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Modelagem e

Confecção Feminina
Modelagem e
Confecção Feminina

São Paulo
janeiro/2016

Nome do aluno
© Senac São Paulo, 2016

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO
SENAC NO ESTADO DE SÃO PAULO

Gerência de Desenvolvimento
Sandra Regina Mattos Abreu de Freitas

Coordenação Técnica
Marta Raquel
Tatiana Oliveira Putti

Apoio Técnico
Erica Gonçalves da Silveira
Wilson Simões Ramalho

Elaboração do Recurso Didático


Ana Laura Marchi Berg
Ozenir Ancelmo

Atualização
Ana Laura Marchi Berg
Ana Paula Mendonça
Daniela Nunes Figueira Belschansky

Ilustrações
Brenda Colautti

Editoração
Manuela Ribeiro

Revisão
Luiza Elena Luchini (coord.)
Carolina Hidalgo Castelani
sumário
Revisão geométrica / 7
Conhecimentos sobre tecidos / 11
Tomada de medidas / 18
Tabela de medidas / 19

1 SAIAS / 21
Base de saia reta / 22
Variações da base de saia reta / 28
Saias evasê / 30
Saias godê / 34
Modelo de saia em panos / 38
Pregas / 45
Modelo de saia com prega fêmea / 46
Modelo de saia com babados / 48
Cós reto e cós em forma / 53

2 BASE DE CORPO / 59
Base de corpo / 60
Base de corpo alongada / 66
Transferência de pences / 68
Aplicação de transferência em modelo de blusa / 80

3 MANGAS / 81
Alargamentos da base de corpo alongada / 82
Manga básica / 83
Marcação de piques / 86
Manga evasê / 87
Mangas bufantes / 89

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Manga com pence de cotovelo / 93


Alargamentos da base de corpo para construção de manga com
cabeça baixa / 96
Manga de cabeça baixa / 100
Carcelas / 107
Punhos / 111

4 GOLAS / 115
Alargamentos da base de corpo para construção de golas / 116
Transpasse e abotoamento / 117
Gola oficial / 121
Gola com pé de colarinho / 123
Gola sem pé / 126

5 VESTIDOS / 129
Modelo de vestido chemisier / 130
Modelo de vestido trapézio / 140
Modelo de vestido com bojo e barrado de pregas / 149

6 CALÇAS / 157
Medidas para construção de calça / 158
Base de calça clássica / 159
Base de calça justa sem pence / 165
Tipos de braguilha / 170
Tipos de bolsos / 172

referências bibliográficas / 179

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Revisão geométrica

Frações
Leitura de frações

1
⁄2 METADE
1
⁄3 UM TERÇO
3
⁄4 TRÊS QUARTOS
1
⁄5 UM QUINTO
1
⁄6 UM SEXTO
4
⁄7 QUATRO SÉTIMOS
7
⁄8 SETE OITAVOS
1
⁄10 UM DÉCIMO
1
⁄12 UM DOZE AVOS
1
⁄15 Um quinze avos

Sistema de unidades
Unidades de medidas usadas na modelagem:
Metro
Centímetro
Milímetro
Representação correta:
1 metro = 1 m
1 centímetro = 1 cm
1 milímetro = 1 mm
Conversões:
Para passar da unidade maior para a unidade menor, multiplica-se.
1 metro = 100 cm (metro x 100)
1 metro = 1.000 mm (metro X 1.000)
Para passar da unidade menor para a maior, divide-se.
1 cm = 0,01 m (1 centímetro / 100)
1 mm = 0,001 m (1 milímetro / 1.000)

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Régua
Uso da régua

Fita métrica
Uso da fita métrica

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Ângulos

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Retas

Paralelas são retas que estão em um mesmo plano, mas não se cruzam.

Perpendiculares são retas que se cruzam formando ângulos retos.

Tangente é uma reta que intercepta a circunferência em um único ponto.

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CONHECIMENTOS SOBRE TECIDOS


Obtenção do tecido

FIBRA

FIO

TECIMENTO

TECIDO

ACABAMENTO

Fibras têxteis
São filamentos ou células alongadas e flexíveis de origem vegetal, animal ou mineral, que são utili-
zados na produção de fios.

Fio têxtil
Produto final obtido da transformação de fibras artificiais, naturais ou sintéticas, pelo processo
de fiação.

Tecimento
Ato de entrelaçar os fios do urdume e da trama com a ajuda de diferentes tipos de teares.

Tecido
Artigo têxtil formado pelo cruzamento dos fios da trama e do urdume resultante do tecimento.
A textura de um tecido depende do número de fios da urdidura e da trama empregados em cada
centímetro, assim como da qualidade dos materiais, dando origem a uma grande variedade de teci-
dos: tafetás, telas, veludos, sarjas, etc.

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As fibras
As fibras são divididas em três categorias:
• Naturais: encontradas na natureza.
• Fibras químicas: obtidas de operações industriais e divididas em:
Artificiais: obtidas de elementos naturais, como celulose, extraída da madeira ou borracha.
Sintéticas: obtidas de elementos sintéticos, da indústria petroquímica.

Angorá
Cachemira
Lãs e pelos finos Coelho
Lã de ovelha
Animais Mohair

Pelos grossos Cabra

Seda cultivada
Seda
Seda silvestre

Crisotila
Minerais Amianto
Fibras naturais

Crocidolita

Cânhamo
Juta
Linho
Caule
Malva
Rami
Bambu
Vegetais
Caroá
Folhas Sisal
Tucum

Algodão
Frutos e sementes
Coco

Viscose
Fabricadas a partir de
Acetato
Artificiais fibras naturais, principal-
Triacetato
mente a celulose
Fibras químicas

Polinósicas

Poliéster
Poliamida
Sintetizadas a partir de Acrílico
Sintéticas
produtos químicos Elastômero
Polipropileno
Acetato de vinil

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Símbolos usados para identificar os cuidados na conservação das fibras

Água fria Água muito Água quente Água morna Lavagem


quente proibida

LAVAGEM

Lavar
somente
à mão

USO DE
ALVEJANTES
Permitido Alvejante Alvejante
diluído proibido

USO DE FERRO
DE PASSAR Permitido Ferro Ferro em Ferro Ferro
quente temperatura morno proibido
média

LAVAGEM A
SECO Tambor de Todos os Essências Percloroeti- Lavagem
lavagem a solventes minerais leno a seco
seco proibida

* Entende-se por alvejante uma solução com no mínimo 2% de cloro diluído em água.

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Os fios

Fibras descontínuas Filamento contínuo

Torção Monofilamento

Fios

O tecimento
Tecido plano
A operação de tecimento se faz entrelaçando os fios de trama com os de urdume através de pontos
tomados e pontos deixados.
• Fios de trama: são aqueles que correspondem à largura do tecido (sentido horizontal).
• Fios de urdume: são aqueles que correspondem ao comprimento do tecido (sentido vertical).
• Ponto tomado: é aquele em que o fio de urdume passa sobre o fio de trama.
• Ponto deixado: é aquele em que o fio de urdume passa sob o fio de trama.

Fio de urdume

Fio de trama

Ponto tomado

Ponto deixado

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Tecido de malha
São estruturas produzidas pelo entrelaçamento de fios com técnicas de formação de laçadas.
Esse entrelaçamento pode ser por trama ou por urdume, cada um conservando sua própria carac-
terística.
As malhas de trama são produzidas a partir de um único fio que é transformado, através de laçadas,
em uma linha horizontal.
Um fio de trama é suficiente para alimentar todas as agulhas do tear. Por esta característica é fácil
de se desmanchar.
A malha de urdume é todo tecido produzido por processos de fabricação em que os fios são prove-
nientes de pelo menos um urdume.
Durante o processo de construção, cada um dos fios de urdume é frisado formando uma linha ver-
tical ou diagonal de laçadas também chamada de coluna.

Malha por trama Malha por urdume

Não tecidos
Não tecido é uma estrutura plana, flexível e porosa constituída de véu ou manta de fibras ou filamen-
tos consolidados por processo mecânico, químico, térmico ou uma combinação destes.

