O meio aquático
Água
A água pura (H2O) é um líquido formado por moléculas de hidrogênio e
oxigênio. Na natureza, ela é composta por gases como oxigênio, dióxido de carbono e
nitrogênio, dissolvidos entre as moléculas de água. Também fazem parte desta
solução líquida sais, como nitratos, cloretos e carbonatos; elementos sólidos, poeira e
areia podem ser carregados em suspensão. Outras substâncias químicas dão cor e
gosto à água. Íons podem causar uma reação quimicamente alcalina ou ácida. As
temperaturas apresentam variação de acordo com a profundidade e com o local onde
a água é encontrada, constituindo-se em fatores que influenciam no comportamento
químico.
Subentende-se água como sendo um elemento da natureza, recurso renovável,
encontrado em três estados físicos: sólido (gelo), gasoso (vapor) e líquido.
As águas utilizadas para consumo humano e para as atividades sócio-
econômicas são retiradas de rios, lagos, represas e aqüíferos, também conhecidos
como águas interiores.
Volume de água
A quantidade total de água na Terra é distribuída da seguinte maneira:
97,5% de oceanos e mares;
2,5 de água doce;
68,9% (da quantidade geral de água doce) formam as calotas polares,
geleiras e neves eternas que cobrem os cumes das montanhas altas da Terra;
29,9% restantes de água doce constituem as águas subterrâneas
0,9% respondem pela umidade do solo e pela água dos pântanos
Características da água
A caracterização da água começa a se compor ainda em seu trajeto
atmosférico. As partículas sólidas e os gases atmosféricos de várias origens são
dissolvidos pelas águas que caem sobre a superfície da Terra em forma de chuva,
neblina ou neve.
Contudo, muitas destas características são alteradas mesmo que
inconscientemente pelo homem. O uso intensivo de insumos químicos na agricultura,
a poluição gerada pelas indústrias e pelos grandes centros urbanos concentram
alguns gases na água das chuvas, resultando na chamada chuva ácida, causadora de
danos ao ambiente natural e antrópico. Isso ocasiona também a escassez de água
para consumo, fazendo com que os aspectos qualitativos da água sejam cada vez
mais preocupantes nas regiões muito povoadas.
As fontes hídricas são abundantes, porém mal distribuídas na superfície do
planeta. Em algumas áreas, as retiradas são bem maiores que a oferta, causando um
desequilíbrio nos recursos hídricos disponíveis. Essa situação tem acarretado uma
limitação em termos de desenvolvimento para algumas regiões, restringindo o
atendimento às necessidades humanas e degradando ecossistemas aquáticos. Os
recursos hídricos são de fundamental importância no desenvolvimentno de diversas
atividades econômicas. A água pode representar até 90% da composição física das
plantas; a falta de água pode destruir lavouras.
Na indústria, as quantidades de água necessárias são superiores ao volume
produzido. A utilização de métodos para o tratamento da água é viável; porém, podem
produzir problemas cujas soluções são difíceis, pois que afetam a qualidade do meio
ambiente, a saúde pública e outros serviços. Por sua vez, as águas das bacias
hidrográficas não são confiáveis e recomendáveis para o consumo da população por
não possuírem as características padrões de qualidade ambiental.
As fontes hídricas são abundantes porém, mal distribuídas na superfície do
planeta. Em algumas áreas, as retiradas são bem maiores que a oferta, causando um
desequilíbrio nos recursos hídricos disponíveis. Essa situação tem acarretado uma
limitação em termos de desenvolvimento para algumas regiões, restringindo o
atendimento às necessidades humanas e degradando ecossistemas aquáticos. Os
recursos hídricos são de fundamental importância no desenvolvimento de diversas
atividades econômicas. A água pode representar até 90% da composição física das
plantas; a falta de água pode destruir lavouras; na indústria as quantidades de água
necessárias são superiores ao volume produzido.
A poluição hídrica
O processo de poluição dos rios deve-se à quantidade de “alimentos” lançados
nas águas. Os esgotos domésticos, muitos tipos de resíduos industriais, os dejetos
agrícolas e especialmente os pecuários, são constituídos preponderantemente de
matéria orgânica, elemento que serve de alimento aos seres aquáticos, sejam peixes,
sejam bentos, plâncton, bactérias, etc.
O meio aquático precisa de alimento, porém o excesso gera poluição. O
mesmo alimento que vai fazer proliferar todos os segmentos da vida aquática,
resultará em uma enorme taxa de consumo de oxigênio. O consumo de oxigênio no
ambiente será maior que seu fornecimento, que nas águas vêm através da superfície
(ventos e principalmente chuvas), e pela produção fotossintética das plantas
aquáticas. Muitas vezes a quantidade de matéria orgânica lançada turva a água a
ponto de impedir, pelo sombreamento, a atividade fotossintética. Quando a taxa de
oxigênio do meio, chega a níveis mínimos, a vida que dele depende, desaparece.
Assim, quanto maior o volume de matéria orgânica – esgotos – for lançado em
um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na respiração
dos seres aquáticos (em especial, das bactérias decompositoras). Como esta
demanda (consumo) é resultado de uma atividade biológica ou bioquímica, diz-se que
houve uma Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, cujo valor é medido a partir do
volume ou concentração assimilável da matéria orgânica, pelas bactérias aeróbicas,
ou seja, das que necessitam do oxigênio em seu metabolismo.
A ação destas bactérias na degradação da matéria orgânica produz gás
carbônico resultante da oxidação (perda de elétrons) e água, resultante da redução do
oxigênio (ganho de elétrons).
Quando todo o oxigênio se extingue, as bactérias e outros seres que
dependem do oxigênio para a respiração também são extintos e em seu lugar surgem
outros seres microscópicos capazes de se alimentar e “respirar” na ausência do
oxigênio. Estas bactérias são chamadas anaeróbicas.
No processo anaeróbico, os subprodutos dependem do tipo do composto
orgânico e da bactéria que está atuando. Quando são bactérias sulfatorredutoras – em
ambientes ricos em sulfatos – ocorre o cheiro desagradável de ovos podres, típico de
ambientes sépticos. Ao processo com mau odor chama-se também de putrefação.
Mas a decomposição anaeróbica também ocorre sem odores, por exemplo,
com a produção de metano (gás dos pântanos), os álcoois, como os da decomposição
por fungos da cevada, cana-de-açúcar e uva, produzindo a cerveja, a cachaça e o
vinho. A estes processos chama-se fermentação.
Tanto a atividade aeróbica quanto a anaeróbica é chamada de decomposição.
São realizadas por microorganismos em seus processos naturais de nutrição e
respiração, usando a matéria orgânica como fonte de energia e matéria prima para
formação de suas células.
Poluição é a contaminação da água com substâncias que interferem na saúde
das pessoas e animais, na qualidade de vida e no funcionamento dos ecossistemas.
Alguns tipos de poluição têm causas naturais - erupções vulcânicas, por exemplo -
mas a maioria é causada pelas atividades humanas. À medida que a tecnologia foi se
sofisticando, o risco de contaminação tornou-se maior.
