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muito boa"
ESCRI TO POR CLI FF KI NCAI D
O blogueiro Trevor Loundon, o primeiro a noticiar esses comentários controversos, nota que,
no discurso que foi base para o artigo, Greenwald descreveu o líder sênior da al-Qaeda Anwar
al-Awlaki, que planejou os ataques terroristas, como “alguém que o governo dos EUA odeia
porque ele fala efetivamente ao mundo muçulmano acerca da violência que os Estados Unidos
leva às regiões do mundo e da responsabilidade dos muçulmanos de resistir à essa violência.”
O histórico de retórica de tendência antiamericana de Greenwald foi ignorado por boa parte dos
meios de comunicação – e até mesmo pelos comentaristas de direita, entretanto, agora eles
voltaram suas atenções ao jornalista após ele ter se tornado o porta-voz do ex-funcionário da
NSA Edward Snowden, que vazou documentos secretos da agência de espionagem e agora
está se escondendo em Hong Kong na China. [NT.: O artigo foi escrito quando Snowden ainda
estava lá]
No seu primeiro comentário público acerca de Snowden, o diretor do FBI Robert Mueller disse
em sessão do Comitê de Justiça da Câmara que o vazamento de informações de vigilância de
terroristas causou “dano significativo à nação” e que Snowden “está sob uma investigação
criminal em curso”.
Entrando no assunto 11 de setembro, que matou cerca de 3000 americanos, Greenwald disse:
“Eles [da al-Qaeda] sabiam que um único ataque em solo americano – algo diminuto se
comparado à violência que temos proporcionado ao mundo por décadas – desencadearia
essas políticas de indução à falência. E é isso que estamos vendo. Ironicamente, a única coisa
que poderia impedir esse tipo de crescente assalto às liberdades civis, o militarismo que a
acompanha, é um enfraquecimento dos EUA ao ponto de ele não ser mais sustentável e o
enfraquecimento está acontecendo precisamente por causa dessas mesmas políticas.
Frequentemente, se você está nos Estados Unidos e fala sobre um enfraquecimento do país,
isso é considerado algo que devemos evitar como se fosse ruim. Mas penso que isso é uma
coisa muito boa.”
Os comunistas saudaram os comentários de Greenwald com aplausos.
Greenwald também apareceu na Al Jazeera, apesar de mais tarde ter expressado preocupação
por conta de o canal possivelmente estar alterando seu conteúdo para poder ganhar mercado e
aceitação nos Estados Unidos. “É certamente possível que a Al Jazeera possa prover um
jornalismo único e importante: redes que estão sob controle dos governos também podem
produzir jornalismo de verdade”, disse. Entretanto, ele disse que isso só acontecerá se “o canal
se mantiver independente dos anseios da política externa do regime do Qatar e estiver livre
para correr o risco de ofender e se indispor com pessoas poderosas: a marca do bom
jornalismo.”
Não há evidências ou qualquer coisa que o valha comprovando que a Al Jazeera e o Russian
Today são independentes em qualquer grau dos seus respectivos governos.
Entretanto, Greenwald parece acreditar que eles são preferíveis à “mídia corporativa” da
América.
Conforme foi noticiado anteriormente, Greenwald foi agraciado pelo primeiro I. F. Stone Award,
prêmio cujo nome é em homenagem ao jornalista esquerdista identificado como agente de
influência da inteligência soviética. Durante a cerimônia de premiação, Greenwald disse que o
agente soviético Stone “foi pioneiro naquilo que o jornalismo moderno deveria ser”.