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PANORAMA HISTÓRICO
DO MODERNISMO
Almeida Júnior, Repouso, s.d., óleo sobre tela, 85 x 115 cm
Almeida Júnior, Moça com Livro
(s.d. óleo sobre tela, c.i.d., 50 x 61 cm )
Almeida Júnior
As Lavadeiras
1875
82 x 42 cm
Almeida Júnior, Marinha [Guarujá], 1895,
óleo sobre tela, 48 x 84 cm
Almeida Júnior
O Derrubador
Brasileiro 1879
óleo sobre tela
227 x 182 cm
Almeida
Júnior
Caipiras
Negaceando
1888
As Lavadeiras
1875
óleo sobre tela
82 x 42 cm
Almeida Júnior
Caipira Picando
Fumo (estudo)
1893
óleo sobre tela
70 x 50 cm
Almeida Júnior, Pescando, 1894
óleo sobre tela, 64 x 85 cm
Almeida Júnior, Apertando o Lombilho, 1895
óleo sobre tela, 64 x 88 cm
Almeida Júnior, Cozinha Caipira, 1895
óleo sobre tela, 63 x 87 cm
Almeida Júnior
Saudades
1899
óleo sobre tela
197 x 101
SÃO PAULO, ANOS ‘20
Companhia Viação Férrea
Estação da Luz
Avenida Tiradentes
Largo de São Bento
Avenida Paulista (1928)
Rua Direita à noite (1928)
Rua São Bento
com Rua da Quitanda
(1929, colorizada)
Praça da Sé (1911)
Plateia Cine São José (1929)
"São Paulo, a
Symphonia da
metrópole", cartaz de
divulgação do filme,
1929.
Documentário (longa-metragem), que há muito se
pensava perdido, realizado pouco antes da chegada
do cinema sonoro ao Brasil e da crise da bolsa, em
1929, nos EUA. Documento sobre a São Paulo dos
anos 1930, que se tornava uma das maiores
cidades do mundo. Considerado o marco inicial da
tradição paulista do cinema urbano, o filme mostra a
moda, os esportes, os monumentos públicos, a
industrialização, fatos históricos, expansão do café,
educação e o burburinho do cotidiano. Inspirado no
clássico alemão ''Berlim, Sinfonia de uma Cidade''
(1927), de Walter Ruttmann.
Viaduto do Chá (1929, colorizada)
A SEMANA DE 22
(Teatro Municipal de São Paulo,
11 a 18 de fevereiro de 1922)
O Combate
1927
Queremos uma Eva ativa, bela, prática, útil
no lar e na rua, dançando o tango e
datilografando uma conta corrente.
O Episódio
ANITA MALFATTI
Anita Malfatti, em
1912 e, à direita,
em Veneza
Os acontecimentos que se sucederam a partir do
oitavo dia da exposição surpreenderam a
pintora, tanto, que Anita Malfatti só se
encorajaria a narrá-los 34 anos depois:
“A princípio foram os meus quadros muito bem
aceitos e vendi nos primeiros oito dias oito
quadros. Depois da primeira surpresa, acharam
minha pintura perfeitamente natural. Qual não
foi a minha surpresa quando apareceu o artigo
crítico de Monteiro Lobato”
Anita Malfatti,
Mário de Andrade, II
1922
Carvão e pastel seco
"Quero ser a
pintora
da minha terra"
“E não percebia você que nós também
trazíamos nas nossas canções, por debaixo
do ‘futurismo’, a dolência e a revolta da terra
brasileira”.
Vaudeville,
Broadway
1917
Fernand Léger
Mecânico
1920
FASE PAU-BRASIL (1924)
Tarsila do Amaral,
Manteau Rouge,1923
Em 1923, Tarsila se
casa com Oswald de
Andrade e pinta A
NEGRA, considerada a
primeira pintura
representativa do
movimento Pau-Brasil.
Tarsila do Amaral
Retrato de Oswald de Andrade, 1922
Tarsila do Amaral,
A negra,1923
Segundo depoimento da própria artista, a imagem
desta negra é fruto das histórias contadas pelas
mucamas da fazenda, em sua infância.
Falavam de coisas que impressionaram a menina
Tarsila, como o caso das escravas dedicadas a
trabalhar nas plantações de café, e que, impedidas
de suspender o trabalho, amarravam pedrinhas nos
bicos dos seios, para que estes, desta forma
alongados, pudessem ser colocados por sobre os
ombros, a fim de poder amamentar seus filhos, que
carregavam às costas.
Daisy Peccinini
Tarsila do Amaral, A Caipirinha, 1923
Tarsila do Amaral,
O Vendedor de Frutas
1925
"Bem curiosa essa belíssima fêmea
brasileira que pretende pintar negros
monstruosos com cores suaves"
Palmeiras
1925
Tarsila do Amaral, na fase Pau-Brasil, anos ‘20
Tarsila do Amaral, Paisagem com Touro, 1925
Tarsila do Amaral, Morro da Favela, 1924
Tarsila do Amaral
Estrada de Ferro
Central do Brasil
1924
Tarsila do Amaral, Paisagem com Touro -1925
Tarsila
O Mamoeiro
1925
Tarsila
A Estação
1925
Tarsila do Amaral
Carnaval na
Madureira
1924
FASE ANTROPOFÁGICA (1928)
Tarsila do Amaral
A Lua
Tarsila do Amaral
Manacá
1927
Tarsila, O Sono, 1928
Tarsila do Amaral, O Lago, 1928
Tarsila
Estudo para
Antropofagia
1929
Tarsila
Antropofagia
1928
Tarsila, O Ovo ou Urutu,1928
Tarsila do Amaral
Abaporu, 1928
Extasiado com a beleza da tela, Oswald
chamou seu amigo modernista Raul Bopp e,
folheando um dicionário de Tupi de Tarsila,
encontraram o nome ABAPORU, que batizou
a tela e que significa "o homem que come
carne".
Mais próxima do Surrealismo, a pintura é
considerada um emblema do movimento
antropofágico brasileiro.
Tarsila do Amaral, Floresta, 1929
Tarsila, Sol Poente, 1929
E não percebia você que nós também
trazíamos nas nossas canções, por debaixo
do ‘futurismo’, a dolência e a revolta da terra
brasileira.
Comissão organizadora:
Lucio Costa (diretor Enba), Manuel Bandeira, Anita
Malfatti, Portinari e Celso Antônio (professor)
É como Salão Revolucionário que fica conhecida a 38ª
Exposição Geral de Belas Artes, de 1931, em razão de ter
abrigado, pela primeira vez, artistas de perfil modernista.
Origem Nº 4
Etapa Final
s.d.
Ismael Nery
Resignação
Diante do Irreparável
s.d.
Ismael Nery
Auto-retrato
s.d.
Ismael Nery
Auto-retrato
(Toureiro)
1922
Ismael Nery
Auto-retrato
1927
Ismael Nery
Mulher c/ Ramo
de Flores
1927
Ismael Nery
O Ato
1927
Ismael Nery, Anunciação, 1930
Ismael Nery
Retrato de Foujita
Déc. 1930
Ismael Nery
A Espanhola
1923
Ismael Nery, João Batista e Figura Helênica, 1923
Ismael Nery, Morte de Ismael Nery , ca. 1932
Ismael Nery
Essencialismo
1931
Ismael Nery
Casal
1932
CÍCERO DIAS
(1907-2003)
Cícero Dias
A Difícil Partida
década de 1920
Cícero Dias
Sonho
1930
Cícero
Dias
Eu Vi o
Mundo...
