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Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

PJe - Processo Judicial Eletrônico

08/08/2019

Número: 0722963-93.2017.8.07.0001
Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Órgão julgador: 20ª Vara Cível de Brasília
Última distribuição : 24/08/2017
Valor da causa: R$ 560.923,31
Processo referência: 0008762-74.2016.8.07.0001
Assuntos: Correção Monetária
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
(EXEQUENTE)
ERIKA DUTRA XAVIER (ADVOGADO)
LUIS CARLOS BARRETO DE OLIVEIRA ALCOFORADO
(ADVOGADO)
PRISCILA DAMASIO SIMOES (ADVOGADO)
MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA (ADVOGADO)
DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS
TRABALHADORES NO DF (EXECUTADO)
DESIREE GONCALVES DE SOUSA (ADVOGADO)
CLAUDISMAR ZUPIROLI (ADVOGADO)

Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
9127514 23/08/2017 Petição Inicial Petição Inicial
19:50
9127521 23/08/2017 Cumprimento de sentença Alcoforado Vs PT Petição
19:50
9127530 23/08/2017 Planilha TJDFT Outros Documentos
19:50
9127541 23/08/2017 Vol. I Págs. 02-101 Outros Documentos
19:50
9127549 23/08/2017 Vol. I Págs. 102-200 Outros Documentos
19:50
9127552 23/08/2017 Vol. II Outros Documentos
19:50
9127557 23/08/2017 Custas de Cumprimento de Sentença Comprovante de Pagamento de Custas
19:50
9137354 24/08/2017 Certidão Certidão
14:15
9143071 25/08/2017 Decisão Decisão
15:52
9934985 26/09/2017 Certidão Certidão
14:31
10366404 11/10/2017 Certidão Certidão
15:12
10366436 11/10/2017 0722963-93.17 - Resultado Documento de Comprovação
15:12
10366442 11/10/2017 0722963-93.17 - Pesquisa Documento de Comprovação
15:12
10418379 19/10/2017 Decisão Decisão
18:43
10989334 06/11/2017 Certidão Certidão
16:30
10989774 09/11/2017 Alvará Alvará
17:19
11196811 13/11/2017 Certidão Certidão
16:10
11230159 14/11/2017 Certidão Certidão
14:30
11230204 14/11/2017 0722963-93 - Consulta Renajud Documento de Comprovação
14:30
11235025 14/11/2017 Certidão Certidão
15:25
11235094 14/11/2017 Declaração IR 2016 Documento de Comprovação
15:25
11235104 14/11/2017 Declaração IR 2015 Documento de Comprovação
15:25
11235118 14/11/2017 Declaração IR 2014 Documento de Comprovação
15:25
11539345 24/11/2017 Petição Incidental Petição
18:22
11539476 24/11/2017 Petição Incidental Petição
18:22
11539560 24/11/2017 Substabelecimento Procuração/Substabelecimento
18:22
11847816 08/12/2017 Decisão Decisão
21:05
12744097 22/01/2018 Petição Petição
17:53
12744486 22/01/2018 Petição 22-01-2018 Petição
17:53
12775977 23/01/2018 Decisão Decisão
18:49
13621319 19/02/2018 Petição Petição
19:02
13621449 19/02/2018 Petição 19-02-2018 Petição
19:02
13672672 23/02/2018 Decisão Decisão
18:08
14415110 09/03/2018 Certidão Certidão
16:30
20558871 31/07/2018 Petição Petição
11:53
20558941 31/07/2018 Continuidade - cumprimento de sentença AAA x Petição
11:53 PT
20559059 31/07/2018 Planilhas de atualização TJDFT Documento de Comprovação
11:53
20693455 06/08/2018 Decisão Decisão
17:20
22201679 03/09/2018 Petição Petição
21:24
22201728 03/09/2018 AGI Continuidade - cumprimento de sentença AAA Anexo
21:24 x PT
22237049 04/09/2018 Ofício entre Órgãos Julgadores Ofício entre Órgãos Julgadores
15:40
22251286 11/09/2018 Decisão Decisão
16:01
23054880 24/09/2018 Habilitação como advogado do PT-DF Petição
15:39
23055115 24/09/2018 Procuração do PT-DF Procuração/Substabelecimento
15:39
23156056 26/09/2018 BacenJud - Positivo Certidão
13:44
23156128 26/09/2018 0722963-93.17 - Pesquisa Documento de Comprovação
13:44
23156130 26/09/2018 0722963-93.17 - Resultado Documento de Comprovação
13:44
23173026 27/09/2018 Decisão Decisão
17:15
24449355 25/10/2018 Decurso de prazo para apresentação de Certidão
12:43 Impugnação à penhora
24479464 29/10/2018 Alvará Alvará
13:56
24720745 31/10/2018 Alvará à disposição Certidão
12:31
28422629 05/02/2019 Ofício entre Órgãos Julgadores Ofício entre Órgãos Julgadores
13:04
28422637 05/02/2019 Acórdão Anexo
13:04
28422647 05/02/2019 Acórdão Anexo
13:04
28422650 05/02/2019 Certidão Anexo
13:04
38939549 04/07/2019 Petição Petição
19:09
38939568 04/07/2019 Continuidade cumprimento de sentença AAA x PT Petição
19:09 - 20a Cível - penhora
38939591 04/07/2019 Doc. 01 Estatuto PT Documento de Comprovação
19:09
38939598 04/07/2019 Doc. 02 Precedente 14a Vara Cível Documento de Comprovação
19:09
38939608 04/07/2019 Doc. 03 Cumprimento PT Nacional depositário Documento de Comprovação
19:09
38939621 04/07/2019 Doc. 04 - Cálculo TJDFT - AAA x PT Documento de Comprovação
19:09
38939639 04/07/2019 Doc. 04 Cálculo TJDFT - AAA x PT - 04-07-2019 - Documento de Comprovação
19:09 penhoras
39365978 10/07/2019 Decisão Decisão
15:52
41683768 06/08/2019 Certidão Certidão
17:22
Petição anexa

Número do documento: 17082319492364000000008854113


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17082319492364000000008854113
Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 23/08/2017 19:49:23 Num. 9127514 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 20ª VARA CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDI-
CIÁRIA DE BRASÍLIA/DF

PROCESSO ORIGINÁRIO N. 2016.01.1.033599-6

ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ sob o n. 26.444.935/0001-50, com sede no SCN, Quadra 1, Bloco F, Sala
1817 – Ed. America Office Tower, Brasília/DF CEP n. 70711-905, e endereço eletrônico: ad-
vocacia@alcoforadoadvogados.com.br, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelên-
cia, por seus procuradores, com fulcro nos arts. 513, §1º, 515, inciso I, do Código de Proces-
so Civil, promover

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

em face do PARTIDO DOS TRABALHADORES, CNPJ n. 01.633.890/0001-31, com sede na CRS


505, Bloco A, lojas 27/28, Brasília/DF, CEP: 70350-510, e endereço eletrônico conta-
to@ptdf.org.br, representado pela advogada DESIRÉE GONÇALVES DE SOUSA, inscrita na
OAB/DF sob o n. 51.483 (fl. 59 dos autos originários – doc. 01), oportunidade em que apresenta plani-
lha atualizada do débito, com fulcro nos fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos.

SCN – Quadra 1 - Bloco F – Grupo 1817


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Tel.: (61)3326-0945 – Fax: 3327-1832
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Número do documento: 17082319492382700000008854119


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17082319492382700000008854119
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2. O Executado foi condenado a quitar obrigação oriunda de termo de assunção por
serviços prestados e não quitados na campanha eleitoral de 2014do então candidato Agnelo
Queiroz, sob os seguintes termos:

“(...)Ante o exposto, com fulcro no art. 487, I, do CPC, JULGO PRO-


CEDENTE o pedido formulado para o fim de condenar o partido requerido
ao pagamento da importância de R$ 325.500,00 (trezentos e vinte e cinco
mil e quinhentos reais), sobre a qual incidirá correção monetária desde o
ajuizamento da demanda e juros legais de 1% ao mês a contar da citação.
Em conseqüência, condeno o partido réu ao pagamento das custas pro-
cessuais e dos honorários advocatícios fixados em 10% do valor da conde-
nação. (...)”

3. Inconformado com o lapso temporal fixado pela d. sentença para a incidência da


correção monetária e dos juros legais, a Exequente interpôs apelação, com o fito de que o
cômputo dos consectários da mora se desse a partir do vencimento da dívida, tendo sido aco-
lhido o recurso pela i. 6ª Turma Cível do TJDFT:

“(...)Ante o exposto, conheço dos recursos de apelação interposto


pelo autor e pelo réu, NEGO PROVIMENTO ao recurso do Partido dos Tra-
balhadores e DOU PROVIMENTO ao recurso de Alcoforado Advogados As-
sociados S/C para fixar o termo inicial dos juros moratórios e da correção
monetária a data do vencimento de cada obrigação. Mantenho o ônus su-
cumbências fixados pela r. sentença e acrescento, do ofício, os honorários
recursais, devidos nos termos do art. 85, §11º, do Código de Processo Civil,
que fixo em 1% do valor da condenação(R$325.500,00) em favor dos patro-
nos do autor.(...)

4. Impõe-se esclarecer que a ação de cobrança originou-se de Termo de Assunção


assinado pelo Executado por força de decisão de seu órgão nacional de direção partidária,
mediante intervenção do diretório regional do Distrito Federal, para que houvesse assunção
dos débitos resultantes de campanha eleitoral, mediante cronograma de quitação em cinco
parcelas iguais consecutivas, iniciando-se no dia 10 de dezembro de 2014 e findando-se em
10 de abril de 2015.

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5. Desse modo, observando os parâmetros fixados no título judicial, tem-se que são
devidos a requerente as seguintes importâncias:

Valor histó- Valor corrigido (a Juros de mora (1% ao


Descrição partir do vencimen- mês a partir do venci- Subtotal
rico devido to da parcela) mento da parcela)
1ª parcela R$65.100,00 R$ 78.692,36 R$ 25.968,47 R$ 104.660,83
2ª parcela R$ 65.100,00 R$ 78.207,47 R$ 25.026,39 R$ 103.233,86
3ª parcela R$ 65.100,00 R$ 77.066,88 R$ 23.890,73 R$ 100.957,61
4ª parcela R$ 65.100,00 R$ 76.183,16 R$ 22.854,94 R$ 99.038,10
5ª parcela R$ 65.100,00 R$ 75.049,91 R$ 21.764,47 R$ 96.814,38
Custas Iniciais
(29/03/2016) R$ 481,11 R$ 506,86 ------ R$ 506,86
Custas Apelação
(21/03/2017) R$ 15,68 R$ 15,77 ------ R$ 15,77
Honorários sucum-
benciais ------ ----- ------ R$ 50.470,47
Honorários recursais ----- ----- ----- R$ 5.047,04
Custas Cumprimento
de Sentença R$ 178,39 ----- ----- R$ 178,39

TOTAL DEVIDO EM AGOSTO/2017 R$ 560.923,31

6. Por todo o exposto, requer seja o Executado intimado, por intermédio de seus
advogados regularmente constituídos, para que proceda ao pagamento da importância de R$
560.923,31 (quinhentos e sessenta mil novecentos e vinte três reais e trinta e um centa-
vos), à qual devem ser acrescidos os honorários correspondentes à fase de cumprimento.

7. Outrossim, requer que se promova o bloqueio eletrônico de ativos financeiros do


partido devedor, por intermédio do sistema BACENJUD, INFOJUD e RENAJUD, em caso
do não cumprimento da obrigação.

Termos em que pede deferimento.


Brasília/DF, 22 de agosto de 2017.

ERIKA DUTRA XAVIER LUIS FELIPE ALCOFORADO


OAB/DF n. 31.375 OAB/DF 16.404/E
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Número do documento: 17082319492450600000008854148
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Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 23/08/2017 19:49:24 Num. 9127552 - Pág. 33
Número do documento: 17082319492450600000008854148
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Número do documento: 17082319492450600000008854148
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Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 23/08/2017 19:49:24 Num. 9127552 - Pág. 35
Número do documento: 17082319492450600000008854148
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17082319492450600000008854148
Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 23/08/2017 19:49:24 Num. 9127552 - Pág. 36
Número do documento: 17082319492462800000008854153
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17082319492462800000008854153
Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 23/08/2017 19:49:24 Num. 9127557 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

19VARCVBSB
19ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL (1111)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Nos termos do art. 93, XIV- CF c/c o art. 203 § 4º do CPC, da Portaria n.º 01/2016, deste juízo, e do art.
516, II do CPC, certifico que este processo eletrônico de número 0722963-93.2017.8.07.0001 foi
equivocadamente encaminhado a esta 19ª Vara Cível e será redistribuído para a 20ª Vara Cível de
Brasília.

BRASÍLIA, DF, 24 de agosto de 2017 14:00:46.

CAROLINA SCORALICK SIRIMARCO

Servidor Geral

Número do documento: 17082414150032500000008863780


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17082414150032500000008863780
Assinado eletronicamente por: CAROLINA SCORALICK SIRIMARCO - 24/08/2017 14:15:00 Num. 9137354 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO

Trata-se de pedido de cumprimento de sentença formulado pela parte credora.

Intime-se o devedor para o pagamento do débito, inclusive, no prazo de 15 dias úteis, sob pena de multa
de 10% e, também, de honorários advocatícios de 10% sobre o valor do débito, na forma do § 1º do artigo
523 do Código de Processo Civil.

Advirta-se que o pagamento no prazo assinalado o isenta da multa e dos honorários advocatícios da fase
de cumprimento de sentença, ainda que tais verbas já tenham sido eventualmente incluídas no cálculo
apresentado pelo credor, razão pela qual poderão ser decotadas no momento do depósito.

Se houver pagamento, intime-se a parte credora para, em 5 dias, informar se dá quitação do débito,
possibilitando a resolução da fase de cumprimento de sentença. Ressalto, desde já, que seu silêncio
importará em anuência em relação à satisfação integral do débito. Desta forma, havendo anuência com o
valor depositado, basta deixar transcorrer o prazo sem manifestação.

Caso a quantia não seja suficiente para a quitação, a parte credora deverá trazer, no mesmo prazo, planilha
discriminada e atualizada do débito, já abatido o valor depositado, acrescida da multa e dos honorários
sobre o remanescente, na forma do artigo 523, § 2º, do CPC, ratificando o pedido de penhora já
apresentado.

Cientifico o devedor de que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15 dias para
que, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente sua impugnação nos próprios autos, na
forma do artigo 525 do CPC, que somente poderá versar sobre as hipóteses elencadas em seu § 1º,
observando-se em relação aos cálculos os §§ 4º e 5º.

Número do documento: 17082515524287100000008869353


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17082515524287100000008869353
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 25/08/2017 15:52:42 Num. 9143071 - Pág. 1
Não havendo pagamento, proceda-se à consulta via BACENJUD adicionando o percentual de 10%
referente à multa do artigo 523, § 1º, do CPC, e de 10% dos honorários advocatícios já arbitrados nesta
decisão, caso não tenham sido incluídos na planilha do credor.

Providencie a Secretaria a minuta.

Restando negativa, proceda-se a Secretaria com a pesquisa ao RENAJUD. Ressalto que, conforme
previsão dos artigos 3º, § 15º, e 7º-A do Decreto-Lei 911/1969, com redação dada pela Lei 13.043/2014,
fica inviabilizada a penhora de veículos com gravame de alienação fiduciária ou arrendamento mercantil
(leasing).

Sem êxito, defiro a consulta ao sistema INFOJUD, devendo a Secretaria manter as informações obtidas
guardadas em pasta própria neste Juízo, a fim de resguardar o sigilo, nos termos do artigo 773 do CPC.
Após o resultado positivo, intime-se a credora para manifestação sobre a declaração de rendimentos e
bens e, diante do sigilo, não poderá a parte reproduzi-la. Uma vez consultada e, aposto o ciente do i.
causídico, será imediatamente destruída na Secretaria da Vara.

Caso as diligências acima deferidas revelem-se infrutíferas, intime-se a parte credora para que promova o
regular andamento do processo, no prazo de 5 (cinco) dias, sendo necessária a indicação de forma clara e
objetiva de providência ainda não realizada nos autos, apta a garantir a satisfação do crédito.

Ultrapassado o referido prazo sem manifestação, os autos serão remetidos ao arquivo, independentemente
de baixa e de recolhimento de custas, não havendo nenhum prejuízo à parte credora, a qual poderá, a
qualquer tempo, por simples petição e independente do recolhimento de custas, requerer o
prosseguimento do feito na hipótese de identificação de patrimônio da parte devedora que possa
responder pela dívida exigida nos autos.

Intimem-se.

BRASÍLIA, DF,25 de agosto de 201715:27:25.

THAISSA DE MOURA GUIMARAES

Juíza de Direito

Número do documento: 17082515524287100000008869353


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17082515524287100000008869353
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 25/08/2017 15:52:42 Num. 9143071 - Pág. 2
Número do documento: 17082515524287100000008869353
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17082515524287100000008869353
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 25/08/2017 15:52:42 Num. 9143071 - Pág. 3
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que transcorreu "in albis" o prazo realização de pagamento voluntário.

De ordem, com espeque na Portaria 01/2015, encaminho os autos para consulta ao sistema
BACENJUD.

BRASÍLIA, DF,26 de setembro de 201714:31:23.

JANAINA SIMAS SOUZA

Servidor Geral

Número do documento: 17092614313985900000009647539


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17092614313985900000009647539
Assinado eletronicamente por: JANAINA SIMAS SOUZA - 26/09/2017 14:31:39 Num. 9934985 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20VARCVBSB
20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que anexei aos autos o protocolo de recebimento da pesquisa de valores realizada via
sistema BACENJUD.

