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CONCEITOS, DICAS E TECNICAS

Apostila organizado por Belle Maia


TEXTOS EXTRAÍDOS DA INTERNET
2 Apostila de FOTOGRAFIA

SUMÁRIO
O QUE É EXPOSIÇÃO ............................................................................................................................. 03

ABERTURA DO DIAFRAGMA .................................................................................................................. 04

VELOCIDADE DO OBTURADOR ............................................................................................................. 05

ISO OU ASA .......................................................................................................................................... 06

BALANÇO DE BRANCO .......................................................................................................................... 07

MODOS DE OPERAÇÃO DA CÂMERA .................................................................................................... 08

RAW OU JPG? ...................................................................................................................................... 09

FOCO E PROFUNDIDADE DE CAMPO ..................................................................................................... 10

FOCAGEM AUTOMÁTICA E MANUAL .................................................................................................... 10

DISTÂNCIA FOCAL ................................................................................................................................ 12

COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA ............................................................................................................... 12

COMO ESCOLHER UMA OBJETIVA? ....................................................................................................... 12

COMO USAR O REBATEDOR? ................................................................................................................ 12

COMO INTERPRETAR UMA HISTOGRAMA ............................................................................................ 12

DIFERENÇA ENTRE O PHOTOSHOP E O LIGHTROOM .............................................................................. 21

OS 10 PECADOS DA EDIÇÃO ................................................................................................................. 22

AS 5 VIRTUDES DA EDIÇÃO ................................................................................................................... 24

O QUE É EXPOSIÇÃO?
3 Apostila de FOTOGRAFIA

Exposição se refere à quantidade de luz usada para formar uma fotografia.

Toda vez que vamos fotografar certa quantidade de luz, de acordo com o que tem lá fora, passa pela
lente e chega no sensor ou filme. Cada pedacinho de luz contém um pouco de informação: é a luz refletida
dos objetos que está indo até o nosso olho e, também, até a nossa câmera.

Para nossa câmera criar as imagens estáticas que chamamos de


“fotografia” certa quantidade de luz deve passar pelas lentes por
um tempinho para que possamos reproduzir um momento.
Essa luz não pode ser demais ou nossa foto ficará superexposta
(clara demais). Porém, essa luz também não pode ser de menos ou
nossa foto ficará subexposta (escura demais).
A exposição é baseada em três fatores: abertura do diafragma + velocidade do obturador + ISO
Esses três fatores serão explicados mais adiante. São eles que controlam a luz que será transformada em
imagem.

Como expor corretamente?


As câmeras possuem mecanismos para nos dizer quando a exposição está correta. Nem sempre a
câmera está certa, mas com a experiência podemos nos basear no que ela nos diz para expor exatamente
do jeito que queremos as diferentes situações.
Ao olhar no visor da câmera conseguimos ver uma régua de exposição. Ela nos conta como está a
exposição da nossa imagem com a quantidade de luz que está entrando pelas lentes.
Como essa régua funciona ou se parece depende da sua câmera, mas basicamente ela é assim:

Este pequeno retângulo embaixo mostra a exposição atual da sua imagem. Se ele estiver bem no meio é
porque a sua câmera considera que a cena está bem exposta. Neste caso pode bater a foto, pois a
quantidade exata de luz vai entrar para que criar uma imagem bem exposta.
Se o retângulo estiver mais para a esquerda sua cena está subexposta e se estiver mais para a direita,
superexposta.

 Subexposição:
Uma foto está subexposta quando uma quantidade insuficiente de luz entrou na câmera pelas lentes.
Quando isso acontece vários pontos da imagem ficam pretos: sem informação nenhuma de cor ou
luminosidade.
 Superexposição:
Uma foto está superexposta quando muita luz entrou na câmera. Quando isso acontece vários pontos da
imagem ficam “estourados”: brancos e sem informação nenhuma de cor ou luminosidade.

Modo de medição de exposição


Se sua câmera possuir a configuração do modo de medição de exposição (ou metering mode) é
interessante saber como configurá-lo.
Em situações em que o fundo está muito claro (por exemplo: um fundo branco ou com uma luz direta) é
importante configurar sua câmera para expor somente o que está no “meio” do visor. Assim ela
desconsidera a parte muito clara (ou muito escura) e você tem uma exposição mais correta. De qualquer
forma dê uma olhada no seu manual para maiores detalhes.
4 Apostila de FOTOGRAFIA

ABERTURA DO DIAFRAGMA
O diafragma é um “olho” que abre na hora de tirarmos a foto para que a luz passe. Controlamos
a abertura desse olho para expor corretamente.

A primeira configuração que vamos ver para o controle da quantidade de


luz que entra na nossa câmera (exposição) é a abertura do diafragma.
O diafragma fica na sua lente e se parece com isso:

Quanto maior for a abertura, mais luz entrará pela lente. Quando você está em uma situação de baixa
luminosidade a tendência é usar uma abertura maior, para que o máximo de luz possa entrar, e vice e
versa.

E como eu configuro a abertura?


A abertura do diafragma é medida em um valor “f”. Quando menor esse valor mais aberto está o
diafragma. Cada valor de “f” tem o dobro de área do próximo valor.

Procure no manual da sua câmera a forma de alterar a abertura na hora de tirar as fotos.

