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BIPERS
Publicação conjunta do Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves – EMBRAPA e da
Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER/RS
JUNHO/2002
Circulação: Semestral
Tiragem: 2000
Coordenação: Roberto Diesel, ENGo Agro
EMATER/RS
Rua Botafogo 1051
Caixa Postal 2727
CEP 90150-053 – Porto Alegre, RS
Fone: (51) 233-3144
Fax: (51) 229-6199
http: / / www.emater.tche.br /
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre –
SISCAL
1
Pesquisador M. Sc., Embrapa Suínos e Aves. Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
(Produção Animal), FCAV/UNESP Jaboticabal – SP.
2
Extensionista EMATER/RS
3
Zootec., estagiário, convênio Embrapa Suínos e Aves e UnC Concórdia
4
Professor EV/UFG, Cx Postal 131, CEP 74001-970 Goiânia – GO.
5
Auxiliar de operações, Embrapa Suínos e Aves
6
Informát., estagiária, convênio Embrapa Suínos e Aves e UnC Concórdia.
Sumário
1 Introdução 7
4 Aspecto sanitário 15
5 Manejo do SISCAL 15
6 Taxa de lotação 15
8 Escalonamento da produção 16
9 Dimensionamento da produção 16
9.1 Dimensionamento de um sistema de produção de suínos, para produzir
27 animais a cada 21 dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
9.1.1 Definição dos coeficientes técnicos . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9.2 Dimensionamento das instalações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
9.2.1 Cobrição e gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
9.2.2 Cachaços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
9.2.3 Maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
9.2.4 Creche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
9.2.5 Reposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
9.3 Consumo diário de ração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
9.3.1 Gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
9.3.2 Maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
9.3.3 Creche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
9.4 Consumo total de ração de uma unidade produtora de leitões . . . . . . 25
5
10 Instalações e equipamentos 26
10.1 Cabanas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
10.2 Comedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
10.3 Cercas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
10.4 Rede de Abastecimento de Água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
10.5 Bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
10.6 Sombreadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
10.7 Escritório e depósito de ração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
10.8 Brete de contenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
11 Referências Bibliográficas 30
6
1 Introdução
O sucesso da agricultura familiar, entre outras coisas, depende da combinação da
atividade agrícola com a pecuária.
Tradicionalmente, a suinocultura, por permitir uma produção intensiva em pe-
quenas áreas e estar presente na maioria das propriedades familiares do Rio Grande
do Sul e Santa Catarina, tem se revelado como uma das atividades, juntamente com
a bovinocultura de leite, que melhor combina com as características da pequena
propriedade rural.
No entanto, muitos produtores jovens ou proprietários não têm condições de
imobilizar elevadas somas de capital para construir ou melhorar suas instalações e/ou
equipamentos numa atividade que se revela incerta. Assim, a utilização de um sistema
de produção que seja tecnicamente viável e que não envolva elevados investimentos
vem sendo uma boa opção para tais situações. É com esta perspectiva que o Sistema
Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (SISCAL) tem sido uma alternativa para quem
vai ingressar na produção de suínos ou aumentar a sua produção e não dispõe de
recursos financeiros.
Nesse sentido, o SISCAL permite a flexibilidade que o atual momento econômico
exige de toda a atividade economicamente viável e, em especial, da produção
agropecuária.
No entanto, para que o sistema atenda os seus objetivos, é preciso que o mesmo
respeite uma série de etapas e critérios que o fundamentam enquanto sistema
zootecnicamente eficiente, economicamente viável e ecologicamente adequado.
Esta publicação foi elaborada pela Embrapa Suínos e Aves e pela Emater – RS,
com objetivo de informar os princípios básicos do SISCAL para técnicos e produtores,
no sentido de otimizar a produção.
7
Os índices de produtividade obtidos neste sistema de produção, normalmente, são
menores aos obtidos nos sistemas confinados, mas a rentabilidade deste sistema
pode ser maior em função do menor custo de implantação e manutenção.
Antes de implantar o sistema em uma propriedade, produtores e técnicos,
preferencialmente, devem visitar um sistema em produção com objetivo de sanar todas
as suas dúvidas, pois assim podemos evitar erros na implantação e na execução.
8
2.2.1 Sugestões para manutenção da cobertura vegetal
• Colocar os suínos nos piquetes só quando a pastagem estiver totalmente
formada;
• Instalar, sempre que possível, os bebedouros nas partes mais baixas dos
piquetes;
9
• Azevém (Lolium multiflorum): gramínea anual de inverno-primavera, cespitosa,
reproduzida por sementes, pode perenizar-se por ressemeadura natural. Prefere
solos pouco úmidos e bem drenados. É mais utilizado para pastoreio do que para
corte. Tem alto valor forrageiro e sua palatibilidade é boa. Pode ser consorciada
com aveia e ervilhaca. Pode produzir até 25 t/ha/ano e permite até quatro cortes
anuais.
10
• Capim Quicuio (Pennisetum clandestinum): espécie perene, agressiva, estoloní-
fera e rizomatosa, adapta-se bem ao Alto Vale do Itajaí, Planalto e ao Oeste
Catarinense e todo Rio grande do Sul, muito exigente em fertilidade do solo.
Tem boa qualidade e é resistente ao frio. Produz sementes com alto vigor,
porém a implantação é por mudas em função da dificuldade de colheita e da não
disponibilidade da mesma no mercado. O seu estabelecimento é normalmente
mais lento que a estrela africana. Tem afinidade com o trevo branco e o azevém.
Apresenta cerca de 10,8% de proteína bruta.
11
• Brachiaria (Brachiaria decumbens): gramínea perene, prostrada que emite
grandes quantidades de estolões, dificultando a consorciação com leguminosas.
Muito rústica, resistente à seca e tolerante a deficiências minerais do solo.
Não é adaptada a solos úmidos, implanta-se facilmente através de sementes.
Apresenta baixa qualidade e não tolera o frio. Tem potencial para o litoral,
principalmente em função de sua rusticidade e grande facilidade de implantação
por semente. De difícil consorciação pela agressividade.
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• Trevo Vesiculoso (Trifolium vesiculosum): leguminosa anual, pode perenizar-se
por ressemeadura natural.
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As forrageiras que apresentam um alto valor nutritivo (leguminosas) são, em geral,
exigentes em fertilidade do solo. Isto pode aumentar os custos de implantação
em solos deficientes. Em função disto, deve-se procurar ter uma pastagem básica
constituída por espécies rústicas (gramíneas), pouco exigentes e persistentes, e
enriquecê-las pela introdução de novas espécies, à medida que melhorarem as
condições do solo.
Pode ser feita a introdução de espécies perenes, ou a semeadura de espécies
anuais que, em condições corretas de manejo, não necessitarão mais serem
semeadas e ou a semeadura de espécies anuais.
As forrageiras de inverno devem ser semeadas em solos férteis e com bom pH.
Caso haja necessidade de aplicação de calcário, este deve ser colocado em cobertura
e sua quantidade deve ser de no máximo um quarto da recomendação do ROLAS. O
fósforo e outros nutrientes podem ser aplicados junto com a semeadura, ou até 15 a
20 dias após a germinação.
A semeadura das leguminosas perenes poderá ser feita nos meses de junho e
julho, enquanto que as gramíneas e as leguminosas anuais a partir de fevereiro.
Uma das principais práticas recomendadas, no sistema, é o pastoreio rotativo,
que adensa e recupera a forragem provocando enraizamento profundo, favorecendo a
distribuição dos dejetos e o combate da verminose.
A grande maioria das criações intensivas de suínos a campo usam o pastoreio
contínuo pela maior facilidade de manejo e pelo menor custo das instalações. Neste
sistema, é muito difícil manter uma cobertura vegetal adequada do solo ao longo do
tempo, em função do comportamento agressivo dos suínos, em relação às pastagens.
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recomenda-se dar preferência a um único fornecedor de leitoas, com o objetivo de
reduzir as chances de introduzir novas doenças no rebanho.