Tecido com elastano


O elastano é uma fibra sintética inventada e produzida pela DuPont® no início da década de 1960.
Nos Estados Unidos e no Canadá também é conhecido como Spandex®.
É uma estrutura molecular conhecida por sua excepcional elasticidade e capacidade de alonga-
mento e recuperação, permitindo uma grande variedade de aplicação em diversos usos no seg-
mento têxtil.
Usado tanto na malharia como nos tecidos planos, atualmente conta com o lançamento do denim
Bi-stretch Duo, primeiro tecido brasileiro com elastano no urdume e na trama.

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As armações
São o resultado dos diferentes tipos de entrelaçamentos.

As principais armações de tecidos planos


1 – Tela ou tafetá
2 – Sarja
3 – Cetim
As armações são desenvolvidas conforme a aparência, a finalidade e também o grau de durabilida-
de desejados.
Direito: é a face do tecido que ficará na parte externa de uma roupa.
Avesso: é a face do tecido que ficará na parte interna de uma roupa.

1 – Tela ou tadetá
É o ligamento de construção mais simples existente e caracteriza-se por um ponto tomado e um
ponto deixado. O direito do tecido diferencia-se por um toque mais suave.

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2 – Sarja
É uma estrutura que tem repetição mínima de três fios de urdume e trama, distingue-se por uma
diagonal bem definida. As duas faces do tecido são diferentes (direito e avesso).

3 – Cetim
É similar à sarja, porém, é geralmente construído em repetições de cinco a doze fios de urdume e
trama. A principal diferença entre os dois ligamentos é que a diagonal não é claramente visível no
cetim. As duas faces do tecido são diferentes.

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TOMADA DE MEDIDAS

4
21 4 21
26 27

8
23 24
12

8 9 8

22
3 3 3
5
25

11
10

19 20
18

13
2 2 2
6

14
9 9 9 22

7
15
1 22
1 1
16
17

01 Contorno do quadril 14 Altura da cintura ao pequeno quadril


02 Contorno da cintura 15 Altura da cintura ao quadril
01 Contorno
03 do quadrildo busto
Contorno 16 Altura
15 Alturada
da cintura ao joelho
cintura ao quadril
04 da
02 Contorno Contorno
cinturado pescoço 17 Altura
16 Altura da
da cintura
cintura ao
ao chão
joelho
05 Contorno do braço 18 Altura da cava
03 Contorno do busto 17 Altura da cintura ao chão
06 Contorno do cotovelo 19 Transversal frente
04 Contorno
07 do pescoço
Contorno do pulso 20 Altura
18 da cava
Transversal costas
08 do
05 Contorno Contorno
braço da cava Comprimento
21 Transversal
19 do ombro
frente
09 Contorno do pequeno quadril 22 Comprimento do braço (do ombro ao pulso)
06 Contorno do cotovelo 20 Transversal costas
10 Comprimento frente 23 Entrecavas da frente
07 Contorno
11 do pulso
Comprimento das costas 2124 Comprimento
Entrecavas dasdocostas
ombro
12 da
08 Contorno Altura
cavado busto Abertura do busto
25 Comprimento do braço (do ombro ao
13 Altura do cotovelo (do ombro ao cotovelo) 2226
09 Contorno do pequeno quadril Ombro a ombro frente
pulso)
27 Ombro a ombro costas
10 Comprimento da frente 23 Entrecavas da frente
Senac São Paulo
11 Comprimento das costas 24 Entrecavas das costas
12 Altura do busto 25 Abertura do busto
13 Altura do cotovelo (do ombro ao cotovelo) 26 Ombro a ombro frente
14 Altura da cintura ao pequeno quadril 27 Ombro a ombro costas

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TABELA DE MEDIDAS

MEDIDAS TAM. 38 TAM. 40 TAM. 42 TAM. 44 TAM. 46 TAM. 48

01 Quadril 92 96 100 104 108 112

02 Cintura 67 71 75 79 83 87

03 Busto 85 89 93 97 101 105


CONTORNOS

04 Pescoço 36 37 38 39 40 41

05 Braço 27 28,2 29,4 30,6 31,8 33

06 Cotovelo 24 24,8 25,6 26,4 27,2 28

07 Pulso 15 15,5 16 16,5 17 17,5

* Joelho 38 39,2 40,4 41,6 42,8 44

* Gancho 64 66 68 70 72 74

10 Frente 37,5 37,8 38,1 38,4 38,7 39

11 Costas 41,5 41,8 42,1 42,4 42,7 43

12 Busto 22 22,5 23 23,5 24 24,5

13 Cotovelo 35 35 35 35 35 35

* Gancho 26 26,5 27 27,5 28 28,5


ALTURAS

14 Cintura/pequeno quadril 9 9 9 9 9 9

15 Cintura/quadril 19 20 21 22 23 24

16 Cintura/joelho 56 57 58 59 60 61

17 Cintura/chão 105 106 107 108 109 110

18 Altura da cava 21,75 22 22,25 22,5 22,75 23

19 Transversal frente 43,5 44,1 44,7 45,3 45,9 46,5

20 Transversal costas 44 44,6 45,2 45,8 46,4 47

21 Comprimento do ombro 12,5 12,75 13 13,25 13,5 13,75

22 Comprimento do braço 60 60 60 60 60 60
OUTRAS MEDIDAS

23 Entrecavas da frente 32,5 33,3 34,1 34,9 35,7 36,5

24 Entrecavas das costas 35,5 36,3 37,1 37,9 38,7 39,5

25 Abertura do busto 18 18,6 19,2 19,8 20,4 21

26 Ombro a ombro frente 36 36,8 37,6 38,4 39,2 40

27 Ombro a ombro costas 39 39,8 40,6 41,4 42,2 43

*Estas medidas são específicas para calça e são explicadas no respectivo traçado.

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1. Saias

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BASE DE SAIA RETA

Quadro – Figura 1
• AB = comprimento da saia/meio frente
• BC = ½ do contorno do quadril + 0,5 cm (folga de vestibilidade)
• CD = AB em paralelo
Ligue D a A por uma reta e feche o quadro.

Linha lateral
• AE = ½ de AD
• BF = AE
Ligue EF por uma reta.

Pequeno quadril
• AG = altura do pequeno quadril
• AG = DG1
Ligue o ponto G ao G1 por uma reta.

Quadril
• AH = altura do quadril
• AH = DH1
Ligue o ponto H ao ponto H1 por uma reta e marque H2 na intersecção com a linha EF.

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Figura 1

ESCALA 1:4

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Figura 2

ESCALA 1:4

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Figura 2

Pences
• Frente – 1 pence de 3 cm
• Costas – 1 pence de 4 cm
Total = 7 cm

Pence lateral
• Frente AE1 = ¼ da cintura + 3 cm
• Costas DE2 = ¼ da cintura + 4 cm
• Suba 0,5 cm, perpendicularmente, os pontos E1 e E2.
• Ligue E1H2 e E2H2 em curva harmoniosa.

Localização das pences


FRENTE
• I = ½ da abertura do busto + ½ do valor da pence
• AI = BI1
Ligue o ponto I ao ponto I1 por uma reta.
Para cada lado de I, marque a metade do valor da pence achando I2 e I3.
• II4 = 11 cm (comprimento da pence)
Ligue I2I4 e I3I4 por retas.

COSTAS
• J = ½ de DE2
• DJ = CJ1
Ligue o ponto J ao ponto J1 por uma reta.
Para cada lado de J, marque a ½ do valor da pence achando J2 e J3.
• JJ4 = 13 cm (comprimento da pence)
Ligue J2J4 e J3J4 por retas.

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Ajustes — Figura 3
Destaque as partes, frente e costas.
Feche as pences da frente e das costas, retrace as linhas de cintura AE1 e AE2 em curva suave
deixando um ângulo um reto em A e D.

ESCALA 1:4

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Ajustes — Figura 4
Obs.: se o modelo de saia tiver costura no meio das costas, podemos distribuir a pence de 4 cm das
costas em duas pences:
• 1 pence de 1 cm (no meio das costas)
• 1 pence de 3 cm
• DD1 = 1 cm
Ligue D1 a H1 por uma reta.
• J = ½ D1 e E2
Ligue o ponto J até o ponto J1 por uma reta.
Para cada lado de J, marque a ½ do valor da pence achando J2 e J3.
• JJ4 = 13 cm
Ligue J2J4 e J3J4 por retas.

