso com um humano.

Esta passa a ter funcionalidade quando um acidente de trabalho é consumado. O que


ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause morte, a perda ou redução da capacidade para o
trabalho permanente ou temporária, ou acidentes típicos, decorrentes da característica
da atividade profissional desempenhada pelo acidentado, acidentes de trajeto, quando
ocorridos no trajeto entre a residência e o local de trabalho e vice-versa e doenças
profissionais, que são as desencadeadas pelo exercício de trabalho peculiar a
determinada atividade, de acordo com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS,
1991).

- A definição de Sistemas de Gestão de Qualidade:

A qualidade dos produtos comercializados, certificados pelas normas


reguladoras proporcionam para as empresas oportunidades de atuarem em mercados
extremamente competitivos, dinâmicos e cada vez com maiores graus de exigências,
que proporciona uma vantagem competitiva a novos entrantes. As certificações que as
organizações tendem a obter, que são auditadas ante as normas reguladoras
ambientais e de saúde ocupacional, permitem as estas, novamente, oportunidades de
destaque num mercado globalizado e competitivo, haja vista que certificações de
renome existem e implicam num diferencial positivo.

Outras vantagens competitivas para as organizações são que


os mercados financeiros mundiais oferecem melhores condições e
taxas de financiamento, quando estas adotam práticas ativas em
projetos e ações visam a minimização dos impactos ao meio natural e
social. E quando ausente essas medidas, até grandes organizações
podem ter seus pedidos de financiamentos vetados (BILLING E
CAMILATO, 2009, pg. 2).

42
- A definição de Reponsabilidade Social:

Responsabilidade Social Empresarial, refere-se a empresas e outras


organizações e instituições que integrem de forma voluntária à responsabilidade social
– para além das suas obrigações legais. A União Europeia define a RSE como um
sistema “criado para ajudar as empresas a integrar de forma voluntária preocupações
sociais e ambientais nas suas atividades de negócio e na sua interação com os seus
“stakeholders” numa base voluntária”. A RSE não substitui medidas políticas e
legislativas. Não obstante, a RSE garante as condições para prosseguir objetivos sociais
alargados e definir padrões (CSR, 2010).

- A integralização do sistemas são assim descritos:

Sistema de Gestão Integrada - (SGI) pode ser definido como a combinação de


processos, procedimentos e práticas utilizados em uma organização para implementar
suas políticas de gestão e que pode ser mais eficiente na consecução dos objetivos
oriundos delas do que quando há diversos sistemas individuais se sobrepondo (DE
CICCO, 2004 apud BILLING E CAMILATO, 2009).

O SGI visa unir o atendimento às normas de forma simultânea para os pontos comuns,
como por exemplo, no processo de aquisição deve ser verificado tanto as especiações
técnicas, como as especificações ambientais e de saúde e segurança no trabalho.
E incluir os valores não contemplados em alguma norma de forma que sejam visto como
um só processo de garantia de qualidade. Sendo que conceito de qualidade desta forma
se amplia, pois o cliente não leva somente em conta as características do produto ou
serviço, mesmo que esse já contemple um valor agregado. Ele também irá adquirir uma
maior coerência socioambiental e uma garantia que esta empresa respeita seus
funcionários e o meio ambiente (BILLING E CAMILATO, 2009).

43
2 – Proposição de Educação Ambiental Ecocêntrica a Bordo.

Nesse ensejo de atrelar conhecimentos integralizados, duma maneira sistêmica,


na contemplação do meio ambiente geral. Não se limitando a relação entre o Homem X
Natureza. Se estendendo a todas as inter-relações deflagradas pela existência humana
a bordo no ambiente marinho. Assumindo um papel de formação de uma conduta moral
nos indivíduos a bordo e na tentativa de associar valores mais sutis. Não se pautando
apenas numa moral puramente social, mas uma com uma amálgama de traços
biológicos, intersociais, transpessoais, pessoais e espirituais.

Tal intenção propositiva se sobrepõe sobre estratégias que os departamentos


RH tendem usualmente a propor. Segundo grandes pensadores sobre o tema uma boa
gestão RH pode determinar a diferença entre o fracasso e sucesso de uma empresa.
Seu papel portanto, vai além das despesas e cargos sociais, impostos, salários e etc.
Ele pode se tornar uma vantagem competitiva, onde há a necessidade de administrar
pessoas e não administrar RH (CARTONI e PAIVA, 2013).

Pessoas em todos os níveis da organização são consideradas os parceiros que


conduzem o andamento da empresa, se utilizam de informações disponíveis, exercem
suas faculdade e capacidade. Utilizam seus conhecimentos e tomam as ações mais
adequadas na garantia da obtenção de resultados satisfatórios. Um ponto crasso é a
busca na qualidade de vida que corresponde a obtenção de bom salários e benefícios,
cargos atarefados de modo equilibrado, liderança pelo modelo e não imposição,
motivação intensiva, retroação contínua, recompensas pelo desempenho satisfatório,
comunicação e interação afetiva, educação continuada, capacitação e não menos
importante o clima organizacional (CHIAVENATO, 1996 apud CARTONI e PAIVA,
2013).

Em partes, o esforço ativo de uma gestão de RH madura passa pela intenção da


valorização do capital humano, pois esse representa uma constante na busca pela
competitividade de mercado. O capital humano são talentos que necessitam ser
desenvolvidos e mantidos. Isso é a valorização de ativos intangíveis da empresa e para
a sua aplicação uma mudança da tradicional gestão de RH para uma mais estratégica,
includentes de programas interligados a missão e visão da empresa, deve ser
perpetrada. Isso se traduz na busca pela estabilidade e longevidade do negócio da
organização (VERGARA, 2000 apud CARTONI e PAIVA, 2013).

44
De um modo geral, as pessoas podem constituir pontos fortes da empresa, dentre eles
o mais contundente – a vantagem competitiva. E quando inexistentes, tendem a
expressar uma malogro da capacidade de competir por espaço no segmento da
organização, seja pela ausência de envolvimento com a missão institucional ou
partilhamento negativo dos valores da empresa (CARTONI e PAIVA, 2013).

E existência de valores negativos de uma organização representam, invariavelmente, a


existência de indivíduos de mesma índole colaborando com esta. Exemplos clássicos,
podem estar representados nos funcionários considerados problemáticos e
descomprometidos. Estes comumente não buscam fatores otimistas no exercício de sua
função. Apresentam elevado absenteísmo, atrasos ou saídas antecipadas, alterações
emotivas intensas com companheiros de trabalho, negligências mal intencionadas,
julgamento precários de situações e decisões erradas em trabalho (CHIAVENATO,
2004 apud CARTONI e PAIVA, 2013).

Claro que em ambiente remoto a bordo atrasos não serão recorrentes e podem ser
descartáveis. Ao passo que negligência e desatenção pode custar a vida de um, quiçá
de muitos. Isso denota que algumas ilações devem ser adaptadas ao cenário de
ambiente embarcado.

As situações adversas num ambiente de trabalho de alta propensão a exercer pressão


mental e física em seus colaboradores são vastamente elencadas. E o clima
organizacional precário pode arruinar pretensões otimistas de qualquer gestão. Este é
o reflexo do estado de ânimo ou do grau de satisfação dos funcionários num dado
momento. Também definido com uma atmosfera psicológica e característica que existe
em cada organização. Define o ambiente o qual as pessoas percebem ou experimental
“o estado de espirito” de fazer parte da empresa e que influencia seu comportamento
(LUZ, 2003 apud CARTONI e PAIVA, 2013).

Quando este clima organizacional é afetado por um indivíduo ou por um grupo de


pessoas desmotivadas, com passar do tempo pode tornar a situação severamente
negativa, gerando frustração e pessimismo disseminado. Como por exemplo em
admissões recentes que podem sofrer abalos ao confrontarem parceiros desmotivados,
que intentem em desmoralizar ou reforçar pontos negativos da empresa, contando fatos
reais ou irreais, pelo cenário dessa pessoa estar imerso numa condição negativa.
Isso pode levar o recém trabalhador a nutrir sentimentos de desânimos ou desgosto
(CARTONI e PAIVA, 2013).

45
Tal comportamento pernicioso e em muitas vezes persuasivo pode ter suas origens na
falta de profissionalismo, falta de qualificação ou mesmo falta de ambição.
Para contornar essas situações uma liderança contundente deve existir, objetivando
essencialmente a mitigação da geração de maledicências, intrigas, agressões verbais
ou qualquer outra natureza comportamental que não esteja a par da cultura
organizacional. Cabe a liderança identificar má fé do indivíduos que ensejam manipular
seus processos de desligamentos ou os que se mostram acomodados num estado
comportamental incompatível com sua carga de experiência dentro da organização
(CARTONI e PAIVA, 2013).

