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1 INTRODUÇÃO

Este relatório de pesquisa foi desenvolvido como uma monografia de


conclusão do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do
Paraná, sobre o tema Sistema Informatizado para a Atenção Pré-natal no Município
de Colombo, um subprojeto do Projeto 'Organização e práticas na atenção pré-natal
básica à saúde no contexto da Estratégia de Saúde da Família'.
O governo federal brasileiro instituiu em 2004 um pacto nacional para reduzir
a mortalidade materna e neonatal e, com esta estratégia, a qualidade do
atendimento na assistência pré-natal tem sido a prioridade para combater a morte
materna e perinatal no Brasil, garantindo a saúde do binômio mãe-filho do começo
ao fim da gestação.
Estudos desenvolvidos no município de Colombo/PR apontam que há
intervenções importantes a serem feitas em relação à assistência pré-natal
atualmente realizada a fim de cumprir com o pacto proposto.
Para realizar uma atenção pré-natal e puerperal humanizada e com
qualidade, o Ministério da Saúde publicou em 2006 um manual diretivo com uma
rotina de atendimento, processo e organização do trabalho. Ele contém diretrizes
básicas a serem seguidas pelos profissionais de serviços em saúde que atendem as
gestantes, em conjunto com um protocolo municipal de atendimento que deve ser
redigido pelos gestores em saúde de cada município. Colombo não possui um
protocolo formalizado para este atendimento, sendo assim, este trabalho, em
conjunto com os demais realizados, pode servir de referência para capacitar
profissionais e normatizar as práticas de saúde.

1.1 Justificativa da Pesquisa


Em seu trabalho de conclusão de curso, Poliquesi (2009) realizou uma
avaliação da estrutura, processo e resultados da atenção pré-natal em quatro
unidades de saúde do município de Colombo. E, obteve como considerações finais
alguns pontos importantes para intervenção na assistência pré-natal realizada no
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município a fim de melhorar a qualidade deste serviço, as seguintes sentenças, as


quais serão relatadas a seguir por servirem de justificativa para o presente estudo.
Considerando os dados coletados pela autora, percebe-se:
• Déficit no acompanhamento pré-natal, já que há uma evasão considerável de
gestantes no decorrer nas consultas, aumentando os riscos gestacionais.
• Desorganização quanto à prática profissional da equipe responsável na
atenção pré-natal e os procedimentos técnicos. Considerando que foi uma
pesquisa baseada nos registros das unidades, o que não foi registrado não foi
realizado, portanto há a necessidade de adequação à uma forma padronizada
de atendimento e registro.
• Baixo número de realização de exames laboratoriais previstos para a
trigésima semana de gestação, concluindo-se que as gestantes que não
realizaram tal bateria de exames, não estiveram presentes nas consultas do
último trimestre de gestação.
• Baixa incidência de registros dos exames de mama e colpocitológico indicam
negligência à busca da prevenção do câncer de mama e colo de útero.
• Necessidade de reformulação de registros ficando claro que

[…] existe a necessidade de intervenção na realização e qualidade dos


registros realizados pela equipe das unidades de saúde avaliadas, com
vistas à garantia de um atendimento Pré-Natal de qualidade.
Um instrumento de registro pré-estabelecido sistematicamente, exclusivo
para o período da Atenção Pré-Natal pode ser avaliado como forma de
melhoria no que diz respeito à qualidade dos registros em prontuários de
gestantes do Município (POLIQUESI. 2009, p. 62).

Um sistema informatizado nas unidades que garanta a qualidade e


praticidade nos registros, em todos os pontos citados, poderá melhorar a qualidade
da promoção, prevenção e assistência à saúde da mulher e do bebê, além de
padronizar os registros e delinear os aspectos importantes a serem considerados
nas consultas de pré-natal. E, para elaborar este sistema, faz-se necessário mapear
todas as informações relevantes a fim de serem contempladas no sistema pois,
segundo WAGER (2005), sem isso os sistemas de informação em saúde podem
ficar incompletos.
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1.1.1 Por que um sistema informatizado para atenção pré-natal?


O programa de atenção pré-natal utiliza dados e informações valiosas para
avaliação da qualidade e quantidade de serviço prestado no município. A
informatização dos dados combinará a facilidade de compilação e análise dos dados
com a boa comunicação entre profissionais que realizam os serviços para garantir a
continuidade do cuidado, uniformidade de atendimento no município, integridade e
qualidade do serviço de acordo com normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde
mas, que ao mesmo tempo, são personalizadas para atender às características do
município.
Sobre o compartilhamento de dados e informações entre os profissionais de
saúde, salienta-se que

[…] sistemas de informação de cuidados de saúde e os processos de


prestação de cuidados de saúde são intimamente entrelaçados entre si. Os
processos requerem o uso de dados e informações e também produzem ou
criam informação. Prestadores de cuidado devem comunicar-se entre si e
geralmente necessitam compartilhar informações sobre os pacientes
através de toda a organização. A informação produzida por qualquer
processo de cuidado à saúde pode ser utilizado por outros. É necessária
uma verdadeira teia de compartilhamento de informações. (WAGER, 2005,
paginação irregular.)

Para Cortizo (2007), os dados gerados em um sistema informatizado


municiarm os gestores de um conjunto de informações que permitem maior
confiabilidade ao tomar decisões, monitorar e implementar políticas de saúde, além
de que, gerenciar todas as informações da população municipal implica em trabalhar
com grande quantidade de variáveis e dados, sendo o recurso computacional de
grande auxílio nestas atividades.

1.1.2 O gerenciamento do pré-natal para o financiamento


adequado
O incentivo de R$10,00 para a assistência pré-natal é repassado ao Fundo
Municipal de Saúde quando a gestante é cadastrada no período correto, até 120
dias de gestação, no SISPRENATAL. O cumprimento de um elenco de
procedimentos previstos no programa e a devida alimentação do SISPRENATAL,
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garantirá adicionais de R$ 40,00 reais por gestante ao Fundo Municipal de Saúde.


Este incentivo apenas será pago quando realizadas e registradas no sistema
informatizado de pré-natal do Ministério da Saúde, o SISPRENATAL, as 6 consultas
de pré-natal mínimas, todos as baterias de exames obrigatórias, a situação da
imunização antitetânica, a data de realização do parto e a consulta de puerpério até
42 dias após o parto (BRASIL, 2007).
Sendo assim, os gestores de saúde devem ficar atentos às circunstâncias que
ocasionam o não recebimento do benefício. Já que, segundo POLIQUESI (2009)
não estão sendo registrados dados importantes para o financiamento, o município
perde grande parte deste incentivo por não acompanhar devidamente as gestantes.
Ao informatizar os dados, os gestores poderão planejar e gerenciar com mais
rapidez e facilidade intervenções específicas para cada unidade. E, sob análise da
organização operacional, cobrar e incentivar cada profissional para apoiar o
programa.

1.1.3 Estratégias escolhidas para a otimização do cuidado aos


indivíduos e do gerenciamento das informações
Independentemente da qualidade da decisão, a tomada de decisão deve ser
fruto de um processo sistematizado, que envolve o estudo do problema a partir de
um levantamento de dados, produção de informação, estabelecimento de propostas
de soluções, escolha da decisão, viabilização e implementação da decisão e análise
dos resultados obtidos (MARQUIS; HUSTON, 2005).
Frente à necessidade constante de decidir que ações serão implementadas e
ainda garantir a qualidade e otimização do cuidado aos usuários do serviço à saúde,
o profissional pode utilizar ferramentas que facilitam o processo de trabalho. Uma
ferramenta bastante utilizada é a informatização das informações geradas na
atenção básica. Se a informatização das informações for coesa e realista, um
sistema informatizado poderá servir de apoio às decisões bem como organizador do
serviço. E, também,
[…] é possível afirmar que a informação é um recurso primordial para a
tomada de decisão e que, quanto mais estruturado for este processo, […] ,
mais indicado se faz o uso de sistemas de informação que possam
responder às demandas e necessidades informacionais do decisor. Da
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mesma forma, as informações requeridas para este tipo de decisão são


mais objetivas e quantificáveis, tornando mais indicada a utilização de
recursos informacionais que possam organizar, recuperar e disponibilizar as
informações coletadas durante o processo de trabalho. Para os modelos de
decisão em que a solução é resultado de um processo mais qualitativo,
influenciado pelo “olhar” do decisor e por situações contingenciais, os
sistemas de informação podem contribuir com dados que serão analisados
e modificados para utilização na tomada de decisão (GUIMARÃES; ÉVORA,
2004, p.74,75).

Os autores Carvalho; Eduardo (1998) e Guimarães; Évora (2004) concordam


que a decisão final será sempre do profissional e, que o sistema apenas auxiliará no
processamento e organização dos dados, por transformá-los em informações
disponibilizando-os em forma de relatórios, gráficos e tabelas e, ainda, possibilitando
um encontro virtual entre vários usuários dentro de um mesmo grupo organizacional.
Muitos dos sistemas de informação começaram com sistemas manuais e depois se
tornaram computadorizados. Esta migração ocorreu porque um sistema manual não
é prático e sujeito a falhas e desta maneira acabando sendo ineficiente, como é o
caso do município de Colombo. As UBS não possuem computadores com softwares
voltados para o gerenciamento dos programas de saúde determinados pelo MS para
o atendimento à população. Os fluxos de atendimento se dão de forma manual.
Qualquer comunicação interna (na unidade) ou externa (referência e contra-
referência) é manuscrita. E, em especial na atenção pré-natal, os prontuários,
carteirinhas das gestantes, encaminhamentos para laboratórios e exames são
mantidos em arquivos, em papéis. É importante salientar que

[…] na gerência de serviços de saúde, é básica a necessidade de cadastros


de pacientes, cadastro da população, cadastros de estabelecimentos,
produção das atividades de saúde, conhecimento do perfil de doenças
atendidas, da mortalidade, número de profissionais de saúde, número de
consultórios, leitos, medicamentos utilizados, gastos efetuados e tantas
outras informações. Além disso, essas informações necessitam ser
cruzadas para se conhecer o modus operandt dos serviços, o alcance de
suas metas, objetivos e impactos. Com certeza, poderiam ser processadas
manualmente, mas dificilmente de forma integrada e em tempo oportuno
para a tomada de decisão, mesmo em municípios muito pequenos.
(CARVALHO; EDUARDO, 1998, p. 2)

Considerando o as afirmativas acima, o problema que esta pesquisa buscou


investigar foi: Que dados e informações são necessários para elaborar um
modelo teórico sistematizado e informatizado de registros do pré-natal para
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UBS no município de Colombo? Para responder à questão, os seguintes objetivos


foram traçados:

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral


Sistematizar os dados e informações referentes à Atenção Pré-Natal como
base para o desenvolvimento de um modelo teórico de sistema de informação.

1.2.2 Objetivos específicos


• Conhecer o Protocolo de Atenção Pré-Natal do Ministério da Saúde;
• Mapear fluxo dos dados e informações utilizados na Atenção Básica no
município de Colombo-PR em três Unidades de Saúde piloto;
• Problematizar, junto com enfermeiros coordenadores do município, os dados
do protocolo do MS com a realidade encontrada na coleta de dados

1.3 Delineamento da Pesquisa


Este trabalho está estruturado em nove capítulos. O primeiro é a introdução,
ora apresentada, e o segundo trata da revisão de literatura que contém os conceitos
estudados para entendimento das informações necessárias ao desenvolvimento da
pesquisa. No terceiro capítulo está descrita a metodologia utilizada na pesquisa, no
quarto capítulo são apresentados os resultados e sua análise. O quinto destina-se à
discussão e os seguintes somam as considerações finais, seguida pelas referências
e apêndices e anexos.
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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Atenção Básica Pré-Natal


Lançado em 2004, o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e
Neonatal é a estratégia prioritária adotada pelo Governo Federal para a redução da
mortalidade materna e neonatal, tendo como fundamento a ampla mobilização de
gestores e da sociedade na promoção de políticas e ações integradas que
promovam a melhoria da saúde materna e infantil.
Seguindo esta estratégia, pode-se perceber que o número de consultas pré-
natal realizadas durante a gravidez, no Programa de Atenção Pré-natal, é crescente
ano a ano. Em 2003, foram realizadas 8,6 milhões de consultas durante o pré-natal,
já em 2009, foram 19,4 milhões. O aumento de 125% nesse período, pode ser
atribuído principalmente a ampliação do acesso ao pré-natal pelas mulheres
(BRASIL, 2010).
Para realizar uma atenção pré-natal e puerperal humanizada e com
qualidade, fez-se necessário instituir um manual com uma rotina de atendimento,
processo e organização do trabalho. Em 2006, o Ministério da Saúde publicou o
Manual Técnico – Pré-natal e Puerpério - Atenção Qualificada e Humanizada, com a
finalidade de servir de referência para capacitar profissionais e normatizar as
práticas de saúde (BRASIL,2006).
De acordo com Brasil (2006, p.8), as ações do programa de atenção pré-natal
e puerperal devem ter por objetivo “ações de promoção e prevenção da saúde, além
de diagnóstico e tratamento adequado dos problemas que possam vir a ocorrer
nesse período.”

2.2 Sistemas de Informação


Um sistema é um conjunto de elementos que interagem para se atingir metas
ou objetivos. Basicamente, segundo Leles (2010), um sistema possui os seguintes
elementos:
• Entrada: envolve captação e reunião de elementos que entram no sistema
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para serem processados.


• Processamento: envolve processos de transformação que convertem insumos
(entrada) em produto.
• Saída: envolve a transferência de elementos produzidos por um processo de
transformação até o seu destino final.
• Feedback ou Realimentação: é uma saída usada para fazer ajustes ou
modificações nas atividades de entrada ou processamento. Assim, os erros
ou problemas podem fazer com que os dados de entrada sejam corrigidos ou
que um processo seja modificado.
Informação por diversas vezes é confundida com dado. Dados são os fatos de
uma forma primária. Por exemplo: nome de um funcionário, número de horas
trabalhadas em um mês, número de peças em estoque, etc. Quando estes dados
são organizados ou configurados de uma maneira significativa, eles se tornam uma
informação. É importante salientar que

[…] a informação constitui-se em suporte básico para toda atividade


humana e que todo o nosso cotidiano é um processo permanente de
informação. E, no caso de instituições, empresas, organizações, conhecer
seus problemas, buscar alternativas para solucioná-los, atingir metas e
cumprir objetivos requerem conhecimento e, portanto, informação. Por isso,
pode-se dizer que há um consenso de que não é possível exercer gerência
em nenhum setor se não houver um sistema de apoio à decisão que se
sustente na informação (CARVALHO; EDUARDO, 1998, p. 1).

A transformação de dados em informação é um processo ou uma série de


tarefas logicamente relacionadas, executadas para atingir um objetivo definido. O
processo de definição das relações entre dados requer conhecimento, ou seja,
informação.
Um sistema de informação é um tipo especializado de sistema, podendo ser
definido como um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos
para coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir a informação com a
finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o
processo decisório em empresas e organizações. É importante ressaltar que

[…] o processo de trabalho na instituição implica, necessariamente, a


articulação entre os diversos setores. Portanto, não se trata de criar
sistemas isolados para cada serviço, mas sim garantir a articulação dos
dados, orientada pela especificidade de cada serviço e pela seletividade no
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acesso à informação. Acrescido a estas condições, o sistema deve utilizar


componentes estratégicos que reúnam condições de aplicabilidade,
sustentabilidade e orientação para os objetivos para o qual foi definido
(GUIMARÃES; ÉVORA, 2004, p.77).

Os sistemas de informação, segundo Wager (2005), desempenham três


papéis fundamentais em qualquer tipo de organização :
• suporte de seus processos e operações;
• suporte nas tomadas de decisão de seus funcionários e gerentes;
• suporte em suas estratégias, em busca de vantagem competitiva.
O Sistema de Informação Baseado em Computador (SIBC), de acordo com
Leles (2010), é composto por hardware, software, banco de dados,
telecomunicações, pessoas e procedimentos que estão configurados para coletar,
armazenar e processar dados em informação.
• Hardware: consiste no equipamento do computador usado para executar as
atividades de entrada, processamento e saída – é a máquina. Os dispositivos
de entrada incluem o teclado, os dispositivos de escaneamento automático e
outros dispositivos de leitura da dados. Os dispositivos de processamento
incluem Unidade Central de Processamento (CPU), memória e dispositivos de
armazenagem. E, há muitos dispositivos de saída, incluindo as impressoras e
monitores.
• Software: consiste nos programas e instruções dadas ao computador e ao
usuário. Estes programas e instruções permitem o computador processar
diversos aplicativos com rapidez, qualidade e baixo custo.
• Banco de Dados: é uma das partes mais valiosas de um sistema de
informação baseado em computador, é uma coleção organizada de fatos e
informações.
• Recursos Humanos: são os profissionais que trabalham com sistemas de
informações. Incluem todas as pessoas que gerenciam, executam,
programam e mantêm o sistema do computador. Os usuários são os
administradores, tomadores de decisão, colaboradores e outros usuários que
utilizam o computador em seu benefício.
• Telecomunicação: estende o uso do computador para atividades de
comunicação e envio de mensagens, compartilhamento de dados, acesso
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mútuo a informações entre unidades descentralizadas.

