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ENZIMAS

Unidades funcionais do metabolismo celular

- Degradação de Moléculas Nutrientes


- Transformação e Conservação da Energia
Química
- Construção de Macromoléculas a partir de
Moléculas mais simples

Etapas Metabólicas Essenciais para a Célula

Características Especiais

Alta especificidade – Natureza Protéica

Seqüência Primária de Aminoácidos

Determinante na Função da Enzima

→ Seqüências defeituosas – Patologias


→ Dosagens Enzimáticas no Sangue, Plasma e
Tecidos → Estabelecimento de Diagnósticos
Estrutura Molecular

- Enzimas Simples
- Enzimas Complexas
- Íons Metálicos ou Moléculas Orgânicas

Íons Metálicos Enzimas

Fe2+ ou Fe3+ Citocromo Peroxidase


Catalase
Peroxidase
Cu2+ Citocromo oxidase
Zn2+ DNA polimerase
nidrase carbônica
Alcool desidrogenase
Mg2+ Hexoquinase
Glicose-6-fosfato
Mn2+ Arginase
K+ Piruvato quinase
Ni2+ Urease
Mo Nitrato redutase
Se Glutation peroxidase
Coenzimas Grupos

Tiamina Pirofosfato Aldeídos


Flavina Adenina Dinucleotideo Átomos de Hidrogênio
Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Íon H-
Coenzima A Grupos acil
Biotina CO2

Coenzima firmemente ligada à enzima - Grupo Prostético

- Enzima + Cofator Inorgânico ou Coenzima -


Holoenzima

- Porção Proteíca - Apoenzima

Coenzimas
Resistem ao Calor
Íons Metálicos

Parte proteíca Sensível ao Calor


Classificação das Enzimas
No Classe Tipo de Reação Catalisada

1 Oxiredutases Transferência de Elétrons

2 Transferase Reações de Transferência de Grupos

3 Hidrolases Reações de Hidrólises - transferência


de grupos funcionais para a água

4 Liases Adição de Grupamentos à duplas ligações

5 Isomerases Transferência de Grupamentos no interior


de uma molécula Isômeros

6 Ligases Formação de ligações C - C, C - S, C - O


e C - N acopladas a clivagem do ATP

Enzimas e Estrutura Peptídica

- Enzimas Monoméricas
- Síntese de Zimogênios (inativos)
pepsinogênio pepsina
tripsinogênio tripsina
quimotripsinogênio quimotripsina

- Enzimas Oligoméricas
Sub-unidades - Protômeros - Oligômeros

- Complexos multienzimáticos

Ex: Ácido pirúvico desidrogenase e Ácido graxo


sintetase
Exemplos de Zimogênios

1) Tripsina
Tripsinogênio: PM 24000
Tripsina: PM 23200
- Síntese: Pâncreas
- Secreção: Intestino Delgado
- Ativação: Células de revestimento do duodeno
Enzima Enteroquinase
Hidrólise de uma ligação pepetídica:

Lys Ile

Pequena quantidade de Tripsina produzida

Ativação de Tripsina e outros Zimogênios

- Ação da Tripsina: Ligações peptidicas nos


aminoácidos Lys e Arg

Tripsinogênio (PM 24000)

Enteroquinase Tripsina (PM 23200)


ou Tripsina
2) Quimotripsina
Quimotripsinogênio: PM 24000

Quimotripsina: PM 23500
- Síntese: Pâncreas
- Secreção: Intestino Delgado (grânulos de
Zimogênio
- Ativação: Enzimas Lipases
Hidrólise da Membrana dos
Grânulos de Zimogênio

Ativação por ação da Tripsina

Retirada por hidrólise de dois dipetídeos:


(resíduos 14-15 e 147-148)

3 Cadeias Polipetidicas
2 Pontes Dissulfeto

Ação da Quimotripsina: Hidrólise de ligações


peptídicas dos aminoácidos Phe, Tyr e Trp
42 58 168 182 191 220
S-S S-S S-S
13 16 146 149