É todo um conjunto de fatores que podem culminar em conflitos geradores de


sentimentos de inquietude, revolta, impunidade e julgamentos. A falta de uma gestão
RH eficiente e voltada apenas para valores monetários, podem gerar por fim tensões e
hostilidades. Ocorre a desmotivação dos colaboradores envolvidos, há também a
notável queda na produtividade, na desestabilização emocional e um malogro na
capacidade de comunicação do grupo. A solução presumível está numa gestão voltada
aos valores humanos. Relevando os aspectos intangíveis dos colaboradores e
trabalhadores (CARTONI e PAIVA, 2013).

O cerne desta ideia é de fundir as estratégias de RH com a proposta da


Educação Ambiental Ecocêntrica, objetivando a melhoria da eficiência do Sistema de
Gestão Integrado. E para isso, os conceitos previamente apresentados usarão a direção
intencionada de uma gestão estratégica de RH, assessorada por horizontes alternativos
que reafirmarão essa ideia de valorização do capital humano e das estruturas naturais,
definindo uma condição humana holística, de percepção abrangente. E nesse ponto,
determinado a proposta inicial da Educação Ambiental Ecocêntrica como algo viável,
elevando a condição simples de um indivíduo colaborador operacional a bordo, para
uma colaborador da criação de ambiente mais produtivo, adequadamente seguro para
os indivíduos a bordo ou proximais da instalação e safo para a manutenção da qualidade
do ambiente natural. Onde a percepção do espaço e das pessoas se tornam mais
sistêmicas, englobando a intangibilidade dos valores humanos e dos valores naturais.
A Educação Ambiental Ecocêntrica se apresenta com um instrumento de percepção dos
eventos que se sucedem ao nosso redor, considerando-os de modo profundo,
amplificando os detalhes e aumentando a sua assimilação elucidativa.

46
Uma pedra fundamental que se situa esse trabalho são as consequências
conceituais do refinamento em que a Física Quântica vem assumindo. Que se aprofunda
no invisível e nos mistérios mais conhecidos da vivência humana moderna. Energia, Luz
e Consciência são as fundações de nosso Cosmos, que a frente propicia que a matéria
ascenda. Com o avanço desta ciência ao fim do século 20 e agora no início do 21, se
preconiza que tudo que conhecemos advém de um estado potencial vibratório.
E todos humanos, animais, plantas e elementos minerais estão inseridos num sistema
único de campo energético. Como já há muito estabelecido que nosso corpos são
composto de partículas energizadas. E que estas se constituem de átomos em
moléculas que determinam nosso corpos, nossas estruturas físicas em um estado mais
denso. Preconiza-se que a matéria é uma forma energética condensada.
Já a constituição desse campo energético é de natureza quântica. Onde realidade se
desdobra de maneira subatômica.

Fora vastamente descrito por mais de dois mil anos, através de estudos esotéricos de
caráter científico primitivo que ao ensejar a cura humana, definiram aspectos essenciais
da constituição das pessoas. Camadas de energia compreendem a estruturação de
nossos corpos. Tais camadas podem ser traduzidas como frequências vibracionais,
onde o corpo físico é a camada mais densa. As menores densidades energéticas, tanto
que são impossíveis de se verem com o olho nu, são sobrepostas e permeiam o corpo
físico, são descritas como pulsantes frequências que perfazem a aura humana.
São descritas por muitas culturas ancestrais e comumente fazem referência a esta
camadas como etérea, astral, mental, causal e búdico. Enfim, cada camada do campo
áurico está associada ao um nível, um reino de consciência (LUKE, 1994).

Povos, comunidades, organizações, corporações ou qualquer outro grupo são sistemas


singulares, com assinaturas energéticas e vibracionais geradas por cada membro.
Se relaciona de modo intimo às qualidades intrínsecas metafisicas individuais que por
sua vez se concatena às coletivas. A representação coletiva com seu campo energético
tem sumária importância na capacidade de modificação da realidade. Quando nosso
campo energético está equilibrado e limpo, agindo numa fluidez harmônica, nos
sentimos mais saudáveis e energizados, aonde nossas necessidades se tornam
supridas de um modo mais maleável ou sem esforço demasiado.

47
Podem haver uma miríades de bloqueios imputados em nosso campo
energético, que impedem a fluidez harmoniosa e saudável da energia. Algumas das
causas mais comuns são “buracos” ou um fluxo energético lento ou inarmônico.
Que propicia que essa energia etérea vaze ou mesmo fique enclausurada em alguns
pontos de gargalo. A exacerbada criação de sensações de angústia, abandono, raiva e
arrogância; representam grandes veículos para a má circulação energética do campo.
Relações nocivas com grupos ou indivíduos de mesma índole negativa também afetam
a percolação energética mais construtiva. Esses bloqueios podem ser causados por
estilos de vidas sedentários e nocivos, stress exagerado, drogas, pensamentos
excessivamente pessimistas, distúrbios mentais e emocionais ou estar num modo de
vida autodestrutivo.

Pois aparentemente, o corpo humano é grandemente influenciado por várias sutis


vibrações. Produzidas tanto pelo campo emocional negativo de um indivíduo, impelido
pelo medo e raiva ou tanto por uma emissão por campos eletromagnéticos oriundo de
cabos de alta-tensão. Nós estamos nesse momento, evoluindo nossa aprendizados com
vários estudos que apontam que distorções no campo áurico ou campo energético
podem ser positivamente afetados por indivíduos que são treinados em poderes de cura
pelo toque – um processo de cura que parece aplicar alguma forma de manipulação
energética consciente. Esse conceito é assimilado por alguns, mas suas especificidades
mecânicas não são inteiramente elucidadas pelos pesquisadores nas áreas de física e
psiconeuroimunologia do ocidente (LUKE, 1994).

Por exemplo, viver num ambiente de trabalho insalubre ou mesmo num


casamento de baixa afinidade previnem as que nossas energias de nosso campo fluem
de um modo saudável. O estado do ambiente em sua característica mais sutil, a
energética, influencia muito em nosso estado anímico e mental. Por isso, estar em
ambientes naturais nos fortifica e nos alegra, por ser mais puro metafisicamente.
Conceito usado por outros autores como “clima”, numa amálgama de sensações que
sentimos ao adentrar qualquer tipo de ambiente repleto de pessoas.

Que seja claro que esse conceito de “energia” constituinte de todas as formas físicas,
ainda é embrionário. Na ciência quântica moderna esse termo é teorizado em “campo
quântico unificado”, que associa o modelo padrão de partículas elementares e as forças
fundamentais num único campo. Entretanto, esta teoria ainda se desenvolve com
incipiência. Partindo do ponto que apenas 4% da constituição do Universo é sabida.
E é preconizado que toda a estrutura física visível, detém um campo quântico

48
Desde seus primórdios da ciência de partículas, quando Heinsenberg afirmou
que seria impossível determinar com precisão simultaneamente a velocidade e a
posição de um elétron. Quando notou que os métodos utilizados para se medir o
comportamento do mesmo, terminavam por influenciar sua conduta. De modo que,
quando mais precisa fosse a medição de uma variável, menos confiável seria a medição
da outra. Heinsenberg delimitou o Princípio da Incerteza, associando que o observador
influencia no comportamento das partículas observadas. Que pode suscitar que um
simples olhar humano tenha o poder de moldar a realidade física. Logo após, Planck
nos apresentou sua constante delimitando as escalas dimensionais das chamadas
“quantas”, que são os pacotes fundamentais de energia. No tocante, existe uma dúvida
que determina as funções das partículas quando se comportam como ondas, ou vice-
versa. Instaurou-se que um objeto pode se comportar como onda ou como partícula,
dependendo da condição de um observador. Enfim, para se determinar a posição de
uma partícula é necessário a projeção sobre ele de algum tipo de radiação, seja ela
algum formato especifico de luz ou mesmo a radiação bioenergética projetada pela
consciência humana. Novamente, surge uma senda de esclarecimento apontando que
a realidade possa ser moldada.

De modo prático, para a obtenção de sucesso nas mais variadas áreas da vida humana.
É preciso buscarmos todo o nosso potencial latente, desse modo é preciso identificar e
eliminar os bloqueios energéticos em nossos campo projetados, seja de um indivíduo
ou de um grupo. No escopo de se restaurar ou otimizar um equilíbrio mental e até
comportamental das pessoas. Assim, conhecer pormenores de assuntos como energia,
ciência quântica, leis naturais e afins; e podendo aplica-las em nossas vidas e trabalho,
se mostra um ótima oportunidade de buscarmos uma nova realidade mais abundante
co-criada por todos.

