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O que é a HAS?
Hipertensão Sistólica Isolada se PAS ≥ 140 mmHg e PAD ≤ 90 mmHg, devendo a mesma
ser classificada em estágio 1,2 e 3
FONTE: VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2016).
Entendendo a condição
Gênero e etnia
Ingestão de sal
Álcool
Sedentarismo
Genética
Anorexígenos (sibutramina)
Eritropoietina humana
• Redução de morbimortalidade
– 20-25% no risco de IC e IAM;
– 30-40% no risco de AVC.
PA NÃO CONTROLADA
Como mensurar o risco CV do paciente
hipertenso?
Identifique se existem condições clínicas associadas à hipertensão
Categoria Meta
Hipertensos estágios 1 e 2 com risco cardiovascular baixo ou
<140/90 mmHg
moderado e hipertensos estágio 3
Hipertensos estágios 1 e 2 com risco cardiovascular alto <130/80 mmHg
FONTE: VII Diretriz Brasileiro de Hipertensão (2016).
Entendendo a condição
TRATAMENTO
NÃO FARMACOLÓGICO
Entendendo a condição
Redução do peso
↓ 8-14mmHg PAS
Entendendo a condição
Escolher alimentos que possuam pouca gordura saturada, colesterol e gordura total. Por
exemplo, carne magra, aves e peixes, utilizando-os em pequena quantidade.
Comer frutas e hortaliças, aproximadamente de oito a dez porções por dia (uma porção
é igual a uma concha média).
Incluir 2 ou 3 porções de laticínios desnatados ou semidesnatados por dia.
Comer oleaginosas (castanhas), sementes e grãos, de quatro a cinco porções por semana
(uma porção é igual a 1/3 de xícara ou 40 gramas de castanhas, duas colheres de sopa ou
14 gramas de sementes, ou 1/2 xícara de feijões ou ervilhas cozidas e secas.
Entendendo a condição
Preferir os alimentos integrais, como pão, cereais e massas integrais ou de trigo integral.
Reduzir a adição de gorduras aos alimentos. Utilizar margarina light e óleos vegetais
ricos em gorduras poli-insaturadas (como óleo de oliva, canola, girassol).
Evitar a adição de sal aos alimentos. Evitar também molhos e caldos prontos, além de
produtos industrializados ricos em sódio.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Medidas farmacológicas
Diuréticos
1ª LINHA
Inibidores da ECA
Redução de Morbimortalidade;
Bloqueadores AT1 Efeito importante sobre a PA
Bloqueadores de Canais de Cálcio
Betabloqueadores
SOMENTE EM CASOS
ESPECÍFICOS
- Arritmias
- Pós IAM
- Angina
- ICC
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Agem inicialmente pela redução de sódio e água, mas em
longo prazo induzem a redução da resistência vascular
periférica.
Tiazídicos Clortalidona, Hidroclorotiazida, Indapamida
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Poupadores
Tiazídicos De alça
de Potássio
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Tiazídico Posologia RAM Comentários
12,5-25mg/d
Hidroclorotiazida* Hipotensão;
(50mg) Representam uma das
Aumento de TG,
Clortazlidona 12,5-25mg/d primeiras escolhas.
glicemia e ácido
Úteis no controle de
Indapamida 2,5-5mg/d úrico;
edema
Redução de K+
Indapamida XR 1,5-5mg/d
* Disponível no SUS
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Diurético Posologia RAM Comentários
Hipotensão, ↑ de HAS associada à insuficiência
20mg- TG, glicemia e ác. renal com taxa de filtração
Furosemida*
40mg 1- Úrico, glomerular abaixo de 30
(alça)
2x/d nefrotóxicidade, ↓ ml/min/1,73 m2 e em ICC com
K+ retenção de volume
* Disponível no SUS
CI: contraindicado
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Fique atento às alterações metabólicas que podem ser produzidas pelos diuréticos:
Medidas farmacológicas
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Inibidores da Enzima conversora de angiotensina
Estão relacionados à reduções significativas da PA e na
morbimortalidade por doenças cardiovasculares
Uma das primeiras linhas de tratamento → pacientes com ICC,
disfunção ventricular assintomática, pós-IAM, diabetes e DRC
Cardioprotetores independente da redução da PA
Medidas farmacológicas
iECA Posologia RAM Considerações
Ajuste de dose para
25mg-150mg
Tosse (0.5-2%), hipotensão disfunção renal
2-3x/d
Captopril* (1-3%), ↑ K+(11%), IRA (1- Biodisponibilidade
Usual: 50-
10%), rash (4-7%) reduzida na com
100mg 2x/d
alimentos (30-40%)
Medidas farmacológicas
Medidas farmacológicas
Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II
Antagonizam a ação da angiotensina II por meio do bloqueio
específico de seus receptores
Candesartana
Irbersartana
Losartana
Olmesartana
Telmisartana
Valsartana
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
25-100mg
1x/d (ou Hipotensão (1-10%)*,
Losartana
dividido em 2 tosse, ↑ K+ (1-10%), IRA
Não há ajuste de dose
doses)
para disfunção renal.