Faço os autos conclusos.

BRASÍLIA, DF, 11 de outubro de 2017 15:11:23.

EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR

Servidor Geral

Número do documento: 17101115121079800000010071359


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17101115121079800000010071359
Assinado eletronicamente por: EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR - 11/10/2017 15:12:10 Num. 10366404 - Pág. 1
BacenJud 2.0 https://www3.bcb.gov.br/bacenjud2/protocolarOrdemBV.do?method=p...

ejuaa.thaissa
BacenJud 2.0 - Sistema de Atendimento ao Poder quarta-feira,
Judiciário 11/10/2017
Minutas | Protocolamento | Ordens judiciais | Delegações | Não Respostas | Contatos de I. Financeira | Relatórios
Gerenciais | Ajuda | Sair

Recibo de Protocolamento de Ordens Judiciais de Transferências, Desbloqueios e/ou Reiterações


para Bloqueio de Valores

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Dados do bloqueio
Número do Protocolo: 20170005235763
Número do Processo: 0722963-93.17
Tribunal: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS
Vara/Juízo: 1741 - 20ª Vara Cível de Brasília
Juiz Solicitante do Bloqueio: Thaissa de Moura Guimaraes
Tipo/Natureza da Ação: Ação Cível
CPF/CNPJ do Autor/Exeqüente da Ação:
Nome do Autor/Exeqüente da Ação: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

Relação de réus/executados
• Para exibir os detalhes de todos os réus/executados clique aqui.
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01.633.890/0001-31 - DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF


[Total bloqueado (bloqueio original e reiterações):R$6.288,98] [Quantidade atual de não respostas: 0]

Respostas
BCO BRASIL / Todas as Agências / Todas as Contas
Data/Hora Tipo de Ordem Juiz Valor Resultado Saldo Data/Hora
Protocolo Solicitante (R$) (R$) Bloqueado Cumprimento
Remanescente
(R$)
(03)
Cumprida
Thaissa de parcialmente
28/09/2017 29/09/2017
Bloq. Valor Moura 666.837,45 por 6.215,25
18:39 05:46
Guimaraes insuficiência
de saldo.
6.215,25
Transf. Valor
ID:072017000012861520
Thaissa de
11/10/2017 Instituição:BANCO DO Não
Moura 6.215,25 - -
14:23:08 BRASIL SA enviada
Guimaraes
Agência:4200
Tipo créd. jud:Geral

BCO BRB / Todas as Agências / Todas as Contas


Data/Hora Tipo de Ordem Juiz Valor Resultado Saldo Data/Hora
Protocolo Solicitante (R$) (R$) Bloqueado Cumprimento
Remanescente
(R$)
(03)
Cumprida
Thaissa de parcialmente
28/09/2017 29/09/2017
Bloq. Valor Moura 666.837,45 por 43,02
18:39 07:19
Guimaraes insuficiência
de saldo.
43,02
Thaissa de
11/10/2017 Não
Desb. Valor Moura 43,02 - -
14:23:08 enviada
Guimaraes

1 de 2 11/10/2017 14:23
Número do documento: 17101115121105800000010071390
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17101115121105800000010071390
Assinado eletronicamente por: EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR - 11/10/2017 15:12:11 Num. 10366436 - Pág. 1
BacenJud 2.0 https://www3.bcb.gov.br/bacenjud2/protocolarOrdemBV.do?method=p...

CAIXA ECONOMICA FEDERAL / Todas as Agências / Todas as Contas


Data/Hora Tipo de Ordem Juiz Valor Resultado Saldo Data/Hora
Protocolo Solicitante (R$) (R$) Bloqueado Cumprimento
Remanescente
(R$)
(03)
Cumprida
Thaissa de parcialmente
28/09/2017 29/09/2017
Bloq. Valor Moura 666.837,45 por 30,71
18:39 02:21
Guimaraes insuficiência
de saldo.
30,71
Thaissa de
11/10/2017 Não
Desb. Valor Moura 30,71 - -
14:23:08 enviada
Guimaraes

Não Respostas
Não há não-resposta para este réu/executado

2 de 2 11/10/2017 14:23
Número do documento: 17101115121105800000010071390
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17101115121105800000010071390
Assinado eletronicamente por: EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR - 11/10/2017 15:12:11 Num. 10366436 - Pág. 2
BacenJud 2.0 https://www3.bcb.gov.br/bacenjud2/protocolarMinutaBV.do?method=p...

ejuaa.thaissa
BacenJud 2.0 - Sistema de Atendimento ao Poder quinta-feira,
Judiciário 28/09/2017
Minutas | Protocolamento | Ordens judiciais | Delegações | Não Respostas | Contatos de I. Financeira | Relatórios
Gerenciais | Ajuda | Sair

Recibo de Protocolamento de Bloqueio de Valores

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Dados do bloqueio
Situação da Solicitação: Ordem Judicial ainda não disponibilizada para as Instituições
Financeiras
As ordens judiciais protocoladas até às 19h00min dos dias úteis serão
consolidadas, transformadas em arquivos de remessa e disponibilizadas
simultaneamente para todas as Instituições Financeiras até às 23h00min do
mesmo dia. As ordens judiciais protocoladas após às 19h00min ou em dias não
úteis serão tratadas e disponibilizadas às Instituições Financeiras no arquivo
de remessa do dia útil imediatamente posterior.
Número do Protocolo: 20170005235763
Data/Horário de protocolamento: 28/09/2017 18h39
Número do Processo: 0722963-93.17
Tribunal: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS
Vara/Juízo: 1741 - 20ª Vara Cível de Brasília
Juiz Solicitante do Bloqueio: Thaissa de Moura Guimaraes
Tipo/Natureza da Ação: Ação Cível
CPF/CNPJ do Autor/Exeqüente da Ação:
Nome do Autor/Exeqüente da Ação: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

Relação dos Réus/Executados


Réu/Executado Valor a Contas e Aplicações Financeiras Atingidas
Bloquear
01.633.890/0001-31 : DIRETORIO REGIONAL 666.837,45 Instituições financeiras com relacionamentos
DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF com o CPF/CNPJ no momento da protocolização.

1 de 1 28/09/2017 18:39
Número do documento: 17101115121120100000010071396
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17101115121120100000010071396
Assinado eletronicamente por: EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR - 11/10/2017 15:12:11 Num. 10366442 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO

Em virtude do resultado positivo da diligência, converto em penhora o bloqueio realizado via Sistema
BACENJUD.

Observem as partes que, em que pese o disposto no artigo 854, § 5º, do Código de Processo Civil, é certo
que os valores não transferidos imediatamente para conta judicial permanecem sem qualquer correção
monetária ou remuneração até a solução das eventuais manifestações das partes, acarretando danos tanto
ao credor quanto ao devedor.

Desta forma, declaro efetivada em penhora o bloqueio realizado e promovo, nesta data, a transferência do
valor bloqueado para conta a disposição deste Juízo, conforme protocolo em anexo, ficando a instituição
financeira, na pessoa do gerente geral da agência ali consignada, como depositário fiel da quantia ora
penhorada.

Dispensada a lavratura de termo de penhora, na forma do artigo 854, § 5º, do referido diploma legal.

Fica o devedor intimado por simples publicação do bloqueio, transferência e penhora, podendo se
manifestar nos termos do artigo 854, § 3º, do CPC, em 5 dias.

Transcorrido o prazo sem manifestação, desde já defiro a expedição de alvará em nome do credor.

Após, cumpra-se a decisão que recebeu o pedido de cumprimento de sentença, no tocante aos demais
sistemas não diligenciados.

Intimem-se.

BRASÍLIA, DF,19 de outubro de 201717:54:26.

THAISSA DE MOURA GUIMARAES

Juíza de Direito

Número do documento: 17101918432424400000010122401


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17101918432424400000010122401
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 19/10/2017 18:43:24 Num. 10418379 - Pág. 1
Número do documento: 17101918432424400000010122401
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17101918432424400000010122401
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 19/10/2017 18:43:24 Num. 10418379 - Pág. 2
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que decorreu o prazo para impugnação da penhora.

Em cumprimento à decisão de id 10418379, encaminho os autos para expedição de alvará.

BRASÍLIA, DF,6 de novembro de 201716:29:04.

JANAINA SIMAS SOUZA

Servidor Geral

Número do documento: 17110616305162300000010684139


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17110616305162300000010684139
Assinado eletronicamente por: JANAINA SIMAS SOUZA - 06/11/2017 16:30:51 Num. 10989334 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20VARCVBSB
20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001


Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)
EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

ALVARÁ DE LEVANTAMENTO

Banco do Brasil

A Dra. THAISSA DE MOURA GUIMARAES, Juíza de Direito da 20ª Vara Cível de Brasília,
AUTORIZA o Sr. Gerente do BANCO DO BRASIL S/A, agência 4200, ou quem suas vezes fizer, em
cumprimento à determinação de ID 10418379, entregar a ALCOFORADO ADVOGADOS
ASSOCIADOS SC - EPP - CNPJ: 26.444.935/0001-50 (EXEQUENTE), a importância de R$ 6.215,25
(seis mil e duzentos e quinze reais e vinte e cinco centavos), mais acréscimos legais sobre essa quantia
porventura existentes, quantia esta depositada, conforme a seguir discriminado, à disposição deste Juízo.

ID n°: 072017000012861520

Data do Bloqueio: 11/10/2017

Valor do Bloqueio: R$ 6.215,25

O Dr. Luis Carlos Alcoforado, OAB/DF nº 7.202, possui poderes para receber valores e dar quitação
outorgados conforme documento de ID 9127541.

BRASÍLIA, DF, 9 de novembro de 2017 16:34:08.

THAISSA DE MOURA GUIMARAES

Número do documento: 17110917194218700000010684571


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17110917194218700000010684571
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 09/11/2017 17:19:42 Num. 10989774 - Pág. 1
Juiz de Direito Substituto

Número do documento: 17110917194218700000010684571


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17110917194218700000010684571
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 09/11/2017 17:19:42 Num. 10989774 - Pág. 2
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que o alvará foi expedido e assinado e está à disposição da parte interessada.

De ordem, com espeque na Portaria 01/2015, encaminho os autos para consulta ao sistema RENAJUD.

BRASÍLIA, DF,13 de novembro de 201716:09:26.

JANAINA SIMAS SOUZA

Servidor Geral

Número do documento: 17111316100340500000010888487


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17111316100340500000010888487
Assinado eletronicamente por: JANAINA SIMAS SOUZA - 13/11/2017 16:10:04 Num. 11196811 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que a pesquisa via RENAJUD foi infrutífera, conforme documentos que junto nesta
oportunidade. Em cumprimento à decisão retro, e com fulcro na Portaria nº 01/2015, encaminho os autos
para pesquisa de bens via INFOJUD.

BRASÍLIA, DF,14 de novembro de 201714:29:09.

LUIZA ARAGAO DE SA

Servidor Geral

Número do documento: 17111414300717900000010921366


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17111414300717900000010921366
Assinado eletronicamente por: LUIZA ARAGAO DE SA - 14/11/2017 14:30:07 Num. 11230159 - Pág. 1
RENAJUD - Restrições Judiciais Sobre Veículos Automotores Página 1 de 1

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Número do documento: 17111414300756800000010921410
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17111414300756800000010921410
Assinado eletronicamente por: LUIZA ARAGAO DE SA - 14/11/2017 14:30:07 Num. 11230204 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

De ordem, com espeque na Portaria 01/2015 e em cumprimento à decisão retro, tendo em vista que a
pesquisa no sistema INFOJUD restou infrutífera, fica a parte credora intimada a dar andamento ao feito
no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de extinção.

BRASÍLIA, DF,14 de novembro de 201715:24:21.

LUIZA ARAGAO DE SA

Servidor Geral

Número do documento: 17111415254841700000010926173


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17111415254841700000010926173
Assinado eletronicamente por: LUIZA ARAGAO DE SA - 14/11/2017 15:25:48 Num. 11235025 - Pág. 1
Página 1 de 1

INFORMAÇÕES AO JUDICIÁRIO

Não consta declaração para os dados informados.

Voltar

https://cav.receita.fazenda.gov.br/servicos/ATSDR/decjuiz/erro.asp?erro=Não%20con... 14/11/2017
Número do documento: 17111415254863400000010926241
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17111415254863400000010926241
Assinado eletronicamente por: LUIZA ARAGAO DE SA - 14/11/2017 15:25:48 Num. 11235094 - Pág. 1
Página 1 de 1

INFORMAÇÕES AO JUDICIÁRIO

Não consta declaração para os dados informados.

Voltar

https://cav.receita.fazenda.gov.br/servicos/ATSDR/decjuiz/erro.asp?erro=Não%20con... 14/11/2017
Número do documento: 17111415254882000000010926250
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17111415254882000000010926250
Assinado eletronicamente por: LUIZA ARAGAO DE SA - 14/11/2017 15:25:48 Num. 11235104 - Pág. 1
Página 1 de 1

INFORMAÇÕES AO JUDICIÁRIO

Não consta declaração para os dados informados.

Voltar

https://cav.receita.fazenda.gov.br/servicos/ATSDR/decjuiz/erro.asp?erro=Não%20con... 14/11/2017
Número do documento: 17111415254898300000010926264
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17111415254898300000010926264
Assinado eletronicamente por: LUIZA ARAGAO DE SA - 14/11/2017 15:25:49 Num. 11235118 - Pág. 1
Petição incluída em PDF.

Número do documento: 17112418224427500000011226016


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17112418224427500000011226016
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 24/11/2017 18:22:44 Num. 11539345 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMA SENHORA JUÍZA DE DIREITO DA 20ª VARA
CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIARIA DE BRASÍLIA – DF

PROCESSO N. 0722963-93.2017.8.07.0001

ALCOFORADO ADVOGADOS já ASSOCIADOS,


devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, em que
contende com o PARTIDO DOS TRABALHADORES, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado, em
atenção ao r. despacho, informar e requerer o que segue.

I. BREVE SÍNTESE FÁTICA

Trata-se de cumprimento de sentença por meio do qual


pretende o Exequente o adimplemento de crédito constituído pela sentença
do processo originário, onde o Executado foi condenado a quitar obrigação
oriunda de termo de assunção por serviços prestados e não quitados na
campanha eleitoral de 2014 do então candidato Agnelo Queiroz, sob os
seguintes termos:

“(...)Ante o exposto, com fulcro no art. 487, I, do


CPC, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado para

Página 1 de 7

Número do documento: 17112418224444300000011226145


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17112418224444300000011226145
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 24/11/2017 18:22:44 Num. 11539476 - Pág. 1
o fim de condenar o partido requerido ao pagamento da
importância de R$ 325.500,00 (trezentos e vinte e cinco
mil e quinhentos reais), sobre a qual incidirá correção
monetária desde o ajuizamento da demanda e juros
legais de 1% ao mês a contar da citação.
Em conseqüência, condeno o partido réu ao
pagamento das custas processuais e dos honorários
advocatícios fixados em 10% do valor da condenação.
(...)”

Impõe-se esclarecer que a ação de cobrança originou-se de


Termo de Assunção assinado pelo Executado por força de decisão de seu
órgão nacional de direção partidária, mediante intervenção do diretório
regional do Distrito Federal, para que houvesse assunção dos débitos
resultantes de campanha eleitoral, mediante cronograma de quitação em
cinco parcelas iguais consecutivas, iniciando-se no dia 10 de dezembro de
2014 e findando-se em 10 de abril de 2015.

Intimado o Executado do procedimento em questão, quedou-se


inerte em satisfazer espontaneamente a obrigação que lhe foi imputada,
determinando, então, este d. Juízo outras medidas de constrição
patrimonial, tais como BACENJUD, RENAJUD e INFOJUD, as quais, no
entanto, restaram infrutíferas.

II. DO REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO AO PARTIDO


DOS TRABALHADORES EM NÍVEL NACIONAL

O art. 16 do Estatuto do Partido dos Trabalhadores, anexado


aos autos às fls. 60/104 do processo originário, subdivide o partido em
instâncias nacional, estaduais, municipais e zonais.

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Número do documento: 17112418224444300000011226145


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17112418224444300000011226145
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 24/11/2017 18:22:44 Num. 11539476 - Pág. 2
“Art. 16. São instâncias e órgãos do Partido:
A) Instâncias:
I – o Congresso Nacional, os Encontros Nacional,
Estaduais, Municipais e Zonais;
II – o Diretório Nacional, os Diretórios Estaduais,
Municipais, Zonais, e suas respectivas
Comissões Executivas;
III – os Núcleos de Base;
IV – os Setoriais.”

O Executado é considerado pelo partido como Diretório


1
Estadual e subordina-se às instâncias e aos organismos nacionais,
conforme o que dispõe o art. 17 do estatuto supra.

“Art. 17. As instâncias e quaisquer organismos


territoriais de nível zonal subordinam-se às instâncias de
nível municipal, as quais estão subordinadas às de nível
estadual, que, por sua vez, se subordinam às instâncias e
aos organismos nacionais.”

Referida subordinação pode ser observada em diversos pontos


do estatuto, como no que trata do orçamento do partido, em que consta que
as instâncias partidárias de cada nível devem aprovar o orçamento anual
encaminhando proposta aos membros do Diretório Nacional.

Além da prestação de contas, o Diretório Nacional possui,


dentre suas competências, o poder de decretar intervenção nos diretórios
hierarquicamente inferiores, e, portanto, subordinados, como o foi
realizado no Executado, nos termos do art. 229 do estatuto.