ESCALA 1:4

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VARIAÇÕES DA BASE DE SAIA RETA


Figura 1
Para um pequeno volume lateral:
Copie a base de saia reta frente e costas.
Saia de 1,5 cm a 2 cm somente nas laterais (ponto F).
Retrace as laterais da saia.

ESCALA 1:4

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Figura 2
Para volume de saia afunilada:
Copie a base de saia reta frente e costas.
Entre de 1,5 cm a 2 cm somente nas laterais (ponto F).
Retrace as laterais da saia.

ESCALA 1:4

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SAIAS EVASÊ

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Evasê 1
Figura 1
Copie a base de saia reta frente e costas.
Iguale o comprimento das pences:
• J5 = suba 2 cm no ponto J4 e retrace a pence.
Corte o molde nas linhas I1 e J1 até os vértices das pences: I4 e J5.
Abra 5 cm em I1 e J1, fechando proporcionalmente as pences de cintura.
Saia 2,5 cm (até ½ do valor aberto em I1 e J1) nas laterais (ponto F).
Retrace as pences e as laterais da saia.

ESCALA 1:4

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Evasê 2
Temos um maior volume de evasê quando eliminamos todas as pences da cintura da base da saia,
acrescentando proporcionalmente volume na barra.
Copie a base de saia reta frente e costas.

Frente – Figura 1
Corte o molde na linha I1 até o vértice da pence (ponto I4).
Feche a pence da cintura, abrindo proporcionalmente em I1.
Saia ½ do valor encontrado e I1 na lateral da saia (ponto F).
Retrace a lateral da saia.

ESCALA 1:8

ESCALA 1:4

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Costas – Figura 2
Iguale o valor da pence das costas com a frente, eliminando o excedente na lateral:
• Para cada lado de J, marque a metade do valor da pence da frente, achando J2 e J3.
• E2E3 = 1 cm
Retrace a lateral da saia.
Iguale o comprimento das pences:
• J5 = s uba 2 cm no ponto J4 e retrace a pence.
Corte o molde na linha J1 até o vértice da pence (ponto J5 ).
Feche a pence da cintura, abrindo proporcionalmente em J1.
Saia até ½ do valor de J1 na lateral (ponto F).
Retrace a lateral da saia.

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SAIAS GODÊ

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Godê em um círculo inteiro – Figura 1


• AB = raio
• AB = contorno da cintura
• 6,28
• BC = comprimento da saia
A partir da linha da cintura, marque o comprimento da saia.
Linha da cintura = circunferência do raio.

ESCALA 1:11

Obs.: para facilitar os traçados da godê, pode-se fazer uma régua como a figura a seguir.
Sobre uma reta, marque os pontos A, B e C de acordo com as medidas AB (raio) e BC (comprimento
da saia) do traçado da godê.
Centralize esta régua sobre um retângulo com margem de no mínimo 2 cm ao redor.

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Marque com furos os pontos A, B e C.

Godê em ½ círculo
Figura 2
• AB = raio
• AB = contorno da cintura
3,14
• BC = comprimento da saia
A partir da linha da cintura, marque o comprimento da saia.
Linha da cintura = ½ circunferência do raio.

ESCALA 1:11

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Godê em ¼ de círculo – Figura 3


• AB = raio
• AB = contorno da cintura
1,57
• BC = comprimento da saia
A partir da linha da cintura, marque o comprimento da saia.
Linha da cintura = ¼ circunferência do raio.

ESCALA 1:11

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MODELO DE SAIA EM PANOS

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Figura 1
Copie a base de saia reta frente e costas.
Acrescente as folgas necessárias na cintura e no quadril.
Ex.: 1 cm na linha do quadril e 0,6 cm na linha da cintura, distribuídos nas laterais da saia.
• E1E3 = E2E4 = 0,15 cm (folga na linha da cintura)
• H2H3 = 0,25 cm (na linha do quadril)
• FF1 = 0,25 cm
Retrace as laterais: E3H3 e E4H3 em curva e reto em até F1.

ESCALA 1:4

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Figura 2
FRENTE COSTAS
Separe os moldes nos pontos I2I4I1 e I3I4I1. Separe os moldes nos pontos J2J4J1 e J3J4J1.
Espelhe o meio da frente. Espelhe o meio das costas.

ESCALA 1:4

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Figura 3
Para acrescentar nesgas no modelo de saia em panos
Localize o encaixe das nesgas nos recortes da frente e das costas:
• I1I5 = 25 cm
• J1J5 = 25 cm

Fio

Fio

ESCALA 1:4

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Figura 4
NESGA
• AB = 25 cm
• BC e BD = 7,5 cm
Ligue AC e AD.
• AA1 e AA2 = 25 cm
Ligue A1BA2 em curva, mantendo um ângulo reto em cada um dos pontos.

ESCALA 1:4

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Figura 5
Observação:
Se desejar igualar as larguras de cada recorte na linha do quadril, siga a sequência:
Acrescente as folgas necessárias na cintura e no quadril.
Alinhe frente e costas pela linha do quadril.
Divida a linha do quadril em partes iguais (ex.: 6 partes – para uma saia em seis panos).
Desloque o valor da pence da frente entre os recortes 1 e 2, e o valor da pence das costas entre os
recortes 5 e 6.

ESCALA 1:4

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Figura 6
Destaque:
Frente – recorte 1 espelhando o meio da frente.
Frente lateral – recortes 2 e 3.
Costa lateral – recortes 4 e 5.
Costas – recorte 6 espelhando o meio das costas.

ESCALA 1:4

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PREGAS

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MODELO DE SAIA COM PREGA FÊMEA

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Copie a base de saia reta frente e costas.


Acrescente as folgas necessárias na cintura e no quadril de acordo com o modelo anterior.

Figura 1
Frente:
Acrescente o valor da prega no meio da frente.
• AA1 = BB1 = 5 cm (valor da prega)
• A1A2 = B1B2 = 5 cm (fundo da prega)
• BB3 = 1 cm
A linha AB3 corresponde ao vinco da prega.
• AA3 = 11 cm sobre a linha AB3 (corresponde à marcação do fechamento da prega – mesmo com-
primento da pence da frente).

ESCALA 1:4

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MODELO DE SAIA COM BABADOS

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Figura 1
Faça uma saia evasê de acordo com o volume do evasê no 1 (5 cm na abertura).
Abaixe a linha da cintura: 5 cm paralelos à cintura da base, e corte na nova cintura.
Elimine o valor da pence que sobrou na lateral e retrace a linha da cintura.

ESCALA: 1/5

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Figura 2
Localize os babados (para este modelo são três babados), sendo o primeiro a partir da linha do
quadril (AB).
Numere os babados e os destaque da base.

ESCALA: 1/5

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Figura 3
Divida o 1o recorte em 4 partes iguais e distribua 1⁄5 da medida de AB em três partes iguais nas aber-
turas. Acrescente 1 cm na parte inferior de cada abertura.
Esta diferença, com mais volume na parte inferior que na superior, é para dar movimento ao babado,
deixando-o evasê.
Para o 2o babado, ele deverá ter na parte superior a medida de CD mais 1⁄5 do seu valor. Subtraia a
medida original superior (sem aberturas) do total (CD mais 1⁄5 do seu valor). Distribua a diferença em
três partes iguais acrescentando 1 cm na parte inferior (EF).
Para o 3o babado, ele deverá ter na parte superior a medida de EF mais 1⁄5 do seu valor. Subtraia a
medida original superior (sem aberturas) do total (EF mais 1⁄5 do seu valor). A diferença distribua em
três partes iguais acrescentando 1 cm na parte inferior.
Ligue as partes em curva suave.

FRENTE

M F - Fio
D1

C1

M F - Fio

F1

E1
M F - Fio

COSTAS

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F1
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Figura 4
Faça o mesmo procedimento para as costas.

