A história da literatura brasileira tem início em 1500 com a chegada dos portugueses no Brasil. Isso porque as
sociedades que aqui estavam eram ágrafas, ou seja, não possuíam uma representação escrita.
Assim, a produção literária começa quando os portugueses escrevem sobre suas impressões da terra encontrada e dos
povos que aqui viviam.
Ainda que sejam diários e documentos históricos, esses representam, as primeiras manifestações escritas em território
brasileiro.
Divisão da Literatura Brasileira
A literatura brasileira é subdividida em duas grandes eras que acompanham a evolução política e econômica do País.
A Era Colonial e a Era Nacional são separadas por um período de transição que corresponde à emancipação política do Brasil.
As datas que delimitam fim e início de cada era são, na verdade, marcos onde acentua-se um período de ascensão e outro de
decadência. As eras são divididas em escolas literárias, também chamadas de estilos de época.
Era Colonial
A Era colonial da literatura brasileira começou em 1500 e vai até 1808. É dividida em Quinhentismo, Seiscentismo ou Barroco
e o Setecentismo ou Arcadismo. Recebe esse nome pois nesse período o Brasil era colônia de Portugal.
A Literatura Informativa
Como ela desempenhou seu papel no Brasil
A literatura informativa surgiu no Brasil no século XVI, mais precisamente no ano de 1500 com o descobrimento do
país por Portugal. Nesta época o continente europeu vivia em pleno Renascimento cultural e o gênero foi resultado das
Grandes Navegações que tiveram o objetivo de descobrir novas rotas comerciais em direção às Índias. Este tipo de literatura
possui caráter informativo, preocupando-se em descrever claramente a nova terra, sua fauna e flora, riquezas, habitantes e seus
costumes.
Temos como pioneiro da literatura informativa, também bastante conhecida como Quinhentismo Brasileiro, o viajante
Pero Vaz de Caminha. Com o descobrimento do Brasil no ano de 1500 os viajantes das Grandes Navegações acabaram por se
deparar com uma terra completamente distinta à que conheciam, com fauna e flora exuberante, inúmeras riquezas inexploradas
além de abrigar um povo estranho, com costumes e religião ainda desconhecida pelos europeus. Portugal, inclusive toda a
Europa, vivia imersa num capitalismo a todo vapor, preocupada com suas riquezas e desenvolvimento econômico, bem
diferente do Brasil no momento de seu descobrimento.
A ânsia por informações da nova terra era considerável, então Caminha redigiu em 1º de Maio daquele ano a Carta do
Achamento, onde, pela primeira vez, leva a Portugal os dados e peculiaridades do nosso país. A carta exaltava as qualidades da
terra, sua fauna e flora rica em diferentes espécies de plantas e animais exóticos, os estranhos costumes da população nativa e
suas riquezas. Confira um trecho desta carta onde ele faz menção à beleza das índias em relação às europeias e a forma como
se portavam naturalmente despidas.
“E uma daquelas moças era toda tinta, de fundo a cima, daquela tintura, a qual, certo, era tão bem feita e tão redonda e sua
vergonha, que ela não tinha, tão graciosa, que a muitas mulheres de nossa terra, vendo-lhes tais feições, fizera vergonha, por
não terem a sua como ela. (…)”.
Características da Literatura Informativa
Estilo descritivo, com intenção de suprir as necessidades dos europeus que se encontravam além-mar.
Louvor e exaltação extrema a terra recém-descoberta.
Destaque para as belezas naturais e riquezas presentes na terra.
Por ser de estilo estritamente descritivo, o quinhentismo, ou literatura informativa, não foi, por muitos, considerada como
literatura propriamente dita, contudo é um gênero literário que foi de extrema importância para o desenvolvimento inicial de
nosso país e que enriqueceu a sua cultura. Após este tipo de literatura de descrição e informação o Brasil viu-se invadido por
outro tipo de literatura, a dos Jesuítas que tinha como objetivo principal expandir o cristianismo.
https://escolakids.uol.com.br/historia/jesuitas-no-brasil-colonia.htm
https://www.todamateria.com.br/literatura-de-catequese/