“Art. 229. As instâncias de direção poderão intervir


nas hierarquicamente inferiores para:
I – manter a integridade partidária;
II– garantir o exercício da democracia interna, dos
direitos dos filiados, das filiadas e das minorias;

1
Art. 263. Para fins de organização e de administração partidária, o Distrito Federal equivale a estado.

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Número do documento: 17112418224444300000011226145


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17112418224444300000011226145
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 24/11/2017 18:22:44 Num. 11539476 - Pág. 3
III– assegurar a disciplina e a fidelidade partidárias;
IV – reorganizar as finanças e as transferências de
recursos para outras instâncias partidárias, previstas
neste Estatuto;
V– normalizar o controle das filiações partidárias;
VI – impedir acordo ou coligação com outros partidos
em desacordo com as decisões superiores;
VII – preservar as normas estatutárias, a ética
partidária, os princípios programáticos ou a linha
política fixada pelos órgãos competentes;
VIII – garantir o cumprimento das disposições
partidárias sobre o processo político-eleitoral.” (destacou-
se)

Com o decreto de intervenção, foi realizado Termo de


Assunção de Obrigações Resultantes de Débitos de Campanha Eleitoral –
Cargo de Governador do Distrito Federal, por meio do qual foi resolvido
que as dívidas contraídas pela campanha eleitoral do cargo de Governador
do DF seriam assumidas pelo Executado.

Ressalta-se que, segundo a Lei 9.504/97, referida assunção de


dívidas deve, necessariamente, ser aprovada por decisão do órgão nacional
de direção partidária, o que revela conhecimento e autorização do Diretório
Nacional da dívida objeto da presente execução.

Como os órgãos inferiores subordinam-se aos superiores, tanto


política quanto economicamente, é manifesta a relação umbilical daqueles,
que necessitam de aportes monetários para garantir suas subsistências e as
dívidas contraídas.

Assim, os partidos apenas subdividem-se como forma de


organização político-administrativa, o que já é plenamente reconhecido
pela jurisprudência pátria, como se depreende do precedente abaixo
colacionado, do Eg. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ:

Página 4 de 7

Número do documento: 17112418224444300000011226145


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17112418224444300000011226145
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 24/11/2017 18:22:44 Num. 11539476 - Pág. 4
“APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO.
EXECUÇÃO CONTRA PARTIDO POLÍTICO.
DIRETÓRIO ESTADUAL. LEGITIMIDADE PARA
RESPONDER POR OBRIGAÇÃO ATRIBUÍDA A
DIRETÓRIO MUNICIPAL. FUNDO PARTIDÁRIO.
PENHORABILIDADE.
1. O partido político têm caráter nacional (art. 17,
inciso I, da Constituição Federal), possuindo
personalidade una, constituindo-se em diferentes
esferas de atuação (municipal, estadual e nacional) tão
somente para fins político-administrativos. Logo,
perfeitamente possível que órgão estadual do partido
responda com recursos a ele atribuídos por obrigação
pertinente a órgão municipal, representando a
distribuição de recursos entre esses órgãos questão
"interna corporis" que não elide a responsabilidade
patrimonial da pessoa jurídica como um todo.
(...)” (destacou-se)2

A hipótese assemelha-se à formação de grupo econômico, que


se caracteriza quando uma ou mais empresas se encontram sob a
administração de outra, ainda que possuam CNPJs distintos.

Em tais casos, eventuais execuções instauradas em desfavor de


uma empresa filial podem ser redirecionadas à matriz, por exemplo.

Convém ressaltar que a tese em questão, de analogia de grupo


econômico com partidos políticos, de âmbito nacional e estadual, é
reconhecida jurisprudencialmente, nos termos do julgado abaixo transcrito,
do Eg. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO:

“I - DIREITO DO TRABALHO. RECURSO


ORDINÁRIO DO RECLAMADO. RECLAMAÇÃO
CONTRA PARTIDO POLÍTICO. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA DOS DIRETÓRIOS NACIONAL E

2
TJPR - 8ª C.Cível - AC - 419920-4 - Paranavaí - Rel.: José Sebastiao Fagundes Cunha - Rel.Desig. p/ o
Acórdão: Macedo Pacheco - Por maioria - J. 09.08.2007

Página 5 de 7

Número do documento: 17112418224444300000011226145


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17112418224444300000011226145
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 24/11/2017 18:22:44 Num. 11539476 - Pág. 5
ESTADUAL. Mesmo dispondo de CNPJs distintos, é
inequívoco que tanto o Diretório Nacional quanto o
Estadual são órgãos de direção e de ação do Partido,
não havendo como negar a responsabilidade solidária
do Diretório Nacional em relação às obrigações
assumidas pelo Diretório Estadual. A situação
assemelha-se à do grupo econômico, que se caracteriza
quando há controle de uma empresa sobre as demais,
numa relação vertical ou de hierarquia, ou ainda entre
empresas que possuem apenas uma relação de
coordenação horizontal. Não resta a menor dúvida de
que trabalham ambos, Diretório Nacional e Estadual,
em prol do Partido, havendo uma relação de
coordenação para possibilitar uma atuação partidária
mais efetiva.
(...)”(destacou-se)3

Didaticamente, os Diretórios Estaduais, Municipais e Zonais


do partido funcionam como empresas controladas, enquanto o Diretório
Nacional funciona como empresa controladora do grupo econômico,
respondendo solidariamente por dívidas contraídas por seus subordinados.

III. CONCLUSÃO

Por todo o exposto, requer o Exequente o redirecionamento da


execução, decretando-se constrição de bens e valores do PARTIDO DOS
TRABALHADORES DIRETÓRIO NACIONAL, inscrito no CNPJ sob
o n. 00.676.262/0001-70, sediado em SCS Quadra 02, Bloco C, N. 256,
Lote 36, Andar 1, 2 e 3, Edifício Toufic, Asa Sul, CEP n. 70.302-000,
Brasília – DF, por meio dos sistemas BACENJUD, RENAJUD e
INFOJUD, até o montante necessário ao saldo do crédito constante na
planilha acostada na exordial do cumprimento de sentença. (ID 9127521)

3
TRT-6 - RO: 4600082009506 PE 0004600-08.2009.5.06.0018, Relator: Virgínia Malta Canavarro, Data
de Publicação: 23/04/2010

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Número do documento: 17112418224444300000011226145


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17112418224444300000011226145
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 24/11/2017 18:22:44 Num. 11539476 - Pág. 6
Subsidiariamente, requer a inclusão do PARTIDO DOS
TRABALHADORES DIRETÓRIO NACIONAL no polo passivo da
execução, requerendo, desde já, sua intimação para efetuar o pagamento da
dívida, conforme planilha acostada na exordial do cumprimento de
sentença. (ID 9127521)

Termos em que pede deferimento.


Brasília/DF, 24 de novembro de 2017.

LUIS ROBERTO ALCOFORADO MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA


OAB/DF N. 15.482/E OAB/DF N. 47.037

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Número do documento: 17112418224444300000011226145


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17112418224444300000011226145
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 24/11/2017 18:22:44 Num. 11539476 - Pág. 7
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Número do documento: 17112418224461300000011226228
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Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 24/11/2017 18:22:44 Num. 11539560 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO

A dificuldade para encontrar bens de propriedade de pessoa jurídica para satisfazer o crédito do credor
não é motivo suficiente para que seja deferida a desconsideração da personalidade jurídica do devedor.

Segundo o art. 50 do CC, o juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica apenas quando
demonstrado no processo o abuso da personalidade jurídica, caracterizado pela prática de ato fraudulento,
desvio de finalidade ou exercício abusivo de direito por parte da parte executada, condições essenciais
para o deferimento da medida pleiteada.

Desta forma, o atendimento do pleito de desconsideração fica condicionado à comprovação de qualquer


das hipóteses retro, o que não ocorreu no caso em análise.

Considerando o disposto na Portaria Conjunta n.º 73 do eg. TJDFT e no Provimento n.º 9 da Corregedoria
da Justiça do Distrito Federal, publicados em 08/10/2010, bem como a necessidade de cumprimento de
Metas Prioritárias n.º 1 e 3 do CNJ, fica a parte credora intimada a promover o andamento do feito, no
prazo de 5 dias, sob pena de extinção, na forma do art. 485, IV, do Código de Processo Civil.

Ressalte-se que, nos termos da Portaria Conjunta, para obstar a extinção do feito não será suficiente a
formulação de novo pedido de suspensão ou mero pedido de vista dos autos, sendo necessária indicação
de forma clara e objetiva de providência (ainda não realizada nos autos), apta a garantir a satisfação do
crédito.

Em caso de extinção do feito, será fornecida ao credor certidão de crédito quanto ao objeto da execução,
independentemente do recolhimento de custas, assegurando-lhe a retomada do feito, caso, após a
arquivamento dos autos, venha a encontrar meios para a satisfação do crédito.

O arquivamento dos autos não importará em baixa do nome do devedor do Cartório de Distribuição
porque ainda pendente a dívida objeto dos autos.

Alternativamente, o exequente poderá requerer a suspensão do processo por um ano, no termos do art.
921, § 1º, do CPC. O processo permanecerá em arquivo provisório, sem baixa das partes, assegurado o

Número do documento: 17120821055328800000011529758


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17120821055328800000011529758
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 08/12/2017 21:05:53 Num. 11847816 - Pág. 1
seu desarquivamento a qualquer tempo, caso a parte credora localize bens do devedor.

Intimem-se.

BRASÍLIA, DF, 8 de dezembro de 201718:53:44.

THAISSA DE MOURA GUIMARAES

Juíza de Direito

Número do documento: 17120821055328800000011529758


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17120821055328800000011529758
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 08/12/2017 21:05:53 Num. 11847816 - Pág. 2
Petição anexada em PDF

Número do documento: 18012217534215600000012397590


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18012217534215600000012397590
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 22/01/2018 17:53:42 Num. 12744097 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMA SENHORA JUÍZA DE DIREITO DA 20ª VARA
CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIARIA DE BRASÍLIA – DF

PROCESSO N. 0722963-93.2017.8.07.0001

ALCOFORADO ADVOGADOS já ASSOCIADOS,


devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, em que
contende com o PARTIDO DOS TRABALHADORES, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado, em
atenção ao r. despacho, informar e requerer o que segue.

Trata-se de cumprimento de sentença por meio do qual


pretende o Exequente o adimplemento de crédito constituído pela sentença
do processo originário, onde o Executado foi condenado a quitar obrigação
oriunda de termo de assunção por serviços prestados e não quitados na
campanha eleitoral de 2014 do então candidato Agnelo Queiroz, sob os
seguintes termos:

“(...)Ante o exposto, com fulcro no art. 487, I, do


CPC, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado para
o fim de condenar o partido requerido ao pagamento da
importância de R$ 325.500,00 (trezentos e vinte e cinco

Página 1 de 5

Número do documento: 18012217534234400000012397958


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Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 22/01/2018 17:53:42 Num. 12744486 - Pág. 1
mil e quinhentos reais), sobre a qual incidirá correção
monetária desde o ajuizamento da demanda e juros
legais de 1% ao mês a contar da citação.
Em conseqüência, condeno o partido réu ao
pagamento das custas processuais e dos honorários
advocatícios fixados em 10% do valor da condenação.
(...)”

Impõe-se esclarecer que a ação de cobrança originou-se de


Termo de Assunção assinado pelo Executado por força de decisão de seu
órgão nacional de direção partidária, mediante intervenção do diretório
regional do Distrito Federal, para que houvesse assunção dos débitos
resultantes de campanha eleitoral, mediante cronograma de quitação em
cinco parcelas iguais consecutivas, iniciando-se no dia 10 de dezembro de
2014 e findando-se em 10 de abril de 2015.

Intimado o Executado do procedimento em questão, quedou-se


inerte em satisfazer espontaneamente a obrigação que lhe foi imputada,
determinando, então, este d. Juízo outras medidas de constrição
patrimonial, tais como BACENJUD, RENAJUD e INFOJUD, as quais, no
entanto, restaram infrutíferas.

Por meio da petição de ID11539345, o Exequente requereu,


então, o redirecionamento da execução ao Diretório Nacional do
Executado, o que foi indeferido por Vossa Excelência em razão de não se
verificar os requisitos ensejadores de desconsideração da personalidade
jurídica.

Todavia, insta esclarecer que não se trata de desconsideração


da personalidade jurídica, mas sim o redirecionamento da execução a outra
pessoa jurídica, da maneira permitida por legislação e jurisprudência
pátrias a empresas integrantes de mesmo grupo econômico, em razão da
solidariedade das dívidas.

Página 2 de 5

Número do documento: 18012217534234400000012397958


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Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 22/01/2018 17:53:42 Num. 12744486 - Pág. 2
Convém ressaltar que a tese em questão, de analogia de grupo
econômico com partidos políticos, de âmbito nacional e estadual, é
reconhecida jurisprudencialmente, nos termos do julgado abaixo transcrito,
do Eg. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO:

“I - DIREITO DO TRABALHO. RECURSO


ORDINÁRIO DO RECLAMADO. RECLAMAÇÃO
CONTRA PARTIDO POLÍTICO. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA DOS DIRETÓRIOS NACIONAL E
ESTADUAL. Mesmo dispondo de CNPJs distintos, é
inequívoco que tanto o Diretório Nacional quanto o
Estadual são órgãos de direção e de ação do Partido,
não havendo como negar a responsabilidade solidária
do Diretório Nacional em relação às obrigações
assumidas pelo Diretório Estadual. A situação
assemelha-se à do grupo econômico, que se caracteriza
quando há controle de uma empresa sobre as demais,
numa relação vertical ou de hierarquia, ou ainda entre
empresas que possuem apenas uma relação de
coordenação horizontal. Não resta a menor dúvida de
que trabalham ambos, Diretório Nacional e Estadual,
em prol do Partido, havendo uma relação de
coordenação para possibilitar uma atuação partidária
mais efetiva.
(...)”(destacou-se)1

Didaticamente, os Diretórios Estaduais, Municipais e Zonais


do partido funcionam como empresas controladas, enquanto o Diretório
Nacional funciona como empresa controladora do grupo econômico,
respondendo solidariamente por dívidas contraídas por seus subordinados.

Outrossim, ainda que se tratasse de desconsideração da


personalidade jurídica, os requisitos do instituto estariam configurados, eis
que o art. 50 do Código Civil brasileiro permite a aplicação diante da
ocorrência de confusão patrimonial, o que se verifica no presente caso.
1
TRT-6 - RO: 4600082009506 PE 0004600-08.2009.5.06.0018, Relator: Virgínia Malta Canavarro, Data
de Publicação: 23/04/2010

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Número do documento: 18012217534234400000012397958


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Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 22/01/2018 17:53:42 Num. 12744486 - Pág. 3
Ora, pesquisas realizadas em nome do Executado revelaram a
inexistência de fundos e bens, não obstante o pleno funcionamento das
atividades do partido, no endereço W3 Sul - CRS 505 Bloco A, Loja 28,
Asa Sul, Brasília – DF.

Não se demonstra razoável que o Executado esteja desprovido


de patrimônio quando suas atividades se encontram ativas.

Tal fato revela que há, sim, patrimônio, mas que se encontra
sendo utilizado às escuras, em manifesta afronta ao credor e à legislação
pátria.

Por todo o exposto, requer:

a. o redirecionamento da execução, decretando-se constrição


de bens e valores do PARTIDO DOS
TRABALHADORES DIRETÓRIO NACIONAL,
inscrito no CNPJ sob o n. 00.676.262/0001-70, sediado em
SCS Quadra 02, Bloco C, N. 256, Lote 36, Andar 1, 2 e 3,
Edifício Toufic, Asa Sul, CEP n. 70.302-000, Brasília –
DF, por meio dos sistemas BACENJUD, RENAJUD e
INFOJUD, até o montante necessário ao saldo do crédito
constante na planilha acostada na exordial do cumprimento
de sentença (ID 9127521);

b. subsidiariamente, a desconsideração da personalidade


jurídica, a fim de se decretar a constrição de bens e valores
do PARTIDO DOS TRABALHADORES DIRETÓRIO
NACIONAL, inscrito no CNPJ sob o n. 00.676.262/0001-
70, sediado em SCS Quadra 02, Bloco C, N. 256, Lote 36,
Andar 1, 2 e 3, Edifício Toufic, Asa Sul, CEP n. 70.302-
000, Brasília – DF, por meio dos sistemas BACENJUD,
RENAJUD e INFOJUD, até o montante necessário ao

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Número do documento: 18012217534234400000012397958


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18012217534234400000012397958
Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 22/01/2018 17:53:42 Num. 12744486 - Pág. 4
saldo do crédito constante na planilha acostada na exordial
do cumprimento de sentença (ID 9127521); ou

c. a realização de pesquisa ao sistema INFOJUD dos últimos


5 (cinco) anos, considerando que a última pesquisa
realizada contemplou única e exclusivamente o ano de
2017.

Termos em que pede deferimento.


Brasília/DF, 22 de janeiro de 2018.

MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA


OAB/DF N. 47.037

Página 5 de 5

Número do documento: 18012217534234400000012397958


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Assinado eletronicamente por: MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA - 22/01/2018 17:53:42 Num. 12744486 - Pág. 5
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO

Nada há a prover quanto ao pedido de ID 12744486, uma vez que o pleito já foi objeto de análise por
parte deste Juízo, tendo sido indeferido o pedido de redirecionamento da execução, bem como a
desconsideração da personalidade jurídica, tudo nos termos da preclusa decisão de ID 11847816.