As águas são poluídas, basicamente, por dois tipos de resíduos: os orgânicos,
formados por cadeias de carbono ligadas a moléculas de oxigênio, hidrogênio e
nitrogênio, e os inorgânicos, que têm composições diferentes. Os resíduos orgânicos
normalmente têm origem animal ou vegetal e provêm dos esgotos domésticos e de
diversos processos industriais ou agropecuários. São biodegradáveis, ou seja, são
destruídos naturalmente por microorganismos. Entretanto, esse processo de
destruição acaba consumindo a maior parte do oxigênio dissolvido na água, o que
pode compreender a sobrevivência de organismos aquáticos. Já os resíduos
inorgânicos vêm de indústrias - principalmente as químicas e petroquímicas - e não
podem ser decompostos naturalmente. Entre os mais comuns estão chumbo, câdmio
e mercúrio. Conforme sua composição e concentração, os poluentes hídricos têm a
capacidade de intoxicar e matar microorganismos, plantas e animais aquáticos,
tornando a água imprópria para o consumo ou para o banho.
Esgotos - em todo o planeta 2,4 bilhões de pessoas despejam seus esgotos a
céu aberto, no solo ou em corpos d'água que passem perto de suas casas, porque
não têm acesso a um sistema de coleta. No Brasil, a rede coletora chega a 53,8% da
população urbana. Entretanto, a maior parte do volume recolhido não recebe nenhum
tratamento e é despejada nesse estado em rios e represas ou no oceano. Apenas
35,5% dos esgotos coletados são submetidos a algum tipo de tratamento.
Resíduos químicos - geralmente descartados por indústrias e pela mineração,
são difíceis de degradar. Por isso, podem ficar boiando na água ou se depositar no
fundo de rios, lagos e mares, onde permanecem inalterados por muitos anos. Dentre
os mais nocivos estão os chamados metais pesados - chumbo, mercúrio, cádmio,
cromo e níquel. Se ingeridos, podem causar diversas disfunções pulmonares,
cardíacas, renais e do sistema nervoso central, entre outras. Um dos mais tóxicos é o
mercúrio, comumente descartado por garimpeiros após ser empregado na separação
do ouro.
Nitratos - presentes no esgoto doméstico e nos descartes de indústrias e
pecuaristas, os nitratos representam especial risco à saúde de crianças, causando
danos neurológicos ou redução da oxigenação do corpo. Além disso, a presença
excessiva de nitratos em rios ou mares estimula o crescimento de algas, fenômeno
conhecido como eutrofização. Em casos extremos, essas algas podem colorir a água
e emitir substâncias tóxicas para os peixes (maré vermelha).
Vinhoto - efluente orgânico resultante da fabricação do açúcar e do álcool.
Pode ser usado como fertilizante, mas com freqüência é descartado diretamente em
corpos d'água das regiões produtoras de cana de São Paulo e do Nordeste, embora
essa prática seja proibida por lei.
Poluição física - algumas atividades modificam a temperatura ou a coloração
da água. É o caso da indústria que usa água para resfriar seus equipamentos e depois
a devolve ao rio. Ela continua limpa, mais está muito mais quente do que quando foi
captada, o que causa danos aos ecossistemas. Outras atividades, como certos tipos
de mineração, podem despejar material radioativo nos rios, prejudicando a fauna e a
flora.
Detergentes - em 1985, o Brasil aprovou uma lei que proibiu a produção de
detergentes que não fossem biodegradáveis. No entanto, apesar de menos nocivos,
os detergentes e sabões em pó comercializados atualmente contêm fosfatos,
substâncias que podem promover um crescimento acelerado de algas nos rios.
Quando elas morrem, logo são decompostas por bactérias que consomem o oxigênio
disponível na água e exalam mau cheiro.
Organoclorados - compostos geralmente oriundos de processos industriais,
formados por átomos de cloro ligados a um bicarbonato. De toxicidade variável,
suspeita-se que favoreçam o aparecimento de diversos tipos de câncer e más-
formações congênitas. Os organoclorados têm a capacidade de se acumular nos
tecidos gordurosos dos organismos vivos e se tornam mais concentrados nos níveis
mais altos da cadeia alimentar. Ou seja: passam dos microorganismos filtradores para
os moluscos, deles para os peixes e daí para mamíferos e aves. O homem, que
geralmente está no final desta cadeia, costuma ter as maiores concentrações de
organoclorados em seu sangue. Alguns deles são utilizados como agrotóxicos - DDT -
Dieldin e Aldrin, mas a sua produção está proibida no Brasil.
Chorume - líquido contaminado que escorre de aterros de lixo e também de
cemitérios. Há relatos de moradores das proximidades dos cemitérios Vila Nova
Cachoeirinha, em São Paulo, de que mais de uma vez as enchentes trouxeram para
dentro de suas casas restos de roupas e esqueletos. Por isso, os corpos devem ser
enterrados sobre solos bem impermeabilizados e protegidos, para que a contaminação
não chegue ao lençol freático ou seja arrastada pela chuva. A mesma regra vale para
os aterros sanitários e industriais.
Poluição no campo
A agropecuária contamina as águas de duas formas: quando utiliza fertilizantes
e agrotóxicos e quando descarta efluentes com altas concentrações de nitrogênio,
sobretudo aqueles gerados nas criações de animais. A maioria dos fertilizantes
enriquece o solo com altas doses de nitratos e fosfatos. Parte desses nutrientes é
absorvida pelos vegetais, aumentando seu ritmo de crescimento e seu rendimento.
Outra parte é arrastada pelas chuvas para os rios ou penetra no solo e acaba
alcançando o lençol freático. Entre os agrotóxicos usados no combate às pragas
incluem-se produtos de diferentes composições, algumas delas bastante tóxicas.
Como os fertilizantes, eles também podem escorrer até um rio ou lago.
Já a criação de animais tem como principais resíduos os excrementos, que são
altamente ricos em nitratos. Um porco de 100 quilos elimina cerca de um metro cúbico
de esterco por ano, contendo 5,5 quilos de nitrogênio. Esses resíduos são produzidos
em grandes volumes e muitas vezes despejados irregularmente nos corpos d'água. Na
África são encontrados poços com um nível de nitratos até oito vezes acima do
recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
O meio terrestre
De acordo com Braga (2005), o conceito de solo pode ser definido como um
manto superficial formado por rocha degradada e, eventualmente, cinzas vulcânicas,
misturada com matéria orgânica decomposta ou em decomposição, que contém água,
ar e organismos vivos em proporções variáveis.
A proporção de cada um desses elementos no solo é variável, contudo, em
termos médios, é a seguinte:
45% de minerais;
25% de ar;
25% de água;
5% de matéria orgânica.
O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre, pois, além de
ser o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e
disseminação, fornecendo água, ar e nutrientes, exerce, também, multiplicidade de
funções como regulação da distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva e
de irrigação, armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros
elementos, ação filtrante e protetora da qualidade da água e do ar.
Grande parte do comportamento dos solos é determinada por sua textura.