Ele
começava
no Recife
1926-29
Cícero Dias
Chegada de Muratori
1927
“Não gosto das etiquetas. O que me identifica com
Chagall são as origens comuns de nossa arte na
pintura popular, nas manifestações folclóricas,
culturais de nossas terras respectivas. É por isso
que falam que meus quadros lembram os de Chagall
e vice-versa. Acontece, porém, que, quando comecei
a pintar de verdade, a partir dos anos 20, não havia
no Brasil reproduções de Chagall e de outros
pintores de vanguarda. O que houve, pois, foi uma
coincidência entre mim e Chagall”.
Cícero Dias, Casal, 1925
Cícero Dias
Composição
1930
Cícero Dias
Cena-violão,
Mulher e Soldado
1928
Cícero Dias
Composição com
Estátua e Monstro
1928
Cícero Dias
Gamboa do Carmo,
no Recife
1929
Cícero Dias, Recife Lírica 1931
Cícero Dias
Mulher Nadando
1930
Cícero Dias
Cortejo
1929
Cícero Dias
Uma Cena do
Paraíso
1929
Cícero Dias
O Sonho da
Prostituta
1930
Cícero Dias, Visão Romântica do Porto do Recife, 1930
Cícero Dias
Banho de Rio
1931
Cícero Dias
A Espera
1932
Cícero Dias
Amo
1933
Cícero Dias, O Baile, 1937
Cícero Dias
Composição Floral
1948
Cícero Dias O Abismo da Verdura, década de 50
Cícero Dias
Época
1953
GUIGNARD
MESTRE BRASILEIRO
ALBERTO DA VEIGA
GUIGNARD
(1896-1962)
Guignard,
Auto-retrato
1930
Guignard
Fantasia de Minas
s/ data
Guignard, Flores,
1932
Guignard
Família do Fuzileiro Naval
1938
Guignard, Visão de um parque, s/ data
Guignard, Estudo no Parque Municipal, Belo Horizonte,1947
Guignard, As Gêmeas , 1940
Guignard,
Auto-retrato
1955
“Nasceu em Nova Friburgo, em 25 de fevereiro de
1896, feio como todo recém-nascido. Estudou em
Munique, na Real Academia de Belas Artes, onde
aprendeu desenho e amou.
De acadêmico passou a moderno, após ter visto uma
exposição de arte moderna alemã: o modernismo o
fascinou.
Em 1930 veio para o Brasil, onde teve um choque com
o ambiente artístico, bem atrasado em relação à
Europa. Abriu seu ateliê no Jardim Botânico, entre a
vegetação e milhares de mosquitos”.
“Veio para Belo Horizonte, a chamado do então
prefeito Juscelino Kubitschek, e daqui se enamorou
desde o primeiro dia da paisagem.
Fundou a Escolinha de Guignard, que tem vivido por
milagre e amor de alunos e mestres, e aqui ensinou
arte a diversas gerações de jovens. Adora ser
cercado pela juventude, principalmente moças
bonitas, e Ouro Preto é a sua cidade amor-
inspiração".
Guignard por ele mesmo, depoimento de 1961.
Guignard, Lagoa Santa, 1950
Guignard, Lagoa Santa, 1950
Guignard
Cristo
1950
Guignard
Casamento
1960
O Clube dos Artistas Modernos – CAM – foi criado
em 24/11/ 1932, um dia depois da fundação da
Sociedade de Arte Pró-Moderna.
As duas agremiações surgidas na cidade de São
Paulo investem no associativismo
como estratégia de atuação dos artistas
na vida cultural do país, ao longo da década de 1930.
Sinalizam, também, a independência de seus
integrantes em relação às instituições, opondo-se à
Escola Nacional de Belas Artes (Enba), sediada no
Rio de Janeiro.
Os grupos dialogam de formas distintas com o
legado recente do modernismo.
• Tarsila do Amaral
• Victor Brecheret
• Cícero Dias
• Lasar Segall
• Antonio Gomide
•Cândido Portinari
A segunda e terceira edição contaram com a
participação de artistas estrangeiros, tais como:
• Alexander Calder
• Joseph Albers
• Bem Nicholson
O Salão de Maio encerra-se em função de
desavenças entre a comissão organizadora e
Flávio de Carvalho. Segundo testemunho de
Geraldo Ferraz: "Depois da realização do II Salão
de Maio,(...), Flávio de Carvalho aparece com o
registro do título do Salão (...).
Os riscos de desvio da proposta e a perda de seu
caráter "revolucionário" são as razões
apresentadas por Carvalho para justificar sua
atitude, que outros vêem como pura ambição de
controlar o evento. O incidente leva à dissolução
do grupo inicial e à 3a edição do Salão
Goeldi,
Lugar do Crime
Goeldi,
Goeldi, Rua Molhada Pescadores, 1950
“Fala-se muito hoje em inovações, em abrir
caminhos, etc...Mas não se deve confundir
experimentos técnicos com a verdadeira inovação.
Todo artista realmente criador inova, e isso porque
ele amplia seus meios técnicos na proporção de
suas necessidades de expressão. Só essa inovação
é legítima - a inovação que é ditada por uma
necessidade interior. Inovar por inovar não tem
sentido. Sei de artistas que passaram a vida toda
inovando e não puderam fazer mais que
‘inovações...” Goeldi, entrevista, 1953
Goeldi
Olhos
MÚSICAS DO MODERNISMO
BRASIL
ANTECEDENTES do MODERNISMO
ANTECEDENTES
•1822 – Independência
•1889 – Proclamação da República
•1891 – Constituição Republicana
•Novos Imigrantes
italianos, alemães, japoneses e poloneses
•Revoltas
→ Revolução Federalista (RS, 1893)
→ Campanha de Canudos (BA, 1896-1897)
→ Revolta do Contestado (PR, 1912-1916)
→ Revolta do Forte de Copacabana (RJ, 1922)
• Modinha (Portugal)
• Lundu (África)
• Polca (Boêmia)
• Valsa (Áustria)
• Mazurca (Polônia)
• Maxixe (Rio de Janeiro)
• Choro (Rio de Janeiro)
Chorões do Rio de Janeiro
(início do século XX)
Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
Tamoyo (choro)
http://www.youtube.com/watch?v=Jje1Y2uMQKQ
Antônio Carlos Gomes (1836-1896)
Conselhos
http://www.youtube.com/watch?v=uVuhthCldHE
MÚSICA E MODERNISMO
NO BRASIL
A SEMANA DE ARTE MODERNA
OS TRÊS FESTIVAIS
HEITOR VILLA-LOBOS
Danças Características Africanas (1914-15)
Movimentos:
1. Farrapos
2. Kankukus
3. Kankikis
http://www.youtube.com/watch?v=_ssse5vvEWU
PRIMEIRO FESTIVAL
13 de fevereiro, segunda-feira
Compositores:
• Erik Satie
• Francis Poulenc
• Heitor Villa-Lobos
Obras de Villa-Lobos:
• Sonata Nº 2 (violoncelo e piano)
• Trio Nº 2 (violino, violoncelo e piano)
• Valsa Mística (piano)
• Rodante (piano)
• A Fiandeira (piano)
• Danças Características Africanas (octeto)
SEGUNDOFESTIVAL
15 de fevereiro, quarta-feira
Compositores:
• Emile-Robert Blanchet
• Claude Debussy
• Vallon (?)
