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A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime,
punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para
Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521.
Website protegido por leis de direitos autorais. Registrado perante a Biblioteca Nacional, sob n.º 641.675, livro 1.233 folha 417
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime,
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
O concurso de pessoas, também denominado de concurso de agentes, concurso de delinquentes (concursus
delinquentium) ou codelinquência, implica na concorrência de duas ou mais pessoas para o cometimento de
um ilícito penal.
Há quem denomine, ainda, o concurso de pessoas de coautoria ou coparticipação. Ocorre, no entanto, que
essas expressões não são propriamente sinônimas de concurso de pessoas, mas sim espécies deste último,
que abrange tanto a autoria quanto a participação.
Aliás, esse foi o entendimento da própria comissão reformadora da parte geral do Código Penal, conforme
pode se ver do item 25 da exposição de motivos: "Ao reformular o Título IV, adotou-se a denominação ‘Do
Concurso de Pessoas’ decerto mais abrangente, já que a co-autoria não esgota as hipóteses de concursus
delinquentium".
Não há que se confundir o concursus delinquentium (concurso de pessoas) com o concursus delictorum
(concurso de crimes) nem tampouco com o concursus normarum (concurso de normas penais). São três
institutos penais totalmente distintos, muito embora possam vir a se relacionar.
O Código Penal Brasileiro não traz exatamente uma definição de concurso de pessoas, afirmando apenas no
caput do art. 29 que "quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na
medida de sua culpabilidade".
O diploma penal pátrio dispõe, ainda, que "se a participação for de menor importância, a pena pode ser
diminuída de um sexto a um terço" (art. 29, § 1º), bem como que "se algum dos concorrentes quis participar
de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de
ter sido previsível o resultado mais grave" (art. 29, § 2º).Em nível doutrinário, tem-se definido o concurso de
agentes como a reunião de duas ou mais pessoas, de forma consciente e voluntária, concorrendo ou
colaborando para o cometimento de certa infração penal.
http://jus.com.br/revista/texto/13528/concurso-de-pessoas-definicao-e-elementos#ixzz22hIehEDz
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Deixando de lado a figura da coautoria, doravante, o problema sobre esse tema surge justamente quando se
fala na participação em crime culposo, considerando que é preciso verificar a natureza dessa participação, ou
seja, se foi culposa ou dolosa.
A participação dita culposa, embora haja resistência por parte da doutrina, é sim possível de ser verificada,
pois se uma pessoa estimula, incita ou provoca outra a ter uma conduta imprudente, a partir desse momento
fica certo que ambos quebraram um dever objetivo de cuidado. Embora tenha sido um quem efetivamente
realizou o núcleo do tipo, aquele que o inspirou em sua conduta será tido como participe e deverá responder
a título de culpa.
Como exemplo de tal situação, vale dizer o que foi dito pelo professor Rogério Greco (2012), descrevendo a
situação onde num veículo aquele que esta como carona induz o motorista a imprimir alta velocidade, só
para que assim cheguem mais rápido a determinado lugar, ocorre que no trajeto o carro atropela um
pedestre. Nesse caso, ambos não faziam previsão daquilo que era perfeitamente previsível, o que impõe ao
motorista a devida imputação por crime culposo, assim como também ao carona que instigou o motorista a
praticar tal fato, de forma que igualmente responderá pela infração praticada na modalidade participação
culposa.
Até ai tudo bem, o problema surge quando se fala da participação dolosa em crime culposo. Sobre isso,
realmente não se tem como aceitar a participação dolosa em crime culposo, posto que se alguém,
DOLOSAMENTE, ínsita outra pessoa à adotar determinada conduta que sabidamente ensejará a prática de
um ilícito penal, ainda que a pessoa instigada tenha realmente agido com culpa, aquele que o incitou, assim
o fez já esperando a produção de um resultado, de forma que este deverá responder pelo mesmo crime,
porém, na sua forma dolosa.
Exemplo: Mevelina sabendo que Tício deseja pregar uma peça (brincadeira) em Caio, seu inimigo mortal,
entrega uma arma àquele dizendo que embora ela não funcione (não dispara!) serviria para assustar Caio.
Acreditando nisso, Tício desejando assustar Caio e acreditando no que foi dito por Mevelina,
imprudentemente aperta o gatilho que para sua surpresa dispara e mata Caio. Veja, embora Tício realmente
tenha agido com culpa, o mesmo não pode ser dito sobre Mevelina que utilizou Tício com seu instrumento
para a prática do crime, por isso que nesse caso, Tício responde por Homicídio culposo e Mevelina por
homicídio doloso.
Resumindo, é sim possível a coautoria em crime culposo, já no que tange a participação ela só será possível
se for uma participação culposa.
Fabricio da Mata Corrêa
Advogado Criminalista – Professor de Direito Penal e Processo Penal nas Faculdades Unificadas Doctum – Guarapari/ES
http://atualidadesdodireito.com.br/fabriciocorrea/2012/10/17/pergunta-e-possivel-haver-concurso-de-agentes-em-crime-culposo/
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3 - A teoria adotada pelo Código Penal em relação à natureza jurídica do concurso de pessoas é a
Teoria Unitária. Segundo tal teoria:
a) Todos que contribuem para a prática do delito cometem o mesmo crime.
b) Entre os autores há um único crime e entre os partícipes há outro crime único.
c) Cada um dos participantes do delito responde por um crime próprio.
d) Apenas o autor responderá pelo delito.
