M AT ER IAL DE
AP OIO
DISSÍDIO INDIVIDUAL
O princípio da inércia da jurisdição (ou princípio dispositivo ) estabelece que o juiz apenas
prestará a tutela jurisdicional quando provocado, o que se faz através da demanda,
exteriorizada na petição inicial.
No entanto, após iniciado o processo por meio da petição inicial, os juízes/tribunais terão a
ampla liberdade na condução do processo, podendo determinar qualquer dilig ência que reputar
necessária ao esclarecimento da causa, independentemente de provocação (impulso oficial). É
o que se chama, a saber, de princípio inquisitivo.
De acordo com o art. 840 da CLT a reclamação poderá ser verbal ou escrita:
§1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a desig nação do juízo, a qualificação das
partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo,
determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu
representante. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017).
Por outro lado, se a reclamação for verbal, ela deverá ser distribuída antes de sua redução a
termo, por dicção do art. 786 da CLT:
Art. 786 - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.
Parág rafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força
maior, apresentar-se no pra zo de 5 (cinco) dia s , ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la
a termo, sob a pena estabelecida no art. 731.
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se
Com efeito, após a sua distribuição o reclamante deverá apresentar-se no prazo de 5 (cinco)
dias à secretaria para reduzi-la a termo, sob pena de ficar impossibilitado pelo prazo de 6 (seis)
meses de pleitear perante a Justiça do Trabalho (perempção temporária), salvo motivo de força
maior. Além disso, o decaimento do direito incidirá, inclusive, sobre pedidos que não foram
requeridos na primeira reclamação.
Ocorre que também se verificará a perempção temporária quando o reclamante der causa a
dois arquivamentos seg uidos da reclamação trabalhista por não comparecimento à audiência,
nos termos do art. 732 da CLT:
Art. 732 - Na mesma pena do artig o anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes
seg uidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
Em que pese a reclamação escrita está deverá ser formulada em 2 (duas) vias e acompanhada
dos documentos em que se fundar (art. 787 da CLT).
O art. 840, §1°, da CLT é responsável por estabelecer os requisitos para petição inicial no
processo trabalhista, diferindo-lhe dos requisitos exig idos na petição inicial do procedimento
comum A esse respeito, analisa-se o art. 840 da CLT:
§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo
escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artig o. (Redação
dada pela Lei nº 13.467, de 2017).
§ 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artig o serão julg ados extintos
sem resolução do mérito. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (g rifo nosso).
Por sua vez, o pedido é tido como requisito principal da demanda, porquanto responsável por
delimitá-la. Aqui, de acordo com o art. 840, §1°, da CLT o pedido deve ser:
Quanto aos demais requisitos da petição inicial estabelecidos no art.319 do CPC, verifica-se que
não se aplica ao processo do trabalho a especificação das provas, uma vez que as provas são
realizadas em audiência, e a exig ência sobre a opção do autor pela realização ou não da
audiência de conciliação e mediação, em virtude da incompatibilidade com o sistema normativo
processual do trabalho, consoante art. 2°, IV, IN n.39/2016.
Na hipótese de vício sanável da petição inicial deverá o mag istrado conceder a parte o prazo
de 15 (quinze) dias para emendá-la. A esse respeito, o art.330 do CPC é aplicado
subsidiariamente ao processo do trabalho:
I - for inepta;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses leg ais em que se permite o pedido
g enérico;
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrig ação decorrente de empréstimo, de
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na
petição inicial, dentre as obrig ações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de
quantificar o valor incontroverso do débito.
S úmula nº 263 do TS T
Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento
da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à
propositura da ação ou não preencher outro requisito leg al, somente é cabível se, após
intimada para suprir a irreg ularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que
deve ser corrig ido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015).
Se presente uma das situações previstas no art. 330 do CPC, seg undo o entendimento sumular
acima, a petição inicial deverá ser indeferida (vício insanável). Apenas será concedido o prazo
para emendá-la nas seg uintes hipóteses (vícios sanáveis): a) faltar-lhe documento
indispensável; e b) não preencher outro requisito leg al. É, inclusive, o que se percebe com a
leitura do §3° do art. 840 da CLT.
Situação diversa do indeferimento da petição inicial que provoca a extinção do processo sem
resolução de mérito, a improcedência liminar do pedido exting ue o processo com resolução de
mérito sem a citação da parte contrária. Sobre isso, verifica-se que o art. 332 do CPC é
responsável por elencar as situações em que cabe a improcedência liminar.
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho
em julg amento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art. 1046, § 4º);
IV - enunciado de súmula de Tribunal Reg ional do Trabalho sobre direito local, convenção
coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho, sentença normativa ou reg ulamento
empresarial de observância obrig atória em área territorial que não exceda à jurisdição do
respectivo Tribunal (CLT, art. 896, “b”, a contrario sensu).
Parág rafo único. O juiz também poderá julg ar liminarmente improcedente o pedido se
verificar, desde log o, a ocorrência de de ca dê ncia . (g rifo nosso).
Ressalta-se que, no parág rafo único, apenas houve a previsão da decadência de ofício pelo
mag istrado, não mencionado a prescrição. Tal previsão se justifica pela impossibilidade do juiz
trabalhista decretar de ofício a prescrição, em razão do princípio da proteção, situação que não
se aplica ao processo civil, no qual é devido ao juiz analisar a prescrição e decadência.
A reclamação trabalhista será submetida à distribuição nas localidades onde houver mais de
uma vara de trabalho, consoante art. 838 da CLT:
Art. 838 - Nas localidades em que houver mais de 1 (uma) Junta ou mais de 1 (um) Juízo, ou
escrivão do cível, a reclamação será, preliminarmente, sujeita a distribuição, na forma do
disposto no Capítulo II, Seção II, deste Título.
Se porventura houver na localidade apenas uma vara de trabalho ela será encaminhada
diretamente à secretaria (art. 837 da CLT).
§ 1º - A notificação será feita em reg istro postal com franquia. Se o reclamado criar
embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital,
inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede
da Junta ou Juízo.
§ 3o Ofe re cida a conte s ta ção, a inda q ue e le tronica me nte , o re cla ma nte não
pode rá , s e m o cons e ntime nto do re cla ma do, de s is tir da a ção. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017). (g rifo nosso).
Destaque para a novidade acrescida pela Reforma Trabalhista no §3° do art. 841 ao prever a
“desistência unilateral”, aquela que não depende da anuência do reclamado, sendo
considerado ponto sensível na doutrina.
Isso porque, embora a redação do §3° estabeleça que o oferecimento da contestação, ainda que
pelo PJE, impede a desistência do reclamante sem a anuência do reclamado, o dispositivo deve
ser interpretado à luz dos arts. 844 e 847 da CLT.
RESPOSTA DO RÉU
Nos termos do art. 847 da CLT a defesa pode ser escrita ou oral, como se vê:
Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após
a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
Parág rafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial
A partir da leitura do artig o extrai-se que o prazo para apresentação da defesa é de 5 (cinco)
dias, prazo este que se refere ao tempo entre a citação do reclamado e a audiência, de acordo
com o art. 841 da CLT, podendo, ainda, ser incluída no PJE. Ademais, o prazo para
apresentação da defesa oral é de 20 (vinte) minutos.
Com a alteração promovida pela Lei n. 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) ao artig o 775 da
CLT, a contag em dos prazos processuais será em dias úteis, excluindo-se o dia de início e
incluindo o dia de vencimento.
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do
dia do começo e inclusão do dia do vencimento. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017).