Solos argilosos são mais agregados, enquanto que os de textura grossa apresentam
macroporos; solos arenosos são mais permeáveis e com melhor infiltração, sendo este
tipo de solo o que está menos sujeito a erosão.
Propriedade instável é a estrutura do solo, esta através de manifestações pode
modificar a textura do solo. Associadas textura X estrutura resultam porosidade e
permeabilidade; solo com boa porosidade são bastante permeáveis, infiltrando a água
de forma abundante e de maneira distribuída.
No que diz respeito à matéria orgânica, sua incorporação com o solo é
bastante eficaz na redução da erosão. Há o favorecimento no desenvolvimento de
microorganismos do solo e uma melhor penetração das raízes, o que integra as
partículas do solo não permitindo o desagregamento das mesmas.
Como recurso natural dinâmico, o solo é passível de ser degradado em função
do uso inadequado pelo homem, condição em que o desempenho de suas funções
básicas fica severamente prejudicado, o que acarreta interferências negativas no
equilíbrio ambiental, diminuindo drasticamente a qualidade vida nos ecossistemas,
principalmente naqueles que sofrem mais diretamente a interferência humana como os
sistemas agrícolas e urbanos.
Pode-se dizer que de todos os recursos naturais existentes no planeta, o solo é
um dos mais instáveis quando modificado, ou seja, quando sua camada protetora é
retirada.
Vale lembrar, que todo solo sofre erosão natural, mesmo que suas
propriedades estejam em equilíbrio com o meio. Processos erosivos ocorrem de forma
moderada em um solo coberto, sendo esta erosão chamada de geológica ou normal.
Uma vez modificado, para cultivo ou desprovido de sua vegetação originária
têm início a erosão, capaz de remover mil vezes mais material do que se este mesmo
solo estivesse coberto. Por ano o Brasil perde aproximadamente 500 milhões de
toneladas de solos através da erosão.
O arraste de partículas constituintes do solo se dá pela ação de fatores naturais
como água e o vento, além da própria erosão geológica ou normal que tem por
finalidade nivelar a superfície terrestre. Em todos os casos, a conseqüência é a perda
gradual da fertilidade e da produtividade do solo, podendo-se chegar até à sua total
esterilização e eventual desertificação, caso não sejam tomadas precauções
adequadas em tempo oportuno.
Poluição do solo
Além de ser a fonte de produção de comida, o solo é o receptor de grande
quantidade de poluentes tais como material particulado proveniente de usinas
geradoras de energia, fertilizantes, pesticidas e outras substancias aplicadas no solo.
A poluição do solo consiste numa das formas de poluição, que afeta
particularmente a camada superficial da crosta terrestre, causando malefícios diretos
ou indiretos à vida humana, à natureza e ao meio ambiente em geral. Consiste na
presença indevida, no solo, de elementos químicos estranhos, de origem humana, que
prejudiquem as formas de vida e seu desenvolvimento regular.
A terra não fica poluída com fumaça, gases tóxicos ou esgoto. Os principais
poluentes do solo são os agrotóxicos e as montanhas de lixo sólido, amontoados em
lugares não apropriados, como os depósitos clandestinos.
A poluição do solo pode ser de duas origens: urbana e agrícola.
Poluição de origem urbana
Nas áreas urbanas o lixo jogado sobre a superfície, sem o devido tratamento,
são uma das principais causas dessa poluição. A presença humana, lançando detritos
e substâncias químicas, como os derivados do petróleo, constitui-se num dos
problemas ambientais que necessitam de atenção das autoridades públicas e da
sociedade.
Os depósitos de lixo são um verdadeiro veneno para o solo. Vários produtos
químicos chegam misturados ao lixo. Esses produtos aos poucos se infiltram na terra
e se acumulam ao longo do tempo. Quando a chuva cai, a coisa fica preta: o lixo e os
produtos químicos são arrastados.
Muitas vezes esses venenos vão parar em plantações (contaminando os
alimentos) ou em reservatórios de água (poluindo as fontes). Às vezes a infiltração é
tão grande que chega a atingir lençois freáticos, que são uma espécie de reservatório
subterrâneo de água.
A montoeira de lixo também libera fumaça tóxica. O cheiro de um depósito de
lixo é insuportável, por causa da liberação de um gás fedido e inflamável, chamado
metano. As pessoas que trabalham nesses lugares precisam usar máscaras e tomar
cuidado, porque podem pegar doenças como leptospirose e cólera. É também muito
comum as pessoas colocarem fogo no lixo _ o que não é nada legal, porque essa
queima libera gases poluentes.
O grande problema é que o homem produz lixo que não é reaproveitado pela
natureza, como copos de plástico, latinhas de metal e garrafas de vidro. Essa parte
sólida do lixo demora muito para desaparecer. Uma fralda de bebê, por exemplo, leva
500 anos para se decompor. A idade do Brasil!
Outro tipo de lixo extremamente perigoso é o produzido pelas usinas
nucleares. Os lixos radioativos causam problemas sérios de saúde. Não há
conhecimento científico até hoje sobre como descartá-lo de forma segura.
O meio atmosférico
A atmosfera atual do planeta Terra é fruto de processos físico-químicos e
biológicos iniciados há milhões de anos. Existem várias teorias que procuram explicar
sua origem e evolução. Uma das hipóteses mais aceitas atualmente é a de que a
Terra, ainda sem atmosfera, formou-se a partir da acumulação de partículas sólidas
relativamente frias dos mais diversos tamanhos, procedentes da nuvem de gás e
poeira que originou o sistema solar. As reações térmicas que se seguiram, tanto por
processos radioativos quanto pela sedimentação de elementos mais densos (por efeito
gravitacional) em direção ao centro do planeta, provocaram um aumento na
temperatura terrestre. Essas mudanças desencadearam reações nas camadas
superficiais da Terra, dando origem à atmosfera. Em uma primeira fase, a atmosfera
era formada basicamente por gás carbônico (CO 2) e vapor de água, com ausência de
oxigênio livre. Em virtude do resfriamento da Terra surgiram os oceanos e, a partir de
um processo evolutivo, foi originada a primeira planta capaz de realizar fotossíntese,
processo que produz oxigênio livre. Após um longo período de evolução, a
concentração do oxigênio na atmosfera foi aumentando até atingir os níveis atuais
(BRAGA et. al. 2005).
A tabela abaixo, extraída de Braga et. al. (2005) apresenta os principais gases
constituintes da atmosfera.
Gases (%)
Nitrogênio (N2) 78,11
Oxigênio (O2) 20,95
Argônio (Ar) 0,934
Gás Carbônico (CO2) 0,033
Além desses gases, a atmosfera terrestre possui quantidades de: neônio, hélio,
criptônio, xenônio, hidrogênio, metano, ozônio, dióxido de nitrogênio, vapor d’água e
material particulado.