2.3 Sistemas de Informação em Saúde


Os Sistemas de Informação em Saúde

[…] formam um conjunto cujo objetivo é selecionar os dados pertinentes a


esse serviço e transformá-lo em informação necessária para o processo de
tomada de decisão, próprio das organizações e indivíduos que planejam,
financiam, administram, proveem, medem e avaliam os serviços de saúde.
(CORTIZO, 2007, p. 23)

Os dados e informações em saúde são variados e podem ser classificados.


Segundo Wager (2005) a divisão pode ser em:
• Dados e informações específicas ao paciente – obtidos através dos registros
realizados pelos profissionais que prestaram serviço ao paciente, o
prontuário. As informações podem ser clínicas, originadas de um atendimento
à saúde ou administrativas, organizadas em códigos para posterior
interpretação, como por exemplo, o CID-10.
• Dados e informações agregadas – conjunto de dados clínicos ou
administrativos. Referem-se às

[…] estatísticas gerais de cuidado à saúde são frequentemente utilizadas


para descrever as características dos pacientes dentro da organização. Elas
podem também prover uma base para o planejamento e monitoração dos
serviços aos pacientes (WAGER,2005, paginação irregular.).

• Informação baseada em conhecimento – toda informação encontrada em


literatura clínica, científica e de gerenciamento. Ressalta-se que

[…] com o desenvolvimento de sistemas de computadores baseados em


regras, a Internet, e as tecnologias push, executivos e prestadores da área
da saúde acreditam que podem ter acesso a vastas quantidades de
informações especialistas ou baseadas em conhecimento na hora que
precisam, mesmo quando estão ao lado do paciente. Muitas organizações
profissionais clínicas e administrativas não somente publicam revistas
impressas mas também mantém atualizados web sites, onde membros ou
outros assinantes podem ter acesso a informação baseada em
conhecimento. Muitas organizações também provém notificações diárias,
semanais por email de importantes eventos que são “jogados” nos
computadores pessoais dos seus assinantes (WAGER,2005, paginação
irregular.)
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• Dados e informações comparativos – conjunto de informações que


contribuem para melhorar a qualidade de serviço das organizações, por
compararem resultados com as metas esperadas. Estes dados e informações

[…] compõem obrigatoriamente os sistemas de gerência em saúde os


sistemas informativos da condição do doente, de sua vida, do meio
ambiente e de outros fatores que interferem no processo saúde-doença e
que constituem os Sistemas de Informação em Saúde (CARVALHO;
EDUARDO, 1998, p. 17).

Para organizar os dados e as informações da atenção pré-natal nacional, foi


desenvolvido o Sistema de Informação em Saúde para Atenção Pré-Natal, o
SISPRENATAL, pelo Ministério da Saúde. Com base nos dados compilados neste
software são direcionadas as estratégias nacionais para melhor desempenho das
políticas públicas às gestantes. No entanto, faz-se necessário a obtenção e
organização de dados e informações de um sistema local de saúde, no tocante à
Atenção Pré-natal, segundo esta é realizada no município, de modo que subsidiem
as decisões dos gestores para a qualidade da gestão e assistência pré-natal
conforme metas próprias.
No capítulo três, a seguir, é apresentada a metodologia utilizada nesta
pesquisa para a sistematização dos dados e informações da Atenção Pré-natal.
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3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de Pesquisa


Trata-se de uma pesquisa-ação participante, exploratório-descritiva e de
abordagem qualitativa.
Segundo Silva e Menezes (2001), caracteriza-se por uma pesquisa-ação
participante pois desenvolveu-se para resolver um problema coletivo e os
pesquisadores e participantes representativos no município estiveram envolvidos e
integrados de modo participativo. E, exploratório-descritiva já que caracteriza-se por
familiarizar o problema para torná-lo explícito, envolveu levantamento bibliográfico,
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema e o uso
de técnicas padronizadas de coleta de dados como questionários e observação
sistemática. Utilizou a abordagem qualitativa, já que esta […] “não requer o uso de
métodos e técnicas estatísticas, o ambiente natural é a fonte direta para coleta de
dados e o pesquisador é o instrumento-chave. E é descritiva.” (Silva e
Menezes,2001, p. 20).

3.2 Locais, Amostra e Etapas da Pesquisa


• Primeira Etapa – de pesquisa documental junto ao Ministério da Saúde:
Foi realizada uma pesquisa documental junto ao Ministério da Saúde, com a
finalidade de entender a proposta do Manual de Pré-Natal e Puerpério (2006) para o
bem-estar materno-infantil e conhecer as diretrizes e critérios mínimos exigidos pelo
programa de atenção pré-natal no país.
• Segunda Etapa – de pesquisa de campo realizada em três Unidades de
Saúde piloto, do município de Colombo:
Foi realizada por entrevista dirigida com formulário semi-estruturado e
observação sistemática participante com a finalidade de conhecer o processo de
trabalho das equipes de saúde na atenção pré-natal a fim de entender os possíveis
fluxos de informações referentes ao pré-natal e os locais de registros das
informações. A indicação dos locais de pesquisa foi realizada pela coordenadora de
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Saúde da Mulher do município e, o requisito utilizado foi o tipo de unidade integrante


no SUS e, que as unidades estivessem devidamente organizadas com o programa
de Atenção Pré-natal. São objetos desta etapa da pesquisa: Unidade Básica de
Saúde Osasco (Básica), Unidade de Saúde da Mulher (Especializada) e Unidade de
Saúde Jardim das Graças (Estratégia de Saúde da Família) e, foram sujeitos desta
etapa da pesquisa as coordenadoras das referidas unidades que responderam ao
formulário semi-estruturado, apresentado no APÊNDICE 1.
Os dados de registros foram coletados de acordo com o APÊNDICE 2. Foram
observados quatro prontuários em cada unidade, sendo eles aleatoriamente
escolhidos pela coordenadora da unidade correspondente, de mulheres que
receberam assistência pré-natal nas respectivas unidades.
• Terceira Etapa - Grupo Focal
Para discutir com os enfermeiros coordenadores as divergências de fluxo e
registro identificadas na coleta de dados da segunda etapa da pesquisa,
contribuindo para a formulação de um protocolo municipal de atenção pré-natal,
foram participantes do grupo focal 19 enfermeiros coordenadores, 1 técnica de
enfermagem, 1 recepcionista, 2 coordenadoras da Secretaria Municipal de Saúde, a
orientadora da pesquisa e a aluna. O grupo foi dividido em três pequenos grupos,
um encontro por dia, e as coordenadoras da SMS acompanharam todos os grupos,
juntamente com a orientadora e a aluna. A discussão foi gravada, após assinatura de
um TCLE (APÊNDICE 3), nos três dias consecutivos.
• Quarta Etapa - Concepção Teórica do Sistema de Informações Informatizado
para a Atenção Pré-Natal:
Para esta etapa de elaboração do sistema informatizado teórico em que foram
agrupadas todas as informações pertinentes à assistência pré-natal, considerando
as informações coletadas no manual do MS, nas entrevistas com as coordenadoras
das UBS e no grupo focal, por apresentação de telas desenvolvidas com o programa
Adobe Flex Builder 3.

3.3 Coleta de Dados e Instrumentos


A coleta de dados ocorreu no período de 24 de agosto a 06 de outubro de
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2010 e, foi realizada mediante a aplicação de três instrumentos padronizados, com


questões semelhantes às de POLIQUESI (2009) mas, para mapeamento do fluxo de
dados e informações da localização nos registros e das atividades de Atenção Pré-
Natal. Foram estes: um de entrevista dirigida com um formulário semi-estruturado
para as coordenadoras das unidades, um roteiro para observação sistemática
participativa para coleta de tipos e local de registros da Atenção Pré-Natal para
análise de todos os tipos de registro e quatro prontuários e, um para observação
sistemática participativa acerca dos recursos físicos materiais e medicamentos
essenciais à Atenção Pré-Natal para previsão de computadores nas instalações das
unidades.

3.4 Tratamento e Análise de Dados


Na segunda etapa desta pesquisa, na qual foi realizada a observação
participante e entrevista semi-estruturada, foi realizada análise por similaridade. Os
dados foram organizados para serem analisados quanto às similaridades e/ ou
discrepâncias em relação aos fluxos de dados e informações e processo de trabalho
na atenção no pré-natal e puerpério entre as unidades-piloto participantes.
Na terceira etapa da pesquisa, na qual foi realizado o grupo focal com
enfermeiros das unidades de saúde, foi realizada análise de conteúdo segundo
Bardin (1994), separados pelas categorias que foram as perguntas disparadoras.
Com isso permitiu-se delinear dados e informações de modo a definir os fluxos e
processos de trabalho a serem incorporados no futuro protocolo de atenção pré-
natal, e consequentemente serem modelados para o sistema informatizado.
Para a realização da quinta etapa desta pesquisa, a Concepção Teórica do
Sistema Informatizado para a Atenção Pré-Natal, foram apresentadas as telas
simbólicas, de acordo com software específico.

3.5 Aspectos Éticos


Esta pesquisa foi desenvolvida como parte do projeto “ORGANIZAÇÃO E
PRÁTICAS NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE NO CONTEXTO DA ESTRATÉGIA DE
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SAÚDE DA FAMÍLIA - ESF”, desenvolvido pelos departamentos de Saúde


Comunitária, Enfermagem, Terapia Ocupacional e Nutrição, vinculados ao Programa
de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde) do Ministério da Saúde. Além
disso, fornecerá subsídios para a pesquisa “Avaliação para a Qualificação da Gestão
e da Assistência Pré-Natal no Município de Colombo” do Edital Pesquisa para o SUS
(PPSUS) da Fundação Araucária.
O projeto foi apresentado e analisado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do
Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná, obtendo
aprovação, por estar de acordo com as normas éticas estabelecidas pela Resolução
CNS nº 196/96, sobre Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa
envolvendo Seres Humanos do Ministério de Saúde, com registro no CEP/SD de
número 772.107.09.08 e CAAE:0049.0.091.091-09 (ANEXO 2).
Aos funcionários que assentiram participar da pesquisa foi lhes solicitado que
assinassem o TCLE (APÊNDICE 3).
Cada funcionário participante recebeu todas as informações sobre o objetivo
e a metodologia do estudo bem como o esclarecimento de possíveis dúvidas. Foi
garantido a eles o direito de escolha e de livre e espontânea vontade de participarem
do estudo e assegurados o sigilo e o anonimato referentes às informações
fornecidas. Também foi garantida a liberdade de desistirem da participação na
pesquisa quando desejado.

3.6 Cronogramas
As atividades desenvolvidas durante toda a pesquisa ocorreram de acordo
com o cronograma abaixo:

Mês Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Atividades
1 Revisão de literatura X X X X
2 Planejamento da
X X X X
pesquisa
3 Coleta de dados X X X
QUADRO 1 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES (CONTINUA)
FONTE: O autor (2010)
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Mês Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Atividades
4 Tratamento dos X X
dados
5 Elaboração do X X X X X X X X
trabalho
6 Revisão do texto X
7 Entrega do trabalho X

QUADRO 1 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES (CONCLUSÃO)


FONTE: O autor (2010)

As etapas citadas ocorreram de acordo com o cronograma abaixo:


Mês Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Etapas
PLANEJADO
1ª Etapa
CUMPRIDO
PLANEJADO
2ª Etapa
CUMPRIDO
3ª Etapa PLANEJADO
CUMPRIDO
4ª Etapa PLANEJADO
CUMPRIDO
QUADRO 2 – CRONOGRAMA DE ETAPAS
FONTE: O autor (2010)
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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 Primeira Etapa: pesquisa documental


As diretrizes delineadas pelo MS para atendimento às gestantes constituem
de ações e intervenções que promovam, previnam e assistam às necessidades
decorrentes da gestação e do puerpério, tanto em nível ambulatorial básico como
atendimento hospitalar de alto risco. Porém, este trabalho visa às diretrizes no nível
básico, que devem ser aplicados pelas Unidades Básicas de Saúde.
Sendo assim, os parâmetros mínimos para garantir a qualidade do
atendimento durante a atenção pré-natal e puerperal a serem seguidos por todas as
unidades, que atendem ao programa de pré-natal, são:

• Realizar a captação precoce das gestantes, realizando a primeira


consulta de pré-natal em até 120 dias da gestação;
• Realizar, no mínimo, seis consultas de pré-natal, sendo,
preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e
três no terceiro trimestre da gestação;
• Desenvolver as seguintes atividades ou procedimentos durante a
atenção pré-natal:
• Escuta ativa da mulher e de seus/suas acompanhantes, esclarecendo
dúvidas e informando sobre o que vai ser feito durante a consulta e as
condutas a serem adotadas;
• Atividades educativas a serem realizadas em grupo ou
individualmente, com linguagem clara e compreensível, proporcionando
respostas às indagações da mulher ou da família e as informações
necessárias;
• Estímulo ao parto normal e resgate do parto como ato fisiológico;
• Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante;
• Exames laboratoriais:
▪ ABO-Rh, hemoglobina/hematócrito, na primeira consulta;
▪ Glicemia de jejum, um exame na primeira consulta e outro próximo à
30ª semana de gestação;
▪ VDRL, um exame na primeira consulta e outro próximo à 30ª semana
de gestação;
▪ Urina tipo 1, um exame na primeira consulta e outro próximo à 30ª
semana de gestação;
▪ Testagem anti-HIV, com um exame na primeira consulta e outro
próximo à 30ª semana de gestação, sempre que possível;
▪ Sorologia para hepatite B (HBsAg), com um exame, de preferência,
próximo à 30ª semana de gestação, se disponível;
▪ Sorologia para toxoplasmose na primeira consulta, se disponível;
▪ Imunização antitetânica: aplicação de vacina dupla tipo adulto até a
dose imunizante (segunda) do esquema recomendado ou dose de reforço
em gestantes com esquema vacinal completo há mais de 5 anos;
▪ Avaliação do estado nutricional da gestante e monitoramento por
meio do SISVAN;
33

▪ Prevenção e tratamento dos distúrbios nutricionais;


▪ Prevenção ou diagnóstico precoce do câncer de colo uterino e de
mama;
▪ Tratamento das intercorrências da gestação;
▪ Classificação de risco gestacional e detecção de problemas, a serem
realizadas na primeira consulta e nas subseqüentes;
▪ Atendimento às gestantes com problemas ou comorbidades,
garantindo vínculo e acesso à unidade de referência para atendimento
ambulatorial e/ou hospitalar especializado;
▪ Registro em prontuário e cartão da gestante, inclusive registro de
intercorrências/urgências que requeiram avaliação hospitalar em situações
que não necessitem de internação.
▪ Atenção à mulher e ao recém-nascido na primeira semana após o
parto, com realização das ações da “Primeira Semana de Saúde Integral” e
da consulta puerperal, até o 42°dia pós-parto (BRASIL,2006).