245
S-S S-S
1 122 136 201
3) Pepsina
Pepsinogênio: PM 40000
Pepsina: PM 33000

Secreção: Células principais das Glândulas


Estomacais

Ativação: Suco Gástrico, por auto-catálise

Retirada de 42 aminoácidos N-Terminal

Ação da Pepsina:

Hidrólise de Ligações Peptídicas dos


aminoácidos Phe, Tyr, Trp, Leu,
Glu e Gln

Pepsinogênio

Pepsina Pepsina
HCL
Digestão de Proteínas

- Digestão enzimática no trato gastrointestinal

1) Entrada das Proteínas no Estômago


Estimulo

Secreção da Gastrina
Estimulo

Secreção de HCL

Ativação do Pepsinogênio
(pH do suco gástrico: 1,5 a 2,5)

2) Passagem do conteúdo Estomacal


para o Intestino Delgado

Secreção da Secretina
(Estimula o Pâncreas a excretar Bicarbonato)

Neutralização do pH

Ativação de Enzimas Proteolíticas


ativas em pH neutro
Atividade Enzimática

- Termodinânica:

Acelera Reações Energia de Ativação

No de Moléculas em Estado Velocidade da


Transitório Rico em Energia Reação Química

Aceleram a velocidade de reação de 108 a 1020

- Condições ambientais:

- pH e Temperatura

- Fatores Estruturais:

1 - Proximidade e Orientação do Substrato


2 - Torção e Distorção da Ligação Susceptível:
- Adaptação Induzida
3 - Catálise Geral ácido-base
4 - Catálise covalente
ANE

E AE
N
E ∆ENE
R A ∆ EE
G
I
A ∆G
B

Reação

ANE – Complexo Ativado Não Enzimático

AE – Complexo Ativado Enzimático

∆NE – Energia de Ativação da Reação Não Enzimática

∆EE – Energia de Ativação da Reação Enzimática


- Efeito da Concentração do Substrato
na Atividade Enzimática

Equação de Michaelis-Menten

Velocidade Vmax
inicial

1/2Vmax

Concentração do Substrato
Km

Conclusões:

[substrato] fracas velocidade de reação fraca


Aumentos [substrato] aumento na velocidade da reação
[substratos] crescentes velocidades de reação crescentes

X[Substrato] Platô Velocidade Máxima (Vmax)

enzima saturada.
Victor Henri (1903) - complexo Enzima - Substrato ( E-S )
(etapa necessária à atividade enzimática)
Leonor Michaelis e Maud Menten (1913):
- teoria geral para todas, ou quase todas enzimas

Formação do complexo ES:

E + S ES

Destruição do complexo ES:

ES E + P

Constante de Michaelis-Menten ou Km: “concentração de


substrato na qual uma dada enzima atinge a metade de
sua velocidade máxima”

Vo = Vmax [S]
Km + [S]

onde:
Vo Velocidade inicial
Vmax Velocidade máxima
Km Constante de Michaelis-Menten da
enzima por um dado substrato

Etapa limitante destruição do complexo ES em produto


P e enzima livre E
Cálculo de Km:
- Representação gráfica da cinética de Michaelis-Menten
(cálculo aproximado)
- Representação Dupla Inversa - Transformação
algébrica da Equação de Michaelis-Menten
(cálculo mais preciso)
Equação de Lineaweaver-Burk:

1 = Km 1 + 1
V Vmax [S] Vmax

1 Inclinação = 1
V Vmax

1
Vmax

Intercepto = - 1 1
Km [S]
Catálise com dois substratos

- Mecanismos Ordenado e Mecanismo Aleatório


- Mecanismo pingue-pongue

- Reação de Mecanismo Ordenado:

Álcool-desidrogenase

CH3CH2OH + NAD+ CH3CHO + NADH + H+

S2 P1

E + S1 E1 ES1S2 EP1P2 E P2 E + P2

- Reação de Mecanismo Aleatório

Fosforilase

Glicogênio + Pi glicose-1-fosfato +
glicogênio

- Reações do Mecanismo Pingue-Pongue

Ex. acetil-CoA Carboxilase

Acetil-Coa + ATP + CO2 Malonil-CoA + ADP + Pi


Especificidade Enzimática:

- Especificidade pelo substrato

- Estrutura proteíca
- Particularidades do
Sítio Catalítico
- Tipo de Substrato

- Características do Substrato:

- Ligação química específica


- Grupo funcional para posicionar a Enzima
- Estereoespecificidade por Isômeros L ou D

Grupo hidrofóbico Ligação Química


de posicionamento Específica

CH C X

CH C X
Sítio de
Posicionamento O
Sítio Catalítico

Sítio ativo
- Efeito da Temperatura

Ação de Enzimas Aumento da Velocidade


Aumento da Temperatura de uma Reação Química

45o + 45o 55o Inativação


Ativação Desnaturação

- Efeito do pH

pH ótimo Ativação enzimática

Extremos de pH Desnaturação
Inativação

Inibição Enzimática

- Inibidores Irreversíveis: combina-se com o grupo


funcional da enzima ou o destrói

- Inibidores Reversíveis:

- competitivos
- não-competitivos
- inibidores incompetitivos.
- Inibidores Competitivos
- compete com o substrato pela ligação com o sítio ativo da
enzima
- não pode ser transformado pela enzima

E + I EI

- Reversão da inibição pelo substrato

- Inibição não-competitiva

- Sitio de ligação para o Inibidor


- Sitio de ligação para o substrato
E + I EI

ES + I ESI
- Não ocorre reversão da inibição pelo substrato

- Inibição incompetitiva

- Ligação do Inibidor com o Complexo ES

Km
E + S ES P
+
I
Ki
EI
Enzimas Alostéricas e Regulação Enzimática

Enzimas Reguladoras

- Alostéricas - reguladas por mecanismos


não-covalentes
- Reguladoras - reguladas por mecanismos
de natureza covalente.

- Enzimas Alostéricas Sistemas enzimáticos


regulados por enzimas “marca-passo”, controlados pelo
produto final de suas reações.

- Regulação por Feed-back ou retroregulação


- Reversão da Inibição pela diminuição do
Produto
- Ligação do Inibidor no Sítio do Regulador

- Moduladores Positivo e Negativo

Modulador Positivo - Substrato e Modulador se


confundem Homotrópos

Modulador Negativo - Substrato não funciona como


Inibidor Heterótropos
Características das Enzimas Alostérica

- Estrutura Oligomérica
- Sítios Catalíticos
- Sítios Regulatórios
- Múltiplos Sítios de ligação para o Substrato
- Ligação Cooperativa de Moléculas de
Substrato
→ Cinética Sigmoidal

Ligação de 1 molécula de Substrato

Modificações Estruturais ou
Eletrônicas nos diferentes Sítios

Aumento da Afinidade nos Sítios Ligantes

Resposta Homotrópica Positiva → Ativação pelo


Substrato
Resposta Heterotrópica Positiva → Ativação pelo
Efetor
Modelos de Ligação Cooperativa

1) Sequencial

→ Mundanças conformacionais induzidas pelos


ligantes de forma sequencial

- Ligação de 1 ligante em uma subunidade


- Alteração Conformacional Induzida
- Alteração nas Constantes de Ligação dos Sítios
Vagos

2) Combinado

→ Mudanças conformacionais simultâneas nas


diferentes subunidades oligomérica

- Enzimas oligoméricas possuem duas formas:


Maior Afinidade (R) - Relaxado
Menor Afinidade (T) - Tenso

Estado T ⇔ Estado R

Ligantes no Estado T → INIBIDORES

Ligantes no Estado R → ATIVADORES


Mutação Genética a nível enzimático

DOENÇAS ENZIMA MODIFICADA


Albinismo Tirosina 3-monooxigenase
Alcaptonúria Homogentisato 1,2 -dioxigenase
Galactosemia Galactose 1-fosfato uridil transferase
Homocistinúria Cistationina beta-sintase
Fenilcetonuria Fenilalanina 4-monooxigenase
Doença de Tay-Sachs Hexosaminidase A

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