Existem várias formas de descrever a estrutura da atmosfera. Do ponto de vista
ambiental, a classificação feita de acordo com o perfil da variação da temperatura com
a altitude é a mais conveniente. Cerca de 90% do ar atmosférico se concentra em uma
camada relativamente fina chamada troposfera, que se estende até uma altitude que
pode variar entre 10 e 12 km, sendo maior sobre a linha do Equador e menor à medida
que a latitude vai aumentando. A troposfera é a camada responsável pelas condições
climáticas na Terra, por isso possui grande importância ambiental. Na troposfera a
temperatura diminui com o aumento da altitude.
Acima da troposfera encontra-se a estratosfera, que também possui grande
importância ambiental, pois é nela que fica a camada de ozônio, que protege a Terra
das radiações ultravioletas originadas do Sol. Na estratosfera a temperatura sofre um
acréscimo à medida que a altitude aumenta. Acima da estratosfera temos a mesosfera
onde a temperatura diminui com o aumento da altitude e, logo acima, a termosfera ou
ionosfera.
Os problemas de poluição atmosférica são antigos, as primeiras reclamações a
respeito do assunto surgiram na Roma antiga, há cerca de 2 mil anos. No entanto, a
partir da revolução industrial, a emissão de poluentes atmosféricos aumentou e o
problema foi se agravando, principalmente nas grandes cidades e, atualmente é um
dos principais desafios dos grandes centros urbanos.
Poluição atmosférica
A definição de poluição atmosférica é relativamente simples, como por
exemplo, a presença de substâncias estranhas na atmosfera em quantidade suficiente
para causar dano a qualquer ser vivo, vegetal ou animal. A origem da poluição
atmosférica pode ser decorrente da ação direta do homem, mas também de eventos
naturais como a erupção de um vulcão ou de incêndios florestais.
Os países industrializados são os maiores produtores de poluentes, enviando
anualmente bilhões de toneladas para a atmosfera. A tabela que se segue mostra os
principais poluentes do ar e os seus efeitos; o seu nível de concentração no ar é dado
pelo número de microgramas de poluente por m3 de ar, ou, no caso dos gases, em
termos de partes por milhão (ppm), o que expressa o número de moléculas do
poluente por um milhão de moléculas constituintes do ar.
A associação com mortalidade por várias causas, pelo aparecimento de
doenças graves como infarto do miocárdio e câncer, ou doenças mais simples como
rinite e resfriado, passando pela piora da asma e da bronquite, foram as associações
mais facilmente determinadas. Mas outras associações foram publicadas, várias delas
com grau elevado de refutação, como as anomalias congênitas e uma mais recente,
que associa a concentração de chumbo na atmosfera – proveniente da combustão dos
automóveis – à violência urbana.
Para se compreender a associação entre poluentes e doença, é necessário
identificar os principais poluentes em uma determinada localidade e a distribuição
durante o tempo, pois há diferença significativa da concentração de acordo com a
temperatura, umidade relativa do ar e direção dos ventos.
Atualmente são inúmeros os poluentes da atmosfera sendo as fontes que os
originam e os seus efeitos muito diversificados. Desta forma, podem distinguir-se dois
tipos de poluentes:
- Poluentes Primários são aqueles que são emitidos diretamente pelas fontes
para a atmosfera, sendo expelidos diretamente por estas (por exemplo, os gases que
provêm do tubo de escape de um veículo automóvel ou de uma chaminé de uma
fábrica). Exemplos: monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx)
constituídos pelo monóxido de nitrogênio (NO) e pelo dióxido de nitrogênio (NO2),
dióxido de enxofre (SO2) ou as partículas em suspensão.
- Poluentes Secundários, os que resultam de reações químicas que ocorrem
na atmosfera e onde participam alguns poluentes primários. Exemplo: o ozônio
troposférico (O3), o qual resulta de reações fotoquímicas, isto é, realizadas na
presença de luz solar, que se estabelecem entre os óxidos de azoto, o monóxido de
carbono ou os Compostos Orgânicos Voláteis (COV).
De entre os inúmeros poluentes que atualmente contaminam a atmosfera
iremos nos concentrar naqueles mais comuns, ou seja, aqueles que existem em
grandes quantidades na atmosfera sendo gerados, na sua maioria, pelas atividades
humanas industriais e pelos sistemas de transporte.
Material particulado: são as partículas suspensas no ar, líquidas ou
sólidas, cuja composição depende da fonte de emissão. Elas são classificadas de
acordo com o seu tamanho. A preocupação maior é com aquelas com tamanho igual
ou inferior a 10 micra, porque são essas que são inaladas e atingem as vias áreas
respiratórias inferiores. A reação do organismo começa nas narinas e faringe, com
espirro e pigarro. Depois, quando atinge os brônquios, a reação é de tosse.
Posteriormente, há reação inflamatória nos bronquíolos e alvéolos que poderá facilitar
infecção ou, então, estados de broncoespasmo que se manifesta com chiados.
Óxidos de nitrogênio (NOX): a sua concentração nos ares é decorrente
dos motores dos automóveis. Atingem toda árvore respiratória e têm poder oxidante.
Ozônio (O3): é um poluente secundário produzido por reação
fotoquímica na presença de precursores como NO, que por sua vez é originado pela
atividade dos carros e de indústrias. Ele atinge toda a árvore respiratória.
Derivados do enxofre são o dióxido de enxofre e os aerossóis de
sulfato, bissulfato e ácido sulfúrico (H2SO4), que são produzidos ou pela combustão
do carvão ou do petróleo. Eles atingem toda a camada respiratória.
Monóxido de carbono (CO) originado pela combustão dos automóveis,
sendo altamente tóxico em ambientes fechados.
Dióxido de Carbono (CO2) é o principal composto resultante da
combustão completa de combustíveis fósseis e de outros materiais combustíveis que
contenham carbono, além de ser gerado no processo de respiração aeróbia dos seres
vivos, que utilizam o oxigênio para poder liberar a energia presente nos alimentos que
são ingeridos.
Hidrocarbonetos são resultantes da queima incompleta dos
combustíveis, bem como da evaporação desses combustíveis e de outros materiais
como, por exemplo, os solventes orgânicos.
Oxidantes fotoquímicos são compostos gerados a partir de outros
poluentes (hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio), que foram lançados à atmosfera
por meio da reação química entre esses compostos, catalisada pela radiação solar.
Dentre os principais oxidantes fotoquímicos destacam-se o ozônio e o peróxi-acetil
nitrato (PAN).
Pesticidas e herbicidas são compostos químicos (organoclorados,
organofosforados e carbamatos) utilizados principalmente na agricultura para o
controle de plantas daninhas e de pragas. As principais fontes desses tipos de
contaminantes atmosféricos são as indústrias que os produzem, bem como os
agricultores que fazem uso deles, pelos processos de pulverização nas plantações e
no solo.
Substâncias radioativas são materiais que possuem alguns elementos
capazes de emitir radiação, ou seja, eles emitem energia na forma de radiação. Em
muitos casos, a energia emitida por essas substâncias é suficiente para causar danos
aos seres vivos e aos materiais em razão, principalmente, do rompimento de ligações
químicas das moléculas que constituem o tecido vivo e a estrutura dos materiais. As
principais fontes de substâncias radioativas para a atmosfera são os depósitos
naturais, as usinas nucleares, os testes de armamento nuclear e a queima de carvão.