§ 1o Os prazos podem ser prorrog ados, pelo tempo estritamente necessário, nas seg uintes
hipóteses: (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - quando o juízo entender necessário; (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de
2017)
§ 2o Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios
de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à
tutela do direito. (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017).
No que diz respeito às pessoas jurídicas de direito público (União, Estado, DF e Municípios),
bem como as autarquias e fundações públicas que não exploram atividade econômica, o prazo
para apresentação da defesa será quadruplicado, por dicção do art. 1°, II, do Decreto-lei n.
779/69:
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilég io da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público
federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica:
II - o q uá dr uplo do pra zo fixa do no a rtig o 841, "in fine ", da Cons olida ção da s Le is
do Tra ba lho;
V - o recurso ordinário "ex officio" das decisões que lhe sejam total ou parcialmente
contrárias;
VI - o pag amento de custas a final salva quanto à União Federal, que não as pag ará. (g rifo
nosso).
A contestação é considerada como o principal meio de defesa do reclamado, por meio dela
apresenta-se toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que
pretende impug nar a o pleito autoral. Por essa razão, afirma-se que será aplicado à defesa o
princípio da eventualidade seg undo o qual todas as matérias de defesa devem ser incluídas na
contestação, sob pena de preclusão.
Além disso, vale destacar que a contestação é reg ida pelo princípio da impug nação específica,
cabendo ao reclamado, no momento da defesa, impug nar precisamente todas as aleg ações de
fato levantadas na petição inicial.
Conte s ta ção
2.2. Re ve lia
No entanto, não se apresentará tal efeito (revelia) nas seg uintes hipóteses previstas no art. 844,
§4°, da CLT acrescido pela Lei n°. 13.467/2017 (Reforma trabalhista):
§ 1o - Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julg amento, desig nando nova
audiência. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2º- Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pag amento das custas
calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça g ratuita,
salvo se comprovar, no pra zo de q uinze dia s , que a ausência ocorreu por motivo
leg almente justificável. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o - O pag amento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova
demanda. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a pe tição inicia l não e s tive r a compa nha da de ins tr ume nto q ue a le i cons ide re
indis pe ns á ve l à prova do a to; (Incluído pe la Le i nº 13.467, de 20 17);
§ 5o - Ainda q ue a us e nte o re cla ma do, pre s e nte o a dvog a do na a udiê ncia , s e rão
a ce itos a conte s ta ção e os docume ntos e ve ntua lme nte a pre s e nta dos. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017). (g rifo nosso).
Isso porque a revelia não se confunde com os seus efeitos que poderão ser: a) material –
presunção de veracidade dos fatos aduzidos na inicial (confissão ficta); ou b) processuais –
julg amento antecipado de mérito e a não necessidade de intimação do réu, sem procurador nos
autos, quanto aos demais atos. Este último efeito, em razão do art. 852 da CLT, não é aplicado
ao processo do trabalho.
Re ve lia
(confis s ão ficta )
Presunção de veracidade dos 1. Julg amento antecipado de mérito (art.355, II, do CPC); e
fatos aduzidos na inicial. 2. Não necessidade de intimação quanto aos demais atos
do processo ao réu sem procurador nos autos.
Obs.: não s e a plica o s e g undo e fe ito proce s s ua l (q ua nto à a us ê ncia de intima ção)
no proce s s o de tra ba lho, e m virtude do te or do a rt. 852 da CLT.
Por sua vez, a partir da leitura do artig o acima, percebe-se que embora haja ausência do
reclamado é possível a entreg a da contestação e demais documentos pelo advog ado (art. 844,
§5°, da CLT). Tal previsão normativa merece esclarecimento no tocante aos efeitos da revelia.
Portanto, a confissão ficta importará na preclusão quanto ao direito de produzir novas provas,
podendo o juiz, a seu critério, continuar com a instrução nos termos da Súmula 74, III, do TST:
S úmula nº 74 do TS T
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não
comparecer à audiência em prosseg uimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA
69/1978, DJ 26.09.1978)
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a
confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando
cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 -
inserida em 08.11.2000)
III- A ve da ção à produção de prova pos te rior pe la pa rte confe s s a s ome nte a e la
s e a plica , não a fe ta ndo o e xe rcício, pe lo ma g is tra do, do pode r/de ve r de conduzir
o proce s s o. (g rifo nos s o).
Sobre a matéria, merece ainda destaque a OJ n°. 152 da SDI-I do TST sobre a inaplicabilidade
da revelia à pessoa jurídica de Direito Público:
Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no artig o 844 da CLT.
V - perempção;
VI - litispendência;
VIII - conexão;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exig e como preliminar;
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e
o mesmo pedido.
§ 4o Há coisa julg ada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em
julg ado.
As defesas de mérito estão relacionadas ao próprio direito material invocado pelo reclamante
visando a impug ná-lo.
Com a vig ência do novo CPC (Lei n°. 13.105/2015) aplicava-se ao processo do trabalho –
defendia a doutrina – de forma subsidiária, o reg ramento específico da exceção de
incompetência relativa, por meio do qual era feita no próprio bojo da contestação.
Contudo, com as inovações promovidas pela Lei n°. 13.467/2017, o instituto sofreu novo
tratamento. Isso porque, nos termos do art. 800, caput, da CLT, a exceção territorial deverá ser
aleg ada em peça apartada:
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar
da notificação, a nte s da a udiê ncia e e m pe ça q ue s ina lize a e xis tê ncia de s ta e xce ção ,
seg uir-se-á o procedimento estabelecido neste artig o. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017)
A esse respeito, verifica-se que caso não seja apresentada a exceção de incompetência relativa
no prazo de 5 (cinco) dias a contar da notificação, antes da audiência, prorrog ar-se-á a
competência. A peça deverá protocolada no juízo onde tramita a reclamação trabalhista.
Ademais, a competência relativa não poderá ser declarada ex officio consoante a OJ n°. 149
SDI-II do TST:
Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador,
da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo
reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta.
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não
ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Reg ional do
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impug nação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção
de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Reg ional distinto
daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
Estas espécies de exceção g arantem que a prestação da tutela jurisdicional seja feita de maneira
impa rcia l.
Art. 801 - O juiz, presidente ou vog al, é obrig ado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado,
por alg um dos seg uintes motivos, em relação à pessoa dos litig antes:
a) inimizade pessoal;
b) amizade íntima;
Parág rafo único - Se o recusante houver praticado alg um ato pelo qual haja consentido na
pessoa do juiz, não mais poderá aleg ar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo.
A suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de
aleg á-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz
recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se orig inou.
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advog ado ou
membro do Ministério Público, seu cônjug e ou companheiro, ou qualquer
parente, consang uíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
g rau, inclusive;
VII - em que fig ure como parte instituição de ensino com a qual tenha
relação de empreg o ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que fig ure como parte cliente do escritório de advocacia de seu
cônjug e, companheiro ou parente, consang uíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro g rau, inclusive, mesmo que patrocinado por
advog ado de outro escritório;
S us pe ição A suspeição está lig ada aos elementos subjetivos, motivo pelo qual a parte
deverá demonstrar a influência do julg ador, não importando a mera
aleg ação.
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjug e
ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro g rau,
inclusive;
II - a parte que a aleg a houver praticado ato que sig nifique manifesta
Art. 146. No pra zo de 15 (q uinze ) dia s , a contar do conhecimento do fato, a parte aleg ará
o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirig ida ao juiz do processo, na qual
indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a
aleg ação e com rol de testemunhas.