5 - No concurso de pessoas:
I - Pode haver participação dolosa em crime culposo.
II - Pode haver participação culposa em crime doloso.
III - Exige-se homogeneidade de elemento subjetivo-normativo.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) Apenas a alternativa I está correta.
c) Apenas a alternativas II está correta.
d) Apenas a alternativa III está correta
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9 - No caso de dois sujeitos, sem saber, atirarem em uma mesma pessoa e esta vier a falecer em
decorrência dos ferimentos produzidos pelo projétil de uma das armas, ficando impossível saber de
qual delas o objeto foi disparado, deve-se:
a) Condenar ambos pelo crime de homicídio consumado.
b) Absolver ambos.
c) Condenar ambos pelo crime de homicídio na sua forma privilegiada.
d) Condenar ambos pelo crime de homicídio na sua forma tentada.
12 - No caso de excesso qualitativo o participante que desejou o crime menos grave responderá:
a) Pelo crime consumado, mesmo sendo ele mais grave.
b) Apenas pelo crime que desejou, pois não previa o resultado mais grave.
c) Por crime algum, pois não havia previsto a ocorrência de crime mais grave.
d) Pelos dois crimes: o que desejou e o que se consumou.
14 - O Código Penal adotou, em relação à autoria, a teoria restritiva. O que diz tal teoria:
a) Autor é quem dá causa ao evento, ou seja, contribui de qualquer forma para a produção do resultado.
b) Autor é o sujeito que realiza as características do tipo penal.
c) Autor é quem consente com a realização da prática delitiva por outra pessoa.
d) Autor é quem encobre a prática delitiva de alguém.
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16 - Suponha a seguinte situação: "A" instiga "B" a matar "C", sem dizer a forma de execução. "B"
mata "C" por asfixia. O sujeito "A" responderá:
a) Por homicídio simples.
b) Por homicídio qualificado por emprego de asfixia.
c) Por tentativa de homicídio, pois não tinha conhecimento dos meios utilizados por "B".
d) Por nenhum crime, uma vez que "B" utilizou um meio de execução que qualificava o delito.
18 - Não se pode falar em participação por omissão quando não concorra o dever jurídico de impedir
o crime. Assim, quando inexiste o dever de agir, fala-se em conivência ou participação negativa. A
conivência pode produzir os seguintes efeitos:
I - constituir infração mais grave que a praticada pelo autor principal.
II - constituir infração autônoma da praticada pelo autor principal.
III - não constituir participação no delito do autor principal nem infração autônoma.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) As alternativas I e III estão corretas.
c) As alternativas II e III estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
19 - A participação de cada concorrente do crime adere à conduta e não à pessoa dos demais
participantes, assim:
a) Se comunicam as condições ou circunstâncias de caráter pessoal.
b) A circunstância objetiva não pode ser considerada no fato do partícipe se não ingressou na esfera de seu
conhecimento.
c) As elementares, sejam objetivas ou pessoais, não se comunicam entre os fatos cometidos pelos
participantes, mesmo que tenham ingressado na esfera de seu conhecimento.
d) Todas as respostas estão corretas.
20 - A determinação e a instigação são formas de participação moral. Para que o determinador seja
punido:
I - Basta que instigue ou determine ao autor a prática de um delito, podendo este acolher ao não.
II - É necessário pelo menos a conduta do autor determinado constitua tentativa de execução de um
delito.
III - Basta que a determinação seja acolhida pelo que seria o autor, mesmo se este não praticar o
crime.
a) Apenas a alternativa I está correta.
b) Apenas a alternativa II está correta.
c) Apenas a alternativa III está correta.
d) Todas as alternativas estão corretas.
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GABARITO
1 - letra B. Os crimes monossubjetivos são aqueles que podem ser cometidos por um só sujeito. No entanto,
às vezes, são cometidos por várias pessoas. Nesse caso, há concurso eventual. Já nos crimes plurissubjetivos,
a pluralidade de agentes é elemento do tipo, sendo o concurso necessário, como por exemplo, a rixa.
2 - letra C. Na coautoria, os agentes realizam a conduta descrita pela figura típica. Na participação, os
agentes contribuem para a formação do delito. Desta forma a alternativa "C" está correta.
3 - letra A. O Código Penal adota a Teoria Unitária, também chamada de Monista. Segundo tal teoria, todos
os que contribuem para a integração do delito comentem o mesmo crime, havendo unidade de crime e
pluralidade de agentes. Neste sentido, dispõe o Código Penal, em seu artigo 29 que "quem, de qualquer
modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade".