• Heitor Villa-Lobos
Obras de Villa-Lobos:
• Festim Pagão (canto e piano)
• Solidão (canto e piano)
• Cascavel (canto e piano)
• Quarteto Nº 3 (quarteto de cordas)
HEITOR VILLA-LOBOS
Quarteto Nº 3 (1916)
(conhecido como “Quarteto das Pipocas,
devido ao caráter saltitante e aos trechos em pizzicato
do Scherzo)
Movimentos:
1. Allegro non troppo
2. Scherzo
3. Molto adagio
4. Allegro com fuoco
Quarteto Raga
http://www.youtube.com/watch?v=P1IHCTDD4cw
TERCEIRO FESTIVAL
17 de fevereiro, sexta-feira
Compositor:
• Heitor Villa-Lobos
Obras :
• Trio Nº 3 (violino, violoncelo e piano)
• Lune d’Octobre (canto e piano)
• Eis a Vida (canto e piano)
• Jouis sans retard (canto e piano)
• Sonata-Fantasia Nº 2 (violino e piano)
• Uma Camponesa Cantadeira (piano)
• Num Berço Encantado (piano)
• Dança Infernal (piano)
• Quarteto Simbólico (Impressões da vida mundana)
HEITOR VILLA-LOBOS
Suíte Floral (1918)
Movimentos:
1. Idílio na Rede
2. Uma Camponesa
Cantadeira
1. Alegria na Horta
http://www.youtube.com/watch?v=IEENiybMzaM
Guiomar Novaes, pianista,
sobre sua participação nos festivais:
http://www.youtube.com/watch?v=aIRTuKM94dQ
Patrícia Galvão (Pagu)
Homenagem póstuma a Mário de Andrade
Patrícia Galvão
Depois de amanhã, Mário de Andrade
Nacional x Universal
GRUPO MÚSICA VIVA
Acronon
Cláudio Santoro
Sonata nº 1 para violino e piano (1940)
DODECAFONISTAS BRASILEIROS
http://www.youtube.com/watch?v=iV_1WRZ_LAE
Manifesto Música Viva 1945
“Música é movimento.
Música é vida.
Música Viva compreendendo este fato combate pela
música que revela o eternamente novo, isto é: por uma
arte musical que seja a expressão real da época e da
sociedade.
Música Viva refuta a assim chamada arte acadêmica,
negação da própria arte.
Música Viva, baseada nesse princípio fundamental,
apoia tudo o que favorece o nascimento e crescimento
do novo, escolhendo a revolução e repelindo a
reação”.
Grupo Música Viva (1946)
Carta Aberta aos Músicos e Críticos do Brasil
“É preciso que se diga a esses jovens compositores
que o Dodecafonismo, em Música, corresponde ao
Abstracionismo em Pintura, ao Hermetismo em
Literatura, ao Existencialismo em Filosofia, ao
Charlatanismo em Ciência.
Assim, pois, o Dodecafonismo (como aqueles outros
contrabandos que estamos importando e assimilando
servilmente) é uma expressão característica de uma
política de degenerescência cultural, um ramo
adventício da figueira-brava do Cosmopolitismo que
nos ameaça com suas sombras deformantes e tem por
objetivo oculto um lento e pernicioso trabalho de
destruição do nosso caráter nacional”.
Camargo Guarnieri (1950)
Carta Aberta aos Músicos e Críticos do Brasil
http://www.youtube.com/watch?v=ASCUW6t3HP0
1. Universalismo Construtivo 8. ARTE CONCRETA VENEZUELANA
2. Grupos: Arte Concreta
Invenção e Madí
3. Grupos Frente (RJ) e
Ruptura (SP)
4. Expressionismo gestual
5. VERTENTES 6. FIGURAÇÃO
(Iberê Camargo) e EXPRESSIVAS REGIONALISTA
Expressionismo figurativo
(Grupo de Bagé); 3. ARTE CONCRETA BRASILEIRA
NA AMÉRICA DO SUL
O DEBATE ABSTRATO CHEGA
À AMÉRICA DO SUL:
MONDRIAN X VANDOESBURG
MONDRIAN
A ABSTRAÇÃO COMO
SÍNTESE CÓSMICA E
EXPRESSÃO METAFÍSICA
Mondrian, Tree, 1911
Mondrian
Composition
1921
Mondrian
Tableau
1921
THEO VAN DOESBURG
ARTE CONCRETA:
FUNCIONALIDADE E DESIGN
Theo Van Doesburg, Composição: A Vaca, 1917
Theo Van Doesburg, Composição, 1917
Theo Van
Doesburg
Van Doesburg
Estudo p/
mural
Do Café
Aubette
1926
Guache
Theo Van
Doesburg
UM SUCESSOR DE MONDRIAN:
JOAQUÍN TORRES-GARCÍA
ORIGEM DA ABSTRAÇÃO
GEOMÉTRICA PLATINA
Joaquim Torres Garcia
Pez con cordeles atados
Joaquim Torres Garcia
Abstract Art in Five Tones and Complementaries, 1943
UM SUCESSOR
DE
VAN DOESBURG:
MAX BILL
Max Bill,
Unidade Tripartida
1948-49
ESCOLA DE ULM
ORIGENS DA
ABSTRAÇÃO
GEOMÉTRICA
PLATINA
Retrato de Torres Gárcía
Por DayMan Antunez
1906 –16: vive em Barcelona ; dá início à
construção dos ‘brinquedos’ e à pintura figurativa
www.coleccioncisneros.org
ARTE CONCRETA
ARGENTINA
(1944-1959)
REVISTA ARTURO
(BUENOS AIRES, 1944)
Em 1935, Arden Quin conhece Torres Garcia, em
Montevidéu. Em 1939, novo encontro. Nasce
uma vertente construtiva na Argentina.
Em 1944, Quin e seu grupo lançam a revista de
arte abstrata Arturo e, em 1945, a exposição
Arte Concreta-Invenção.
Os conceitos de “invenção” e “suporte recortado”
são fundamentais para o movimento originado com
a revista Arturo, em cujo primeiro número, Arden
Quin define ‘invenção’, declarando que a figuração
foi superada pelo materialismo dialético e
condenando o Expressionismo, o Surrealismo e
qualquer forma de realismo.