COSTAS
MC. Fio
MC. Fio
MC. Fio

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CÓS RETO E CÓS EM FORMA

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Cós reto
Utilizado para modelos em que a localização é na cintura ou até aproximadamente 2 cm abaixo da
cintura.
• AB = contorno da cintura do molde + transpasse de acordo com o modelo desejado.
• AC = o dobro da altura do cós.
• BD = AC
Feche o quadro.

ESCALA 1:4

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Figura 1 – Cós em forma


Utilizado normalmente para modelos com cintura baixa.
Localize a cintura do modelo de acordo com os valores citados na figura a seguir:

ESCALA 1:4

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Figura 2
Feche as pences e retrace a cintura.
Trace uma paralela abaixo da cintura com a largura do cós. Ex.: 3 cm.

ESCALA 1:4

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Figura 3
Separe o cós (parte hachurada) da saia.

ESCALA 1:4

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Figura 4
REVEL
Utilizado como acabamento para os modelos sem cós.
Para seu uso, proceder da mesma maneira até a localização do cós, que chamaremos de revel ou
cós interno.
Carretilhe e copie o revel separadamente.

ESCALA 1:4

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2. Base
de corpo

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Base de corpo
Para o traçado da base e base alongada, acrescente 1 cm de folga de vestibilidade para cada me-
dida do corpo relacionada abaixo:
• Contorno do busto;
• Contorno da cintura;

Construção do traçado – Figura 1

• AB = comprimento da frente = linha do meio da frente


• BC = ½ do contorno do busto + 5 cm (folga somente para construção do traçado) = linha da
cintura
• CD = comprimento das costas = linha do meio das costas

Linha do busto
• BE = ½ da abertura
A partir do ponto E, trace uma reta paralela à AB, passando pela cintura e prolongando-se em apro-
ximadamente 25 cm. Chamaremos essa reta de x.
Apoie a régua no ponto A e marque a medida da altura do busto até encostar na reta x.
Na intersecção dessa medida com a reta x, temos o ponto F.
• AF = altura do busto.
Trace uma perpendicular à reta AB, passando pelo ponto F.
Na intersecção dessa reta com a reta AB, encontramos o ponto F1.
• BF1 = CG = linha o busto.

Linha das entrecavas


• H = ½ de DG
• HG = IF1
Ligue HI por uma reta.
• HI = linha das entrecavas

Pescoço/Ombro – Frente
• AA1 = 1⁄6 do pescoço + 1 cm
A partir do ponto A, trace uma reta perpendicular com aproximadamente 20 cm.
• A1A2 = 1⁄6 do pescoço
Trace o contorno do pescoço em curva, deixando 1 cm em ângulo reto em A.
AJ = ½ da medida de ombro a ombro frente
Trace uma perpendicular em J.
• BK = medida transversal da frente. A partir de B, coloque a medida transversal da frente até a
perpendicular em J.
Ligue A2K por uma reta.

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Pescoço/Ombro – Costas
• DD1 = 1⁄6 do pescoço + 1,5 cm
• D1D2 = 1⁄3 de DD1
• DL =½ da medida de ombro a ombro costas
Trace uma perpendicular em L.
• CM = medida transversal das costas. A partir de C, coloque a medida transversal das costas até
a perpendicular em L.
Ligue D2M por uma reta.

Busto
• F1F2 = GG1 = ¼ do contorno do busto

Figura 1

D2
A2
D L
D1 K
M
J A
A1

H Linha de entrecavas I

Linha da busto
G F1
G 1 F2 F

C Linha da cintura B
E

ESCALA 1:4

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Cálculo das pences – Figura 2

Cintura
Valor das pences: Frente 1 pence de 3 cm
Costas 1 pence de 3 cm
1 pence de 1 cm
• BB1 = ¼ da cintura + 3 cm (total de pence frente)
• CC1 = ¼ da cintura + 4 cm (total de pence costas)
Marque 1,5 cm para cada lado de E achando E1 e E2.
Trace a pence unindo E1FE2.
• CC2 = 1 cm
Trace a pence do meio das costas unindo C2H.
• C3 = ½ de C2C1
• C3N = comprimento da pence da cintura. A partir de C3, trace uma paralela ao meio das costas
CD até encostar com a transversal CM.
Marque 1,5 cm para cada lado de C3 achando C4 e C5.
Trace a pence unindo C4NC5.

Pence de busto/frente
• A2O = ½ do comprimento do ombro.
• OO1 = 1⁄15 do contorno do busto.
Trace a pence unindo OFO1.
Dobre a pence O sobre O1, prolongue a reta do ombro e marque a partir de A2 o comprimento do
ombro achando O2.
Ainda com a pence fechada, marque II1= ½ da entrecavas frente.

Pence do omoplata/costas
• D2P = MP1 = ½ do comprimento do ombro. A diferença que ficar será a pence de omoplata.
Ligue P a N.
• PP2 = 6 cm sobre a reta PN.
Trace a pence unindo PP2P1.
• HH1 = ½ da entrecavas costas

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Figura 2

P P1

P2

ESCALA 1:4

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Laterais – Figura 3

Meça a linha do busto F1F2 e GG1, descontando as pences.


Este valor deveria corresponder à metade do contorno do busto.
Compense a diferença entre as laterais da frente e das costas encontrando F3 e G2.

Altura da cava
B1Q = C1R = altura da cava
A partir de B1, trace uma reta com o valor de B1Q passando por F3.
A partir de C1, trace uma reta com o valor de C1R passando por G2.

Cavas
Trace QI1O2 em curva deixando de 1,5 cm a 2 cm perpendicular a B1Q.
Trace RH1M em curva deixando de 1 cm em perpendicular a C1R.

ESCALA 1:4

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Marcação do fio reto – Figura 4


Frente – AB
Costas – trace uma paralela à DC entre C2 e C4.

ESCALA 1:4

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base de corpo alongada

A base de corpo alongada é utilizada para modelos de blusas, camisas, vestidos e casacos.
Para o traçado dessa base, acrescente 1 cm de folga de vestibilidade para
a medida do contorno do quadril.
Copie a base de corpo frente e costas separadamente.
AB = CD = altura do quadril. Prolongue os meios da frente e das costas.
BB1 = DD1 = ¼ do contorno do quadril.
E = linha do centro da pence da cintura frente.
F = linha do centro da pence da cintura costas.
Prolongue as linhas E e F até as linhas BB1 e DD1 respectivamente.
EE1 = FF1 = comprimento das pences = 13 cm.
Retrace as pences da cintura para baixo finalizando nos vértices E1 e F1.
Retrace a pence do meio das costas até o ponto D.
Retrace as laterais a partir de B1 e D1 em curva até a linha de cintura.

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Base de corpo alongada – Figura 1

ESCALA 1:4

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TRANSFERÊNCIA DE PENCES
Frente

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Costas

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APLICAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA EM MODELO DE BLUSA

Abrir mesma medida da pence da frente.

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3. Mangas

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Modelagem e Confecção Feminina

ALARGAMENTOS DA BASE DE CORPO ALONGADA


Para a construção de uma manga básica, é necessário que a base de corpo tenha alguns alarga-
mentos para atingir uma cava ideal.
A sugestão de valores relacionada abaixo garante uma relativa facilidade de movimentação dos
braços.
Esta folga varia de acordo com o modelo da roupa.

ESCALA 1:4

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MANGA BÁSICA
Construção do quadro – Figura 1
• AB = comprimento do braço • K = ½ de ED
• BC = ¾ do contorno da cava • BJ = AI = EK = FL
• AD = BC Ligue IJ e KL.
Feche o quadro. • IJ = linha do cotovelo
• E = ½ de AD • KL = linha da frente do braço
• AE = BF • I1 e K1 = intersecção de IJ e KL com GH
• EF = linha do meio do braço fio reto • AM = altura do cotovelo
• AG = DH = 1⁄3 do contorno da cava • DN = AM
= altura da cabeça da manga • MN = linha do cotovelo
• I = ½ de AE

ESCALA 1:5

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Cabeça da manga – Figura 2


• II2 = 1⁄3 de II1
Ligue G a I2.
• O = ½ de GI2
• O1 = entre 1 cm em perpendicular
• KK2 = ½ de KK1
Ligue K2 a H.
• P = ½ de HK2
• P1 = entre 2 cm em perpendicular
Trace a cabeça da manga em curva passando por GO1I2EK2P1H, deixando 1 cm em ângulo reto em
G e aproximadamente 2 cm em ângulo reto em H.