A abertura e suas consequências


O uso de diferentes aberturas não só controla a passagem de luz, mas tem como consequência alguns
fatores como menor profundidade de campo e aberrações, dependendo da lente. O principal fator criativo
que devemos observar é a profundidade de campo.
Nas próximas lições você aprenderá mais sobre a profundidade de campo, mas a princípio já vai
lembrando: quando você usa uma abertura maior (valor f mais baixo) a profundidade de campo diminui,
quando você usa uma abertura menor (valor f mais alto) a profundidade de campo aumenta.
Veja o exemplo em fotos:

f1.8 - Várias partes da foto estão “embaçadas” f16 - Todos os elementos estão em foco
5 Apostila de FOTOGRAFIA

VELOCIDADE DO OBTURADOR
A velocidade é a quantidade de tempo que o diafragma ficará aberto expondo o filme ou o
sensor. Quando mais tempo, mais luz entra.

Viu só como a parte técnica da fotografia é fácil? A velocidade é super simples de entender: quando mais
tempo você deixar o diafragma aberto mais luz vai entrar e expor o sensor ou o filme. Se você deixa menos
tempo, menos luz entra.
Como a velocidade de exposição normalmente está em frações de segundo a maioria das câmeras
mostra somente a parte de baixo da fração.
Ou seja: se estou deixando meu sensor ser exposto à luz durante 1/100s a minha câmera vai mostrar
“100”. Quando passamos a lidar com exposições mais longas, de 1 segundo ou mais, a câmera mostra 1’,
2’, 3’ e assim por diante.
Os valores comuns são: 1/8000 s, 1/4000 s, 1/2000 s, 1/1000 s, 1/500 s, 1/250 s, 1/125 s, 1/60 s, 1/30 s, 1/15
s, 1/8 s, 1/4 s, 1/2 s, 1 s, B (de bulb) — Que mantém o obturador aberto enquanto o botão disparador estiver
pressionado.

A velocidade e suas consequências


Assim como a abertura, a velocidade controla a quantidade de luz que chega no sensor – sempre com
consequências que usamos de forma criativa. Algumas delas são:

Congelamento Movimento
Quando usamos uma velocidade alta Quando usamos uma velocidade baixa tudo que
conseguimos captar objetos que estão se está em movimento começa a ficar embaçado.
movimentando como se estivessem parados. Assim conseguimos ter essa impressão de
movimento da cena.

1/250 - Com uma velocidade alta conseguimos ver a água 1/3 - Com uma velocidade baixa temos um efeito de
da cachoeira detalhadamente movimento

Cuidado na hora de apertar o botão: o movimento da


própria câmera pode tremer a imagem em
velocidades mais baixas!
6 Apostila de FOTOGRAFIA

ISO OU ASA
ISO é a sensibilidade do sensor ou do filme. Quanto maior o valor mais sensível é. E quanto mais
sensível mais luz é absorvida.
O último fator que controla a luz de cada exposição é a sensibilidade chamada de “ISO”. Você também
vai escutar alguns chamarem de “ASA”, embora seja uma nomenclatura mais abandonada.
Quanto maior o valor ISO mais sensível será o sensor ou o filme. No geral, quando temos uma situação
de bastante luz deixamos o valor ISO mais baixo para que a foto não fique superexposta. Quando temos
pouca luz deixamos o valor de ISO mais alto para que a foto não fique subexposta.
Os valores de ISO variam muito de câmera para câmera. Você vai encontrar valores de 80 a 3200 e
muitos outros além (também chamados de “alta sensibilidade”).

O ISO e suas consequências


Mais uma vez a mudança desses valores não afeta somente a exposição: no caso do ISO quanto maior o
valor de sensibilidade mais ruído será encontrado no resultado final.
O ruído é uma aberração que deixa a imagem com “pontilhados” de iluminação e cores – deixando a
imagem menos nítida.
Veja exemplos abaixo:

ISO 200 - Imagem limpa e nítida

ISO 3200 - Podemos notar na imagem manchas de iluminação


e cores, o famoso ruído. Principalmente na cor preta.
7 Apostila de FOTOGRAFIA

BALANÇO DE BRANCO
O Balanço de Branco faz com que as cores da nossa foto sejam iguais às cores da realidade,
dependendo da luz que está iluminando nossa cena.
Lembra que no começo contei que a luz bate em tudo que está por aí e reflete nos nossos olhos e na
câmera? Então: o balanço de branco existe porque existem vários tipos de luz por aí. E dependendo da luz
que bate na nossa cena as cores podem ficar diferentes. Isso acontece porque cada tipo de luz tem uma
temperatura de cor.
Às vezes fotografamos com a luz do sol. Às vezes fotografamos com uma luz artificial como o flash ou
uma lâmpada. Nosso olho é muito esperto então conseguimos ver as cores corretamente em qualquer
situação, mas as câmeras nem sempre são tão espertas então precisamos contar para ela qual luz estamos
usando para que ela a interprete da forma correta. Assim o vermelho vai continuar vermelho e o azul vai
continuar azul e – como é de se imaginar – o branco continuará branco.

Temperatura de cor
A diferença entre uma luz e outra é a temperatura de cor – medida normalmente em Kelvins.
Todo mundo já tirou uma foto iluminada por lâmpada que ficou amarelada. Isso acontece porque a
câmera não estava preparada para a temperatura de cor dessa luz.
Procure no seu manual a forma de mudar o Balanço de Branco na sua câmera: normalmente você
encontra todas as opções que você precisa: luz do sol, sombra, tungstênio (aquela lâmpada antiga que
gasta mais energia), lâmpada fria, tempo nublado, luz de flash, entre outros.
Também é possível medir manualmente a temperatura de cor. Mas primeiro use os ajustes automáticos
para depois procurar fazer isso.

