da grande data, Natal, o Cristo visita a Terra nos tra- zendo um clima diferente, onde nos parece
que cada
Jesus Cristo.
viera...”.
Teresa, município de Valença, estado do Rio de Ja- neiro, cuja cidade hoje tem o nome de Rio das
Flores.
Pereira.
esposa.
Com a ajuda de amigos e de sua lealdade, con- seguiu o emprego de funcionário público.
Emprego
em janeiro de 1935.
da família. Nunca exigira de seus pais, em sua ado- lescência, como é normal nas jovens, querer
roupas,
irmãos menores para cuidar, não conseguia acom- panhar suas necessidades médicas, sendo por
isto,
retornar a conviver
com os pais.
A 23 de janeiro
de 1907, quando
estava Yvonne com
quase um mês de
repentino acesso
de tosse, levando-a
a sufocação. Ficou
horas manteve-se
sem pulso e em
estado cadavérico.
O médico dera o
que sua filhinha não estava morta. Algo lhe dizia que
Como católica fervorosa, dona Elisabeth re- colheu-se num aposento tranqüilo da casa,
enquanto
caixão.
procurarei entender a lei da morte. Mas, se como sin- to, ela estiver viva, sofrendo algum
distúrbio ignora- do, rogo Senhora, que intervenha junto a Deus, para
E Yvonne ouvia sempre sua mãe contar esse episó- dio de sua vida, acrescentando que ela,
desde aí, já
deste.
feita de seu amoroso coração maternal, dona Elisa- beth tocou carinhosamente a cabecinha da
filha, no
transmitir energias, através do passe que a re- vitalizaram, e a menina abrindo os olhinhos deu
um
grito assustado, e logo após, começou a chorar con- vulsivamente. Imediatamente, sua mãe a
ergueu no
colo e agradeceu muito a Maria de Nazaré, pois en- tendeu que ela tinha escutado suas preces e
aceitado a
poucos dias de vida, diz ela que em existência pas- sada teria se suicidado por afogamento, e
que isso
eram reminiscências mentais e vibratórias, que per- maneceram por longos períodos durante a
reencar- nação.
vida.
das obras mediúnicas com os espíritos de Dr. Be- zerra de Menezes, Camilo Castelo Branco,
Victor
aceitar morar onde morava. Para ela seus pais e ir- mãos eram profundamente estranhos. Foi
numa des- sas crises de apatia com a vida presente, que repe- tiu-se a catalepsia. Ela estava com
oito anos. Viu-se
socorro para seu abatimento interior e para sua infe- licidade, pois embora com pouca idade,
não gostaria
o “por quê”. Repentinamente, escutou e viu uma en- tidade lhe oferecendo a mão e dizendo:
— Vem comigo, minha filha, encontrarás as res- postas agora.
Yvonne viu-se transportada para a Espanha. Lógi- co que na presente reencarnação ela não
reconhece- ria o país, mas reconheceu a casa e o motivo interior
No interior da casa, reconhece o médico Rober- to de Canalejas como seu pai e o querido
espírito
orientador:
aperfeiçoamento espiritual.
O senhor Manoel José, pai de Yvonne nesta re- encarnação, era espírita e de a muito observando
o comportamento da filha, deu-lhe de presente O
Evangelho Segundo o Espiritismo e O Livro dos Es- píritos. Ensinou-a a entender as obras de
Kardec,
seu potencial como médium. Por várias vezes acom- panhou ele os desdobramentos de Yvonne.
Como
Dos treze anos em diante, Yvonne já com um pou- co mais de conhecimento dos estudos
doutrinários,
primeira comunicação psicográfica, veio por inter- médio do espírito de Roberto de Canalejas.
Trazia
ele elucidações sobre o suicídio, evidenciando o es- tado crítico dos espíritos que praticam esse
inconse- qüente ato.
Dessa forma, foi ela desenvolvendo suas me- diunidades: psicografia, psicofonia, receitista (ho-
meopatia), passista, desdobramento, cura, vidência e
Era sincera e não iludia ninguém com fantasias e mi- tos espirituais. Dizia sempre que a
mediunidade era
Foram muitos os livros mediúnicos, como ro- mances, contos ou crônicas, mas nenhum de men-
sagens. Escreveu muitos artigos para o Reformador
(F.E.B.) e para vários jornais espíritas. Sua admira- ção e carinho pelo espírito de Chopin era
tanto, que
cura. Entregava-se por inteiro ao receituário ho- meopático. Era assistida pelo espírito do Dr.