ESCALA 1:5

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Manga – Figura 3

ESCALA 1:3

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MARCAÇÃO DE PIQUES
A medida do contorno da cabeça da manga é maior que a medida do contorno da cava.
Esta folga pode variar de acordo com o modelo da roupa e o tecido utilizado, porém, não deve ul-
trapassar 4 cm.
Frente: cava = AA1 = 9 cm
manga = AA1 = 9,5 cm
Costas: cava = BB1 = 7  BB2 = 8 cm
manga = BB1 = 7,5  BB2 = 8,5 cm
C = corresponde ao pique de ombro.
Divida a folga da manga igualmente entre a frente e as costas.

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MANGA EVASÊ – Figura 1


Construa uma manga básica.
Corte o molde nas linhas JI2 e LK2 até a cabeça da manga.
Abra 6 cm em J e 2 cm em L.
Retrace a barra.

ESCALA 1:4

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Figura 2

ESCALA 1:4

88 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

MANGAS BUFANTES – Figura 1


Copie a base da manga.
Determine o comprimento do modelo desejado.
Divida em 4 partes iguais entre I2J e K2L (linha do cotovelo e linha da frente do braço).
Trace paralelas com 2 cm a I2J e K2L.
Numere as linhas encontradas.

ESCALA 1:3

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Figura 2
Corte o molde nas linhas numeradas.
Acrescente volumes iguais nas linhas centrais (3, 4 e 5). Ex.: 3 cm.
Acrescente 1,5 cm nas linhas 2 e 6.
Acrescente 1 cm nas linhas 1 e 7.
Aumente 3 cm (no mínimo) na cabeça da manga e retrace a curva em linha harmoniosa.

ESCALA 1:3

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Figura 3
Para este modelo, faça o mesmo procedimento que a manga anterior, porém, o volume é acrescen-
tado nas linhas somente na cabeça da manga.

ESCALA 1:3

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Figura 4
Para este modelo, faça o mesmo procedimento que a manga anterior, porém o volume acrescentado
é somente na barra da manga. A cabeça permanece inalterada.

ESCALA 1:3

92 | senac são paulo


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MANGA COM PENCE DE COTOVELO – Figura 1


Construa uma manga básica.
• K2H1 = dobre o molde na linha K2L (linha da frente) e carretilhe o contorno da cava frente K2H.
Calcule a largura do punho (boca da manga) = contorno do pulso + folga desejada (ex.: 4 cm).
• J1 = intersecção da linha do cotovelo com a altura do cotovelo.
• FF1 = ¼ da largura do punho.
Posicione o esquadro passando pelos pontos J1F1F. No ângulo reto temos F2.
• F2F3 = FF4 = F2F no prolongamento da reta F2F.

ESCALA 1:4

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Figura 2
Ligue K2F4. Esta reta será a nova linha da frente.
• K2H2 e F4F5 = dobre na linha K2F4 e carretilhe a curva K2H1 e FF4.
Ligue H2F5.
Ligue F3M.
Meça GMF3 e H2F5. A diferença entre essas linhas corresponde ao valor da pence MM1.
• MM2M1 = trace a pence com 6 cm de comprimento sobre a linha da altura do cotovelo.
Suavize o ângulo formado em F4 por uma curva.

ESCALA 1:4

94 | senac são paulo


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Figura 3

ESCALA 1:4

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Modelagem e Confecção Feminina

ALARGAMENTOS DA BASE DE CORPO PARA


CONSTRUÇÃO DE MANGA COM CABEÇA BAIXA
A manga de cabeça baixa é utilizada em modelos mais amplos, com folga nas laterais e prolonga-
mento de ombros a partir de 4 cm.
No exemplo abaixo transferimos a pence de ombro da frente, ½ para a cava e ½ para a pence de
cintura.

Figura 1
Transfira ½ da pence do ombro para a cava.

ESCALA 1:5

96 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 2
Transfira o restante da pence do ombro para a pence de cintura.
Retrace a cava com referência na medida de entrecavas.

Figura 3
Retrace o ombro descendo 1 cm.
Elimine o excedente da pence de cintura na lateral.

ESCALA 1:5

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Modelagem e Confecção Feminina

Figura 4
Para as costas, elimine a pence de ombro na cava.

ESCALA 1:5
Figura 5
Equilibre a medida da lateral entre frente e costas: reesquadre a linha de cintura da frente, alinhe com
a mesma linha das costas e distribua a diferença de medida lateral entre as duas cavas.

ESCALA 1:5

98 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 6
Acrescente as folgas para o uso da manga de cabeça baixa de acordo com o modelo abaixo.

ESCALA 1:5
Figura 7
Sendo um tipo de manga utilizada para modelos amplos, podemos eliminar as pences da cintura
deixando-as como folga.

ESCALA 1:4

senac são paulo | 99


Modelagem e Confecção Feminina

MANGA DE CABEÇA BAIXA


Construção do quadro – Figura 1
• AB = comprimento do braço menos o prolongamento do ombro
• BC = 9⁄10 do contorno da cava
• AD = BC
Feche o quadro.
• E = ½ de AD
• AE = BF
• EF = fio reto da manga
• AG = DH = 1⁄5 de AD = altura da cabeça da manga
• AI = DJ = altura do cotovelo menos o prolongamento do ombro
• IJ = linha do cotovelo

ESCALA 1:4

100 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 2
Cabeça da manga
Ligue GE e EH por retas.
• K = ½ de GE • M = ½ de EH
• L = ½ de GK • N = ½ de MH
• KK1 = subir 1 cm em perpendicular • NN1 = descer 1 cm em perpendicular

Trace a cabeça da manga em curva passando por GLK1EMN1H, deixando 1 cm em ângulo reto em
G e aproximadamente 3 cm em ângulo reto em H.
Verifique a medida da curva da cabeça da manga, pois deverá corresponder ao valor do contorno
da cava sem folgas. Localize a medida da cava da frente na manga e marque o pique do ombro.

ESCALA 1:4

senac são paulo | 101


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 3

ESCALA 1:4

102 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 4
Para a colocação de punho na manga, considere:
Medida do punho = contorno do pulso + folga (no mínimo 3 cm) + transpasse (largura da carcela).
Altura do punho = ex.: 5 cm.
Largura da carcela = ex.: 2,5 cm:
• BB1 = CC1 = ½ da altura do punho
• F1 = intersecção de EF sobre a reta B1C1
• F1F2 = F1F3 = ½ da medida do punho. Ligue F2G e F3H por retas.

ESCALA 1:4

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Modelagem e Confecção Feminina

Figura 5
Posicionamento da carcela e abertura da manga para colocação das pregas.
• I = ½ de F1F2
• II1 = 10 cm perpendicular à barra (a medida varia de acordo com o modelo escolhido)
• JJ1 = trace uma paralela a 2 cm de EF1

ESCALA 1:4

104 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 6
Corte em JJ1 e F1E e acrescente em J e F1 2 cm para cada prega.

ESCALA 1:4

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Modelagem e Confecção Feminina

Figura 7

ESCALA 1:4

106 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

CARCELAS
As medidas e os desenhos das carcelas podem variar de acordo com o modelo desejado.
Ex.: bico quadrado ou bico triangular.
Para exemplificar os traçados abaixo, considere as medidas:
Abertura da manga = 10 cm.
Largura da carcela = 2,5 cm.
Altura da carcela = 13 cm.

Carcela com bico triangular


• AB = 5 cm (2x largura da carcela)
• BC = 9 cm = abertura da manga menos 1 cm, perpendicular à AB
• D = ½ de AB
• AE = DF = BC + 2,5 cm (largura da carcela), perpendicular à AB
Ligue EF.
• G = ½ de AD
• H = ½ de EF Figura 1
Ligue GH por uma reta e prolongue 2 cm aproximadamente.
Apoie um esquadro sobre os pontos C, F e E mantendo um ângulo
reto sobre o prolongamento de GH.
Una os pontos traçando o bico da carcela.