Com o balanço de branco deixamos a imagem com as cores reais, como a do meio.
8 Apostila de FOTOGRAFIA

MODOS DE OPERAÇÃO DA CÂMERA


Modo AUTO:
Este é o modo onde a câmera toma as decisões no lugar do fotógrafo; os ajustes de ISO, obturador (velocidade da
abertura) e abertura, e uso do flash são feitos pela câmera, de acordo com as informações recebidas pela lente.
Em quase todos as marcas e modelos esse modo é identificado com a palavra AUTO ou a letra A, em uma cor
diferente no seletor de modos.

Modo P:
O modo P (programa) ajusta os controles de obturador e abertura da câmera, de acordo com as condições
recebidas. A diferença importante nesse modo é que o fotógrafo pode selecionar o ajuste de conpensação de
exposição para que a foto se aproxime mais do resultado esperado. Os demais ajustes, como ISO, modos de foco,
área de foco ficam por conta do fotógrafo.

Modo S ou Modo Tv:


O modo S (em câmeras Nikon) ou Tv (em câmeras Canon) é o de prioridade de obturador (velocidade da abertura).
Utilizando esse modo o fotógrafo seleciona a velocidade desejada do obturador, seja para congelar uma cena ou
mostrar movimento, e a câmera ajustará a abertura adequada para uma boa exposição. Todos os demais ajustes são
manuais.
O modo S/Tv é bem apropriado para situações em que a velocidade do obturador é o principal fator que se quer
ajustar nas fotos, e geralmente usado com objetos em movimento.

Modo A ou Modo Av:


O modo A (em câmeras Nikon) ou Av (em câmeras Canon) prioriza o ajuste de abertura do obturador. Já é
deduzível que ele faz o oposto do modo anterior; no modo A/Av o fotógrafo seleciona a abertura desejada para cada
momento, e a câmera automatiza a velocidade de obturador para aquela exposição, deixando os demais ajustes
para o fotógrafo.

Modo M:
Esse é o modo manual, que dá total controle ao fotógrafo no seu trabalho. Todos os ajustes são manuais e
independentes, exigindo do fotógrafo um maior conhecimento dos efeitos de cada ajuste sobre os outros.
Entretanto, não é tão difícil assim. Um tempo razoável de prática já acostuma o fotógrafo fazer os seus ajustes
mais rapidamente, e a reconhecer o que é necessário em cada situação.
9 Apostila de FOTOGRAFIA

RAW OU JPG?
O que são esses tipos de arquivos?
Existem vários formatos de arquivo digital para nossas imagens. Você provavelmente conhece o JPG, que
é o padrão na maioria das câmeras e celulares. Porém, além dele, você vai gostar de conhecer também um
formato que permite mais qualidade e controle sobre sua foto: este é o arquivo RAW. Ao comprar uma
câmera mais avançada, você normalmente terá a opção de escolher entre os dois.
Para fazer uma foto, a imagem que é registrada no sensor é interpretada por um pequeno computador
que fica dentro da câmera. Depois de interpretar a imagem, esse computadorzinho grava as informações
no cartão de memória.
A diferença entre o formato RAW e o formato JPG é que o formato RAW grava tudo que a câmera viu,
enquanto o JPG tem uma outra etapa: antes de gravar no cartão de memória, a câmera interpreta as
informações e comprime tudo em um arquivo menor.
Logo, o arquivo RAW nos permite a liberdade de processarmos e interpretarmos a imagem nós mesmas,
enquanto o arquivo JPG já sai processado e interpretado pela câmera.
Uma analogia interessante é considerar que o arquivo RAW é como o filme e o arquivo JPG é como a
ampliação. Ou seja: o arquivo RAW ainda não é uma foto pronta! Você não poderá postar uma foto em
RAW no seu blog: antes será preciso revelar a foto usando um aplicativo no seu computador, como o
Photoshop ou o Lightroom.
Usamos o formato RAW para manter todas as informações da imagem que foram capturadas pela
câmera. Assim conseguimos, por exemplo, editá-la tendo mais controle sobre a qualidade e recuperando
informações que, no arquivo JPG, teriam sido jogadas fora para economizar espaço.
A desvantagem do arquivo RAW é que, além de ocupar bem mais espaço no nosso computador (os
arquivos podem ter 2-6x o tamanho de um arquivo JPG), ele precisa ser processado. Como não é uma foto
pronta, você precisará abrir o arquivo em um aplicativo de pós-produção e, para imprimir ou postar na
internet, será necessário salvar uma cópia em um formato mais amigável (como o próprio JPG.).

RAW ou JPG, eis a questão!


Existem vários formatos de arquivo digital para nossas imagens. Você provavelmente conhece o JPG, que
é o padrão na maioria das câmeras e celulares. Porém, além dele, você vai gostar de conhecer também um
formato que permite mais qualidade e controle sobre sua foto: este é o arquivo RAW. Ao comprar uma
câmera mais avançada, você normalmente terá a opção de escolher entre os dois.
Minha sugestão é sempre fotografar em RAW. Se você ainda não sabe mexer nos programas de edição,
escolha no menu da sua câmera a opção de RAW + JPG. Assim, ela vai salvar os dois arquivos
simultaneamente e você poderá usar o JPG enquanto não sabe processar o RAW.
Sim, vai ocupar mais espaço, mas ao menos você terá o negativo intacto. Você pode não saber o que
fazer com o RAW agora, mas o você do futuro pode saber :-)

Como abrir um arquivo RAW?


