Engenharia de Computação

Química Prática

ELEMENTOS QUÍMICOS E REATIVIDADE

Salvador – BA

Março 2016
 Bruna Andrade

Héricles Bitencourt

Leonardo Sena

Raniere Varon

Rubem de Almeida

ELEMENTOS QUÍMICOS E REATIVIDADE

Trabalho requisitado para a obtenção de aprovação da disciplina

Química do curso de Engenharia da Computação da Faculdade de
Tecnologia Senai-CIMATEC.

Prof. Letícia Alencar

 Limite de confiança
𝑠
𝜇 = 𝑥̅ ± 𝑡
√𝑛
 𝜇: limite de confiança
 𝑥̅ : média aritmética
 𝑡: valor de t para um nível de 95% de confiança
 𝑠: desvio padrão
 𝑛: número total de replicas

 Média aritmética

∑ 𝑥𝑖
𝑥̅ = 𝑛

 𝑥̅ : média aritmética
 𝑥𝑖 : medida aferida
 𝑛: grau de liberdade

 Desvio padrão
∑𝑛
𝑖=1(𝑥𝑖 −𝑥̅ )
2
𝑠=
𝑛−1

𝑠: desvio padrao

𝑥̅ : media aritmética

𝑥𝑖 : medida aferida

𝑛: grau de liberdade
 SENAI-BA

Curso de Engenharia de Computação

Química Pratica

Prática 02: Elementos Químicos e Reatividade

Bruna Andrade, Héricles Bitencourt, Leonardo Sena, Raniere Varon, Rubem de Almeida

1 – Introdução Metais:

Um material chamado de íon é aquele

que possui ligações do tipo iônicas na sua
estrutura. Essas ligações ocorrem através da
Ametais:
transferência de elétrons, havendo formação de
íons positivos (cátions) e íons negativos
(ânions) que se mantêm juntos por forca do
tipo eletrostática. A formação de um íon pode
ser entendida através dos conceitos de
Baseado nesse conceito de reatividade
eletropositividade, eletronegatividade e raio
dos elementos, constitui-se uma reação de
atômico. Eletropositividade é a tendência que
simples troca ou de deslocamento. Essa reação
um elemento tem em perder elétrons e está
é uma reação de oxirredução e ocorre quando
associada aos metais. A eletronegatividade é a
uma substancia simples reage com uma
predisposição de um elemento a ganhar
substancia composta e origina uma outra
elétrons, e assim, quanto mais eletronegativo,
substancia simples e outra composta. Caso a
maior o caráter ametálico. O raio atômico, por
substancia simples seja um metal, será
sua vez, é a metade da distância entre dois
deslocado o metal da substancia composta;
núcleos vizinhos. Esses três conceitos
apenas se o elemento da substancia simples for
representam algumas das propriedades
o mais reativo (eletropositivo). Entretanto, se a
periódicas e estão intimamente ligados, pois, a
substancia simples for um ametal, será
tendência de um elemento perder ou ganhar
deslocado o ametal da substancia composta;
elétrons depende da intensidade da interação
apenas se o elemento da substancia simples for
com o seu núcleo. Quanto maior o raio
o mais reativo (eletronegativo).
atômico, menor a interação resultando numa
maior facilidade em perder elétrons e vice- Exemplo:
versa. Esses conceitos são capazes ainda de
Fe + CuCl2 → FeCl2 + Cu
explicar o grau de reatividade dos metais e dos
Na2S + Cl2 → 2NaCl + S
ametais.
 O cientista Niels Bohr propôs em 1913
alguns postulados a fim de entender o
comportamento atômico. Entre esses
postulados, ele diz que um elétron ao absorver
uma quantidade bem definida de energia
(quantum) salta para uma orbita mais externa e
ao retornar, ele libera essa energia em forma de
radiação eletromagnética (fóton). Essa
radiação eletromagnética pode ser uma luz de
cor bem definida ou outra forma de radiação
como ultravioleta ou raios X.
ácido clorídrico a cada teste com os diferentes
sais. O segundo procedimento foi o teste com
os líquidos, que ao invés de ser utilizado com a
vareta, é feito com o bastão de vidro e em sua
ponta um chumaço de algodão, para assim ser
colocado na solução e depois na chama
observando sua coloração.