4 Aspecto sanitário
O status sanitário dos suínos criados ao ar livre, normalmente, é melhor em relação
aos suínos criados junto ao sistema confinado. Independente disto, há necessidade
de estabelecer um programa sanitário do plantel. Esse programa poderá ser ajustado
dentro de cada região do Brasil. É primordial realizar um controle eficiente de
endoparasitas e ectoparasitas através de um plano de monitoramento para avaliação
do estado de saúde dos animais.
Quando do estabelecimento do programa sanitário, devemos levar em consi-
deração a necessidade do uso de vacinas tais como parvovirose, leptospirose,
erisipela, aujeszky e colibacilose.
5 Manejo do SISCAL
O SISCAL deve ser manejado de forma organizada, através da formação de lotes e
do escalonamento da produção, obtendo com isso um controle dos dados produtivos,
reprodutivos, econômicos e otimização da mão-de-obra.
A atenção dispensada a todas as fases de manejo deve ser muito bem planejada
na sua execução, pois o sistema demanda uma maior necessidade de tempo e/ou
mão-de-obra.
6 Taxa de lotação
A taxa de lotação e o manejo dos animais influem diretamente na manutenção da
cobertura vegetal e da fertilidade do solo. Assim, sugere-se o uso de 800 m2 por
fêmea instalada em um sistema de rodízio dos piquetes, o que permite uma lotação
de 10 fêmeas por hectare em gestação ou lactação.
Na fase de creche, sugere-se usar uma taxa de lotação de 50 m2 por animal
alojado em piquetes e de 0,5 m2 no sistema de creche móvel sobre cama. Estão
sendo desenvolvidas pesquisas em relação a um novo sistema de creche sobre cama
onde o leitão permanece confinado durante todo o período de creche.
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A área total do SISCAL é dividida em piquetes de gestação, de machos, de lactação
e creche. Para de cada fase sugere-se que seja subdividida em piquetes distribuídos
de maneira que se possa trabalhar com rodízios dos piquetes. Para a gestação
sugere-se subdividir a área total do piquete ocupado pelo lote em quatro subpiquetes.
Para maternidade e creche sugere-se subdividir os piquetes em dois subpiquetes.
Os piquetes são ligados aos corredores de manejo, que possuem largura suficiente
para possibilitar o trânsito de máquinas e animais.
O tempo de ocupação dos piquetes deve ser aquele que permita a manutenção
constante da cobertura vegetal sobre o solo e uma recuperação rápida da mesma.
Em geral, um período de 35 dias permitirá a renovação da forragem. Porém,
esta recuperação está diretamente influenciada pelas condições climáticas. Quando
houver intensa pluviosidade, ou seca, deve-se diminuir o tempo de ocupação devido
ao desgaste da pastagem e do solo.
Sempre que o sistema apresentar problemas de conservação de pastagens,
ou problemas sérios de sanidade, recomenda-se a rotação da área ocupada pelo
sistema.
8 Escalonamento da produção
O escalonamento permite a organização das atividades ao longo do tempo. Ela é
defina na implantação do sistema e pode ser semanal, quinzenal, ou a cada 21 dias.
9 Dimensionamento da produção
Um sistema de produção de suínos é constituído por um conjunto interrelacionado
de componentes que tem por objetivo produzir suínos. Fazem parte deste sistema o
homem, as edificações e os equipamentos, os animais, a alimentação e a água, os
contaminantes e o manejo do rebanho. Para atingir bons níveis de produção é preciso
que todos os componentes estejam em harmonia.
Ho m e m
Es tado de saúde A n im a is
C on ta m ina n te s
A lim e n ta ção e á g ua
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Da mesma maneira que no sistema confinado de produção, no SISCAL há
necessidade de dividir os animais nas diferentes fases da vida (cobrição, gestação,
maternidade, creche, crescimento e terminação). O fluxo dos animais no sistema
deve seguir um esquema lógico de produção.
• Oportunidade;
• Planos derivados;
• Resposta e questionamentos;
• Prazos.
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Quando da implantação de um sistema de produção de suínos em uma proprieda-
de agrícola, vários aspectos e fatores devem ser considerados: tipos e tamanho das
propriedades, localização, disponibilidade e necessidade de mão-de-obra, capacidade
para a produção de insumos/alimentos e investimentos.
Os projetos de produção de suínos devem compreender, obrigatoriamente, um
estudo técnico e econômico. Como o estudo técnico deve levar em conta as dispo-
nibilidades dos fatores de produção, capital e trabalho para definir, principalmente, a
dimensão e o grau de especialização de produção, devendo, também, caracterizar o
manejo de todo o sistema de produção e de cada fase em particular.
O estudo econômico é efetuado a partir do estudo técnico e deve definir o montante
de investimento e seu financiamento, o cronograma dos trabalhos de implantação,
fluxo físico de entrada dos animais em produção, o fluxo físico de venda de animais e
o fluxo de caixa decorrente das previsões de produção e de preços.
A decisão definitiva, relacionada ao tamanho da produção e do sistema de
produção a ser adotado, será tomado após esse estudo e, principalmente, após o
exercício de algumas simulações.
Na produção de suínos podemos utilizar os seguintes sistemas:
Extensivo: é a forma de criação à solta de suínos que coexistem com exploração
de florestas ou de pomares de árvores adultas e de casca grossa, como abacateiros
e mangueiras. Neste sistema de produção de suínos não há preocupação com
produtividade e economicidade, sendo mais uma forma de cultura extrativa ou
subsistência, não havendo nenhum controle sobre a criação, sendo que todos os
suínos de diferentes idades permanecem juntos numa mesma área e disputam, entre
eles, o mesmo alimento.
Intensivo: acumula o trabalho e capital em terreno relativamente restrito.
Apresenta preocupação com a produtividade e a economicidade, podendo ser para
subsistência, para gerar parte da renda ou ser a fonte de renda famíliar.
Dentro dos sistemas intensivos de produção de suínos podemos mencionar os
seguintes sistemas:
– Ciclo Completo
– Produtores de leitões
– Terminados
– À solta controlada
– Semi-confinado
– Produção agroecológica
– SISCAL – Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre
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Quando da implantação de um sistema de produção de suínos, há necessidade
de se fazer um estudo técnico e econômico da propriedade, com o objetivo de
verificar a viabilidade desta nova atividade agrícola. Estes estudos devem levar
em conta alguns aspectos, tais como:
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Número de partos por lote (NPL) é encontrado dividindo-se o número de animais
a serem vendidos por período (NLVP) pelo número de leitões a serem vendidos por
parto (NLVPA)
Intervalo entre partos (IP) é obtido pela soma dos períodos de gestação (PG),
duração da lactação (DL) e intervalo desmame-cio fértil (IDC).
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O número de matrizes por lote (NML) é obtido pela divisão do número total de
matrizes em produção (NTP), pelo número de lotes (NL). NML = NTP / NLP ⇒
22/7 = 3,14 matrizes /lote. Neste caso trabalha-se com 7 lotes de 3 matrizes, (6 lotes
de 3 fêmeas e 1 lote de 4 fêmeas). Tem-se 1 fêmea a mais no plantel para garantir a
produção, caso haja retorno ao cio.
Número de leitões vendidos por lote (NLVL) é obtido pela diferença entre do
número de leitões desmamados por lote (NLDL) e o número de leitões mortos na
creche por lote (NLMC), que é obtido pelo produto do número de leitões desmamados
por lote (NLDL) e a taxa de mortalidade na creche (TMLC).
NLMC = NLDL × TMLC ⇒ 27,6 × 0,02 = 0,552 ≈ 1,0 leitão morto por lote
NLVL = 27,6 − 1,0 ⇒ 26,6 ≈ 27
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9.2 Dimensionamento das instalações
9.2.1 Cobrição e gestação
Este sistema de produção de suínos está organizado para trabalhar com sete lotes
de 3 fêmeas, com intervalos de produção de 21 dias.
Quando se utilizar um cronograma de 21 dias de intervalo entre lotes, teremos um
lote de matrizes em lactação e um lote entrando ou saindo da maternidade, assim
assume-se que sempre teremos 5 ou 6 lotes na gestação, e um ou dois lotes na
maternidade e dois lotes de leitões na creche.