Como é um negativo, não será possível abrir a foto em aplicativos comuns. Você provavelmente vai
querer pesquisar mais sobre alguns programas de edição mais avançados, com o Lightroom ou o Aperture.
Alguns programas mais básicos, com o Picasa ou o iPhoto, também conseguem abrir esse tipo de arquivo.
O Photoshop não abre arquivos em RAW. A edição de uma foto neste formato só poderá ser feita no ACR
(Adobe Camera Raw), que é um plugin do Photoshop. Na maioria das vezes o ACR é instalado ao mesmo
tempo que você instala o Photoshop. Se você não consegue abrir um RAW é porque por algum motivo esse
plugin não foi instalado. Nesse caso a solução é simples: instale manualmente.
O ACR tem exatamente as mesmas funções do módulo develop, do Lightroom, ou seja: você consegue
fazer toda edição que conseguiria no Lightroom mas sem algumas facilidades como outros módulos de
organização, impressão, presets, etc.
10 Apostila de FOTOGRAFIA

FOCO E PROFUNDIDADE DE CAMPO


Esses dois itens definem a nitidez da nossa imagem.
Foco
Todo mundo conhece o foco. Quando tiramos uma foto queremos que nosso destaque, no geral, esteja
nítido e visível. O foco pode ser manual ou automático. Manualmente você gira o anel da sua lente. Nas
lentes automáticas você pressiona o botão do obturador somente um pouco (meio-toque) e a câmera irá
fazer o foco automaticamente.

Profundidade de campo
A profundidade de campo define o quanto os objetos “próximos” do objeto que você decidiu ser o foco
estarão focados também.
Vamos passar a chamá-la de “DOF”, pois é mais curto. DOF vem de “Depth of field”, Profundidade de
Campo em inglês.
Quando o DOF é maior quer dizer que tanto os objetos à frente do escolhido como ponto focal quanto
os que estão atrás também ficarão com um bom foco.
Quando o DOF é menor os objetos à frente e atrás do objeto escolhido como ponto focal ficarão sem
foco antes.
Observe a comparação para entender melhor:

Neste caso somente o tamborzinho está em foco. A Quando a profundidade de campo é maior os objetos em
profundidade de campo é menor e os objetos em volta volta continuam nítidos (mas nunca tão nítidos quanto o
estão desfocados. ponto principal de foco).

Fatores que influenciam a profundidade de campo


 Abertura: Quanto maior a abertura, menor o DOF – e vice e versa.
 Proximidade com o objeto: Quanto mais próximo do objeto você estiver, menor o DOF – e vice e versa.
 Distância focal
Quanto maior a distância focal (“zoom”), menor o DOF – e vice e versa. Falaremos mais sobre Distância
Focal na próxima lição.

Veja alguns exemplos de uso do DOF:

Toda a paisagem está em foco, desde o céu até o chão, graças Fundo desfocado graças à utilização de uma abertura f 1.
a uma abertura de f22 e uma distância focal de 18 mm.
11 Apostila de FOTOGRAFIA

FOCAGEM AUTOMÁTICA E MANUAL


Muito do sucesso das imagens depende se são bem ou mal focadas. A sua composição e outros
elementos de criatividade terão pouco impactos se as partes principais da imagem não forem bem
focadas. Em muitas câmeras fotográficas a focagem é feita automaticamente, mas o modo manual é
bastante útil para encontrar a melhor focagem possível.

Focagem Automática ou AF
Todas as câmeras vêm com focagem automática e têm um funcionamento parecido ao do olho humano,
faz o foco do motivo principal que está a ser fotografado automaticamente.
A focagem é feita quando carrega no botão do obturador até meio.
Por vezes temos motivos em dois planos diferentes, o que torna a focagem difícil, a câmera pode fazer a
leitura do primeiro plano ou do segundo erradamente. Para resolver este problema existem pontos AF
selecionáveis, que o ajudam a focar o motivo correto.
 One shot AF: Para motivos parados. Se carregar no botão obturador até meio, a câmara foca apenas uma
vez.
 AI servo AF: Este modo destina-se para motivos em movimento, nas situações em que a distância focal
muda constantemente. Enquanto carregar no botão obturador até meio, o motivo fica bloqueado
continuamente.
 AI Focus AF: Se o motivo em movimento começar a mover-se, o AI Focus AF muda o modo AF de One-Shot
AF para AI Servo AF, automaticamente.
 Luz auxiliar AF com o flash incorporado: Se carregar no botão obturador até meio em más condições de
iluminação, o flash incorporado dispara uma pequena série de flashes iluminando o motivo para facilitar a
focagem automática.

Focagem manual ou MF
A focagem manual é utilizada em motivos difíceis de focar, em motivos de precisão, como por exemplo,
os retratos onde os olhos em geral devem ser bem focados.

Motivos difíceis de focar


 Motivos com baixo contraste.
Exemplo: céu azul, paredes com cores fortes, etc.
 Motivos com fracas condições de luz.
 Motivos extremamente refletores e em contraluz.
Exemplo: um automóvel com uma cor refletora.
 Objetos próximos e distantes que se sobrepõem.
Exemplo: animal no interior de uma jaula.
 Padrões repetidos.
Exemplo: um teclado de computador, janelas de um arranha-céu.
12 Apostila de FOTOGRAFIA

DISTÂNCIA FOCAL
Você deve conhecer como “zoom”. A distância focal define o campo de visão da lente.

A distância focal é medida em mm (milímetros) e define o quanto você consegue ver a partir de uma
lente. Quando maior o valor, mais “fechado” será o ângulo de visão de uma lente. Quando esse valor é
menor, mais “aberto” será o ângulo de visão de uma lente.