Tomás Maldonado, xilografia para capa de Arturo
Participam de Arturo, os artistas plásticos e
poetas:
Arden Quin, Tomás Maldonado, Edgard
Bayley, Gyula Kosice, Torres García, Vicente
Huidobro y Murilo Mendes
Tomás Maldonado
Xilografia para Arturo
Lidy Prati
Vinheta para Arturo
1945: EXPOSIÇÃO
ARTE-CONCRETA
INVENÇÃO
MALDONADO
HLITO
MOLEMBERG
PRATI
TOMÁS
MALDONADO
Fundador do grupo
Arte Concreta-
Invenção
Tomás Maldonado,
s/ título,1945
Lidy Prati
Concreto, 1945
Manuel Espinosa
Pintura, 1945
Raúl Lozza
Pintura N° 27, 1945
Alfredo Hlito
Ritmos cromáticos II
1947
Alfredo Hlito
Estructura
1945
Enio Iommi
Curvas y líneas, 1946
Alberto Molenberg
Función blanca, 1946
Claudio Girola
Triángulos
1948
Juan Melé
Coplanar N° 13, 1946
PERCEPTISMO
(1946)
PERCEPTISMO
Raúl Lozza
Rembrandt Lozza
Raul Lozza
Pintura
N° 117
Raul Loza
Propuesta de dibujo
concreto H
1947
Raul Loza, Pintura N° 161, 1948
Rembrandt Loza
Objeto estético, 1946
GRUPO MADÍ
(1946)
CARMELO ARDEN QUIN
(1913)
Entre participantes:
Pascual Navarro
Alejandro Otero
Mateo Manaure
Alejandro Otero
Da Série: Coloritmos
Década de 50
A partir de 1950, muitos artistas venezuelanos aderiram à abstração
geométrica, entre eles:
Alejandro Otero
Pascual Navarro
Mateo Manaure
Jesús Rafael Soto
Carlos Cruz-Diez
NA AMÉRICA DO SUL
A CULTURA DOS PAMPAS
ARGENTINA
• Nacionalismo
• Universalismo
NACIONALISMO
Uso de melodias e ritmos populares, tanto urbanos
quanto rurais, com ascendência ameríndia (cultura
criolla), afro-americana, fontes do Mar del Plata e
do porto de Buenos Aires.
Esta tendência aparece como manifestação local
de um movimento internacional ligado à Nova
Objetividade, ao Neoclassicismo e como reação ao
predomínio da ópera italiana e ao sinfonismo
germânico.
Tem seu auge na década de 1930, com o Grupo
Renovación.
Esta tendência perdura até a atualidade.
COMPOSITORES ARGENTINOS NACIONALISTAS
(Grupo Renovación)
• Luis Ginneo
• Alberto Ginastera
• Rodolfo Ariozaga
• Juan José Castro
• José Maria Castro
• Gilardo Gilardi
• Carlos Guastavino
UNIVERSALISMO
Tendência de caráter cosmopolita, geralmente com
uso de recursos derivados da Segunda Escola de
Viena, tais como o Atonalismo e o Dodecafonismo.
• Esteban Eitler
• Mario Davdovsky
• Juan Carlos Paz
• Mauricio Kagel
Luis Gianneo (1897-1968)
Criolla
para quarteto de cordas
Cuarteto Petrus
Pablo Saraví, violino I
Hernán Briatico, violino II
Silvina Álvarez, viola
Gloria Pankaeva, violoncelo
http://www.youtube.com/watch?v=b-A9YerAUYM
ALBERTO GINASTERA (1916-1983)
Considerado como o mais importante compositor
argentino de música de concerto, Ginastera
agrupava sua obra em três fases:
1. Nacionalismo Subjetivo (1934-1948)
2. Nacionalismo Objetivo (1948-1958)
3. Neoexpressionismo (1958-1983)
Movimentos:
I. Esordio
II. Scherzo
III. Canto
IV. Finale
http://www.youtube.com/watch?v=Xf8crHQQ8b4
URUGUAI
A principal corrente da música uruguaia tem sido o
Nacionalismo, com muitos elementos derivados
da cultura dos gaúchos.
http://www.youtube.com/watch?v=h9B_XDnvAhs
GUIDO SANTORSOLA
O compositor que mais experimentou recursos
dodecafônicos no Uruguai foi Guido Santorsola.
Músico nascido na Itália e transferido para o Brasil e
posteriormente ao Uruguai, empregou uma
combinação de recursos da música de vanguarda
de meados do século 20 com elementos folclóricos
de países sul-americanos.
Sua obra pode ser organizada em três fases:
• Ritmos urbanos brasileiros (1926-1944)
• Música folclórica uruguaia (1945-1961)
• Dodecafonismo (1961-1994)
Guido Santorsola (1904-1994)
Sonata
Transcrição para bandolim e violão
por Thomas Müller-Pering
I. Allegretto scherzoso
Duo ReCuerda
Jeannette del Campo, bandolim
Vicente del Camp, violão
http://www.youtube.com/watch?v=xo1pcwaMBz0
ARTES VISUAIS NA
AMÉRICA DO NORTE
Nascido em Nyiac, (NY), filho de um
comerciante de tecidos e descendente de
holandeses, Hopper foi incentivado pelos
pais a dedicar-se à arte e literatura,
viajando à França no início do século
para conhecer o Impressionismo.
Sua primeira produção como artista foi
uma série de gravuras em metal, técnica
à qual se dedicou itnensamente, tendo
produzido mais de 70 obras.
Hopper aprendeu a técnica do metal em
1915, quando era um desenhista publicitário
free-lance.
Realizou gravuras em metal, principalmente,
até a idade de 42 anos, em 1924, quando a
recepção pública positiva de suas pinturas o
fez gradualmente deixar de produzir
gravuras, intensificando sua produção a
óleo.
Edward Hopper, Night Shadow, 1921
Edward Hopper
Noite no Trem
1940
Edward HopperEstrada de Ferro, ,1922
Edward Hopper, Paisagem americana, 1920
Edward Hopper, O Barco à Vela, 1922
Edward Hopper, East Side Interior, 1922
Edward Hopper, Evening Wind, 1922
Edward Hopper, House Tops, 1921
Edward Hopper, Evening Wind, 1923
Edward Hopper, Casa Solitária, 1923
Edward Hopper, The Monhegan Boat, 191918
Edward Hopper,Noite no Parque, 1923
Edward Hopper, Entardecer de Verão, 1920
Edward Hopper, Noite no Parque, 1921
Edward Hopper, Paisagem da Praia, 1921
Edward Hopper, American Landscape, 1920
Edward Hopper, Estrada de Ferro, 1922
Edward Hopper
Casa à Beira
Rio
1921
Edward Hopper, Uma Esquina, 1921
Edward Hopper, A ponte das Artes, 1907
Edward Hopper, Cidade carvoeira da Pensilvânia, 1947
Edward Hopper, Quarto de Hotel, 1931
Edward Hopper, Às onze da manhã, 1926
Edward Hopper, Dauphinée House, 1932
Edward Hopper, Nighthawks, 1942
Edward Hopper, Luz do sol na Cafeteria, 1958
Edward Hopper, O farol de duas lâmpadas, 1929
Edward Hopper, No Teatro, 1936-42
Edward Hopper : New York Movie (1939)
Edward Hopper : Summer Evening
Edward Hopper: Summer Evening
Edward Hopper, City Sunlight, 1954
Edward Hopper: Morning Sun
Edward Hopper: Summertime
Faculdade experimental
localizada perto de
Asheville, North Carolina,
fundada no outono de
1933 por John Andrew
Rice.
e Merce Cuningham,
envolvendo filmes, slides,
transmissões de rádio,
poesia, música e
literatura em
simultaneidade
influenciará a criação dos
happenings.
A repercussão de Theater
Play # 1 alcançou os
futuros propositores de
happenings, tais como
Alan Kaprow e Jim Dine,
que passariam a freqüentar
as aulas de John Cage em
NY, anos depois.