II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julg amento do incidente.
§ 3o Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for
recebido com efeito suspensivo, a tutela de urg ência será requerida ao substituto leg al.
Desse modo, havendo o reconhecimento do impedimento ou suspeição por parte do julg ador,
os autos serão encaminhados ao substituto leg al do juiz, em decisão irrecorrível. Ao contrário,
caso manifestado resistência, o julg amento será realizado pelo TRT ao qual estiver vinculado o
juiz.
Em virtude do vácuo leg islativo sobre a matéria na CLT, aplica-se o art. 343 do CPC:
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão
própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advog ado, para
apresentar resposta no pra zo de 15 (q uinze ) dia s .
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em
face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na
qualidade de substituto processual.
A par da leitura do artig o, verifica-se que reconvenção será proposta na própria contestação,
ou, caso não seja oferecida esta última, poderá o réu propor a reconvenção autonomamente.
Além disso, por ocasião da inovação leg islativa proposta pela Lei n. 13.467/2017 (Reforma
Trabalhista), são cabíveis honorários advocatícios na reconvenção, consoante art. 791, §5°, da
CLT.
Trata-se a impug nação ao valor da causa de modalidade de defesa através do qual o réu
pretende questionar o requisito da petição inicial: o valor da causa. Tal requisito é considerado
importante por integ rar a base de cálculo das custas judicias e honorários sucumbenciais, sendo
de interesse tanto para o reclamado quanto para o Estado em sua indicação de maneira
correta.
Com isso, o art. 840, §1°, da CLT determina que é requisito da petição inicial a indicação do
valor do pedido. Caso não seja verificado, o juiz abrirá o prazo de 15 (quinze) dias para o
reclamante emendar a petição inicial, sob pena de indeferimento, nos termos do art. 321 do
CPC:
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e
320 ou que apresenta defeitos e irreg ularidades capazes de dificultar o julg amento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando
com precisão o que deve ser corrig ido ou completado.
Noutro plano, por determinação da IN n.39/2016 do TST (responsável por indicar as normas
processuais civis aplicáveis ao processo do trabalho) poderá o mag istrado corrig ir de ofício e
por arbitramento o valor da causa, por dicção do art.292, §3°, do CPC:
(...).
Ins trução Norma tiva de n°. 39/20 16 do Tribuna l S upe rior do Tra ba lho
III - art. 139, exceto a parte final do inciso V (poderes, deveres e responsabilidades do juiz);
IV - art. 292, V (valor pretendido na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral);
(...)
3. PROVAS
A demonstração do direito – ressalta-se – não é necessária, haja vista que vig ora a máxima
“iura novit cúria”, isto é, o mag istrado conhece o direito. No entanto, de maneira excepcional,
quando se tratar de direito estadual, municipal, estrang eiro ou consuetudinário, o direito pode
vir a ser comprovado, desde que solicitado pelo juiz, consoante art. 376 do CPC:
Art. 376. A parte que aleg ar direito municipal, estadual, estrang eiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vig ência, se assim o juiz determinar.
No processo do trabalho a sing ularidade fica por conta das normas coletivas (convenção
coletiva e acordo coletivo), reg ulamento da empresa e sentenças normativas.
Por outro lado, alg uns fatos não dependem de prova, sendo estes, de acordo com o art. 374 do
CPC, aplicados subsidiariamente ao processo do trabalho:
Te oria Dis tribui pre via me nte o ônus da prova pa ra ca da uma da s pa rte s.
Es tá tica do No proce s s o do tra ba lho a s ua pre vis ão e s tá e xplícita no a rt. 818 da
ônus da CLT:
prova
Art. 818. O ônus da prova incumbe:
(...)
(...)
(...)
No âmbito do processo do trabalho, a reg ra é que seja aplicada a teoria estática do ônus da
prova, razão pela qual cabe ao empreg ado (reclamante) o ônus de provar os fatos constitutivos
do seu direito e do empreg ador (reclamado) provas os fatos impeditivos modificativos e
extintivos do direito daquele (art.818 da CLT).
No entanto, analisando o mag istrado que, no caso concreto, determinada parte possui
melhores condições de produzir a prova, pode redistribuir o ônus a esta, mediante decisão
fundamentada, desde que presentes alg uns dos requisitos: a ) nos casos previstos em lei; ou b)
É possível extrair da Súmula 338 do TST a opção, em determinados casos, pela distribuição do
ônus da prova:
S úmula n. 338 do TS T
I - É ônus do empreg ador que conta com mais de 10 (dez) empreg ados o reg istro da jornada
de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles
de freqüência g era presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser
elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ
21.11.2003).
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são
inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que
passa a ser do empreg ador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-
OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003).
De acordo com o §2° do art.818 da CLT o momento oportuno para redistribuir o ônus da
prova será a fase anterior à instrução do processo, podendo ser adiada a audiência, a
requerimento da parte, uma vez que o juiz distribui o ônus, via de reg ra, na própria audiência:
(...)
Por conseg uinte, o §3° refere-se à “prova diabólica”, aquela em que o cumprimento do
encarg o pela outra parte seja excessivamente difícil ou impossível, situação pela qual se veda a
sua imposição, g erando a nulidade da decisão.
Se, por outro âng ulo, o empreg ador aleg ar que os serviços prestados pelo empreg ado não se
equipara à relação de empreg o, mas a outra espécie de relação de trabalho (autônomo, p.ex.) o
ônus da prova cabe ao empreg ador por referir-se a fato impeditivo.
Havendo a aleg ação de neg ativa de despedimento pelo empreg ador ou, ainda, que a extinção
da relação de empreg o se deu por conta do empreg ado, seja por motivo de justa causa ou a
pedido deste último, cabe ao empreg ador comprovar a aleg ação, consoante Súmula 212 do
TST:
S úmula nº 212 do TS T
Admite a pre s ta ção do s e rviço, no e nta nto não como Reclamado Fato
e mpre g a do (a utônomo, p.e x.) (empreg ador) impeditivo
A par da leitura da Súmula 6, VIII, do TST observa-se que é do empreg ado o ônus da prova no
que se refere à equiparação salarial. Seg ue a redação da súmula:
V - A cessão de empreg ados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em
órg ão g overnamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradig ma e do
reclamante. (ex-Súmula nº 111 - RA 102/1980, DJ 25.09.1980)
VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial
de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá
critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003)
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio,
ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma
reg ião metropolitana. (ex-OJ da SBDI-1 nº 252 - inserida em 13.03.2002). (g rifo nosso).
Ide ntida de - ausência de trabalho de ig ual valor; - pag amento Pag amento
de função das diferenças parcial das
- diferença de tempo de serviço na função salarias diferenças
superior: 2 a nos ; pleiteadas na salariais;
inicial;
- diferença de tempo de serviço para
empreg ador superior a 4 a nos ; - reclamante
recebe salário
- estabelecimento empresariais distintos;
maior que o
paradig ma;
- quadro org anizado em carreira ou adotar
plano de carg os e salários seg undo norma
- prescrição;
interna ou neg ociação coletiva;
De acordo com a Súmula 16 do TST o ônus da prova sobre o recebimento da postag em,
depois de passado 48 horas da postag em, é do destinatário. Com isso, ressalta-se que é do
destinatário o ônus de provar o não recebimento ou entreg a após o decurso de prazo de 48
horas.
S úmula nº 16 do TS T
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postag em. O seu
Depois de esg otado o prazo de 48 horas inicia-se a contag em do prazo de 5 (cinco) dias
determinado pelo art. 841 da CLT entre a data do recebimento da notificação e a audiência
inaug ural.