Ademais, destaca-se que nos termos do art. 15-A da Lei nº 9.096/95, que dispõe sobre os partidos
políticos, a responsabilidade, inclusive civil e trabalhista, cabe exclusivamente ao órgão partidário
municipal, estadual ou nacional que tiver dado causa ao não cumprimento da obrigação, à violação de
direito, a dano a outrem ou a qualquer ato ilícito, excluída a solidariedade de outros órgãos de direção
partidária.

Nesse sentido segue a Jurisprudência do Tribunal local, conforme se verifica do seguinte julgado:

EXECUÇÃO. PENHORA. ÓRGÃO PARTIDÁRIO. AUSÊNCIA DE SOLIDARIEDADE. É


inadmissível a penhora em conta corrente de órgão partidário nacional por dívida contraída pelo diretório
distrital, pois expressamente excluída a solidariedade e definida, com exclusividade, a responsabilidade
do órgão que praticar o ato ilícito - - Lei 9.096/95, 15-A e CPC, 655-A, §4º. (Acórdão n.933762,
20150020245784AGI, Relator: FERNANDO HABIBE 4ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento:
09/03/2016, Publicado no DJE: 19/04/2016. Pág.: 385/405).

Assim, concedo ao credor o derradeiro prazo de 15 (quinze) dias para que promova o regular andamento
do processo.

Intimem-se.

BRASÍLIA, DF,23 de janeiro de 201815:43:26.

THAISSA DE MOURA GUIMARAES

Juíza de Direito

Número do documento: 18012318492695500000012427553


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18012318492695500000012427553
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 23/01/2018 18:49:27 Num. 12775977 - Pág. 1
Número do documento: 18012318492695500000012427553
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18012318492695500000012427553
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 23/01/2018 18:49:27 Num. 12775977 - Pág. 2
PETIÇÃO INCLUÍDA EM PDF

Número do documento: 18021919024555400000013225153


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18021919024555400000013225153
Assinado eletronicamente por: ANDRESSA DE OLIVEIRA FERREIRA - 19/02/2018 19:02:45 Num. 13621319 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMA SENHORA JUÍZA DE DIREITO DA 20ª VARA
CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIARIA DE BRASÍLIA – DF

PROCESSO N. 0722963-93.2017.8.07.0001

ALCOFORADO ADVOGADOS já ASSOCIADOS,


devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, em que
contende com o PARTIDO DOS TRABALHADORES, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado, em
atenção ao r. despacho, a realização de pesquisa ao sistema INFOJUD dos
últimos 5 (cinco) anos, considerando que a última pesquisa realizada
contemplou única e exclusivamente o ano de 2017.

Termos em que pede deferimento.

Brasília/DF, 19 de fevereiro de 2018.

MATTHEUS HENRIQUE FERREIRA


OAB/DF N. 47.037

Página 1 de 1

Número do documento: 18021919024567800000013225280


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18021919024567800000013225280
Assinado eletronicamente por: ANDRESSA DE OLIVEIRA FERREIRA - 19/02/2018 19:02:45 Num. 13621449 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO

Indefiro o pedido ID n.13621319, visto que o exeqüente não traz comprovação de alteração da situação
fática que justifique a realização de uma nova pesquisa. Ademais, a declaração que interessa ao processo
é justamente a prestada no ano de 2017.

Considerando a inexistência de indicação de bens passíveis de constrição pelo credor e que foram
esgotadas as pesquisas realizadas por este Juízo, por meio dos sistemas BACENJUD, RENAJUD e
INFOJUD, determino a suspensão do processo por um ano, no termos do art. 921, § 1º, do CPC. O
processo deverá permanecer em \Barquivo provisório\b, sem baixa das partes, assegurado o seu
desarquivamento a qualquer tempo, caso a parte credora localize bens do devedor.

Para atender ao disposto no art. 921, § 4º, do NCPC, na hipótese de não haver indicação de bens para
constrição, o prazo da prescrição intercorrente começará a correr após o decurso de um ano a contar da
presente data.

Intimem-se.

BRASÍLIA, DF,23 de fevereiro de 201817:40:11.

THAISSA DE MOURA GUIMARAES

Juíza de Direito

Número do documento: 18022318082270000000013273577


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18022318082270000000013273577
Assinado eletronicamente por: THAISSA DE MOURA GUIMARAES - 23/02/2018 18:08:22 Num. 13672672 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que não houve manifestação acerca da decisão de ID 1367672.

De ordem, com espeque na Portaria 01/2015, encaminho os autos ao arquivo.

BRASÍLIA, DF,9 de março de 201816:28:53.

EDNALDO JOSE DE ARAUJO JUNIOR

Servidor Geral

Número do documento: 18030916305937800000013976068


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18030916305937800000013976068
Assinado eletronicamente por: EDNALDO JOSE DE ARAUJO JUNIOR - 09/03/2018 16:30:59 Num. 14415110 - Pág. 1
Petição em anexo.

Número do documento: 18073111533293400000019795648


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18073111533293400000019795648
Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 31/07/2018 11:53:32 Num. 20558871 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 20ª VARA CÍVEL DA
CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE BRASÍLIA/DF

PROCESSO Nº. 0722963-93.2017.8.07.0001

ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS, sociedade já


qualificada nos autos do processo em epígrafe, em que contende com o PARTIDO
DOS TRABALHADORES – PT/DF, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, por intermédio de seus procuradores, informar e requerer o que passa a
expor.

I - SÍNTESE FÁTICA

2. Trata-se de cumprimento de sentença iniciado em 23/8/2017, por meio do


qual se pretende a satisfação de crédito oriundo de decisão judicial que condenou o
Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores a quitar obrigação nascida de termo
de assunção de dívida por serviços jurídicos prestados ao então candidato Agnelo
Queiroz, mas não remunerados, na campanha eleitoral de 2014.

3. Em decorrência da ausência de pagamento voluntário, esse d. juízo


ordenou a realização de bloqueio de ativos financeiros por meio do sistema BACENJUD,
medida que, no entanto, foi apenas parcialmente frutífera, mediante a indiponibilidade
de R$ 6.215,25 (seis mil e duzentos e quinze reais e vinte e cinco centavos), malgrado

Página 1 de 25

Número do documento: 18073111533303000000019795717


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18073111533303000000019795717
Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 31/07/2018 11:53:33 Num. 20558941 - Pág. 1
a obrigação perfizesse, naquela ocasião, a importância de R$ 560.923,31 (quinhentos
e sessenta mil novecentos e vinte e três reais e trinta e um centavos).

4. Por consequência, foi realizada busca de bens pelos sistemas RENAJUD e


INFOJUD, sem que, contudo, se lograsse êxito.

5. Por essa razão, o Exequente requereu o redirecionamento da execução, a


fim de que a dívida fosse adimplida pelo Diretório Nacional do Partido dos
Trabalhadores.

6. O pleito, contudo, foi indeferido por esse d. juízo, sob a justificativa de


que não se faziam presentes os requisitos autorizadores da desconsideração da
personalidade jurídica, sobrevindo o arquivamento provisório do cumprimento de
sentença.

7. Impõe-se, no entanto, que se retome o curso da via satisfativa, a fim de


que não se eternize o inadimplemento imotivado de obrigação que se acha abrigada
pela coisa julgada1, sob pena de se configurar enriquecimento ilícito e atentado contra
a dignidade da jurisdição2.

II - ÉTICA E PARTIDO POLÍTICO: DA INAFASTÁVEL SUBMISSÃO ÀS


MEDIDAS CONSTRITIVAS E RESTRITIVAS EM CASO DE INADIMPLEMENTO DE
OBRIGAÇÕES CIVIS

8. É inseparável a relação entre poder, ética e moral.

1
CPC/2015, Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade
satisfativa.
2
CPC/2015, Art. 774. “Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado
que: I - frauda a execução; II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; III - dificulta
ou embaraça a realização da penhora; IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; V - intimado, não indica ao
juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se
for o caso, certidão negativa de ônus. Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante
não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente,
exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.”

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9. Exige-se que o poder seja exercido com bases mínimas de princípios ético-
morais, como realidade purificadora da afirmação da cidadania.

10. O poder, advindo da política, é uma atividade complexa e deve estar em


consonância com a honestidade e a decência, conforme ensina JAIME RODRÍGUEZ-
ARANA:

“[...] en los tiempos que corren, es más urgente, como bien ha señalado
Juan Pablo FUSI, recorda que la politica es una atividade libre y moral
que articula y vertebra la vida en común y que es necesario recobrar el
pulso moral de la politica. Para ello hay que contribuir a que renazcam
em la vida publica los ideales de la virtud ciudadana – auteridad,
sencillez, autodisciplina, renuncia al beneficio privado, mesura,
moderación -, las virtudes que, en suma, se constituyerón en el
fundamento de la libertad de los antiguos.”3

11. Ao se realinhar o exercício da política às balizas morais que se revelam


vitais para a democracia moderna, é de se notar que partido político que assume,
espontaneamente, obrigação civil, mas a descumpre, além de violar regra jurídica,
infringe a ética e a moral públicas.

12. A agremiação partidária inadimplente com suas obrigações, ainda que não
exclusivamente políticas, se mostra despida de ética e moral, e, logo, não tem
legitimidade para se apresentar como opção aos eleitores no intuito de galgar cargos.

13. Ora, se descumpre obrigações privadas e comezinhas, certamente


abandonará os compromissos públicos assumidos e prometidos, em diálogos abertos
na captação de votos.

14. Um partido político que deve e se mantém inerte quanto à dívida


livremente assumida não se acha credenciado a disputar eleição, nem a receber recursos
oriundos do fundo partidário.

3
La Domensión Ética. Madrid: Dykinson, 2001, p. 180.

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15. Ao assumir a obrigação que outrora era intitulada pelo candidato, o
Partido dos Trabalhadores empenhou sua palavra para satisfazer dívida de campanha,
sem a qual não se teria viabilizado a disputa no pleito eleitoral de 2014.

16. Sabe-se que a finalidade essencial do partido político é poder, poder


político, para implementar a ideologia que se projeta no seu plano de governo.

17. Todavia, sem que haja adimplemento de sua obrigação civil livremente
assumida, há impeditivo ético e moral que descredencia o Partido dos Trabalhadores a
ingressar ou permanecer em disputas eleitorais.

18. No caso, o PT não estaria obrigado assumir a dívida de campanha.

19. Entretanto, ao assumi-la, atraiu a obrigação jurídica e o dever ético e moral


de cumprir com sua palavra, sem espaços para traquinagens.

20. Essa é a razão pela qual o art. 35, §3º, III, da Resolução 23.553/2017, exige
seja apontada, na assunção da dívida, a origem dos recursos a serem empregados na
quitação do débito assumido:

Art. 35. Partidos políticos e candidatos podem arrecadar recursos e


contrair obrigações até o dia da eleição.
[...]
§ 3º A assunção da dívida de campanha somente é possível por decisão
do órgão nacional de direção partidária, com apresentação, no ato da
prestação de contas final, de:
[...]
III - indicação da fonte dos recursos que serão utilizados para a
quitação do débito assumido.

21. Ao que parece, a nova norma, embora princípios de ordem moral já


suprissem sua dicção, elencou baliza salutar e de transparência para que a assunção
possa ser operada com observância à boa-fé.

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22. Na hipótese dos autos, o PT ao atrair a obrigação sem revelar a fonte de
onde promanariam os recursos para pagá-la, se comportou dolosamente, em ludíbrio,
com o objetivo de enganar o credor, o que mostra a ausência de credenciais para
participar de disputa eleitoral, por falta de lisura no campo privado, que, certamente,
repercute no campo público.

23. Quer parecer que se está diante da caracterização, ao menos em tese, de


estelionato, mediante a emissão de declaração de vontade para induzir ou manter em
erro a justiça eleitoral e o credor, com o intuito de evitar as penalidades aplicáveis em
caso de ausência de prestação de contas eleitorais.

24. Reforça essa premissa o fato de que, consoante se colhe de pesquisa ao


acervo da justiça eleitoral, o PT/DF deixou de consignar a existência da obrigação ora
vindicada em suas prestações de contas anuais, em completa inobservância ao quanto
determinado pelo inciso III, do §4º, da Resolução n. 23.406/2013, norma regente da
assunção em tela:

Art. 30. Os candidatos, partidos políticos e comitês financeiros poderão


arrecadar recursos e contrair obrigações até o dia da eleição.
[...]
§ 4º Os valores arrecadados para a quitação dos débitos de campanha
a que se refere o § 2º devem:
I – observar os requisitos da Lei nº 9.504/97 quanto aos limites legais de
aplicação e às fontes lícitas de arrecadação;
II – transitar necessariamente pela conta “Doações para Campanha”
do partido político, a qual somente poderá ser encerrada após a
quitação de todos os débitos;
III – constar da prestação de contas anual do partido político até a
integral quitação dos débitos, conforme o cronograma do pagamento e
quitação apresentado por ocasião da assunção da dívida.
[...]

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25. Nesse sentir, a remuneração estabelecida por força de contrato deve ser
adimplida pelo partido político que, voluntariamente, assumiu a responsabilidade por
fazê-lo, sob pena de ter contra si operadas, sem embaraços, de medidas restritivas e
constritivas, possibilitadas pelo art. 139, IV, do Código de Processo Civil.

II.I - VEDAÇÃO DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMO O DO CONTRATO QUE DEU


ORIGEM À DÍVIDA

26. O credor, até o presente momento, foi parcimonioso, buscando, pelas vias
ordinárias, a satisfação de seu crédito.

27. O malogro, contudo, apanhou o credor, que amarga prejuízo em


decorrência do inadimplemento de obrigação incontroversa.

28. Nas circunstâncias atuais, não resta alternativa de ação contra o devedor
contumazmente faltoso, senão a adoção de medidas excepcionais, com o fito de
constranger o partido devedor ao pagamento da dívida assumida, materialmente
transitada em julgado.

29. In casu, não há como se crer razoável a inexistência de pecúnia, bens, ou


qualquer outro tipo de patrimônio passível de penhora para a satisfação da dívida.

30. A agremiação se mantém em pleno gozo de suas funções e as exerce de


forma ativa em prol da cidadania, malgrado tenha sido incapaz de, até o momento,
adimplir dívida nascida na campanha eleitoral de 2014, nem mesmo depois de ter sido
instada no presente feito.

31. Diante do esgotamento de todas as medidas típicas e tradicionais sem a


devida quitação dos débitos reconhecidos por decisão judicial, não se entende legítima
a imposição do arquivamento se, a rigor, a agremiação devedora permanece em plena
atividade, razão por que urge buscar outras medidas que assegurem o cumprimento da
ordem judicial.

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32. Conforme ensina M. Y. MINAMI, a utilização de medidas de coerção
atípicas têm lugar quando as ordinárias “se mostrarem ineficientes e/ou o devedores
valer de ardis para não realizar a prestação devida”.4

33. O artigo 139, IV, do novel CPC confere aos magistrados a possibilidade
de determinar medidas diversas que se mostrem necessárias para assegurar o
cumprimento da ordem judicial, mesma na hipótese de prestações pecuniárias:

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste


Código, incumbindo-lhe:
[...]
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o
cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por
objeto prestação pecuniária;

34. O Código de Processo Civil concedeu poder discricionário ao juiz para a


adoção de medidas que visem a garantir o cumprimento da ordem jurisdicional, em
sintonia com as disposições do já mencionado art. 8º do CPC, o qual inviabiliza a
negação a bens juridicamente tutelados, como, no caso, a dignidade e a propriedade do
profissional de cujos esforços o partido político devedor se valeu.

35. De acordo com cada caso concreto, o juiz deve avaliar quais são as
medidas alternativas mais adequadas a serem aplicadas para a efetivação da tutela
jurisdicional.

36. Na hipótese em tela, os meios ordinários para se alcançar patrimônio capaz


de satisfazer integralmente a prestação jurisdicional se mostraram insuficientes, em
razão de o Executado esquivar-se do cumprimento da obrigação que se arrasta há anos,
com sinalização de suposta falta de dinheiro em caixa, o que, aliado ao fato de que a
agremiação se encontra em plena atividade, sugere ocultação de patrimônio.

4
Breves apontamentos sobre a generalização das medidas de efetivação no CPC 2015: do processo para além da decisão.
In: Coleção novo cpc doutrina selecionada. PEIXOTO, Ravi [et tal]. v. 5. 2. ed. rev. e atual. Salvador: JusPodivm, 2016,
p. 323)

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37. Entretanto, não existe possibilidade de se arcar com os insumos
corriqueiros e usuais, como funcionários, aluguéis, conta de água, luz, telefone, sem
ter nenhum tipo de riqueza em domínio, o que denota que o Partido dos Trabalhadores
pode estar se valendo de ardis.

38. Em razão da proximidade de novo período eleitoral, é de se ver que o


partido político está na iminência de firmar novas contratações e de, por consequência,
assumir novas dívidas de campanha, inclusive contratação de serviços advocatícios,
sem que a obrigação aqui veiculada tenha sido satisfeita.

39. Logo, a inadimplência do Executado não lhe tem gerado qualquer tipo de
constrangimento, motivo pelo qual se mostra razoável e proporcional a aplicação de
medida coercitiva e indutiva para que haja empenho da agremiação partidária com
vistas à quitação da presente dívida.

40. Para tanto, é razoável e proporcional que se determine a suspensão


das contratações eventualmente em curso e o impedimento de se firmar novas
contratações de serviços jurídicos, vale dizer, objeto idêntico ao do contrato em
tela, até que a dívida seja integralmente paga ou garantida.

41. Tendo em vista que não há possibilidade de se participar de uma eleição


sem assistência jurídica, o Partido dos Trabalhadores forçar-se-á a cumprir a obrigação
outrora assumida.

