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RESUMO

Nos subcapítulos iniciais, é apresentada uma abordagem generalizada sobre princípio da


racionalidade económica, explicando-se as suas características, os conceitos da
rentabilidade e da economicidade trazendo uma abordagem clara e objetiva sobre os
mesmos. Também é apresentada uma distinção de outras figuras afins, sendo mais adiante
apresentada uma abordagem similar sobre a taxa de retorno. A parte final do presente
trabalho apresenta a abordagem sobre o risco versus retorno com maior destaque aos
raciocínios do economista Sousa, e a terminar a conclusão do trabalho.

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Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho foi aplicado a revisão bibliográfica, foi consultado
em diversos autores que abordam sobre o tema em causa.

Outro método foi a pesquisa na internet, onde vários conteúdos foram apresentados e
coube fazer a seleção do conteúdo importante a realização do trabalho.

O trabalho é uma União de diversas fontes, conteúdos resumidos de uma forma


sintetizada, clara e perceptual.

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DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro que o presente trabalho é resultado da pesquisa efetuada por mim, em diversas
fontes bibliográficas, O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto, e na bibliografia final.

Nampula, aos 25 de Abril de 2019


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(Muhita Tito José)

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho subordina-se ao tema Princípio da Racionalidade Económica, um


tema amplo que vai desde os conceitos e aos de mais subtítulos abordados no trabalho.

Em definição racionalidade económica “Trata-se da obtenção do melhor resultado


estratégico possível de uma determinada alocação de recursos financeiros, econômicos
e ou patrimoniais em um dado cenário socioeconômico” SILVA, (1988:10)

Importa realçar que é em grande parte condicionada pela inexistência de recursos ou


meios, as quais podem ter um impacto significativo no que concerne a vida dos cidadãos
ou empresas que estão estabelecidas ou criadas em volta da economia ou do território
“aduaneiro”, e a contratação para os cofres públicos, como a qualidade dos materiais
adquiridos ou dos serviços prestados para a administração pública podem sofrer
alterações significativas, visto que com a escassez dos recursos, a um certo
condicionalismo para obtenção desses bens para a satisfação publica ou mesmo privada.
E neste âmbito da escassez surge a necessidade do estudo da rentabilidade dos esforços e
recursos despendia-dos numa certa economia ou mesmo em aquisições de bens e serviços.

Importa salientar que estes princípios e outros exigem a honestidade, lealdade, boa-fé de
conduta no exercício da função administrativa, ou seja, a atuação não corrupta dos
gestores públicos, ao tratar com a coisa de titularidade do Estado. Esta norma estabelece
a obrigatoriedade de observância a padrões éticos de conduta, para que se assegure o
exercício da função pública de forma a atender as necessidades coletivas.

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Princípio da Racionalidade Económica

Carvalho (2015, p. 68) define princípio da racionalidade Económica como sendo “ A


disposição de bens escassos e suscetíveis de diversas utilizações alternativas, que as
pessoas vão aplica-los na satisfação das suas múltiplas necessidades de modo a
conseguirem a máxima satisfação”.

Com a definição apresentada pelo autor constata-se que a racionalidade económica


traduz-se, por um lado, na máxima realização e, por outro, na economia de meios, ou seja,
pressupõe-se que cada individuo escolhe sempre o que considera ser a melhor opção
disponível, ou seja, aquela que permite a máxima satisfação com o mínimo esforço.

Características da Racionalidade Económica

O autor Carvalho(2015, p. 68), também traz-nos uma abordagem sobre as características


do principio da rentabilidade Economia, que são:

MENOR PREÇO

O menor preço tem como critério de seleção a proposta mais vantajosa para a
administração, neste sentido, a de menor valor, é obrigatório. Em virtude disso, muitas
das vezes tende a não atingir seu objetivo final, ou seja, ter os melhores produtos com o
menor preço, já que o critério de julgamento é efetivamente objetivo, devendo o
estado(numa economia em que o estado é o detentor do poder) escolher a proposta que
oferece o menor preço possível, levando em conta as exigências do mercado

EXEQUIBILIDADE

Da busca pela oferta do menor preço, a empresa ou o estado entra num campo competitivo
que, por vezes, ultrapassa o limite da exequibilidade da proposta. Esse tema é bastante
polêmico, pois não há caráter objetivo no julgamento da exequibilidade da proposta
ofertada.