Também, são direitos da gestante e parturiente estabelecidos por lei: a


presença de um acompanhante de sua escolha no trabalho de parto, parto e pós-
parto, de acordo com a Lei nº 11.108, de 2005 e, a garantia de conhecimento e
vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do Sistema Único de
Saúde, de acordo com a Lei n°11634, de 2007.
Para o acompanhamento das gestantes inseridas no PHPN, foi desenvolvido
um software pelo Datasus do MS, o SISPRENATAL. Ele permite o acompanhamento
das gestantes, desde o início da gravidez até a consulta de pós-parto e possibilita o
monitoramento do programa pelos gestores do SUS, a partir do acompanhamento
de cada gestante.
Para cada município que adere ao Programa é definida uma série numérica
correspondente para identificação de cada gestante. A série numérica de cada
município é definida pelo MS. Cada número dessa série é formado pelo código do
estado no IBGE, seguido dos dois últimos algarismos correspondentes ao ano
vigente, acrescido da respectiva ordem numérica crescente. O município, por sua
vez, deverá definir a série numérica destinada a cada unidade básica de saúde, de
acordo com a média anual de gestantes atendidas nesta unidade. No ano seguinte
deverá ser usada a mesma ordem numérica, mudando apenas os dígitos referentes
ao ano. Cada gestante cadastrada no Programa recebe um número desta série
numérica, através do qual será identificada pelo Programa no decorrer do pré-natal,
parto e puerpério. Este número de identificação permite o acompanhamento da
gestante, mesmo que as consultas sejam feitas em unidades de saúde diferentes ou
ainda em outro município, o chamado SIS-retroativo, desde que as portarias de
34

adesão já estejam publicadas e o SISPRENATAL seja alimentado a cada mês. Cada


gestante deve ser cadastrada por ocasião da 1ª consulta, através do preenchimento
da Ficha de Cadastramento da Gestante.
A Ficha de Cadastramento da Gestante (ANEXO 1) deve ser preenchida na 1ª
consulta do pré-natal pelo médico ou pela enfermeira que realiza o atendimento.
Deve ser indicada a atividade profissional do responsável pela consulta, conforme
consta da observação no rodapé da ficha.

4.2 Segunda Etapa: pesquisa de campo


A pesquisa de campo possibilitou conhecer o fluxo de atendimento e os
registros realizados em três unidades de saúde piloto. Esta etapa tornou-se
fundamental na elaboração da pesquisa, já que, para compor um sistema
informatizado há necessidade de saber o que é essencial e de rotina nos
estabelecimentos, além de conhecer o mínimo de informações que se deve
contemplar.
O resultado da coleta de dados nesta etapa está dividido conforme as
unidades que participaram da pesquisa, são elas: Osasco, Saúde da Mulher e
Jardim das Graças, respectivamente apresentados a seguir. Vale ressaltar que os
dados aqui expostos surgiram de uma entrevista dirigida por um formulário e a
interpretação das perguntas e as respostas foram de interpretação e
responsabilidade das enfermeiras entrevistadas.

4.2.1 Unidade Básica de Saúde: Unidade de Saúde Osasco


Na entrevista com a coordenadora da unidade, ela informou que nesta
unidade a gestante tem dia e horário específicos para ser cadastrada no sistema
SISPRENATAL, sendo eles terças e quintas-feira às 13:00 horas. Caso desconfie
estar grávida e ser atendida pela recepção, a mulher é encaminhada para
atendimento informal, ou seja, sem necessidade de marcação de consulta em
agenda, com a enfermeira ou as técnicas/auxiliares de enfermagem, que solicitam o
exame TIG/βHCG para confirmação da gravidez. Sendo assim, não é necessário
35

consulta em agenda com qualquer profissional. Se o resultado do TIG/βHCG for


negativo, repete-se o exame após 30 dias para nova confirmação. Caso persista
negativado e haja concomitantemente amenorréia, a paciente é encaminhada para
consulta com o médico.
Após 120 dias de gestação a gestante é cadastrada no SISPRENATAL,
independente o tempo de gestação, sendo assim, o município não receberá o
incentivo financeiro correspondente.
Todas as gestantes tem atendimento odontológico garantido porém, o
atendimento é realizado fora da UBS, no Pronto Atendimento Osasco. Já o
atendimento com nutricionista é garantido apenas em casos específicos e de
inquestionável necessidade, com encaminhamento à nutricionista do município.
A gestante deve realizar no mínimo 6 consultas de pré-natal e no máximo 10,
sendo estas: uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre, três no terceiro
trimestre e após estas, a cada 15 dias e, no final da gestação, semanalmente.
A gestante deve realizar no total duas baterias de exames, uma no primeiro
trimestre e outra no segundo.
O clínico geral realiza no até 55 consultas por dia, de segunda à sexta-feira
em aproximadamente 3 horas. O ginecologista realiza até 35 consultas em
aproximadamente 5 horas, sendo: segundas-feiras apenas gestantes, quartas-feiras
preventivos e gestantes e sextas-feiras preventivos e entrega de exames. O pediatra
atende até 30 crianças, de segunda à sexta-feira em aproximadamente 3 horas. E o
enfermeiro atende até 9 consultas para preventivos a partir das 13:00 horas e,
demanda livre de primeira consulta de pré-natal a partir das 13:00 horas, às terças e
quintas-feiras.
O encaixe de consultas é definido pela enfermeira. Caso haja urgência o
médico é comunicado, e se emergência, a pessoa é encaminhada ao Pronto
Atendimento.
Não há nenhum tipo de registro de quantas gestantes de risco a unidade
cadastrou, o médico avalia e encaminha para a maternidade. Embora a unidade
tenha responsabilidade de acompanhar a mulher durante a gestação, ainda não
existe qualquer controle quanto ao risco gestacional.
As categorias e o quantitativo de profissionais lotados na unidade são
36

demonstrados no quadro a seguir:


Profissionais Número
Ginecologista 1
Pediatra 1
Clínico Geral 1
Enfermeiros 1
Técnicos de Enfermagem 6
Auxiliares de Enfermagem 1
ACS 8
Recepcionistas 4
Serviços Gerais 1
Total 24
QUADRO 3 - CATEGORIAS E O NÚMERO DE PROFISSIONAIS DA UBS OSASCO
FONTE: O autor (2010)

Em relação ao planejamento familiar, as mulheres são orientadas através de


uma palestra com a enfermeira, mensalmente, antes de receber o anticoncepcional
na unidade. A contagem de quantas medicações foram distribuídas localiza-se em
uma pasta de registro nominal para cada liberação, assim como os preservativos.
Os procedimentos DIU, CAF e colposcopia a unidade os não realiza. Quando
necessário, a paciente é encaminhada para outras unidades de referência que
possuem este atendimento.
Fluxo da Clientela e Vínculo com Maternidade Onde Será Realizado o Parto
O acolhimento na primeira consulta de pré-natal é realizado pela
enfermagem, neste é realizado o cadastro da gestante no SISPRENATAL, na pasta
do SISPRENATAL e na Ficha de Cadastramento da Gestante, e orientação à
gestante sobre qual maternidade ela realizará o parto. As visitas domiciliares são
realizadas pelos agentes comunitários de saúde que acompanham o motivo da
mulher não ter comparecido às consultas.
Recursos Humanos e Fluxo de Atendimento
As categorias profissionais que participam da assistência pré-natal são:
ginecologista, enfermeiro, técnico em enfermagem, auxiliar em enfermagem, agente
comunitário de saúde e dentista. Porém, o dentista não atende as pacientes na UBS,
apenas avalia a necessidade de marcação de consulta e, se necessário, realiza o
atendimento no Pronto Atendimento Osasco. As atribuições de cada categoria
37

profissional na assistência pré-natal são detalhadas no quadro abaixo:


PROFISSIONAIS ATRIBUIÇÕES
Enfermeiro Realizar a primeira consulta do pré-natal, registro da
gestante no SISPRENATAL, solicitar mamografia e
preventivo se necessário.

Realizar a partir da segunda consulta do pré-natal,


Ginecologista solicitar as baterias de exames e exames
complementares.
Técnicos e Auxiliares de Enfermagem Realizar a primeira consulta do pré-natal, registro da
gestante no SISPRENATAL, pré-consultas e
imunização.
Agente Comunitário de Saúde Realizar visitas domiciliares e acompanhamento
mensal de gestantes atrasadas às consultas.
QUADRO 4 - ATRIBUIÇÕES DE CADA CATEGORIA PROFISSIONAL NA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL
DA UBS OSASCO
FONTE: O autor (2010)

No caso de necessidade de atendimento de intercorrências obstétricas e


neonatais, a gestante é encaminhada para a maternidade do município e, quando
necessário, há referências formais de referência e contra-referência para a
maternidade, HC ou HUEC. A solicitação de encaminhamento para serviços de
apoio diagnóstico é realizada pelo médico. Quando utiliza-se a contra-referência, a
enfermeira liga para a maternidade e agenda a consulta. Caso seja para HC ou
HUEC, a ligação é feita para a Central de Marcação de Exames, e realiza-se a
marcação. A guia de contra-referência deve ser preenchida pelo médico do local
para onde a paciente foi encaminhada.
Educação em Saúde
São realizadas atividades educativas à gestante por meio de palestras
semanais no turno da tarde na sala de espera, antes das consultas. Os temas são
escolhidos aleatoriamente, de interesse das gestantes, e realizados por uma
acadêmica de enfermagem e a equipe de enfermagem. As gestantes não são
divididas em grupos para as atividades pois elas são recrutadas por demanda livre
antes das consultas. Entre os temas abordados estão: aleitamento materno,
cuidados com o seio, higienização do bebê, principais sintomas na gestação,
preparação para o parto e maternidade, H1N1, etc. As dificuldades apontadas para a
educação em saúde foram a não adesão aos grupos de gestantes, por falta de
comparecimento e a falta de materiais para apoio e incentivo à presença das
38

gestantes nas reuniões.


Acompanhamento Nutricional
O acompanhamento do estado nutricional das gestantes é realizado por
aferição de peso e altura, determinando o IMC durante as consultas. O profissional
que realiza é o que está atendendo na consulta. Todavia, em caso de distúrbios
nutricionais a paciente é encaminhada para a nutricionista do município ou
encaminha para nutricionista fora do município, através da Central de Marcação de
Exames.
Registros
Os instrumentos de registro disponíveis para a Atenção Pré-Natal são
descritos no quadro abaixo, seguidos por quem é responsável pelo registro (Téc
para técnicos de enfermagem, Aux para auxiliares de enfermagem, Enf para
enfermeiros e Méd para médicos) e sua utilidade:

Tipo de Registro Quem Registra Utilidade?


Carteirinha da gestante
Téc/ Aux/ Enf/ Monitoramento das ações de atenção pré-natal
Méd individualizada

Ficha de cadastramento da
Téc/ Aux/ Enf Cadastro da gestante no SISPRENATAL
gestante

Pasta SISPRENATAL com


números de todos os SIS
Monitoramento das ações de atenção pré-natal
cadastrados na UBS Téc/ Aux/ Enf
de todas as gestantes acompanhadas na UBS

Caderno de gestantes atrasadas


por ordem alfabética Téc/ Aux/ Enf/ Acompanhamento das gestantes faltosas às
ACS consultas

Cadastro saúde do ferro


Controle de liberação de xarope, Sulfato
Téc/ Aux/ Enf
Ferroso e Ácido Fólico nominal

Caderno para marcação de


Consultas
Recepção Controle de agendamento diário de consultas

QUADRO 5 – TIPOS, RESPONSÁVEIS E UTILIDADE DOS REGISTROS DA UNIDADE DE SAÚDE


OSASCO (CONTINUA)
FONTE: O autor (2010)
39

Relatório SISVAN Relatório mensal de acompanhamento


Enf
nutricional para a nutricionista
Relatório mensal de quantidade de
Relatório de todas as consultas realizadas
gestantes por faixa etária
Enf pelo médico e enfermeira separado por faixa
etária no mês

Mapa diário de atividades do


Enf/Téc Relação de consultas realizadas pelo médico
médico
Relatório mensal de Número de todos procedimentos realizados na
Enf
procedimentos unidade
QUADRO 5 – TIPOS, RESPONSÁVEIS E UTILIDADE DOS REGISTROS DA UNIDADE DE SAÚDE
OSASCO (CONCLUSÃO)
FONTE: O autor (2010)

Informações sobre pré-natal


Para a coleta dos dados relacionados a identificação, dados complementares,
exames laboratoriais, imunização, procedimentos técnicos, exame colpocitológico e
de mama e risco gestacional, foram selecionados aleatoriamente, pela enfermeira
coordenadora, quatro prontuários para serem analisados, além da pasta de cadastro
no SISPRENATAL e a ficha de cadastramento da gestante. De acordo com o que foi
observado, estão descritos no quadro abaixo se o referente dado não estava
registrado e se estava, o local. Os locais foram abreviados por: P (prontuário), FC
(ficha de cadastramento da gestante) e SIS (pasta SISPRENATAL).

Não Registrado Local


Dados de Identificação
Nome P / FC/SIS
Número SIS P / FC / SIS
Idade P / FC / SIS
Cor FC
Naturalidade X
Endereço P / FC
Telefone P / SIS
U.S Referência FC
Dados Complementares
Socioeconômicos X
Grau de instrução X
Profissão/ocupação X
Estado civil/união X
QUADRO 6 – LOCALIZAÇÃO DE REGISTRO DOS PRINCIPAIS DADOS DO PRÉ-NATAL DA UBS
OSASCO (CONTINUA)
FONTE: O autor (2010)
40

Antecedentes Familiares X
Antecedentes Pessoais P
Antecedentes ginecológicos P
Antecedentes obstétricos P
Exames Laboratoriais
ABO-Rh P / SIS
Hemograma P / SIS
Glicemia de jejum P / SIS
VDRL P / SIS
Urina Tipo 1 P / SIS
Testagem anti-HIV P / SIS
HBsAg (hepatite B) P / SIS
SorologiaToxoplasmose P / SIS
Imunização
Imunizada SIS
Não imunizada SIS
Reforço SIS
Procedimentos Técnicos
Altura Uterina P
Apresentação X
BCF P
Edema P
Idade Gestacional P
Pressão Arterial P
Peso P
DUM P / FC/ SIS
DPP P / SIS
Parto P / SIS
PP P / SIS
Exame Colpocitológico P
Exame de Mama P
Risco Gestacional
Sem risco X
Com risco X
QUADRO 6 – LOCALIZAÇÃO DE REGISTRO DOS PRINCIPAIS DADOS DO PRÉ-NATAL DA UBS
OSASCO (CONCLUSÃO)
FONTE: O autor (2010)

Observou-se que sobre os exames laboratoriais, são registradas apenas as


datas em que a gestante apresentou os resultados para o profissional. Os resultados
são registrados apenas na carteirinha da gestante. E, quanto aos exames
colpocitológicos e de mama, estes são registrados em prontuário apenas quando o
resultado está além dos padrões de normalidade.
41

4.2.2 Unidade Especialista: Unidade Saúde da Mulher


Na entrevista com a coordenadora da Unidade de Saúde da Mulher, ela
informou que nesta unidade a gestante não tem dia e horário específicos para ser
cadastrada no sistema SISPRENATAL. Caso desconfie estar grávida e ser atendida
pela recepção, a mulher é encaminhada para atendimento informal, ou seja, sem
necessidade de marcação de consulta em agenda com a enfermeira, que solicita o
exame TIG/βHCG para confirmação da gravidez. Sendo assim, não é necessário
consulta em agenda com qualquer profissional. Se o resultado do TIG/βHCG for
negativo, não se repete o exame para nova confirmação.
Após 120 dias de gestação a gestante é cadastrada no SIS, independente do
tempo de gestação, sendo assim, o município não receberá o incentivo financeiro
correspondente.
O atendimento odontológico não é garantido nesta unidade à nenhuma
gestante porém, elas são encaminhadas para a Unidade de Saúde mais próxima da
residência para obter o atendimento. Já o atendimento com nutricionista é garantido
apenas em casos específicos e de inquestionável necessidade, com
encaminhamento à nutricionista do município.
A gestante deve realizar no mínimo 6 consultas de pré-natal, sendo estas:
uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre, três no terceiro trimestre e
após estas, a cada 15 dias e, no final da gestação, semanalmente. O número
máximo de consultas não é determinado, a mulher pode consultar quantas vezes
precisar entretanto, o SISPRENATAL aceita até 10 consultas.
A gestante deve realizar no total duas baterias de exames, uma no primeiro
trimestre e outra no segundo. A terceira bateria é solicitada apenas por alguns
médicos.
O oncologista realiza no até 30 consultas por dia, às segundas e quartas-
feiras, em aproximadamente 3 horas. O primeiro ginecologista realiza até 12
consultas em aproximadamente 2 horas, sendo nas quartas,quintas e sextas-feiras.
O segundo atende até 30 consultas, às terças e quintas-feiras em aproximadamente
5 horas. E o terceiro, atende até 16 consultas às quartas e sextas-feiras, em
aproximadamente 2 horas. A enfermeira atende até 5 consultas para preventivos e
demanda livre de primeira consulta de pré-natal a partir das 13:00 às 16:00 horas,
42

todos os dias exceto às quartas-feiras. O encaixe de consultas é definido pela


enfermeira e é realizado apenas quando alguma paciente com horário agendado
para a consulta no dia falte.
As gestantes de risco são encaminhadas para o HC ou HUEC, a enfermeira
anota na pasta do SIS quando isto ocorre e assim realiza o controle quanto ao risco
gestacional que a unidade acompanha. Todo mês a enfermeira realiza uma busca
ativa por telefone para saber sobre as consultas e o estado atual do pré-natal destas
gestantes.
As categorias e o quantitativo de profissionais lotados na unidade são
demonstrados no quadro a seguir:

Profissionais Número
Ginecologista 3
Oncologista 1
Enfermeiro 1
Técnicos de Enfermagem 3
Serviços Gerais 1
Cozinheira 1
Total 10
QUADRO 7 - CATEGORIAS E O NÚMERO DE PROFISSIONAIS DA US MULHER
FONTE: O autor (2010)

Em relação ao planejamento familiar, as mulheres recebem o


anticoncepcional e são orientadas a acompanhar na unidade mais próxima da
residência. A contagem de quantas medicações foram distribuídas localiza-se em
uma pasta de registro nominal para cada liberação. Os preservativos localizam-se
em cima do balcão da recepção e os interessados retiram o quanto precisam.
Os procedimentos DIU, CAF e colposcopia são realizados nos consultórios. A
enfermeira ministra uma palestra, de obrigatória participação para quem deseja
colocar o DIU, que trata de todos assuntos e dúvidas sobre o procedimento. Após
isto, se estiver apta, é agendada uma consulta com o médico o qual realiza o
procedimento de inserção do DIU. A mulher deve realizar uma ecografia após a
primeira menstruação e repeti-la a cada 6 meses ou 1 ano. Os procedimentos são
registrados em uma pasta com número de prontuário, nome completo, data do
procedimento e data de recebimento do resultado.
43

Fluxo da Clientela e Vínculo com Maternidade Onde Será Realizado o Parto


O acolhimento na primeira consulta de pré-natal é realizado pela enfermeira,
se o SIS for aberto na US da Mulher, é realizado o cadastro da gestante no
SISPRENATAL, na pasta do SISPRENATAL e na Ficha de Cadastramento da
Gestante, e orientação à gestante sobre qual maternidade ela realizará o parto. Se o
SIS foi aberto em alguma outra unidade de saúde, é realizado pelo ginecologista.
Caso haja necessidade, ele encaminhará a gestante para outro estabelecimento que
não seja a maternidade do município. Não são realizadas visitas domiciliares
relativas ao pré-natal.
Recursos Humanos e Fluxo de Atendimento
As categorias profissionais que participam da assistência pré-natal são:
ginecologista, enfermeiro e técnico de enfermagem. A imunização deveria ser
realizada pelos técnicos de enfermagem porém a unidade não possui sala de
vacina. Para garantir a imunização, a gestante é encaminhada para a unidade mais
próxima de sua residência. As atribuições de cada categoria profissional na
assistência pré-natal são detalhadas no quadro abaixo:

PROFISSIONAIS ATRIBUIÇÕES
Enfermeiro Realizar a primeira consulta do pré-natal, registro da
gestante no SISPRENATAL, solicitar a primeira bateria
de exames e mamografia e preventivo se necessário.

Realizar a primeira e demais consultas do pré-natal,


Ginecologista solicitar as baterias de exames e exames
complementares.
Técnicos de Enfermagem Realizar a pré-consulta do pré-natal e a marcação de
consultas.
QUADRO 8 - ATRIBUIÇÕES DE CADA CATEGORIA PROFISSIONAL NA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL
DA US MULHER
FONTE: O autor (2010)

No caso de necessidade de atendimento de intercorrências obstétricas e


neonatais, a gestante é encaminhada para a maternidade do município e, quando
necessário, há referências formais de referência e contra-referência para a
maternidade, HC ou HUEC. A solicitação de encaminhamento para serviços de
apoio diagnóstico é realizada pelo médico. Quando utiliza-se a contra-referência, a
enfermeira liga para a maternidade e agenda a consulta. Caso seja para HC ou
44

HUEC, a ligação é feita para a Central de Marcação de Exames, e realiza-se a


marcação. A guia de contra-referência deve ser preenchida pelo médico do local
para onde a paciente foi encaminhada, mas isto normalmente não ocorre.
Educação em Saúde
Não são realizadas atividades educativas às gestantes. As dificuldades
apontadas para a educação em saúde foram: moradias distantes da unidade, devido
ser local para referência, horário de trabalho das gestantes e horário para realização
das palestras, por falta de tempo.
Acompanhamento Nutricional
O acompanhamento do estado nutricional das gestantes é realizado por
aferição de peso e altura, determinando o IMC durante as consultas. O profissional
que realiza é o que está atendendo na consulta e orienta sobre alimentação e
exercícios. Todavia, em caso de distúrbios nutricionais a paciente é encaminhada
para a nutricionista do município ou encaminha para nutricionista fora do município,
através da Central de Marcação de Exames.
Registros
Os instrumentos de registro disponíveis para a Atenção Pré-Natal são
descritos no quadro abaixo, seguidos por quem é responsável pelo registro (Téc
para técnicos de enfermagem, Aux para auxiliares de enfermagem, Enf para
enfermeiros e Méd para médicos) e sua utilidade:

Tipo de Registro Quem Registra Utilidade?


Carteirinha da gestante
Monitoramento das ações de atenção pré-
Enf/ Méd
natal individualizada

Ficha de cadastramento da
Enf Cadastro da gestante no SISPRENATAL
gestante

Pasta SISPRENATAL com


números de todos os SIS Monitoramento das ações de atenção pré-
cadastrados na UBS Enf natal de todas as gestantes acompanhadas
na UBS

QUADRO 9 – TIPOS, RESPONSÁVEIS E UTILIDADE DOS REGISTROS DA US MULHER


(CONTINUA)
FONTE: O autor (2010)
45

Pasta SISPRENATAL com Monitoramento das ações de atenção pré-


números de todos os SIS natal de todas as gestantes acompanhadas
Enf/Méd
encaminhados de outras UBS na UBS que abriram o SISPRENATAL em
outra unidade
Caderno para marcação de
Consultas
Enf/Téc Controle de agendamento diário de consultas

Relatório SISVAN
Relatório mensal de acompanhamento
Enf
nutricional para a nutricionista

Relatório mensal de quantidade


Relatório de todas as consultas realizadas
de gestantes por faixa etária
Enf pelo médico e enfermeira separado por faixa
etária no mês

Mapa diário de atividades do


Enf/Téc Relação de consultas realizadas pelo médico
médico
Relatório mensal de Número de todos procedimentos realizados
Enf
procedimentos na unidade
QUADRO 9 – TIPOS, RESPONSÁVEIS E UTILIDADE DOS REGISTROS DA US MULHER
(CONCLUSÃO)
FONTE: O autor (2010)

Informações sobre pré-natal


Para a coleta dos dados relacionados a identificação, dados complementares,
exames laboratoriais, imunização, procedimentos técnicos, exame colpocitológico e
de mama e risco gestacional, foram selecionados aleatoriamente, pela enfermeira
coordenadora, quatro prontuários para serem analisados, além da pasta de cadastro
no SISPRENATAL e a ficha de cadastramento da gestante. De acordo com o que foi
observado, estão descritos no quadro abaixo se o referente dado não estava
registrado e se estava, o local. Os locais foram abreviados por: P (prontuário), FC
(ficha de cadastramento da gestante) e SIS (pasta SISPRENATAL).

Não Registrado Local


Dados de Identificação
Nome P / FC/SIS
Número SIS P / FC / SIS
Idade P / FC / SIS
Cor X
Naturalidade X
QUADRO 10 – LOCALIZAÇÃO DE REGISTRO DOS PRINCIPAIS DADOS DO PRÉ-NATAL DA US
MULHER (CONTINUA)
FONTE: O autor (2010)
46

Endereço P / FC
Telefone P / SIS
U.S Referência P/FC/SIS
Dados Complementares
Socioeconômicos X
Grau de instrução X
Profissão/ocupação X
Estado civil/união X
Antecedentes Familiares P
Antecedentes Pessoais P
Antecedentes ginecológicos P
Antecedentes obstétricos P
Exames Laboratoriais
ABO-Rh P / SIS
Hemograma P / SIS
Glicemia de jejum P / SIS
VDRL P / SIS
Urina Tipo 1 P / SIS
Testagem anti-HIV P / SIS
HBsAg (hepatite B) P / SIS
SorologiaToxoplasmose P / SIS
Imunização
Imunizada P/SIS
Não imunizada P/SIS
Reforço P/SIS
Procedimentos Técnicos
Altura Uterina P
Apresentação P
BCF P
Edema P
Idade Gestacional P
Pressão Arterial P
Peso P
DUM P / FC/ SIS
DPP P / SIS
Parto P / SIS
PP P / SIS
Exame Colpocitológico P
Exame de Mama P
Risco Gestacional
Sem risco X
Com risco P/SIS
QUADRO 10 – LOCALIZAÇÃO DE REGISTRO DOS PRINCIPAIS DADOS DO PRÉ-NATAL DA US
MULHER (CONCLUSÃO)
FONTE: O autor (2010)
47

Observou-se que sobre os exames laboratoriais, no prontuário são


registradas apenas as datas em que a gestante apresentou os resultados para o
profissional. Os resultados são registrados apenas na carteirinha da gestante.
Apenas um médico anota os resultados no prontuário. E, quanto aos exames
colpocitológicos e de mama, estes são registrados em prontuário apenas quando o
resultado está além dos padrões de normalidade.

4.2.3 Unidade de Saúde com Estratégia de Saúde da Família:


Unidade Jardim das Graças
Na entrevista com a coordenadora da unidade, ela informou que nesta
unidade a gestante tem dia e horário específicos para ser cadastrada no sistema
SISPRENATAL, sendo eles terças e quartas-feiras às 9:30 horas. Se a gestante for
adolescente com queixas ou de risco, o cadastro é realizado imediatamente para
que possa ser encaminhada à maternidade. Caso desconfie estar grávida e ser
atendida pela recepção, a mulher é encaminhada para atendimento informal, ou
seja, sem necessidade de marcação de consulta em agenda, com a enfermeira ou
uma das técnicas de enfermagem, que solicitam o exame TIG/βHCG para
confirmação da gravidez. Sendo assim, não é necessário consulta em agenda com
qualquer profissional. Se o resultado do TIG/βHCG for negativo, repete-se o exame
após 30 dias para nova confirmação. Caso persista negativado e com queixa
concomitantemente de amenorréia, a paciente é encaminhada para consulta com o
médico.
Após 120 dias de gestação a gestante é cadastrada no SIS, independente de
quantos dias está a gestação, sendo assim, o município não receberá o incentivo
financeiro correspondente. Se a gestante foi acompanhada em outro local e, após os
120 dias quer ser acompanhada pela unidade, é aberto um novo registro no
SISPRENATAL da unidade e copiada as informações referentes às consultas
anteriores da carteirinha da gestante.
Todas as gestantes tem atendimento odontológico garantido realizado na US.
Na primeira consulta a mulher recebe orientações sobre a importância de realizar a
consulta odontológica e, para tal, ela deve agendar diretamente com os odontólogos,
48

sem fila. Já o atendimento com nutricionista foi garantido apenas até o final do ano
de 2010, pois era realizado por uma nutricionista residente. Em casos específicos e
de inquestionável necessidade, e quando não houver o auxilio da residente, será
com encaminhamento à nutricionista do município.
A gestante deve realizar no mínimo 6 consultas de pré-natal e no máximo 10,
sendo estas: uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre, três no terceiro
trimestre e após estas, a cada 15 dias e, no final da gestação, semanalmente.
A gestante deve realizar no total três baterias de exames, uma no primeiro
trimestre e outra no segundo e a última no terceiro trimestre.
Os clínicos gerais realizam no máximo 20 consultas por dia, de segunda à
sexta-feira em aproximadamente 15 minutos cada consulta. A enfermeira realiza de
6 a 14 consultas em aproximadamente 30 minutos cada. O encaixe de consultas é
realizado pela enfermeira. Diariamente são reservadas na agenda dos médicos 2
vagas para encaixe de urgência, que dura o tempo de uma consulta normal. Caso
haja urgência o médico é comunicado, e se emergência, a pessoa é encaminhada
ao Pronto Atendimento.
Não há nenhum tipo de registro de quantas gestantes de risco a unidade
possui. Embora a unidade tenha responsabilidade de acompanhar a mulher durante
a gestação, ainda não existe qualquer controle quanto ao risco gestacional.
As categorias e o quantitativo de profissionais lotados na unidade são
demonstrados no quadro a seguir:

Profissionais Número
Clínico Geral 2
Enfermeiro 1
Técnicos de Enfermagem 4
ACS 10
Recepcionista 2
Serviços Gerais 1
Dentista 2
Auxiliar de Consultório Dentário 2
Psicóloga 1
QUADRO 11 - CATEGORIAS E O NÚMERO DE PROFISSIONAIS DA UBS JARDIM DAS GRAÇAS
(CONTINUA)
FONTE: O autor (2010)
49

Fonoaudiólogo 1
Pediatra 1
Total 27
QUADRO 11 - CATEGORIAS E O NÚMERO DE PROFISSIONAIS DA UBS JARDIM DAS GRAÇAS
(CONTINUAÇÃO)
FONTE: O autor (2010)

Em relação ao planejamento familiar, não são realizadas palestras de


orientação, apenas distribuição mensal de anticoncepcional. A contagem de quantas
medicações foram distribuídas localiza-se em uma pasta de registro nominal para
cada liberação, assim como os preservativos.
Os procedimentos DIU, CAF e colposcopia a unidade não os realiza. Quando
necessário a paciente é encaminhada para outras unidades de referência que
possuem este atendimento.
Fluxo da Clientela e Vínculo com Maternidade Onde Será Realizado o Parto
O acolhimento na primeira consulta de pré-natal é realizado pela
enfermagem, neste é realizado o cadastro da gestante no SISPRENATAL, na pasta
do SISPRENATAL e na Ficha de Cadastramento da Gestante, e orientação à
gestante sobre qual maternidade ela realizará o parto. As visitas domiciliares são
realizadas pelos agentes comunitários de saúde que acompanham mensalmente o
motivo da mulher não ter comparecido às consultas e, quando a mulher compareceu
na unidade solicitando o acompanhamento de pré-natal, os agentes vão até o
endereço informado e conferem se é valido para depois ser permitida a abertura do
SIS.
Recursos Humanos e Fluxo de Atendimento
As categorias profissionais que participam da assistência pré-natal são:
clínico geral, enfermeiro, técnico em enfermagem, agente comunitário de saúde,
dentista e nutricionista residente. As atribuições de cada categoria profissional na
assistência pré-natal são detalhadas no quadro abaixo:
50

PROFISSIONAIS ATRIBUIÇÕES
Enfermeiro Realizar a primeira consulta do pré-natal, registro da
gestante no SISPRENATAL, solicitar βHCG, primeira
bateria de exames e ecografia e realizar preventivo, se
necessário.
Realizar a partir da segunda consulta do pré-natal,
Clínico Geral solicitar a segunda e terceira baterias de exames e
exames complementares.
Técnicos de Enfermagem Realizar a primeira consulta do pré-natal, registro da
gestante no SISPRENATAL, pré-consultas e imunização.

Agente Comunitário de Saúde Realizar visitas domiciliares para confirmação do


endereço, acompanhamento mensal de gestantes
atrasadas às consultas, convidar as gestantes para as
oficinas de orientações.
Dentista Realizar tratamentos dentários
Nutricionista Residente Realizar acompanhamento nutricional e relatório do
SISVAN
QUADRO 12 - ATRIBUIÇÕES DE CADA CATEGORIA PROFISSIONAL NA ASSISTÊNCIA PRÉ-
NATAL DA UBS JARDIM DAS GRAÇAS
FONTE: O autor (2010)

No caso de necessidade de atendimento de intercorrências obstétricas e


neonatais, a gestante é encaminhada para a maternidade do município e, quando
necessário, há referências formais de referência e contra-referência para a
maternidade, HC ou HUEC. A solicitação de encaminhamento para serviços de
apoio diagnóstico é realizada pelo médico. Quando utiliza-se a contra-referência, a
enfermeira liga para a maternidade e agenda a consulta. Caso seja para HC ou
HUEC, a ligação é feita para a Central de Marcação de Exames, e realiza-se a
marcação. A guia de contra-referência deve ser preenchida pelo médico do local
para onde a paciente foi encaminhada mas, normalmente não é preenchida.
Educação em Saúde
São realizadas atividades educativas à gestante por meio de palestras
mensais no turno da tarde na sala de espera, antes das consultas. Os temas são
escolhidos aleatoriamente, de interesse das gestantes, e realizados pela enfermeira,
dentistas, nutricionista residente e os médicos. As gestantes não são divididas em
grupos para as atividades, elas são recrutadas por um convite encaminhado pelos
agentes comunitários.. Entre os temas abordados estão: aleitamento materno,
cuidados com o seio, higienização do bebê, principais sintomas na gestação,
preparação para o parto e maternidade, importância do pré-natal e etc. As
51

dificuldades apontadas para a educação em saúde foram a falta de materiais


didáticos para apoio, incentivo financeiro para atrair de alguma forma as gestantes
nas reuniões e espaço físico indisponível.
Acompanhamento Nutricional
O acompanhamento do estado nutricional das gestantes é realizado por
aferição de peso e altura, determinando o IMC durante as consultas com a
nutricionista residente. Todavia, a partir do próximo ano, em caso de distúrbios
nutricionais a paciente deverá ser encaminhada para a nutricionista do município ou
encaminha para nutricionista fora do município, através da Central de Marcação de
Exames.
Registros
Os instrumentos de registro disponíveis para a Atenção Pré-Natal são
descritos no quadro abaixo, seguidos por quem é responsável pelo registro (Téc
para técnicos de enfermagem, Aux para auxiliares de enfermagem, Enf para
enfermeiros e Méd para médicos) e sua utilidade:

Tipo de Registro Quem Registra Utilidade?