Som – a poluição sonora também se caracteriza pela emissão de
energia para o meio ambiente, só que na forma de ondas de som, com intensidade
capaz de prejudicar os seres humanos e outros seres vivos. O problema da poluição
sonora está diretamente associado ao nosso estilo de vida industrial.
Do ponto de vista espacial, as fontes de poluição podem ser classificadas em
móveis e estacionárias. Um exemplo de fontes móveis são os veículos e de fonte
estacionária é uma chaminé. As fontes estacionárias produzem cargas pontuas de
poluente e as fontes móveis produzem cargas difusas. Quanto à dimensão da área
atingida pelos problemas de poluição do ar, podemos classificá-los em problemas
globais e locais. Os locais dizem respeito a problemas de poluição em uma região
relativamente pequena e os globais envolvem toda a ecosfera.
Poluição local
Os problemas de poluição atmosférica, em escala local, são formados por
episódios críticos de poluição em cidades e dependem dos poluentes que são gerados
e das condições climáticas existentes para sua dispersão. Costuma-se classificar
essas situações críticas em dois tipos principais: smog industrial e o smog fotoquímico.
Apesar de ser feita essa distinção, os dois tipos podem ocorrer simultânea ou
separadamente, em diferentes estações do ano, em uma mesma região.
Smog industrial
Esse tipo de smog é típico de regiões frias e úmidas. Os picos de concentração
ocorrem exatamente no inverno, em condições climáticas adversas para a dispersão
dos poluentes. Um fenômeno meteorológicos que agrava o smog industrial é a
inversão térmica, quando os picos de concentração de poluentes ocorrem geralmente
nas primeiras horas da manhã.
Os principais elementos componentes desse tipo de smog provêm da queima
de carvão e de óleo combustível. Esse smog predomina em regiões industriais e onde
é intensa a queima de óleo para aquecimento doméstico ou para geração de
eletricidade. Seus principais componentes são o dióxido de enxofre e o material
particulado. Ambos podem provocar lesões respiratórias.
O smog industrial ocorre principalmente em cidades com inverno rigoroso e
com intensa queima de óleo e carvão. Uma característica desse tipo de smog é a
formação de uma espécie de névoa acinzentada que recobre as regiões onde ocorre.
Smog fotoquímico
Esse tipo de smog é típico de cidades ensolaradas, quentes, de clima seco. Os
picos de poluição ocorrem em dias quentes, com muito sol. O principal agente
poluidor, nesse caso, são os veículos, que geram uma série de poluentes,
principalmente óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos. Esses
gases sofrem várias reações na atmosfera por efeito da radiação solar, gerando novos
poluentes, por isso o nome “fotoquímico”.
A característica principal do smog fotoquímico é sua cor marrom avermelhada,
e seu pico de concentração ocorre por volta das 10 ou 12 horas. O controle do smog
fotoquímico passa pelo controle da emissão de poluentes produzidos pelos meios de
transporte.
Poluição global
Os principais problemas globais de poluição do ar são: as chuvas ácidas, o
efeito estufa e a destruição da camada de ozônio.
Chuvas ácidas
A Revolução Industrial do século XVIII trouxe vários avanços tecnológicos e
mais rapidez na forma de produzir, por outro lado originou uma significativa alteração
no meio ambiente. As fábricas, com suas máquinas a vapor, queimavam toneladas de
carvão mineral para gerar energia. A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os
poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses
gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de
água. O resultado são as chuvas ácidas. As águas da chuva, assim como a geada,
neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao caírem na
superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias
alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos
e edificações.
O gás carbônico (CO2) expelido pela nossa respiração é consumido, em parte,
pelos vegetais, plâncton e fitoplâncton, e o restante permanece na atmosfera.
Hoje em dia, a concentração de CO2 no ar atmosférico tem se tornado cada vez
maior, devido ao grande aumento da queima de combustíveis contendo carbono na
sua constituição.
Tanto o gás carbônico como outros óxidos ácidos, por exemplo, SO2 e NOx, são
encontrados na atmosfera e as suas quantidades crescentes são um fator de
preocupação para os seres humanos, pois causam, entre outras coisas, as chuvas
ácidas.
O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por Robert Angus Smith, químico
e climatologista inglês. Ele usou a expressão para descrever a preciptação ácida que
ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Com o
desenvolvimento e avanço industrial, os problemas inerentes às chuvas ácidas têm se
tornado cada vez mais sérios.
A chuva ácida é composta por diversos ácidos como, por exemplo, o óxido de
nitrogênio e os dióxidos de enxofre, que são resultantes da queima de combustíveis
fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva
ou neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas,
animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o
descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais.
Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde
do ser humano, causando doenças pulmonares, por exemplo.
Este problema tem se acentuado nos países industrializados, principalmente
nos que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México
e Índia. O setor industrial destes países tem crescido muito, porém de forma
desregulada, agredindo o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de
Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva ácida provocou muitos danos ao meio ambiente
e ao ser humano. Os ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias estavam
gerando muitos problemas de saúde na população da cidade. Foram relatados casos
de crianças que nasciam sem cérebro ou com outros defeitos físicos. A chuva ácida
também provocou desmatamentos significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar.
Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato destas poderem ser
transportadas através de grandes distâncias, podendo vir a cair em locais onde não há
queima de combustíveis.
Como evitar a chuva ácida
CONSERVAR ENERGIA
Hoje em dia o carvão, o petróleo e o gás natural são utilizados para suprir 75%
dos gastos com energia. Nós podemos cortar estes gastos pela metade e ter um alto
nível de vida. Eis algumas sugestões para economizar energia:
Transporte coletivo: diminuindo-se o número de carros a quantidade de
poluentes também diminui;
Utilização do metrô: por ser elétrico polui menos do que os carros;
Utilizar fontes de energia menos poluentes: energia hidrelétrica, energia
geotérmica, energia das marés, energia eólica (dos moinhos de vento), energia
nuclear (embora cause preocupações para as pessoas, em relação à possíveis
acidentes e para onde levar o lixo nuclear).
OUTRAS SOLUÇÕES
Purificação dos escapamentos dos veículos: utilizar gasolina sem
chumbo e adaptar um conversor catalítico;
Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre.
O efeito estufa
O efeito estufa é um fenômeno ocasionado pela concentração de gases (como
dióxido de carbono, óxido nitroso, metano e os clorofluorcarbonos - estes últimos
resíduos de produtos industrializados) na atmosfera, formando uma camada que
permite a passagem dos raios solares e que absorve grande parte do calor emitido
pela superfície da Terra.
Os clorofluorcarbonos (CFCs) produzidos pela indústria química, são
poderosos gases com efeito estufa. Eles também reagem com o ozônio troposférico,
destruindo, dessa forma, a camada de ozônio.