O ônus da prova quanto ao cumprimento de horas extraordinárias, por via de reg ra, é do
empreg ado, por tratar-se de fato constitutivo do seu direito.
Contudo, os cartões uniformes (ou invariáveis) de jornada de trabalho são inválidos para fins
de prova, devendo, assim, haver a inversão do ônus da prova para o empreg ador, ou seja,
aplica-se a teoria dinâmica do ônus da prova, consoante a súmula 338 do TST:
I - É ônus do empreg ador que conta com mais de 10 (dez) empreg ados o reg istro da jornada
de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles
de freqüência g era presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser
elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ
21.11.2003)
III - Os ca rtõe s de ponto q ue de mons tra m horá rios de e ntra da e s a ída unifor me s
s ão invá lidos como me io de prova , inve rte ndo-s e o ônus da prova , re la tivo à s
hora s e xtra s, q ue pa s s a a s e r do e mpre g a dor, pre va le ce ndo a jorna da da inicia l
s e de le não s e de s incumbir. (e x-OJ nº 30 6 da S BDI-1- DJ 11.0 8.20 0 3) (g rifo
nos s o).
O mesmo ocorre em relação à empresa com mais de 10 (dez) empreg ados, visto que é de sua
O teor da súmula n. 443 reverbera o entendimento estampado pelo TST que entende ser
discriminatória (presunção relativa) a despedida de empreg ado portador de doença g rave.
S úmula nº 443 do TS T
Desse modo, aplicando-se a teoria dinâmica do ônus da prova, cabe ao empreg ador a
demonstração de inexistência de discriminação do ato de demissão do respectivo empreg ado
portador da doença.
A partir disso, verifica-se que o empreg ador detém as informações sobre o preenchimento dos
requisitos que autorizam a concessão do benefício, seja no ato da contratação, seja durante a
relação de trabalho. Tais informações lhe permitem avaliar se o empreg ado deve receber ou
não o benefício.
Desse modo, considerando que o empreg ador possui todas as informações documentadas,
entende a jurisprudência que é seu o ônus da prova para demonstrar que o empreg ado possuía
interesse no recebimento do vale-transporte ou que não possuía todos os requisitos para
obtenção do benefício. É, inclusive, o que orienta a Súmula 460 do TST:
S úmula nº 460 do TS T
É do empreg ador o ônus de comprovar que o empreg ado não satisfaz os requisitos
indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício.
Além dos casos aqui estudados, a jurisprudência nos apresenta mais hipóteses de inversão de
ônus da prova consubstanciada em seus entendimentos sumulares.
Por dicção da Súmula n. 461 do TST, a referida corte entende que mesmo que haja aleg ação
S úmula nº 461 do TS T
É do empreg ador o ônus da prova em relação à reg ularidade dos depósitos do FGTS, pois o
pag amento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015).
O raciocínio do entendimento sumular perpassa pela obrig atoriedade imposta pela lei ao
empreg ador para o recolhimento dos depósitos relativos ao FGTS de seus empreg ados.
Dois meios de prova foram tipificados de maneira inovadora no CPC: a prova emprestada e a
ata notarial.
A prova emprestada encontra-se reg ulamentada no art. 372 do CPC e diz respeito à
possibilidade da utilização de prova realizada em outro processo (processo orig inário), desde
que a parte contra a qual se faz a prova tenha participado do contraditório no processo de
orig em. Vejamos a redação do referido artig o:
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-
lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
Vale destacar que a prova emprestada poderá ser solicitada por uma das partes, por ambas ou
pelo juiz “ex officio”, seg undo o art. 765 da CLT:
Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e
velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer dilig ência
necessária ao esclarecimento delas.
No que se refere à ata notarial o art. 384 do CPC assevera que ela tem por objetivo documentar
ou atestar a existência, ou modo de existir, de alg um fato mediante ata lavrada pelo tabelião:
Art. 384. A existência e o modo de existir de alg um fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
Parág rafo único. Dados representados por imag em ou som g ravados em arquivos
eletrônicos poderão constar da ata notarial.
Consiste em meio de prova utilizado para É ordenado de ofício e tem por objetivo
obtenção do interrog atório das partes do possibilitar que a parte compareça a juízo
processo, podendo ser requerido por uma para fins de esclarecer fatos que lhe sejam
das partes ou pelo próprio juiz ex offcio. perg untados pelo mag istrado, não
produzindo pena de confissão.
Exe mplo: caso a parte seja intimada para
prestar depoimento pessoal e advertida da
pena de confesso, não compareça ou,
comparecendo, se recusa a depor, aplicar-lhe-
á a pena de confissão.
A CLT, no art. 848, não determinou a diferença entre os presentes institutos, como se observa:
Art. 848 - Terminada a defesa, seg uir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex
officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrog ar os litig antes.
(Redação dada pela Lei nº 9.022, de 5.4.1995)
§ 1º - Findo o interrog atório, poderá qualquer dos litig antes retirar-se, prosseg uindo a
instrução com o seu representante.
Embora parte da doutrina considere que não seja possível a utilização do depoimento pessoal
na seara trabalhista, ante a ausência de reg ulação do instituto na CLT, há forte movimento
doutrinário e jurisprudencial pela sua utilização no processo do trabalho, mediante aplicação
subsidiária do CPC. Tal fato é reforçado a partir da redação da Sumula 74 do TST que previu a
S úmula nº 74 do TS T
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não
comparecer à audiência em prosseg uimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA
69/1978, DJ 26.09.1978)
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a
confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando
cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 -
inserida em 08.11.2000)
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não
afetando o exercício, pelo mag istrado, do poder/dever de conduzir o processo.
De acordo com a Súmula n.9 do TST a pena de confissão poderá ser aplicada tanto ao
empreg ado quanto ao empreg ador:
S úmula nº 9 do TS T
3.11. Confis s ão
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.
Ademais, a confissão é um ato pessoal. Log o, apenas prejudicará quem a realizou, não
alcançando litisconsortes, seg undo o art. 391 do CPC.
Por outro lado, a confissão é um ato indivisível, não podendo o litig ante que invocá-la apenas
aproveitar a parte que o beneficia, rejeitando a parte que o prejudica. Além disso, considera-se
A prova testemunhal consiste no meio de prova em que terceiro é convocado para depor sobre
fatos constantes no litíg io, atestando ou não a veracidade deles, ou, ainda, esclarecendo sobre
fatos questionados pelo mag istrado.
O art. 463 do CPC determina que o depoimento prestado em juízo é considerado com serviço
público:
Parág rafo único. A testemunha, quando sujeita ao reg ime da leg islação trabalhista, não sofre,
por comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.
A esse respeito, esclarece o art. 822 da CLT que não sofrerão descontos àqueles que
comparecem para depor:
Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço,
ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou
convocadas.
No entanto o dever de prestar depoimento ele não é absoluto, estabelece a lei os fatos sobre os
quais a testemunha não é obrig ada a depor:
A te s te munha r não é obrig a da a de por s obre os fa tos a s e g uir (a rt. 448 do CPC):
Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas
ou suspeitas.
§ 1º São incapazes:
IV - o ceg o e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
§ 2º São impedidos:
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante leg al da pessoa
jurídica, o juiz, o advog ado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
§ 3o São suspeitos:
O art. 829 da CLT previu as três hipóteses em que não será necessário prestar o compromisso:
Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro g rau civil, amig o íntimo ou inimig o de
qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples
informação.