Carteirinha da gestante
Monitoramento das ações de atenção pré-natal
Téc/ Enf/ Méd
individualizada

Ficha de cadastramento da
Téc/ Enf Cadastro da gestante no SISPRENATAL
gestante

Pasta SISPRENATAL com


números de todos os SIS
Monitoramento das ações de atenção pré-natal
cadastrados na UBS Téc/ Enf
de todas as gestantes acompanhadas na UBS

Caderno para marcação de


Consultas
Recepção Controle de agendamento diário de consultas

Pasta de acompanhamento da
Registrar todos os dados do pré-natal das
gestante por faixa etária em ordem Téc/ Enf/ACS
gestantes por faixa etária
alfabética
QUADRO 13 – TIPOS, RESPONSÁVEIS E UTILIDADE DOS REGISTROS DA UBS JARDIM DAS
GRAÇAS (CONTINUA)
FONTE: O autor (2010)
52

Relatório SISVAN
Relatório mensal de acompanhamento
Enf/Nut
nutricional para a nutricionista

Relatório mensal de quantidade de


Relatório de todas as consultas realizadas pelo
gestantes por faixa etária
Enf médico e enfermeira separado por faixa etária
no mês

Mapa diário de atividades do


Enf/Téc Relação de consultas realizadas pelo médico
médico
Relatório mensal de Número de todos procedimentos realizados na
Enf
procedimentos unidade
QUADRO 13 – TIPOS, RESPONSÁVEIS E UTILIDADE DOS REGISTROS DA UBS JARDIM DAS
GRAÇAS (CONTINUAÇÃO)
FONTE: O autor (2010)

Informações sobre pré-natal


Para a coleta dos dados relacionados a identificação, dados complementares,
exames laboratoriais, imunização, procedimentos técnicos, exame colpocitológico e
de mama e risco gestacional, foram selecionados aleatoriamente, pela enfermeira
coordenadora, quatro prontuários para serem analisados, além da pasta de cadastro
no SISPRENATAL e a ficha de cadastramento da gestante. De acordo com o que foi
observado, estão descritos no quadro abaixo se o referente dado não estava
registrado e se estava, o local. Os locais foram abreviados por: P (prontuário), FC
(ficha de cadastramento da gestante) e SIS (pasta SISPRENATAL).

Não Registrado Local


Dados de Identificação
Nome P / FC/SIS
Número SIS P / FC / SIS
Idade P / FC / SIS
Cor FC/SIS
Naturalidade X
Endereço P / FC
Telefone P / FC
U.S Referência P/FC/SIS
Dados Complementares
Socioeconômicos X
Grau de instrução P
Profissão/ocupação X
QUADRO 14 – LOCALIZAÇÃO DE REGISTRO DOS PRINCIPAIS DADOS DO PRÉ-NATAL DA UBS
JARDIM DAS GRAÇAS (CONTINUA)
FONTE: O autor (2010)
53

Estado civil/união P
Antecedentes Familiares X
Antecedentes Pessoais P
Antecedentes ginecológicos P
Antecedentes obstétricos P
Exames Laboratoriais
ABO-Rh P / SIS
Hemograma P / SIS
Glicemia de jejum P / SIS
VDRL P / SIS
Urina Tipo 1 P / SIS
Testagem anti-HIV P / SIS
HBsAg (hepatite B) P / SIS
SorologiaToxoplasmose P / SIS
Imunização
Imunizada P / SIS
Não imunizada P / SIS
Reforço P / SIS
Procedimentos Técnicos
Altura Uterina P
Apresentação P
BCF P
Edema P
Idade Gestacional P
Pressão Arterial P
Peso P
DUM P / FC/ SIS
DPP P / SIS
Parto P / SIS
PP P / SIS
Exame Colpocitológico P
Exame de Mama P
Risco Gestacional
Sem risco X
Com risco P
QUADRO 14 – LOCALIZAÇÃO DE REGISTRO DOS PRINCIPAIS DADOS DO PRÉ-NATAL DA UBS
JARDIM DAS GRAÇAS
FONTE: O autor (2010)

4.3 Compilação dos dados


Na compilação e análise de todos os dados, encontrou-se similaridades no
fluxo de atendimento e divergências. Afim de estabelecer um modelo padrão para o
atendimento em todas as unidades e poder, assim, sistematizar as informações para
54

um modelo teórico de sistema informatizado, fez-se necessário apresentar para a


coordenadora da Saúde da Mulher do município as similaridades e divergências
encontradas e, assim, determinar um fluxo de informações e atendimento
padronizados, já que o município não possui até o momento um protocolo para o
atendimento pré-natal estabelecido.
As similaridades nos fluxos foram:
• Toda mulher que suspeita estar grávida, ao chegar na unidade e ser atendida
pela recepção, é acolhida pela enfermagem (técnico/auxiliar/enfermeiro) e o
enfermeiro solicita via manuscrita um exame de βHCG para confirmar a
suspeita de gravidez. A mulher se dirige ao laboratório conveniado do
município e realiza a coleta do material biológico. A mesma retorna ao
laboratório para pegar o resultado do exame e, se for positivo para gravidez,
encaminha-se para a unidade de referência para o processo de cadastro no
SISPRENATAL.
• Retornado, com o resultado positivo do βHCG em mãos, a grávida é
atendida pelo profissional da recepção da unidade e, este realiza o
agendamento da primeira consulta de pré-natal. No dia da consulta, de
preferência até o 120°dia gestacional, a gestante passa por uma pré-consulta.
Na sala de pré-consulta os técnicos/auxiliares de enfermagem aferem a
pressão arterial, peso, altura e registram se há alguma queixa. Na primeira
consulta de pré-natal, de preferência realizada pelo enfermeiro, são abertos
registros referentes à assistência prestada, são eles: Ficha de Cadastramento
da Gestante, Carteirinha da Gestante, Número na pasta do SISPRENATAL e
o prontuário é arquivado em separado dos demais pacientes. Nesta consulta
são preenchidos alguns dados referentes à primeira consulta, o enfermeiro
realiza as orientações em saúde e o pedido da primeira bateria de exames,
encaminhamento para realizar a imunização antitetânica, se necessário, e
marca a próxima consulta de pré-natal com o médico bem como a consulta
para realização de coleta de preventivo. A segunda e demais consultas são
realizadas por médicos, nelas são solicitadas as demais baterias de exames,
a classificação do risco gestacional, embora não seja registrada em
prontuário, é uma prática realizada, já que, devem ser atendidas em unidades
55

básicas apenas gestantes de baixo risco gestacional. A consulta de pós-parto,


de preferência até o 42° dia após o parto, é realizada pelo médico e nela o
profissional prescreve anticoncepcionais e demais medicações, também são
fechados os registros na pasta do SISPRENATAL, o prontuário volta para o
arquivo comum e a carteirinha da gestante é finalizada.
Estes fluxos estão representados nas figuras a seguir:

FIGURA 1 – FLUXO DE SUSPEITA DE GRAVIDEZ EM COMUM ÀS UNIDADES-PILOTO


FONTE: O autor (2010)

FIGURA 2 – FLUXO DE CONFIRMAÇÃO DE GRAVIDEZ EM COMUM ÀS UNIDADES-PILOTO


FONTE: O autor (2010)
56

Os relatórios contendo dados e informações relacionados à assistência pré-


natal que cada unidade deve enviar à Secretaria Municipal, via malote, estão
apresentados na figura a seguir. Ela contempla que departamento da SMS deve
receber o relatório, que relatório deve ser encaminhado e sua frequência de envio.

FIGURA 3 – RELATÓRIOS DAS UNIDADES PARA A SMS EM COMUM ÀS UNIDADES-PILOTO


FONTE: O autor (2010)

Os registros de procedimentos técnicos como altura uterina, apresentação,


BCF, edema, idade gestacional, pressão arterial, peso, DUM, DPP, parto, pós-parto
são dados que devem estar registrados em todos os prontuários e em registros que
possuem esses campos para preenchimento, pois são informações importantes que
impactam no acompanhamento da gravidez.
Quanto aos registros de informações sobre a identificação das pacientes como
nome, número do SIS, idade, endereço e telefone todas as unidades registram em
prontuário, ficha de cadastramento da gestante e na pasta do SISPRENATAL porque
são dados de preenchimento obrigatório. Sem eles seria impossível identificar as
gestantes. No entanto, dados socioeconômicos, grau de instrução,
profissão/ocupação, e estado civil que têm campos próprios no prontuário para
serem preenchidos, não tem sido registrados. Isso impede reconhecer, dentre as
gestantes atendidas, as necessidades socioeconômicas que influenciam na adesão
57

da gestante ao programa e o acompanhamento do pré-natal completo.


Os resultados de exames laboratoriais são anotados apenas na carteirinha da
gestante, no prontuário apenas a data em que ela trouxe os resultados para o
médico. Saber o histórico gestacional de exames laboratoriais realizados pela
mulher fica impossível, se ela perder ou extraviar essa carteirinha. E é o que
acontece também com os registros de exame colpocitológico, de mama e a
classificação do risco gestacional que são registrados apenas quando há alterações,
quando estão fora dos padrões de normalidade. Esta negligência em anotar tais
dados pode prejudicar na avaliação do risco gestacional da gestante, já que,
entende-se que se não foi registrado, não foi avaliado e são comprovantes legais do
atendimento que foi realizado.
Visto que são estabelecimentos em saúde que têm características singulares,
nem todos os dados se mostram iguais na coleta de dados. Suas especificidades
serão levadas em conta na contemplação do sistema, porém há rotinas que devem
ser seguidas por todos os estabelecimentos de saúde que possuem o mesmo
programa de atenção pré-natal por determinação do Ministério da Saúde,
estabelecidas por protocolos e, que não são realizadas de uma forma padronizada.
Para estabelecer um modelo informatizado, deve existir um fluxo funcional e efetivo
e, afim de atingir este fluxo, foram agrupados, na figura a seguir, algumas
divergências de fluxo para serem discutidas com a coordenadora e que necessitam
de adequação. As divergências são: haver ou não dia e horários específicos na
unidade para cadastramento das gestantes no SISPRENATAL, repetir ou não o
exame de βHCG caso o primeiro resultado for apresentado negativo, total de
consultas de pré-natal que a gestante deve realizar, total de baterias de exames que
a gestante deve realizar, quem realiza o acolhimento na primeira consulta, qual a
frequência das atividades educativas às gestantes e quais as atribuições de cada
categoria profissional na atenção pré-natal.
58

FIGURA 4 – DIVERGÊCIAS DE FLUXOS ENTRE AS UNIDADES-PILOTO


FONTE: O autor (2010)

4.4 Terceira Etapa: grupo focal


Considerando as discordâncias evidenciadas em sete questões do
instrumento de entrevista aplicadas em três unidades-piloto, foram realizadas três
reuniões de grupo focal com objetivo de discuti-las e encontrar consenso entre os
enfermeiros coordenadores de todas as unidades de saúde de Colombo. As
questões divergentes foram novamente questionadas aos três grupos e as respostas
foram gravadas, após livre consentimento de todos participantes. A transcrição
ocorreu após inúmeras escutas das gravações para garantir o exato conteúdo
emitido. As respostas foram analisadas segundo a metodologia para análise de
conteúdo de Bardin (1994), foram agrupadas segundo suas respectivas perguntas e
para garantir o sigilo dos participantes, as opiniões relevantes ao estudo foram
denominadas com letras alfabéticas.
Em seguida serão apresentados os resultados das reuniões de grupo focal,
agrupadas de acordo com as perguntas disparadoras.
• A gestante deve ter dia e horário específicos para ser cadastrada no SIS?
59

Esta pergunta foi pertinente à pesquisa para saber se necessita de um


espaço no sistema informatizado para agendamento específico de cadastro.
Ter dia e horário específicos para cadastramento de gestantes no
SISPRENATAL pode ocasionar a perda de um cadastro de uma mulher que, por
exemplo, resida longe da unidade de referência ou trabalhe nos dias que a US
disponibiliza. A preocupação com esse tipo de gestante pode ser observada na fala
da enfermeira I:

'Se ela for 2, 3 vezes lá, e não encontrar você, você perde essa gestante,
ela não volta mais.' (Enfermeira I)

Porém, dentre todas as respostas dos participantes, chegou-se a conclusão


de que, havendo dia e horário específicos para cadastramento é possível uma
organização na unidade quanto a espaço físico, demanda de atividades e
distribuição de serviço aos profissionais presentes no dia de trabalho.
Muitas unidades atendem um grande volume populacional, tanto as básicas
como as com ESF, e, por inúmeras vezes, há falta de espaço físico para
atendimento adequado aos programas. Segundo a enfermeira N, ter dias e horários
específicos de cadastramento em cada unidade poderá facilitar, principalmente,
quando não há consultórios disponíveis.

'A gente sofre com a falta de consultórios. O médico sai pra visita, temos
que aproveitar o consultório.' (Enfermeira N)

Dentre as falas transcritas quando realizada esta pergunta, uma enfermeira


comentou o que ela faz, e que serve de sugestão para os demais colegas, para
garantir que a mulher que realiza o cadastro na unidade tenha o acompanhamento
até o final da gestação:

'Geralmente elas passam, deixam o nome e até a data do agendamento eu


peço para o agente comunitário confirmar o endereço. Porque tem gente
que vem de fora e diz que mora na área, e quer fazer o SISPRENATAL ali,
eu até falo, a consulta pode ser feita aqui, mas o SISPRENATAL não, se
não for nessa área. Depois eu sou cobrada e eu não localizo as gestantes.'
(Enfermeira G)

• Se o resultado do TIG/βHCG for negativo, deve-se repetir o exame?


60

Esta pergunta foi de grande interesse para a pesquisa porque o manual do


MS orienta para que o exame seja repetido e, como há unidade que não solicita,
surgiu a dúvida.
A maioria dos participantes citou que se persistir amenorréia, encaminham a
mulher para consulta médica, sem repetir o exame, como declarado na fala da
enfermeira P:

'Se não vier a menstruação nesse período, eu oriento a consulta médica.'


(Enfermeira P)

A solicitação de outro exame confirmatório de gravidez está a cargo do


médico responsável pelo atendimento da mulher na unidade, conforme a fala da
enfermeira G:

'Pergunto pra saber se tem outra alteração, algum atraso menstrual, alguma
outra coisa, tem que investigar. Se o médico descartou o beta, fica por
conta dele solicitar outro beta e avaliar.' (Enfermeira G)

• Quantas consultas de pré-natal, no total, a gestante deve realizar?


Haver ou não um número determinado de consultas para pré-natal estabelece
uma sequência numeral lógica e com necessidade de agendamento, em um sistema
informatizado. O MS determina que sejam realizadas no mínimo seis consultas mas,
o total de consultas o município deve determinar.
Na pasta de registro das consultas para lançamento no Programa do
SISPRENATAL, há espaço para dez consultas. Mas, este número por vezes é
ultrapassado e as consultas realizadas além deste número, não são registradas.
Isso fica evidenta na fala da enfermeira H:

'No mínimo seis né, mas se for pensar numa gravidez que ela comece do
início do pré-natal mesmo, que ela, que a menstruação já foi, falta espaço
na pastinha do SISPRENATAL.' (Enfermeira H)

Além disso, o programa do SISPRENATAL não aceita o registro de consultas


com intervalo menor do que de quinze dias. Portanto, cabe à gestão de saúde
municipal determinar quantas consultas poderão ou deverão ser realizadas.
• Quantas baterias de exames laboratoriais a gestante deve realizar no total? E
61

quando devem ser solicitadas?