Alguns gases da atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2),
funcionam como uma capa protetora que impede que o calor absorvido da irradiação
solar escape para o espaço exterior, mantendo uma situação de equilíbrio térmico
sobre o planeta, tanto durante o dia como noite. Sem o carbono na atmosfera, a
superfície da Terra seria coberta de gelo.
O efeito estufa na Terra é garantido pela presença do dióxido de carbono,
vapor de água e outros gases raros. Esses gases são chamados raros porque
constituem uma parcela muito pequena na composição atmosférica, formada em sua
maior parte por nitrogênio (75%) e oxigênio (23%).
Os gases estufa agem como isolantes por absorver uma parte da energia
irradiada pela Terra. As moléculas desses gases, agora mais ricas em energia,
reirradiam-nas em todas as direções. Uma parte retorna para a Terra. Na ausência
desta ação isolante, a Terra iria se resfriar muito. Devido ao efeito estufa, a superfície
terrestre é aproximadamente 33°C mais quente.
Se os níveis dos gases estufa proverem um isolamento durante um período
longo de tempo, a Terra poderá eventualmente se tornar muito quente para a
manutenção da vida. O problema não está na existência dos gases estufa - pois eles
são de origem natural e executam um serviço essencial - mas devido às altas
concentrações desses gases.
Ao longo dos últimos cem anos, a concentração de gases de efeito estufa vem
aumentando por causa da maior atividade industrial, agrícola e de transporte, e
principalmente devido ao uso de combustíveis fósseis.
O efeito estufa gerado pela natureza além de benéfico é imprescindível para a
manutenção da vida sobre a Terra. Se a composição dos gases raros for alterada,
para mais ou para menos, o equilíbrio térmico da Terra sofrerá conjuntamente.
A ação do ser humano na natureza tem feito aumentar a quantidade de dióxido
de carbono na atmosfera, através de uma queima intensa e descontrolada de
combustíveis fósseis e do desmatamento. A derrubada de árvores provoca o aumento
da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera pela queima e também por
decomposição natural. Além disso, as árvores aspiram dióxido de carbono e produzem
oxigênio. Uma menor quantidade de árvores significa também menos dióxido de
carbono sendo absorvido.
As conseqüências do aquecimento global poderão ser catastróficas. A medida
em que o gelo das calotas polares derrete, o nível do mar se eleva, provocando a
inundação de terras mais baixas e, talvez, a submersão de países inteiros no Oceano
Pacífico. Dependendo da elevação do nível do mar, Bangladesh e Egito, por exemplo,
podem perder até um décimo de seus territórios, o que obrigaria o deslocamento de 16
milhões de pessoas.
O derretimento de geleiras das montanhas poderá provocar avalanches,
erosão dos solos e mudanças dramáticas no fluxo dos rios, aumentando o risco de
enchentes. Alterações bruscas na composição da atmosfera poderão desencadear
mudanças dramáticas no clima, o que resultaria em grandes variações na temperatura
e no ritmo de chuvas. Furacões, tormentas e enchentes, de um lado, e secas graves,
de outro, poderão se tornar mais freqüentes. Os cientistas acreditam que os desertos
poderão crescer e que as condições de tempo nas regiões semi-áridas, como no
Nordeste do Brasil, serão ainda mais críticas.
Tudo isso poderá repercutir negativamente na produção de alimentos, já que
diversas áreas cultiváveis serão afetadas. As alterações climáticas incomuns podem
reduzir a população ou mesmo levar à extinção de muitas espécies que não seriam
capazes de se adaptar às novas condições ambientais, afetando o equilíbrio de
diversos ecossistemas.
Dois processos naturais resultam 95% do CO2 emitido, cada um contribuindo
igualmente. Um deles é a fotossíntese e o outro é a absorção de CO2 pelos oceanos
devido à reação deste gás com íons cálcio (e magnésio) e conseqüente formação de
depósitos calcários no fundo dos mares.
Com esses dois processos, resta apenas 5% de todo o gás carbônico emitido
sem ser reciclado, uma quantidade percentualmente pequena mas grande o suficiente
para que pequenas variações na quantidade de gás carbônico, emitido por processos
antropogênicos, sejam sentidas no aumento da temperatura média global de nosso
planeta.
Aquecimento global e o mercado de créditos de carbono
A humanidade tem sentido na pele os resultados da intervenção danosa do
homem sobre a natureza, sobretudo quanto às mudanças climáticas provocadas pela
excessiva emissão e concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, gerados
pelas indústrias, veículos automotivos, queimadas, dentre outras fontes, que levam ao
aquecimento de nosso planeta.
Muitos especialistas têm mostrado resultados assustadores da degradação
ambiental causada pela ação antrópica sobre o Planeta, o que levou vários
governantes mundiais, em 11 de dezembro de 1997, na cidade japonesa de Quioto, a
proporem o estabelecimento do um tratado que leva o nome da cidade. Esse protocolo
decreta que os países industrializados devam reduzir, entre 2008 e 2012, as emissões
de gases que provocam o efeito estufa, como o carbônico, metano, óxido de nitrogênio
e clorofluorcarbono (CFC), em pelo menos 5,2% abaixo dos níveis registrados em
1990, o que equivale a cerca de 714 milhões de toneladas de gases por ano.
A redução na emissão desses gases significa, primariamente, a contenção do
crescimento industrial, o que poderá levar à retração das diferentes economias dos
países desenvolvidos, motivo pelo qual os Estados Unidos, maior poluidor mundial,
não aderiu, até então, apesar de estarem sofrendo intensas pressões internas nesse
sentido. Atualmente, 126 países são signatários deste protocolo e já vêm mostrando
bons resultados em atingirem suas metas de redução .
Dentre os avanços conseguidos com o protocolo de Quioto, está o Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo (MDL). Este instrumento propõe que os países
desenvolvidos, caso não consigam ou não desejem cumprir suas metas de redução de
emissão de gases, podem comprar dos demais países títulos conhecidos como
créditos de carbono. Portanto, o texto do protocolo prevê a criação do primeiro
mercado internacional oficial para o comércio de créditos de carbono.
Os créditos de carbono são certificados outorgados às indústrias e às
empresas que comprovadamente reduzam a emissão de gases causadores do efeito
estufa durante a obtenção de seus produtos. Cada crédito de carbono pode valer de
U$ 3,00 a 40,00 dólares (R$ 8,00 a 104,00 reais), mas, em média, fica entre US$
15,00 e US$ 20,00 (R$ 39,00 a 52,00 reais).
Quem define o preço de cada crédito de carbono é a característica do projeto
executado, ou seja, uma empresa que realiza reflorestamento em um local degradado
por suas atividades, capta créditos mais baratos do que aqueles provenientes da
instalação de um equipamento de alta tecnologia para reduzir a emissão de gases
poluentes. As empresas que mais negociam esses créditos são aquelas instaladas em
países desenvolvidos.
A maioria dos países que aderiu ao Protocolo de Quioto já está se preparando
para se adequar a suas normas. A iniciativa mais contundente partiu da União
Européia, onde um projeto que foi analisado pelo Parlamento Europeu estabeleceu
limites para as emissões de gases, independente da entrada em vigor do Protocolo.