42. Sem que esse tipo de providência se verifique, é intuitivo que se eternizará
o inadimplemento da dívida cuja satisfação se persegue.

43. Trata-se de providência excepcional, mas que se revela adequada


(conformidade entre fim e meio), necessária (sem ela, restará sepultada a oportunidade
de se obter o adimplemento da obrigação) e proporcional (a vantagem supera a
desvantagem, haja vista que evita a procrastinação do partido em saldar sua dívida e
evita que novo contratado amargue prejuízo similar).

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44. Frisa-se: não é moral nem justo que o partido ou seus candidatos possam
firmar novas contratações de serviços jurídicos para a nova campanha, se encontram-
se inadimplidos os relativos ao pleito anterior.

45. Desse modo, requer seja determinada a suspensão das contratações de


serviços jurídicos já firmadas e haja impedimento de novas contratações dessa
mesma espécie de serviços pelo Partido dos Trabalhadores, até que a dívida
executada seja paga ou garantida nestes autos.

II. II - DA PROIBIÇÃO DE SE PROCEDER A REGISTROS DE CANDIDATURA


46. O Partido dos Trabalhadores deveria exercer sua função republicana, o
que se entende por desempenhar seu múnus da maneira moral e mais eficiente possível,
com prestígio aos princípios que norteiam o interesse coletivo e a equidade.

47. O fato é que os princípios republicanos são norteadores do desempenho


da função social do partido, função que é livre e moldável às necessidades dos grupos
unidos ideologicamente.

48. Porém, por serem destinatários de recursos que, originalmente, são


públicos, os partidos políticos e candidatos devem prestar contas de sua aplicação à
justiça eleitoral, procedimento que segue regras específicas que inclusive podem, caso
desaprovadas e não sanadas, gerar o impedimento do candidato, que fica
impossibilitado de receber quitação eleitoral e consequentemente de participar de
novos pleitos, segundo previsão da Lei Complementar n. 64/90, no seu art. 1º, alínea
“g”:

Art. 1º São inelegíveis:


(...)
g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de
cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável
que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por
decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da

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decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da
Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem
exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição;

49. Caso o candidato se torne inelegível pela ausência de prestação satisfatória


de contas eleitorais, não se exclui o Partido de participação ativa no próximo pleito, e,
com a escolha de outro candidato, poderá pleitear o mesmo cargo nas próximas
eleições, circunstância que não condiz com os princípios básicos democráticos da
moralidade, transparência e confiança.

50. No caso dos autos, o Partido dos Trabalhadores é solidário em relação à


dívida eleitoral oriunda da campanha a governador de 2014, fato reconhecido por
sentença judicial em decorrência de assinatura de termo de assunção com cronograma
de pagamento específico.

51. Ora, se o partido se solidariza com as dívidas de campanhas não quitadas,


assume a responsabilidade para si e organiza cronograma para pagamento sem jamais
tê-lo honrado, gera um vácuo nos princípios republicanos e constitucionais, fere a
confiança depositada no partido político.

52. Por conseguinte, o partido político se desvia da probidade e da integridade


moral, sem sequer preservar sua idoneidade ideológica.

53. A capacidade de representatividade de um partido político não pode ser


apoiada apenas nos candidatos selecionados para concorrer o pleito.

54. É fundamental que a pessoa jurídica de direito privado responsável por


assegurar, no interesse do regime democrático, o acesso do candidato ao cargo (haja
vista que, no sistema brasileiro, não se admite candidatura avulsa) defenda o respeito
aos direitos fundamentais definidos pela Constituição e se comporte com probidade,
ética e transparência.

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55. Consequentemente, ações que buscam ludibriar credores legítimos e a
falta de interesse em quitar dívidas antigas de campanha devem surtir efeitos negativos
direto ao partido político, jurídica e politicamente.

56. Não é possível conciliar as reponsabilidades republicanas e o princípio da


representatividade com partidos políticos que não estão dispostos a quitar débitos
remanescentes de campanha.

57. Posto isso, vale salientar que um partido político nada mais é que um
grupo de pessoas que se unem ideologicamente com objetivo de se apropriar do poder
democraticamente para aplicar seus projetos e ideias nas gestões executivas e
legislativas, se perpetuando no poder.

58. Dessa compreensão, não resulta, todavia, que o partido político possa se
valer de proteções legais encomendadas de seus correligionários eleitos para atuar
contra a propriedade privada e se valer de serviços e bens fornecidos por particulares,
sem lhes outorgar a remuneração devida.

59. Se o partido se desvia do dever de se pautar pelos princípios


constitucionais e republicanos, não se pode tolerar a impunidade e a continuidade de
práticas que não condizem com a vontade popular e a legislação vigente.

60. Urge lhe seja aplicado o mesmo rigor destinado ao candidato faltoso.

61. A desaprovação das contas eleitorais de 2014 pode tornar inelegível o


então candidato Agnelo Queiroz, razão por que agride o princípio da moralidade
acreditar que o Partidos dos Trabalhadores – agremiação que, voluntariamente,
assumiu a obrigação em voga, comprometendo-se a pagá-la –, fique imune a qualquer
tipo de penalidade.

62. Agnelo, contudo, já se encontra impedido de participar das próximas


eleições em decorrência de condenação confirmada pelo TSE, que o enquadrou na “Lei
da Ficha Limpa”, o que revela a falta de interesse do PT em regularizar e quitar as
contas eleitorais remanescentes de 2014.

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63. O partido político é o canal de acesso do candidato ao poder, devendo
servir de exemplo aos seus candidatos, utilizando e disseminando práticas coerentes
com a vida pública.

64. No caso em tela, a função do partido político foi corrompida de maneira


mais esdrúxula possível, pois se apoiou na confiança de trabalhadores honrados que
prestaram serviços e jamais receberam a contraprestação devida.

65. A ocultação de bens conciliada com a falta de remuneração pelos serviços


prestados demonstra práticas incoerentes e inaceitáveis no ambiente democrático de
direito e revela a falta de compromisso do partido político com a ética e o moral.

66. A Lei Complementar n. 135/2010, “Lei da Ficha Limpa”, acrescentou


novas hipóteses de inelegibilidade com intuito de afastar do pleito eleitoral os políticos
indignos de representarem o povo brasileiro, por ferirem o interesse da coletividade,
gerando um filtro moral entre o cidadão e seus representantes.

67. Pressupõem-se, por analogia, que a “Lei da Ficha Limpa” deveria ser
replicada aos partidos políticos, com o escopo de ampliar ou reforçar o filtro moral e
ético ansiado pela população, que sofre das mesmas mazelas representativas,
simplesmente porque os candidatos são integrantes dos grupos políticos (leia-se,
partidos) que, como na hipótese em tela, pratica atos que não condizem com os
princípios constitucionais e democráticos.

68. O calote sofrido pelo ora requerente revela a utilização de práticas


maquiavélicas pelo Partido dos Trabalhadores, que ferem os princípios básicos da boa
representatividade, bem como a moralidade, a probidade, a ética e a transparência.

69. Desse modo, se torna nítida a violação constitucional da função do partido


político, que deve ser avaliado por meio de suas práticas do mesmo modo que os
candidatos, razão por que também se lhe deve associar o art. 14, § 9º, da Constituição,
que assim prevê:

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§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a
probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou
o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração
direta ou indireta.

70. A Constituição é enfática ao especificar que a vida pregressa do candidato


é determinante para proteger a coisa pública, a moralidade e a probidade.

71. O partido político, como meio de acesso ao poder político, não está imune
de ter avaliada sua vida pregressa como grupo ideológico, a fim de que seja aferida sua
boa reputação, sem a qual se deve impedir sua investidura na representação popular.

72. A não quitação de dívidas de campanha eleitoral anteriores caracteriza


grave falha e falta de compromisso com suas funções democráticas e republicanas
manchando a boa reputação do partido que não demonstra interesse em saldar suas
dívidas antes de se lançar em novo pleito eleitoral.

73. Diante do apresentado, se torna nítida a incapacidade de o Partido dos


Trabalhadores pleitear qualquer cargo eletivo no Distrito Federal, razão por que se
requer seja impedida a agremiação de obter o registro de candidatura para quaisquer
cargos eletivos no Distrito Federal, até que a dívida aqui veiculada seja saldada.

III – DA INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 833, XI, CPC/2015: DA


POSSIBILIDADE DE PENHORABILIDADE DO FUNDO PARTIDÁRIO NO CASO
CONCRETO

74. Reza o art. 8º do CPC que a aplicação do direito exige atendimento ao


bem comum e a busca pela finalidade social desejada pela norma.

75. Confira-se:

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Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais
e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade
da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a
legalidade, a publicidade e a eficiência.

76. Consoante lição de ZULMAR DUARTE5, “[...] atualmente se espera do juiz


aplicação do direito que supere a servil, asséptica e rasteira interpretação literal da
legislação, pelo que deverá aplicar o ordenamento jurídico em sua plenitude,
considerando as regras, os princípios e os valores que conformam o sistema jurídico.
[...]”. (destacou-se)

77. E prossegue:

“Os princípios constitucionais, embora possuam campo próprio, atuam


conjugadamente, complementando-se, condicionando-se e modificando-
se em termos recíprocos. Toda e qualquer aplicação do direito está a
serviço da Constituição, vitalizando seu texto. Por conta disso, os
princípios fundamentais da República Federativa do Brasil se destacam
pela importância e pela função irradiadora e monogenética, no sentido
de inspirarem a criação e a aplicação de outras regras do ordenamento
jurídico.” (destacou-se)

78. A partir desse compreensão, e no âmbito do que preconiza o mencionado


art. 8º do CPC, há de se sopesar valores: se, de um lado, a existência dos partidos
políticos tem sua importância para a democracia e para o exercício da cidadania, de
outro, há de se velar pelo respeito aos demais institutos democráticos e pela
observância à probidade e à moralidade, sem as quais não se pode cogitar do gozo de
recursos públicos por qualquer entidade nem da regularidade na outorga de proteções
que, embora encartadas na lei, põem-se, unicamente, a serviço de quem legisla e de
seus convivas.

79. Tem-se, na espécie, o inadimplemento de dívida relacionada a honorários


contratuais destinados aos advogados que, ao longo da disputa eleitoral de 2014,

5
In: GAJARDONI, Fernando da Fonseca.Teoria Geral do Processo: Comentários ao CPC de 2015 – Parte geral. São
Paulo: Forense, 2015, p. 51.

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trabalharam diuturnamente na defesa dos interesses do então candidato Agnelo
Queiroz.

80. A advocacia constitui ofício abrigado não só pelo art. 133 da Constituição
da República – como função essencial à administração da justiça –, mas, também, pelos
princípios estruturantes elencados na Carta Cidadã, em especial, da dignidade da
pessoa humana (art. 1º).

81. Sobre esse princípio, leciona JOSÉ LUIZ QUADROS DE MAGALHÃES:

“Podemos compreender a ideia de dignidade na Constituição, buscando


a vinculação da ideia moral desenvolvida pelos filósofos citados, e
muitos outros, com a existência de condições materiais que permitam
florescer a cultura humana e nas quais o respeito encontrado pela vida
de cada um permita o cultivo do respeito da vida do outro. É a
existência efetiva do respeito aos direitos sociais, econômicos,
individuais, políticos e culturais de cada pessoa, de cada grupo social,
de cada comunidade, que permitiu que se construísse em cada um
desses espaços uma cultura de respeito humano. Onde há exclusão,
exploração e miséria não é possível respeito mútuo, pois não há
dignidade que se manifeste na injustiça.”6 (destacou-se)

82. Por sua vez, o art. 170 da Constituição de 1988, que também assegura a
todos a existência digna, prevê que a ordem econômica brasileira se funda na
valorização do trabalho humano e deve se orientar pelo respeito à propriedade
privada.

83. De outro lado, o texto constitucional não reserva aos recursos do Fundo
Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos – Fundo Partidário (cuja
forma de utilização e prestação de contas são demarcadas pela completa falta de
transparência7) qualquer tipo de proteção especial.

6
In: Comentários à Constituição Federal de 1988. Paulo Bonavides et. al. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 22.
7
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,fundo-partidario-banca-de-jatinho-a-contas-pessoais,70001696068
http://diarioarapiraca.com.br/post/eduardo-cardeal/fundo-partidario-banca-chopp-banda-de-rock-e-aluguel-de-som-
para-politicos/21/33236

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84. O pretenso status de impenhorabilidade foi previsto apenas na legislação
ordinária, vale dizer, no art. 833, XI, CPC/2015, que reza:

Art. 833. São impenhoráveis:


[...]
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido
político, nos termos da lei;

85. Desse panorama, resulta, de pronto, que inexiste conflito de normas de


status constitucional, mas, unicamente, ofensa a diversos valores e princípios
constitucionais em decorrência da acepção cega de que o fundo partidário – maior
receita das agremiações políticas – não poderia ser utilizado para pagamento dos
honorários profissionais devidos aos advogados que prestaram serviços em pleito
eleitoral, e que, por consequência, constitui dívida de campanha.

86. Conseguintemente, qualifica-se como inconstitucional a previsão de


impenhorabilidade do fundo partidário no caso concreto.

87. A justificativa reinante para a tese de impenhorabilidade se baseia no


sofisma de que tais recursos se revestiriam de natureza pública.

88. Ocorre que, em verdade, tal entendimento não se sustenta, haja vista o
regime legal de distribuição e de destinação dos recursos, colhido do art. 44 da Lei n.
9.096/95, à luz do qual:

Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:


I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o
pagamento de pessoal, a qualquer título, observado, do total recebido,
os seguintes limites
a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional;
b) 60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e municipal;
II - na propaganda doutrinária e política;
III - no alistamento e campanhas eleitorais;
IV - na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de
doutrinação e educação política, sendo esta aplicação de, no mínimo,
vinte por cento do total recebido.

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V - na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da
participação política das mulheres, criados e mantidos pela secretaria
da mulher do respectivo partido político ou, inexistindo a secretaria,
pelo instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação
política de que trata o inciso IV, conforme percentual que será fixado
pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5%
(cinco por cento) do total;
VI - no pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres devidos a
organismos partidários internacionais que se destinem ao apoio à
pesquisa, ao estudo e à doutrinação política, aos quais seja o partido
político regularmente filiado;
VII - no pagamento de despesas com alimentação, incluindo restaurantes
e lanchonetes. (destacou-se)

89. O mesmo dispositivo confere ao partido político autonomia para gerir o


recurso e afasta, expressamente, a incidência da Lei de Licitações.8

90. Assim, uma vez aportado o capital – ainda que originário do fundo
partidário – em favor do diretório regional do partido devedor, não há obstáculos à sua
utilização para pagamento de honorários profissionais devidos em decorrência de
serviços prestados em campanha política, sob pena de atentado mortal à dignidade
da pessoa humana (art. 1º), ao direito à existência digna (art. 170) do profissional
que se qualifica como função essencial à administração da justiça (art. 133) e ao
fundamento da valorização do trabalho humano, bem como ao respeito à
propriedade privada (art. 170), valores expressamente encartados no texto
constitucional de 1988.

91. A inconstitucionalidade advém da flagrante incongruência verificada


entre a atribuição de proteção por impenhorabilidade em lei ordinária, em detrimento
do profissional que prestou relevantes serviços jurídicos dos quais se valeu candidato
em campanha eleitoral, não lhe tendo sido paga a remuneração por cuja quitação ora
responde a agremiação partidária em razão de regular assunção de dívida de campanha.

8
Art. 44, § 3o Os recursos de que trata este artigo não estão sujeitos ao regime da Lei no 8.666, de 21 de junho de
1993, tendo os partidos políticos autonomia para contratar e realizar despesas. (destacou-se)

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92. Ademais, a visão restritiva da impenhorabilidade não perfilha o
entendimento advindo com a última reforma eleitoral.

93. Com efeito, a Lei Eleitoral (Lei n. 9.504/97) exclui os honorários de


advogados dos limites de gastos de candidaturas:

Art. 100-A. A contratação direta ou terceirizada de pessoal para


prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização
de rua nas campanhas eleitorais observará os seguintes limites, impostos
a cada candidato:
[...]
§ 6o São excluídos dos limites fixados por esta Lei a militância não
remunerada, pessoal contratado para apoio administrativo e
operacional, fiscais e delegados credenciados para trabalhar nas
eleições e os advogados dos candidatos ou dos partidos e coligações.

94. Do mesmo modo, a Resolução n. 23.553/2017 exclui referidas despesas


dos limites de gastos e prevê que o fundo partidário pode ser utilizado para contratação
de serviços de advocacia destinados à defesa de interesses de candidato ou de partido
político em processo judicial.9

95. Em nenhuma dessas linhas se lê impossibilidade de que o Partido Político


se valha dos recursos oriundos da distribuição do fundo partidário para pagar
advogados. Pelo contrário! A possibilidade é expressa!

96. Significa dizer que, se o fundo partidário se destina a custear o


funcionamento institucional dos partidos políticos, inclusive os serviços de advocacia
por eles contratados, não é razoável acreditar-se que a ilegítima regra da
impenhorabilidade obste o pagamento de dívidas oriundas de campanha pretérita com
esses mesmos recursos, ainda que por intermédio da mão do Judiciário, haja vista a

9
§ 3º Os honorários referentes à contratação de serviços de advocacia e de contabilidade relacionados à defesa de
interesses de candidato ou de partido político em processo judicial não poderão ser pagos com recursos da campanha e
não caracterizam gastos eleitorais, cabendo o seu registro nas declarações fiscais das pessoas envolvidas e, no caso dos
partidos políticos, na respectiva prestação de contas anual.