49
Agora partindo do pressuposto da Psicologia Ambiental, onde a percepção do
sujeito não se restringe apenas a aquele ser humano de modo especifico. Pois ocorre
uma troca de projeções de expressões da mente do indivíduo para o meio no qual esse
seja pertinente. É o espaço existencial que define a abordagem ambiental e para um
indivíduo abordo ela pode ser segmentada desse modo:

I - O meio ambiente natural; clarificando sua importância vital ao homem,


definindo como o ambiente absoluto da localidade, pois é uma instalação industrial
sobre as águas marinhas. Denotando a necessidade de adequação das condutas
individuais arbitrárias e planejadas, reafirmando de forma lúdica, as exigências da
organização perante a sociedade e a leis vigentes.

II – O meio ambiente pessoal; que é definido unicamente das suas percepções


imbuídas de valores intrínsecos, que adquirimos e trazemos ao ambiente. Onde nossa
expressão individual oferta contributos morais, éticos, intelectuais, técnicos,
sentimentais, intencionais e/ou espirituais num caráter mais simplicista.

III - O meio ambiente social; definido pelos espaços comuns a coletividade a


bordo. Sendo um ambiente intermitente, de privação no momento de descanso e de
socialização no momento de atuação prática. Incorre de influências de pessoas
existentes a bordo e das que estão em terra com alto grau de relação com os indivíduos,
como parentes, amigos e mais. Tem propriedades significantes aos rendimentos dos
trabalhadores e as equipes de trabalho.

IV – O meio ambiente ocupacional; onde acontecem as interações humanas com


os ambientes que hospedam as operações designadas para a instalação e também dos
que compõe todo esse conjunto. Envolvendo os locais onde se exerce o esforço
humano. Tendendo a serem considerados potencialmente perigosos em instalações
manejadoras de hidrocarbonetos e embarcações navegantes.

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A proposta se concretiza atrelando ás Políticas Ambientais tradicionais, às
Políticas de Gestão de Qualidade, Saúde e Segurança e às práticas de
Responsabilidade Social; aos conceitos apresentados anteriormente.

1 – Ecologia Profunda e Gestão Ambiental.

No tocante ao ensino pró-ambiente, notamos ser minimamente necessária uma


semente de altruísmo no sujeito a tomar as ações, tornando-as significativas. Com uma
mínima noção de pertinência ao Natureza, não o oposto, e com a ideia de unicidade
implantada na consciência no indivíduo com atitudes conscientes, seja com o ambiente
natural, social, urbano ou ocupacional; serão mitigadas de claudicâncias. Portanto o
indivíduo deve exercer suas virtudes mais nobres, independente do ambiente que esteja
inserido. Concatenados a esse ensino, podemos agregar os valores intrínsecos dos
elementos individuais que a Ecologia Profunda preconiza, revelando que a condução
adequada da vida a bordo, passa por respeito mútuo entre todos os indivíduos humanos
e suas expressões alimentadas por suas percepções.

Muito além do respeito, esse conceito de visão mais orgânica, requer a participação
responsável de cada um, pressupondo níveis mais aprofundados de consciência,
característicos da Ecologia Profunda (CAMPOS, 2008).

Refletindo sobre as condições das políticas ambientais tradicionais ou “naturais” da


organização. A aplicação dos Conceitos da Ecologia Profunda tende a aprimorar os
processos de inteligibilidade

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2 – Ecopsicologia e Gestão Ambiental e Gestão de Saúde e Segurança.

O processo de formação de uma conduta ambiental correta nos trabalhadores a


bordo no meio marinho se tornou um objeto de interesse pela alta direção da empresa
ou mesmo dos líderes a bordo. Como já ciente por todos, as penalizações e sanções
imputadas pelas legislações e normas são contundentes.

Tornar a instrução sobre educação ambiental mais includentes de valores naturais,


apontando que a proveniência das condições de nossa vivência partem diretamente do
meio natural, sendo estas ordens indissociáveis. E sendo ainda necessário tornar os
conceitos impostos pela educação ambiental mais humanos, ansiando aproximar um
raciocínio mais intuitivo dos trabalhadores, ante as ações ordinárias a serem
perpetradas em meio ocupacional.

Outro ponto é a reafirmação da importância da unidade dos colaboradores à bordo.


Expressões mais humanas, embotadas de valores individuais como: preconceitos,
racionalismo exacerbado e julgamentos simplistas; propiciam um acuracidade na gestão
de saúde e segurança. Pois a vontade de ver seu companheiro em situações amenas
auxiliará a fiscalização e o gerenciamento da saúde ocupacional e da segurança
individual e coletiva.

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3 – Gestão Transpessoal e Gestão de Saúde e Segurança.

Entre as maiores representatividades da preocupação com a saúde e segurança


dos trabalhadores, antecipada pelas ações prevista num sistema de gestão de saúde e
segurança, se apresenta na sensação coletiva dos trabalhadores que estes são
reconhecidos como seres humanos e não apenas colaboradores dos processos em que
estão inseridos, num sentido de geração de produtos e serviços no intento irrestrito de
se gerar lucros. É algo que foi conquistado pela classe, que tende a se tornar mais
intricado e abrangente.

No intuito de elevar esse sistema em sua eficácia, uma nova visão sistêmica pode ser
aplicada. O fator transpessoal, apresenta prerrogativas e que a unidade do trabalhador
não deva ser simplificada. Deve abarcar conceitos multidimensionais que, de fato,
representam a condição do trabalhador, afim de otimizar os atendimentos as suas
necessidades para que esse possa exercer suas funções com a mais alta rentabilidade.
Este, aponta além do sentido literal da palavra transpessoal; onde há a consideração do
outrem como elemento a ser atendido e respeitado. Aponta num sentido profundo, em
que a condição humana preenche diferentes esferas existenciais, materiais e
conceituais.

Considerar o trabalhador com um ser multidimensional, principalmente o isolado


em embarcações, se tornaram tendências em grandes organizações que almejam um
elevação da rentabilidade. Buscar as minúcias de sua identidade intelectual, moral,
ética, emocional e quiçá espiritual; se traduz num maior conhecimento do trabalhador e
de sua fortalezas e deficiências. A partir disto, se desenha um terreno fértil para auto-
observação de cada um, com esses tendo facilidade em reconhecer seu estado atual,
podendo buscar suas necessidades latentes à serem atendidas e descobrindo seus
próprios potenciais e suas competências.

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4 – Biopiscologia e Gestão de Saúde e Segurança.

Um importante segmentação da ciência psicológica, na interação entre as


condições biológicas e assim fisiológicas, a qual aponta que os padrões mentais tem
relevância na expressão individual. Se pauta de modo mais intenso na condição da
fisiologia do indivíduo, se traduzindo na qualidade mental e corporal ou seja em sua
saúde. Aponta que hormônios liberados em situações afetivas e amorosas, têm papéis
significantes na manutenção de uma mente e corpo sãos, tornando o indivíduo capaz
de lhe dar com situações desfavoráveis e até mesmo ameaçadoras. Tem grande poder
de influência sobre o indivíduo, onde o fator anímico pode propiciar uma influência na
coletividade.

5 – Meditação e Gestão Ambiental e de Saúde e Segurança.

Tais práticas nos denotam uma grande capacidade de influência do bem estar
de qualquer indivíduo. Onde os resultados se apresentam num refinamento
comportamental, com resistência a expressar emoções tempestivas. Muito além,
confere melhorias fisiológicas, aliviando sensações de estresse, dor e ansiedade.
A prática diária de alguns minutos suscita uma maior rentabilidade nos processos
cognitivos ordinários como execução de tarefas, disseminação de informação e
capacidade de aprendizagem, elevando a percepção da atenção. O afinco na prática
leva a um controle do ciclo de sono, aliviando as sensações de cansaço e fadiga.
Podendo levar a diminuição sutil das horas de sono necessárias para o
restabelecimento completo do praticante. Em ambiente recluso, de atividades
repetitivas; se mostra como uma ferramenta válida. Propiciando uma mitigação das
problemáticas mais comuns, em termos psicológicos e fisiológicos, apresentada por
trabalhadores no ambiente off-shore.

Tornando o trabalhador mais atento a suas diversas incumbências rotineiras, com maior
capacidade de executar tarefas múltiplas com atenção refinada, as demandas do
processo de gestão de sistemas a bordo serão mais fluidas. De mais capacidade de
assimilação informativa, os atos simples como verificação de processos e geração de
conteúdo relatoriais tendem a ser mais precisas. A gestão assim, será mais plena.