Diminuiu relativamente a
absorção com alimentos.
Tontura (>10%)*, ↑ K+,
Valsartana 80-320mg/d
hipotensão, tosse e IRA
Medidas farmacológicas
Bloqueadores dos canais de cálcio
↓ Resistência vascular
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Fenilalquilaminas Verapamil
Benzotiazepinas Diltiazem
Medidas farmacológicas
Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC)
Diidropiridinas possuem mais afinidade pelos canais de Ca2+ do
vaso → mais útil para a HAS
Não-diidropiridínicos possuem mais afinidade pelos canais de
Ca2+ do miocárdio → efeito antiarrítmico, cronotrópico e
inotrópico negativo
Medidas farmacológicas
Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC)
Reações adversas
A cefaleia e o rubor facial costumam ser resultado direto da vasodilatação, induzida
principalmente pela família do nifedipino (diidropiridinas).
No uso de apresentações de liberação imediata, esses efeitos adversos costumam
surgir principalmente 1 a 3 horas após administração.
Tontura, principalmente ao se levantar, pode ser resultado de hipotensão postural.
Permanecer sentado por 5-10 minutos antes de se levantar pode ajudar. Cuidado
redobrado em idosos, pois há risco de quedas.
O edema de extremidades ocorre principalmente em pernas e tornozelo e pode
ser tratado pela redução da dose. Outra alternativa é a adição de diurético ao
tratamento, principalmente nos casos em que a pressão arterial não esteja bem
controlada.
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Inibidores adrenérgicos
Medidas farmacológicas
Betabloqueadores
Redução inicial do débito cardíaco e da secreção de renina,
readaptação dos barorreceptores e diminuição das
catecolaminas nas sinapses nervosas
Medidas farmacológicas
BB Posologia Considerações
Doses >100mg não demonstram maiores
benefícios. Ajuste de dose para disfunção
Atenolol* 25-100mg 1-2x/d
renal. Absorção não alterada com
alimentos
Succinato: 25-400mg/d Administrar juntamente com as refeições
Metoprolol Tartarato: 50-450mg/d (2-3x) (tartarato)
LI: 40-160mg 2-3x/d (máx:
640mg/d) Dieta rica em proteína aumenta a
Propranolol* LC: 80-160mg 1x/d (máx: biodisponibilidade em 25%
640mg/d)
Administrar com alimentos minimiza o
risco de hipotensão ortostática.
Carvedilol* 6,25-25mg 2x/d Atividade em receptores (vasodilatação
periférica). Hipotensão mais importante
no 1º mês
* Disponível no SUS
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Betabloqueadores
Reações adversas
São contraindicados para tratamento da hipertensão em pacientes com asma
brônquica. A troca por bb cardiosseletivos não demonstrou redução importante no
risco de broncoespasmo.
Cuidado em diabéticos. BB podem mascarar sintomas de hipoglicemia (taquicardia,
sudorese e tremor nas mãos), especialmente em idosos.
A redução da atividade cardíaca pode produzir cansaço, que pode impactar em
atividades físicas e domésticas mais pesadas. O paciente deve ser aconselhado a ir
mais devagar.
Pessoas que utilizam betabloqueadores por longos períodos (principalmente os
menos lipossolúveis) não devem interromper o tratamento de forma súbita.
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Medidas farmacológicas
Inibidores diretos de renina
Alisquireno
Promove uma inibição direta da ação da renina, com
consequente redução da formação de angiotensina II
Medidas farmacológicas
Medidas farmacológicas
Alfa-agonista de
Posologia RAM Considerações
ação central
Sonolência, xerostomia
500-1500mg 2- De escolha para
Metildopa disfunção sexual,
3x/d gestantes
insuficiência hepática
Hipertensão rebote:
0,1-0,6mg 2-3x/d Sonolência xerostomia, cuidado com a
Clonidina
(máx: 2,4mg/d) constipação, bradicardia descontinuação do
medicamento
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Alfabloqueadores
Inibem competitivamente os receptores adrenérgicos alfa-1,
resultando em vasodilatação das veias e arteríolas
Medidas farmacológicas
Alfabloqueadores
Têm a vantagem de propiciar melhora discreta no metabolismo
lipídico e glicídico e nos sintomas de pacientes com hipertrofia
prostática benigna
Medidas farmacológicas
Vasodilatadores diretos
Atuam na musculatura da parede vascular, promovendo
relaxamento, com consequente vasodilatação e redução da
resistência vascular periférica
Devido aos seus efeitos em receptores prostáticos e uretrais,
atuam reduzindo o tônus simpático induzido pela hiperplasia
prostática benigna e portanto aliviam os sintomas desta condição,
da mesma forma que os alfabloqueadores
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Vasodilatadores diretos
São utilizados em associação com diuréticos e/ou betabloqueadores para o
tratamento da hipertensão
Medidas farmacológicas
Medidas farmacológicas
Medidas farmacológicas
Combinações
Entendendo a condição
Hipertensão resistente
Pacientes considerados com boa adesão ao tratamento e não-
responsivos a terapia tríplice em doses altas caracterizam a
situação clínica de hipertensão resistente
Fatores a serem avaliados que dificultam o controle da pressão arterial
Hipertensão resistente
Enalapril 20 mg 12/12h
Carvedilol 6,25 mg 12/12h
AAS 100 mg 24h
Clopidogrel 75 mg 24h
Atorvastatina 40 mg 24h
João, 58 anos
Situações Especiais
Na intolerância e/ou
IECA ou BRA contraindicação de IECA
Situações Especiais
Betabloqueadores
Pós-IAM (↓ mortalidade e reincidência de infarto): principalmente na
presença de disfunção sistólica ou arritmias cardíacas (1-3 anos).