O Brasil, a exemplo de outros países, também está preparando uma legislação
específica adequada ao Protocolo. Trata-se da chamada Resolução nº. 1 da Comissão
Interministerial de Mudança do Clima, que vem sendo concebida com o objetivo de
enquadrar o país no MDL previsto no Protocolo. Além desta resolução, o Brasil previu
uma série de programas oficiais relativos às mudanças climáticas, como é o caso do
Pró-Carbono e o Pró-Ambiente, inserido em seu Plano Plurianual (PPA) que reúne os
principais projetos de longo prazo do país.
Nosso país é responsável por uma parcela mínima da poluição mundial e não
tem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, segundo o Protocolo de
Quioto, portanto, o MDL é uma excelente oportunidade para reduzir ainda mais nossos
níveis de emissões e, além disso, poder captar recursos com a negociação de créditos
de carbono com países desenvolvidos estimulando, assim, o desenvolvimento local.
Somado a isso, insere, de maneira concreta, o Brasil no contexto da proteção ao meio
ambiente.
Algumas das seguintes situações poderão se constituir em obtenção de
créditos de carbono, como por exemplo, a substituição da matriz energética de
geração de eletricidade de uma empresa, à base de derivados do petróleo, por outra
que utilize gás natural; o aproveitamento do gás metano produzidos em aterros
sanitários na geração de eletricidade; e até mesmo o reflorestamento de áreas
degradadas, uma vez que se considera que a vegetação, no processo fotossintético,
absorve gás carbônico da atmosfera, portanto reduzindo sua concentração na na
mesma.
Um exemplo prático da inserção do Brasil no mercado de carbono se deu com
o projeto desenvolvido pela siderúrgica Mannesmann, sediada na Bahia. Trata-se de
uma operação com o International Financial Corporation (braço privado do Banco
Mundial) em nome do governo da Holanda, que negociou cerca de cinco milhões de
toneladas de carbono equivalente a um preço aproximado de três euros a tonelada.
Depois disso, uma outra quantidade menor, cerca de quatro milhões de toneladas de
carbono, foi comercializada para a Toyota Tsusho Coporation.
A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), em parceria com o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em seis de dezembro de 2004, lançou
o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), primeiro mercado a ser
implantado em um país em desenvolvimento, que irá negociar ativos que venham a
ser gerados por projetos que promovam a redução de emissões de gases causadores
do efeito estufa em nosso país.
Até agora tudo parece estar em pleno acordo com as regras do capitalismo,
porém há muitas perguntas sem respostas. Quem são os donos, os avalistas e os
auditores dos créditos de carbono? Quem será beneficiado pelos créditos? Esse
modelo irá beneficiar o meio ambiente e as camadas mais pobres da população ou os
empresários e donos do poder político e econômico dos países mais ricos?
É importante deixar claro que o Protocolo de Quioto parece ser mais um acordo
de cavalheiros do que um documento contratual com regras rígidas e impositivas. Nele
não é prevista nenhuma penalidade aos países, que por ventura, venham a
descumprir o referido acordo.
No final de 2009, líderes dos países das nações unidas se reuniram em
Copenhague, na Dinamarca, para discutir a adoção de outro protocolo que pudesse
substituir o de Quioto quando sua validade expirasse. Entretanto, principalmente por
descomprometimento dos países industrializados, em especial dos Estados Unidos, foi
feito um acordo que não diz praticamente nada.
Destruição da camada de ozônio
Na estratosfera, entre 15 e 50 Km de altitude, existe uma camada formada por
ozônio, constituída por três átomos de oxigênio, formando um escudo invisível que
protege a superfície do planeta contra os raios ultravioletas vindos do Sol. Esta
radiação UV, que bronzeia, seca e envelhece a pele, é nociva aos animais e plantas,
principalmente porque pode danificar o DNA (ácido desoxirribonucléico), levando
eventualmente a um crescimento tumoroso como, por exemplo, o câncer de pele,
problemas nas córneas e fragilizar o sistema imunológico.
Compostos de enxofre, cloro, cinzas que são eliminadas de forma natural como
em erupções vulcânicas, também podem contribuir para a redução da camada de
ozônio. O homem também tem sua parcela de culpa - além dos CFC´s e BrFC´s, que
eram encontrados há pouco tempo em refrigeradores, sprays, ar condicionados e
equipamentos industriais - produz outros gases que destroem a camada de ozônio
como o tetracloreto de carbono e o metilclorofórmio, utilizados como solventes na
produção de cola e etiquetadores.
Estes compostos podem se acumular nas camadas superiores onde podem ser
decompostos pela radiação UV liberando bromo e cloro que reagem facilmente com o
ozônio, como demonstrado pela reação abaixo:
Ex.:
O3(g) + X ___ XO + O2(g)
Onde X pode ser O, NO, H, Br, Cl, F...
Nas últimas décadas, com o avanço do progresso industrial, mais e mais gases
nocivos acabaram sendo liberados na atmosfera e o estrago na camada de ozônio não
demorou a ser sentido. O comportamento das massas de ar induziu à concentração da
destruição em regiões como a Antártida, onde um enorme buraco tem sido observado,
cada vez maior, ao longo dos últimos anos.
Para preservar o ozônio da estratosfera foi estabelecido o Protocolo de
Montreal, ratificado por 188 países, o qual prevê o congelamento do consumo e o
banimento definitivos das substâncias responsáveis pela depleção da camada de
ozônio.
Alguns cientistas japoneses dizem que a camada de ozônio deve voltar à plena
saúde até 2040. Porém, uma simulação feita pelo Centro Nacional de Pesquisa
Meteorológica da França mostra que o buraco no ozônio só deverá diminuir a partir de
2050, mesmo com a redução nos principais gases que o provocam.
Mesmo com a divergência de dados, as pesquisas mais recentes apontam para
uma recuperação da camada de ozônio, que atingiu seu tamanho máximo na última
década, ainda neste século.
Controle da poluição atmosférica
Há dois métodos básicos pelos quais se pode controlar a emissão de gases (e
odores de modo geral) nos processos industriais. Estas técnicas são divididas em dois
grupos: a) Métodos indiretos, tais como modificação do processo e/ou equipamento; b)
Métodos diretos ou técnicas de tratamento.
MEDIDAS INDIRETAS
Este grupo é classificado como método indireto de controle de gases, uma vez
que tal controle é conseguido através da modificação do equipamento/processo,
alteração de matérias primas por outras ecologicamente mais adequadas, manutenção
dos equipamentos e operação dos mesmos dentro da sua limitação, etc, sempre com
o objetivo de prevenir o escape ou formação dos gases. São, em grande parte,
chamadas de “Tecnologias Limpas”. Eis algumas destas medidas:
Impedir à geração do poluente:
• Substituição de matérias primas e reagentes:
. enxofre por soda na produção de celulose;
. eliminação da adição de chumbo tetraetila na gasolina;
. uso de resina sintética ao invés de borracha na fabricação de escovas de
pintura;
• Mudanças de processos ou operação:
. utilização de operações contínuas automáticas;
. uso de sistemas completamente fechados;
. condensação e reutilização de vapores (indústria petrolífera);
. processo úmido ao invés de processo seco;
. processo soda ou termoquímico ao invés de processo KRAFT na produção de
celulose (soda reduz emissão de gás sulfídrico).