2 – Material e Métodos

Os materiais utilizados na prática de

elementos químicos e reatividade, foram as
vidrarias béqueres de 50ml, tubos de ensaio,
bastão de vidro e uma placa de Petri; os
utensílios papel macio, fósforo, espátulas,
grade para tubo de ensaio, algodão, haste com
fio de platina, lamparina e conta-gotas; o
equipamento capela e os equipamentos de No terceiro procedimento foi
proteção individual (EPI) que são jaleco, luvas observada a reatividade dos metais com água.
e óculos, e por fim os produtos químicos, Na placa de Petri foi colocada água destilada
sendo estes agua destilada, cloreto de cálcio, com 5 gotas de fenolftaleína e um pequeno
cloreto de potássio, cloreto de estrôncio, fragmento de alumínio, observando assim o
cloreto de lítio, ácido clorídrico, fenolftaleína, que ocorreu. Repetindo esse processo como
magnésio metálico, alumínio, ferro, cobre, magnésio. Já o quarto procedimento foi
hipoclorito de sódio, iodeto de potássio e ácido analisada a reação dos metais com ácido. Então
ascórbico. foi adicionado ácido clorídrico em 5 tubos de
ensaio e em cada um foi colocado magnésio,
O primeiro procedimento feito foi o
ferro, cobre e alumínio, observando assim as
teste de chamas com os sólidos. Foi utilizada a
diferentes reações feita pelos metais. Portanto
vareta para coletar o sal e colocá-lo na
no ultimo procedimento foi feita a análise de
lamparina, e assim observando a cor da chama,
reatividade com ametais. Em um tubo de
após o contato como sal. Sendo que o fio de
ensaio foi colocado 1/3 de solução de cloro
platina da vareta foi lavado com a solução de
ativo e em seguida uma pequena quantidade de
iodeto de potássio, observando assim a reação
ocorrida. E então colocar no mesmo tubo
cristais de ácido ascórbico, verificando mais
uma vez a reação ocorrida.
3 – Resultados e Discussão
Tabela 1:
 Teste de reatividade dos metais com
água:
Na placa de Petri, o recipiente
contendo o Magnésio e água destilada teve sua
coloração alterada mais rapidamente que o
Alumínio, isso ocorre pelo fato da reatividade
do Mg ser maior do que a do Al. Em ambos
metais houve a formação de Hidrogênio.

Composto usado: Cor da chama:

Cloreto de Lítio Vermelho
Cloreto de Estrôncio Vermelho
Cloreto de Cobre II Azul esverdeado
Cloreto de Sódio Amarelo
Cloreto de Cálcio Vermelho
Cloreto de Estanho IV Azul Claro
Cloreto de Potássio Vermelho
Tabela 2:

Solução usada: Cor da chama:

Solução Cloreto de Vermelho
Lítio
Solução Cloreto de Vermelho
Estrôncio
Solução Cloreto de Azul esverdeado
Cobre II
Solução Cloreto de Amarelo Mg(s) + H2O(l)→ MgO(s) + H2(g)
Sódio
Solução Cloreto de Vermelho 2Al(s) + 3 H2O(l)→ Al2O3(s) + 3 H2(g)
Cálcio
Solução Cloreto de Azul Claro
Estanho IV Também se deve considerar a
Solução Cloreto de Vermelho eletropositividade, pois quanto maior essa
Potássio
*Teste de chama
característica maior a suscetibilidade do
elemento em se oxidar. Como estamos tratando
Tabela 3:
de compostos da família 2A e 3A,
Acido: Metal: Resultado: consequentemente o elemento alcalino-terroso
Ácido Alumínio Branco
Clorídrico será mais eletropositivos e irá se oxidar com
Ácido Magnésio Branco
Clorídrico
mais facilidade e rapidez do que aqueles
Ácido Ferro Não ocorre correspondentes à família do boro. Deste modo
Clorídrico reação
Ácido Cobre Marrom é possível compreender porque o Mg teve a
Clorídrico sua coloração alterada mais rapidamente que o
*Teste de reatividade dos Metais com Ácidos
Al.
 Ao colocar cloro ativo em contato com íon Iodeto do Iodeto de Potássio por ser mais
Iodeto de Potássio, pode se observar a rápida reativo, havendo assim uma transferência de
mudança de cor para o amarelo forte. elétrons.
Segundo a equação da reação:

Cl2(aq) + 2 KI(s) → 2 KCl(aq) + I2(aq)

Após isso, no mesmo tubo de ensaio
foi colocado o Ácido Ascórbico mais
conhecido como Vitamina C. O mesmo é um
poderoso antioxidante e ao entrar em contato
com a solução já presente a neutraliza
impedindo que a oxidação se prolongue.

 Teste de reatividade dos metais com ácidos:

Foi feita a verificação da reatividade dos

metais Cu, Al, Mg e Fe com os ácidos HCL
(acido clorídrico) e HNO3 (acido nítrico) afim
de visualizar a reação de oxirredução que
ocorre entre eles.
O Cloro (mais eletronegativo) teve seu
NOX diminui de 0 para -1, sofrendo assim No primeiro tubo tivemos a reação do Mg

redução e o Iodo (menos eletronegativo) com o HCl resultando numa mistura de

aumentado de -1 para 0, oxidando-se. A coloração branca. Isso se deve à liberação de

mudança de cor (do transparente para o H+ no meio devido a sua redução causada pelo

amarelo forte) ocorre, pois o Cloro desloca o Mg.