Veja abaixo exemplos para entender melhor. Nestes exemplos o fotógrafo está sempre na mesma
distância do assunto fotografado, a única coisa que muda é a lente!
13 Apostila de FOTOGRAFIA

COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
A composição fotográfica é a ordem dos elementos, do primeiro plano e dos motivos secundários, é
também a qualidade estética que inclui textura, equilíbrio de cores e formas entre outras variáveis que
combinadas formam uma imagem comunicativa e agradável de ver.
A composição de imagem tem como objetivo alcançar um efeito emocional, passar um clima e quebrar a
monotonia, pois compor não é só mostrar imagens bonitas, mas sim fazer com que o espectador fixe a sua
atenção nos pontos de interesse do assunto, esse interesse pode estar no primeiro plano, no meio ou
atrás.
7 regras que poderá ter em conta para criar uma boa composição:
 Nenhuma regra é absoluta e existem para serem desrespeitadas. Se gostar de uma cena, fotografe-a, seja o
que for que as regras digam sobre o assunto.
 A imagem deve ser simples para manter a atenção do espectador no assunto.
 Quando fotografa pessoas tente evitar ao máximo cortar as articulações.
 Deve utilizar fundos simples para que não roubem a atenção do assunto principal.
 São as cores que dão o clima apropriado. As cores quentes transmitem energia, os tons baixos dão um aspecto
harmonioso e estável.
 O tamanho dos objetos também tem um peso visual. Assim como os tons escuros são mais pesados que os
claros.
 Evite colocar elementos desnecessários. Cada elemento deve representar algo e fazer parte de um conjunto.

Regra dos terços


A regra dos terços é uma maneira simples de conseguir uma boa composição, e todos os que têm algum
relacionamento com a fotografia já ouviram falar desta regra. Esta está em todos os livros de fotografia e
até se encontra no manual da sua máquina fotográfica devido à sua importância.

De forma imaginária, divida a imagem observada no visor da sua câmara em três partes, tanto
horizontais como verticais. Os quatro pontos de intercepção chamados pontos de interesse, são os pontos
de maior impacto visual na sua fotografia. Ao fotografar coloque o assunto principal e outros motivos de
interesse nos pontos de intercepção das linhas ou segundo as mesmas.
As linhas horizontais podem ser utilizadas para colocar, por exemplo, a linha do horizonte, esta deve
ficar para baixo ou para cima da linha média consoante se pretende realçar o céu ou não. As linhas
verticais são usadas, por exemplo, para colocar árvores e edifícios.
14 Apostila de FOTOGRAFIA

Enquadramentos em enquadramentos
Os enquadramentos dentro de outros enquadramentos são um artifício
frequentemente explorado em fotografia. Não só concentram a atenção do
observador no motivo como muitas vezes sugere um contexto mais amplo
em relação ao motivo. As cores poderão também fornecer pistas sobre a
intenção do fotógrafo.
Servem também para outros fins, como por exemplo, a técnica que pode
ser uma maneira de esconder pormenores em primeiro plano que distraem, é também uma maneira de
ajudar a criar uma sensação de profundidade na imagem.

Composição simétrica
A composição simétrica significa solidez, estabilidade e força, é também
eficaz na organização de imagens com detalhes elaborados. Uma das
estratégias oferecida por uma apresentação simétrica é a simplicidade dos
elementos de um tema.

Composição diagonal
As linhas na diagonal conduzem o olhar de uma parte da imagem para
outra e transmitem uma maior energia, dinamismo e movimento, e criam
um caminho que conduz o nosso olhar de um canto ao outro da imagem.
O primeiro ponto para o enquadramento é a questão se a imagem deve
ser feita na vertical ou horizontal. A maioria das pessoas tem a tendência de
tirar sempre fotografias com a câmara na mesma posição.
Da mesma maneira que um motivo parado ao centro da imagem torna a
fotografia vulgar e sem interesse, também uma imagem com linhas paralelas aos lados do enquadramento
constitui uma fotografia sem vida ou vulgar, mas existem ocasiões em que a composição assim o exige.

Composição horizontal
A composição horizontal numa imagem é um enquadramento largo e
estreito que se adéqua a certos motivos e conduz o olhar através das linhas
em direção ao assunto. Normalmente a composição horizontal é utilizada
para transmitir estabilidade e/ou descanso.
Se quiser transmitir calma e tranquilidade nas suas fotografias faça
composições na horizontal e mantenha sempre o assunto na parte direita da
imagem fazendo com que os olhos corram da esquerda para a direita.

Sobreposição
A sobreposição de elementos no motivo tem como objetivo mostrar o
aumento da profundidade e da perspectiva, como também convidar à
observação dos contrastes no motivo.
15 Apostila de FOTOGRAFIA

Composição radial
Composições radiais transmitem uma sensação de vida, mesmo que o
motivo seja estático, isto é, são aquelas em que os elementos principais se
espalham a partir do meio da imagem.

Composição em círculo
Os motivos fotografados podem ter todas as formas e tamanhos, mas
muitas vezes são as formas mais simples que se encontram numa
composição fotográfica e as que têm maior interesse visual.
Os círculos produzem harmonia numa imagem, e se incluirmos numa
composição uma forma redonda dominante, pode verificar que ela não só
atrai de imediato a atenção como também a nossa vista dificilmente se
abstrai dela.
A perfeita simetria de círculos não pode conflitar com outros ângulos do próprio enquadramento, por
isso, pode ser incluído praticamente em qualquer enquadramento sem prejudicar a imagem.