Bezerra
doentes.
passado.
Os doentes de todas as formas, físicas e espiri- tuais, a procuravam em grande número. Yvonne,
própria.
Brasileira, e lhe conta que sem recursos, o único re- médio que era ministrado aos doentes no
geral era
pedido.
farão.
juntamente com o espírito de Camilo Castelo Bran- co, conversavam muito com Yvonne, a
respeito do
levara ao suicídio.
loucura.
às zonas umbralinas, onde milhões de espíritos so- frem e purgam aí seus erros, propôs-lhe
escrever um
Foi pela edição deste livro e de um outro romance, “Amor e Ódio”, que levou Yvonne, a ir pela
primeira
vez conhecer a Federação Espírita Brasileira, a fa- mosa “Casa Máter” do Espiritismo no Brasil.
Máter”, e examinador das obras literárias e mediúni- cas da Doutrina (bons tempos esses, onde
os livros
ela se retira. De retorno à sua casa, a médium re- conheceu que talvez fosse melhor assim. Ela
iria
conseguido entender os escritos passados por Cami- lo, no livro Memórias de um Suicida.
controvérsia, principalmente por tratar-se de um as- sunto tão complexo como o suicídio. Enviou
então os originais do livro “Amor e Ódio”
mediúnicas, tanto psicográficas, quanto de psicofo- nia, que realizava em sua casa ou nos
agrupamentos
outros poucas vezes no mês, por falta de entrosa- mento pessoal, mas sempre com muito
carinho no
As experiências e estudos profundos de Léon De- nis sobre o assunto, deram outra característica
ao
a presença do Dr. Bezerra de Menezes, quando a im- pediu de queimar os originais, avisando-a
que mais
Voltou a médium à Federação, agora mais tranqüi- la. Estava segura com os originais que levava.
Não
do médium Chico Xavier, e este lhe diz do contenta- mento em ter lido os originais de “Amor e
Ódio”,
e que ficara impressionado com o drama ali relata- do, por ter reconhecido a vida passada da
médium
obras da médium, mas também outras como: “Re- cordações da Mediunidade” (relatos de sua
infância
Em todas estas obras, aí encontramos as perso- nagens das vidas passadas da nossa Yvonne,
como:
Muitas foram as reencarnações que juntos enfrenta- ram problemas, como pai e filha, irmãos e
amantes,
com que a compreensão de Charles, Yvonne mudas- se os rumos de suas vidas, cada um
procurando ser
reencarnações.
Yvonne recebia e enviava muitas correspondên- cias. Todas pedindo ou abençoando seu
caminho
mediúnico. Seus livros são muito aceitos pelo pú- blico espírita ou não. Eles chamam muita
atenção
comovente deste espírito, em prestar socorro aos en- fermos do físico e do espírito.
admiravam e a respeitavam pelo trabalho desen- volvido por ela. Recorriam aos seus préstimos
para
saberem como solucionar problemas, por vezes mui- to complicados, em suas paróquias,
principalmente
usam uma batina, mas agem como verdadeiros es- píritas, quando sentem a dor do semelhante.
reencarnatórios nos núcleos familiares. Como per- doar nossos desafetos passados? Se
relembrássemos
conviver? Onde começaria o perdão? Pois, sem mes- mo termos essa recordação, há desavenças
famili- ares, até mesmo ódio entre irmãos etc., como seriam
Xavier, Eurípedes Barsanulfo etc., espíritos reen- carnados, com missão a ser cumprida pelo Bem
da
criaturas a se voltarem às Leis de Deus, pelos exem- plos que deveriam dar como fruto dessa
missão, de
Estação
Ferroviária
de Rio das
Flores - RJ
(foto atual).
Terra.
visto como um problema muito sério, a ser esclare- cido por todos aqueles que orientam
agrupamentos
não se instale nos núcleos que levam a sério o movi- mento Espírita Cristão. Lembremos das
respon- sabilidades que pesam sobre os ombros daqueles que
esclarecem a Verdade.