John Cage
Partitura de 4’33”
Marcel Duchamp
(O Grande Vidro)
1915-23
Marcel Duchamp
(O Grande Vidro)
1915-23
Marcel Duchamp. Noiva Despida por Seus Próprios
Celibatários [Solteiros], ou Caixa Verde, 1934
Marcel Duchamp (Rose
Sélavy)
Rotary Glass Plates
(Precisão Ótica)
1920
Marcel Duchamp (Rose Sélavy), Rotary Glass Plates, (Precisão
Ótica), 1920-24
Marcel Duchamp
(Rose C’est la Vie)
Rotorelevo
(Precisão Ótica)
1920-24
“Esquivemos as
equimoses dos
esquimós com
termos esquisitos”
Duchamp, Caixa numa Valise, (por Marcel Duchamp ou Rrose Selavy), 1935-41
Munidos de
lanternas, visitantes
percorrem a
« Exposição
Internacional do
Surrealismo »
(Galeria da Escola de
Belas Artes, Paris,
1938)
Munidos de
lanternas, visitantes
percorrem a
« Exposição
Internacional do
Surrealismo »
(Galeria da Escola de
Belas Artes, Paris,
1938)
Exposição internacional Surrealista, First Papers of Surrealism, NY, 1942
No início dos anos de 1940, Deren utiliza as
economias herdadas do pai para comprar uma
câmera Bolex 16 mm usada.
Com ela, realiza seu primeiro e mais conhecido
filme, Meshes of the Afternoon, co-dirigido pelo
marido, Alexander Hammid.
Meshes of the Afternoon é reconhecido como filme que
deu origem ao cinema experimental norte-americano.
Originalmente, o filme não tinha música, nem diálogo.
Em 1952 Teiji Ito (compositor e sonoplasta com quem
Deren se casou pela terceira vez) compôs a música
que hoje acompanha o filme.
The Witch’s Cradle é título do filme realizado em
conjunto por Maya Deren e Marcel Duchamp com
locação na exposição apresentada pelo
movimento surrealista internacional, em 1942,
intitulada “Surrealism First Papers” , na
Guggenheim Gallery.
O filme nunca foi concluído pelos artistas.
Witch's Cradle (1943), com Marcel Duchamp
Muito tempo após a morte de Deren,
NA AMÉRICA DO NORTE
A VANGUARDA DE NOVA IORQUE
VANGUARDA DE NOVA IORQUE
Combustion Chamber
Rutger van Leyden, regente
http://www.youtube.com/watch?v=6S-4veRBa3I
IONIZAÇÃO, Edgard Varèse
O título refere-se à ionização das moléculas.
Dizia Varèse: “Não fui tão influenciado pelos outros
compositores, quanto me deixei influenciar pelos
objetos naturais e pelos fenômenos físicos”.
Apesar disso, Varèse afirmava que sua música foi
profundamente inspirada pelas teorias futuristas de
Filippo Tommaso Marinetti e Luigi Russolo, que
publicou sua obra A Arte do Ruído, em 1913.
Esta foi a primeira peça de música da tradição europeia
a empregar somente instrumentos de percussão.
Varèse afirmava que não buscava escrever música,
mas “sons organizados”.
Edgard Varèse e Igor Stravinsky
Edgard Varèse e Heitor Villa-Lobos
Edgard Varèse (1883-1965)
Ionisation (1931)
para 13 percussionistas
Ensemble InterContemporain
Direção: Pierre Boulez
http://www.youtube.com/watch?v=OMYvFfpfG5w
MODERNISMO MEXICANO
O “SONIDO 13”
Já por volta de 1900, Julián Carrilo pesquisava
sonoridades em seu violino e passou a realizar divisões
da oitava em intervalos menores do que o semitom, o
que fazia com que a escala ultrapassasse os 12 sons
tradicionais da música europeia. Criou, assim, um
sistema microtonal a que chamou de Som 13.
Construiu diferentes tipos de piano, com divisão da
oitava em 16, 32 e 64 notas. Carrillo chamava este tipo
de instrumento de “piano metamorfose”.
Chegou a ser indicado ao Prêmio Nobel por sua
descoberta, que era embasada em relações físicas
entre os sons, e não apenas matemáticas.
A POLÊMICA DO “SONIDO 13”
Um grupo mexicano de opositores, “Grupo 9”, formado
por sete músicos, um físico e um advogado, protestou
contra as teorias de Carrillo. Eles argumentavam ser
impossível perceber tantas diferenças entre as notas e
que, no máximo, isso soaria como música desafinada.
Um grupo de discípulos e simpatizantes de Carrillo
fundou o “Grupo 13”.
Teve início uma controvérsia que se propagou nas
escolas de música, universidades, revistas, jornais e
até em programas de rádio mexicanos.
O Grupo 13 existe ainda hoje, com embaixadores
internacionais que se empenham em divulgar a música
microtonal.
Julián Carrillo (1875-1965)
Prelúdio a Colón (1925)
para voz, flauta,
quarteto de cordas e
violão microtonal
http://www.youtube.com/watch?v=WGXhynluliA
Manuel Maria Ponce, o criador da
Moderna Canção Mexicana
I. Allegro moderato
II. Andante
III. Allegro moderato e festivo
Orquesta Sinfónica de la
Juventud Venezolana Simón Bolívar
Regente: Gustavo Dudamel
http://www.youtube.com/watch?v=IZO2VkKKR7o
XOCHIPILLI
Uma música asteca imaginária de Carlos Chávez
Menino Sentado
1901
Borisov-Musatov, 1898
Borisov-Musatov
Mulher na Cadeira de
Balanço
1897
Borisov-Musatov, Piscina, 1902
Borisov-Musatov, Mulher em Verde, 1901
Borisov-Musatov, Mulher sob o Sol, 1897
Borisov-
Musatov
Cores da
Tarde
1897
Borisov-
Musatov
Menino com
Cachorro
1899-1902
1896: nascido em Moscou, muda-se para Munique
Retrato de
Gabrielle
Münter
1910
Wassily Kandinsky
Cavaleiro
Azul
1903
Wassily
Kandinsky
1906
Wassily
Kandinsky
Munique
1908
Vassily Kandinsky, Oriental, 1909
Vassily Kandinsky, Vista de Murnau, 1908
Vassily Kandinsky, Grupo em Crinolina, 1909
Vassily Kandinsky, Paisagem de Inverno, 1909
Vassily
Kandinsky
Montanha Azul
1908-09
Wassily Kandinsky
Estudo p/ improviso V
1910
Vassily Kandinsky, Esboço para Composição II, 1909-10
Vassily Kandinsky
Improvisação no 30
1913
Wassily
Kandinsky
Nu
1911
1917-1932: período da construção e
constante reformulação do Instituto das
Artes Visuais Proletárias de Leningrado.
Gerassimov, Retrato de Stalin, 1939
1932: lançamento do decreto “Sobre a
reconstrução das Organizações Literárias e
Artísticas” de Stalin que põe fim à Era da
Arte Pós-Revolucionária e dá início à Era da
Arte Soviética, seguindo os parâmetros
ditados no decreto:
Retira-se a ênfase da arte no “homem
pequeno”, “comum”, pertencente às
“massas anônimas de trabalhadores” para
exaltação obrigatória do operário heroico e
revolucionário. A arte deveria expressar um
sentido unívoco e claro de “glorificação dos
líderes soviéticos”, sobretudo de Stálin, do
“operário herói” e exaltar a permanente
necessidade de sustentação da Revolução.