Durante a gestação as matrizes serão mantidas em grupos de três por piquete, e
cada piquete será subdividido em 3 subpiquetes, com o objetivo de fazer a rotação da
área ocupada pelas matrizes.
O número de matrizes em gestação ou cobrição (NMG) é obtido pela diferença
entre o número total de matrizes em produção (NTP) e o número de partos por lote
(NPL).
NSPG = 6 × 3 = 18 subpiquetes
A área ocupada pela gestação (AG) é determinada pelo produto do número de
matrizes em gestação (NMG) e a área recomendada por matriz (AM). No SISCAL
recomenda-se utilizar uma área de 800 m2 por matriz na gestação e lactação.
9.2.2 Cachaços
Está prevista a utilização de 2 cachaços no sistema de produção de suínos. A área
utilizada por cachaço será de 800 m2 e cada piquete será dividido em 2 subpiquetes
de 400 m2 para que se possa utilizar o sistema de rotação dos piquetes.
O número de piquetes de cachaços é igual ao número de cachaços utilizados na
produção de suínos, pois não se recomenda manter os reprodutores em piquetes
coletivos.
A área ocupada pelos cachaços (AC) é determinada pelo produto do número
de cachaços (NM) e a área recomendada para o cachaço (ACA). No SISCAL
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recomenda-se utilizar uma área de 800 m2 por reprodutor.
9.2.3 Maternidade
Para dimensionar a maternidade e a creche é necessário definir algumas variáveis.
Determinar o período de ocupação dos piquetes de maternidade (POMA). Esse
tempo de ocupação é determinado pela soma do período de adaptação da porca no
piquete (PA), duração da lactação (DL) e o período de recuperação da pastagens (PR).
POMA = PA + DL + PR ⇒ 7 + 28 + 35 = 70 dias.
Além dos 9 piquetes calculados mais 1 de reserva, porque num dado momento
teremos um grupo de 4 porcas na maternidade e isto permite também garantir o grupo
de 3 fêmeas, se falhar uma cobertura.
A área da maternidade (AMA) é obtida pelo produto do número de piquetes na
maternidade (NPMA) e a área dos piquetes 400m2 .
9.2.4 Creche
Determinar o período de ocupação dos piquetes da creche (POCE). Esse tempo
de ocupação é determinado pela soma do período de ocupação dos piquetes (PO) e
o período de recuperação das pastagens (PR).
POCE = PO + PR ⇒ 42 + 35 = 77 dias
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Calcular o número de lote na creche (NLCE), o qual é obtido pela divisão do
período de ocupação dos piquetes (POCE) e pelo intervalo entre lote (IL).
A área dos piquetes da creche (ACE) é obtida pelo produto do número de piquetes
na creche (NPCE ) e a área dos piquetes a qual é obtida pelo produto do número de
leitões desmamados (NLDL), e a área por leitão (ALC) na creche 50m2
Na fase de creche pode-se também utilizar o sistema de creche móvel sobre cama,
podendo assim diminuir a área ocupada pelo sistema de produção de suínos.
Quando da utilização desse sistema de creche móvel sobre cama deveremos ter
os devidos cuidados com a linfadenite e o manejo da cama com as moscas.
9.2.5 Reposição
A área de reposição de leitoas/ano (ARLA) é em função do número de matrizes e
varrões, o qual é obtido pelo produto do número de matriz/ reposta/ ano (NMRA) e a
área por matriz de 800m2 .
Esta área é determinada em função do número de matrizes a serem introduzidas
no sistema de produção de suínos. Neste caso está prevista a reposição de dois lotes
com três leitoas e um macho por ano. Portanto será necessário o dimensionamento de
um piquete para a introdução dos mesmos e o descarte das matrizes e reprodutores.
Utiliza-se um piquete coletivo com capacidade para alojar as porcas e os cachaços
de reposição e de descarte de animais.
24
de uma unidade de produção de leitões com capacidade para produzir 27 leitões a
cada 21 dias estão no (Anexo 1).
O consumo diário de ração dos cachaços (CDRC) é obtido pelo produto do número
de varões (NM) pelo consumo diário de ração dos cachaços (CDRC).
9.3.2 Maternidade
O consumo diário de ração lactação (CDRL) é obtido pelo produto do número de
matrizes em lactação (NML) pelo consumo diário de ração por matriz na lactação
(CDRL).
9.3.3 Creche
O consumo diário de ração na creche (CDRCE) é obtido pelo produto do número
de leitões desmamados por lote (NLDL), número de lotes de leitões na creche (NLLC)
e consumo diário de ração por leitão (CDRLE).
CTDR = CDRG + CDRC + CDRL + CDRCE CTDR = 39,9 + 4,2 + 18,0 + 40,02 =
102,12 kg/dia.
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O consumo anual de ração (CAR) é obtido pelo produto do consumo total diário de
ração (CTDR) pelo número de dias do ano (NDA).
10 Instalações e equipamentos
As instalações e os equipamentos necessários para implantação do Siscal
basicamente são: cabanas, cercas, comedouros, bebedouros, sombras, depósito de
ração, bretes de contenção e rede hidráulica.
10.1 Cabanas
Têm por objetivo servir de alojamento e abrigar os animais de intempéries.
As cabanas podem ser confeccionadas de madeira, metal ou outro tipo de material,
porém devem ser leves e resistentes para facilitar o seu deslocamento.
São mais utilizadas as cabanas tipo Cela Parideira, Chalé, Iglú e Galpão.
Normalmente são cobertas com lona plastificada, chapa galvanizada, esteiras de
taquara ou capins. As suas dimensões variam de acordo com a fase animal.
As cabanas de gestação são de uso coletivo e só devem ser utilizadas em regiões
de muito frio, devem possuir duas seções abertas em lados opostos, abrigando mais
de uma fêmea.
Na saída dos lotes de fêmeas da gestação para a maternidade deve-se posicionar
a cabana de pé, virada para o norte, para proporcionar uma desinfecção da mesma
através da radiação solar.
Devem ser trocadas de lugar sempre que a cobertura vegetal em seu interior se
degradar.
A cabana da maternidade é individual e abriga uma fêmea com sua respectiva
leitegada. A Embrapa Suínos e Aves está recomendando o uso de duas novas
cabanas para a maternidade: a tipo cela parideira coberta com lona plastificada
(Anexo 2) e a cela parideira tipo chalé (Anexo 3).
A cabana cela parideira é uma cabana de madeira, coberta com lona plastificada,
colocada sobre uma camada de capim e outra lona plástica que serve de suporte.
Possui abertura nas extremidades opostas e um assoalho móvel. Tem dimensões de
2,20 m de comprimento, 1,60 m de largura e 1,20 m de altura.
No seu interior existe uma proteção contra esmagamento de leitões, composta por
2 canos galvanizados de cada lado (Figura 3 d), sendo que o primeiro cano deve estar
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afastado 0,30 m do assoalho e o segundo situado a 0,30 m do primeiro. A matriz
possui área útil de 0,75 m2 .
A cabana tipo chalé tem dimensões de 2,20 m de comprimento, 1,80 m de largura
e 1,30 m de altura. Possui duas aberturas nas extremidades opostas, e 2 ripas de
cada lado que servem de proteção contra o esmagamento dos leitões. A primeira
deve estar distanciada 0,25 m do chão e a segunda a 0,10 m da mesma.
Tem como principais vantagens: um melhor conforto térmico e um custo menor.
Porém, é mais pesada e tem uma menor durabilidade do material.
Na parte interna das cabanas deve ser colocada uma camada de 0,10 m de palha
ou capim seco para que a fêmea possa fazer o seu ninho. É importante repor a cama
sempre que necessário.
Durante o inverno deve ser colocada uma cortina em frente à porta, impedindo a
corrente de ar em seu interior.
As cabanas de maternidade devem possuir um assoalho, e esse não deve ser
fixado na cabana, sendo uma peça da mesma.
As cabanas da creche possuem as mesmas dimensões das cabanas de gestação,
acrescidas de um assoalho móvel, podendo abrigar até 2 leitegadas.
As cabanas dos machos têm as mesmas dimensões das cabanas de maternidade.
Nessas cabanas não há necessidade de usar o assoalho, nem a proteção contra o
esmagamento.