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fuga empreendida pelo devedor, por intermédio do esvaziamento deliberado de suas
contas bancárias.

97. Mais cara à democracia é o amparo ao sujeito que emprega o suor de seu
trabalho em prol de partido político que não honra compromisso de natureza civil, do
que se reputar, sem base no texto constitucional, ser intocável o recurso em foco.

98. Vale dizer, outrossim, que o uso indiscriminado e abusivo do fundo


partidário atesta que o caráter público desses recursos desaparece no exato instante em
que seus valores aportam nas contas dos partidos.

99. Sob essa perspectiva, não se há de valorar a multiplicidade partidária ou a


preservação de legendas que não se comportam com eticidade e compromisso moral,
pois a reverência aos fundamentos e princípios encartados na Constituição da
República exige a interpretação sistêmica do texto constitucional, a partir da qual o
respeito à dignidade e à valorização do trabalho humano não pode ser negligenciado.

100. Vale destacar, ademais, que se tem, em mira, crédito de natureza


alimentar, assim definido pelo art. 85 do CPC:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao


advogado do vencedor.
[...]
§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza
alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da
legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de
sucumbência parcial.

101. Por tal razão, refere-se a direito elementar garantidor da subsistência do


advogado e, como tal, toca sua existência digna e à valorização de seu trabalho.

102. A prevalecer as fugas da agremiação devedora, sempre se terá a convicção


de que os saldos existentes em suas contas bancárias constituem recursos originados
do fundo partidário, mascarado sob a chancela da impenhorabilidade, fruto da vontade
espúria do legislador em benefício próprio.

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103. A regra legislativa que invoca a suposta impenhorabilidade carece de ética
e de moralidade, porquanto tutela interesses próprios do legislador, abrigados na
indisponibilidade dos recursos oriundos do fundo partidário, quase sempre os únicos
meios de financiamento dos partidos políticos, premissa em decorrência da qual jamais
se alcançará a constrição de valores e saldos existentes nas contas partidárias.

104. Trata-se de regra típica que malfere, ainda, o princípio da


impessoalidade da lei, haja vista que se volta a proteger um ente específico, que se
beneficia ao deixar de cumprir as obrigações civis, sem compromisso com a legalidade,
com a eticidade e com a moralidade.

105. A propósito, é válido colacionar o alerta de BRUNO GALDINO sobre o tema:

“Retornando ao que foi dito nas notas introdutórias deste ensaio, o


direito eleitoral é um mecanismo de extrema relevância para assegurar
a preponderância da soberania popular e, por conseguinte, o
fortalecimento do próprio regime democrático. Na medida em que possa
ter, em sua interpretação, horizontes hermenêuticos em sincronia com
isso, esse distanciamento pode levar o direito eleitoral a ser o
mecanismo de legitimação de regimes velada ou abertamente
autoritários, fazendo com que a hibridez destacada por Szmolka Vida
penda para o lado do autoritarismo fechada, além de transformar uma
constituição formalmente democrática em um tipo essencialmente
semântico, de acordo com o conceito de Loewenstein.
Não custa lembrar que mesmo as mais ferrenhas ditaduras tiveram e
têm processos eleitorais, plebiscitos e referendos que, no entanto,
servem basicamente para legitimar o poder estabelecido como
aparentemente democrático, enquanto a prática política é
essencialmente autoritária. E é a isso que o direito eleitoral não deve
servir, devendo preservar sua associação com o princípio democrático,
sendo instrumento de consagração da soberania popular no campo da
disputa eleitoral.”10 (destacou-se)

106. É injustificável que os recursos do fundo partidário, ao ingressarem nas


contas dos partidos políticos, se submetam a regime impediente, de tal sorte que não
10
In: FUX, Luiz; PEREIRA, Luiz Fernando Casagrande; AGRA, Walber de Moura. Tratado de Direito Eleitoral. Belo
Horizonte: Fórum, 2018, p. 89/90

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possam ser alcançados para a satisfação das dívidas contraídas pelas agremiações
partidárias, notadamente em decorrência de processos eleitorais.

107. O fundo partidário, pela sua própria natureza, se destina a custear as


despesas dos partidos com as eleições, consoante se lê do art. 44, III, da Lei n. 9.096:

Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:


[...]
III - no alistamento e campanhas eleitorais;

108. No caso presente, a dívida foi construída em serviços advocatícios (verba


alimentar) prestados nas eleições de 2014, razão por que não há razão para afastar a
possibilidade de penhora dos recursos oriundos do fundo partidário.

109. Para fazê-lo, urge que, incidentalmente, sob o regime do controle difuso
da constitucionalidade, Vossa Excelência se aproprie da jurisdição para declarar a
inconstitucionalidade do art. 833, XI, CPC/2015, o qual estabelece a
impenhorabilidade dos recursos do fundo partidário.

110. Por tais razões, requer-se seja declara a inconstitucionalidade incidental


do art. 833, XI, CPC/2015, possibilitando-se a penhora de recursos oriundos do fundo
partidário destinados ao PT/DF.

IV – DA RENOVAÇÃO DE DILIGÊNCIAS VIA BACENJUD

111. Haja vista já se terem passado dez meses desde a última pesquisa de ativos
financeiros via BACENJUD, tempo mais que suficiente, é razoável reputar que a situação
do devedor tenha mudado e haja saldo em conta alcançado patrimônio penhorável.

112. Some-se a isso o fato de que, repita-se, avizinham-se as eleições, período


de gastos exorbitantes já conhecidos por todos, mas em que as contas dos partidos
sejam inundadas com recursos de toda ordem, o que também viabiliza a realização de
nova tentativa de penhora.

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113. A jurisprudência do Eg. TJDFT já assentou a possibilidade de renovar a
pesquisa junto ao sistema BACENJUD:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. PENHORA VIA SISTEMA BACENJUD.
REITERAÇÃO DA MEDIDA. COOPERAÇÃO JUDICIAL.
TRANSCURSO DE RAZOÁVEL LAPSO TEMPORAL.
POSSIBILIDADE. As pesquisas nos sistemas interligados ao
Judiciário permitem maior celeridade do processo e contribuem
para a efetividade da tutela jurisdicional, devendo serem
autorizadas sempre que se mostrarem adequadas e razoáveis à fase
processual em curso. Nada obsta a repetição da pesquisa de
bloqueio de valores do executado em instituições financeiras se
decorrido tempo razoável entre a primeira tentativa e o novo
requerimento, tendo em vista que o instituto da penhora eletrônica
visa conferir celeridade e efetividade à execução. (Acórdão n.1100604,
07046782120188070000, Relator: CARMELITA BRASIL 2ª Turma Cível, Publicado no
DJE: 07/06/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.) (destacou-se)

***

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. BACENJUD.


RENOVAÇÃO. REALIZAÇÃO DE NOVA PESQUISA ONLINE.
DECORRIDO LAPSO TEMPORAL CONSIDERÁVEL.
RAZOABILIDADE. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. DECISÃO
REFORMADA.1. Segundo o STJ não existe limitação na reiteração
da pesquisa de ativos financeiros por meio do bacenjud, porém
deverá ser observado critério de razoabilidade. 2. O transcurso de
tempo (nove meses) desde a última pesquisa de ativos financeiros é
critério suficiente para determinar que se realize nova penhora on-
line por meio do convênio Bacenjud. 3. Recurso conhecido e
provido. (Acórdão n.946897, 20160020042534AGI, Relator: GISLENE PINHEIRO 2ª
TURMA CÍVEL, Publicado no DJE: 15/06/2016. Pág.: 171/180) (destacou-se)

114. Portanto, com intuito de conferir celeridade e efetividade à execução,


requer, também, a renovação do BACENJUD para bloqueio de ativos financeiros sem a
oitiva prévia do Executado.

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V – VALOR ATUAL DA DÍVIDA

115. Para fins de se operacionalizar os pedidos veiculados na presente petição,


informa o credor que o saldo atualizado da obrigação perfaz a monta de R$ 621.908,42
(seiscentos e vinte e um mil, novecentos e oito reais e quarenta e dois centavos).

Valor Valor corrigido (a Juros de mora (1% ao


Descrição histórico partir do vencimento da mês a partir do vencimento Subtotal
devido parcela) da parcela)
1ª parcela R$65.100,00 R$ 81.330,17 R$ 35.785,27 R$ 117.115,44
2ª parcela R$ 65.100,00 R$ 80.829,03 R$ 34.756,48 R$ 115.585,51
3ª parcela R$ 65.100,00 R$ 79.650,20 R$ 33.453,08 R$ 113.103,28
4ª parcela R$ 65.100,00 R$ 78.736,86 R$ 32.282,11 R$ 111.018,97
5ª parcela R$ 65.100,00 R$ 77.565,62 R$ 31.026,24 R$ 108.591,86
Custas iniciais (29/03/2016) R$ 481,11 R$ 523,85 ------ R$ 523,85
Custas apelação
(21/03/2017) R$ 15,68 R$ 16,30 ------ R$ 16,30
Honorários sucumbenciais
------ ----- ------ R$ 56.541,50
Honorários recursais
----- ----- ----- R$ 5.654,15
Custas cumprimento de
Sentença R$ 178,39 ----- ----- R$ 184,36

PAGAMENTO PARCIAL (BACENJUD – R$ 6.215,25, em 11/10/2017) R$ 6.426,80

TOTAL DEVIDO EM JULHO/2018 R$ 621.908,42

VI – PEDIDOS

116. Bem sabe Vossa Excelência que o juízo deve decidir, mesmo que à falta
de texto de lei, valendo-se, nessas situações, da analogia, dos costumes e dos princípios
gerais de direito, nos termos do art. 4º da LINDB11.

11
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais
de direito.

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117. Consoante ensinam CRISTIANO CHAVES DE FARIAS e NELSON ROSENVALD,
“o ordenamento jurídico é sempre completo, em face da possibilidade de
preenchimento das lacunas toda vez que inexistir norma legal aplicável aos conflitos
de interesses.”12

118. A eticidade, enquanto paradigma elencado pelo Código Civil de 2002,


impõe que não se cerrem os olhos para o malogro até aqui verificado, resultado da fuga
ao cumprimento de obrigação certa e líquida por parte de quem, sabidamente, possui
recursos para saldar a dívida, especialmente às vésperas de período eleitoral, no qual
se aportam vultosas quantias nas contas bancárias dos partidos políticos.

119. Por todo o exposto, requer-se, cumulativamente:

a) Seja determinada a suspensão das contratações eventualmente


em curso e o impedimento de se firmar novas contratações
especificamente em relação a serviços jurídicos, objeto idêntico
ao do contrato em tela, até que a dívida seja integralmente paga;

b) Seja obstado todo e qualquer pedido de registro de candidaturas


pelo PT/DF, até que a dívida aqui veiculada seja saldada, com
mediata comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral do DF;

c) Sejam o Tribunal Regional Eleitoral do DF e o Ministério


Público Eleitoral comunicados que persiste em aberto a
obrigação veiculada no presente feito, relativa à campanha
eleitoral de 2014, haja vista que a existência de dívida de
campanha não pode ser suprimida das prestações de contas
anuais da agremiação partidária;

d) Seja declara a inconstitucionalidade incidental do art. 833, XI,


CPC/2015, possibilitando-se a penhora de recursos oriundos do
fundo partidário destinados ao PT/DF, bem como de todo e
qualquer recurso que transitar em suas contas;

e) Seja renovada a pesquisa e bloqueio de ativos financeiros via


BACENJUD sem a oitiva prévia do devedor, no valor de R$

12
Curso de Direito Civil. Vol. 1. Salvador, Ed. Juspodivm, 2012, p. 115.

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621.908,42 (seiscentos e vinte e um mil, novecentos e oito reais
e quarenta e dois centavos);

f) Na hipótese de as medidas acima elencadas serem


insuficientes, seja o PT/DF intimado a indicar a esse d. juízo
quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os
respectivos valores, sob pena de caracterização de atentado à
dignidade da justiça, na forma do art. 774, V, do CPC.

Termos em que pede deferimento.

Brasília, 31 de julho de 2018.

LUIS CARLOS ALCOFORADO ERIKA DUTRA XAVIER


OAB/DF 7.202 OAB/DF 31.375

LUIS ROBERTO ALCOFORADO LUIS FELIPE ALCOFORADO


OAB/DF 58.223 OAB/DF 16.404/E

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Número do documento: 18073111533340700000019795833
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Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO

O presente pedido de cumprimento de sentença se encontra suspenso pela não localização de


bens para quitação total da dívida, com remessa dos autos ao arquivo provisório, a teor da decisão de ID
13672672.

Por meio da petição de ID 20558941, o exequente pleiteia o prosseguimento do cumprimento


de sentença requerendo as seguintes medidas: suspensão das contratações eventualmente em curso e o
impedimento de se firmar novas contratações especificamente em relação a serviços jurídicos; seja
obstado todo e qualquer pedido de registro de candidaturas pelo PT/DF, até que a dívida aqui veiculada
seja saldada, com imediata comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral do DF; sejam o Tribunal
Regional Eleitoral do DF e o Ministério Público Eleitoral comunicados que persiste em aberto a obrigação
veiculada no presente feito, relativa à campanha eleitoral de 2014; seja declara a inconstitucionalidade
incidental do art. 833, XI, CPC/2015, possibilitando-se a penhora de recursos oriundos do fundo
partidário destinados ao PT/DF, bem como de todo e qualquer recurso que transitar em suas contas;
pesquisa junto ao BACENJUD e indicação de bens à penhora pelo devedor.

Em que pese as alegações do credor, indefiro a adoção das medidas excepcionais, tais como a
suspensão das contratações eventualmente em curso e o impedimento de se firmar novas contratações
especificamente em relação a serviços jurídicos, objeto idêntico ao do contrato em tela; que seja obstado
todo e qualquer pedido de registro de candidaturas pelo PT/DF, até que a dívida aqui veiculada seja
saldada, com mediata comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral do DF, sejam o Tribunal Regional
Eleitoral do DF e o Ministério Público Eleitoral comunicados que persiste em aberto a obrigação
veiculada no presente feito, relativa à campanha eleitoral de 2014, visto que o artigo 139, IV, do CPC não
possui o alcance pretendido pelo autor.

De conformidade com o disposto no artigo 8º do CPC, ‘in verbis’, “ ao aplicar o ordenamento


jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a
dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a
publicidade e a eficiência”, de onde se constata que a busca da eficiência pela aplicação do disposto no
artigo 139, IV, não autoriza a adoção de medidas arbitrárias.

Número do documento: 18080617203004400000019922736


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Ademais, este Juízo não detém competência para determinar a medida pleiteada no item b,
qual seja, seja obstado todo e qualquer pedido de registro de candidaturas pelo PT.

Indefiro o pedido de novo bloqueio ID 1066404, visto que a última pesquisa ao BACEN foi
feita foi em Outubro de 2017, não trazendo o exeqüente qualquer comprovação de alteração da situação
fática que justifique a realização de uma nova pesquisa, principalmente para não transferir para o
judiciário os ônus e as diligências que são de responsabilidade do exeqüente.

Outrossim, indefiro a intimação do devedor para indicar bens à penhora, tendo em vista que
esse sequer realizou impugnação à penhora on line efetivada em sua conta, não se mostrando útil tal
medida.

Igualmente, não merece prosperar o pedido de declaração de inconstitucionalidade incidental


do art. 833, XI, CPC/2015, tendo em vista que conforme Lei dos Partidos Políticos, (art. 38 da Lei n.
9096/1995), a impenhorabilidade compreende as verbas previstas nos incisos I, II, III e IV, pois são
originários de fontes públicas, já que após incorporadas, passam a ter destinação legal específica, e,
portanto natureza de verba pública.

Nessa linha, é a majoritária e recente orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de


Justiça:

"RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO DE DISPOSITIVOS


CONSTITUCIONAIS. NÃO CABIMENTO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
OFENSA AO A R T . 5 3 5 D O C P C . N Ã O O C O R R Ê N C I A . PREQUESTIONAMENTO.
AUSÊNCIA. SÚMULA Nº 282/STF. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. PENHORA DE VALORES
ORIUNDOS DO FUNDO PARTIDÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. VEDAÇÃO LEGAL. ART. 649, XI,
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 1. O art. 649, XI, do CPC impõe a impenhorabilidade absoluta
dos recursos públicos do fundo partidário, nele compreendidas as verbas previstas nos incisos I, II,
III e IV do art. 38 da Lei nº 9.096/1995. 2. Os recursos do fundo partidário são originados de fontes
públicas, como as multas e penalidades, recursos financeiros destinados por lei e dotações orçamentárias
da União (art. 38, I, II e IV), ou de fonte privada, como as doações de pessoa física ou jurídica
diretamente ao fundo partidário (art. 38, III). 3. Após a incorporação de tais somas ao mencionado fundo,
elas passam a ter destinação legal específica e, portanto, natureza jurídica de verba pública, nos termos
do art. 649, XI, do CPC, "recursos públicos", independentemente da origem. 4. A natureza pública
do fundo partidário decorre da destinação específica de seus recursos (art. 44 da Lei nº 9.096/1995),
submetida a rigoroso controle pelo Poder Público, a fim de promover o funcionamento dos partidos
políticos, organismos essenciais ao Estado Democrático de Direito. 5. O Fundo Partidário não é a única
fonte de recursos dos partidos políticos, os quais dispõem de orçamento próprio, oriundo de
contribuições de seus filiados ou de doações de pessoas físicas e jurídicas (art. 39 da Lei nº
9.096/1995), e que, por conseguinte, ficam excluídas da cláusula de impenhorabilidade. 6. Recurso
especial parcialmente provido." (REsp 1474605/MS, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira
Turma, DJe 26/05/2015).