Social Realismo
Cartaz albanês
Exigem da arte que ela seja compreensível e
nunca se sujeitam a adaptar seu próprio
espírito à compreensão: mesmo os socialistas
mais cultos tomaram esse caminho e exigiram
da arte aquilo que um comerciante exige de um
pintor de letreiros, que represente de maneira
compreensível as mercadorias que tem em sua
loja.
Malevitch (1920)
Sempre invejei os camponeses que vivam em plena
liberdade, no seio da natureza, que levavam os
cavalos a pastar e dormiam ao relento, pastoreavam
grandes rebanhos de porcos, que traziam à noite,
montados neles, agarrados a suas orelhas...
À esquerda:
Figurino de Locomotiva para o balé
mecânico Anihccam del 3000 (1923)
Umberto Boccioni
Formas Singulares de
Continuitade no Espaço
1913
Umberto Boccioni
Formas Singulares de
Continuitade no Espaço
1913
Umberto Boccioni
s/ título
1913
Marcel Duchamp
Nu Descendo a
Escada
1912
Marcel Duchamp
Moedor de
Chocolate
1914
Marcel Duchamp
Roda de Bicleta
1913
Marcel Duchamp
Porta-garrafas
1913
Marcel Duchamp
Fonte
1917
Marcel Duchamp
Grande Vidro
1915-23
Marcel Duchamp. Nove Moldes Mâlic. 1914-15.
Óleo, fio de chumbo, chapa de chumbo sobre vidro (duas lâminas de vidro). 64 x 102 cm.
Coleção particular
Cartaz da
1ª Feira Internacional Dada
Galeria Buchard, 1920,
fechada sob intervenção da polícia.
Breton com cartaz de
Picabia no
1º FESTIVAL DADA
(Paris, 1920)
1º Festival Dada na Salle Gaveau, 1920
“A limpeza é o luxo
dos pobres. Fique
sujo!”
“Corte o nariz
quando cortar o
cabelo!!”
“Distribuição de
anáguas
a 5,85 francos!”
Igreja
St. Julien le Pauvre
Paris
DADA-PARIS
(1917-1924)
AS MAMAS DE TIRÉSIAS (1917)
PARADE (1917)
1ª VISITA DADA (1920)
RÊLACHE (1924)
As Mamas de Tirésias (Rodney Milnes-OPERA May 2005)
Painel pintado por Picasso para o Balé Parade
Cena de Ballet, Le Train Bleu, de Jean Cocteau, 1924
Ballet
Le Train Bleu
de Jean Cocteau
(1924)
Cena de
Ballet
Le Train Bleu
de Jean Cocteau
(1924)
Empresário Americano
Traje de Picasso para o Balé Parade, 1917
Picabia em
ENTRE-ACTE
Filme para o espetáculo
Relâche
(1924)
Direção: René Clair
Música Eric Satie
Roteiro: Picabia
Filme Entre-Acte:
http://www.youtube.com/watch?v=PwFKl
4Y6lJE&feature=related
Cenário de Entre’Acte, desenhado por Picabia
“Para o inferno com os roteiros e toda a
literatura! Relâche é um monte de chutes em
um monte de traseiros, consagrados ou não.
O ator, o bailarino, o acrobata, a tela, o palco,
o filme... Todos esses meios de apresentar
uma performance são integrados e
organizados para se obter um efeito total.”
1928
Magritte, Ceci n’est pas une pipe
Renné Magritte, O Palácio das Cortinas, 1929
Renné Magritte, Máscara Vazia, 1929
Jean Arp
Automatic
Drawing
André Masson
Automatic
Drawing
1924
André Masson
Automatic
Drawing
1924
Que Venha a Moda, Abaixo a Arte, ironicamente
inverte o dito latim, “Que venha a arte, abaixo a
moda", anunciando, assim, o fim da arte tradicional.
Aqui, o mundo racional da ciência e da indústria são
satirizados: as gravuras exibem uma técnica de
desenho esquemático, equações de absurdos,
ineficazes instrumentos de medição e um sistema
disfuncional de chumbos e pesos.
Max Ernst
Let There be Fashion,
Down with Art
(litografia)
1919
Max Ernst
Let There Be Fashion,
Down with Art
II
(litografia)
1919
Max Ernst
Let There Be Fashion,
Down with Art
II
(litografia)
1919
Max Ernst
Let There Be Fashion,
Down with Art
III
(litografia)
1919
Max Ernst
Let There Be Fashion,
Down with Art
III
(litografia)
1919
Max Ernst
Let There Be Fashion,
Down with Art
IV
(litografia)
1919
Max Ernst
Let There Be Fashion,
Down with Art
IV
(litografia)
1919
Franz Picabia
Ceci, C’est ici Stieglitz,
Foi et Amour
1915
Francis Picabia criou “Aqui, aqui está Stieglitz,
Loucura e Amor” em 1915, ano em que se
mudou de Paris para Nova York. Em Nova
York, o pintor conheceu o fotógrafo norte-
americano Alfred Stieglitz, que viria a
organizar uma exposição de obras de Picabia,
em sua lendária galeria “291” e colaboraria
com ele na publicação Dada “391”, na qual o
trabalho apareceu pela primeira vez.
Neste retrato, Picabia claramente faz
referência às obras maquinistas de Duchamp,
bem como à sua sagacidade irônica. O
trabalho é parte de uma série de retratos nos
quais os amigos do artista são representados
como máquinas. Aqui, Stieglitz aparece como
uma câmera de fole quebrada e conectada a
um freio de automóvel
É importante ressaltar que esta série de
retratos de máquinas não celebra a apologia à
cultura hiper-mecanizada, do início do século
20.
Imagens O imaginário maquinista é usado por
Picabia com intuito de simbolizar o espírito do
homem moderno.
Sua obra não é um simples comentário sobre
o fascínio frenético com que a cultura
moderna vê a máquina, mas sim uma
demonstração de como esses símbolos
podem articular valores aparentemente
opostos presentes na sensibilidade de um
indivíduo.
Picabia escreveu a palavra "Ideal", com uma
caligrafia antiquada, delicada e detalhada, que
efetivamente contrasta com a moderna
máquina elegante e sobre a qual a palavra
repousa. A palavra alude ao idealismo do
próprio Stieglitz, que julgava ter falhado ao
tentar mobilizar os norte-americanos para a
sensibilidade fotográfica e artísticas
modernistas.
Franz Picabia
Uma pintura muito
rara sobre a Terra
1915
DADA BERLIM:
KUNST IST
SCHEISSE!
Kurt Schwitters
Kurt Schwitters
Merzbau
(reconstrução
Museu de Hanover)
Kurt Schwitters.
Merzbau
Hannover, 1923-36
Destruída
NOVA OBJETIVIDADE
Anchored Cros
1933
Antoine Pevsner
Estrutura concreta
Antoine Pevsner
Estrutura concreta
Antoine Pevsner
Construção: superfície em
Desenvolvimento
1938
Antoine Pevsner
Estrutura concreta
Max Bill
Construção com cubo e
dentro de cubo
1945
Max Bill
Cadeira trípede
1948
Max Bill
Lâmpada
1948
Max Bill
Lâmpada
1948
Max Bill
Relógio de
parede
1951
Max Bill
Unidade
tripartida
1948-49
Max Bill
Unidade
tripartida
1949
Bonnard, Indolência, 1899
“Cobri as paredes de
meu quarto com esse
imaginário naïve e
dissonante. Gauguin,
Sérusier falam do
passado. Mas isso que
tinha diante de meus
olhos era algo
realmente vivo”.