O sistema de creche móvel sobre cama (Anexo 4) é um sistema alternativo
de baixo custo de implantação em relação ao sistema confinado, onde os suínos
são criados sobre um leito formado por maravalha ou palha. Os dejetos sofrem
uma compostagem dentro da “cabana” reduzindo os riscos de poluição ambiental e
melhorando sua valorização agronômica.
A creche móvel sobre cama é constituída por peças ajustáveis que podem ser
construídas na propriedade. É composta por bebedouros, comedouros, estrado e o
sistema de cobertura.
10.2 Comedouros
Os comedouros devem ser móveis e fabricados com materiais leves e resistentes
tais como madeira, metal ou pneu (Anexo 5).
Com o pisoteio constante dos suínos próximo ao comedouro, o solo pode ficar sem
cobertura vegetal e compactado. Isso pode ser evitado mudando-se o comedouro de
lugar.
Para a fase de gestação são usados comedouros feitos com pneus usados e ferros
separadores de baixo custo e de fácil manejo.
Em dias chuvosos, os comedouros da gestação devem ser virados após as
matrizes consumirem toda a ração, evitando que as mesmas retornem ao local de
alimentação e danifiquem a cobertura do solo.
Para a maternidade são indicados comedouros confeccionados de madeira,
cobertos com folha galvanizada. Esses possuem uma capacidade de armazenamento
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de 40 kg de ração (Anexo 6). A ração na maternidade deve ser fornecida à vontade à
matriz.
Em épocas de chuva deve-se observar se não há ração úmida dentro dos
comedouros.
Sua localização deve estar próxima à cabana, à sombra e o bebedouro e em um
lugar plano e seco.
Para a fase de creche os comedouros normalmente são de madeira, cobertos
com folha galvanizada e apresentam de 10 a 12 bocas para os leitões. O espaço
utilizado por boca corresponde a 0,13 m de comprimento, 0,20 m de largura e 0,15 m
de profundidade. O fornecimento de ração deve ser à vontade e com capacidade para
70 kg de ração (Anexo 7).
10.3 Cercas
Têm por objetivo manter os animais dentro dos piquetes.
Os piquetes são delimitados por cercas eletrificadas compostas por eletrificadores,
isoladores, palanques com dimensões de 1,10 × 0,08 × 0,08 m, distanciados a cada
50 a 60 m; e por estacas intermediárias com dimensões de 1,0 × 0,04 × 0,04 m,
distanciados a cada 8 a 10 m e por 2 fios de arame galvanizado ou de nylon, colocados
a 0,35 m e 0,60 m de altura em relação ao solo, respectivamente.
As cercas podem ser confeccionadas de madeira, de ferro de construção, de
plástico ou bambu, entre outros materiais.
Para eletrizar as cerca, são utilizados eletrificadores disponíveis no mercado.
A creche deve ser cercada com tela metálica de arame galvanizado, com malha
número 4 ou 5.
Colocar na parte interna do piquete um fio de arame eletrificado, a 0,10 m do solo
por um período de dez dias após o desmame. A distância entre as estacas varia de 6
a 9 m de forma a permitir uma boa tensão entre os fios.
Deve-se limpar periodicamente o local sob as cercas, através de roçadas, evitando-
se capinas, pois o solo deve permanecer coberto, a fim de permitir boa visualização
dos fios e evitar curtos-circuitos.
O uso de herbicidas não é recomendado porque pode afetar a cobertura do solo e
contaminar os animais.
28
10.5 Bebedouros
Têm por objetivo fornecer água aos animais nos piquetes.
O sistema de fornecimento de água deve ser feito mantendo-se uma caixa d’água
como reservatório num ponto mais alto do terreno. A canalização deve ser enterrada
a uma profundidade aproximada de 35 cm, evitando-se assim o aquecimento da água
nos dias mais quentes.
Deve-se evitar que a água escorra para o interior dos piquetes, com a finalidade
de impedir a formação de lamaçal. Por isso, deve-se colocar uma proteção sob os
bebedouros e instalar os mesmos na parte mais baixa do piquete.
O bebedouro é fixo. Normalmente usam-se os bebedouros de vasos comunicantes.
Podendo-se utilizar os bebedouros do tipo vasos comunicantes com bóia, construídos
em concreto individual (Anexos 8) ou do tipo santa rosa (Anexos 9).
Recomenda-se colocar 1 bebedouro para cada 7 matrizes. Na creche a proporção
recomendada é de 1 bebedouro para cada 12 leitões.
Deve-se ter o cuidado de isolar com mangueiras plásticas os fios da cerca em
frente ao bebedouro, para evitar que os animais levem choques ao beberem água.
Devem ser limpos diariamente e protegidos da ação solar.
Quando a parte externa dos bebedouros ficar dentro da área dos piquetes, essa
deve ser cercada, para evitar que os animais tenham acesso a essa parte do
bebedouro. Nesse caso e quando a água coletada dos bebedouros escorrer para
dentro dos piquetes, deve-se construir sumidouros, para evitar a degradação do solo.
Com o uso do sistema de rotação nos piquetes, os bebedouros que não estão
sendo utilizados devem ser desligados do sistema de fornecimento da água, evitando
desperdícios.
10.6 Sombreadores
São utilizados para fornecer sombra aos animais nos piquetes, principalmente
no verão. Esta sombra pode ser natural, com arborização ou fornecida através
de sombreadores artificiais (Anexo 10), que normalmente possuem sustentação de
madeira, ferro ou bambu e são cobertos de capim, folhas de palmeira, sombrite ou
esteira de bambu.
A área do sombreador móvel deve ser de 3 m2 por fêmea na lactação e 3 m2 por
matriz na gestação. Para o macho recomenda-se uma área de 9 m2 . Na creche a
proporção de área corresponde a 0,8 m2 por animal alojado.
Quando o SISCAL for implantado em locais com sombra natural deve-se ter o
cuidado de proteger as árvores da ação das matrizes, pois estas podem comer a
casca das árvores, matando-as. A melhor forma é isolá-las com fios eletrificados que
passam por três sarrafos fincados ao redor do tronco e conectados à cerca elétrica
por uma extensão ou usar uma tela de malha 4 ou 5.
É importante que todos os piquetes do sistema tenham uma boa área de sombra.
Sugere-se a utilização de espécies caducifólias, que perdem as folhas no período
29
hibernal, proporcionando uma boa insolação no inverno e sombreamento no verão. A
Uva do Japão constitui-se em uma boa opção.
11 Referências Bibliográficas
ARAÚJO, A. A. Melhoramento de pastagens; agrostologia rio-grandense. 4o ed.
Porto Alegre: Sulina; 1976. 208p. (Coleção Técnica Rural).
BONET, L. P; MONTICELLI, C. J. Suínos: O produtor pergunta, a Embrapa
responde. 2o ed.Brasilia: Embrapa-SPI/ Concórdia: EMBRAPA – CNPSA, 1998.
243p. (Coleção 500 perguntas 500 respostas).
BOTREL, M. A. Algumas considerações sobre gramíneas e leguminosas forra-
geiras. Coronel Pacheco: EMBRAPA-CNPGL, 1983. 59p. (EMBRAPA – CNPGL.
Documentos 09).
DALLA COSTA O. A.; HOLDEFER, C.; DIESE, R.; LOPES E. C.; COLOMBO, S.
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Bebedouro de
vaso comunicante - geminado - Santa Rosa. Concórdia, SC: EMBRAPA-
CNPSA, 2001. 3p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Técnico, 290).
DALLA COSTA O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S. Siste-
ma Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Dimensionamento de
um sistema. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 5p. (EMBRAPA-CNPSA.
Comunicado Técnico, 289)
DALLA COSTA O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S.
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Cabanas de
maternidade. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 11p. (EMBRAPA-
CNPSA. Comunicado Técnico, 283).
DALLA COSTA O. A.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; DIESE, R.; COLOMBO, S.
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Comedouro de
creche. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 5p. (EMBRAPA-CNPSA.
Comunicado Técnico, 282).
30
DALLA COSTA O. A.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; DIESE, R.; COLOMBO, S.