Número do documento: 18080617203004400000019922736


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Assim, determino que os autos sejam remetidos ao arquivo.

BRASÍLIA, DF,6 de agosto de 201814:43:30.

GUSTAVO FERNANDES SALES

Juiz de Direito Substituto

Número do documento: 18080617203004400000019922736


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Assinado eletronicamente por: GUSTAVO FERNANDES SALES - 06/08/2018 17:20:30 Num. 20693455 - Pág. 3
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 20a VARA CÍVEL DA
CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE BRASÍLIA

Processo n. 0722963-93.2017.8.07.0001

ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS, sociedade advocatícia já qualificada nos autos do


processo em epígrafe, em que contende com DIRETÓRIO REGIONAL DO PARTIDO DOS
TRABALHADORES NO DF, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por sua advogada,
em atendimento ao disposto no art. 1.018 do CPC, comprovar a interposição de agravo de instrumento
contra a r. decisão de ID 20693455, na forma da petição anexa.

Requer que esse d. juízo, analisando as razões recursais, exerça juízo de retratação, pelos motivos
elencados na mencionada peça.

Informa, por fim, que instruiu o agravo de instrumento, devidamente preparado, com cópia integral dos
autos originários, em que se inclui tanto as peças obrigatórias como as necessárias ao conhecimento e
julgamento do recurso.

Termos em que

Pede deferimento.

Brasília, 3 de setembro de 2018.

Erika Dutra Xavier

OAB/DF 31.375

Número do documento: 18090321244010300000021346603


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Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 03/09/2018 21:24:40 Num. 22201679 - Pág. 1
Número do documento: 18090321244010300000021346603
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Processo Originário n. 0722963-93.2017.8.07.0001

ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS, pessoa jurídica de direito


privado, organizada sob a forma de sociedade civil, estabelecida na SCN, Quadra 1, Bloco “F”,
sala 1817, Ed. America Office Tower, CEP 70711-905, Asa Norte/DF, inscrita na OAB/DF
sob o n. 136/90, CNPJ n. 26.444.935/0001-50, e endereço eletrônico advocacia@alcoforado-
advogados.com.br, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por sua advogada
(doc. 01), com fulcro no art. 1.015, parágrafo único, do NCPC, interpor

AGRAVO DE INSTRUMENTO
COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL

contra r. decisão proferida pelo d. Juízo da 20ª Vara Cível da Circunscrição Judiciária de Bra-
sília, em cumprimento de sentença movido em desfavor de DIRETÓRIO REGIONAL DO
PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF - PT/DF, CNPJ n. 01.633.890/0001-31, com
sede na CRS 505, Bloco A, lojas 27/28, Brasília/DF, CEP: 70350-510, e endereço eletrônico
contato@ptdf.org.br, o que faz com base nas razões de fato e direito a seguir.

I. DO NOME E ENDEREÇO DAS PARTES E DOS ADVOGADOS CONSTAN-


TES DO PROCESSO

2. Em cumprimento ao inciso IV do artigo 1.016 do NCPC, a Agravante informa os


nomes e endereços dos procurados das partes:
SCN – Quadra 1 - Bloco F – Grupo 1817
Ed. America Office Tower
CEP 70711-905 Brasília – DF
Tel.: (61)3326-0945 – Fax: 3327-1832
Site: www.alcoforadoadvogados.com.br
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Número do documento: 18090321244024300000021346651


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 Pela Agravante: LUIS CARLOS ALCOFORADO – OAB/DF n. 7.202, ERIKA DU-
TRA XAVIER – OAB/DF n. 31.375, PRISCILA DAMÁSIO SIMÕES – OAB/DF
n. 25.691, TALITA MATIAS DE OLIVEIRA SILVA – OAB/DF n. 48.787, AN-
DRESSA DE OLIVEIRA FERREIRA – OAB/DF n. 54.247, LUIS ROBERTO
BRANDÃO GOMES E ALCOFORADO – OAB/DF N. 58.233, LUIS FELIPE
MAGNO DA MATA SILVA ALCOFORADO – OAB/DF sob o n. 16.404/E, todos
com endereço profissional no SCN, Quadra 1, Bloco F, Sala 1817, Ed. Ame-
rica Office Tower, CEP n. 70.711-000, Brasília/DF. (doc. 01)

 Pela Agravada: DESIRÉE GONÇALVES DE SOUSA – OAB/DF n. 51.483, com


endereço profissional na SQS 404, Bloco F, Apartamento 205, CEP: 70.238-
060 – Brasília/DF. (doc. 01)

II. DA TEMPESTIVIDADE

3. Verifica-se que a r. decisão agravada foi disponibilizada no Diário de Justiça Ele-


trônico em 08/08/2018 (quarta-feira) e publicada em 9/8/2018 (quinta-feira), tendo início no
dia útil subsequente a contagem do prazo quinzenal preconizado pelo §5º do art. 1.003 do
NCPC para interposição da presente via recursal.

4. Assim, o termo final para a interposição deste recurso é o dia 30/8/2018, de modo
que a tempestividade dessa peça processual é indiscutível.

5. Requer-se, assim, seja dado regular processamento ao agravo de instrumento em


voga, por cumpridas as formalidades legais, e, ao final, lhe seja concedido justo provimento,
pelos fundamentos de fato e de direito anexos.

Termos em que pede deferimento.


Brasília/DF, 20 de agosto de 2018.

ERIKA DUTRA XAVIER


OAB/DF 31.375
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AGRAVANTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS

AGRAVADO: DIRETÓRIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

PROCESSO ORIGINÁRIO: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA N. 0722963-93.2017.8.07.0001


- 20ª VARA CÍVEL DE BRASÍLIA

RAZÕES DA AGRAVANTE

Egrégio Tribunal,

III. EXPOSIÇÃO FÁTICA

6. Trata-se, originariamente, de cumprimento de sentença no valor de R$ 560.923,31


(quinhentos e sessenta mil novecentos e vinte e três reais e trinta e um centavos) (doc. 02 - Num.
9127521 do processo originário), por meio do qual se pretende a satisfação de crédito oriundo de decisão
judicial que condenou o DIRETÓRIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF a qui-
tar obrigação nascida de termo de assunção de dívida por serviços jurídicos prestados ao então
candidato Agnelo Queiroz, mas não remunerados, na campanha eleitoral de 2014. (doc. 02 - ID
Num. 9127541, Num. 9127549 e Num. 9127552 do processo originário)

7. Por força da ausência de pagamento voluntário (doc. 02 - Num. 9934985 do processo originá-
rio), o d. juízo a quo ordenou a realização de bloqueio de ativos financeiros por meio do sistema
BACENJUD (doc. 02 - Num. 10366404 do processo originário), medida que, entretanto, foi apenas parcial-
mente frutífera, com a constrição de R$ 6.215,25 (seis mil e duzentos e quinze reais e vinte e
cinco centavos), em setembro/2017 (doc. 02 - Num. 10366436 do processo originário).

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8. O bloqueio de ativos foi convertido em penhora (doc. 02 - ID Num. 10418379 do processo
originário), deixando o devedor transcorrer in albis o prazo para sobre ele se manifestar (doc. 02 –
ID Num. 10989334 do processo originário).

9. Em seguida, os autos seguiram para pesquisa patrimonial por intermédio dos sis-
temas RENAJUD e INFOJUD, sem que, contudo, se lograsse êxito (doc. 02 – ID Num. 11230159 e 11235025
do processo originário).

10. Por essa razão, o Exequente requereu o redirecionamento da execução, a fim de


que a dívida fosse adimplida pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (doc. 02 – ID
Num. 11539476 do processo originário), pleito que, contudo, foi indeferido pelo d. juízo de origem, sob
a justificativa de que não se faziam presentes os requisitos autorizadores da desconsideração
da personalidade jurídica (doc. 02 – ID Num. 11847816 e Num. 12775977 do processo originário).

11. Sobreveio, então, o arquivamento provisório do cumprimento de sentença. (doc. 02


– ID Num. 14415110 do processo originário)

12. Para que não se eternizasse o inadimplemento imotivado de obrigação que se acha
abrigada pela coisa julgada1, nem o enriquecimento ilícito de partido político e nem o atentado
contra a dignidade da jurisdição2, requereu-se a retomada da via satisfativa, com apoio, espe-
cialmente, no inegável e notório fato de que, neste exato momento, por força da campanha
eleitoral já em curso, aportam vultosos recursos em contas das agremiações. (doc. 02 – ID Num.
20558941 do processo originário). Na ocasião, a dívida já alcançava a monta de R$ 621.908,42.

13. A Agravante pugnara pela (i) consecução de medidas de coerção atípicas com
fundamento no art. 139, IV, do CPC, tais como vedação de contratação de serviços como o

1
CPC/2015, Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
2
CPC/2015, Art. 774. “Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que: I -
frauda a execução; II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; III - dificulta ou embaraça a
realização da penhora; IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão
os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atuali-
zado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo
de outras sanções de natureza processual ou material.”
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do contrato de que se originara o débito exequendo, proibição de se realizar registros de can-
didatura; (ii) pela declaração de inconstitucionalidade do art. 833, XI, CPC/2015, com a
consequente declaração de penhorabilidade de recursos oriundo do fundo partidário; (iii) pela
renovação de diligências via BACENJUD, haja vista o considerável tempo decorrido desde o
bloqueio parcialmente frutífero; e (iv) intimação do PTDF para, com fundamento no art.
774, V, do CPC, indicar ao d. juízo a quo quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora
e os respectivos valores, sob pena de caracterização de atentado à dignidade da justiça.

14. O d. juízo, no entanto, indeferiu os diversos pedidos formulados pela Agravante,


todos com plena aptidão para constranger o devedor ao pagamento, nos seguintes termos: (doc.
03)
O presente pedido de cumprimento de sentença se encontra suspenso pela não locali-
zação de bens para quitação total da dívida, com remessa dos autos ao arquivo provi-
sório, a teor da decisão de ID 13672672.
Por meio da petição de ID 20558941, o exequente pleiteia o prosseguimento do cum-
primento de sentença requerendo as seguintes medidas: suspensão das contratações
eventualmente em curso e o impedimento de se firmar novas contratações especifica-
mente em relação a serviços jurídicos; seja obstado todo e qualquer pedido de registro
de candidaturas pelo PT/DF, até que a dívida aqui veiculada seja saldada, com imedi-
ata comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral do DF; sejam o Tribunal Regional
Eleitoral do DF e o Ministério Público Eleitoral comunicados que persiste em aberto a
obrigação veiculada no presente feito, relativa à campanha eleitoral de 2014; seja de-
clara a inconstitucionalidade incidental do art. 833, XI, CPC/2015, possibilitando-se a
penhora de recursos oriundos do fundo partidário destinados ao PT/DF, bem como de
todo e qualquer recurso que transitar em suas contas; pesquisa junto ao BACENJUD e
indicação de bens à penhora pelo devedor.
Em que pese as alegações do credor, indefiro a adoção das medidas excepcionais, tais
como a suspensão das contratações eventualmente em curso e o impedimento de se
firmar novas contratações especificamente em relação a serviços jurídicos, objeto idên-
tico ao do contrato em tela; que seja obstado todo e qualquer pedido de registro de
candidaturas pelo PT/DF, até que a dívida aqui veiculada seja saldada, com mediata
comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral do DF, sejam o Tribunal Regional Eleito-
ral do DF e o Ministério Público Eleitoral comunicados que persiste em aberto a obri-
gação veiculada no presente feito, relativa à campanha eleitoral de 2014, visto que o
artigo 139, IV, do CPC não possui o alcance pretendido pelo autor.
De conformidade com o disposto no artigo 8º do CPC, ‘in verbis’, “ao aplicar o orde-
namento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, res-
guardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporciona-
lidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência”, de onde se constata

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que a busca da eficiência pela aplicação do disposto no artigo 139, IV, não autoriza a
adoção de medidas arbitrárias.
Ademais, este Juízo não detém competência para determinar a medida pleiteada no item
b, qual seja, seja obstado todo e qualquer pedido de registro de candidaturas pelo PT.
Indefiro o pedido de novo bloqueio ID 1066404, visto que a última pesquisa ao BACEN
foi feita foi em Outubro de 2017, não trazendo o exeqüente qualquer comprovação de
alteração da situação fática que justifique a realização de uma nova pesquisa, princi-
palmente para não transferir para o judiciário os ônus e as diligências que são de res-
ponsabilidade do exeqüente.
Outrossim, indefiro a intimação do devedor para indicar bens à penhora, tendo em vista
que esse sequer realizou impugnação à penhora on line efetivada em sua conta, não se
mostrando útil tal medida.
Igualmente, não merece prosperar o pedido de declaração de inconstitucionalidade in-
cidental do art. 833, XI, CPC/2015, tendo em vista que conforme Lei dos Partidos Po-
líticos, (art. 38 da Lei n. 9096/1995), a impenhorabilidade compreende as verbas pre-
vistas nos incisos I, II, III e IV, pois são originários de fontes públicas, já que após
incorporadas, passam a ter destinação legal específica, e, portanto natureza de verba
pública.
Nessa linha, é a majoritária e recente orientação jurisprudencial do Superior Tribunal
de Justiça:
"RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO DE DISPOSITIVOS
CONSTITUCIONAIS. NÃO CABIMENTO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICI-
ONAL. OFENSA AO A R T . 5 3 5 D O C P C . N Ã O O C O R R Ê N C I A . PRE-
QUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA Nº 282/STF. EXECUÇÃO DE SEN-
TENÇA. PENHORA DE VALORES ORIUNDOS DO FUNDO PARTIDÁRIO. IMPOS-
SIBILIDADE. VEDAÇÃO LEGAL. ART. 649, XI, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
1. O art. 649, XI, do CPC impõe a impenhorabilidade absoluta dos recursos públicos
do fundo partidário, nele compreendidas as verbas previstas nos incisos I, II, III e IV
do art. 38 da Lei nº 9.096/1995. 2. Os recursos do fundo partidário são originados de
fontes públicas, como as multas e penalidades, recursos financeiros destinados por lei
e dotações orçamentárias da União (art. 38, I, II e IV), ou de fonte privada, como as
doações de pessoa física ou jurídica diretamente ao fundo partidário (art. 38, III). 3.
Após a incorporação de tais somas ao mencionado fundo, elas passam a ter destinação
legal específica e, portanto, natureza jurídica de verba pública, nos termos do art. 649,
XI, do CPC, "recursos públicos", independentemente da origem. 4. A natureza pública
do fundo partidário decorre da destinação específica de seus recursos (art. 44 da Lei
nº 9.096/1995), submetida a rigoroso controle pelo Poder Público, a fim de promover
o funcionamento dos partidos políticos, organismos essenciais ao Estado Democrático
de Direito. 5. O Fundo Partidário não é a única fonte de recursos dos partidos políticos,
os quais dispõem de orçamento próprio, oriundo de contribuições de seus filiados ou
de doações de pessoas físicas e jurídicas (art. 39 da Lei nº 9.096/1995), e que, por
conseguinte, ficam excluídas da cláusula de impenhorabilidade. 6. Recurso especial

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parcialmente provido." (REsp 1474605/MS, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva,
Terceira Turma, DJe 26/05/2015).
Assim, determino que os autos sejam remetidos ao arquivo.

15. Com o devido respeito, equivocou-se o d. juízo de origem, urgindo seja refor-
mada, in totum, sua decisão, pelas razões que passa a expor.

IV. RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO

IV.I. DA NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA COLABO-


RAÇÃO E DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DA JURISDIÇÃO.

16. A Agravante empreendeu heroicos esforços na defesa dos interesses do candidato


em nome do qual o Agravado assumiu, livre e conscientemente, a dívida cuja satisfação se
busca.

17. De outro lado, ao assumir a obrigação que outrora era intitulada pelo candidato, o
Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores empenhou sua palavra para satisfazer dívida
de campanha, sem a qual não se teria viabilizado a disputa no pleito eleitoral de 2014.

18. Pari passu, conforme bem exposto no petitório não acolhido pelo d. juízo de ori-
gem, poder, ética e moral se relacionam indissociavelmente, devendo o primeiro ser exercido
com honestidade e decência, consoante professa JAIME RODRÍGUEZ-ARANA:

“[...] en los tiempos que corren, es más urgente, como bien ha señalado Juan Pablo
FUSI, recorda que la politica es una atividade libre y moral que articula y vertebra la
vida en común y que es necesario recobrar el pulso moral de la politica. Para ello hay
que contribuir a que renazcam em la vida publica los ideales de la virtud ciudadana –
auteridad, sencillez, autodisciplina, renuncia al beneficio privado, mesura, moderación
-, las virtudes que, en suma, se constituyerón en el fundamento de la libertad de los
antiguos.”3

3
La Domensión Ética. Madrid: Dykinson, 2001, p. 180.
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19. Desse modo, partido político que assume, espontaneamente, obrigação civil, mas
a descumpre, além de violar regra jurídica, infringe a ética e a moral públicas, o que lhe des-
credencia a se apresentar como opção aos eleitores no intuito de galgar cargos, pois, se des-
cumpre obrigações privadas e comezinhas, certamente abandonará os compromissos públicos
assumidos e prometidos, em diálogos abertos na captação de votos.

20. Além disso, um partido político que deve e se mantém inerte quanto à dívida li-
vremente assumida não se acha apto a receber recursos oriundos do fundo partidário, em razão
de sua conduta que fere, mortalmente, o princípio da moralidade.

