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A Máquina Colossus
Obs: O funcionamento da Enigma pode ser encontrado no trabalho feito pelo Arthur.
Assim, não irei entrar em detalhes sobre isto aqui
A máquina foi projetada com o objetivo de realizar uma busca para determinar as
componentes da chave da Enigma que são: A ordem do rotor, as „posições iniciais do
núcleo do rotor‟ e alguns dos “steckers”. Para procurar as chaves, como o número de
possibilidades era alto, Alan Turing desenvolveu uma estratégia que dependia de um
“crib”(1) (uma parte simples do texto) da mensagem codificada, não exigindo
conhecimento prévio dos “steckers”. Assim, alinhando o “crib” com o texto cifrado, um
diagrama conhecido como “menu” era construído e mostrava a relação entre os dois
conjuntos de letras. Segue abaixo um exemplo:
(1): Achei muito interessante que isso só foi possível depois de muitas informações
adquiridas e, através disso, o hábito pessoal de alguns operadores alemães foram
percebidos, contribuindo para um número de cábulas (partes de textos cuja existência
e localizações podem ser previstas) serem antecipadas, diminuindo
consideravelmente o número de possibilidades a serem testadas (aproximadamente
1,58*10^20 diferentes combinações iniciais possíveis para o dispositivo. Supondo o
teste de um milhão de configurações por segundo, demoraria mais de meio milhão de
anos para testar todas as combinações, mostrando o quão importante foi diminuir o
número de possibilidades para testes).
Um menu, na forma de um circuito elétrico, era “plugado” no painel na parte de trás da
Bombe por meio de cabos de vinte e seis vias. Para um funcionamento efetivo, era
feito um loop fechado no menu. A correspondência, mostrada na imagem abaixo, entre
as letras do alfabeto usual e do alfabeto grego é denotada como “stecker pairs”. A
lógica usada em uma busca explorava a simetria entre os “stecker pairs” (por exemplo,
se S implica em α, então α implica em S), permitindo que a codificação seja feita de
forma mais simples e que as letras do alfabeto grego sejam usadas ao invés da do
alfabeto usual. Assim, se α for encontrado as outras letras também podem ser através
do menu 1.
Menu 1
Em resumo, era testado α sendo igual a cada letra do alfabeto usual (A, B, C, ...) como
entrada e se α saísse sendo a mesma letra, a hipótese estaria correta e do contrário a
hipótese estaria errada. Mas, o teste de α sendo cada letra por vez era lento e a
solução foi o teste para todas as letras ser feito ao mesmo tempo (esse teste foi
chamado de “voltage feedback” e permitia que a conclusão obtida da hipótese inicial
fosse usada para outra nova hipótese. Este processo era repetido até que se
esgotasse). A imagem abaixo mostra essa solução.
Assim, para saber se a hipótese era ou não verdadeira, eram usados um relé para
cada letra. Caso todos os relés fossem energizados, a hipótese inicial era falsa e se
apenas um relé fosse energizado, a hipótese era verdadeira. Um detalhe muito
importante é que essa detecção da hipótese ser falsa ou não só funcionava caso as
posições dos rotores ou as configurações de mensagem da Enigma estivessem
corretas. Quando estavam erradas, a energização de relés ocorria de uma forma
diferente da do esperado.
Foto da “Checking machine”. O tambor a esquerda serve como um refletor (era o que
fazia a Enigma ser recíproca – o processo para codificar e decifrar ser o mesmo) pré-
definido e os outros três tambores com anéis de letras ajustáveis simulam os rotores
da Enigma.
Outro matemático que contribuiu brilhantemente para a melhora da Bombe foi Gordon
Welchman, que percebeu que a propriedade simétrica de cada “stecker pairs” poderia
fornecer maneiras mais eficientes de extrair conclusões de uma hipótese inicial, que
era por meio de menus mais simples. O dispositivo construído a partir dessa idéia era
chamado “Diagonal board”.
Diagonal board
Vista frontal da Bombe (as cores representavam a ordem dos rotores da Enigma. Por
exemplo, os tambores de cor vermelha e amarela correspondem, respectivamente,
aos rotores I e II da Enigma).
Diagrama da Bombe
Considerações finais
Dessa forma, essa foi uma explicação geral do funcionamento e da parte física da
Bombe. O que mais me chamou atenção, levando em consideração o que pesquisei,
foi o fato da enorme complexidade do projeto, só sendo possível o seu sucesso graças
à contribuição de diversas pessoas altamente competentes, como Turing e Welchman.
E o mais incrível é que o ambiente para o desenvolvimento era em meio a um período
de guerra, onde cada segundo perdido na busca de soluções impactava na morte de
pessoas, o que deveria acarretar numa enorme pressão psicológica.
Essas explicações e imagens que foram dadas eu retirei do site abaixo e do PDF que
está no e-mail.
http://www.rutherfordjournal.org/article030108.html?&sa=U&ei=rHEhVKewDMbRywOH
g4HoAQ&ved=0CDwQFjAJ&usg=AFQjCNEN34UrBDkFM6vnW-bX_fUGzXDCjw
Em minhas pesquisas, tentei achar arquivos escritos pelo próprio Turing, como foi
sugerido pelo senhor, mas não consegui encontrar de uma forma tão clara em relação
ao site e o PDF que citei.