Melhora dos sintomas de angina (1ª ESCOLHA)
ICC: em associação aos IECA/BRA, independente da presença de
hipertensão (benefícios clínicos na mortalidade global, melhora dos
sintomas e redução de reinternamento por ICC)
Tremor essencial, cefaleia de origem vascular, enxaqueca, hipertensão
portal (propranolol)
Entendendo a condição
Situações Especiais
Diuréticos Poupadores de Potássio
Espironolactona em associação a IECA + BB é usada
em IC classe funcional II ou IV com fração de
ejeção ≤ 35%
Situações Especiais
Hipertensão Mascarada
Cuidado Farmacêutico ao paciente
hipertenso
Hipertensão Mascarada
Urgência e Emergência
Cuidado Farmacêutico ao paciente
hipertenso
Urgência Hipertensiva
Emergência Hipertensiva
Hipotensão
Por definição:
PAS < 90 mmHg
Pressão Arterial Média (PAM) < 60 mmHg [PAM = PAS + (PAS-PAD)/3]
Diminuição de mais de 40 mmHg abaixo da linha pressórica basal do
indivíduo
Hipotensão
Deve ser preocupante nos seguintes casos:
Pacientes com PAS ≤100 mmHg, se os valores basais da
pessoa não sejam normalmente baixos
PAM ≤ 60 mmHg
Redução ≥40 mmHg em relação aos níveis pressóricos basais
Sintomas de hipoperfusão, como fadiga e tontura
Ingestão de
Deitar
líquidos
Investigar causas
+
Orientações Comer algo
salgado
Cuidado Farmacêutico ao paciente
hipertenso
Hipertensãona
Hipertensão nagravidez
gestação
Anamnese farmacêutica
Coleta de informações para identificar possíveis
reações adversas ao tratamento prescrito, condições
clínicas associadas para estratificação de risco CV e
identificar causas de possíveis problemas da
farmacoterapia
Cuidado Farmacêutico
Cuidado Farmacêutico
Medida 1
Cuidado Farmacêutico
No MRPA, considera-se
anormais as médias de pressão
arterial ≥ 135/85 mmHg
Cuidado Farmacêutico
Indicações do MRPA
Cuidado Farmacêutico
Registro Cronológico da Pressão Arterial
(“Carteira do hipertenso”)
Em situações onde não existe indicação
ou na impossibilidade de realização do
MRPA, é uma alternativa para obter
uma estimativa mais real dos valores
de PA.
Valores ≥ 135/85 mmHg devem ser
considerados alterados.
Essa medida não apresenta a mesma
correlação com desfechos clínicos que
o MRPA.
Cuidado Farmacêutico ao paciente
hipertenso
Cuidado Farmacêutico
OKUMURA, PCB, et al. Comparing medication adherence tools scores and number of controlled diseases among low literacy
patients discharged from a Brazilian cardiology ward. Int J Clin Pharm, v. 38, n. 6, pg. 1362-1366, 2016.
Rastreamento de HAS
Não Sim
Joana, 68 anos
Joana, 68 anos, negra, do lar, ex-tabagista,
obesa e sedentária. Histórico de AVE em
2008, que resultou em pequena sequela
motora em hemicorpo esquerdo. Relata que
parou de utilizar os medicamentos anti-
hipertensivos, pois se sentia bem. Após
aconselhamento intenso, paciente melhorou
a adesão, porém não atingiu níveis
pressóricos adequados. Na anamnese
farmacêutica, a filha relata que a paciente
não faz restrição de sal ou dieta específica.
Joana, 68 anos
PRESCRIÇÃO EXAME FÍSICO
- Hidroclorotiazida 25 mg 1-0-0 Medida da pressão arterial em ambulatório:
- Captopril 50 mg 1-1-1 1. 170/110 mmHg FC: 56 bpm
- AAS 100 mg 1-0-0 2. 173/120 mmHg FC: 60 bpm
- Sinvastatina 20 mg 1-0-1 3. 167/110 mmHg FC: 52 bpm
Peso: 88 kg Altura: 1,62m
IMC:_______