Composição vertical
Ao contrário de uma composição na horizontal, a composição na vertical é
uma composição alta e estreita que realça um panorama vertical, é também
uma imagem que apenas pode ser captada erguendo a cabeça e olhando para
cima.

Sombras
As sombras podem por vezes esconder detalhes importantes, tornando
necessário que o fotógrafo diminua estas áreas escuras na fotografia.
Existem alturas em que as próprias sombras se podem tornar num motivo,
com efeito, estas são uma parte importante de muitas fotografias. Uma
sombra permite-nos ver uma imagem de outra maneira, o tamanho e a
visibilidade da sombra do motivo depende do ângulo da luz existente.
Ao fotografar sombras, o método mais frequente, é enquadrar a imagem
de modo a que o motivo e a sombra criem uma composição simétrica, mas,
um passo mais usado é enquadrar a imagem para que a própria sombra seja o centro da atenção.

Reflexos
A maneira como as superfícies absorvem e refletem a luz é o que nos
permite vê-las. A luz refletida é também uma parte integrante de qualquer
cena em exteriores, iluminando áreas que de outra forma estariam na
sombra. Porém, na maior parte das vezes, não vemos estes reflexos
diretamente.
No entanto, algumas superfícies são tão boas refletoras que criam as suas
próprias imagens, espelhando as coisas que estão á sua volta. A água, o
vidro, e os metais polidos oferecem a oportunidade de fotografar coisas de uma maneira indireta,
resultando numa visão mais oblíqua do mundo.
16 Apostila de FOTOGRAFIA

COMO ESCOLHER UMA OBJETIVA?


Zoom ou Fixa?
Zoom: a grande vantagem das lentes zoom é sua praticidade - não é necessário ficar trocando de lentes
para conseguir diversos efeitos. Em vários tipos de trabalho é preciso ser rápido no gatilho e nesse caso as
Zoom ajudam muito. A construção das lentes Zoom está cada dia melhor e somente as mais baratas
possuem uma construção inferior às fixas. A desvantagem é que para conseguir uma lente Zoom com boa
qualidade ótica e abertura ampla você vai ter que pagar bem caro.

Fixa: as lentes fixas conseguem ter uma boa construção mesmo nas mais baratas. Isso é uma vantagem
das grandes pois fica muito mais acessível ter uma lente de qualidade e com abertura de f/1.4 ou f/1.8
pagando relativamente pouco por isso. Um exemplo é a queridinha 50mm. A desvantagem é que você
precisa mesmo de mais de uma lente para conseguir cobrir vários ranges de distância focal.

Conclusão: se seu trabalho pede rapidez aposte nas zoom. Se você tem mais liberdade de tempo e
preparação aposte nas fixas. Caso a fotografia seja um hobby para você indico fortemente começar uma
50mm f/1.8 ou 1.4.

Abertura?
Na questão da abertura a dica é simples: quanto maior, melhor. As lentes que possuem aberturas de
diafragma mais amplas vão te dar mais liberdade para trabalhar com pouca luz e com uso criativo da
profundidade de campo. Ao mesmo tempo você sempre poderá usar uma abertura menor nelas. Não é à
toa que os preços das lentes crescem junto com a sua máxima abertura.

Grande Angular ou Tele?

Grande Angular: como as Grande Angulares conseguem captar um ângulo bem grande de visão são
super indicadas para fotografar paisagens e arquitetura.

Teleobjetiva: para conseguir resultados ótimos em fotografia de retratos, animais e esportes vá de tele.

Meia-tele / Normal: ali em volta do range de 50mm encontram-se as lentes “meio termo.” Elas são
ótimas para fotografar produtos e eventos.

É claro que quanto mais opções de objetivas você tiver, melhor. Os estilos de fotografia não se baseiam
em um único tipo de lente. Então se você puder compre todos para ter opções variadas na hora de
fotografar. Embora seja indicado usar teles para fazer retratos nada te impede de usar uma grande
angular. Embora seja indicado usar grande angulares para fotografar paisagens nada te impede de fazer
algumas fotos com uma tele para resultados criativos.
17 Apostila de FOTOGRAFIA

COMO USAR O REBATEDOR?


O rebatedor é um acessório barato e prático. Com ele conseguimos aproveitar uma fonte de luz (pode
ser qualquer uma, tanto natural quanto artificial) e basicamente transformá-la em duas.

Abaixo um exemplo de uso de rebatedor: as fotos foram feitas no final da tarde, com o sol baixo
iluminando as costas do meu noivo. Na segunda a foto usei um rebatedor para jogar luz também no rosto
dele e a foto ficou muito mais agradável.
O certo seria eu ter colocado o rebatedor mais lateralmente, mas como foi algo do tipo “amor, vem cá
que quero fazer uma foto para colocar no blog!” não montei tripé nem nada: eu mesma apoiei o rebatedor
no meu corpo – com o rebatedor vindo quase que exatamente da frente ele deu aquela apertadinha de
olhos clássica de quando estamos debaixo de sol escaldante, mas mesmo assim a foto ficou melhor ;)