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Comedouro
de maternidade. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 4p. (EMBRAPA-
CNPSA. Comunicado Técnico, 281).
DALLA COSTA O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S.
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Comedouro de
gestação. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 2p. (EMBRAPA-CNPSA.
Comunicado Técnico, 280)
DALLA COSTA, O. A.; OLIVEIRA, P. A. V.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER,
C.; COLOMBO S. Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre - SISCAL:
Creche móvel sobre cama para suínos. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA,
2001. 8p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Técnico, 278).
DALLA COSTA, O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S.
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Sombreador
móvel. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 3p. (EMBRAPA-CNPSA.
Comunicado Técnico, 277).
DALLA COSTA, O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; MÜLLER A.
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Brete de manejo
e carregadouro móvel de suínos. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001.
3p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Técnico, 275).
DALLA COSTA, O. A. Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre - SISCAL.
Recomendações para instalação e manejo de bebedouros. Concórdia:
EMBRAPA-CNPSA, 1998, 2p. (EMBRAPA-CNPSA. Instrução Técnica para o
Suinocultor, 8)
DALLA COSTA, O. A; MONTICELLI, C. J. Sugestões para a implantação do sistema
intensivo de suínos ao ar livre (SISCAL). Suinocultura Dinâmica, v.III, n.14,
p.1–3, 1994.
DALLA COSTA, O. A. Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre – SISCAL.
Recomendações para instalação e manejo de bebedouros. Concórdia:
EMBRAPA-CNPSA, 1998. 2p. (EMBRAPA-CNPSA. Instrução Técnica para o
Suinocultor, 8)
MITIDIERI, J. Manual de gramíneas e leguminosas par a pastos tropicais. São
Paulo; Nobel,. 1983. 198p.
31
12 Anexo 1 – Dimensionamneto do Sistema de
Produção
12.1 Descrição do sistema de produção
12.2 Estimativa do material necessário para a instalação da rede
hidráulica
1 caixa de água de 1000 L
2 flanges de 25 mm
700 m de cano de PVC 25 mm
100 m de cano de PVC 20 mm
50 flexíveis 20 mm
4 registros 25 mm
44 T 25 mm p / 20 mm
4 T 25 mm
2 joelhos 25 mm
45 tampões de 12
50 conexões 21 "
55 bóias de 21 "
4 tubos de cola
4 veda rosca
44 bebedouros de vaso comunicantes simples ou 21 geminados Santa Rosa.
32
80 4 50
20 20 20 20 25 25
21
R
28
C1a C1b
21
Cob1 Cob2
28
C2a C2b
105
112
21
Cob3
28
R C3a C3b
21
G1a
G1b G1c
21
C4a C4b
28
4
235
3
21
G2a G2b
20
M1a M1b
21
G2c G3a
M2b
20
M2a
126
21
G3b G3c
20
120
M3a M3b
21
G4a G4b
20
M4a M4b
21
20
G4c M5a M5b
G5a
21
20
40 40 20 20
80 40
Legenda (Todas as medidas são em metros)
R - Reposição
G - Gestação - Bebedouro
Cob - Cobrição - Porteira
C - Creche
M - Maternidade
- Macho Reprodutor
- Rede hidráulica
- Caixa d’ água
- Brete
- Depósito de ração/escritório/brete de manejo
33
Tabela 1 — Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre – SISCAL
– para 23 matrizes
PIQUETES
o
N Tamanho (m) Área e (m2 ) Área total (m2 )
Cobrição – COB 3 21 × 40 840 2.520
Gestação – G 15 21 × 40 840 12.600
Maternidade – M 12 20 × 20 400 4.800
Creche – C 8 25 × 28 700 5.600
Macho 4 20 × 21 420 1.680
Reposição – R 2 40 × 21 840 1.680
Depósito de ração
Escritório brete de
±200
manejo e áreas de
circulação
ÁREA TOTAL 29.080 m2
1. Estrado (removível)
O estrado removível é confeccionado pela justa posição de 5 (cinco) tábuas –
sendo 4 (quatro) com dimensões de 0,30 m × 1,98 m e 1 (uma) de 0,18 m ×
1,98 m. Esse tablado fica assentado (pregado) sobre 3 (três) caibros de 0,08 m
× 0,08 m × 1,38 m (Figura 3a).
3. Cabeceiras e Escoras
O fechamento das duas cabeceiras se dá pela utilização de: 4 (quatro) tábuas
de 0,30 m com 0,75 m no lado menor e 0,92 m no lado maior; 2 (duas) tábuas
de 0,30 m com 0,92 m no lado menor e 1,09 m no lado maior; 2 (duas) tábuas
de 0,20 m com 0,92 m no lado menor e 1,03 m no lado maior.
Essas cabeceiras posteriormente, serão escoradas por 4 (quatro) caibros
0,08 m × 0,08 m× 0,55 m (Figura 3c).
34
4. Laterais e Canos de Proteção aos Leitões
A lateral, que possui fechamento fixo, é confeccionada pela sobreposição de 2
(duas) tábuas de 0,30 m × 2,24 m e 1 (uma) de 0,15 m × 2,24 m, fixadas às
cabeceiras e à estrutura da cabana.
Na lateral oposta é utilizada somente de 1 (uma) guia de 0,15 m × 2,20 m, fixada
no vértice superior externo das cabeceiras.
A proteção aos leitões recém-nascidos (neonatos) se dá pela fixação de 4
(quatro) canos de 3/4" com 2,24 m, afastados entre si em 0,30 m, bem como
0,30 m entre o piso do estrado e o primeiro cano. A fixação dos canos é obtida ao
vazar (furar) as tábuas junto às entradas da cabana, nas alturas acima descritas.
Para que os canos não saiam das posições, dota-se esses de contra-pinos
internos (Figura 3d).
35
Tabela 2 — Material de necessário para montagem da cabana cela parideira
Quanti- Uni-
Especificação Tamanho (m) Utilização
dade dade
4 Un Tábuas 1,98 × 0,3 × 1" Estrado assoalho
1 Un Tábuas 1,98 × 0,18 × 1" Estrado assoalho
0,3 × 0,75 lado
4 Un Tábuas menor e 0,92 Cabeceira
lado maior × 1"
0,3 × 0,92 lado
2 Un Tábuas menor e 1,09 Cabeceira
lado maior × 1
0,2 × 0,92 lado
2 Un Tábuas menor e 1,03 Cabeceira
lado maior × 1
2 Un Tábuas 2,24 × 0,30 × 1" Laterais
1 Un Tábua 2,24 × 0,15 × 1" Laterais
1 Un Guia 2,20 × 0,15 × 1" Laterais
6 Un Guias 1,0 × 0,15 × 1" Solário
Cobertura
4 Un Ripas 0,92 × 0,06 × 1"
cabeceira
3 Un Ripas 2,20 × 0,06 × 1" Cobertura
Cobertura
6 Un Ripas 0,88 × 0,04 × 1"
travessa
Cobertura entre
8 Un Ripas 0,53 × 0,04 × 1"
travessas
Fixação da
10 m Ripas 0,015 × 0,03 × 1"
cobertura
3 Un Caibros 1,38 × 0,08 × 0,08 Estrado assoalho
2 Un Caibros 2,20 × 0,10 × 0,10 Estrutura
2 Un Caibros 1,60 × 0,10 × 0,10 Estrutura
4 Un Caibros 0,55 × 0,08 × 0,08 Cabeceira
4 Un Cantoneiras 0,25 × 1" Estrutura
Canos galvanizados
4 Un 2,24 Proteção dos leitões
3/4"
1 Un Tela tipo malha 6 1,90 × 2,30 Cobertura
1 Un Cortina de aviário 3,00 × 2,50 Cobertura
4 Un Dobradiças 2" Solário
40 m Arame Fixação cobertura
40 Kg Palha seca Cobertura
1 Kg Pregos 17 × 27 Fixação
36
.. . .
0m
8m 1 ,6
2,
20
1 ,3 1 ,9
. 5m
. m
. .
a b
.
0 ,7 5 m
.. ..
..