Identificar a quantidade e quando devem ser solicitadas as baterias de
exames é de suma importância para planejar como o sistema poderá produzir as
informações sobre quantas mulheres realizaram os exames, quantas ainda devem
realizar, quem precisa ser avisada sobre um exame em atraso, etc.
Apesar de o MS recomendar duas baterias de exames, o município implantou
neste ano a terceira bateria. Embora muitos ainda não solicitem, a resposta é clara:

'Seria no primeiro trimestre, na primeira consulta e no segundo trimestre na


segunda e a terceira, no terceiro trimestre.' (Enfermeira G)

Uma sugestão foi dada: para que além destas baterias de rotina, haja um
local para registro de demais exames laboratoriais solicitados pelos médicos no
sistema informatizado:

'Até um espaço para que sejam colocadas mais, porque a gestante, mesmo
com as 3 baterias de exame, mesmo quando há uma queixa assim de que
aconteceu alguma coisa, o médico pede parcial toda semana, se precisar
eles pedem.' (Enfermeira J)

• Quem deve realizar o acolhimento na primeira consulta Pré-Natal?


Este acolhimento entende-se pela escuta do usuário em suas queixas e na
responsabilização pela resolução. Faz-se importante saber quem o realiza pois,
algumas decisões que cabem apenas a enfermeiros, por exemplo, podem ser
apresentadas na tela do computador. Embora todos reconheçam que o enfermeiro
desempenha melhor esta atividade e que ela pode ser realizada por outros
profissionais, a sobrecarga de trabalho muitas vezes faz com que técnicos e
auxiliares sejam treinados para atender às demandas, conforme a fala do enfermeiro
R:

'Na básica o trabalho é supervisionado, porque não tem como você abraçar
a parte administrativa e a parte assistencial. Nas férias, […], fecha a agenda
mas, quando não estou, o cadastro quem preenche é o técnico e daí eu
termino de fazer as orientações e peço a bateria de exames.' (Enfermeiro R)

• Quais as atribuições de cada categoria profissional na assistência pré-natal?


A fim de determinar um limite de acesso às informações contidas no sistema
62

informatizado, primeiro é preciso conhecer as atribuições de cada profissional que


irá desenvolver qualquer atividade de pré-natal para depois atribuir funções a eles
no sistema.
Quanto as atribuições do médico, foram citadas nos três grupos a prescrição
de medicamentos, coleta de preventivos, diagnósticos para avaliação de risco
gestacional e a consulta pós-parto. Os profissionais tentam atrelar a consulta de
pós-parto à liberação de anticoncepcionais. Confirmado na fala:

'A consulta de pós-parto deve ser realizada por ele principalmente por
causa dos anticoncepcionais.' (Enfermeira L)

Aos enfermeiros, segundo os grupos, compete realizar os preventivos, a


primeira consulta de pré-natal, o pedido da primeira bateria, orientações gerais sobre
a gestação e as oficinas de educação em saúde às gestantes.
Duas sugestões foram dadas para inclusão no sistema e no protocolo:
adicionar uma consulta de enfermagem no acompanhamento da gestante e
liberação para o enfermeiro solicitar a primeira ecografia. Como podem ser
observados na fala dos enfermeiros L e S, respectivamente:

'Colocar a segunda consulta de enfermagem seria interessante, mas como


se fosse do médico, ou retirar uma do médico e colocar a nossa.'
(Enfermeira L)

'Pedir a ecografia pelo menos na primeira consulta, porque demora pra


chegar a primeira eco.' (Enfermeira S)

Para os auxiliares e técnicos de enfermagem, além de realizar a pré-consulta,


participação nas oficinas de gestantes, imunização, e visita ás mulheres em
domicílio quando necessário. Eles podem ser treinados por um enfermeiro para
realizar o cadastro no SISPRENATAL. Isto pode ser confirmado na fala da
enfermeira Q:

'Eu tenho uma técnica treinada, ela faz o cadastro de gestantes. A gestante
chega lá, ela faz, preenche todo o cadastro e ela orienta: olha, daqui a 15
dias você vai passar por uma consulta com o médico mas, eu te peço que
retorne amanhã pra receber uma orientação e conversar com a enfermeira.
[...]. Quando ela volta pra fazer a consulta comigo, que eu vou pedir os
exames, daí eu encaminho pra consulta com médico.' (Enfermeira Q)
63

Enfim, cabe aos agentes comunitários de saúde atualizar os endereços das


gestantes, realizar busca ativa das gestantes faltosas, acompanhar mensalmente se
a gestante está comparecendo às consultas e registrar tudo em ficha específica de
visita. Como sugestão, a enfermeira L opinou:

'Confirmar o endereço.' (Enfermeira L)

• Existe um calendário/ frequência para realização das atividades educativas à


gestante?
Ao serem questionados sobre as atividades educativas, os participantes
expuseram diversas opiniões. Dentre os que não programam um calendário, a
enfermeira F justificou:

'Como as gestantes, na sua maioria, trabalha, ela não pode vir duas vezes
ao mês. Daí ela já volta pra consulta, daí já vem na oficina […] a gente
marca pra ela chegar meia hora antes, daí a gente faz as palestras, passo o
vídeo educativo, antes da consulta.' (Enfermeira F)

Já os que realizam uma programação com calendário e frequência regular, as


respostas foram basicamente:

'O calendário é anual. E todo mês tem que mandar um convite.' (Enfermeiro
S)

'Uma vez por mês, antes da consulta médica.' (Enfermeira M)

4.5 Quarta Etapa – Sistematização de dados e informações para a


Atenção Pré-Natal
Considerando as informações obtidas na pesquisa documental, nas
entrevistas com as coordenadoras na pesquisa de campo e as questões discutidas
no grupo focal, foram desenvolvidas telas simbólicas, exemplificando um modelo
sistemático informatizado para registros de dados e informações da atenção pré-
natal a serem preenchidos pelos profissionais na atenção básica. As telas foram
produzidas utilizando o programa Adobe Flex Builder 3.
Tendo em vista os problemas encontrados nesta e em outras pesquisas sobre
64

os registros, ao desenvolver as telas o objetivo principal foi tentar englobar as


informações mais importantes a serem registradas e com praticidade para os
usuários do sistema no momento do uso. Informações que necessitam de uma
aprovação e decisão da gestão municipal, não foram adicionadas ao sistema mas,
futuramente, após elaboração de um protocolo de atendimento à gestante, poderão
ser acrescentadas.
Ao planejar como os registros deveriam ser realizados, determinou-se que
cada profissional, que trabalha nas UBS e que possui dados da gestante a serem
repassados ao sistema (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem,
dentistas, auxiliares e técnicos de higiene bucal, nutricionistas e agentes
comunitários), será cadastrado em um banco de dados central na SMS e poderá
acessar algumas informações registradas no prontuário das pacientes e no sistema,
sendo outras restritas a alguns acessos. Vale lembrar que, sempre que há a adição
de algum dado nas telas, para serem guardadas, deverão ser salvas sempre ao fim
de cada consulta. Cada consulta poderá ser impressa, após ser salva e, seu
conteúdo será impresso na forma de texto corrido separado por subtítulos, conforme
o posicionamento na tela.
A apresentação das telas está dividida por tópicos, são eles: o prontuário na
UBS, a busca de prontuários, pré-consulta, primeira consulta de pré-natal, segunda
e demais consultas de pré-natal, consulta pós-parto, exames e consulta de
preventivo.
• O prontuário na UBS
O prontuário contém todas as informações pessoais de cadastro da paciente
na unidade e todos os registros dos profissionais que realizaram algum
procedimento/ consulta/ visita à paciente. As informações indicadas a seguir são as
que aparecerão na tela de preenchimento do prontuário mas, quando o mesmo é
solicitado para visualização, a tela será apenas dos dados preenchidos na tela de
preenchimento.
Já que há a possibilidade de integrar todos os cadastros em um único banco
de central, que permite registros de consultas realizadas fora da unidade de
referência, o prontuário da paciente deverá conter:
• Dados da Unidade de Saúde com UF, CNES, Nome, Código do Município e
65

Município;
• Dados na Unidade de Saúde com Número do Prontuário, Número de Cartão
SUS, Área, Micro-área, Médico Responsável, Enfermeiro Responsável e ACS
Responsável;
• Dados Pessoais com Nome completo, filiação, sexo, Naturalidade, Raça/Cor
(Branca, Parda, Preta, Amarela, Indígena), Estado Civil, RG, CPF, Data de
Nascimento, Idade, Nome do Cônjuge e/ou Responsável, Escolaridade
(Analfabeta, Ensino Fundamental Incompleto/Completo, Ensino Médio
Incompleto/Completo, Ensino Superior Incompleto/Completo);
• Dados Residenciais com Endereço Completo, Bairro, Cidade, CEP, Telefone
Residencial e Celular com DDD;
• Histórico Pessoal, se houver alguma das opções, com Tabagismo, Etilismo,
hipertensão arterial, doença de chagas, diabetes mellitus, anemias, distúrbios
nutricionais, epilepsia, hipotiroidismo, hipertiroidismo, malária, rubéola,
hanseníase, tuberculose, HIV, infecção do tato urinário, transfusões
sanguíneas, câncer de mama, câncer de colo uterino, cardiopatias, doenças
renais, deficiência de nutrientes, endocrinopatias, hepatite, doenças
infecciosas, doenças neurológicas e psiquiátricas, cirurgia anterior, alergias,
drogas ilícitas e outros. (Informações podem ser preenchidas
automaticamente pelo sistema após informadas novas marcações durante as
consultas);
• Histórico Obstétrico com número de Gestações, Partos Normais, Cesáreas,
Abortos e Filhos Vivos. (Estas informações serão preenchidas
automaticamente pelo sistema após informadas nas consultas);
• Histórico Ginecológico com data da menarca e coitarca, data do último
preventivo e uso de anticoncepcionais. (Estas informações serão preenchidas
automaticamente pelo sistema após informadas em registros mais recentes,
como a consulta mais recente de pré-natal ou de preventivo, por exemplo);
• Imunização com data da imunização antitetânica ou a última dose recebida.
(Estas informações poderão ser preenchidas automaticamente pelo sistema
se houver computador na sala de vacinas com sistema de registro de
imunizações) e,
66

• Registros dos Profissionais com informações de cada profissional que realizar


algum atendimento à gestante. As informações que ele editou serão salvas
em um campo específico no no prontuário do sistema e serão organizadas,
de acordo com a data do atendimento e o profissional que o realizou.
Observação! As telas foram desenvolvidas de acordo com as consultas, não
de acordo com a categoria profissional. Todo profissional terá seu login no sistema
(que contém informações sobre Nome do profissional, categoria e registro em Órgão
de Classe) e, em cada consulta salva, nela estão automaticamente embutidas as
informações sobre o profissional que realizou o atendimento junto com os dados da
consulta prestada. Cada login dá permissão de acesso às informações do prontuário
de acordo com o quadro a seguir:

CATEGORIA PROFISSIONAL PERMISSÃO NO PRONTUÁRIO


Médico, Enfermeiro, Dentista, Nutricionista, ver todos os registros de todos os profissionais e
Técnico/Auxiliar de enfermegem/higiene bucal editar apenas seus registros

ver, criar e atualizar registros de dados e


ACS informações de acompanhamento das pacientes
que realizou
QUADRO 15 – PERMISSÕES DE ACESSO AO PRONTUÁRIO SEGUNDO A CATEGORIA
PROFISSIONAL
FONTE: O autor (2010)

Sendo assim, as figuras a seguir ilustram a tela de Preenchimento do


Prontuário das Gestantes nas UBS:
67

FIGURA 5 – TELA DE PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO DAS GESTANTES NAS UBS (DADOS


DA UBS E DADOS NA UBS)
FONTE: O autor (2010)

FIGURA 6 – TELA DE PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO DAS GESTANTES NAS UBS (DADOS


PESSOAIS)
FONTE: O autor (2010)
68

FIGURA 7 – TELA DE PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO DAS GESTANTES NAS UBS (DADOS


RESIDENCIAIS)
FONTE: O autor (2010)
69

FIGURA 8 – TELA DE PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO DAS GESTANTES NAS UBS


(HISTÓRICO PESSOAL)
FONTE: O autor (2010)
70

FIGURA 9 – TELA DE PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO DAS GESTANTES NAS UBS


(HISTÓRICO OBSTÉTRICO E HISTÓRICO GINECOLÓGICO)
FONTE: O autor (2010)
71

FIGURA 10 – TELA DE PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO DAS GESTANTES NAS UBS


(REGISTRO DE MÉDICOS, ENFERMEIRO, TÉCNICO/AUXILIAR DE ENFERMAGEM, DENTISTA E
TÉCNICO/AUXILIAR BUCAL)
FONTE: O autor (2010)

FIGURA 11 – TELA DE PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO DAS GESTANTES NAS UBS


(REGISTRO DE NUTRICIONISTA, ACS E OUTROS)
FONTE: O autor (2010)
72

• A busca de prontuários
Com a vinculação da paciente na UBS e no SISPRENATAL, todo profissional
que desejar abrir qualquer tipo de registro de alguma paciente para visualizar ou
editar, poderá realizar indicando o nome, o número do prontuário ou o número do
SISPRENATAL da paciente, conforme a figura abaixo:

FIGURA 12 – TELA DE BUSCA


FONTE: O autor (2010)

• Pré-consulta
É o atendimento realizado por técnicos ou auxiliares de enfermagem que
realizam uma pré-avaliação às consultas médicas e de enfermagem, registrando
pressão arterial, peso, altura, temperatura e motivo da consulta de cada paciente,
conforme indicado na figura a seguir:
73

FIGURA 13 – TELA DE PRÉ-CONSULTA


FONTE: O autor (2010)

• Primeira consulta de pré-natal


É a primeira consulta de acompanhamento pré-natal, realizada pela
enfermeira, em que, de preferência, devem começar até os 120 primeiros dias de
gestação. Nela, a gestante é cadastrada no SISPRENATAL, de acordo com ficha de
cadastramento da gestante (ANEXO 1), e o número do SISPRENATAL será o
mesmo até o final da gestação servindo, também, de identificação da mulher no pré-
natal. Nesta consulta são solicitadas a primeira bateria de exames, a primeira
ultrassonografia e o exame colpocitológico (preventivo) do colo de útero, se
necessário. A tela referente aos exames será apresentada no tópico Exames.
Nas telas, apresentadas a seguir, aparecerão todos os dados a serem
preenchidos obrigatoriamente na primeira consulta. Os dados registrados na pré-
consulta serão automaticamente transferidos para o início da tela de primeira
consulta e, o IMC será calculado automaticamente a partir do peso e altura
informados na pré-consulta, definindo se a mulher está com baixo peso, peso
adequado ou sobrepeso.
A Idade Gestacional (IG) e a Data Provável do Parto (DPP) são calculadas
automaticamente quando informada a Data da Última Menstruação (DUM), sendo
74

ela informada com certeza ou dúvida por parte da gestante, relacionado com o dia
da consulta e informará, também, com quantos dias de gestação a gestante iniciou o
pré-natal.

