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ESCOLA DE ARTES,
DEPARTAMENTO DE MÚSICA,
MESTRADO EM ENSINO DE MÚSICA
A Motivação
Alunos:
42268 Daniel Safara
Ex 15501 Hugo Ribeiro
42268 Daniel Safara
Ex 15501 Hugo Alexandre Melo Ribeiro
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Índice
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 9
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................................... 10
VANTAGENS E DESVANTAGENS
A autoeficácia pode ser definida, como o tipo de avaliação que as pessoas constroem em
relação ás suas capacidades, de modo a conseguir atingir os objetivos propostos de uma dada tarefa.
As expectativas criadas para o cumprimento de uma atividade, tendem a exercer uma grande
influência no comportamento mais do que no resultado em si. (bom ou mau)
Assim podemos aferir que, quando um aluno revela expectativas positivas em relação ás
aprendizagens, irá sentir-se mais motivado para realizar as tarefas propostas demonstrando mais
empenho e interesse, independentemente de habitualmente ter bom ou mau resultado na
aprendizagem. Contudo se um aluno tiver expectativas negativas, o seu comportamento será de menor
empenho e interesse na realização das tarefas, logo a sua motivação será muito baixa ou mesmo nula.
Em suma há que distinguir dois pontos muito importantes nesta teoria, os resultados das
aprendizagens e as expectativas das aprendizagens.
Para além destes dois pontos, distinguimos também a autoeficácia e a competência global, isto
é, a primeira é a avaliação que se faz sempre em função de um objetivo, quer tenha sido definido pelo
próprio, pelo professor ou pela interação com outras pessoas. O segundo refere-se a uma auto
perceção global de capacidades numa atividade específica.
Conceito de Autoeficácia referente a um campo específico
1. Sou capaz de tocar bem o estudo
2. Acho que não consigo tocar o estudo na velocidade pedida
3. Acho que consigo fazer boa figura na apresentação pública do estudo
4. Acho que há um ritmo que não vou conseguir tocar bem
5. Acho que não consigo fazer com que este aluno fique descontraído na aula
No primeiro exemplo, podemos considerar que o aluno tem uma competência global positiva e
uma autoeficácia negativa. No segundo exemplo o aluno apresenta-nos uma competência global
negativa, mas uma autoeficácia positiva. Assim o nosso conceito de autoeficácia afeta diretamente a
qualidade da nossa aprendizagem assim como a nossa performance. Na prática de uma aula de
instrumento que implicações poderão ter todos estes conceitos?
Na aprendizagem quando um aluno não se sente confortável com determinados conteúdos ou
movimentos técnicos que tenham que desenvolver, os níveis de ansiedade aumentam, podendo
mesmo projetar cenários negativos para o futuro. Quando um aluno se sente confiante com
determinados tipos de conteúdos ou movimentos técnicos é mais empenhado, aprecia as dificuldades
e os desafios que vão surgindo.
Na performance ou numa apresentação ao público, quando um aluno não se sente confiante com
uma determinada passagem, que seja difícil para ele na peça musical que está a executar, os níveis de
ansiedade aumentam antes e durante essa parte da música. Este comportamento aumenta a
probabilidade de falha dessa mesma passagem. No entanto quando o aluno sente que tem a música
que irá executar toda dominada, poderá se concentrar mais nessa passagem e apreciar o desafio e a
dificuldade que essa parte da peça apresenta.
Temos tendência a esforçarmo-nos e a persistir, mesmo quando surgem muitas dificuldades,
quando os nossos níveis de autoeficácia são elevados. Por outro lado, quando os nossos níveis de
autoeficácia são muito baixos existe a tendência de duvidar sobre as nossas capacidades e de desistir
das tarefas muito facilmente quando surgem dificuldades.
Schunk (1982-1991) em diversos estudos realizados, indica-nos que os níveis de autoeficácia
apresentados pelos alunos (independentemente dos seus níveis de aptidão) podem determinar com
CONCLUSÃO
Em síntese, o grande objetivo da educação é promover com que todos os alunos consigam ter uma
oportunidade para ter sucesso e consigam progredir nas aprendizagens. O espaço escola deve
proporcionar que todos os estudantes tenham acesso a diversas ferramentas e que possam atingir esses
objetivos. Para além deste propósito deve exercer uma dupla função, isto é, proporcionar que todos
os alunos desenvolvam as suas reais competências, como também fazer despoletar neles as crenças
que de fato as possuem, conferindo motivação para as aprendizagens.
No caso concreto que é a disciplina de instrumento, embora que a motivação possa ser de cariz
mais intrínseco, isto porque, maioritariamente é uma atividade que satisfaz interesses individuais, ou
seja, satisfação por “amor á música” preenchendo as necessidades emocionais e o prazer que se
procura quando se faz música. A motivação para a realização de uma determinada atividade atinge o
seu auge quando elevados níveis de autoeficácia são combinados com a responsabilidade de trabalhar
nessas tarefas de forma que a mesma possa ser concretizada com qualidade, como também quando o
valor pessoal é dado a essa atividade é elevado.
Em suma, o processo reflexivo entre professores e alunos, assim como a escolha adequada das
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diversas ferramentas pedagógicas que promovam essa mesma autoeficácia nos alunos, pode favorecer
e fomentar níveis motivacionais altos contribuindo assim para uma aprendizagem mais eficaz
melhorando a sua performance.
Bibliografia
Bandura, A. (1986). Social foundations of thought and action: A social cognitive theory . Englewood
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Bandura, A. (1997). Self-efficacy: The exercice of control. New York : New York Academy press
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Mcpherson, G. E. & Thompson, W. F. (1998). Assessing music performances: Issues and influences.
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Pinto, J & Santos, L. (2006). A avaliação numa perspectiva formativa. In J. Pinto & L. Santos (Eds.),
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Shunk, D. (1989). Self-efficacy and cognitive skill learning. New York: New York academic Press,
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