A característica mais fácil de notar nas fotos acima é o equilíbrio entre fundo e assunto. Como na
primeira foto o fundo está muito mais claro preciso deixá-lo “estourado” para conseguir expor
corretamente o retratado. Já na segunda foto, usando o rebatedor, consigo equilibrar a exposição de
fundo e assunto: como estou refletindo a luz que ilumina o fundo fica muito mais fácil expor corretamente!
Outros detalhes são consequência do uso de uma luz mais frontal (não exatamente atrás do assunto):
vemos melhora nas cores, nitidez e suavização de sombras e reflexos.
Mas tudo isso poderia ter sido feito com um flash/strobe, certo? Claro! Porém uma das características
mais interessantes do rebatedor é ser econômico (é barato para comprar e não custa nada usar) e fácil (é
só posicioná-lo no local desejado e ele funciona instantaneamente.) Se temos uma super fonte de luz como
o sol e podemos utilizá-la, por que não fazer isso? :)
18 Apostila de FOTOGRAFIA

COMO INTERPRETAR UM HISTOGRAMA


Esse gráfico diz muito sobre nossa imagem, e muitas vezes por não saber como interpretá-lo acabamos
tendo impressões erradas sobre a foto – o que não é legal!
Quando olhamos a foto no visor da câmera ou do computador nós estamos vendo somente a
interpretação desses dispositivos quanto à verdadeira imagem. A única forma de saber a verdadeira
informação contida naquela imagem é vendo isso graficamente. E é aí que entra o Histograma!
Como ele é e onde encontrá-lo
O Histograma é um lindo, simpático e inconfundível gráfico:

Nas câmeras digitais o histograma costuma aparecer quando definimos mostrar mais informações /
detalhes sobre a foto que foi tirada.

Nos programas de edição você facilmente vai encontrar uma janela chamada histograma/histogram.
Para fazer isso no Photoshop é só ir ao menu janela/window:
19 Apostila de FOTOGRAFIA

No Lightroom o histograma da foto selecionada aparece no canto superior direito da tela:

Como interpretar um Histograma?


A princípio a gente acha que é complicado, mas por incrível que pareça é muito mais simples do que
imaginamos. O gráfico simplesmente “diz” a quantidade de luz e sombra de uma imagem.

Do lado extremo esquerdo encontramos a quantidade de pontos (pixels) totalmente escuros – preto, e
do lado extremo direito encontramos a quantidade de pontos totalmente claros – branco. No meio disso
encontramos os tons de cinza que estão no meio do caminho.

Na prática
Nossa câmera quer evitar fotos escuras ou fotos claras, portanto a tendência é que ela procure fazer
fotos com um histograma mediano, assim:
20 Apostila de FOTOGRAFIA

Já adianto que quase nenhuma foto sua vai ficar com um histograma exatamente com esta montanha no
meio, mas é o que nossas câmeras normalmente procuram. É esta luminosidade que ela vai procurar
quando usarmos a câmera no automático e é esta luminosidade que ela vai nos falar que está correta
quando usamos o modo manual (com aquela setinha no zero do fotômetro).
Mas existem momentos em que uma foto é de fato repleta de tons mais escuros e mais claros. Ao fazer
fotos assim podemos checar o histograma para conferir se a exposição está mesmo correta e tudo que está
escuro na cena também está escuro na foto. Veja os exemplos abaixo:

Na primeira imagem o histograma tem um pico no lado esquerdo e quase nada no lado direito. Isso
significa que a foto tem muitos pontos escuros. É só olhar a foto para “provar” isso: é uma foto com
poucos detalhes claros.
Na segunda imagem o histograma tem um pico no lado direito. Isso significa que a foto tem enormes
quantidades de pontos claros e poucos pontos escuros. Mais uma vez olhamos a foto e vemos que isso é
verdade.
Não existe histograma perfeito: existe histograma adequado pra foto ficar do jeito que você está
planejando :-)
21 Apostila de FOTOGRAFIA

DIFERENÇA ENTRE O PHOTOSHOP E O LIGHTROOM


A diferença entre Lightroom e Photoshop é imensa! São dois aplicativos com propósitos diferentes (o
que faz com o que o uso dos dois em uma mesma foto seja até indicado.)
O Photoshop é um aplicativo de edição de imagens. Ele edita os pixels do arquivo e assim temos
bastante controle ao editar detalhes ou grandes manipulações. Isso também faz com que, a cada edição,
percamos dados (qualidade) da foto, pois estamos editando pixels.
O Lightroom é um aplicativo voltado para fotógrafos. Com ele você organiza as fotos de várias formas,
facilita o processo de impressão e publicação na web e, também, edita. Mas a edição no Lightroom é bem
mais específica (e fina.) É uma edição sem perda de qualidade (feita por um arquivo de “instruções”, não
diretamente na imagem.) A edição do Lightroom deve ser comparada à edição encontrada no Adobe
Camera RAW (que quem tem Photoshop e fotografa em RAW já deve conhecer.)

Para facilitar, um exemplo de como eu uso os dois em conjunto:

Lightroom:
1. Passo as fotos do cartão de memória para o computador
2. Adiciono metadados relativos àquelas fotos (desde copyright até palavras chave)
3. Organizo minhas sessões em um catálogo
4. Vendo as fotos de uma sessão eu organizo e seleciono as melhores, as escolhidas pelo cliente, as que
deverão ser excluídas…
5. Depois de fazer uma seleção (minha ou do cliente) faço uma edição fina nas fotos (que pode ser ajuste
de exposição, recuperação de sombras ou luzes, redução de ruído…)

Photoshop
6. O que não é possível fazer no Lightroom (como montagens e modificações de pixel) faço no Photoshop.

Viu só a diferença?
O Lightroom é especialmente prático para quem fotografa em RAW, e tem ferramentas especialmente
feitas para agilizar a vida do fotógrafo. O Photoshop “só” serve para manipular imagens mesmo :)
22 Apostila de FOTOGRAFIA

OS 10 PECADOS DA EDIÇÃO
Lembre-se: nada do que está escrito aqui é regra geral, a ideia é fazer uma brincadeira com alguns
fotógrafos mais exagerados nos seus (d)efeitos!