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Rentabilidade

RIBEIRO(1997:258) define à rentabilidade como sendo um ganho obtido sobre o capital


investido, ou seja, é um indicador percentual de remuneração do capital investido na
empresa. A rentabilidade esperada para micro e pequenas empresas e sobre investimento.

Numa perspetiva de empresa a rentabilidade dos capitais investidos resulta,


necessariamente, da combinação de vários fatores, dos quais destacamos:

 fatores de natureza operacional como a rentabilidade operacional das vendas,


através da percentagem de evolução da margem que geram e o efeito da estrutura
de custos fixos e operacionais, bem como a rotação e eficiência desses mesmos
capitais;
 fatores de natureza financeira, funcionando essa estrutura de capitais como
alavanca do negócio, não podendo deixar de ter em conta os encargos financeiros
que necessariamente terão; um outro fator importante é, sem dúvida, os eventuais
resultados extraordinários e o seu efeito na empresa e, por último, o efeito fiscal
sobre a rentabilidade. é o retorno esperado de um investimento descontando
custos, tarifas e inflação.

Tipos de rentabilidade

Rentabilidade Absoluta

É expressa na forma percentual sobre o valor investido.

Rentabilidade Relativa

É comparação de uma rentabilidade de um índice de referência (benchmark)

Rentabilidade Esperada

É calculada como a média da rentabilidade observada. Representa uma expectativa de


retorno do investidor.

Rentabilidade Observada: é o histórico de rentabilidade. É a rentabilidade divulgada pelos


fundos de investimento, por exemplo.

Rentabilidade Bruta: É a rentabilidade que ainda não foi descontado os impostos.

Rentabilidade Líquida: É a rentabilidade já descontado os impostos.

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Economicidade

ALEXANDRINO,VICENTE (2011),definem que a economicidade é “administração


prática e sistemática das operações de uma entidade, projeto ou empresa pública,
assegurando custos operacionais mínimos ao realizar as funções que lhe são atribuídas”

Em uma linguagem clara, coesa e simples podemos fizer que a economicidade é a função
que impõe a escolha da melhor solução, que deverá ser executada com probidade,
austeridade e imparcialidade e que produza o melhor resultado possível, diante de um
cenário socioeconómico.

O princípio da economicidade tem como principal objetivo a ideia de que todos os


procedimentos realizados pela administração pública sejam pautados em prol do
benefício do interesse público, principalmente, em uma redução dos gastos públicos.
Porém, a busca pela aplicabilidade do princípio da economicidade, sem a análise de outros
aspetos que influenciam diretamente a eficácia deste princípio, não traz apenas impactos
positivos para a administração. O princípio da economicidade está diretamente
interligado a outros princípios administrativos.

Este princípio está em todos os âmbitos da administração pública, não apenas no âmbito
orçamentário, como de início podemos pensar. Envolve todos os procedimentos
realizados pela administração, desde o levantamento da necessidade até quanto recurso
será efetivamente empregado para que seja satisfeita a necessidade levantada e abrange a
qualidade ou caráter do que é econômico, ou que consome pouco em relação aos serviços
prestados, vemos que a expressão está diretamente ligada à ciência econômica ou à
economia política, cujo centro de atenção é a atividade humana voltada para a produção
de riquezas, segundo suas necessidades. Realmente, a evolução da sociedade demonstra
um permanente esforço de crescimento para fazer frente às necessidades

A exequibilidade da proposta nada mais é do que a oferta de um valor, por determinada


empresa, na qual haja a possibilidade de fornecimento real à administração, sem
comprometimento da sua saúde financeira, ou seja, é a execução equilibrada de
determinado contrato de aquisição ou prestação de serviço. Desse modo, podemos
perceber que, muitas vezes, a busca pelo menor preço pode levar o certame licitatório ao
fracasso, tornando assim, o processo demasiadamente antieconômico, uma vez que serão
utilizados recursos públicos para realização do processo de contratação/aquisição e o
mesmo corre o risco de ser frustrado pela atuação das empresas.