FIGURA 14 – TELA DE PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL (DADOS DA PRÉCONSULTA )


FONTE: O autor (2010)

A Altura Uterina (AU) e os Batimentos Cardio-Fetais (BCF) na primeira


consulta normalmente são imensuráveis no exame físico, até a vigésima semana de
gestação. Porém, como há gestantes que iniciam o pré-natal tardiamente, há
necessidade de campos para esses procedimentos técnicos que deverão ser
preenchidos de acordo com os valores correspondentes.
Quanto aos antecedentes obstétricos, o (a) enfermeiro (a) deverá preencher
os campos de acordo com números de quantidade de gestações, partos normais,
cesáreas, abortos, utilização de isoimunização Rh, mortes neonatais, precoces ou
tardias e natimortos. Há, também, campos para relatos de complicações em
gestações anteriores ou puerpérios e histórico de aleitamentos anteriores, que
permitem prever a possibilidade da mãe não amamentar o bebê por nascer.
Estes dados poderão ser registrados na tela seguinte:
75

FIGURA 15 – TELA DE PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL


FONTE: O autor (2010)

Sobre a gestação atual, sinais e sintomas, hábitos alimentares e


medicamentos, poderão ser descritos em campos abertos para texto livre. Hábitos
como uso de álcool, fumo e drogas ilícitas poderão ser checados em espaços
específicos, bem como se a ocupação habitual envolve esforço físico intenso,
exposição à agentes químicos ou físicos potencialmente nocivos e estresse. E, se a
atual gravidez foi aceita pela mulher, pelos familiares e pelo parceiro, como mostram
as duas figuras a seguir:
76

FIGURA 16 – TELA DE PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL (GESTAÇÃO ATUAL)


FONTE: O autor (2010)

FIGURA 17 – TELA DE PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL (OCUPAÇÃO HABITUAL)


FONTE: O autor (2010)
77

Ao registrar os Antecedentes Pessoais, são consideradas todos dados de


doenças e informações de saúde conhecidas pela gestante até o momento, como:
hipertensão arterial crônica, cardiopatias, doença de chagas, diabetes mellitus,
doenças renais cronicas, anemias e deficiência de nutrientes específicos, distúrbios
nutricionais (como desnutrição, baixo peso, sobrepeso e obesidade), epilepsia,
doença da tireoide e endocrinopatias, malária, viroses (como rubéola e hepatite),
alergias, hanseníase, tuberculose, doenças infecciosas, HIV, infecção do tato
urinário, doenças neurológicas e psiquiátricas, cirurgia anterior e uso de transfusões
sanguíneas. Os campos devem ser assinalados de acordo com as figuras a seguir e,
ao final, há um campo aberto para texto para adicionar especificações e
observações.

FIGURA 18 – TELA DE PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL (ANTECEDENTES PESSOAIS 1)


FONTE: O autor (2010)
78

FIGURA 19 – TELA DE PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL (ANTECEDENTES PESSOAIS 2)


FONTE: O autor (2010)

Os registros sobre a sexualidade são melhor explorados na consulta de


preventivo. Durante a consulta de pré-natal, os dados a serem registrados referem-
se a presença ou não de dispareunia, prática sexual na gestação atual ou em
anteriores com campo aberto para texto livre para considerações sobre o assunto e
uso ou não de preservativos, que sugere orientações para o uso a fim de prevenir
infecções urinárias no período gestacional.
No campo de Antecedentes Familiares, estão posicionadas situações cuja
instalação em familiares próximos possam de alguma forma interferir em uma
gestação e que devem ser observadas, como: hipertensão arterial, diabetes mellitus,
doenças congênitas, gemelaridade, câncer de mama ou de colo uterino, hanseníase,
tuberculose, doença de chagas e parceiro com HIV. Pode-se adicionar outras
considerações e observações na caixa aberta para texto livre, como mostra a figura
a seguir:
79

FIGURA 20 – TELA DE PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL (SEXUALIDADE)


FONTE: O autor (2010)

FIGURA 21 – TELA DE PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL (ANTECEDENTES FAMILIARES)


FONTE: O autor (2010)
80

O exame físico da gestante pode ser registrado em texto corrido nas caixas
específicas, conforme a figura a seguir. Nela são possíveis realizar, também,
marcações sobre a situação e apresentação fetal, caso seja possível a palpação e a
situação da imunização anti-tetânica da gestante.

FIGURA 22 – TELA DE PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL (EXAME FÍSICO E IMUNIZAÇÃO)


FONTE: O autor (2010)

• Segunda e demais consultas de pré-natal


Durante a segunda consulta de pré-natal e nas demais, o profissional
rebeberá na tela os dados da pré-consulta, a DUM informada na primeira consulta e
relacionada à ela, a DPP e IG. A partir da segunda vez que há a aferição de dados
como AU, IMC e peso, pode-se traçar nos gráficos, fornecidos pelo MS, respectivos
traçados de acompanhamento. O próprio sistema traçará os pontos de acordo com
os dados informados e, assim, permitirá a avaliação clínica no percurso da gravidez.
As telas estão exemplificadas a seguir:
81

FIGURA 23 – TELA DE SEGUNDA E DEMAIS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL (DADOS DA


PRECONSULTA)
FONTE: O autor (2010)

FIGURA 24 – TELA DE SEGUNDA E DEMAIS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL (GRÁFICO DE AU)


FONTE: O autor (2010)
82

FIGURA 25 – TELA DE SEGUNDA E DEMAIS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL (GRÁFICO DE IMC E


DE PESO)
FONTE: O autor (2010)

Tudo que foi marcado em antecedentes pessoais na primeira consulta pode


ser listado no espaço de Listas de Doenças. A partir da análise clínica, o médico
determinará o Risco Gestacional que, a partir disso, se necessário, poderá
encaminhar a gestante para realizar o acompanhamento em outro serviço de saúde.
O exame físico, prescrições e observações podem ser registrados em campos
específicos, como mostra a figura a seguir:
83

FIGURA 26 – TELA DE SEGUNDA E DEMAIS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL (LISTA DE DOENÇAS,


EXAME FÍSICO E CLASSIFICAÇÃO DO RG)
FONTE: O autor (2010)

• Consulta pós-parto
É a consulta com até 42 dias, de preferência, após o parto. Aqui são
registrados pelo médicos todos os dados do parto como data, tipo e intercorrências
(febre, hemorragia, hipertensão, diabetes, convulsões, sensibilização Rh e outros),
quantidade e sexo dos neonatos, medicamentos em uso (ferro, ácido fólico, vitamina
A e outros). Há, também, campos abertos para texto livre para descrição das
condições de aleitamento e mamas, sono, alimentação e atividades, dor, queixas
urinárias e febre, condições de episiotomia e lóquios, psicoemocionais,
planejamento familiar, exame físico, prescrição, se haverá prescrição de 40mg/dia
de ferro elementar, e campo para observações e orientações dadas à gestante.
Todos esses dados serão editados conforme as telas de consulta pós-parto, a
seguir:
84

FIGURA 27 – TELA DE CONSULTA PÓS-PARTO 1


FONTE: O autor (2010)

FIGURA 28 – TELA DE CONSULTA PÓS-PARTO 2


FONTE: O autor (2010)
85

• Exames
O total de baterias de exames laboratoriais segundo o MS são duas porém, o
município está implantando a terceira, segundo os dados coletados anteriormente.
Sendo assim, a tela a seguir ilustra os pedidos das três baterias, segundo o trimestre
gestacional e espaço para outros que a gestante necessitar e, os exames de
imagem e diagnóstico complementares bem como o resultado correspondente a
cada exame.
Ao solicitar os exames de laboratório e imagem, o sistema imprimirá uma guia
de solicitação que deverá ser carimbada pelo médico ou enfermeiro responsável. Ao
selecionar a opção de exame colpocitológico (ou preventivo), o sistema poderá abrir
a agenda dos profissionais disponíveis para a realização do exame, realizando a
marcação. Tais exames incluem:
• Primeira Rotina de exames laboratoriais ou Primeira Bateria – que deve ser
solicitada na 1ª consulta, inclui Tipagem sanguínea e fator Rh, Parcial de
Urina e Cultura de Urocultura com Contagem de Colônias e Antibiograma,
Hemograma, Glicemia de jejum, Sorologia para Sífilis (VDRL), Sorologia para
HIV (I e II), Sorologia para Toxoplasmose (IgG, IgM) e Hepatite.
• Segunda Rotina de exames laboratoriais ou Segunda Bateria – que deve ser
solicitada por volta da 28 semana de IG ou segundo trimestre de gestação,
inclui Parcial de Urina e Cultura de Urocultura com Contagem de Colônias e
Antibiograma, Hemograma, Teste Oral de Tolerância á Glicose (TOTG),
Sorologia para Sífilis (VDRL), Sorologia para HIV (I e II), Sorologia para
Toxoplasmose (IgG, IgM).
• Terceira Rotina de exames laboratoriais ou Terceira Bateria – que deve ser
solicitada por volta da trigésima quarta semana de IG ou terceiro trimestre de
gestação, inclui Parcial de Urina e Urocultura com Contagem de Colônias e
Antibiograma, Hemograma, Teste Oral de Tolerância á Glicose (TOTG),
Sorologia para Sífilis (VDRL), Sorologia para HIV (I e II).
• Outros Exames – como exames de Imagem (Ultrassonografia,
Cardiotocografia, Dopplerfluxometria, Mamografia e Colpocitológico) e
solicitações de outros exames, com campo aberto.
86

FIGURA 29 – TELA DE SOLICITAÇÃO E RESULTADO DE EXAMES (1ªROTINA)


FONTE: O autor (2010)

FIGURA 30 – TELA DE SOLICITAÇÃO E RESULTADO DE EXAMES (2ªROTINA)


FONTE: O autor (2010)
87

FIGURA 31 – TELA DE SOLICITAÇÃO E RESULTADO DE EXAMES (3ªROTINA)


FONTE: O autor (2010)

Os resultados dos exames poderão ser editados de acordo com a figura a


seguir, registrando a data, o tipo de exame e seu resultado e, que serão alocados,
automaticamente pelo sistema, no espaço Resultados da figura anterior.
88

FIGURA 32 – TELA DE EDITAR E RESULTADOS DE EXAMES


FONTE: O autor (2010)

• Consulta de Preventivo ou Colpocitológico (Papanicolau)


É a consulta em que se realiza o exame colpocitológico para detecção
precoce do câncer de colo uterino e outras alterações. Pode ser realizada por
enfermeiros e médicos e é de obrigatória passagem no pré-natal para as gestantes
que não realizaram o exame no último ano. Já que deve-se preencher uma guia de
requisição do exame que é encaminhada junto com a amostra ao laboratório,
futuramente pode-se imprimir as informações contidas na próxima figura, já que
também contém as informações da guia de requisição do exame fornecida pelo MS,
ou digitar todas as informações na tela e em seguida escrevê-las em manuscrito na
guia. A tela foi desenvolvida para utilização de todas as mulheres na unidade. Se a
solicitação de preventivo vier da consulta de pré-natal, as informações que foram
adicionadas lá serão copiadas para esta tela de consulta.
São componentes de registro nesta consulta o histórico ginecológico
contendo a data da menarca, coitarca, DUM e se a mulher está ou não da
menopausa; o histórico gestacional com números de partos normais, cesáreas e
abortos; opções de métodos anticoncepcionais que podem ser utilizados como
89

preservativos, laqueadura, histerectomia, DIU, parceiro com vasectomia e


anticoncepcionais orais ou injetáveis. Há, também, um campo aberto para descrição
de observações importantes. Todos estão ilustrados nas figuras a seguir:

FIGURA 33 – TELA DE CONSULTA DE PREVENTIVO (HISTÓRICO GINECOLÓGICO E


GESTACIONAL)
FONTE: O autor (2010)
90

FIGURA 34 – TELA DE CONSULTA DE PREVENTIVO (MÉTODO ANTICONCEPCIONAL)


FONTE: O autor (2010)

Quanto às relações sexuais, o profissional poderá registrar dados e


informações no campo aberto para texto de observações. Os dados da anamnese
referem-se a se a mulher já realizou anteriormente este exame e, se sim, há quanto
tempo; se está grávida, a IG aparecerá automaticamente, caso esteja realizando o
pré-natal na unidade da consulta do preventivo, se está na menopausa, se usa
medicações para tratamento e se houve algum sangramento após iniciar a
menopausa; se realizou tratamento radioterápico alguma vez e se houve
sangramento após relações sexuais.
O exame clínico é composto do parecer profissional sobre o colo, na sua
inspeção, se estava normal, ausente, alterado ou não foi visualizado e por sintomas
relatados pela mulher e que serão registrados no campo específico para sintomas.
Tais considerações podem ser observadas nas figuras a seguir:
91

FIGURA 35 – TELA DE CONSULTA DE PREVENTIVO (RELAÇÕES SEXUAIS E ANAMNESE)


FONTE: O autor (2010)

FIGURA 36 – TELA DE CONSULTA DE PREVENTIVO (EXAME CLÍNICO E SINTOMAS)


FONTE: O autor (2010)
92

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Avistando a necessidade do município de Colombo organizar e padronizar a


atenção pré-natal, realizar as quatro etapas desta pesquisa foi de suma importância
para a proposta de sistematização de registros, com vistas à informatização. O
resultado desta pesquisa poderá ser utilizado para padronização, organização,
associar os princípios da humanização dos cuidados aos benefícios da tecnologia da
informação e aumentar o financiamento ao município, além de ser uma alternativa
que facilita o processo de trabalho dos profissionais.
Vale lembrar que o uso de computadores e sistemas informatizados não são
de familiaridade de todos os profissionais e o uso dos recursos computacionais no
processo de trabalho acarretará em um trabalho intenso de educação em serviço,
principalmente para os profissionais graduados há mais de dez anos. Atualmente os
cursos de graduação buscam enfocar a temática de sistemas de informação nos
currículos, o que melhora a qualidade e produtividade no trabalho. Com relação a
este aspecto de formação, especificamente

[…] os enfermeiros precisam estar dotados de habilidades e conhecimentos


necessários para atender as demandas de informação, associadas com a
qualidade da assistência de enfermagem (SANTOS; PAULA; LIMA, 2003,
p.85).

Embora ainda não haja um protocolo de assistência pré-natal estabelecido, a


atenção básica do município deve cumprir critérios mínimos a fim de obter os
incentivos financeiros. Em conformidade com as pesquisas anteriores, a pesquisa de
campo constatou que os registros não são devidamente preenchidos e o fluxo de
informações possui diferenças, o que ficou evidenciado nas três unidades piloto da
pesquisa, e referendado no grupo focal por todos os enfermeiros coordenadores de
unidades. Procedimentos básicos como identificação das gestantes, aferição de
dados antropométricos e classificação de risco gestacional devem ser contemplados
na assistência, porém não estão sendo realizados adequadamente. Com a
sistematização desses registros, há a possibilidade de melhorar organização e
gerenciamento do cuidado, uma vez que no sistema informatizado o seu
93

preenchimento deve ser obrigatório.


A sistematização e padronização dos registros de pré-natal nas unidades
auxiliará, também, as possíveis e futuras pesquisas sobre quaisquer dados
registrados, já que nelas poder-se-á utilizar ferramentas de inteligência artificial,
favorecendo a recuperação e compilação de inúmeros dados ao pesquisador. Essas
ferramentas podem servir também como apoio à tomada de decisão por parte dos
gestores e para o monitoramento da produtividade de serviço prestada.
Essa pode ser uma das grandes vantagens do processo de informatização,
pois registros manuscritos podem se perder facilmente, além de ocorrerem falhas no
armazenamento dos prontuários, o que dificulta a busca para análise e pesquisa. E,
para a enfermagem, o prontuário é um indispensável instrumento para o adequado
serviço prestado ao cuidado dos pacientes. (SANTOS; PAULA; LIMA ,2003).
O grupo focal permitiu à Coordenadora de Saúde da Mulher o
reconhecimento da falta de padronização no atendimento, uma vez que ela esteve
presente em todas as reuniões de grupo. As informações oriundas das reuniões de
grupo focal poderão subsidiar as discussões que já vêm ocorrendo em relação ao
Protocolo de Atenção Pré-natal.
Alguns pontos convergentes nos discursos dos participantes do grupo focal
que poderiam ser seguidos por todas as unidades incluem: determinar em agenda
dia e horário para cadastramento no SISPRENATAL a fim de organizar a demanda
da unidade; encaminhar a gestante com resultado do exame βHCG negativo para
gravidez e que persiste amenorréia ao médico responsável do serviço para
avaliação do quadro; realizar no mínimo seis consultas de pré-natal e no total
quantas a gestante necessitar, embora na ficha de controle do SISPRENATAL
comportem até dez consultas; solicitar três baterias de exames laboratoriais, cada
uma no início de cada trimestre de gestação; o enfermeiro deve preferencialmente
realizar a consulta de acolhimento mas, principalmente em unidades básicas, o
serviço pode ser realizado por técnicos/auxiliares treinados e sob supervisão;
desenvolver atividades de educação em saúde para gestantes mensalmente.
Os dados e informações referentes às atribuições dos profissionais na
assistência pré-natal, relatórios administrativos e fluxos de informações definitivos
deverão ser determinados no protocolo para posterior implementação no sistema. O
94

protocolo de atenção pré-natal no município de Colombo ainda está em fase de


elaboração, e deverá ser considerado para a implantação do sistema informatizado,
de modo a retratar a realidade dos processos de trabalho de todos os profissionais
envolvidos no serviço, contribuindo para a maior adesão dos trabalhadores ao novo
sistema de informação. A importância do serviço estabelecer protocolos de atenção
é corroborada pelo fato de que

[…] naturalmente, o propósito do sistema de informação automatizado é


tornar acessíveis os dados, além de garantir-lhes uma melhor organização.
Mas, para isso, é indispensável que o serviço […] possua normas e rotinas
de trabalho. (SANTOS; PAULA; LIMA , 2003, p.85)

Embora não estejam agrupadas em nenhuma questão do grupo focal, a


coleta de preventivos por enfermeiras foi questionada pelos participantes. Todos os
grupos manifestaram que existe um preconceito em relação a este assunto, e de
que há uma cultura, tanto entre a população como entre alguns profissionais da
saúde, de que “enfermeiros não devem coletar preventivos em gestantes, porque se
futuramente a mulher sofrer um aborto, a culpa será do enfermeiro que realizou a
coleta e, se for o médico, isso não ocorrerá” (SIC). Portanto, é necessário destacar
que, de acordo com a Lei do Exercício Profissional no decreto de número 94.406/87,
é função do enfermeiro, entre outras atividades, realizar a coleta de preventivo. E se
o aborto ocorrer por conta da coleta, seja enfermeiro ou médico, será
responsabilizado. Ainda, o MS não contra-indica a realização do procedimento, pelo
contrário, diz que o exame deve ser realizado anualmente (BRASIL,2006). Agora,
cabe à Gestão do Sistema de Saúde local decidir quem irá realizar tal procedimento
no pré-natal, e incluir a temática em seu projeto de Educação Permanente.
O modelo teórico proposto nesta pesquisa poderia ser elaborado apenas por
profissionais de informática, entretanto, a enfermagem (estudantes, enfermeiros e
professores), pode contribuir com informações relevantes relacionadas ao processo
de trabalho em saúde, tendo em vista a complexidade das ações de enfermagem e
em saúde, do volume de dados e informações clínicos que devem ser registrados, e
a diversidade de sua prática. Sendo assim, a sistematização dos dados para
informatização ora apresentada caracterizou-se em ser prática, isto é, extraiu os
dados e informações necessários à assistência da paciente gestante (SANTOS;
95

PAULA; LIMA ,2003).