1. Não use o Photoshop logo quando começar a fotografar


Aqueles fotógrafos que já começam a “jornada” fotografando e editando no Photoshop correm o sério
risco de não aperfeiçoar a sua fotografia em um nível de qualidade sem Photoshop. Ou seja, as fotografias
já são tiradas com a “correção” em mente e eles acabam deixando de aprender a fazer tudo que é possível
durante o clique.
Se a frase “depois arrumo isso no Photoshop” passa pela sua cabeça enquanto você fotografava, pare na
hora e repense o que está fazendo!
Pessoalmente eu concordo com a Natalie, embora eu tenha começado a editar antes de fotografar. Mas
eu editava as fotos dos outros, então acho que não conta… rs

2. Fique longe de modas passageiras


Tudo que não vai ser popular daqui alguns anos deve ser evitado. Meu
objetivo, assim com o da Natalie, é que minhas fotografias sejam eternas.
Modas passageiras (como hoje em dia é a colorização) devem ser evitadas ao
máximo!

3. Olhos radioativos e 4. Peles de barbie


Melhorar um pouquinho um retrato deixando a pele mais suave e os olhos
com mais destaque é ótimo. Mas como sempre a palavra chave é:
moderação. Olhos radioativos e peles “perfeitas” não só deixam a foto feia
como chamam mais atenção para o que queria ser disfarçado. Qualquer
pessoa do mundo percebe que a foto foi “photoshopada”. A naturalidade é
sempre mais linda! Dê destaque às qualidades e disfarce bem delicadamente
os defeitinhos.
23 Apostila de FOTOGRAFIA

5. Uma fotografia não fica boa por causa daquela


vinheta forte
Acho que a vinheta também poderia ser considerada uma “moda”, pois
estão pipocando fotos com vinhetas fortes para todos os lados, é só olhar no
Flickr.

6. Diga não para saturação exagerada


Não precisa de imagem. Simplesmente diga não.

7. “Coloração seletiva” morreu em 1990


Sim. Todos nós já fizemos isso com nossas fotos, deixando ela em Preto e
Branco e um pedacinho colorido. Sim, às vezes o cliente insiste. Mas não dá
para negar: é – muuuuito – brega. Fuja o máximo que der desse tipo de
edição.

8. Não faça seus clientes parecerem mortos


Mais uma vez o exagero da edição deixando a pessoa pálida e sem cor nos lábios estraga facilmente uma
foto. É mais legal parecer saudável nos retratos, né?

9. Flare falso fica falso. E tosco.


Às vezes já temos um Flare na foto, e só queremos dar um destaque
maior pra ele. Tudo bem, dar um destaquezinho no flare já existente. Mas
criar um flare, que nada tem a ver com a foto e sua iluminação… não.

10. Texturas? Conheço poucos fotógrafos que


conseguem usá-las sem que fique brega
Sim, existem alguns fotógrafos que conseguem adicionar textura na foto
e deixar isso bacana. Mas na maioria dos usos (mais uma vez, dê uma
navegada no Flickr) o resultado é desastroso e não existe nenhum equilíbrio
ou lógica na aparência da foto com uma textura em cima. Por isso tome
muito cuidado!
24 Apostila de FOTOGRAFIA

AS 5 VIRTUDES DA EDIÇÃO
1. Corrigir o balanço de cor
As cores da sua foto podem estar diferentes da realidade por vários motivos: sua câmera está um
pouquinho descalibrada, luzes muito variadas e malucas no local, balanço de branco difícil de fazer na
hora… se você está fotografando em RAW corrigir o balanço de cor é mamão com açúcar. Com um simples
conta gotas e uma área cinza você faz o balanço de cor da sua foto.

2. Criar efeitos que têm algum significado


Os efeitos da moda são passageiros. Já efeitos que têm algum significado ficam pra sempre. Por
exemplo: agora que estamos no outono adiciono um efeito (um simples preset que criei no Lightroom) que
deixa as cores verdes mais amareladas. Assim, mesmo aqui no Brasil as cores não mudando drasticamente,
dá para notar que a foto foi feita no outono. Esse é um exemplo de efeito que mesmo não sendo muito
discreto tem um objetivo.

3. Usar vinhetas com parcimônia


Embora eu adore falar mal das pobres vinhetas, elas não são tão ruins assim. O problema é sempre o uso
exagerado (e isso vale pra tudo!) Usando a vinheta de forma delicada, para chamar mais atenção para o
centro da foto, ela pode sim ser sua aliada.
25 Apostila de FOTOGRAFIA

4. Corrigir defeitos de pele que não são permanentes


Quando fazemos um retrato queremos buscar o melhor daquela pessoa, não uma pessoa diferente!
Porém existem defeitinhos que não fazem parte dela. Espinhas, machucadinhos e outros problemas
temporários podem ser retirados e sua foto ainda vai ficar verdadeira.

5. Adicionar nitidez em fotos digitais


Todo mundo já sabe que as fotos digitais carecem de duas coisas, em comparação às fotos de filme:
nitidez e profundidade. Isso é fácil e normalmente necessário de arrumar na edição. No Lightroom, por
exemplo, temos um ótimo painel de nitidez (Sharpness) e também de profundidade (Clarity.) Use e abuse
dessas ferramentas para deixar sua foto ainda mais bonita.

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