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Outro aspecto, se foca na otimização da capacidade individual de estar de acordo com
as normativas e regramentos da gestão as saúde e segurança. Por estar atento ao local
de trabalho, a capacidade de identificação de elementos ameaçadores a integridade
humana se eleva. Sinais anômalos nas ambiências e apontamentos comportamentais
inadequados de outrem em ambiente de trabalho, como fadiga e estresse. A atenção
na qualidade dos processos de alta periculosidade a serem executados de forma correta
em sua unidade de trabalho. Também a própria criação de uma sensibilidade em se
auto avaliar ante a aspectos de saúde mental e corporal. Elementos que expressem a
saúde cognitiva individual, buscando eliminar erros humanos. Assim, evitando acidentes
e eventos trágicos.

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6 - Inteligência Emocional e Relacional e Gestão da Saúde e Segurança.

A maleabilidade no modo de interpretação de como agimos aos estímulos do


meio em que estamos inseridos se desenrola num ponto sólido na maneira como as
tratativas emocionais dos indivíduo se vinculam a efetividade de convivência, acima de
tudo, de assimilação na comunicação entre si. É possível receber estas cargas emotivas
como propulsor de uma melhor interação social. E saber cultivar sensações boas
provenientes de emoções nem sempre boas é interessante nas comunicações, haja
vista que a própria ideia de gestão de sistemas na prática se fixa na comunicação e
assimilação de informação. A capacitação do gestor em disseminação e extração de
informação se insinua elevar-se se amparado por tal ferramenta. Eleva-se a eficácia e
eficiência no sistema.

No processo de se praticar boas intenções, afim de harmonizar o modo de


transmissão da informação interpessoal, algumas ferramentas como alimentar
conversas nutritivas de relações afetivas e demonstrações mútuas de comprometimento
com a segurança humana a bordo; são automaticamente remetentes a um aumento da
eficácia do processo de salvaguarda e bem vivência a bordo.

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7 - Princípios Naturais e Sistemas de Gestão.

As postulações preconizadas nos Princípios Naturais, se corroboram na base de


diversos cientistas atuais. Demonstrando que surge uma possibilidade ao horizonte que
possamos manipular nosso futuro, alterando a própria realidade. Ou ao menos há a
possiblidade de testá-las de um modo integrado e objetivando suas aplicações na
dimensão material de modo construtivo e também produtivo. Corroborada por essa nova
ótica científica com o pioneirismo da ciência quântica, aliada a conhecimentos
tradicionais ancestrais.

São sete os princípios naturais que regem o invisível, preponderante na existência do


de nosso mundo material como vemos. Originalmente concebidas no passado, porém
ainda muito atuais, expressam os pontos das fundações em desdobramento de nosso
mundo como percebemos de modo mais refinado.

Os três princípios iniciais são considerados como imutáveis, reinando absolutos


e não podendo ser mudados ou transcendidos. Não podem ser alvos de esforço, pois
este não produzirá efeitos alternativos. Devem ser assimiladas de modo intelectual e
prático.

I – Princípio do Mentalismo: Preconiza que “Tudo é Mental, o Universo é Mental”.


Afirma que tudo que se sucede no mundo físico, tem sua origem no invisível ou reino
mental. Nos transmite que existe uma única consciência universal. Onde a nossa própria
mente representa, numa menor escala e grau, a própria Mente Universal. Toda energia
e matéria existente estão subordinadas a este princípio.

Na prática este princípio nos deixa claro que o fator anímico é algo preponderante na
relação social cotidiana e demasiadamente próxima. Situações rotineiras num ambiente
em instalações industriais reclusas e remotas. Entender que o estado emocional ou
psicológico do indivíduo influi diretamente na condição de seus companheiros de
trabalho, no tocante a ao escopo de se manter uma mente sã e equilibrada.
Como supracitado, no momento que tudo a sua volta responde a sua mente e a mesma
envia informações de volta. Podendo ser em ações, pensamentos ou intenções.
Onde a mais sutil mudança sentimental ou comportamental, pode gerar sutis mudanças
nos ambientes e majoritariamente nas condições das pessoas neste ambiente.

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II – Princípio da Correspondência: Transmite a informação que em tudo se
implica harmonia, acordo e correspondência entre todos os planos ou dimensões, muito
bem veiculados nas ciência de partículas. Afirma “O que está em cima, está em baixo;
o que está em baixo, está em cima.” Não há separação desde que tudo no Universo,
incluindo nós, somo oriundos da mesma fonte. O mesmo padrão é expressado em todos
os planos de existência do menor elétron à estrela mais ampla ou vice-versa.

Entrar em desacordo com este princípio se foca na prática cotidiana de ações negativas.
Pois se nessa ilação existe uma representação correspondida entre tudo, se torna
simples compreender que perpetrar ações discordantes com um a vida operacional a
bordo harmoniosa, fará o próprio perpetrador absorver tais condições ambientais.
Pois se por um exemplo um indivíduo cai em maledicência. Esta acabará retornando
para ele. Pois tudo se conecta num véu invisível quântico.

III – Principio da Vibração: Já preconizado pelas ciências de partículas, esse


princípio assume: “Nada descansa, tudo se move, tudo vibra”. Assim, tudo é definido
pela vibração. Desde do ar que respiramos à cadeira que sentamos. Desde do amor
que sentimos pelos outros ao ódio que alimenta as guerras. Este contém um
subprincípio conhecido como “Lei da Atração”, que de fato fundamenta este princípio.
Corrobora que “Energia atrai Energia”, ou seja, as qualidades vibracionais da energia
serão assimiladas e atraídas por outras emissões de mesma escala de vibração.

O fator mais importante de elucidar este fato em que tudo se posta a vibrar, se situa nos
reino das emoções. Nossos pensamentos pautados por intenções são vibrações, por
conseguinte, são nossas emoções e são energia em movimento. Entre os espectros da
escala o “amor incondicional” ocupa um lugar mais alto, já o “medo se” mostra como o
mais denso. Isso se eleva em sua importância se alocado numa condição ocupacional,
de reclusão e com exigências físicas e mentais consideráveis. É possível aprender ter
controle sobre os pensamentos e assim também as emoções. Prática que se absorvida,
pode torna um ambiente ocupacional e social mais ameno e harmonioso, haja vista o
desgaste que a rotina embarcada pode perpetrar. Esse esforço em suprimir
pensamentos, intenções e ações de baixa qualidade vibracional. E se focar no outro
espectro da escala, intentando estar com a mente mais leve, repleta de sentimentos
amorosos; influencia diretamente no fator anímico das pessoas inseridas no ambiente.

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Já os quatro princípios a seguir são passiveis de regência, se o indivíduo estiver
atento às suas nuances e praticar a auto-observação. São possíveis de serem
transcendidos. Ou seja, de serem utilizados num viés benéfico. Entretanto, se deixados
agirem com pouca ou nenhuma ação da parte do indivíduo; esta sofrerá os efeitos
ambivalentes dos princípios.

IV – Princípio da Polaridade: Este afirma que tudo tem dois lados. “Tudo é dual,
tudo tem polos; tudo tem seu par de opositores; opostos são idênticos em sua natureza,
mas diferentes no grau”. Tudo tem ambivalência, pode fazer mal, como pode fazer bem.
Situações e coisas podem parecer opostas, mas são apenas dois extremos de mesma
natureza. Calor e frio podem parecer opostos num olhar rápido, mas são apenas
variações de graus de uma mesma coisa. O mesmo se aplica ao amor e ódio, paz e
guerra; positivo e negativo; bem e mal e sim ou não. Também energia e matéria; Luz e
Escuridão. É possível transformar padrões mentais de ódio para o amor, de medo para
coragem apenas elevando sua vibração conscientemente.

Num processo prático este princípio se molda num sentimento de tolerância e


persistência. Ante a sapiência que uma ação ou intenção pode ter interpretações
subjetivas. Numa coletividade de indivíduos de valores heterogêneos, os atritos se
inflam de modo constante, ante a percepção que cada um terá de algo.
Como expressado pelo princípio, há ambivalência nas situações humanas, o que agrada
um pode não agradar o outro e vice-versa. Ter tolerância sobre a escolhas alheias,
mesmo que essa inclua o indivíduo, passa a ser um embrião de um processo de auto-
observação. Outro ponto crasso é a criação de uma persistência implícita.
Ter ciência que alguns tipos de esforços podem nem sempre culminar num resultado
esperado. E que é necessário a resiliência mental para que a persistência não
esmoreça, pra que os resultados esperados possam finalmente aparecer.