Contudo, observa-se que, não obstante os incapazes, impedidos e suspeitos não possam
prestar depoimento na condição de testemunha, pode o mag istrado ouvi-los como simples
informantes. O instituto pelo qual a parte suscita alg umas das três hipóteses (incapacidade,
impedimento e suspeição) é a contradita, que deverá ser realizada após a qualificação da
testemunha e antes do seu compromisso, por orientação do art. 457 do CPC.
Sobre a matéria, vale destacar, ainda, o teor da Súmula 375 do TST que leciona:
S úmula nº 357 do TS T
Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litig ando ou de ter litig ado contra o
mesmo empreg ador.
No processo do trabalho, seg undo o art. 825 e 852-H, §2°, da CLT, as testemunhas deverão
comparecer independentemente de intimação. Não comparecendo à audiência desig nada, elas
ficarão sujeitas à condução coercitiva, a teor do art.825, parág rafo único e 852- H, §3°, da CLT:
Parág rafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da
O processo do trabalho define de maneira categ órica o número de testemunhas para cada
espécie de procedimento. Vejamos:
Obs ¹.: litis cons orte a tivo (vá rios re cla ma nte s ) à mesmo número de testemunhas;
Obs ² .: Litis cons orte pa s s ivo (vá rios re cla ma dos ) à o n°. máximo de testemunhas para
cada litisconsorte (reclamado).
Parág rafo único. O juiz advertirá à testemunha que incorre em sanção penal quem faz
afirmação falsa, cala ou oculta a verdade.
Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser
reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vog ais, das partes, seus representantes
ou advog ados.
Por conseg uinte, sistematizaremos as especificidades de cada rito no tocante ao reg istro do
depoimento das testemunhas:
S uma rís s imo Constarão na ata da audiência apenas os atos essenciais e as informações
necessárias ao deslinde da causa trazidas pela prova testemunhal.
S umá rio Poderá dispensar o resumo dos depoimentos e fazer constar apenas a
conclusão do juiz quanto à matéria de fato.
Ademais, de acordo com o art. 823 da CLT, caso a testemunha seja funcionário público ou
militar e tiver de depor em horário de serviço, será requisitado ao chefe da repartição a sua
liberação para comparecer à audiência desig nada.
Trata-se a prova documental de meio de prova que eng loba além dos reg istros escritos, as
g ravações mag néticas, fotog rafias, desenhos, g ravações sonoras, etc.
São apresentados, em reg ra, os documentos orig inais ou autenticados. Contudo, o comando
do art. 830 da CLT permite que o advog ado junte apenas a cópia simples do documento,
declarando a sua autenticidade, sob sua responsabilidade pessoal.
Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo
próprio advog ado, sob sua responsabilidade pessoal. (Redação dada pela Lei nº 11.925, de
2009).
Vale ressaltar que tal obrig ação (juntar documentos orig inais) não alcança as pessoas jurídicas
de direito público, seg undo OJ n. 134 da SDI-I do TST:
São válidos os documentos apresentados, por pessoa jurídica de direito público, em fotocópia
não autenticada, posteriormente à edição da Medida Provisória nº 1.360/96 e suas reedições.
O instrumento normativo em cópia não autenticada possui valor probante, desde que não
haja impug nação ao seu conteúdo, eis que se trata de documento comum às partes
Ponto sensível na doutrina diz respeito ao momento oportuno para apresentação da prova
documental. Contundo, adotamos a corrente que se filia ao raciocínio estabelecido pela
conjug ação dos arts. 434 do CPC e 787 da CLT:
Art. 434 (CPC). Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos
destinados a provar suas aleg ações.
Consig na-se, portanto, que o momento adequado para apresentação da prova documental
para o reclamante é o da peça inicial, enquanto para o reclamado é o da audiência, quando
apresentará, também a defesa.
No que concerne à juntada de documentos na fase recursal, a Súmula 8 do TST orienta que
apenas será possível quando provado o justo impedimento para sua apresentação ou se referir
a fato posterior à sentença:
S úmula nº 8 do TS T
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento
técnico ou científico.
O art. 471 do CPC determina que as partes podem, de comum acordo, escolher o perito,
indicando-o através de requerimento, desde que seja plenamente capaz e a causa permita
autocomposição:
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante
requerimento, desde que:
§ 3o A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito
nomeado pelo juiz.
No entanto, o mag istrado poderá indeferir a prova pericial nas seg uintes hipóteses, consoante
art. 464, §1°, do CPC:
No processo do trabalho, o assunto encontra-se reg ulado no art. 3° da Lei n. 5.584/70 que
revog ou o art. 826 da CLT:
Art 3º Os exames periciais serão realizados por perito único desig nado pelo Juiz, que fixará o
prazo para entreg a do laudo.
Parág rafo único. Permitir-se-á a cada parte a indicação de um assistente, cuja laudo terá que
ser apresentado no mesmo prazo assinado para o perito, sob pena de ser desentranhado dos
autos.
No rito sumaríssimo apenas se fará a prova pericial se o fato a exig ir ou se for leg almente
imposta, de modo que o juiz fixará, desde log o, o prazo, o objeto da perícia e a nomeação do
perito, consoante o art. 852-H, §4°, da CLT:
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julg amento, ainda
que não requeridas previamente. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000)
(...)
§ 4º S ome nte q ua ndo a prova do fa to o e xig ir, ou for le g a lme nte impos ta , s e rá
de fe rida prova té cnica , incumbindo a o juiz, de s de log o, fixa r o pra zo, o obje to da
pe rícia e nome a r pe rito. (Incluído pe la Le i nº 9.957, de 20 0 0 ) (g rifo nosso).
Por vista disso, verifica-se que na seara trabalhista a prova pericial será requerida por uma das
§ 2º - Arg üida e m juízo ins a lubrida de ou pe riculos ida de , s e ja por e mpre g a do, s e ja
por S indica to e m fa vor de g r upo de a s s ocia do, o juiz de s ig na rá pe rito ha bilita do
na for ma de s te a rtig o, e , onde não houve r, re q uis ita rá pe rícia a o órg ão
compe te nte do Minis té rio do Tra ba lho.
§ 3º - O disposto nos parág rafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério
do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia. (g rifo nosso).
A seg uir veremos os principais entendimentos exarados pelo TST sobre o assunto:
OJ n. 165 da S DI-I do TS T.
O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o eng enheiro para efeito de
caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração
do laudo seja o profissional devidamente qualificado.
OJ n. 278 da S DI-I do TS T.
S úmula nº 453 do TS T
S úmula nº 293 do TS T
Após apresentada a perícia as partes serão intimadas para se manifestarem, no rito ordinário,
no prazo comum de 15 (quinze) dias. No rito sumaríssimo, o prazo comum será de 5 (cinco)
dias.
Art. 790-B.A responsabilidade pelo pag amento dos honorários periciais é da parte
sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça g ratuita.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1º Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo
estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
§ 2º O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 3ºO juízo não poderá exig ir adiantamento de valores para realização de perícias. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4º Somente no caso em que o beneficiário da justiça g ratuita não tenha obtido em juízo
créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a
União responderá pelo encarg o. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Neste contexto, de acordo com a modificação promovida pela Lei n. 13.467/2017 (Reforma
Trabalhista) a reponsabilidade pelo pag amento dos honorários periciais será da parte
sucumbente quanto ao objeto da perícia, ainda que o litig ante seja beneficiário da justiça
g ratuita. Ademais, o beneficiário da justiça g ratuita será condenado ao pag amento dos
honorários quanto tiver obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de
suportar a despesa.