ESCALA 1:1

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Modelagem e Confecção Feminina

Figura 2
Acrescente 1 cm de costura ao molde.

ESCALA 1:1

108 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Carcela com bico quadrado


Figura 1
• AB = 5 cm (2x largura da carcela)
• BC = 10 cm = abertura da manga, perpendicular à AB
• D = ½ de AB
• AE = DF = 13 cm = altura da carcela, perpendicular à AB
Ligue EF.
• CG = BD, perpendicular à BC
Acrescente 1 cm de costura ao molde.

ESCALA 1:1

senac são paulo | 109


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 2
• AB = 5 cm (2x largura da carcela)
• BC = 8 cm = abertura da manga menos 2 cm – perpendicular à AB
• D = ½ de AB
• AE = DF = 13 cm = altura da carcela – perpendicular à AB
Ligue EF.
Ligue CF.
Acrescente 1 cm de costura ao molde.

ESCALA 1:1

110 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

PUNHOS
Punho básico – Figura 1
• AB = contorno do pulso + folga + transpasse
Folga = 3 cm no mínimo.
Transpasse = largura da carcela (ex.: 2,5 cm).
• BC = altura do punho – varia de acordo com o modelo desejado (ex.: 5 cm)
• AD = BC
Feche o quadro.

Pode-se eliminar uma costura espelhando um dos lados.

ESCALA 1:2

senac são paulo | 111


Modelagem e Confecção Feminina

Alguns modelos de punhos

Modelo 1

Modelo 2

Modelo 3

ESCALA 1:2

112 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Modelo 4 – Punho em forma


Construa um punho básico de acordo com o modelo desejado.
Divida AB e CD em 4 partes iguais. Corte e faça aberturas de evasê.
Retrace o punho arredondando as linhas.

ESCALA 1:2

senac são paulo | 113


Modelagem e Confecção Feminina

Modelo 5 – Punho em forma tipo mosqueteiro


Construa um punho básico ABCD, e outro em forma A1B1C1D1.
Junte os dois punhos encostando AD1 e BC1.

ESCALA 1:2

114 | senac são paulo


4. Golas

senac são paulo | 115


Modelagem e Confecção Feminina

ALARGAMENTOS DA BASE DE CORPO PARA CONSTRUÇÃO DE GOLAS


Para os traçados das golas oficiais, com pé de colarinho e gola sem pé, siga a sequência:
• Faça os alargamentos do decote de acordo com o modelo.
• Meça o novo decote sem transpasse.

ESCALA 1:4

116 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

TRANSPASSE E ABOTOAMENTO
O transpasse é acrescentado paralelamente à linha do meio da roupa permitindo o abotoamento.
Esta medida varia de acordo com o tamanho do botão.
Largura do transpasse = ½ do diâmetro do botão + 0,5 cm.
• AA1 = BB1 = 1,5 cm (ex.: valor utilizado para camisas)

Figura 1

ESCALA 1:4

senac são paulo | 117


Modelagem e Confecção Feminina

Casas ou caseados
Comprimento do caseado = diâmetro do botão.
As casas ficam deslocadas, em relação ao meio da roupa, em 0,2 cm.
Represente as casas no molde sobre a linha do meio onde será o abotoamento por um eixo e um
círculo.
As casas podem ser horizontais ou verticais, dependendo do modelo.

Figura 2
CASAS NA HORIZONTAL

ESCALA 1:4

118 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 3
CASAS NA VERTICAL

ESCALA 1:4

senac são paulo | 119


Modelagem e Confecção Feminina

Botões
Figura 4
Para um abotoamento clássico feminino, o centro do botão é colocado sobre a linha do meio do
lado esquerdo da roupa.
Distribua os botões sobre a roupa com o mesmo valor, de forma que um deles fique, de preferência,
sobre a linha do busto.

ESCALA 1:4

120 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

GOLA OFICIAL

senac são paulo | 121


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 1
• AB = ½ do contorno do decote
• BC = altura da gola (ex.: 3 cm)
• DC = AB em paralelo
Ligue DA por uma reta (meio das costas).
• AE = ½ do decote das costas
• DF = AE
Ligue EF por uma reta.

Figura 2
• BB1 = 1,5cm
• B1C1 = BC, perpendicular à EB1
Ligue C1F por uma reta.
Suavize os ângulos formados em E e F.
Desenhe a ponta da gola no meio da frente de acordo com o modelo, partindo de B1 (ângulo reto)
seguindo em curva até a reta C1F.

ESCALA 1:2

122 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

GOLA COM PÉ DE COLARINHO

senac são paulo | 123


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 1
Pé de gola
Trace uma gola oficial sendo:
• DA = 2,5 cm – meio das costas
• B1C1 = 2 cm – meio da frente

Figura 2
• B1B2 = 1,5 cm (valor do transpasse do modelo)
Desenhe a ponta da gola no meio da frente de acordo com o modelo, partindo de B2 (ângulo reto)
seguindo em curva até a reta C1.

Figura 3
• D1F1C2 = 0,5 cm paralelo a DFC1
• A1E1 = 0,5 cm paralelo a AE
Ligue D1A1 e F1E1.
• C2G = medida da gola no meio da frente, varia de acordo com o modelo. Marque este valor a
partir de C2, passando por C1B1.
Ligue E1 a G com uma curva suave.

ESCALA 1:2

124 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 4
Carretilhe separadamente a gola.

Figura 5
• E1E2 = corte na linha F1E1 e acrescente 0,5 cm em E1
Redesenhe a gola suavizando os pontos F1 e E1E2.

Figura 6

ESCALA 1:2

senac são paulo | 125


Modelagem e Confecção Feminina

GOLA SEM PÉ

126 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 1
• AB = ½ do contorno do decote
• BC = altura da gola (varia de acordo com o modelo. Ex.: 7 cm)
• AD = BC em paralelo – meio das costas
Ligue DC por uma reta.
• AE = ½ do decote das costas
• DF = AE
Ligue EF por uma reta.

Figura 2
• BB1 = 2 cm
Ligue EB1 por uma reta.
• CC1 = ex.: 1,5 cm no prolongamento da reta DC
• CC2 = ex.: 2 cm no prolongamento da reta BC
Os valores de CC1 e CC2 podem variar de acordo com o modelo da gola.
Ligue FC2 por uma reta e prolongue a linha.
Ligue B1C1 por uma reta e prolongue a linha.
No cruzamento entre as retas marque o ponto C3.
Retrace em curva suave as retas EB1 e FC2.

ESCALA 1:2

senac são paulo | 127


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 3
• FF1 = corte na linha EF e acrescente 0,5 cm em F.
Redesenhe a gola suavizando os pontos E e FF1.

ESCALA 1:2

128 | senac são paulo


5. Vestidos

senac são paulo | 129


Modelagem e Confecção Feminina

MODELO DE VESTIDO CHEMISIER

130 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 1
Copie a base de corpo alongada frente e costas e faça os alargamentos de acordo com os valores
sugeridos no desenho abaixo.
Prolongue a base de corpo alongada deixando o vestido com 50 cm de comprimento a partir da
cintura.
Acrescente o transpasse de acordo com o valor indicado na figura.

ESCALA 1:6

senac são paulo | 131


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 2
Recorte no local indicado eliminando as pences.

ESCALA 1:6

132 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 3
Trace o fio reto em cada parte e destaque os recortes 1, 2, 3 e 4.

ESCALA 1:6

senac são paulo | 133


Modelagem e Confecção Feminina

Manga – Figura 4
• AA1 = BB1 = prolongue o ombro com a medida do comprimento da manga, ex.: 10 cm.
Marque os pontos C e D a 3,5 cm abaixo da linha de entrecavas = marcação do início da manga.
Trace a manga em curva, A1C e B1D deixando um ângulo reto em A1 e B1.

ESCALA 1:4

134 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 5
Meça a cava AE e BF e construa uma manga básica, até a linha do cotovelo, para esta medida.
• C1E1 = CE + 0,5 cm
• D1F1 = DF + 0,5 cm
• GH = AA1 = BB1 = comprimento da manga
Ligue D1HC1 por uma curva.