. 50
m
. 0,
50
m
0,
. 0,
60
m
d
c
e
f
Figura 3 — Cabana cela parideira: a) Estrado Independente (removível); b) Estrutura
da cabana com cantoneiras de contraventamento; c) Cabeceiras e
escoras; d) Laterais e canos de proteção aos leitões; e) Cobertura:
estrutura de madeiramento; f) Cobertura: telhado sobre madeiramento
e palhada sobre telado.
37
a b
.
. .
0 ,1 5 m
.
1
m
m
1
. .
c d
Figura 4 — Cabana cela parideira: a) Cabana recoberta com lona vista fronto-
esquerda; b) Cabana recoberta com lona vista fronto-direita; c) Solário
para leitões recém-nascidos; d) Detalhe do solário articulável (com
dobradiças).
38
. 1,60 m .
.
2,20 m
b
.
a
. .
0 ,4 5 m
1, 20 m
. . . .
. . .
0 ,7 5 m
0 ,3 0 m
0 ,3 0 m
. . .
c d
. .
. .
. 0 .6 0 m
. 0 .5 0 m
. 0 .5 0 m .
e
39
14 Anexo 3 – Cabana cela parideira tipo chalé
As cabana de maternidade cela parideira do tipo chalé são construídas em 6
etapas assim descritas:
1. Base
A base da cabana é constituída por moldura formada por quatro tábuas, sendo
duas tábuas laterais de 2,20 m × 0,25 m × 1" e por outras duas tábuas na
cabeceira de 1,80 m × 0,15 m. As tábuas laterais são perfuradas em quatro
pontos equidistantes para proporcionar a posterior fixação da lona de cobertura
(Figura 6a).
2. Cabeceiras
As cabeceiras da cabana são fechadas através de 12 tábuas com as seguintes
dimensões: 4 tábuas de 0,20 m com o lado menor de 0,25 m e o lado maior de
0,42 m; 4 tábuas de 0,20 m com o lado menor de 0,42 m e o lado maior de 0,62
m; 4 tábuas de 0,20 m com o lado menor de 0,62 m e o lado maior de 0,85 m
(Figura 6b) e conforme detalhe (Figura 7g).
5. Cobertura – Esteira
Uma esteira de taquara de dimensões 2,30 m × 2,65 m é fixada sobre as guias
que são fixadas nas cabeceiras (Figura 6e).
6. Cobertura – Palha
Sobre a esteira de taquara acrescenta-se uma camada de 0,08 m de cobertura
vegetal seca (palha - capim).
40
1
2
"de 2,25 m com a lona tencionada nas laterais da cabana. Essas barras são
introduzidas na bainha e fixadas junto às tábuas laterais da base (Figura 6f).
41
m
.
x
80
1,
. x
x
x
. x
x
.
. .
2, x 0
m
6
20 0,
m x b 0 ,6
0
m
. a . 0 ,6
0
m
inclinação
. terças
.
. .
0 ,2 5 m
proteção
c d
. esteira
e f
42
Figura 7 — Cabana de maternidade – Tipo Chalé: a) Planta baixa; b) Corte
longitudinal; c) Corte transversal; d) Vista lateral – sem cobertura; e) Vista
frontal; f) Vista lateral – com cobertura da esteira; g) Detalhe g; h) Esteira
de taquara.
43
15 Anexo 4 – Creche móvel sobre cama para suínos
O modelo de creche móvel é um sistema de criação de leitões, construído em
estrutura de madeira, coberto com lona em PVC para caminhão, medindo 6 m × 3,5 m,
colocada sobre uma estrutura de ferro (CA–60 e CA–50). Possui dimensões de 6 m ×
2,4 m × 1,2 m (comprimento, largura, altura).
O modelo é composto por 4 módulos 3 m × 1,2 m, e 2 módulos de 2,4 m × 1,2 m
(Figuras 1 e 2) sendo:
• módulos 1, 2, 4 e 5 – módulos laterais
• módulo 3 – portão
• módulo 6 – comedouro
Os módulos 1, 2, 4 e 5, são constituídos por 2 tábuas de madeira de 3 m × 0,25 m;
4 montantes, que são caibros de 0,06 m × 0,08 m × 1,20 m (comprimento × largura
× altura); 1 guia superior com 0,10 m × 3 m; 1 guia de beiral de 0,15 m × 3,0 m; 4
apoios para a guia de beiral na forma de triângulo equilátero de 0,10 m de lado; tela
metálica – tipo aviário, malha 6, de 0,70 m × 3,0 m.
O detalhe dos cantos, nos últimos módulos laterais, que formam os cantos da
creche, logo abaixo da guia beiral, é fixado um conjunto de dobradiças em que
a primeira peça consiste em uma chapa metálica 0,03 m × 0,14 m, com 4 mm
de espessura (DC1), com uma extremidade soldada em um elemento metálico fixo
(macho). A parte móvel da dobradiça (DC2) é soldada a uma chapa de 0,03 ×
0,07 m, um segmento de cano, que é a parte (fêmea) da dobradiça. Essa peça é
parafusada ao montante do portão móvel da cabeceira de acesso. Esse conjunto
(encaixe/dobradiça) também é fixado na parte inferior do canto, assim como em todos
os cantos da creche móvel, inclusive na cabeceira dos comedouros (Figura 10).
O detalhe de amarramento conforme detalhado em (DA2), em cada montante de
amarramento (entre módulos laterais e entre módulos de comedouros) fixa-se uma
chapa metálica de 0,03 × 0,05 m, soldada a esta chapa, um segmento de cano
que transpassará um ferrolho de amarração (DA3). Na base dos montantes de
amarramento (entre módulos e cantos) fixa-se uma cantoneira metálica (DA4), com
parafusos e essa é perfurada para que se processe estaqueamento (Figura 11).
O módulo 3 (portão) é constituído por 4 tábuas de madeira de 1,2 m × 0,25 m; 4
montantes, que são caibros de 0,06 m × 0,08 m × 1,20 m (comprimento × largura ×
altura); 2 guias superiores com 0,10 m × 1,2 m; 2 guias de beiral de 0,15 m × 3,0 m;
8 apoios para a guia de beiral na forma de triângulo equilátero de 0,10 m de lado; tela
metálica - tipo aviário, malha 6, possuindo 0,70 m × 2,4 m. Esse módulo é dividido
ao meio, de forma que as duas metades formam o portão de acesso ao interior das
instalações (Figura 12). Possui cortinado de lona de aviário, formando um semi-círculo
de 1,5 m de raio.
O módulo 6 (comedouro) é constituído por dois comedouros e um tablado de
madeira. Cada comedouro possui 1,0 m × 0,8 m × 0,3 m (comprimento × altura ×
largura), posicionado entre os montantes da cabeceira. Esses comedouros (Figuras
13 e 14) são constituídos de:
44
• 1 tampa superior (j1) em prancha de 1,0 m × 0,30 m;
• depósito de ração (j2) formado por um funil de duas tábuas justapostas de 1,06
m × 0,20 m;
Para que haja fluxo de ração do depósito de ração ao cocho, dota-se o comedouro
de duas barras móveis (j6) em ferro de construção, suspensas por uma barra fixa de
ferro entre um lado e outro do comedouro (internamente ao depósito de ração). A face
posterior do comedouro (j7), que consiste na cabeceira dos comedouros, é constituída
por três pranchas justapostas de 1,20 m × 0,30 m, para cada módulo.
O tablado possui dimensões de 2,25 m × 1,25 m e 0,20 m de altura.
A estrutura da cobertura é confeccionada em arcos de ferros de 1/2", sendo
que suas extremidades são dotadas com dispositivo de encache ao montante (i),
conforme detalhe (DA1). Esse dispositivo é confeccionado em chapa de 1/4".
Também esses arcos são unidos por três segmentos de canos galvanizados, 0,03
m, no sentido transversal e distribuídos eqüidistantes à barra estrutural. Os cursores
(Figura 15) proporcionam o contraventamento dos arcos estruturais, via parafuso,
pressionando as barras de contraventamento (c) aos arcos estruturais. As barras de
contraventamento em ferro de 1/2" possuem 6 m de comprimento.