As despesas com os assistentes das partes serão de sua responsabilidade, uma vez que se trata
de uma faculdade, conforme disposição sumular de n. 341 do TST:
S úmula nº 341 do TS T
4. AUDIÊNCIAS
É nas audiências em que as partes e demais integ rantes dos processos são ouvidos. Vig ora na
seara trabalhista o princípio da oralidade, vez que é nela que se realiza a maioria dos atos
processuais, tais como as conciliações, apresentação de defesa, colheita de depoimentos
pessoais, oitiva das testemunhas, etc.
Art. 813 - As audiências dos órg ãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na
sede do Juízo ou Tribunal em dia s úte is previamente fixados, e ntre 8 (oito) e 18
(de zoito) hora s , não pode ndo ultra pa s s a r 5 (cinco) hora s seg uidas, salvo quando
houver matéria urg ente.
§ 1º - Em casos especiais, poderá ser desig nado outro local para a realização das audiências,
mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte
e quatro) horas.
AUDIÊNCIAS
ATENÇÃO!
As disposições dos arts. 334, §12°, e 357,§9°, do CPC, referentes aos prazos mínimos entre
as audiências não se aplica ao processo do trabalho, ante a incompatibilidade com o princípio
da simplicidade, efetividade processual e celeridade que vig ora nesta matéria. É o que
informa, inclusive, o art. 2° da IN n. 39/2016 do TST.
Em seg uida, o art. 817 da CLT estabelece que o reg istro da audiências será feito em livro
próprio, constando cada reg istro dos processos apreciados e a respectiva conclusão, bem com
eventuais ocorrências.
O art. 3° do Estatuto da OAB proíbe que o advog ado funcione no mesmo processo como
patrono e preposto simultaneamente.
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo
secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam
comparecer. (Vide Leis nºs 409, de 1943 e 6.563, de 1978)
Parág rafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não
houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de
reg istro das audiências.
Dessa forma, o atraso decorrente das demais audiências não é capaz de possibilitar a retirada
das partes que ag uardam no recinto o preg ão da audiência, de modo que, se assim o fizerem,
serão consideradas ausentes.
O processo do trabalho impõe a presença das partes na audiência. No entanto, o art. 843 da
CLT autoriza a representação das partes em determinadas situações:
Art. 843 - Na audiência de julg amento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado,
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empreg ados poderão fazer-se
representar pelo Sindicato de sua categ oria. (Redação dada pela Lei nº 6.667, de 3.7.1979)
§ 1º - É facultado ao empreg ador fazer-se substituir pelo g erente, ou qualquer outro preposto
que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrig arão o proponente.
§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for
possível ao empreg ado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro
empreg ado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
§ 3º O preposto a que se refere o § 1o deste artig o não precisa ser empreg ado da parte
reclamada. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Ações de cumprimento
EMPREGADOR
Ge re nte Preposto
Com a alteração do art. 843 da CLT passou a ser previsto no §3° que o preposto não precisa
ser empreg ado da parte reclamada.
Vale ressaltar que, não obstante não seja empreg ado do reclamado, o preposto deve ter
conhecimento dos fatos, sob pena ser aplicada a confis s ão ficta , que poderá ser afastada por
meio de prova em contrário, nos termos da S úmula 74, III, do TS T .
§ 1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julg amento, desig nando nova
audiência. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
Por vista disso, verifica-se que o recolhimento das custas é pressuposto processual neg ativo
para ing resso de nova reclamação trabalhista.
Além disso, na hipótese do reclamante der causa a dois arquivamentos seg uidos, pelo não
comparecimento na audiência, ficará impossibilitado de reclamar perante a Justiça do Trabalho,
no prazo de 6 (seis) meses, consoante art. 731 e 732 da CLT:
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se
apresentar, no prazo estabelecido no parág rafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo
tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de
reclamar perante a Justiça do Trabalho.
Art. 732 - Na mesma pena do artig o anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes
seg uidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
Se, por outro lado, a ausência do reclamante ocorrer na audiência de instrução (após
recebimento da contestação na audiência anterior) dará causa à confissão ficta, contanto que
seja devidamente intimado dessa cominação. Destacam-se os entendimentos do TST sobre a
hipótese:
S úmula nº 9 do TS T
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não
comparecer à audiência em prosseg uimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA
69/1978, DJ 26.09.1978)
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a
confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando
cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 -
inserida em 08.11.2000)
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não
afetando o exercício, pelo mag istrado, do poder/dever de conduzir o processo.
Por sua vez, caso constate a ausência do reclamante e reclamado à audiência de julg amento,
quando será proferida a audiência, o prazo recursal será iniciado, ainda que as partes não
estejam presentes.
S úmula nº 197 do TS T
S úmula nº 30 do TS T
Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julg amento
(art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a
intimação da sentença.
A ausência do reclamado da audiência inaug ural acarretará na revelia e seus efeitos, sobretudo
a confissão ficta, nos termos do art.844 da CLT.
Desse modo, assim que verificado a revelia, os fatos tornam-se incontroversos, dando causa à
aplicação da multa do art. 467 da CLT. Nesse sentido, orienta a Súmula 69 do TST:
S úmula nº 69 do TS T
Por conseg uinte, se houver a ausência do reclamado na audiência de instrução não lhe será
aplicado a revelia, mas apenas a confissão ficta, tal qual acontece com o reclamante. Se a
ausência se der na audiência de julg amento, inicia-se o prazo recursal, independentemente de
sua presença.
A lei n. 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) propôs sig nificativa mudança quanto à presença do
advog ado e ausência do reclamado na audiência. Neste passo, esclarece o §5°, do art. 844 da
CLT que, não obstante ausente a parte reclamada, serão aceitos a contestação e documentos
apresentados pelo advog ado.
Desta feita, embora haja diverg ência doutrinária sobre o assunto, entendemos que a presença
do advog ado na audiência com a contestação e demais documentos tem o condão de afastar a
revelia, devendo-se analisar os fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito do
reclamante. Ocorre que acarretará efeitos diversos, a depender da audiência em que tal
situação se verifique:
Com isso, verificado a ausência da parte reclamada e ocorrendo a confissão ficta, a prte ficará
impedida de produzir provas em sentido contrário, em razão da preclusão.
§ 1º - Para os efeitos deste artig o, os juízes e Tribunais do Trabalho empreg arão sempre os
seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.
1ª te nta tiva de concilia ção à na a be rtura 2ª te nta tiva de concilia ção à de pois da s
da a udiê ncia ina ug ura l e a nte s da ra zõe s fina is e a nte s da s e nte nça :
a pre s e nta ção da de fe s a :
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as
presidente proporá a conciliação. (Redação partes aduzir razões finais, em prazo não
dada pela Lei nº 9.022, de 5.4.1995) excedente de 10 (dez) minutos para cada
uma. Em seg uida, o juiz ou presidente
§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, renovará a proposta de conciliação, e não se
assinado pelo presidente e pelos litig antes, realizando esta, será proferida a decisão.
consig nando-se o prazo e demais condições
para seu cumprimento. (Incluído pela Lei nº Parág rafo único - O Presidente da Junta,
9.022, de 5.4.1995) após propor a solução do dissídio, tomará os
votos dos vog ais e, havendo diverg ência
§ 2º - Entre as condições a que se refere o entre estes, poderá desempatar ou proferir
parág rafo anterior, poderá ser estabelecida a decisão que melhor atenda ao cumprimento
de ficar a parte que não cumprir o acordo da lei e ao justo equilíbrio entre os votos
obrig ada a satisfazer integ ralmente o pedido diverg entes e ao interesse social.
ou pag ar uma indenização convencionada,
sem prejuízo do cumprimento do acordo.