Bonnard, 1890
Picasso
Vivre Avec Picasso, Françoise Gilot e C. Lake. 4-6.
Bonnard, Café 'Au Petit Poucet'. 1928
Bonnard
Ateliê com
Mimosa
“Compreendi que a
cor podia exprimir
todas as coisas [...]
A luz, as formas e a
personalidade das
coisas, tudo era
possível de ser
traduzido apenas
com a cor”.
Bonnard
Nu em Frente ao Espelho, 1931
Bonnard, A Janela
Bonnard, The Terrace at Vernonnet, 1939
Pierre Bonnard, Vista Panorâmica de Cannet, 1941
Bonnard
A Janela Aberta
Até os anos de 1960 e 70, a modernidade era definida
pela severidade da pintura, sua pureza laboriosa, sua
‘sinceridade’ – como negação da ilusão. O culto da
planaridade formulado por Greenberg integrou grande
parte da crítica modernista, assim como a recusa da
subjetividade. Somente ao final dos anos ’70, a
recuperação do espaço e do ‘eu’ reencontrados na
pintura de Bonnard recuperou, para toda uma geração de
pintores, uma perspectiva de renovação e continuidade
da linguagem pictórica.
NA EUROPA
VERTENTES
LÍRICO-EXPRESSIVAS
NOVOS CAMINHOS
• Prosa musical
• Emancipação da dissonância
ERWARTUNG (1909)
Principais contribuições:
•Teatro Experimental
•Estranhamento (a partir de
Viktor Chklovski)
•Novo Teatro Épico (a partir
de Mei Lan-Fang)
Eles Vieram
O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele nada sabe do custo de vida.
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.
Não sabe, o imbecil, que,
da sua ignorância política,
Nasce a prostituta, o menor abandonado
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.
ASCENÇÃO E QUEDA DA CIDADE DE MAHAGONNY
Alexander Nevsky
Cantata a partir da trilha
do filme de Sergei Eisenstein
Orquestra Sinfônica e
Coro de Daegu (Coreia)
http://www.youtube.com/watch?v=0_Du9TXBVlM&feature=re
sults_main&playnext=1&list=PL844C632E598C03A8
NEOCLASSICISMO
CLÁSSICO ROMÂNTICO
Mediterrâneo Nórdico
Relações harmoniosas Relações angustiadas
Universal Particular
Mímēsis Poíēsis
Dualidade: modelo/cópia Monismo: fazer artístico
Princípios teóricos Intencionalidade
Objetividade Subjetividade
Realidade como ela é Idealização da realidade
Ética (ação prática) Estética (contemplação)
Forma (arquitetura) Expressão
Referência no cotidiano Referência na psique
Visão do passado Visão do futuro
NEOCLASSICISMO MUSICAL
(Período entre guerras)
• Choral (Coro)
• Prélude du rideau ruge (Prelúdio da curtina
vermelha)
• Prestidigitateur chinois (Ilusionista chinês)
• La petite fille américaine (A menina americana)
• Ragtime du paquebot (Ragtime do barco de
passeio)
• Acrobates (Acrobatas)
• Final
Pablo Picasso: Retrato de Erik Satie
Erik Satie (1866-1925)
Parade (1917)
Ballet em colaboração com
Jean Cocteau
Pablo Picasso
Léonide Massine
Sergei Diaghlev
http://www.youtube.com/watch?v=8wHeR2VFFFs
Pablo Picasso: Retrato de Igor Stravinsky
PULCINELLA
Ballet avec chanson elaborado a partir de elementos
da cultura italiana do início do século 18, com base
em personagens da Commedia dell’Arte e música
atribuída, na época, a Giovanni Battista Pergolesi.
Personagens:
• Pulcinella e sua amada Pimpinella
• Dois amigos de Pulcinella: Florindo e Cloviello
• Suas amadas: Prudenza e Rosetta
• O Médico e sua esposa
• Furbo, O Feiticeiro
SINOPSE
A peça inicia quando Florindo e seu amigo Cloviello
cantam para agradar suas amadas Prudenza e
Rosetta. Entretanto, elas não demonstram interesse e
jogam água em seus pretendentes.
Em seguida, aparece o Médico, pai de Prudenza, que
afugenta os pretendentes.
Na cena seguinte aparece Rosetta dançando para
Pulcinella. Aop final da dança, eles se beijam.
Ao ver o beijo, Pimpinella os interrompe.
Chegam os jovens pretendentes, que veem a cena do
beijo e espancam Pulcinella, ferindo-o mortalmente
com uma faca.
Na cena seguinte, chega Furbo, o feiticeiro, que
ressuscita Pulcinella na frente de todos, fazendo com
que Pimpinella perdoe seu amado pelo beijo roubado
de outra jovem.
Na verdade, toda esta cena não passa de uma farsa
para fazer com que Pimpinella perdoe Pulcinella e seus
amigos conquistem os corações de suas amadas.
Ao final, todos os jovens alcançam seus intentos,
conquistam o amor das moças e a peça termina com a
festa de casamento dos três casais.
Igor Stravinsky (1882-1971)
Pulcinella (1919-20)
em colaboração com
Léonide Massine
Pablo Picasso
Sergei Diaghlev
Filosofia
(detalhe do painel
para Universidade
de Viena,
destruído em
1945)
Gustav Klimt
Medicina
(detalhe do painel
para Universidade
de Viena,
destruído em
1945)
Gustav Klimt
Painel Stoclet
(detalhe)
(1909-11)
Poster para
divulgação da
1ª Exposição
da
Secessão
Vienense
1902
Gustav Klimt
Depois da Chuva
(Jardim e Galinhas em Santa Agatha)
1899
Gustav Klimt
Nuda Veritas
1899
Judith
1901
Wassenschlanger I
1904
Gustav Klimt
Esperança I
1903
(Óleo, ouro e platina
sobre tela,
110.5 x 110.5 cm)
Gustav Klimt
Margaret
Stonborough-
Wittgenstein
1905
Fritza Riedler
1906
Danae
1907
Gustav Klimt
Jardim com
Girassóis
1906
(Óleo sobre tela,
110 x 110 cm)
Gustav Klimt
1905
Gustav Klimt
O Parque
1910
(Óleo sobre tela,
110.4 x 110.4 cm)
Gustav Klimt
Alameda no Parque
1912
(Óleo sobre tela,
110 x 110 cm)
Gustav Klimt
O Beijo
1907-08
Gustav Klimt
Adão e Eva
1917-18
(Óleo sobre tela,
173 x 60 cm)
Gustav Klimt
Bebê (Berço)
1917-18
Schiele em 1915
• 1906: frequenta a Academia de Pintura, em Viena
• 1907: conhece Klimt, que, entusiasmado com o jovem
artista, passa a incentivá-lo e a orientá-lo, apresentando-o a
mecenas que poderiam vir a comprar suas obras (o próprio
Klimt adquire desenhos de Schiele)
• 1908: abandona a Academia e funda o Grupo Nova Arte
• 1912: Schiele e a esposa se mudam para Neulengbach,
vizinha a Viena, onde seu atelier se torna ponto de encontro
de jovens e crianças delinquentes. Schiele é preso por
seduzir uma menor e a polícia recolhe trabalhos
considerados pornográficos.