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V – Principio do Ritmo: Nos passa que tudo tende a oscilar de modo natural.
“Tudo flui, pra dentro e pra fora; tudo tem sua maré; todas coisas caem e levantam; há
manifesta tendência pendular em tudo; a medida do balanço pra esquerda é a mesma
da direita, o ritmo compensa”. Tal princípio pode ser visto em operação nas marés, na
respiração humana, no dia e na noite, na queda e na ascensão de grandes
organizações, nos negócios, na própria conversão de nossos pensamentos negativos
para positivos e no sucesso ou fracasso pessoais. De acordo com os preceitos, quando
algo culmina em seu ponto final, então este passa a oscilar de volta, quase que
imperceptível, até certo ponto onde qualquer movimento a frente fora totalmente
revertido. Ao fim, o movimento passa a seguir em frente outra vez, reiniciando o
processo.

No contexto de convívio intenso, como se sucede num local a bordo, a variância de


humor ocorre de modo natural. Tendo em vista os já apresentados problemas que
podem acometer os trabalhadores embarcado, que mostra pontos de ataque do
princípio do ritmo. Um exemplo claro é a chegada e a partida dos trabalhadores,
necessários para a renovação dos profissionais a bordo, já que estes não podem viver
eternamente a bordo. No início de seu período embarcado o trabalhador em média,
apresenta certo entusiasmo e ânsia de executar as tarefas com excelência.

Ao passo que ao fim, o que depende muito do equilíbrio mental de cada um, o
trabalhador já se encontra estafado, com elevado acúmulo de fadiga. E essa oscilação
é uma constante, apenas mudando-se a frequência e a extensão de cada fase. Saber
conhecer ou ter consciência da sutil deflagração da fase regressiva do conceitual
“pêndulo” nos esforços individuais tende a ser algo construtivo na ânsia de se otimizar
a saúde, condição financeira, as relações ou qualquer objetivo a ser alcançado. A ideia
se mantem em se sensibilizar quando a fase negativa passa a tomar a voga, assim se
manter otimista, focar seus pensamentos no objetivo e permanecer com a mente forte
não importando o quanto você possa regredir pela imposição do Princípio do Ritmo.
Saber que mesmo que os esforços resultem em falhas, pela regência do mesmo
princípio, o movimento progressivo ou positivo irá retornar. E ao fim a persistência será
recompensada, assim que o movimento regressivo se tornar menos presente, pra então
voltar a progredir novamente.

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VI – Princípio da Causa e Efeito: Este afirma que qualquer efeito notado no
mundo físico teve seu causa especifica original nos mundos mais sutis. “Toda causa
tem os seu efeito, todo efeito teve a sua causa”. Desse modo, qualquer pensamento,
palavra ou ação perpetra um efeito especifico na dinâmica o qual irá se materializar com
o tempo. Algo já mencionado pela Física de partículas, a nossa realidade é criada pela
nossa mente. Caindo por terra conceitos como acaso, sorte ou azar. Assim podemos
criar a realidade de modo consciente quando de acordo com este princípio. Ou podemos
criá-la de modo inconsciente denominado os desdobramento de sorte, azar ou acaso.

Focar-se nos seus objetivos com um mentalização visual é uma das melhores maneiras
de se usar este princípio, sejam boas o ruins. E é claro que a essência de um convívio
harmonioso e uma produção de excelência a bordo, passam pela necessidade de se
projetar intenções positivas. A partir deste ponto o pensamento passa se concretizar no
domínio quântico e com perseverança, prática e concentração no pensar, a forma do
pensamento inicia a sua materialização no mundo físico.

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VII – Princípio do Gênero: Este aponta a diferenciação sexual que existe por toda
a existência orgânica como aspecto mais evidente. Que também pode ser visto nos
polos magnéticos e partículas elementares. Tudo e todos expressam elementos
masculinos e femininos. “O gênero está em tudo, tudo tem princípios masculinos e
femininos”. No ser humano, dentre as muitas facetas destes, o espectro feminino
expressa qualidades como amor, paciência, intuição e gentileza. Ao passo que as
qualidade masculinas são energia, autoconfiança, lógica e intelecto. Porém dentro de
cada indivíduo há as qualidades de ambos os sexos, mas num grau mais suprimido.
A ciência desse fato pode incitar a renovação das capacidades individuais e elevar o
sentimento de tolerância.

Aplicado de uma forma prática, primariamente, se torna evidente que uma


heterogeneidade entres os sexos numa dada unidade de trabalho, apresenta mais
possibilidades latentes para um equilíbrio. Sempre focado no bem-estar individual para
um aumento do rendimento do trabalho. Ter mulheres e homens expressando
naturalmente e mutuamente suas virtudes num mesmo ambiente, representa um
complemento das emoções intersociais e assim da eficiência de comunicação e
resoluções de tarefas. Num segundo momento, surge a possibilidade do indivíduo de
se aprimorar como ser humano e também nas diferentes qualidade de suas expressões
humanas. No convívio próximo com mulheres e sua natureza emocional, surge uma
chance do homem se lapidar e vice-versa. Entender quais são as naturezas dos
elementos no que tange a determinação deste princípio, pode fazer o indivíduo a buscar
novos modos de pensar e agir.

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8 – Princípio da Atração, Gestão da Qualidade e Responsabilidade Social.

Uma mediação contemporânea a própria gênese dos Princípios Naturais.


Que torna-se a matriz de coesão entre todos os princípios. E não listada entre as
originais, porém de muita relevância. Preconiza que uma intenção atrai uma intenção
equivalente. Significa que a ação ou inação, ambas serão responsáveis por trazerem
influências positivas ou negativas a qualquer indivíduo. O alicerce se sustenta aonde
projetamos nossas atenção e energia, que podem culminar em intensos impactos na
vida de cada um. Uma pessoa que passa seu tempo remoendo arrependimentos sobre
o passado ou criando temores sobre o futuro, terá ainda mais situações adversas.
Ao passo que se este encontrar valores otimistas em suas experiências diárias, este
logo se encontrará rodeado de situações benéficas. A frente este princípio nos encoraja
a notar que temos escolhas sobre como nosso futuro se desenrola, podendo moldá-lo
da maneia que queremos.

Transpassa por quase todos os Princípios Naturais listados anteriormente. Como os


Princípios da Causa e Efeito, Polaridade e Ritmo. Saber usar esse sumário princípio de
todos os outros, propicia aos indivíduos a viverem de modo mais positivo, mentalizando
uma visão mais otimista que se enquadram num cenário adequado para a atração de
eventos e experiência mais positivas.

A busca da Gestão da Qualidade é indissociável dos outros processos que


compreendem o sistema de gestão ambiental e de saúde e segurança. E quando
associados aos conceitos previamente citados, surge uma possibilidade de otimização
de todos estes sistemas. E de uma forma mais abrangente e prática, a própria
otimização do sistema integrado. A Qualidade de um produto ou serviço está
intimamente ligado em como se dão os processos de manufatura do item em questão.
Existindo toda uma estrutura esquemática definindo padrões: como indicadores do
atendimento a exigência para atingir a qualidade necessária e a delimitação de
requisitos para que os processos isolados possam responder a qualidade do produto ou
serviço, mesmo ainda em estado de formulação. Nesse ponto, a busca ao atendimento
dos requisitos e obtenção dos indicadores irá se focar num grupo de indivíduos.
E os conceitos supracitados neste capítulo se mostram potenciais auxiliadores da
eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade, como também dos outros Sistemas.
Sujeitos saudáveis e atentos, propiciam um maior rendimento em suas tarefas e assim
o sistema será executado de um modo mais completo.

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A plenitude mental será expressada na plenitude do exercício funcional. E é o que se
busca quando se integra todos os Sistemas de Gestão: o cruzamento dos dados numa
só estrutura sistemática. Adiante, se conceitos como Ecologia Profunda, Ecopsicologia,
Gestão Transpessoal, Meditação, Biopiscologia, Inteligência Emocional e Relacional
forem absorvidos por grupos de indivíduos responsáveis pela Gestão de Sistema, juntos
de ilações oriundos dos Princípios Naturais sumarizados pelo Princípio da Atração;
elevam de forma teórica a condição da eficiência do Sistema Integrado.

Se tais conceitos forem assimilados de modo integral ou parcial, o rendimento dos


indivíduos se posta a ascender. Não se limitando ao rendimento ocupacional, também
ao afetivo que irá refletir no próprio emissor da carga emocional e em todos no ambiente
ocupacional ou social, elevando a condição do campo energético de todos no ambiente.
E numa possível excrescência, o campo energético da própria instalação. Enfim,
executando-se com qualidade têm-se algo com qualidade.