(Incluído pela Lei nº 9.022, de 5.4.1995)
Embora a lei preveja dois momentos para tentativa de conciliação, esta poderá ser realizada em
qualquer instante, nos termos do art. 764 da CLT.
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantag ens da
conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litíg io,
em qualquer fase da audiência. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000)
Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
Por vista disso, entende o TST na Súmula 259 que não é possível recurso contra tal acordo,
sendo somente possível a impug nação através de ação rescisória:
S úmula nº 259 do TS T
Só por ação rescisória é impug nável o termo de conciliação previsto no parág rafo único do
art. 831 da CLT.
Acordo celebrado - homolog ado judicialmente - em que o empreg ado dá plena e ampla
quitação, sem qualquer ressalva, alcança não só o objeto da inicial, como também todas as
demais parcelas referentes ao extinto contrato de trabalho, violando a coisa julg ada, a
propositura de nova reclamação trabalhista.
A esse respeito, tem-se que o acordo homolog ado que dá plena e ampla quitação, sem
Na hipótese de não haver a discriminação constante do art. 832, §2°, da CLT, a contribuição
previdenciária incidirá sobre o valor total do acordo, nos termos da OJ n. 368 da SDI-I do TST:
É devida a incidência das contribuições para a Previdência Social sobre o valor total do
acordo homolog ado em juízo, independentemente do reconhecimento de vínculo de
empreg o, desde que não haja discriminação das parcelas sujeitas à incidência da contribuição
previdenciária, conforme parág rafo único do art. 43 da Lei nº 8.212, de 24.07.1991, e do art.
195, I, “a”, da CF/1988.
Nos acordos homolog ados em juízo em que não haja o reconhecimento de vínculo
empreg atício, é devido o recolhimento da contribuição previdenciária, mediante a alíquota de
20% a carg o do tomador de serviços e de 11% por parte do prestador de serviços, na
qualidade de contribuinte individual, sobre o valor total do acordo, respeitado o teto de
contribuição. Intelig ência do § 4º do art. 30 e do inciso III do art. 22, todos da Lei n.º 8.212, de
24.07.1991.
É devida a contribuição previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e homolog ado após
o trânsito em julg ado de decisão judicial, respeitada a proporcionalidade de valores entre as
parcelas de natureza salarial e indenizatória deferidas na decisão condenatória e as parcelas
objeto do acordo.
5. SENTENÇA
O conceito de sentença está previsto no art.203, §1°, do CPC, o qual estabelece que “sentença
é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à
fase cog nitiva do procedimento comum, bem como exting ue a execução.”
O art. 832 da CLT, por sua vez, traz os requisitos essenciais da sentença, ao prever que da
decisão deverão constar:
§ 2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pag as pela parte vencida.
§ 3º As decisões cog nitivas ou homolog atórias deverão sempre indicar a natureza jurídica
das parcelas constantes da condenação ou do acordo homolog ado, inclusive o limite de
responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o
caso. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 2000).
§4º A União será intimada das decisões homolog atórias de acordos que contenham parcela
indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de dezembro de 2004, facultada a
interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos. (Redação
§ 6º O acordo celebrado após o trânsito em julg ado da sentença ou após a elaboração dos
cálculos de liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União.
(Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vig ência)
Atente-se, ainda, para o fato de que a decisão judicial deve ser interpretada a partir da
conjug ação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé (art. 489,
§5°, do CPC).
Vale destacar que se aplica à seara laboral, por orientação da IN n.39/2016 do TST, o art. 489,
§1°, da CLT, o qual leciona:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do
pedido e da contestação, e o reg istro das principais ocorrências havidas no andamento do
processo;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe
submeterem.
II - e mpre g a r conce itos jurídicos inde te r mina dos, s e m e xplica r o motivo concre to
de s ua incidê ncia no ca s o;
III - invoca r motivos q ue s e pre s ta ria m a jus tifica r q ua lq ue r outra de cis ão;
VI - de ixa r de s e g uir e nuncia do de s úmula , juris prudê ncia ou pre ce de nte invoca do
pe la pa rte , s e m de mons tra r a e xis tê ncia de dis tinção no ca s o e m julg a me nto ou a
s upe ra ção do e nte ndime nto.
§ 2o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios g erais da
ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada
e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjug ação de todos os seus
elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé. (g rifo nosso).
Art. 15. O atendimento à exig ência leg al de fundamentação das decisões judiciais (CPC, art.
489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seg uinte:
I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho, para efeito dos
incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente” apenas:
a) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho
em julg amento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art. 1046, § 4º);
d) tese jurídica prevalecente em Tribunal Reg ional do Trabalho e não conflitante com súmula
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (CLT, art. 896, § 6º);
Assevera que o juiz somente poderá emitir provimento jurisdicional sobre o que foi pleiteado
pela parte na petição inicial (reclamação trabalhista), isto é, aquilo que lhe foi proposto pelo
reclamante.
A esse respeito, verifiquemos as hipóteses de julg amento que podem ser realizados pelo
mag istrado em distanciamento ao provimento judicial requerido:
As sentenças que recaírem em alg umas dessas hipóteses são passíveis de recurso. No caso da
sentença citra petita, ela pode ser corrig ida via embarg os declaratórios, nos termos do art. 897-
A da CLT. No entanto, em relação às demais situações, temos que a impug nação cabível seria o
recurso ordinário, bem como ao recurso de revista. Havendo o trânsito em julg ado das
decisões, entende-se como possível a provocação ao juiz rescisório (ação rescisória).
Revelando-se a sentença "citra petita", o vício processual vulnera os arts. 141 e 492 do CPC de
2015 (arts. 128 e 460 do CPC de 1973), tornando-a passível de desconstituição, ainda que não
interpostos embarg os de declaração.
Vale destacar que o princípio da cong ruência, da correlação e da adstrição sofre alg umas
exceções, dando lug ar ao princípio conhecido na seara trabalhista como princípio da
extrapetição, seg undo o qual permite o juiz, nos casos previstos em lei, a condenar o réu
(reclamado) em pedidos não contidos na petição inicial. Vejamos abaixo as situações abarcadas
pelo referido princípio:
Casos previstos De finir s a lá rio q ua ndo o pe dido for de re inte g ra ção (a rt.
em lei: 496 da CLT). S úmula 396, II, do TS T :
FATO SUPERVENIENTE. ART. 493 DO CPC DE 2015. ART. 462 DO CPC DE 1973.
(atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulg ado em 22, 25 e
26.04.2016
O art. 493 do CPC de 2015 (art. 462 do CPC de 1973), que admite a invocação de fato
constitutivo, modificativo ou extintivo do direito, superveniente à propositura da ação, é
aplicável de ofício aos processos em curso em qualquer instância trabalhista. Cumpre ao juiz
ou tribunal ouvir as partes sobre o fato novo antes de decidir.
De acordo com o art. 842 da CLT, a sentença será proferida em audiência, estando presentes
as partes ou seus representantes, permitindo que estas se retirem do presente ato
devidamente intimadas:
Art. 852 - Da decisão serão os litig antes notificados, pessoalmente, ou por seu representante,
na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no §
1º do art. 841.