GRUPO NOVA ARTE:
Nome dado a um grupo de artistas austríacos,
formado em Viena, em 1909. O grupo expôs na
Pisko Gustav Galerie, Viena, em dezembro de 1909,
apresentando-se como os “Artistas Novos”.
O nome do grupo pode ter sido resaultado da
influência da publicação do livro de Ludwig Hevesi,
Nova Arte-Velha Arte (Viena, 1909), debatendo as
nascentes tendências modernas da arte da europa
ocidental.
Fundador do grupo, Egon Schiele foi autor
de um manifesto sem título (publicado em
“Die Aktion”, 1914) que exigia a
independência completa do artista da
tradição e exaltando a criatividade indivdiual
e subjetiva como absoluta.
Anton Faistauer
Jovem com Cigarro
(Pintor Heinrich de
Arnoldi)
Franz Wiegele, Retrato de Família,
Egon Schiele
Mãe III
1915-17
Egon Schiele, Quatro Árvores, 1917
Egon Schiele, A Moça e a Morte, 1915
Egon Schiele
Duas Meninas
1911
Egon Schiele
Femme Assise à la Jambe Repliée
1917
Egon Schiele, Fachada com Janelas, 1914
Egon Schiele
1918
Egon Schiele, Femme Couchée, 1917
Egon Schiele, Casal de Amantes, 1917
Egon Schiele
Auto-retrato
1910
Egon Schiele
Auto-retrato
Egon Schiele, Casal
Egon Schiele
Retrato de Arnold Schoenberg
Egon Schiele
Auto-retrato
Egon Schiele, Mulher Deitada
Egon Schiele
Cartaz para a
49ª Exposição
da Secessão
de Viena
1918
Egon Schiele, Janelas
Egon Schiele
Cidade
Martha Fein, Egon Schiele em seu leito de morte, 1918
Desajustado em relação ao modelo de arte
da Escola de Belas Artes de Viena, onde
chegou a estudar, e também da Secessão
Vienense, Gerstl vai buscar orientação do
pintor húngaro Simon Hollósy, que mantinha
um ateliê aberto a estudantes de todas as
tendências.
Simon Hollósy (1857-1918)
Autorretrato
1916
Afastado de outros pintores, Gertstl demonstrava
especial encanto pela música, preferindo os
concertos às exposições. Em 1907, torna-se
amigo de Schoenberg, a quem acredita-se ter
ensinado pintura.
NO LESTE EUROPEU
ANTECEDENTES
DA MÚSICA MICROTONAL
Rime, Sonetto CLXXXVIII de Francesco Petrarca
Laura, che 'l verde lauro e l'aureo
crine
soavemente sospirando move,
Fa con sue viste leggiadrette e nove
L'anime da lor corpi pellegrine.
Candida rosa nata in dure spine!
Quando fia chi sua pari al mondo trove?
Gloria di nostra etate! O vivo Giove,
Manda,
prego, il mio in prima chel suo fine;
Sì chio non veggia il gran pubblico danno,
El mondo rimaner senza'l suo sole,
Nè gli occhi miei, che luce altra non ànno;
Nè l'alma, che pensar d'altro non vole,
Nè l'orecchie, ch'udir altro non sanno,
Senza l'oneste sue dolci parole.
Nicola Vicentino (1511-1576)
Laura, che 'l verde lauro
(madrigal)
NA EUROPA ORIENTAL
COMPOSITORES E TEÓRICOS
DA MÚSICA MICROTONAL
NO LESTE EUROPEU
http://www.youtube.com/watch?v=s7vZURdhucM
Matka, Alois Hába
http://www.youtube.com/watch?v=WCvSkmIMRMY
OEDIPE, George Enescu
Tragédia lírica em quatro atos e seis cenas, com libreto
de Edmond Fleg sobre a história completa de Édipo, rei
de Tebas.
Ato I
Nasce o filho de Laio e Jocasta e todos em Tebas
festejam o novo príncipe.
Em meio às comemorações, Tirésias, o profeta cego,
lança um vaticínio: o rei desobedeceu a ordem dos
deuses de não ter descendentes. Por isso, haverá uma
punição; o príncipe matará seu pai e desposará a mãe.
Ao ouvir isso, Laio ordena que um pastor leve o filho à
floresta e o abandone à morte.
Ato II, Cena 1
Vinte anos depois. O menino sobreviveu, chama-se
Édipo e vive como filho dos governantes de Corinto,
Pólibo e Mérope. Édipo tem uma visão sinistra no
oráculo de Delfos: pressente que irá matar seu pai e
desposar a mãe. Resolve deixar Corinto.
Cena 2
Édipo encontra-se em uma encruzilhada, sem saber
que rumo tomar: direita ou esquerda? Então vem uma
comitiva em sua direção. Ordenam que ele se afaste.
Édipo insulta os viajantes, inicia-se uma batalha e ele
mata seus adversários, dentre os quais está Laio, seu
pai biológico.
Cena 3
Escolhendo um dos caminhos, Édipo
chega à cidade de Tebas, onde encontra
a Esfinge e decifra seu enigma: Qual
criatura tem quatro pés de manhã, duas
ao meio-dia e à tarde, três? Reposta: O
Homem, pois engatinha quando bebê,
anda quando adulto e usa bengala
quando velho.
Édipo liberta Tebas da maldição da
Esfinge, é coroado rei e convidado a
desposar a rainha, que está viúva.
Ninguém sabe, mas Jocasta é sua mãe.
Assim, cumpre-se o vaticínio de Tirésias.
Ato III, Cena única
Passaram-se outros vinte anos em que Tebas viveu em
prosperidade sob o reinado de Édipo. Entretanto,
sobrevém uma praga. Creonte, irmão de Jocasta,
consulta o oráculo de Delfos, e vem com a notícia: a
praga somente terminará quando o assassino de Laio
for punido.
Aparecem Tirésias e o velho pastor. Ao ser acusado por
Édipo de tramar com Creonte, Tirésias começa a contar
sua versão da história, o que é confirmado pelo pastor.
Chega um mensageiro de Corinto e informa que Pólibo
e Mérope são pais adotivos de Édipo. Ele, então,
entende tudo. Horrorizada, Jocasta se suicida e Édipo
fura os próprios olhos. Édipo é condenado ao exílio e
Creonte assume o trono.
Ato IV, Cena única
Antígona, filha predileta de Édipo, o acompanha em sua
peregrinação.
Após anos, chegam a Colono, região de bosques
floridos, comandada por Teseu, nas proximidades de
Atenas. Maravilhado com tanta beleza, Édipo diz à filha
que irá morrer ali, em paz.
Aparece Creonte e conta que há uma revolta em Tebas
e querem Édipo de volta ao trono. Ao ouvir a recusa de
Édipo, Creonte sequestra Antígona. Teseu e os
atenienses libertam Antígona, mandam Creonte de volta
a Tebas e convidam Édipo a permanecer em sua
cidade. Entretanto, Édipo despede-se de todos,
inclusive da filha, para instalar-se no lugar que será seu
leito de morte.
George Enescu (1881-1955)
OEdipe, Op. 23 (1931)
Tragédia lírica em quatro atos e seis cenas
Libreto de Edmond Fleg