Voltando aos relatos mediúnicos de Yvonne Ama- ral Pereira, é interessante fixar-nos, nos acon-
tecimentos dos desdobramentos feitos, pela sua ca- pacidade de reencontrar figuras notáveis,
vividas em
épocas passadas.
a aproximação de um espírito. Como sempre acon- tecia, ao sentir-se desdobrar, havia uma leve
tonteira
e se vê no leito, sentada ao lado de seu corpo car- nal, e junto dela o espírito elegantemente
vestido,
doença que o levou a óbito, a tuberculose. Seu es- tado era lastimável.
considerado normal, para a Espiritualidade Supe- rior, pois ele, Chopin, não conseguia desfazer-
se dos
acontecimentos dessa reencarnação. Yvonne, procu- rando auxiliar Chopin com passes
magnéticos, junto
diz que apenas o deixasse falar, e procurasse acom- panhar seus pensamentos.
falava, Yvonne via refletido como numa tela cine- matográfica, o que ele relata.
à pintura, arquitetura, poesia e música. Foram reen- carnações curtas. Logo após seu desencarne
como
Era preciso que assim fosse, para que seu desequilí- brio espiritual, não o prendesse em regiões
umbrali- nas por longo tempo. Estes acontecimentos são nor- mais, diz Charles.
espiritual após
muitas reencarna- ções, quando ela
vai melhorando e
elevados. Quando
passa a reconhecer
verdadeiros, pois
vão substituindo as
paixões terrenas, a
ambição, os desvios
da carne etc.
formas. A médium pode sentir a mudança de ambien- te. Via uma triste paisagem à sua frente.
Uma estrada
tortuosa, repleta de curvas. Ao redor, árvores com
galhos ressequidos. Plantações com ares de aban- dono, numa terra árida, como cereais de tons
ama- relados, com folhas quase sem vida. Mais adiante,
via-se caminhando por essas vielas ao lado de Cho- pin. Este permanecia ao piano.
falou:
— Minha cara Yvonne, esta é a paisagem da an- tiga Polônia, berço natal e muito amado por
Chopin.
Césares da época.
Quando convidado a fazer um concerto em ho- menagem a César, ao iniciá-lo, viu e sentiu o
pouco
caso e as ordens dadas por César para que os solda- dos prendessem os revoltados às suas
ordens. Chopin
bom som:
com a cobertura dos amigos das “artes” que o acom- panhavam, conseguiu fugir.
melhor.
Polônia. Dizem os mensageiros de Jesus que nos so- correm, nos momentos de fraqueza
espiritual, que es- sas lembranças devem se dissipar das nossas mentes.
fluidicamente o ambiente.
como conhecido, ou o
as donzelas da corte
imensa, compositor,
cantando as canções
românticas vazadas de
da carne o assediavam dia e noite. Com isto, facil- mente enredava-se às faixas obsessivas.
A médium, vendo que esses momentos da aproxi- mação com os desafetos, iriam prejudicá-lo
intensa- mente, ela vê Charles aproximar-se e orientá-la:
Cremos que com este seu desabafo, sua condição es- piritual ficará melhor.
volta ao corpo. Estava feliz. Conseguira ser útil aju- dando esse grande amigo, que tempos depois
retor- naria, como espírito.
num dia de chuva, pois a umidade perfumada paira- va no ar. Ouve, então, a voz de Chopin ao
seu ouvido
dizendo:
Esse pequeno trecho descrito por Yvonne, está na íntegra no 1º capítulo do livro “Amor e Ódio”,
psico- grafado por ela, pelo espírito de Charles.
de Chopin. Desta vez foi pela clarividência e audiên- cia, mediunidade também exercida por ela.
público, vê Chopin aproximar-se com um peque- no buquê de violetas às mãos, que coloca sobre
a
estar se sentindo muito bem com a ajuda dos médi- cos espirituais e amigos. Estava ali, por que
talvez
para futuras tarefas junto ao povo. O plano espiri- tual superior insistia nesse ponto, porque só
assim
Léon Tolstoi
10
— Então, não virá mais como pianista e composi- tor? Deixará de lutar pelo refazimento das
Artes?
