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Notícias não são só o que lemos nos jornais: podem ser usadas
também como “novidades”, as novas informações que temos.
Pode incluir o que você viu na rua, voltando para casa hoje,
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1.1 _ O QUE SÃO (E O QUE NÃO SÃO) FAKE NEWS
SIMULANDO UM FORMATO
JORNALÍSTICO EM QUE VOCÊ CONFIA
Se a definição de “fake news” for assim tão ampla, vai acabar
incluindo elementos tão diferentes que fica difícil lidar com essa
questão, porque envolve problemas de origens muito diferentes.
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1.1 _ O QUE SÃO (E O QUE NÃO SÃO) FAKE NEWS
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1.1 _ O QUE SÃO (E O QUE NÃO SÃO) FAKE NEWS
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1.1 _ O QUE SÃO (E O QUE NÃO SÃO) FAKE NEWS
ALLCOTT, Hunt; GENTZKOW, Matthew. "Social Media and Fake News in the
2016 Election". Journal of Economic Perspectives, volt. 31, n. 2, p. 211-36,
2017. Disponível em: https://doi.org/10.1257/jep.31.2.211
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1.1 _ O QUE SÃO (E O QUE NÃO SÃO) FAKE NEWS
RIBEIRO, Manoel Horta; CALAIS, Pedro H.; ALMEIDA, Virgílio A. F.; MEIRA JR,
Wagner. "‘Everything I Disagree With is #Fake News’: Correlating Political
Polarization and Spread of Misinformation". DS+J, ago. 2017.
Disponível em: https://arxiv.org/abs/1706.05924
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. "Imprensa livre é remédio contra 'fake news'".
Rádio USP, 02/04/2018. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/
imprensa-livre-e-remedio-contra-fake-news
SILVERMAN, Craig. "I Helped Popularize The Term ‘Fake News’ And Now I
Cringe Every Time I Hear It". BuzzFeed, 31/12/2017. Disponível em: https://
www.buzzfeed.com/craigsilverman/i-helped-popularize-the-term-fake-
news-and-now-i-cringe?utm_term=.ty7lJW8wE#.xujWY0MJa
TANDOC JR., Edson C.; LIM, Zheng Wei; LING, Richard. “Defining ‘Fake News’
- A typology of scholarly definitions". Digital Journalism, vol. 6, n. 2,
p. 137-153. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1080/21670811.2017.1360143
ZUCKERMAN, Ethan. “Stop saying ‘fake news’. It’s not helping”. My Heart's
in Accra, 30/01/2017. Disponível em: http://www.ethanzuckerman.com/
blog/2017/01/30/stop-saying-fake-news-its-not-helping
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1.2 _ O GRANDE GUARDA-CHUVA DA DESINFORMAÇÃO
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1.2 _ O GRANDE GUARDA-CHUVA DA DESINFORMAÇÃO
DESINFORMAÇÃO
Autoria
AS CATEGORIAS DE
DESINFORMAÇÃO MANIPULAÇÃO
Nesse primeiro grupo, estão as informações que são
intencionalmente falsas, ou seja, foram passadas para frente
mesmo sabendo que não eram verdade. São também relatos
com autoria oculta ou anônima, não assinados ou genericamente
apresentados por uma marca, um partido político etc.
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1.2 _ O GRANDE GUARDA-CHUVA DA DESINFORMAÇÃO
• Exemplo:
“Papa Francisco apoia Donald Trump” (em inglês),
notícia comprovadamente falsa que circulou nas vésperas
da eleição norte-americana de 2016.
• Exemplo:
fotos tiradas de contexto enviadas por Whatsapp, como
policiais quebrando vidros em protestos na Venezuela,
que foram incorretamente identificados como
brasileiros.
• Exemplo:
propagandas políticas que simulam telejornais.
Ou a chamada “publicidade nativa”, “branded content”
ou “publieditorial”, nomes que designam peças
publicitárias que se parecem com jornalismo,
mas ignoram preceitos jornalísticos de objetividade
e precisão para reforçar as qualidades de um produto.
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1.2 _ O GRANDE GUARDA-CHUVA DA DESINFORMAÇÃO
PARCIALIDADE
Esta categoria reúne tipos de desinformação cuja característica
mais importante é algum grau de comprometimento na
factualidade. Ou seja, são relatos ou comunicações que
distorcem – em diferentes intensidades – como os fatos
realmente ocorreram. Distingue-se da manipulação porque,
aqui, a informação tem autoria clara – e não é possível
afirmar se o autor teve ou não a intenção de enganar.
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1.2 _ O GRANDE GUARDA-CHUVA DA DESINFORMAÇÃO
INCOMPREENSÃO
A terceira categoria de desinformação engloba os casos em
que a confusão não nasce na boca de quem fala, mas sim no
ouvido e nas conexões cerebrais do público, que muitas vezes
não compreendem adequadamente o que está sendo informado.
Está em jogo, portanto, a competência da audiência. A boa
notícia é que ela pode ser aprimorada com maior experiência do
que se chama “leitura crítica” da mídia. Nosso curso ambiciona
oferecer algumas ferramentas para isso.