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Taxa de retorno

“É o ganho obtido sobre o capital investido da taxa de desconto hipotética que, quando
aplicada a um fluxo de caixa, faz com que os valores das despesas, trazidos ao valor
presente, seja igual aos valores dos retornos dos investimentos” Maynard
Keynes(1999:167)

Normalmente, o retorno tem relação direta com o nível de renda do investimento quanto
maior for o capital ou montante investido, maior o potencial de renda do investimento.

Tipos de taxa de Retorno

 Taxa de retorno de Mercado: é o retorno resultantes de variação dos preços de


mercado dos ativos. Ex títulos de dívida, ações, câmbio e mercadorias.
 Taxa de retorno Liquidez: São retornos que conseguem mobilizar recursos
monetários para honrar obrigações quando apresentadas para liquidação. Também
pode ocorrer por falta de demanda no mercado. Ex: imóveis tem mais alto risco
de liquidez do que título público.
 Taxa de retorno de Crédito: pode ocorrer por quatro tipos de eventos: ◦A
incapacidade final do tomador em honrar o contrato da dívida.
 Taxa de retorno Operacional: é a possibilidade do retorno de um investimento em
razão de problemas operacionais da instituição emitente do papel no qual os
recursos foram investidos.
 Taxa de retorno de Imagem: pode ser definido como o retorno de ganhos em
decorrência de alterações da reputação junto os clientes, concorrentes, órgãos
governamentais, etc.

A Taxa Interna de Retorno de um investimento pode ser:

 Maior do que a taxa mínima de atratividade: significa que o investimento


é economicamente atrativo.
 Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento está
economicamente numa situação de indiferença.
 Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento não é
economicamente atrativo pois seu retorno é superado pelo retorno de um
investimento com o mínimo de retorno já definido.

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 Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa
Interna de Retorno. Matematicamente, a Taxa Interna de Retorno é a taxa
de juros que torna o valor presente das entradas de caixa igual ao valor
 presente das saídas de caixa do projeto de investimento.

Risco versus Retorno

No que tange as os riscos e a taxa de retorno a que tomar as seguintes, notas trazidas pelo
Economista SOUSA (1996:151):

1. Considerando que os investidores são racionais, concluímos que os mesmos só


estarão dispostos a correrem maior risco em uma aplicação financeira para ir em
busca de maiores retornos.
2. Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo retorno,
o investidor prefere o de menor risco e entre dois investimentos de mesmo risco,
o investidor prefere o de maior rentabilidade.

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Conclusão

O presente trabalho apresentou um conjunto de matérias relacionadas com os princípios


da racionalidade economia, trazendo uma abordagem generalizada da Racionalização
económica e as taxas de retorno. E chegando a essa parte resta-me concluir que seja qual
for a caracterizaração do adiamento da gratificação. O princípio opõe-se as leis
económicas no qual conduz o indivíduo a buscar o prazer e evitar a dor sem restrições
Faz parte do amadurecimento normal do indivíduo aprender a suportar a dor e adiar a
gratificação. Ao fazer isso, o indivíduo passa a reger-se menos pelo princípio de prazer e
mais pelo princípio da racionalidade económica que consiste em dar conta das exigências
do mundo real e das consequências dos próprios atos. O homem entra em contato com a
realidade física e social, com deficiência de bens e cheia de normas e regras sociais. Essa
realidade é dominada pela necessidade, escassez e forçosamente pela luta da vida. Assim
ele tem que viver sob o princípio económico que leva em consideração uma série de
elementos antagônicos: ele e os outros, a vida individual e a vida coletiva, o prazer e o
trabalho, a escassez e a saciedade, a espontaneidade e a dominação social etc. Através do
princípio da racionalidade, o homem deve encontrar seu caminho para a sobrevivência.

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Referências bibliográficas

Maynard Keynes(1999:167)

RIBEIRO(1997:258)

Carvalho (2015, p. 68)

SILVA, (1988:10)

ALEXANDRINO, MARCELO; PAULO, VICENTE. Direito administrativo


descomplicado. 19. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2011.
(TORRES, Ricardo Lobo. O orçamento na Constituição. Rio de Janeiro: Renovar, 1995.
p. 150-151.SEBRAE & CACB, 1994[13]).

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