4 - letra B. Na autoria mediata, o autor faz com que o executor pratique a conduta delituosa levado a erro de
tipo essencial, ou aproveitando-se de sua inimputabilidade por doença mental, entre outros casos. Assim, a
autoria mediata exige pluralidade de pessoas, mas, não há concurso entre o autor mediato, responsável pelo
crime, e o executor material do fato. No entanto, é possível participação entre o autor mediato e terceiro.
6 - letra D. A autoria colateral caracteriza-se pela inexistência de acordo prévio entre os agentes. Ocorre
quando os agentes, desconhecendo cada um a conduta do outro, realizam atos convergentes à produção do
evento a que todos visam, mas que ocorre em face do comportamento de um só deles, ficando este
responsável pelo crime consumado e os demais pela tentativa (se admissível). Se houvesse tal acordo,
haveria coautoria e todos os agentes responderiam igualmente pelo crime consumado.
7 - letra C. Embora o Código Penal tenha adotado a teoria unitária, dispõe em seu artigo 29 que todos os
participantes incidem nas penas cominadas ao crime, "na medida de sua culpabilidade".
8 - letra A. De acordo com o art. 15, do CP, "o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados".
9 - letra D. A autoria incerta ocorre quando na autoria colateral não se apura a quem atribuir a produção do
evento. Além disso, os agentes desconhecem as condutas paralelas e convergentes. Desse modo, ambos
devem responder pelo crime em sua forma tentada, uma vez que não é possível distinguir qual dos dois
sujeitos é o autor do crime, aplicando-se, desta forma, o princípio do "in dubio pro reo".
10 - letra C. A participação no crime pode ser moral ou material. Na situação I, Alberto é partícipe moral do
fato delituoso cometido por Bruno, que é o autor principal. Na situação II, por sua vez, Alberto participa
materialmente do delito, entregando a arma ao autor do crime (Bruno).
11 - letra A. Pode haver concurso de pessoas mediante omissão quando há o dever jurídico de evitar o
evento, pois em tal caso a conduta omissiva é causal. Faltando esse dever não haverá co-participação. Ainda,
deve-se analisar o elemento subjetivo da obrigação. Faltando a vontade de colaborar no fato, não pode o
agente ser responsabilizado pelo crime.
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12 - letra B. No caso de excesso qualitativo o participante que desejou o crime menos grave responderá
apenas por ele, já que falta relação de causalidade, uma vez que o ato praticado não se situa na linha de
desdobramento causal da ação desejada pelo outro agente, como também lhe falta o elemento subjetivo que
se dirija ao outro crime. Neste sentido, dispõe o artigo 29, § 2º do CP que "se algum dos concorrentes quis
participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave".
13 - letra A. Para que haja participação, são necessários os requisitos: pluralidade de condutas; relevância
causal de cada uma; liame subjetivo e identidade de infração para todos os participantes.
14 - letra B. O artigo 29 do Código Penal distingue nitidamente autor de partícipe. Assim, autor é o sujeito
que executa a conduta expressa pelo verbo típico da figura delitiva.
15 - letra C. Em caso de coautoria ou participação, as condições ligadas à pessoa do agente não se estendem
aos fatos cometidos pelos outros participantes.
Neste sentido, dispõe o Código Penal, em seu artigo 30, que "não se comunicam as circunstâncias e as
condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime".
17 - letra D. As condutas paralelas são aquelas de auxílio mútuo, onde os agentes possuem a intenção de
produzir o mesmo evento, como acontece no crime de quadrilha ou bando. As convergentes manifestam-se
na mesma direção e no mesmo plano, mas tendem a encontrar-se, com o que se constitui a figura típica,
como na bigamia e no adultério. Nas condutas contrapostas, os agentes cometem condutas contra a pessoa,
que, por sua vez, comporta-se da mesma maneira e é também sujeito ativo do delito. É o caso da rixa, por
exemplo.
18 - letra C. Não se pode falar em participação por omissão quando não concorra o dever jurídico de
impedir o crime. Assim, quando inexiste o dever de agir, fala-se em conivência ou participação negativa. A
conivência pode produzir os seguintes efeitos: constituir infração per se stante (não constitui participação no
crime principal, mas infração autônoma) ou não constituir participação no delito do autor principal nem
infração autônoma.
19 - letra B. A participação de cada concorrente do crime adere à conduta e não à pessoa dos demais
participantes, assim: não se comunicam as condições ou circunstâncias de caráter pessoal (subjetivas); a
circunstância objetiva não pode ser considerada no fato do partícipe se não ingressou na esfera de seu
conhecimento; as elementares, sejam objetivas ou pessoais, comunicam-se entre os fatos cometidos pelos
participantes, desde que tenham ingressado na esfera de seu conhecimento.
20 - letra B. A determinação e a instigação são formas de participação moral. Para que o determinador seja
punido é necessário pelo menos a conduta do autor determinado constitua atos de execução do delito
(tentativa). Se a determinação não é acolhida pelo que seria o autor principal, não existe participação
punível. Se o induzimento é acolhido, mas o crime não é nem tentado, os sujeitos da relação não são
punidos. Neste sentido, dispõe o artigo 31 do Código Penal que "o ajuste, a determinação ou instigação e o
auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser
tentado".
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