ESCALA 1:4

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Modelagem e Confecção Feminina

Figura 6
Meça B1D e A1C no vestido e D1HC1 na manga.
x = diferença entre estas duas medidas.
• A1A2 = B1B2 = ½ de x
Retrace a manga ligando AA2 e BB2.
Obs.: a largura da manga CA2B2D pode variar de acordo com o modelo desejado.

ESCALA 1:4

136 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 7

COSTAS FRENTE

Gola – Figura 8
Meça o decote após o alargamento sem o transpasse e trace uma gola esporte.

ESCALA 1:4

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Modelagem e Confecção Feminina

Revel – Figura 9
Sobre o recorte 1, marque os valores de acordo com a indicação na figura.
Trace uma paralela à linha do transpasse com 7 cm da barra à linha de busto e prolongue em curva
suave até o ombro.
Marque o fio reto, carretilhe e destaque a parte hachurada.

ESCALA 1:6

138 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 10

ESCALA 1:6

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Modelagem e Confecção Feminina

MODELO DE VESTIDO TRAPÉZIO

140 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Parte superior pala – Figura 1


Copie a base de corpo alongada frente e costas e localize a pala a 1,5 cm abaixo da linha do busto.
Faça os alargamentos de acordo com os valores sugeridos no desenho abaixo.
Retrace os decotes a partir dos afastamentos localizados, deixando um ângulo reto no meio das
costas, e no meio da frente a partir da linha de entrecavas.
Retrace as cavas.
Retrace a pala da frente partindo de um ângulo reto a 1,5 cm acima da linha do busto, passando em
curva suave pelo busto até a lateral. Faça um corte nessa linha e separe do restante da base.

ESCALA 1:6

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Modelagem e Confecção Feminina

Pala frente – Figura 2


Feche a pence de ombro.
Acrescente um transpasse de 2 cm no meio da frente.

Pala costas – Figura 3


Feche as pences (omoplata e busto) transferindo o volume para a linha de entrecavas.
Deixe o valor da pence do meio das costas como folga no modelo.

ESCALA 1:5

142 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Parte inferior saia frente – Figura 4


Prolongue a base de corpo sem a pala, deixando a saia do vestido com 50 cm de comprimento a
partir da cintura.
Corte o molde na linha da pence e acrescente 10 cm de abertura na barra.

ESCALA 1:5

senac são paulo | 143


Modelagem e Confecção Feminina

Lateral frente – Figura 5


Saia 1 cm na linha da pala e 5 cm na barra.
Entre 1 cm na linha da cintura e retrace a lateral.
Retrace a barra deixando um ângulo reto na lateral.

ESCALA 1:5

144 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Parte inferior saia costas – Figura 6


Prolongue a base de corpo sem a pala, deixando a saia do vestido com 50 cm de comprimento a
partir da cintura.
Corte o molde na linha da pence e acrescente 10 cm de abertura na barra.

ESCALA 1:6

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Modelagem e Confecção Feminina

Lateral costas – Figura 7


Saia 1 cm na linha da pala e 5 cm na barra.
Entre 1 cm na linha da cintura e retrace a lateral.
Retrace a barra deixando um ângulo reto na lateral.

ESCALA 1:6

146 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Frente – Figura 8
Marque as casas e a localização dos botões de acordo com o modelo e o tamanho desejados.

ESCALA 1:6

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Modelagem e Confecção Feminina

Costas – Figura 9

ESCALA 1:6

148 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

MODELO DE VESTIDO COM BOJO E BARRADO DE PREGAS

senac são paulo | 149


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 1
Copie a base de corpo alongada frente e costas e faça os alargamentos de acordo com os valores
sugeridos no desenho abaixo.
Prolongue a base de corpo deixando o vestido com 38 cm de comprimento a partir da cintura e
marque um barrado de 18 cm abaixo.
Entre 1 cm no ombro e retrace as cavas.

ESCALA 1:6

150 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 2

FRENTE
Largura da alça = 3 cm.
Ligue a alça até o ponto A na linha de busto em curva suave.
Retrace a pence da cintura entrando 0,5 cm de cada lado.
Bojo:
• AA1 = AA2 = AA3 = 7 cm
• BB1 = entre 0,5 cm
• CC1 = 5 cm
Trace o desenho do bojo A1B1A2 em curva e marque um pique entre A2B.
Ligue C1A3 em curva suave partindo de um ângulo reto em C1.
Barrado:
Divida o barrado em 8 partes iguais.
Recorte no local indicado eliminando as pences.

COSTAS
Largura da alça = 3 cm.
Ligue a alça das costas até o ponto D em curva suave.
Marque o decote 1 cm abaixo da linha de entrecavas.
Trace o decote partindo, em um ângulo reto, a partir do meio das costas até o ponto D1.
Transfira o valor da pence do meio das costas para a pence de cintura.
Barrado:
Divida o barrado em 8 partes iguais.
Recorte no local indicado eliminando as pences.

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Modelagem e Confecção Feminina

Figura 2

ESCALA 1:6

152 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 3
Trace o fio reto em cada parte e destaque os recortes 1, 2, 3 e 4.

ESCALA 1:6

senac são paulo | 153


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 4
Numere as pregas, recorte e acrescente 2 vezes o seu valor para cada uma delas.
Faça o mesmo procedimento para as costas.
Para que haja uma continuidade do pregueado por toda a barra, divida o fundo da prega nas laterais
entre a frente e as costas. Nos meios frente e costas acrescente metade do fundo para espelhar o
molde.
Obs.: se o molde não encaixar na largura do tecido, coloque as emendas necessárias no fundo das
pregas.

Figura 5
Bojo – correção de decote.
Sobre o molde do bojo entre 1 cm a partir de A1 e retrace até o ponto A.

ESCALA 1:6

154 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 6

ESCALA 1:6

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5. Calças

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Modelagem e Confecção Feminina

MEDIDAS PARA CONSTRUÇÃO DE CALÇA

01 Cintura Nota
Observar as orientações já indicadas
02 Pequeno quadril
para tomada de medidas.
03 Quadril No caso de calças bem justas, tirar
também medida da coxa e sua altura
04 Entrepernas
em relação à cintura.
05 Altura da cintura ao joelho

06 Comprimento lateral – altura da cintura ao chão

07 Contorno do gancho

08 Altura do gancho

09 Largura do joelho

10 Largura da boca da calça

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Modelagem e Confecção Feminina

BASE DE CALÇA CLÁSSICA


Para o traçado desta base, utilize:
Largura do joelho: medida da tabela mais 4 cm de folga.
Essa folga varia de acordo com o modelo desejado.

Figura 1
• AB = comprimento lateral BOCA
• AC = altura do quadril • MM1 = mesma medida do joelho
• AD = altura do gancho Marque a metade para cada lado do fio reto.
• AE = altura do joelho
Trace perpendiculares à AB em B, C, D e E. LATERAL
• DF = ⁄4 do quadril menos 2 cm
1
Ligue CLM por retas.
• FG = ⁄12 do quadril menos 3 cm
1
• J1A1 = ¼ da cintura mais 1,5 cm
• DH = ½ de DG menos 0,5 cm Ligue A1J1 em curva suave.
• BI = DH • N = ½ de CL
Ligue IH por reta prolongando até a cintura, • NN1 = entre 0,5 cm em perpendicular
esta linha será o fio reto. Trace A1CN1L em curva harmoniosa.

FRENTE ENTREPERNAS
• AJ = DF Ligue GL1M1 por retas.
• JJ1 = descer 0,5 cm • O = ½ de GL1
• FK = 1⁄3 de FJ1 • OO1 = entre 0,5 cm em perpendicular
• KK1 = sair 1 cm Trace GO1L1 em curva harmoniosa.
Trace o gancho da frente J1K1 em reta e K1G
em curva.

JOELHO
• L
 L1 = ½ da medida do joelho, com folga,
menos 1 cm
Marque a metade para cada lado do fio reto.