A relevância deste possível cenário pode atingir a própria execução dos


programas incluídos na Responsabilidade Social que a organização desenvolve.
A assimilação de uma nova mentalidade mais positiva em toda a instalação flutuante é
o primeiro passo de desenvolver uma rede conceitual de intenções benévolas. A ideia
aqui se foca não apenas nos trabalhadores de cargos mais baixos e operacionais, se
foca também na alta direção e nos próprios tomadores de decisão ou aos que dirigem
toda a organização. Num primeiro momento, após a absorção deste novo modo de
mentalização pela alta direção de uma dada instalação flutuante; incita-se, pelo aumento
do rendimento produtivo e da mitigação de prejuízos ocupacionais, um modelo a ser
observado. Uma instalação apenas não responde pela organização de modo integral,
sendo que esta como pessoa jurídica que irá responder pelo processo de
Responsabilidade Social. Mas, como dito, pode se tornar uma referência para a gestão
empresarial da organização. Como corroborado pela nova ciência de partículas, a boa
intenção fixada em valores humanos e sociais e não só no enriquecimento irrestrito,
define uma realidade mais aceitável pelo senso comum. E que de fato, é a base da
criação da Responsabilidade Social. E nessa linha, se a nova mentalidade proposta aqui
neste trabalho for assimilada, um novo horizonte pode surgir no que tange a
Responsabilidade Social.

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A aceitação pública da atividade industrial, por mais danosa que for, segue uma linha
da moral implícita pela organização. Se preocupar com as consequências das atividades
industrias e com o reflexo destas no seio social e ambiental são elementos chave.
Perpetrar ações de cunho positivos para a população mais atingida por sua atividade,
incentivar a independência financeira de núcleos comunitários através de iniciativas,
incentivar a disseminação de educação, demonstrar interesse em participar de
problemáticas proximais as instalações e muito mais. Algo corriqueiro nas grandes
organizações pelo mundo. E se essa nova mentalidade projetada através de boa
intenção e atenção for acatada, as respostas do senso comum se potencializam.

Uma unidade que é colaborador ou trabalhador da organização, se assimilada pelos


conceitos apresentados, projetará ideias e ações mais harmoniosas com todos.
Não só apenas em ambiente ocupacional, mas também quando em terra. Não se
restringindo a uma unidade da organização, mas a várias delas. Isso expressa que o
ambiente ao qual ela está constantemente inserida é repleto de virtudes e qualidades.
E se sucedendo uma representavidade entre os extratos de cargos dentro da
organização. Assim, numa escala maior, a própria expressão humana dos diretores e
superiores será do mesmo modo repleta de virtuosidades. Nesse ponto, a própria
organização projetará, não apenas a intenção de enriquecimento ao utilizar recursos e
pessoas, mas agora irá projetar respeito, humanidade e cuidado. O campo conceitual
de ação da organização irá se tornar vasto e atrativo. Podendo ser também um campo
energético, já citado anteriormente. E que agora potencializado pela carga intelectual e
experiencial de seus líderes e gestores superiores, refletirá propriedades de
magnanimidade ao senso comum.

Definida pelas mecânicas metafísicas mencionadas neste trabalho, a aceitação da


atividade industrial se dará de modo mais fluido, perpetrada pela própria intenção que
toda a organização em uníssono tende a projetar. E concatenada com as ações
imputadas num processo de Responsabilidade Social, elevam ainda mais a aceitação
pública. O que pode definir um ciclo virtuoso: quanto mais se desdobram as atividades
corriqueiras de modo mais orgânico, mais o seio social ira se predispor aceitar tal fato;
incitando uma ainda maior Responsabilidade Social e elevando o engajamento popular
nas ações, tornando a credibilidade da organização engrandecida e novamente com as
comunidades aceitando de modo mais assimilável as consequências da atividade

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3 – Benefícios da Nova Educação Ambiental Ecocêntrica para Políticas e
Sistemas de Gestão Integrados de Qualidade, Gestão de Saúde e Segurança, Meio
Ambiente e Responsabilidade Social.

O que se espera com o esse esforço, aplicando diferentes abordagens de


conceitos das condições humanas físicas e metafisicas é a pura elevação da qualidade
de vida dos indivíduos inseridos num meio industrial flutuante fora dos limites costeiros
ou simplesmente off-shore. As condições da mente são preponderantes, pois com uma
mente equilibrada as tarefas serão mais acuradas, portanto também a eficiência de
qualquer sistema de gestão. No tocante, não só apenas se busca a elevação do
rendimento dos sistemas gestão, mas a elevação do rendimento individual do
trabalhador a bordo, que por sua vez refletira do próprio sistema de gestão. Desse modo
que os conceitos diversos estruturam a fundação da Educação Ambiental Ecocêntrica.
Que por sua vez representa a adequação comportamental e sensorial do ambiente
especifico em que esteja inserido. E por fim e novamente, elevando a funcionalidade
dos Sistemas de Gestão.

O modo de se portar pode soar como algo impositivo, de pouca carga arbitrária livre.
Mas a ideia não é modificar a personalidade individual, mas influenciar o indivíduo a se
auto observar. Que em primeira estância denota um interesse da empresa em aprimorar
seu capital humano, tornando-o mais eficiente. E em última estância tem seu valor
humano implícito, onde o indivíduo passará a ter um vivência mais plena, ligado ou
desligado da empresa. Um trabalhador atuando em ambiente ocupacional expressando
a mesma serenidade que expressa quando descontraído em ambiente social é deveras
interessante. Pois é sabido que mitigar a ansiedade nos impele de usarmos todo nosso
potencial cognitivo. Outro exemplo é a atenção que um trabalhador exemplar emprega
quando ativo em seu posto de trabalho, que é a mesma atenção que pode estar ausente
em sua relação ao um companheiro que está num estado pessimista, que se tivesse
presente poderia impor uma mudança anímica ao seu companheiro. É claro que não
existe pragmatismo nas relações humanas seja aonde forem, mas torna-las mais
eficientes ante a transmissão de intenções benévolas, torna o próprio processo de
vivência mais fluido. E assim afeta a qualidade de vida coletiva.

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Outra faceta deste abordagem é a melhoria da comunicação intersocial. Tendo em vista
que esta ação é essencial na aplicação de um sistema de gestão. E com trabalhadores
mais experientes em manejo de suas próprias intenções, refletem em emoções mais
brandas. E haverá imparcialidade nas ações, tornando o processo de comunicação mais
eficiente.

Uma nova psicologia holística, corriqueiras nestes tempos de quebras de


paradigmas, sustenta também a proposta deste trabalho. Psicologias de cunho
alternativo, dentre as mais notórias a Psicologia Ambiental que preconiza que no
ambiente, além de estar presente o indivíduo físico, está também as suas projeções
diversas. Com isso é possível segmentar as áreas em que a vivência dos indivíduos se
dará, podendo-se notar alterações comportamentais correspondentes ou nuances sutis
pontuais. Sistematizando a modo da percepção inerente a cada ambiente em que o
indivíduo esteja inserido, reforçando a utilidade da Educação Ambiental Ecocêntrica.

Outro fundamento teórico deste trabalho, também focado nessa visão mais abrangente
do universo que se trata da Física Quântica. Que agora, desenrola nossa realidade
como uma peça têxtil ou mesmo num plano. Pregando que há níveis invisíveis de
existência, onde o ser humano ocupa em maior ou menor grau todos tais níveis. E tais
níveis são relevantes quando se busca julgar a porção invisível da faceta humana, com
suas expressões que influenciam muito a vida coletiva tanto como a individual.

De fato, alguns pressupostos teóricos expostos aqui que mesmo sendo


assimilados serão incipientes numa melhora contundente do sistema de gestão.
A Ecologia Profunda se encaixa nesse perfil. Pois a real intenção de se resguardar os
bens naturais irá partir de toda a organização e não do indivíduo. Entretanto a ideia é
sensibilizá-lo, a ponto deste iniciar uma nova tomada de consciência ante aos aspectos
ambientais que podem ser impactos por qualquer incidente indesejado. Outro ponto é a
carga emotiva que esse tema prega, de respeito, de pertinência e dependência.
A Ecologia profunda difere da rasa no tocante ao modo de se relacionar ao cerne da
natureza. Afeitos da Ecologia Profunda suscitam que antropocentrismo é o álibi
adequado para toda causa nefasta que nossa geração humana veem perpetrando na
terra. Algo plausível, porém não exclusivo apenas.