45
Tabela 4 — Material necessário para montagem da creche móvel sobre cama
Totalização de materiais para montagem do Brete de manejo
Quanti- Uni-
Especificação Tamanho (mt) Utilização
dade dade
1 Un Lona de cobertura 6 × 3,5 Cobertura
Semi círculo de
2 Un Lona de aviário Cabeceiras
1,5 m raio
7 Barras Ferro de construção 1/2" 3,5 Cobertura
Encaches dos arcos
14 Un – Cobertura
das estruturais aos montantes
Cursores soldados as
21 Un – Cobertura
barras de estruturais
3 Barras Ferro de construção 1/2" 6 Cobertura
1 Un Guia de madeira 2,4 × 0,10 × 1" Portão
1 Un Guia de madeira 3,0 × ,010 × 1" Guia lateral
1 Un Tela metálica tipo malha 6 2,40 × 0,70 Portão
4 Un Tela metálica tipo malha 6 3,0 × 0,70 Módulo lateral
4 Un Tábua de madeira 1,0 × 0,3 × 1" Comedouro
8 Un Tábua de madeira 0,96 × 0,3 × 1" Comedouro
2 Un Guias de madeira 0,9,6 × 0,1 × 1" Comedouro
18 Barras Ferro de construção 1/2" 0,20 Comedouro
4 Barras Ferro de construção 1/2" 1,0 Comedouro
2 Barras Ferro de construção 1/2" 1,1 Comedouro
5 Un Tábua de madeira 2,25 × 0,30 × 1" Estrado
3 Un Tábua de madeira 1,50 × 0,20 × 1" Estrado
8 Un Tábua de madeira 3,0 × 0,25 × 1" Módulo lateral
23 Un Caibros de madeira 1,2 × 0,08 × 0,06 Montante
4 Un Guias de madeira 3,0 × 0,05 × 0,05 Módulo lateral
4 Un Guias de madeira 3,0 × 0,10 × 1" Módulo lateral
Triângulos de 0,15 m
16 Un Apoio das guias Módulo lateral
de lados
8 Un Dobradiças – Cantos
Amarração entre
3 Un Encaixes –
os módulos
10 Un Cantoneiras metálicas
3 Un Bebedouros Creche Módulo laterais
88 Un Parafusos 5/16 × 5" Fixação estrutura
35 Un Parafusos 5/16 × 2" Arcos da cobertura
2 Kg Prego 18 × 30 Fixação
1 Kg Grampo de cerca – Fixação da tela
30 Un Borrachas com ganchos – Fixação da lona
46
b
4
u lo m
m ód ód
u lo
3
.. s
f
o5
ó du l
m
. i
2
lo
ó du
j m
D e talhe A D
m
ód 1
ul
o6 u lo
ód
m
D e talhe D C
i i
j
2 .4 0
M L 3 .0 0 M L 3 .0 0
47
s
DC 2 DC 1
. b
. DA 1
. i
DA 3
DA 2
DA 4
48
a
b
c
d
e
f
g
h
i
j1
k .
. .
. .
.
. .
.
.
.
.
.
.
.
.
. .
.
49
j1
. .
j2 .
j6
j5
. j7
j4
. .
.
j3
k
c
b
Figura 15 — Detalhe DD
50
16 Anexo 5 – Comedouro de gestação
O modelo do comedouro é composto por 3 partes:
• parte 1 – base (pneu);
Etapas de confecção:
Divida-se ao meio um pneu 1000. Em seguida confeccione um aro de ferro (4mm)
com 1 m de diâmetro e um anel de ferro com 0,05 m de diâmetro. Serre 8 pedaços de
ferro de construção 3/8" de o,20 m de comprimento e 4 pedaços de ferro chato de 4
mm com 0,05 m de comprimento. Separe 4 parafusos 5/16 × 1 1/2 ".
A montagem do comedouro é simples: inicia-se pela construção da tampa do
comedouro que é constituída por tábuas, proporcionando um círculo de raio de 0,55 m
e fixadas uma as outras por 2 caibros de 0,06 m × 0,06 m × 0,50 m e fixado ao
pneu via um caibro central de 0,06 × 0,06 × 0,60 (detalhe c16). Solde os 4 pedaços
de ferro chato junto ao aro externo de ferro (1 m diâmetro). Posteriormente solde
dos 8 pedaços de ferro (raios) de construção entre o aro externo e o anel central
(Figura 16a).
51
A
.
7 2
.
. .
1
. 3
. .. 1 . 4
4 .
. 5
a b .
B
7
. 3
. 4
. 2
. .
. 1
c 5
Legenda:
52
17 Anexo 6 – Comedouro de maternidade
O modelo do comedouro é apresentado em 5 etapas (Figura 17) sendo:
• etapa 1 – base e fechamento posterior (a);
53
Para evitar que a tampa de cobertura venha a ser aberta por ação de ventos,
usa-se amarrar (arame macio) a chapa galvanizada à prancha do depósito de ração.
A justaposição de chapas de madeira tem melhor eficiência de vedação se for
adotado junta macho e fêmea ou mata-junta.
54
.
0, 50 m
.. ..
0, 50 m
..
m
, 50
..
0
0, 80 m
0, 80 m
1m
0, 46 m
.
.. . .
0, 70 m
. a b c
.. 0, 70 m
.
0m
0, 7
.
d e f
D ob ra d iça s
g i
h
55
18 Anexo 7 – Comedouro de creche
1. Base do Comedouro
Base confeccionada pela justaposição de 5 (cinco) tábuas de 0,20 m × 1 m,
proporcionando um tablado com dimensões de 1 m × 1 m. O fundo de
comedouro é fixado sobre 3 (três) caibros de 0,05 m x 0,05 m × 1 m, sendo
um em cada extremidade e outro sobre o meio (Figura 18a).
2. Direcionador de Ração
Consiste em fixar duas tábuas com dimensões de 0,15 m × 1 m, dando a forma
triangular, sendo que a base do triângulo também é de 0,15 m, fixada ao centro
da base do comedouro, no sentido longitudinal (Figura 18a).
3. Laterais do Comedouro
Consiste de 4 (quatro) peças, com dimensões conforme Figura 18 detalhe (d),
fixadas nas laterais da base do comedouro.
4. Anteparo do Comedouro
Cada face do cocho, fixada sobre o fundo do comedouro em suas extremidades
e entre as laterais do cocho, é dotada de uma peça com dimensões de
0,08 m × 0,96 m. A inclinação irá acompanhar a da lateral, ou seja, 60o .
5. Limiar do Comedouro
Cada face do comedouro, fixada sobre os anteparos do cocho, e às laterais do
cocho, é dotada de uma peça de 0,03 m × 0,05 m × 1 m (largura × altura ×
comprimento).
7. Depósito de Ração
Com a finalidade de depositar e distribuir continuamente a ração.
Para cada face do depósito é necessário duas tábuas de 0,30 m × 1 m e outras
duas tábuas de 0,10 m × 1 m, fixadas nas laterais do depósito de ração, sendo
que devem ficar inclinadas em direção ao direcionador de ração, formando um
funil proporcionado pelas duas faces do depósito (Figura 18c).
56
9. Laterais da cobertura
Fixadas internamente às colunas de sustentação, consistem em peças triangu-
lares com base de 1 m e com altura de 0,30 m.
11. Cobertura
Consiste de 1 (uma) chapa galvanizada com dimensões de 1,15 m × 1,30 m,
fixada sobre as laterais da cobertura e aos sarrafos da cobertura. Possui duas
águas proporcionadas pelo vinco de cumeeira. Cada água terá 0,65 m.