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1.2 _ O GRANDE GUARDA-CHUVA DA DESINFORMAÇÃO
• Exemplo:
editoriais de jornais, colunas de opinião, blogs,
comentaristas políticos na TV.
• Exemplo:
programas de TV como The Daily Show, Greg News, e o
Weekend Update, do Saturday Night Live (em inglês).
• Exemplo:
“Lula tenta fugir da prisão se filiando ao PSDB”,
paródia do site Sensacionalista.
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1.3 _ ULTRAPOLARIZAÇÃO, TERRENO FÉRTIL PARA AS FAKE NEWS
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1.3 _ ULTRAPOLARIZAÇÃO, TERRENO FÉRTIL PARA AS FAKE NEWS
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1.5 _ Genealogia da desinformação
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1.5 _ Genealogia da desinformação
3- NOTÍCIAS DA TAVERNA
Quando os jornais começaram a se organizar como forças
políticas, no século XVIII, muitos escritores corriam pelos
bares e cafeterias para compilar fofocas, escrevendo relatos
curtos para difamar os poderosos e cidadãos comuns.
Frederick Burr Opper, 1894 Depois, esses textos eram editados em jornais e anunciados
pelas ruas, sem preocupação para checar se era verdade ou
não. Na Inglaterra, esses autores eram conhecidos como
“homens parágrafo”, porque produziam histórias curtas, às
vezes em uma só frase - eram os avós do Twitter. O historiador
Robert Darnton lembra que alguns desses autores eram pagos,
mas outros se contentavam em manipular a opinião pública
para promover ou destruir carreiras.
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1.5 _ Genealogia da desinformação
5- O PREÇO DO SENSACIONALISMO
Quando os jornais ganham grandes tiragens, viram empresas
lucrativas e suas notícias deixam de ser destinadas somente
à uma minoria na elite, seus donos percebem que os relatos
mais amalucados podem trazer uma boa grana. Surge a
chamada “imprensa marrom”: jornais populares, muito baratos
e com uma linguagem e temática mais simples, próxima
do interesse da maioria da população, que começava a se
alfabetizar. Nos EUA, custavam só um centavo, e com isso
conseguiam vender centenas de milhares de exemplares.
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1.5 _ Genealogia da desinformação
Ilustração de Henrique Alvim Corrêa, na edição Entretanto, quase metade da audiência sintonizou o
francesa de Guerra dos Mundos, 1906
programa no meio e, sem esse alerta, acabou acreditando
que a invasão de marcianos relatada na história do livro
estaria acontecendo de verdade. Resultado: pânico
generalizado, com congestionamentos e ligações
desesperadas para a polícia. A emissora de rádio calculou
que mais de um milhão de pessoas acabou enganada sem
querer e pensou que o mundo estava acabando.
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1.5 _ Genealogia da desinformação
Notícias Populares, 1975 Mas o bebê diabo não nasceu em uma maternidade: era
cria da imaginação dos jornalistas. Os editores desse jornal,
famoso por suas histórias sensacionalistas de apelo popular,
propositadamente distorceram o relato de um de seus
repórteres, que contava uma história muito mais simples sobre
um bebê que nascera com pequenas saliências na testa e no
cóccix. A população caiu na invenção, e a tiragem do jornal
dobrou, passando de 70 mil exemplares para 150 mil.
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1.5 _ Genealogia da desinformação
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DARNTON, Robert. "Blogging, Now and Then". The New York Review of Books,
18/03/2010. Disponível em: http://www.nybooks.com/daily/2010/03/18/
blogging-now-and-then
DARNTON, Robert. "The True History of Fake News". The New York
Review of Books, 13/02/2017. Disponível em: http://www.nybooks.com/
daily/2017/02/13/the-true-history-of-fake-news
SILVERMAN, Craig. "Here Are 50 Of The Biggest Fake News Hits On Facebook
From 2016". Buzzfeed, 30/12/2016. Disponível em: https://www.buzzfeed.
com/craigsilverman/top-fake-news-of-2016?utm_term=.ifE2BDOkd#.
iyEy5Odz2
UBERTI, David. "The real history of fake news". Columbia Journalism Review,
15/12/2016. Disponível em: https://www.cjr.org/special_report/fake_news_
history.php?link
WARDLE, Claire. "Timeline: Key moments in the fake news debate". First
Draft, 30/11/2016. Disponível em: https://firstdraftnews.org/key-moments-
fake-news-debate
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Vamos lá?
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1.6 _ FERRAMENTAS DE LÓGICA CONTRA A FALÁCIA
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1.6 _ FERRAMENTAS DE LÓGICA CONTRA A FALÁCIA
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1.6 _ FERRAMENTAS DE LÓGICA CONTRA A FALÁCIA
Leslek Nowak / Freeimages Novamente, estamos diante de uma falsa oposição. Preste
atenção nas frases: por que precisamos escolher ou uma ação
ou outra? Uma atitude pode ser mais imediata, enquanto a outra
só vai dar resultados mais adiante. Não se opõe curto e longo
prazo. Uma ação não invalida a outra. Em alguns casos
– como nos exemplos acima –, são complementares.
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1.6 _ FERRAMENTAS DE LÓGICA CONTRA A FALÁCIA
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