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O antropocentrismo agrega muito valor cultural no processo de transformação pela
educação, seja ela ambiental ou mesmo ecológica; esta tem sua carga de importância
e não deve ser totalmente posto no ostracismo. Neste ponto o antropocentrismo deve
ser recapitulado, não pondo o Homem meramente como um centro utopicamente
conceitual de toda a existência notada, mas agora pondo o Homem como o núcleo
primal de geração de influências de toda a existência notada. Este novo homem não se
enxerga como o ponto singular onde tudo deva convergir, agora ele se auto observa
como um ator principal de um sistema partilhado por vários elementos e sendo que a
partir dele que as ações mais influentes irão convergir. Um conceito veemente na
Ecologia Social ou Ecopsicologia, que busca encurtar a distância entre Homem e
Natureza, apregoando a interdependência que ambos tem um pelo outro. Na mesma
ânsia, surge o Ecofeminismo. Com ideais condizentes com a Ecopsicologia, exigindo
que não haja mais uma exploração abusiva do espectro feminino humano. Ao fim
atrelando a mesma importância epistemológica do homem à mulher, com suas
expressões variadas. Assim, do mesmo modo atrelando um valor inestimável a própria
Natureza.

Onde o cerne da ideia traduzida de forma prática é a da própria comunidade embarcada


adquirir uma homogeneidade de pensamentos. Podendo haver a livre expressão de
cada indivíduo independente de suas características, tolerando e respeitando as
diferentes abordagens de cada um. Realçando o valor do grupo. Pondo em ação suas
atividades profissionais incumbidas de um modo mais racionalmente orgânico, ciente
do valor dos recursos naturais se algo indevido vier a se suceder. E simultaneamente
intuitivo, salientando que toda a comunidade embarcada depende indiretamente de
cada ação ou ideia individual. Assim como como todas estruturas naturais adjacentes.

É duma percepção mais ampla da realidade que estas linhas de pensares ascenderam.
Algo incutido de uma visão mais acurada, sistematizando as várias facetas da condição
humana, porém ainda pondo-as num mesmo cenário para uma avaliação mais próxima
a realidade. E advindo de uma raciocínio menos horizontal e mais vertical, surgiu a
Gestão Transpessoal. Concludente de que a condição humana não se simplifica em um
homem ou mulher que meramente executa alguma atividade. Criado por organizações
intentado otimizar suas gestões de seus colaboradores. Que ao considerar o homem
com uma entidade transcendente à simples condição humana, propicia à gestão ser
muito mais atrativa ante a questão de maximização de lucros pelo aumento da eficiência
do trabalhador e pela redução de custos, diminuindo fatores como absenteísmo e
escassez de plenitude emocional no trabalho. Reitera que uma gama de esferas se
integralizam dentro desta condição de ser um colaborador dentro de uma organização.

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Cultura, religião, senso individual e grupal, intelectualidade e etc. O intento enfim é a
satisfação do trabalhador quando em atividade ocupacional, buscando esmiuçar as
necessidades inerentes da consciência de cada indivíduo para a sua plenitude como
ser humano. Transpassa por seus valores íntimos e suas idiossincrasias.

E se viabilizado, o estado final tende a ser um trabalhador mais fiável, mais humano.
Com uma carga inspiradora para todos os outros dentro da organização. E possibilita
atingir um estado ótimo que outro modo de pensar da psicologia aventou.
A Biopiscologia surgiu reafirmando que uma condição mental salutar, se reflete no
corpo. Associa saúde mental com a saúde do corpo, sendo que pessoas mais felizes e
satisfeitas apresentam respostas imunológicas muito mais contundentes que pessoas
em estados opostos ao da felicidade. Outro fator interessante para se ter um grupo de
trabalho eficaz e comprometido.

A Biopiscologia nos indica que um ser humano num estado adequado de envolvimento
de situações humana afáveis, sendo alvo constante de cargas de sentimentos
benévolos, se apresenta como um colaborador mais saudável. Com condições mais
interessantes de resiliência física e mental. Muito atrativa para o desempenho da
instalação.

Agora desempenhando de uma outra forma ao inserir a tripulação numa prática


recorrente de exercícios meditativos, que se insinua a adequá-la num condição mais
estável dos quadros desequilibrados de sono e descanso. Algumas mudanças
fisiológicas foram constatadas previamente por este trabalho. Mas no intuito de se
mensurar dados mais práticos e relevantes, dentre outros consideráveis, os
relacionados ao sono são os mais desejáveis, por se tratarem de um tema delicado de
uma comunidade reclusa em ambiente remoto.

Vários são os sintomas que trabalhadores embarcados recorrentemente apresentam,


fato que já fora destrinchado por vários parágrafos anteriores. Sono parco, incapacidade
de descansar plenamente, desestruturação mental pela reclusão e geração de
distúrbios. Uma gama de acontecimentos que assolam qualquer trabalhador em
ambiente remoto marinho. Nesse contexto a implementação da Meditação como uma
opção viável de mitigar tais perniciosos fatos pode ser considerada. No escopo de
diminuir níveis de ansiedade, propiciando uma maior capacidade e rendimento no
descanso.

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Também de se minimizar estresse e desajustes mentais, intentando em desenvolver
uma conduta mais serena e por fim elevar a eficiência no posto de trabalho, podendo
elevar a qualidade de vida individual dentro e fora do ambiente embarcado.

Entre as consequências mais notórias que uma prática meditativa, mesmo breve, pode
propiciar ao ser humano são a mitigação de desconfortos emocionais, sensações de
mal-estar e angústia e também o aumento do rendimento do sistema imunológico. Duas
consequências positivas muito atrativas para o sucesso organizacional. Outro ponto é
uma aumento da estimulação da criatividade, elevação da cognição e contundência na
memória.

Existe uma sinergia entre todos os ramos de estudos suscitados até aqui.
Partilham de um campo de respeito implícito e equalização modal em como valoramos
um elemento seja ele qual for, quando inserido num cenário. E Ecopsicologia reitera
esse sentimento. Denominada também como Ecologia Social, preconiza as nossas
crises ambientais e sociais estão previamente imputadas em nossas mentes, sendo
indissociáveis de uma crise cognitiva coletiva. Se torna assim, crucial elucidar que se
temos um cenário inadequado é porque o influenciamos, minimante, a adquirir tais
inadequações.

Por mais que a organização empregadora seja altamente leonina em suas condutas.
Com ações mercadológicas grandiosas e escusas, de grande capacidade produtora e
de depredação, de grande geração de capital financeiro e de alta capacidade
competitiva por suas publicidades nem sempre verossímeis. Mas é necessário que os
sentimentos dos trabalhadores a bordo não sejam semelhantes. Competição interna,
expressões de minimização com o serviço e com a personalidade de outrem, derivam
para uma coletividade de bordo com carências anímicas. Ser mais ameno nas inter-
relações pessoais, quiçá mais afetivo, eleva consideravelmente o rendimento de todos
a bordo. Entender que o modo como outrem cria a realidade, afeta como se dará a
realidade de todos próximos a ele. Pois se trata de uma situação especial, onde a
proximidade é uma constante em instalações flutuantes. E por esse mesmo motivo a
periculosidade se torna mais veemente, corroborando a necessidade de se ter
indivíduos saudáveis mentalmente e animicamente.

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Uma organização ao notar o seu colaborador ou trabalhador como um ser
humano completo, dotado de percepções multivariadas e de valores igualmente
diferentes de cada outro semelhante, preza uma condição ótima de desempenho e de
satisfação deste. Delimitando uma gestão transpessoal. E essa ação em si denota um
caráter sustentável, porque a realização emocional dos atores locomotores da
organização se orienta a um esfera mais intimista. Preconizar a valoração das
especificidades dos valores individuais, independendo sua origem e significado, eleva a
sensação de tolerância de toda a comunidade. Pois se acima, na alta direção, há a
valoração das diferenças como aspectos agregadores de qualidades; abaixo, na direção
delegada pela alta, a tolerância e ânsia de se respeitar o próximo será mutuamente
implementada. Uma abordagem sistêmica da gestão pessoal, transcendendo a
pontualidade simplista do ser humano trabalhador; propicia a geração de um afeição
mais orgânica, atrelando um caráter até mesmo humano à organização. Elevando a
capacidade carismática desta, tornando-a mais plausível de ser um objeto de admiração
e tornando o trabalho dentro desta como algo mais prazeroso e menos automático. Pois
há partilha de valores dos indivíduos com a organização.

Entretanto se torna dispensável as práticas exclusivas de alguns que possam despertar


receio nos outros. A intenção é preservar os valores individuais, porém não incentivar a
sua prática quando fundamentalmente afetar outros indivíduos de valores distintos.
Cenário que pode se conjecturar em atividades de cunho religioso, como rituais e
cerimônias religiosas. Assim se torna claro que a razoabilidade deve imperar em todos
os lados.