57
Tabela 6 — Totalização de materiais para montagem do comedouro de creche
Quanti- Uni-
Especificação Tamanho (m) Utilização
dade dade
5 Un Tábuas 1,0 × 0,20 × 1" Fundo
3 Un Caibro 0,05 × 0,05 × 1 Fundo
2 Un Tábuas 1,0 × 0,15× 1" Direcionador de Ração
4 Un Tábuas 0,48 × 0,42 ×1" Laterais (detalhe d)
2 Un Ripas 0,08 × 0,96 × 1" Anteparo
2 Un Tábuas 0,03 × 0,05 × 1" Limiares
2 Un Tábuas 0,3 × 0,65 × 1" Laterais do Depósito
4 Un Tábuas 0,3 × 1,0 × 1" Depósito de ração
4 Un Tábuas 0,10 × 1,0 × 1" Depósito de ração
Colunas de Sustentação
2 Un Ripas 0,1 × 1,10 × 1"
da Cobertura
2 Un Ripas 0,30 × 1,0 × 1" Laterais da cobertura
3 Un Ripas 0,04 × 0,04 × 0,98 Estrutura da Cobertura
8 Un Ferro de 1/2 0,30 Bocas do comedouro
construção
1 Un Chapa 1,15 × 1,0 Cobertura
galvanizada
58
a
b
. . 0,
48
m
0, 27 m
.. . e
.
0, 065 m .. .. 0, 085 m
0, 42 m
d
Figura 18 — Detalhe da construção do comedouro: a) Direcionador de ração; b)
Fixação da lateral e detalhe a; c) Depósito de ração e limiar do
comedouro; d) Detalhe A; e) Visto geral do comedouro
59
11
9 .
.
8 .
6 . 5
5 .. . .. 6
3
12
P ER SP EC TIV A
10
9
9 .
. 8
8 . 7
. .
6
. 3
3
. . .. .. 5
4
1
V IST A L ATE RA L
2
C O R TE
1 = Ba se d o co m ed our o
2 = Dir ec iona dor da ra çã o
3 = Later ais d o co m ed our o detal he d
. 11 4 = An te par o d o co m edo u r o
5 = Lim iar do c om ed our o
. 8 6 = Later ais d o co m ed our o
7 = F re nte do c om ed our o
8 = Co luna d e su sten ta çã o da cob ertura
. 7 9 = Later ais d a co ber tura
. 6 10 = E str utura d a co ber tura
..
12 12 = D ivis or es d a boc a do c om edo uro
. . . . 5
1 . 4
V IST A F RO NTA L
60
19 Anexo 8 – Bebedouro vasos comunicantes
O bebedouro de vasos comunicantes é instalado sobre uma base de concreto de
0,72 × 0,42 m, e esta deverá ter uma inclinção de 5% para fora do piquete, evitando
assim que a água desperdiçada pelos suínos entre nos piquetes.
Os bebedouros que não estão sendo utilizados deverão ser desligados de rede
hidráulica.
61
20 Anexo 9 – Bebedouro de vaso comunicante –
geminado – Santa Rosa
20.1 Localização dos bebedouros
Os bebedouros devem ser instalados na parte mais baixa dos piquetes.
Em frente aos bebedouros, os fios da cerca deverão ser isolados, revestindo-os
com uma mangueira plástica, evitando assim que as matrizes suínas recebam choque
elétrico ao beber água.
62
Y
22 51 22
6
c a NICHO DEPÓSITO D´ÁGUA
41
41
39
NICHO BEBEDOURO
25
A
8
b
80
18
X
26
8 8 15 8 18 8 6
33
15
20
20
15 80 15
110
2 4 8 18 8 18 8 18 8 4
2
10
3
DRENO ( c )
8
BÓIA
B
a
Corte X VÁLVULA
10 cm C Corte Y
a
b
c
63
21 Anexo 10 – Sombreador móvel
Os sombreadores móveis são construídos em estrutura de ferro de construção e
cobertos com cortina de aviário. Possuem dimensões de 2,80 m × 2,80 m × 1,80 m
(comprimento, largura, altura).
O modelo da sombra móvel é apresentado em 3 etapas (Figura 22) sendo:
• etapa 1 – esteios;
• etapa 3 – cobertura.
Os Esteios são constituídos por 4 peças em ferro de construção 5/8" com 1,80 m de
comprimento, onde nas extremidades inferiores dos esteios é soldado um segmento
de ferro de construção 1/2" com 0,35 m de comprimento, de tal forma que proporcione
um trespasse de 0,10 m, cuja finalidade deste é de ficar enterrado 0,25 m no solo.
Nas extremidades superiores dos esteios, a 0,60 m, são soldados 4 ferros de
construção de 1/2" com 1,80 m de comprimento, formando-se um quadrado perfeito,
e que chamaremos de base da estrutura (Figura 22c).
Outros quatro ferros de construção de 1/2" com 1,80 m de comprimento são
soldados nas extremidades dos esteios, proporcionando a base da cobertura. Uma
barra de ferro com as mesmas dimensões é soldada entre um lado da base da
cobertura e o lado oposto (Figura 22e).
Oito mãos francesas em ferro de construção 1/2" com 1,50 m são soldadas entre
a intersecção da base da estrutura e os respectivos esteios de canto, direcionadas e
soldadas ao centro da base de cobertura, mais 4 barras de ferro de construção 1/2"
com 0,60 m de comprimento são soldadas entre as intersecções das mãos francesas
e as barras da base da cobertura, direcionadas e soldadas junto ao centro das barras
da base da estrutura (Figura 22e).
Para proporcionar uma estrutura de cobertura com duas águas, 2 (dois) pontaletes
em ferro de construção de 1/2" com 0,30 m de comprimento são soldados de um lado
e de outro, ao centro e acima das barras da base de cobertura.
As tesouras são definidas por 3 (três) peças de ferro de construção 1/2" com 3,00
m de comprimento entre as extremidades dos esteios e soldadas na extremidade
superior dos pontaletes, bem como do centro da base de cobertura ao lado oposto,
formando o respectivo ângulo de cobertura (Figura 22d).
A cumeeira constitui-se em uma barra de ferro de 1/2" com 2,80 m de comprimento,
soldada sobre o divisor de águas, formado pelas tesouras.
Entre os intervalos formados pelas tesouras, solda-se de um lado ao outro,
passando sobre a cumeeira, 2 (dois) arames de ferro 5/6" com 3,00 m. Sobrepondo a
estrutura de cobertura é fixado cortina de aviário com dimensões de 4,1 × 3,50 m.
64
a b
c d
.. 2, 80 m
. .
2, 80 m
.. .. 0, 50 m
1, 80 m
. 0, 60 m
. 1,
50
. .. m
0, 25 m .
e
65
Tabela 7 — Totalização de materiais para a sombra móvel
Quanti- Uni-
Especificação Tamanho Utilização
dade dade
4 Barra Ferro de construção 5/8" 1,80 m Esteios
4 Barra Ferro de construção 1/2" 0,10 m Esteios
10 Barra Ferro de construção 1/2" 2,80 m Base da Cobertura
8 Barra Ferro de construção 1/2" 1,50 m Mão francesa
4 Barra Ferro de construção 1/2" 0,60 m Pontalete
2 Barra Ferro de construção 1/2" 0,30m Cobertura
3 Barra Ferro de construção 1/2" 3,00 Cobertura
2 Barra Ferro de construção 5/6" 3,0 m Cobertura
Lona plástica ou
1 Un 4,10 m × 3,50 m Cobertura
cortina de aviário
4 Un Retalhos de feltros 0,20 m × 0,20 m Cantos da lona
Arame macio e
Fixar a lonas
tiras de borrachas
66
Tabela 9 — Totalização de materiais para montagem do carregador móvel
Quantidade Unidade Especificação Tamanho (mt) Utilização
4 Pedaço Cano galvanizado 1" 3,3 Fechamento
superior e inferior
2 Pedaço Cano galvanizado 1" 2,0 Cabeceira superior
2 Pedaço Cano galvanizado 1" 1,7 Mão francesa
2 Pedaço Cano galvanizado 1" 0,8 Cabeceira inferior
6 Pedaço Cano galvanizado 1" 0,6 Base de apoio
2 Pedaço Cano galvanizado 1/2 0,4 Mão francesa menor
8 Pedaço Cano galvanizado 1/2 3,3 Laterais
2 Pedaço Cano galvanizado 1/2 0,8 Travessas laterais
1 Pedaço Cano galvanizado 1/2 0,6 Travessa superior
1 Un Tábua 3,3 × 0,6 × 1" Assoalho
2 Un Chapa de aglomerado Laterais
10 Un Ripas 0,55 × 0,02 × 0,02 Assoalho
67
Figura 25 — Esquema de montagem do carregadouro. Cota em metros.
68