Consig na-se que a parte que for devidamente intimada para audiência de julg amento, não
comparecer, será considerada intimada da sentença no próprio ato, ainda que ausente. É, a
inclusive, a dicção da Súmula 197 do TST:
S úmula nº 197 do TS T
No caso da ata de julg amento não ser assinada pelo juiz na própria audiência, caberá juntá-la
no prazo improrrog ável de 48 horas, contado da audiência. Se não for juntada no aludido
S úmula nº 30 do TS T
Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julg amento
(art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a
intimação da sentença.
Art. 355. O juiz julg ará a nte cipa da me nte o pe dido , proferindo sentença com resolução de
mérito, quando:
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova,
na forma do art. 349. (g rifo nosso).
Assim, será prolatada a sentença com resolução de mérito de maneira antecipada quando
presentes os requisitos acima.
Por sua vez, no que se refere ao julg amento antecipado parcial de mérito, a doutrina explica
que tal instituto se aplica aos pedidos ou parcelas dos pedidos que já estiverem em condições
de serem julg ados ou forem tidos como incontroversos, possibilitando a formação da coisa
julg ada material. O processo seg ue em relação aos demais pedidos. Nesse contexto, determina
o art. 356 do CPC:
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados
ou parcela deles:
§ 1o A decisão que julg ar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrig ação
líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde log o, a obrig ação reconhecida na decisão que
julg ar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra
essa interposto.
§ 5o A decisão proferida com base neste artig o é impug nável por ag ravo de instrumento.
No entanto, por força do art. 5° da IN n.39/2016 do TST, o §5°, do art. 356 do CPC não se
aplica ao processo do trabalho. Embora a decisão tenha caráter de decisão interlocutória (e não
de sentença, como defende parte da doutrina), filiamo-nos ao entendimento que a referida
decisão pode ser impug nada imediatamente através de recurso ordinário. Isso porque, nos
moldes processuais atuais encampados pelo novo CPC, a decisão interlocutória, neste caso,
possui caráter de definitividade, o que seria passível de impug nação por recurso ordinário.
Teríamos aqui, portanto, mais uma exceção à Sumula 214 do TST.
6. COISA JULGADA
Esg otada todas as possibilidades de recurso ou, se intimada, a parte deixar ultrapassar o prazo
para sua interposição, tem-se que a decisão tornar-se imutável, irrecorrível. Neste passo, ocorre
o trânsito em julg ado da decisão, fenômeno denominado pela doutrina processual de coisa
julg ada.
Trata-se de uma característica da jurisdição, uma vez que apenas o ato jurisdicional está sujeito
à coisa julg ada, ou seja, sujeito à imutabilidade e à definitividade.
Por outro lado, as questões incidentais poderão produzir o feito da cois a julg a da ma te ria l,
desde que presentes os seg uintes requisitos:
No entanto, não fazem coisa julg ada, seg undo o art. 504 do CPC:
Por fim, consig na-se que a sentença apenas faz coisa julg ada às partes, não prejudicando
terceiros (art. 506 do CPC).
O procedimento sumaríssimo será aplicado às causas que não excedam a 40 (quarenta) vezes o
salário-mínimo vig ente na data da propositura da ação, estando reg ulado entre os arts. 852-A a
852-I da CLT.
O referido procedimento aplica-se tão somente aos dissídios individuais, não alcançando os
dissídios coletivos.
Importa nte !
Não poderá ser adotado o procedimento sumaríssimo nas causas em que seja parte a
Administração Pública direta, as autarquias e fundações públicas. Nesse sentido:
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo
vig ente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento
sumaríssimo. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000)
Parág rafo único. Es tão e xcluída s do proce dime nto s uma rís s imo a s de ma nda s e m
q ue é pa rte a Adminis tra ção Pública dire ta , a utá rq uica e funda ciona l. (g rifo
nosso).
Seg undo o art. 852-B, III, da CLT a reclamação trabalhista submetida ao rito deverá ser
apreciada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da data do ajuizamento, podendo constar em
pauta especial:
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu
ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento
judiciário da Junta de Conciliação e Julg amento. (Incluído pela Lei nº 9.957, de
2000).
O pedido deve ser ce r to o u de te rmina do, O autor deve indicar o corre to e nde re ço do
devendo indicar o valor correspondente. reclamado, sendo ve da da a cita ção por
e dita l.
Na hipótese do autor não preencher alg um dos requisitos acima, a reclamação trabalhista será
arquivada, motivo pelo qual o autor (reclamante) será obrig ado a arcar com as custas
incidentes sobre o valor da causa, por força do art. 852-B, §1°, da CLT.
Ma nife s ta ção s obre docume ntos Manifestação ime dia ta pela parte contrária,
junta dos e m a udiê ncia sem interrupção da audiência à art. 852-H,
§1°, da CLT.
Ma nife s ta ção da s pa rte s s obre o la udo a pre s e nta do pe lo pe rito à pra zo comum de
5 (cinco) dia s (a rt. 852-H, § 7°, da CLT).
Re curs os
S úmula nº 442 do TS T
Emba rg os Quando demonstrado diverg ência entre as turmas do TST está fundada em
pa ra a S DI interpretações diverg entes acerca da aplicação do mesmo dispositivo
(e mba rg os constitucional ou de matéria sumulada.
de
S úmula nº 433 do TS T
dive rg ê ncia )
EMBARGOS. ADMISSIBILIDADE. PROCESSO EM FASE DE
EXECUÇÃO. ACÓRDÃO DE TURMA PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA
LEI Nº 11.496, DE 26.06.2007. DIVERGÊNCIA DE INTERPRETAÇÃO DE
DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. - Res. 177/2012, DEJT divulg ado em
13, 14 e 15.02.2012
7.4. Proce dime nto S umá rio (ou dis s ídio de a lça da )
A princípio, parte da doutrina discute se o referido procedimento foi absorvido pelo rito
sumaríssimo. No entanto, filiamo-nos ao entendimento que a Lei n. 9.957/00 não revog ou a Lei
n.5.584/70, razão pela qual permanecem vig ente as três espécies de procedimento: ordinário,
sumaríssimo e sumário.
O procedimento sumário se aplica às causas que não excedam 2 (dois) salários mínimos,
podendo o juiz defini-lo de ofício, facultando-se as partes impug nar no prazo de 48 horas. O
procedimento encontra-se disciplinado no art. 2° da Lei n. 5.584/70:
Art 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acôrdo, o Presidente,
da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixa r-lhe -á o va lor pa ra a
de te rmina ção da a lça da , se este for indeterminado no pedido.
§ 1º Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes, impug nar o valor
§ 2º O pedido de revisão, que não terá efeito suspensivo deverá ser instruído com a petição
inicial e a Ata da Audiência, em cópia autenticada pela Secretaria da Junta, e será julg ado em
48 (quarenta e oito) horas, a partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal Reg ional.
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma dêste artig o, não exceder de 2 (duas)
vêzes o salário-mínimo vig ente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos
depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria de fato.
§ 4º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças
proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parág rafo anterior, considerado, para
esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação. (Redação dada
pela Lei nº 7.402, de 1985)
S úmula nº 365 do TS T
Não se aplica a alçada em ação rescisória e em mandado de seg urança. (ex-OJs nºs 8 e 10 da
SBDI-1 - inseridas em 01.02.1995)
S úmula nº 71 do TS T
A alçada é fixada pelo valor dado à causa na data de seu ajuizamento, desde que não
impug nado, sendo inalterável no curso do processo.
Art. 852 - Da decisão serão os litig antes notificados, pessoalmente, ou por seu representante,
na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º
do art. 841.