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Modelagem e Confecção Feminina

Figura 1

ESCALA 1:5

160 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Costas – Figura 2

GANCHO QUADRIL
• GP = GF na linha do gancho • CC1 = 4,5 cm
• PP1 = desça 1 cm Ligue L2C1 prolongando até a linha da cintura.
• CQ = DF Meça LCA no traçado da frente e transporte
• QQ1 = entre 0,8 cm esse valor sobre a linha L2C1 achando R.
• JJ2 = entre 6,5 cm Ligue RA por reta.
Trace o gancho J2Q1 em reta, Q1P1 em curva e
meça-os. LATERAL
• J2J3 = diferença entre o valor do gancho • J3R1 = ¼ da cintura menos 1,5 cm mais
total e a soma do gancho da frente e das 2,5 cm do valor de pence
costas obtida no traçado. • Ligue R1J3 por uma reta
• S = ½ de C1L2
JOELHO • SS1 = entre 1 cm em perpendicular
• LL2 = saia 1 cm • Ligue R1C1S1L2 em curva harmoniosa
• L1L3 = saia 1 cm
ENTREPERNAS
BOCA Ligue P1L3M3 por retas.
• MM2 = saia 1 cm • T = ½ de P1L3
• M1M3 = saia 1 cm • TT1 = entre 1 cm em perpendicular
Trace P1L3 em curva harmoniosa.

senac são paulo | 161


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 2

ESCALA 1:5

162 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Pence – Figura 3
Localização da pence:
• U = ½ de R1J3
• UU1 = 10 cm, perpendicular à cintura (neste modelo).
O comprimento da pence varia de acordo com o corpo e o modelo.
Marque ½ do valor da pence para cada lado de U, trace a pence.
Feche a pence e retrace a linha da cintura em curva.

ESCALA 1:5

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Modelagem e Confecção Feminina

Figura 4

ESCALA 1:5

164 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

BASE DE CALÇA JUSTA SEM PENCE


Para o traçado desta base utilize:
Largura do joelho: medida da tabela mais 2 cm de folga.
A folga varia de acordo com o modelo desejado.
Medida da boca da calça: 38 cm.

Figura 1
• AB = comprimento da lateral JOELHO
• AC = altura do pequeno quadril • F1F2 = ½ da circunferência do joelho com
• AD = altura do quadril folga menos 2 cm
• AE = altura do gancho Marque a metade para cada lado do fio reto.
• AF = altura do joelho
Trace perpendiculares à AB em B, C, D, E e F. BOCA
• EE1 = ¼ do quadril • B1B2 = ½ da circunferência da boca menos
2 cm
• E1E2 = 1⁄5 de EE1
Marque a metade para cada lado do fio reto.
• DD1 = EE1
• EG = ½ de EE2
LATERAL
• BH = EG
Ligue EF1B1 por retas.
Ligue por uma reta prolongando até a cintura,
esta linha será o fio reto. • I = ½ de EF1
• II1 = entre 0,7 cm em perpendicular
FRENTE Ligue A1DI1F1 em curva harmoniosa.
• AA1 = entre 2,5 cm
• A1A2 = ¼ da cintura + 1 cm ENTREPERNAS
• A2A3 = desça 0,5 cm Ligue E2F2B2 por retas.
Trace o gancho da frente A3D1 em reta e D1E2 • J = ½ de E2F2
em curva. • JJ1 = entre 0,7 em perpendicular
Trace E2J1F2 em curva harmoniosa.

senac são paulo | 165


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 1

ESCALA 1:5

166 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Costas – Figura 2

GANCHO
• KK1 = (1⁄3 do quadril) + 1⁄15 deste resultado
Marque a metade para cada lado do fio reto.
• K1K2 = desça 1,0 cm
• LD = KE
• LL1 = 1⁄4 do quadril
• C1 = na intersecção do pequeno quadril com o fio reto
• C1C2 = 1⁄10 da metade da cintura
• M = ligue L1C2 por uma reta e prolongue em 2 cm acima da linha da cintura
Ligue L1K2 em curva, mantendo um ângulo reto em K2.

JOELHO
• F1F3 = saia 2 cm
• F2F4 = saia 2 cm

BOCA
• B1B3 = saia 2 cm
• B2B4 = saia 2 cm

LATERAL
• MM1 = ¼ da cintura menos 1 cm sobre a linha da cintura
Ligue B3F3K por reta.
• N = ½ de KF3
• NN1 = entre 1 cm em perpendicular
Ligue M1LK e KN1F3 em curva harmoniosa.

ENTREPERNAS
Ligue B4F4K2 por retas.
O = ½ de K2F4
OO1 = entre 1,4 cm em perpendicular
Ligue K2O1F4 em curva harmoniosa.

senac são paulo | 167


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 2

ESCALA 1:5

168 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 3

ESCALA 1:5

senac são paulo | 169


Modelagem e Confecção Feminina

TIPOS DE BRAGUILHA
Construção do traçado – Figura 1
Desenhe o contorno da braguilha.
• AB = altura do zíper + 0,5 cm
• AC = 2,5 cm
Desça em paralelo e ligue em curva até o ponto B.

Figura 2
Espelhe este desenho para fora.

ESCALA 1:5

170 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 3
Obs.: se preferir a braguilha separada, corte na linha AB e marque o fio reto.

ESCALA 1:5

senac são paulo | 171


Modelagem e Confecção Feminina

TIPOS DE BOLSOS
Bolso na costura – Figura 1
Copie a frente da calça.
Marque a abertura do bolso.
• AB = 5 cm
• BC = 13 cm
Desenhe o forro do bolso.
• CD = 4 cm
• AE = 12,5 cm
• EF = 22 cm, desça paralelo ao fio
Ligue D a F.

Revel e espelho do bolso – Figura 2


Desenhe o espelho e o revel.
• AG = 6 cm
• DH = AG
Ligue G a H por reta.

ESCALA 1:5

172 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 3
Copie a parte hachurada.
Marque o fio reto de acordo com o fio da calça.
Obs:. se houver encaixe no tecido, pode-se cortar o forro do bolso com o molde inteiro.
Marque os piques dos pontos B e C na calça, no revel e no espelho do bolso.

Frente calça

Forro do bolso

ESCALA 1:5

senac são paulo | 173


Modelagem e Confecção Feminina

Bolso faca – Figura 1


Copie a frente da calça.
Desenhe a abertura do bolso.
• AB = 3,5 cm
• AC = 16 cm
Desenhe o forro do bolso.
• CD = 6 cm
• AE = 12,5 cm
• EF = 24 cm, desça paralelo ao fio
Ligue D a F.

Revel – Figura 2
Faça uma linha paralela de 5 cm à AB (abertura do bolso).
Hachure esta parte.

ESCALA 1:5

174 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Espelho – Figura 3
Marque a lateral até o final do revel.
Copie a parte hachurada.

ESCALA 1:5

senac são paulo | 175


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 4
Separe as partes e marque o fio conforme o fio da calça.

ESCALA 1:5

176 | senac são paulo


Modelagem e Confecção Feminina

Bolso chapado – Figura 1


• AB = 14 cm
• BC = 13 cm
• AD = BC, feche o quadro.
• E = ½ de AB
• AE = DE1, ligue EE1
• DD1= CC1 = entre 0,5 cm.
Ligue AD1 e BC1.
• E1E2 = desça 1 cm.
Ligue D1E2C1.

Figura 2
• A1B1 = faça uma paralela de 2,5 cm abaixo de AB.
Dobre sobre a linha AB e carretilhe as laterais AA1, BB1 e a linha A1B1.
Espelhe a linha carretilhada.

ESCALA 1:2

senac são paulo | 177


Modelagem e Confecção Feminina

Figura 3
Destaque o bolso. Marque o fio e os piques necessários.

ESCALA 1:2

178 | senac são paulo


Referências bibliográficas

DUARTE, Sonia; SAGGESE, Sylvia. Modelagem industrial brasileira. Rio de Janeiro: Editora
Guarda-Roupa, 1998.
FULCO, Paulo e SILVA, Rosa Lúcia de Almeida. Modelagem plana feminina. Rio de Janeiro: Senac
Nacional, 2003.
FLETCHER, Kate e GROSE, Lynda. Moda & sustentabilidade – Design para mudança. São Paulo:
Editora Senac São Paulo, 2012.

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Fonte Família Helvetica Neue
Papel Offset 115 g/m2
Acabamento em wire-o

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