Uma sugestão para continuidade da pesquisa é a aplicação e avaliação do
modelo teórico elaborado. Para tal, há a necessidade de modelagem e programação
específicas que os profissionais de informática dominam. Também, requer
planejamento financeiro para equipamentos, software, redes em número e
capacidade suficientes para todas as unidades nas quais se deseja implementar o
sistema. Concomitantemente, não se pode esquecer da inclusão de temas
referentes à informática nas estratégias de Educação Permanente para os
profissionais que irão utilizá-lo. É importante salientar que, em um processo de
informatização,

[…] os recursos humanos envolvidos necessitam estar devidamente


capacitados para criar e operar sistemas, para garantir uma coleta fidedigna
dos dados, o que vai permitir processar e disponibilizar esses dados. Sem
informações, não será possível avaliar e tomar decisões (CARVALHO;
EDUARDO, 1998, p. 93).

Outra sugestão é a aplicação da metodologia utilizada para sistematizar dos


dados referentes à Atenção à Saúde da Criança. O protocolo deste programa foi
instituído recentemente, portanto pode-se constituir um modelo teórico planejado
completo. Pode-se, também, compartilhar dados e informações de recém-natos com
as do pré-natal e puerpério, pois

[…] a prestação de um serviço de boa qualidade no pré-natal, no parto e no


período neonatal precoce permite reduzir os fatores de risco envolvidos no
nascimento e diminuir significativamente as mortes maternas e de recém-
nascidos. Em nível nacional, existem poucos estudos sobre a mortalidade
perinatal,especialmente sobre os aspectos institucionais. A grande
dificuldade é a ausência de um Sistema de Informação adequado. Trata-se
de um sistema simples de coleta, que em nível de município requer poucos
investimentos para sua implementação e, dada sua importância
epidemiológica, não se concebe sua inexistência em nível municipal.
(CARVALHO; EDUARDO, 1998, p. 84)
96

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme pesquisas anteriores, a atenção pré-natal no município de Colombo


necessita de uma organização e padronização ao registrar dados e informações da
atenção pré-natal. Para isso, esta pesquisa teve como principal objetivo sistematizar
os dados e informações referentes à atenção pré-natal como base para o
desenvolvimento de um sistema de informação teórico no município.
A etapa pesquisa documental embasou o que deve-se ter na essência da
atenção pré-natal. O manual técnico do Ministério da Saúde apresenta diretrizes
básicas a serem seguidas pelos municípios, porém cada um deve formular seu
próprio protocolo de atendimento.
A etapa de pesquisa em campo confirmou o que já se sabia: a atenção pré-
natal necessita de intervenções em sua organização. Além disso, serviu para
mapear os registros que são realizados e quanto sua localização para que os dados
sejam melhor organizados e, aproximar a coordenadora do serviço da realidade
presente nas unidades. Por não existir protocolos de atendimento, cada unidade
realiza as atividades conforme a lógica local, havendo algumas divergências nos
fluxos de funcionamento.
As divergências foram discutidas em grupo focal, norteadas por sete questões
disparadoras. Para solucionar como deveriam ser realizadas as atividades
uniformemente pelas unidades e, com isso, auxiliar na construção de um protocolo
de atendimento para a atenção pré-natal foi elaborado um modelo sistemático de
registro das informações do pré-natal.
Visto que para a implementação de um modelo completo necessita de um
protocolo de atenção pré-natal, as pesquisas motivou o desenvolvimento do
protocolo de atenção à saúde da mulher no município.
Para a construção teórica do sistema de informação em saúde, contou-se
com participação de enfermeiros do município e equipes multiprofissional e
interdisciplinares, de acadêmicos e profissionais da área de informática.
A pesquisa terá continuidade no projeto PPSUS, com intuito da validação do
sistema pelos profissionais da saúde e pelos gestores, implementação em unidades
97

piloto e treinamento para utilização do sistema.


A mesma metodologia utilizada nesta pesquisa, poderá ser utilizada para
outros programas do Ministério da Saúde que ainda necessitam de atenção e
reflexão por parte da gestão em saúde municipal.
98

REFERÊNCIAS

BARDIN, I. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições Setenta,1994.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico Pré-Natal e Puerpério - Atenção


Qualificada e Humanizada. Brasília, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde.. Disponível em:


<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/default.cfm>. Acesso em: 09/06/2010.

CARVALHO, A.O; EDUARDO, M. B. P. Sistemas de Informação em Saúde para


Municípios, Série Saúde & Cidadania, 6 v., São Paulo, 1998.

CORTIZO, C.T. Sistemas de Informática e Informação da Atenção Básica do


Sistema Único de Saúde e o Software Livre: possibilidades e perspectivas. 205
p. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Faculdade de Saúde Pública,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

GUIMARÃES, E.M.P; ÉVORA, Y.D.M. Sistema de informação: instrumento para


tomada de decisão no exercício da gerência. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 1, p. 72-80,
jan./abril 2004.

LELES, A.D. Sistema de Informação. Disponível em:


<http://www.sypnet.com.br/content/view/25/2/>. Acesso em: 09/06/2010.

MARQUIS, B.L; HUSTON, C.J. Administração e Liderança em Enfermagem – teoria


e prática. 4 edição Artmed, Porto Alegre, 2005

POLIQUESI,C.B. Avaliação da estrutura, processo e resultados da atenção pré-


natal em quatro unidades de saúde do município de Colombo. 75 p. Monografia
(Graduação em Enfermagem) – Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal
do Paraná, Curitiba, 2009.

SANTOS, S.R; PAULA, A.F.A; LIMA, J.P. O enfermeiro e sua percepção sobre o
sistema manual de registro no prontuário. Rev Latino-americana de Enfermagem,
São Paulo, v.11, n.1, p.80-7, janeiro-fevereiro 2003. Disponível em
<www.eerp.usp.br/rlaenf>. Acesso em: 22/11/2010.
99

SILVA, E. L; MENEZES, E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de


Dissertação. 3. ed. Florianópolis, 2001.

WAGER, K. A. et al. Managing health care information systems: a practical


approach for health care executives. San Francisco: John Wiley & Sons, 2005.
100

APÊNDICES

APÊNDICE 1 - Roteiro de Entrevista com a Coordenação da UBS

IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE DATA:


___/___/___
Nome:______________________________________________________________
Endereço:
_______________________________________________________________
Bairro:________________________________Telefone:_______________________
Responsável pela unidade (formação):___________________________________
TIPO DE UNIDADE INTEGRANTE DO SUS:____________________
A gestante tem dia e horário específicos para ser cadastrada no SIS?
( )Não ( )Sim Qual?_____________________________________

Ao desconfiar que está grávida e ser atendida pela recepção, para onde a mulher é
encaminhada?
( ) consulta com médico
( ) consulta com enfermeiro
( ) atendida informalmente Por quem?_________________
( ) agendamento para retorno
( ) outro Onde?_______________

Para pedido de exame para confirmação da gravidez, é necessário consulta em


agenda com algum profissional?
( ) Não ( ) Sim Qual?__________________

Se o resultado do TIG/βHCG for negativo, repete-se o exame?


( )Não ( )Sim Quando?___________________________

Após 120 dias de gestação a gestante é cadastrada no SIS?


( )Não ( )Sim Como?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Todas as gestantes tem atendimento odontológico garantido?


( )Não ( )Sim Onde?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Todas as gestantes tem atendimento com nutricionista garantido?


( )Não ( )Sim Onde?_______________________________________________

Quantas consultas de pré-natal, no total, a gestante deve realizar?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
101

Quantas baterias de exames laboratoriais a gestante deve realizar no total?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Até quantas consultas o médico realiza por dia? E o enfermeiro? Em quanto tempo
aproximadamente?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Como ocorre o encaixe de consulta? Quanto tempo ela dura?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Você sabe quantas gestantes de risco a unidade possui? Como?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Fluxo da Clientela
Quem realiza o acolhimento na primeira consulta Pré-Natal?
( ) Médico ( ) Enfermeiro ( ) Outro Qual? _______________________
São realizadas visitas domiciliares relativas ao atendimento Pré-Natal?
( )Não ( )Sim Em que situações e por quem?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Vínculo com Maternidade onde será realizado o parto:


Em que momento a gestante é informada sobre em qual maternidade realizará o
parto e, quem presta essa informação?
( ) 1° Consulta de pré-natal ( ) 2° Consulta de pré-natal ( ) Última consulta de pré-
natal ( ) Outro _________________
( ) Médico ( ) Enfermeiro ( ) Outro Qual? _______________________

Recursos humanos:
Quais categorias profissionais que participam da assistência Pré-Natal?
( ) Médico ( ) Enfermeiro ( ) Técnico de Enfermagem ( ) Auxiliar de Enfermagem
( ) Dentista ( ) Nutricionista ( ) Outro Qual? _______________________

Fluxo de Atendimento
Quais as atribuições de cada categoria profissional na assistência pré-natal?
PROFISSIONAIS ATRIBUIÇÕES

No caso de necessidade de atendimento de intercorrências obstétricas e neonatais,


102

qual a conduta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Quando necessário, há referências formais? Para quais ambulatórios? Quais


hospitais/maternidades?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Quem solicita o encaminhamento para outros serviços de apoio diagnóstico e


terapêutico?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Como ocorre a contra-referência? Via telefônica, guia de encaminhamento, etc.?


Descrever.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Educação em Saúde:
São realizadas atividades educativas à gestante?Descreva-as
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Existem grupos de gestantes? Neste caso quantas gestantes participam em média?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Há divisão de grupos por faixa etária?
( ) Não ( ) Sim Qual?___________________________________
Por quem são organizadas as atividades educativas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Quais profissionais participam das mesmas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Existe um calendário/ frequência para realização das mesmas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Como são recrutadas as gestantes para participarem das atividades educativas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Quais os temas abordados durante as mesmas?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Existem problemas/dificuldades para educação em saúde? Quais?
___________________________________________________________________
Acompanhamento Nutricional e Odontológico:
103

Como ocorre o acompanhamento do estado nutricional das gestantes?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Quais profissionais realizam este acompanhamento?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Em caso de distúrbios nutricionais qual a conduta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Como ocorre o acompanhamento odontológico das gestantes?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Quais profissionais realizam este acompanhamento?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Em caso de necessidade de tratamento, qual a conduta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Registros
Quais os instrumentos de registro disponíveis para a Atenção Pré-Natal? Ex.: cartão
da gestante, ficha perinatal, ficha de cadastramento de gestante, mapa de registro
diário.

TIPOS DE REGISTRO
Quem
Tipo de Registro Utilidade?
Registra
104

APÊNDICE 2 - Instrumento de Coleta de Dados dos Registros da Atenção Pré-natal

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Dado de Identificação Registrado Local Não Registrado
Nome
Número SIS
Idade
Cor
Naturalidade
Endereço
Telefone
U.S Referência

DADOS COMPLEMENTARES
Dados Registrado Local Não Registrado
Socioeconômicos
Grau de instrução
Profissão/ocupação
Estado civil/união
Antecedentes Familiares
Antecedentes Pessoais
Antecedentes ginecológicos
Antecedentes obstétricos

EXAMES LABORATORIAIS
HBsAg Sorologia
Exames ABO- Glicemia Urina Testagem
Hemograma VDRL (hepatite Toxoplas
Laboratoriais Rh de jejum Tipo 1 anti-HIV
B) mose
Nenhum
registro
1 vez
registrado
2 vezes
registrado
3 ou mais
vezes
registrado

Onde?
105

IMUNIZAÇÃO

VACINA DUPLA TPO ADULTO


S/N Onde?
(dT)
Imunizada
Não imunizada
Reforço
Sem registro

PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
Não é
Registrada Onde?
registrada
ALTURA UTERINA
APRESENTAÇÃO

BCF

EDEMA

IG

PA

PESO

DUM

DPP

Parto

PP
106

EXAME CITOPATOLÓGICO E DE MAMA


EXAME CITOPATOLÓGICO EXAME DE MAMA

Não registrado

Registrado

Onde?

REGISTRO DE RISCO GESTACIONAL

RISCO GESTACIONAL

Sem risco gestacional


Registrado Não registrado
Com risco gestacional
107

APÊNDICE 3 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

1. Você, responsável técnico pelo serviço, está sendo convidado a participar de


um estudo intitulado “Um Modelo Teórico de Sistema de Informação para a
Atenção Pré-natal no Município de Colombo”. É através das pesquisas
clínicas que ocorrem os avanços importantes em todas as áreas, e sua
participação é fundamental.
2. O objetivo desta pesquisa é sistematizar os dados e informações referentes à
Atenção Pré-Natal como base para o desenvolvimento de um sistema de
informação teórico.
3. Caso você participe da pesquisa, será necessário que responda ás perguntas
de um questionário estruturado ou perguntas do grupo focal para obter
informações a cerca das atividades de Atenção Pré-Natal realizadas sob sua
responsabilidade e/ou supervisão.
4. Sua participação não acarretara qualquer dano, desconforto ou risco pessoal.
5. Contudo os benefícios esperados são: o aprimoramento das atividades e
qualidade da assistência prestada durante o período Pré-Natal no Município
de Colombo, assim como a organização municipal do mesmo.
6. Os pesquisadores Prof.ª Ms.ª Luciana Schleder Gonçalves e Acadêmica
Marcelli Sampaio de Almeida que poderão ser contatadas pelos telefones
3360-7252 (Luciana) e 9917-4257 (Marcelli), são as responsáveis pela
pesquisa e poderão esclarecer eventuais dúvidas a respeito desta.
7. Estão garantidas todas as informações que você queira, antes durante e
depois do estudo.
8. A sua participação neste estudo é voluntária. Contudo, se você não quiser
mais fazer parte da pesquisa poderá solicitar de volta o termo de
consentimento livre esclarecido assinado.
9. A sua entrevista será registrada em folha resposta, respeitando-se
completamente o seu anonimato. Tão logo a pesquisa acabe as mesmas
serão incineradas.
10. Todas as despesas necessárias para a realização da pesquisa não são da
sua responsabilidade.
11. Quando os resultados forem publicados, não aparecerá seu nome, e sim um
código e/ou codinome.

Eu,_________________________________ li o texto acima e compreendi a


natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar. Eu entendi que sou
livre para interromper minha participação no estudo a qualquer momento sem
justificar minha decisão. Eu entendi o que não posso fazer durante o tratamento e
sei que qualquer problema relacionado ao tratamento será tratado sem custos para
mim.
Eu concordo voluntariamente em participar deste estudo.

_________________________________
(Assinatura do sujeito de pesquisa ou responsável legal)
108

ANEXOS

ANEXO 1 – Ficha de Cadastramento da Gestante


109

ANEXO 2 – Carta de Aprovação no Comitê de Ética


110

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