Diminuir a quantidade de poluentes geradas:
• Operar os equipamentos dentro da capacidade nominal;
• Boa operação e manutenção de equipamentos produtivos;
• Adequado armazenamento de materiais pulverulentos;
• Mudança de comportamentos (educação ambiental);
• Mudança de processos, equipamentos e operações:
. forno cubilô por forno elétrico de indução;
. fornos à óleo por fornos elétricos de indução (fundições);
. umidificação (pedreiras);
. utilização de material sinterizado em alto-fornos;
. evaporação de contato direto por evaporação de contato indireto na
recuperação do licor negro na produção de celulose;
. controle da temperatura de fusão de metais
. operação de equipamentos com pessoal treinado
. redução da oxidação de SO2 à SO3 pela redução do excesso de ar (menor
que 1%) quando da queima de óleos combustíveis.
• Mudança de combustíveis:
. combustível com menor teor de enxofre (óleo BPF por BTE);
. combustível líquido por combustível gasoso;
. combustível sólido por combustível líquido ou gasoso;
. substituição de combustíveis fósseis por energia elétrica.
Mascaramento do poluente:
. Eliminação da percepção nasal humana de um odor pela superposição de
outro odor.
Localização seletiva Fonte/Receptor (planejamento territorial)
Adequada construção (lay-out) e manutenção dos edifícios industriais:
. armazenamento de produtos;
. adequada disposição de resíduos sólidos e líquidos.
MEDIDAS DIRETAS
Consistem na instalação de equipamentos para tratamento dos poluentes, por
exemplo:
Precipitadores eletrostáticos;
Filtros de manga ou de tecidos;
Separador ciclônico; e
Lavadores de gás.
Poluição sonora
Com o crescimento desordenado das cidades e o surgimento das grandes
indústrias, as pessoas passaram a conviver com a poluição de lagos, rios e das
próprias metrópoles. Nesse cenário, um outro tipo de poluição que não pode ser visto
e com o qual as pessoas de certa forma se acostumaram pode ser considerado um
dos maiores problemas da vida moderna: a poluição sonora.
A poluição sonora se dá através do ruído, que é o som indesejado, sendo
considerada uma das formas mais graves de agressão ao homem e ao meio
ambiente. Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, o limite tolerável ao
ouvido humano é de 65 dB (A). Acima disso, nosso organismo sofre estresse, o qual
aumenta o risco de doenças. Com ruídos acima de 85 dB (A) aumenta o risco de
comprometimento auditivo. Dois fatores são determinantes para mensurar a amplitude
da poluição sonora: o tempo de exposição e o nível do barulho a que se expõe a
pessoa.
A perda da audição, o efeito mais comum associado ao excesso de ruído, pode
ser causado por várias atividades da vida diária. Há por exemplo, perda de 30% da
audição nos que usam walkman, toca-fitas ou laser disk durante duas horas por dia
durante dois anos em níveis próximos de 80 dB (A). Calcula-se que 10% da população
do país possua distúrbios auditivos, sendo que, desse total, a rubéola é responsável
por 20% dos casos. Atualmente, cerca de 5% das insônias são causadas por fatores
externos, principalmente ruídos.
O ruído de trânsito de veículos automotores é o que mais contribui na poluição
sonora e cresce muito nas grandes cidades brasileiras, agravando a situação.
No âmbito doméstico, a poluição sonora ocorre pela emissão de ruídos acima
das especificações produzidas por eletrodomésticos.
O ruído industrial, além da perda orgânica da audição, provoca uma grande
variedade de males à saúde do trabalhador, que vão de efeitos psicológicos, distúrbios
neuro-vegetativos, náuseas e cefaléias, até redução da produtividade, aumento do
número de acidentes, de consultas médicas e do absenteísmo. Segundo a Sociedade
Brasileira de Acústica, os níveis de ruído industrial nas empresas brasileiras são
absurdamente excessivos.
Essa situação pode ser revertida aplicando-se as tecnologias de controle de
ruído existentes, que envolvem o desenvolvimento de produtos específicos, recursos
para identificação e análise das fontes de ruído, previsão da redução de ruídos através
de programas de simulação e o desenvolvimento de máquinas menos ruidosas.
Poluição visual
Dá-se o nome de poluição visual ao excesso de elementos ligados à
comunicação visual (como cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas,
etc.) dispostos em ambientes urbanos, especialmente em centros comerciais e de
serviços. Acredita-se que, além de promover o desconforto espacial e visual daqueles
que transitam por estes locais, este excesso enfeia as cidades modernas,
desvalorizando-as e tornando-as apenas um espaço de promoção do fetiche e das
trocas comerciais capitalistas. Acredita-se que o problema, porém, não é a existência
da propaganda, mas o seu descontrolo.
Apesar de ser considerada por alguns como uma expressão artística, o grafite
pode contribuir para a degradação visual de área da cidade.
Também é considerada poluição visual algumas atuações humanas sem estar
necessariamente ligada a publicidade tais como o grafite, pichações, fios de
eletricidade e telefônicos, as edificações com falta de manutenção, o lixo exposto não
orgânico, e outros resíduos urbanos.
A poluição visual degrada os centros urbanos pela não coerência com a
fachada das edificações, pela falta de harmonia de anúncios, logótipos e propagandas
que concorrem pela atenção do espectador, causando prejuízo a outros, etc. O
indivíduo perde, em um certo sentido, a sua cidadania (no sentido de que ele é um
agente que participa altivamente da dinâmica da cidade) para se tornar apenas um
espectador e consumidor, envolvido na efemeridade dos fenômenos de massas. A
profusão da propaganda na paisagem urbana pode ser considerada uma característica
da cultura de massas pós-moderna.
Certos municípios, quando tentam revitalizar regiões degradadas pela violência
e pelos diversos tipos de poluição, baixam normas contra a poluição visual,
determinando que as lojas e outros geradores desse tipo de poluição mudem suas
fachadas a fim de tornar a cidade mais harmônica e esteticamente agradável ao
usuário.
Uma das maiores preocupações sobre a poluição visual em vias públicas de
intenso tráfego, é que pode concorrer para acidentes automobilísticos. Muitos países
possuem legislações específicas para controlo de sinalizações em diversas categorias
de vias.
Os psicólogos afirmam que os prejuízos não se restringem a questão material e
também na saúde mental dos usuários, à medida que sobrecarrega o indivíduo de
informações desnecessárias.
BIBLIOGRAFIA
BRAGA, Benedito et. al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005.
PHILLIPI JR, Arlindo et. al. Curso de gestão ambiental. Barueri – SP: Manole, 2004.
SITES CONSULTADOS
www.ambientebrasil.com.br;
www.mma.gov.br;
www.portalsaofrancisco.com.br;