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A expressão das emoções determinam um espectro humano muito contundente
pela influência tanto positiva como negativa que esta pode promover. São
manifestações eletromagnéticas impelidas por nossas consciências que permeiam as
ambiências a partir de sua origem. Com dito, se ater as emoções mais positivas
demonstram que há situações favoráveis no local onde o ser humano está inserido.
E este passa a ser um condutor anímico positivo. Porém em algumas situações
inconvenientes, alguns indivíduos estão imersos em situações emotivas de pouca
qualidade. De potenciais efeitos deletérios ao seus companheiros e até mesmo a seu
próprio desempenho profissional. Que torna oportuno a proposição de uma capacidade
de manejo de emoções, tanto próprias como alheias.

Ser emocionalmente inteligente tende a tornar o indivíduo mais sereno, sendo mais
otimista e obstinado. Capaz de digerir eventuais rancores ou angústias criados por
atritos interpessoais pela a vida a bordo ou até mesmo unicamente pessoais, quando
trazidos à bordo. Saber agir ante a emoções intempestivas propicia a elevação na
qualidade das relações a bordo. Podendo ser usada como ferramenta para elevação da
moral e sustentação da animosidade do grupo ou indivíduo. O que aumenta o
rendimento da inteligibilidade das comunicações, pela capacidade refinada de inter-
relação pessoal.

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Conclusão.

O intuito claro que nos motiva a concluir a eficiência dessa nova Educação
Ambiental Ecocêntrica é a de redução de custos veemente para a organização.
Objetivando diminuir os problemas corriqueiros que acometem populações embarcadas
por dias consideráveis. Onde o estresse e distúrbios são muito comuns, levando a baixa
rentabilidade do trabalho, uso de drogas e absenteísmo elevado. Mas nas entrelinhas
os reflexos são profundos. Ao se preencher dos conceitos propostos pela nova
Educação Ambiental Ecocêntrica as extensões nos impactos individuais têm potencial
considerável. Onde potencialmente esses indivíduos se mostraram cidadãos mais
dignos, com maior carga de altruísmo e respeitabilidade seja com seu semelhante, seja
com um elemento natural. Terão mais possibilidades de assumirem um vida mais
saudável, impelidas pela auto-observação e aprendizagem de práticas de
aprimoramento cognitivo e emocional. E também a capacidade de analisar as situações
previamente antes de expressar suas ações e intenções. Serão mais sensíveis as
condições ambientais generais e ainda elevando a capacidade de entendimento do
estado atual que a sociedade contemporânea tem afetado todo o ambiente natural do
planeta. Com um aprimoramento da atenção, os perigos iminentes encontrados nas
instalações tendem a ser mais exaltados, na ânsia de evitar eventuais riscos à todos.

Indiretamente tende a demonstrar um caráter mais humano da organização, pois esta


reforça e dissemina valores sustentáveis para seus trabalhadores. O que torna está
mais próxima de caraterísticas mais altruístas e equitativas, mais intimamente ligada
com o bom senso comum de uma querência de sociedade mais justa e menos avarenta.

Se enquadra como uma instrução moralizadora, que irá valorizar o capital


humano da organização que mostra os valores que esta promove internamente para
com seus trabalhadores. Alguns indivíduos tendem a ser mais suscetíveis aos
ensinamentos da Educação Ambiental Ecocêntrica. Essencialmente os de elevadas e
variadas idiossincrasias. Assim em ambiente de trabalho, a simples ideia de imposição
do conhecimento de uma maneira hierárquica tende a ter um impacto imediato, porém
restrito a redor do espaço ocupacional do sujeito. Com este permanecendo em seu
íntimo a ter valores arraigados de impertinência ao todo e egoísmo implícito, que podem
culminar em decepção de expectativa na eficácia da função, atrito com companheiros
de trabalho e absenteísmo elevado.

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Assim, deve-se abranger toda a vida do sujeito a receber a Educação Ambiental
Ecocêntrica, incutindo todos os seus aspectos relevantes que permeiam a mesma,
sendo indissociáveis dessa, independentemente de onde esteja.

No tocante esse cenário supracitado, o adequado é aprimorar a Educação Ambiental


clássica para uma Ecocêntrica, de modo a compreender todas as abordagens da
entidade humana, assim como dos elementos que a envolve. Seus arcabouços; água,
terra e ar, a vida sustentada pelos ecossistemas, indiferente a sua origem vegetal ou
animal, fungos ou microrganismos. O espaço urbano ou de trabalho assimilado que é
delimitado por nossas interpretações de conceitos e valores de vida comunal e social,
que por sua vez também é pertencente, nesse entendimento, ao ambiente pleno.

Concatenar em seguida, a transmissão da necessidade de se ter uma mesma


abordagem cautelosa, também em ambiente social ou urbano, determinando uma
Educação Ambiental Social. Sendo o meio o local de promoção das virtudes dos sujeitos
nas inter-relações dos indivíduos, tornando a própria gestão do ambiente natural como
uma extensão de suas próprias ações cotidianas. Antes de abordagem Homem X
Ambiente Natural, ser desenvolvida; se faz necessário lapidar a abordagem Homem X
Ambiente Social ou numa escala ainda profunda trabalhar numa condução Homem x
Homem e quiçá Homem X Consciência. Assim, a intenção de salvaguarda pode ser
espraiada a qualquer lugar que o sujeito pertença ou esteja, englobando qualquer
elemento do sistema.

Utopicamente, se mostra numa conduta da vida social mais serena, buscando ter
atitudes mais favoráveis, exprimindo valores mais éticos e morais. Entretanto podemos
apontar a paciência e altruísmo como de grande valia se aplicados na vida de qualquer
cidadão urbano. Embora, sendo contra a corrente do que ocorre nos dias de hoje,
trabalhar nossas habilidades de sermos mais amáveis, compreensíveis e tolerantes,
terão benefícios extensos e não apenas localizados. Haja vista as problemáticas
profundas que se mostram em nossas cidades, pressionando ao máximo nossos estilos
de vida. E tais comportamentos podem ter resultados ainda mais expressivos em
ambientes ocupacionais, onde a necessidade da captação de recursos financeiros por
muitas vezes obriga as pessoas a se sujeitarem a condições que julgam ruins e
potencialmente as tornando angustiadas e rancorosas.

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Sermos soberanos de nossas ações e ter ciência da nossa pertinência ao meio
são os primeiros passos de obtenção de uma Educação Ambiental Ecocêntrica plena.
Como veículos dessa tomada de consciência temos alguns Princípios da Natureza, que
adequados a um cenário real, demonstram as suscetibilidades dos indivíduos inseridos
no meio. Denotar um significado maior nas interações pessoais corriqueiras na
construção de um caráter mais íntegro. Eliminando antigas interpretações. Usualmente
podendo ser expressas em orgulhos extremos da profissão ou do estado
socioeconômico, quando bem-sucedido na carreira profissional, desencadeando atritos
sociais pelas eventuais discrepâncias hierárquicas, quando das confrontações das
diferentes condições socais. Também mostradas em atitudes sexistas, que atualmente
vem sendo combatidas pelo senso comum, embora muito comuns em qualquer esfera
social. Nota-se que o preconceito sexista pode acarretar desequilíbrios em
determinados grupos humanos. Ocorrente quando um elevado número de integrantes
masculinos se aglomeram na tentativa de determinar consensos, que pela profusão de
comportamentos semelhantes e impelidas pela profusão de testosterona, podem
culminar em conflitos internos. O mais adequado é visualizar pelo princípio da
correspondência, solicitando que em qualquer ambiente a proporção de homens e
mulheres seja mantida naturalmente, como acontece com a população global.

O produto final tem o escopo de capacitar um grupo de pessoas se tornarem


cidadãos ambientais plenos. Conhecedores de hábitos e habilidades consonantes a
vida em comunidade, propiciando-os de adquirirem uma conduta pró-ambiente,
indiferente de sua natureza ambiental, social ou ocupacional; quando do exercício de
suas atividades. E como um instrumento de avaliação - a testemunha mais próxima:
sendo irmão ou colega, pais ou filhos; que serão os perfeitos avaliadores da eficácia da
Educação Ambiental Ecocêntrica. Pois é no ambiente familiar ao nosso que relaxamos
com descontração e expressamos um comportamento fluído e natural, onde pode haver
uma conduta já impregnada de comportamentos mais íntegros ou não.
E complementando a avaliação, seria interessante fazer o mesmo com companheiros
de trabalho e superiores.

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