— Não, minha amiga. Continuarei, pois a músi- ca está no meu interior. Jamais a deixarei, porém,
dor alheia, coisa que nunca me preocupou. Não vi- verei nem da música, como outrora, e muito
menos
para ajudar as criaturas nos caminhos da reencarna- ção. Aprendi, a duras penas, que Deus nos
dá o ne- cessário e que o supérfluo só nos distancia da reta
pensa ter cumprido seu dever, pois conseguira pas- sar em seu livro as revelações
que procura mostrar o panorama mediúnico do mun- do espiritual. Tem a orientação do Dr.
Bezerra de
protetor Charles. Diz que ele foi martirizado no sé- culo XVI na França, na fatídica matança de
São Bar- tolomeu. Ele também viveu no século seguinte na
Índia, onde foi soberano.
detalhes.
Chopin contara-lhe que a vinda dos espíritos su- periores à Terra, terá como vanguardeiro o
ilumina- do espírito de Victor Hugo. Isto se daria após o ano
se curaram por ela, com a comprovação médica ter- rena. Cirurgias marcadas e depois
suspensas, por não
tratamentos espirituais pela médium, partos compli- cados que, com a chegada de Yvonne
(chamada com
com os obsessores. Ela achava essa tarefa muito im- portante, pois em todas as reencarnações
(exceto esta
Menezes, que a acompanhou em muitas reencarna- ções, sempre obteve alívio e orientação
segura, tanto
mãos no trabalho profícuo e crendo em Jesus, sen- do perseverante, o “bem” vence o “mal”.
Acima de
1906, como consta em alguns livros, com a ortogra- fia antiga onde se lê o nome: Yphone do
Amarall
A. Pereira
Segunda-feira à Sábado.
Banca de
Livros Espíritas
“Joaquim Alves
(Jô)”
plano terreno.
Eurípedes de Barsanulfo, outro pioneiro que re- encarnou, abrindo caminho, preparando as
criaturas
para o “Mundo Maior”, possibilitando com seu tra- balho a continuidade mediúnica vindo pelo
excelente
sabedor dessa sua inclinação, a orientava constante- mente com relação ao passe magnético.
trabalhou no centro espírita local e em outros agru- pamentos, onde a médium comparecia para
desen- volver sua tarefa medianímica. Houveram até tra- balhos de materializações, onde
Eurípedes atuou
muito ao lado de Yvonne.
Por volta de 1962, ele também passou a nos brin- dar com belíssimas páginas através da
mediunidade
de Yvonne.
Yvonne por longo período, pois também ali ela reen- caranara (declaração da própria Yvonne
para o jornal
“Obreiros do Bem”, periódico espírita do Rio de Ja- neiro, hoje não mais existindo), buscara-a
para que
pudesse auxiliá-lo trazendo a luz seu romance “Res- surreição e Vida”. Nesse romance
mediúnico, mais
e de Paulo de Tarso.
Aqui sim é o que podemos dizer com toda con- vicção, “vale a pena ler de novo”, pois instrui e
constroe. Duas grandes almas à serviço de Jesus.
muitos foram os núcleos que surgiram ho- menageando-a e procurando continuar com os estu-
dos e as tarefas que aprenderam com ela, em nome
do Cristo. São eles, os mais atuais: Núcleo Assisten- cial Antônio de Aquino do Centro Espírita
Léon De- nis, montando um gabinete dentário para os carentes
Amaral Pereira.
Portanto, a vida e a obra desta tarefeira incan- sável, ficarão gravadas não só nos corações que
com
ela conviveram, como para todos que a admiram pe- los livros editados e que conseguem elevar
o ânimo
Eloisa
Bibliografia:
* Amor e Ódio, Yvonne Amaral Pereira, pelo espírito Charles, FEB, 3ª edição, 1976.
* Ressurreição e Vida, Yvonne Amaral Pereira, pelo Espírito Léon Tolstoi, FEB,
8ª edição, 1991.
12
Jacintho”)
Mestre Jesus.
o nosso espírito.
Através das explicações dos Espíritos, podemos entender
simples de Jesus.
coisas.
Jesus nos ensinou: “Toda a planta que não for plantada
e perdurar.
Wilson
Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual a utilidade do ensino que os
Espíritos dão? Terão que nos ensinar mais alguma coisa?