Texto referente: Relações Internacionais Continentais: a América do Sul e a diplomacia
brasileira (1933-1942), MICAEL ALVINO DA SILVA;
O artigo, primordialmente, aborda a questão de como a América do Sul se evidenciou
no continente e de que modo a diplomacia brasileira atuou nas relações internacionais continentais. Em um primeiro momento, os Estados Unidos e o conceito de Hemisfério Ocidental gerava uma certa segregação no que diz respeito ao relacionamento internacional entre os Estados no espaço das Américas. Entretanto, o desconhecimento, frente à crise econômica e à crise de interpretação, fez com que os Estados Unidos caminhassem para a mudança de que “tinham” para “faziam parte” de um Hemisfério. Acredito que mesmo que a preferência de uma nova interpretação americana e o esclarecimento seja pelas nações sul-americanas desenvolvidas, a proposta de solidariedade e unidade continental era convincente. A América do Sul, para os Estados Unidos, era novidade, entretanto para o Brasil representava uma força profunda para as suas relações internacionais. Além disso, as relações dos Estados em relação aos Estados Unidos indicavam que o Brasil, desde o século XX mantinha aproximação com os americanos, tornando-se uma espécie de “aliado especial”. Ao reconhecer a existência da América do Sul e que nela o Brasil era seu principal aliado, os Estados Unidos delegaram a resolução dos problemas políticos da América do Sul ao Brasil. Ao meu ver, esse período provocou uma forte ilusão na diplomacia brasileira, uma vez que acreditava ter atingido seu lugar na política internacional permanentemente, enquanto que era apenas estratégia para a aprovação das propostas dos americanos. Dessa forma, acredito em concordância com o autor, que o conceito de liderança sub-regional da diplomacia brasileira só se efetivará realmente quando houver uma proposta de integração ao longo prazo e elaborada, uma vez que os argumentos de solidariedade americana não foram suficientes para o mantimento dessa dinâmica geopolítica na América do Sul.