 Mg(s) + HCl(aq) → MgCl(aq) + H2(g) Fe + 2HCl → FeCl2 + H2

No tubo de ensaio 4 foi adicionado Cobre,

No tubo de ensaio 2 onde foi adicionado onde este não apresentou mudança na sua
alumínio, a reação se deu de forma semelhante coloração por ser um elemento de reatividade
assim como a sua coloração. menor que o hidrogênio, sendo considerado

𝟑 um metal nobre. Desta forma, o Cu não é

Al(s) + 3HCl(aq) → AlCl3(aq) + 𝟐
H2(g)
capaz de deslocar o H+ do Ácido Clorídrico.

No tubo de ensaio 3 foi adicionado ferro,

No tubo de ensaio 5 foi adicionado ácido
entretanto não ocorreu reação aparente. A
nítrico e fragmentos de cobre. Inicialmente
reação pode ser descrita da seguinte forma:
notou-se a coloração original do Cu ( marrom
tijolo) e após um certo tempo passou à cor
verde azulado.. Diferentemente das reações
com o HCl, o agente oxidante foi o nitrogênio
e não mais o hidrogênio, dando como produto
monóxido de nitrogênio, água e nitrato de
cobre II.

Por tanto foi observado as reações de

oxirredução entre metais e ácidos, observando-
se a liberação de H2(g) e sua atuação como
agente oxidante. Com exceção do acido nítrico.

 Teste da chama – Sólidos e líquidos:

Este teste é feito para verificação da

radiação eletromagnética emitida por
cada elemento durante o salto dos
elétrons na camada de valência durante
a excitação proveniente do
fornecimento de energia térmica
gerada pela lamparina.

Verificaram-se as cores:
 Essa coloração característica de cada
elemento verificada na tabela 1 e 2 se deve
pela diferença de energia liberada em cada
salto quântico do elétron.
Observa-se também que é indiferente a
coloração do teste da chama utilizando sólidos
e solução, uma vez que são os mesmos metais
utilizados.
 Questionário
1. Qual o princípio do teste da Chama?
O teste da chama consiste na verificação
da absorção e liberação do quantum de
energia de cada composto.
2. O teste da chama pode ser aplicado a todos
os metais?
Pode. Uma vez que as teorias de Bohr
foram comprovadas, o elétron ao receber
um quantum de energia ele irá se excitar e
ao voltar ao seu estado normal emitirá essa
energia em forma de radiação
eletromagnética. Entretanto, há elementos
que precisarão de mais energia quantizada
do que outros devido a sua configuração
eletrônica.
3. O que difere "espectro eletromagnético" e
"espectro atômico"?
Espectro eletromagnético compreende todo
o intervalo da radiação eletromagnética e o
espectro atômico atua como se fosse uma
“impressão digital” do elemento químico
onde cada um apresenta uma banda do
espectro especifica, podendo fazer a
identificação da substancia a partir da
posição e das cores.
4. Porque o cloro atua como um poderoso
oxidante?
Por fazer parte da família dos halogênios,
o cloro possui uma elevada
eletronegatividade. Isso faz com ele tenha
uma maior tendência a receber elétrons
para se estabilizar e por tanto atuar como
um agente oxidante.
5. Porque na maioria das janelas e portas
são utilizados alumínio como acabamento?
Porque apesar do alumínio apresentar uma
rápida oxidação, esta não ocorre de forma
profunda.
6. Porque o cobre consegue deslocar o
hidrogênio do ácido nítrico?
O cobre não consegue descolar o
hidrogênio por ser menos reativo. Nessa
reação, o agente oxidante é o nitrogênio e
não o hidrogênio. Portanto não há
liberação de gás hidrogênio, mas sim
monóxido de nitrogênio.
7. Qual a função do ácido ascórbico na
reação do iodeto com cloro ativo?
Atuar como neutralizante da reação.
4 – Bibliografia
FOGAÇA, Jennifer. Reatividade dos ametais.
Disponível em: <
http://manualdaquimica.uol.com.br/fisico-
quimica/reatividade-dos-ametais.htm>.
Acessado em: 20 de março de 2016
FELTRE, Ricardo. Fundamentos da química
Ricardo Feltre. 4ª edição, São Paulo 2005,
editora Moderna. Disponível em: <
http://www.dqi.iq.ufrj.br/iqg128_a8_reativ_me
tais.pdf>. Acessado em: 20 de março de 2016
RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São
Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron
Books, 1994.
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
INORGÂNICA – IQ/UFRJ. Reatividade dos
Metais. Disponível em: <
http://www.dqi.iq.ufrj.br/iqg128_a8_reativ_me
tais.pdf> Acessado em: 20 de março de 2016