21. Convém destacar que exatamente por essas razões e pela seriedade com a qual
deve ser encarada a atividade de um partido político, o art. 35, §3º, III, da Resolução
23.553/2017, exige seja apontada, na assunção da dívida, a origem dos recursos a serem em-
pregados para a quitação do débito:

Art. 35. Partidos políticos e candidatos podem arrecadar recursos e contrair obriga-
ções até o dia da eleição.
[...]
§ 3º A assunção da dívida de campanha somente é possível por decisão do órgão naci-
onal de direção partidária, com apresentação, no ato da prestação de contas final, de:
[...]
III - indicação da fonte dos recursos que serão utilizados para a quitação do débito
assumido.

22. Quer parecer, pois, que se está diante da caracterização, ao menos em tese, de
estelionato, mediante a emissão de declaração de vontade falseada para induzir ou manter em
erro a justiça eleitoral e o credor, com o só fim de evitar as penalidades aplicáveis em caso de
ausência de prestação de contas eleitorais.

23. Reforça essa premissa o fato de que, consoante se colhe de pesquisa ao acervo da
justiça eleitoral, o PT/DF deixou de consignar a existência da obrigação ora vindicada em suas
prestações de contas anuais, em completa inobservância ao quanto determinado pelo inciso III,
do §4º, da Resolução n. 23.406/2013, norma regente da assunção em tela:

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Art. 30. Os candidatos, partidos políticos e comitês financeiros poderão arrecadar re-
cursos e contrair obrigações até o dia da eleição.
[...]
§ 4º Os valores arrecadados para a quitação dos débitos de campanha a que se refere
o § 2º devem:
I – observar os requisitos da Lei nº 9.504/97 quanto aos limites legais de aplicação e
às fontes lícitas de arrecadação;
II – transitar necessariamente pela conta “Doações para Campanha” do partido polí-
tico, a qual somente poderá ser encerrada após a quitação de todos os débitos;
III – constar da prestação de contas anual do partido político até a integral quitação
dos débitos, conforme o cronograma do pagamento e quitação apresentado por oca-
sião da assunção da dívida.
[...]

24. Cerrar os olhos para essa realidade equivale a atentado aos princípios da coope-
ração, da eficiência e da efetividade da prestação jurisdicional.

25. O primeiro diz respeito ao necessário influxo do dever de boa-fé e da instrumen-


talidade de formas, consoante ordenança explícita no art. 6º do CPC, que reza:

Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

26. Cooperar, dever que, ex vi legis, também recai sobre o juízo, carrega em si, dentre
outros significados, a expressão do auxílio, a fim de que sejam eliminados ou não impostos à
parte os obstáculos enfrentados pelas partes no exercício de suas garantias processuais, con-
forme ensina ZULMAR DUARTE:

“O dever de auxílio demanda iniciativas do magistrado para contribuir na superação


de eventuais dificuldades das partes que impeçam o exercício de determinadas posições
processuais.”4

4
GAJARDONI, Fernando da Fonseca, et. al. Teoria Geral do Processo: Comentários ao CPC de 2015. Parte Geral. São Paulo:
Forense, 2015, p. 40.
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27. Já os demais, cristalizados no inciso XXXV da Constituição da República5 e no
art. 8º do CPC6, equivalem à necessária atribuição do bem jurídico tutelado com o máximo
aproveitamento dos meios e mecanismos legais postos à disposição da parte e do juiz.

28. Sobre esse primado, preceitua KAZUO WATANABE:

O Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, inscrito no inc. XXXV, do


art 5º, da CF, não assegura apenas o acesso formal aos órgãos judiciários, mas sim o
acesso à Justiça que propicie a efetiva e tempestiva proteção contra qualquer forma de
denegação da justiça e também o que, certamente, está ainda muito distante de ser con-
cretizado, e, pela falibilidade do ser humano, seguramente jamais o atingiremos em sua
intereza. Mas a permanente manutenção desse ideal na mente e no coração dos opera-
dores do direito é uma necessidade para que o ordenamento jurídico esteja em contínua
evolução.7

29. Também são irretocáveis os ensinamentos de CLÁUDIO CITRA ZARIF:

“Sob a denominação de direito à efetividade da jurisdição queremos aqui designar o


conjunto de direitos e garantias que a Constituição atribuiu ao indivíduo que, impe-
dido de fazer justiça por mão própria, provoca a atividade jurisdicional para vindicar
bem da vida de que se considera titular. A este indivíduo devem ser, e são, assegurados
meios eficazes de exame da demanda trazida à apreciação do Estado. Eficazes, no
sentido de que devem ter aptidão de propiciar ao litigante vitorioso a concretização
fática da sua vitória.”8

30. De posse desses ensinamentos, não há conclusão outra senão a de que andou mal
a d. decisão agravada, ao denegar à Agravante a possibilidade de se valer de medidas que,
embora extraordinárias, visam, exclusivamente, a obtenção efetiva do que lhe restou garantido

5
CF, art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
6
CPC, Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e
promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a
eficiência.
7
WATANABE, Kazuo. Tutela Antecipatória e tutela específica das obrigações de fazer e não fazer – arts 273 e 461 do CPC. P.
20. In: TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo Teixeira (Coord.). Reforma do Código de Processo Civil.
8
ZARIF, Cláudio Cintra. Da necessidade de que o processo seja realmente efetivo. P. 141. In: Processo e Constituição. Estudos
em homenagem ao Professor José Carlos Barbosa Moreira. P. 139 – 145.
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por decisão transitada em julgado, negando-lhe a consecução de meios que podem, insofisma-
velmente, garantir-lhe a satisfação do crédito.

31. Lado outro, termina por conferir tratamento privilegiado a quem se escuda em sua
posição de privilégio em relação ao credor, posição que resulta das manobras garantidas quase
que por encomenda aos partidos políticos por seus agremiados.

32. O caso dos autos reclama proatividade, a fim de que não vença o embuste, no
lugar da justiça e da dignidade da própria jurisdição e do profissional que forneceu seus servi-
ços sem ter sido remunerado.

33. A adoção de medida extraordinárias, tal como previsto pelo art. 139, IV, do
CPC/2015, tem lugar, exatamente, em situações como a presente, em que o devedor se encon-
tra no pleno gozo de recursos financeiros de origens diversas, já que está em campanha eleito-
ral, sem se mover de qualquer forma para saldar ou negociar dívida nascida no pleito de 2014.

34. Refestela-se sem remorso e sem que, por qualquer meio, se mova para, ao menos,
negociar a importância que, irrefutavelmente, deve.

35. É nesse contexto que os pleitos formulados pela Agravante se mostram em tudo
cabível, posto que fundados na necessidade de que, diante da ineficácia de quase todas as pro-
vidências de caráter expropriatório realizadas em desfavor do Agravado, o extraordinário se
impõe, com esteio no art. 139, IV, do CPC, como forma de o próprio Poder Judiciário fazer
valer a autoridade de suas decisões.

36. À luz daquele dispositivo legal, o juiz, na condução do processo, tem por tarefa
ordenar a realização de medidas coercitivas que se mostrarem necessárias para assegurar a
eficácia e autoridade de suas decisões, consoante abaixo se constata:

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-
lhe:
[...]

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IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-roga-
tórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações
que tenham por objeto prestação pecuniária. (destacou-se)

37. Trata-se de inovação trazida pelo Código de Processo Civil de 2015, que visa
fazer frente às constantes necessidades de reinvenção da atividade jurisdicional com vistas ao
cumprimento do princípio da efetividade jurisdicional.

38. Sobre o tema, leciona FERNANDO GAJARDONI9:

“[...] o dever de probidade processual das partes e terceiros (principalmente do ven-


cido) não se esgota com o simples participar do processo na fase cognitiva. Sejam de
que natureza for (declaratórias, constitutivas, condenatórias, mandamentais e executi-
vas), é necessário que as decisões jurisdicionais (inclusive as arbitrais), provisórias ou
finais, sejam cumpridas, isto é, efetivadas. Efetivação essa que, quando depender de
comportamento de uma das partes, deve se dar sem embaraços, isto é, sem o emprego
de expedientes que retardem ou dificultem o cumprimento da decisão (artigo 77, in-
ciso IV, do CPC/2015). [...] A parte não conta com ninguém mais, a não ser o magis-
trado, para fazer a decisão judicial valer.” (destacou-se)

39. A propósito, esse Eg. TJDFT tem, reiteradamente, afirmado o cabimento das pro-
vidências atípicas nos efeitos executivos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MEDIDAS EXECUTIVAS CONVENCIONAIS INFRU-


TÍFERAS. APLICAÇÃO DO ART. 139, IV, CPC. MEDIDAS EXECUTIVAS ATÍPICAS.
SUSPENSÃO DA CNH. POSSIBILIDADE. DECISÂO MANTIDA. O art. 139, IV, do
CPC prevê as denominadas medidas executivas atípicas, a fim de que o magistrado
possa determinar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias ne-
cessárias ao cumprimento da ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto
prestação pecuniária. Tendo sido adotadas todas as medidas executivas típicas, e evi-
denciado que o devedor se furta a adimplir com suas obrigações, mostra-se cabível a
aplicação de medidas executórias atípicas com o fito de alcançar a efetividade do pro-
vimento jurisdicional. A aplicação das medidas atípicas deve observar os fins sociais e

9
Teoria Geral do Processo: Comentários ao CPC de 2015 – Parte geral. São Paulo: Forense, 2015, p. 458.
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o bem comum, resguardando a dignidade humana tanto dos devedores, quanto dos cre-
dores. A suspensão da CNH não ofende o direito constitucional ao trabalho, previsto
no art. 5º, XIII, da CF, porquanto norma de eficácia contida e que deve ser sopesada
com os demais direitos fundamentais de forma a garantir a dignidade tanto do devedor
quanto do credor. Recurso desprovido.10

***
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL. DIREITO CONSTITUCIONAL. DI-
REITO PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. TUTELA DE URGÊN-
CIA. SUSPENSÃO DA CNH. POSSIBILIDADE. MEDIDAS COERCITIVAS PARA AS-
SEGURAR DETERMINAÇÃO JUDICIAL. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
DECISÃO REFORMADA. 1. O agravante requer, em sede de tutela de urgência, a sus-
pensão da CNH do agravado. 2. Para concessão da tutela de urgência é necessário que
a parte demonstre a probabilidade do direito alegado e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo. Inteligência do art. 300 do CPC. 3. O Código de Processo
Civil permite que o juízo determine medidas coercitivas para assegurar o cumpri-
mento da determinação judicial, como a suspensão da CNH do devedor. (Artigo 139,
inciso IV CPC). 4. Recurso conhecido e provido. Decisão reformada.11

40. Diversamente do que compreendera o d. juízo de origem, a outorga de medidas


executivas atípicas deve ser lida em consonância com o art. 805 do CPC, à luz do qual a solu-
ção por ele ministrada se revela verdadeira denegação da tutela jurisdicional, por implicar
inércia em face da inadimplência e amordaçamento do credor.

41. Com efeito, reza o art. 805 do CPC que:

Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz man-
dará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa in-
cumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção
dos atos executivos já determinados.

10
(Acórdão n.1114975, 07071526220188070000, Relator: JOSAPHÁ FRANCISCO DOS SANTOS 5ª Turma Cível, Data de Jul-
gamento: 08/08/2018, Publicado no DJE: 17/08/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
11
(Acórdão n.1103463, 07005254220188070000, Relator: ROMULO DE ARAUJO MENDES 1ª Turma Cível, Data de Julgamento:
14/06/2018, Publicado no PJe: 18/07/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
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42. Referido dispositivo legal não aponta para a direção da inércia, mas, sim, para a
imposição, ao devedor, do dever de, também sob o pálio da mútua cooperação, indicar meios
pelos quais sua obrigação pode ser satisfeita, na exata dimensão, também, do quanto previsto
no art. 774, V, do CPC, in verbis:

Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omis-


siva do executado que:
[...]
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os
respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão ne-
gativa de ônus.

43. Conforme ensina M. Y. MINAMI, a utilização de medidas de coerção atípicas têm


lugar quando as ordinárias “se mostrarem ineficientes e/ou o devedores valer de ardis para
não realizar a prestação devida”12, e é, exatamente, o que se tem em tela.

44. A prevalecer a equivocada compreensão firmada pela d. decisão agravada, ne-


nhum proveito têm as inovações trazidas pelo Código Processual Civil, razão pela qual se
constata que o art. 139, IV, tem, sim, o alcance pretendido pela Agravante.

45. Destaque-se, outrossim, que há perfeita adequação entre meios e fins nas tutelas
coerticivas atípicas vindicadas pela Agravante.

46. Ora, não se mostra justo nem moral que se possibilite ao partido político devedor
a assunção de novas obrigações financeiras relacionadas à campanha eleitoral se pendem de
adimplemento obrigações nascidas no pleito eleitoral anterior.

47. Vale dizer: não se pode atribuir ao partido político devedor, que descumpriu até
mesmo o cronograma que havia proposto aos credores para pagamento de sua obrigação –
obtendo, assim, as respectivas anuências, com base em ludíbrio –, a possibilidade de realizar

12
Breves apontamentos sobre a generalização das medidas de efetivação no CPC 2015: do processo para além da decisão. In:
Coleção Novo CPC - Doutrina Selecionada. PEIXOTO, Ravi [et tal]. v. 5. 2. ed. rev. e atual. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 323.
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novos gastos de campanha mediante a contratação de novos advogados, sem que a agremiação
empreenda esforços voltados a quitar as dívidas contraídas no pleito passado.

48. Cogitar do contrário, com o devido respeito, equivale a brindar-se a imoralidade


de quem, presumivelmente, deveria defender a moral e a decência.

49. Aliás, é bastante curioso que, para fins outros (nada salutares!), a agremiação bus-
que apoio financeiro de seus correligionários, do que é exemplo a conclamação para doações
em prol da soltura de Luiz Inácio Lula da Silva (doc. 04), mas nada faz para honrar compromissos
financeiros pretéritos, que tocam a subsistência dos advogados que compõe a banca Agravante.

50. Ao que parece, o devedor tem como certa a sua impunidade, dadas as naturais
dificuldades de constrição patrimonial contra partidos políticos, fruto de uma intervenção do
legislador que opera em causa própria, em completo desalinho com o princípio da impessoali-
dade da lei.

51. Tal panorama demonstra que é urgente a adoção de providências atípicas, com o
só fim de que a obrigação buscada pela Agravante seja satisfeita, o que justifica o deferimento
da medida vindicada pela Agravante, consistente na vedação de contratação de serviços como
o do contrato de que se originara o débito exequendo (até mesmo por meio de suspensão das
que já estiverem em curso), com apoio no art. 139, IV, do CPC.

52. Ao contrário do que concluíra a d. decisão guerreada, a providência se coaduna,


também, com o art. 8º do CPC, por ser proporcional e razoável que se abstenha de estabelecer
contratação de advogado para a campanha eleitoral em curso o sujeito que se encontra inadim-
plente em relação ao patrono da campanha eleitoral pretérita.

53. Não é demais dizer: se, ao longo de quatro anos, nos quais não se estabeleceu
contratação de advogados para trabalhar em campanha eleitoral (porque inocorrente eleição
municipal no DF), não se dignou o partido político devedor a reservar recursos para a remu-
neração daqueles em relação aos quais se encontra em débito, ainda mais motivos terá para
não o fazer se contrata profissionais para a nova campanha eleitoral.

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54. Se o objetivo da inovação legislativa é coagir e constranger o devedor a cumprir
sua obrigação, dando efetividade à decisão judicial, é razoável e proporcional que lhe seja
obstada a contratação de novos advogados, a fim de que não pereça, frise-se, o princípio da
moralidade.

55. Trata-se de providência excepcional, mas que se revela adequada (conformidade


entre fim e meio), necessária (sem ela, restará sepultada a oportunidade de se obter o adimple-
mento da obrigação) e proporcional (a vantagem supera a desvantagem, por evitar a procrasti-
nação do partido em saldar sua dívida e evita que novo contratado amargue prejuízo similar).

56. Desse modo, deve ser reformada a d. decisão agravada, a fim de que seja deferida
a suspensão das contratações eventualmente em curso e o impedimento de se firmar novas
contratações especificamente em relação a serviços jurídicos, até que a dívida de campanha
aqui veiculada seja saldada ou garantida, e, também, seja a Corte eleitoral do DF e o Ministério
Público Eleitoral comunicados sobre a subsistência da obrigação relativa à campanha eleitoral
de 2014, como forma de constranger o Agravado a adimplir a dívida e a respeitar a autoridade
das decisões judiciais.

IV.II – DA INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 833, XI, CPC/2015: DA POSSIBILIDADE DE


PENHORA DO FUNDO PARTIDÁRIO NO CASO CONCRETO

57. Com o devido respeito, também se revela a d. decisão agravada no tocante à cla-
rividente inconstitucionalidade do inciso XI, do art. 833, do CPC/2015, negada sob a evasiva
de que “conforme Lei dos Partidos Políticos, (art. 38 da Lei n. 9096/1995), a impenhorabili-
dade compreende as verbas previstas nos incisos I, II, III e IV, pois são originários de fontes
públicas, já que após incorporadas, passam a ter destinação legal específica, e, portanto na-
tureza de verba pública”.

58. Conforme exaustivamente explanado no petitório a que o d. juízo negou acolhi-


mento, os recursos do fundo partidário têm, dentre suas destinações, o custeio de campanhas
eleitorais, na forma do art. 44 da mesma Lei de Eleições (Lei n. 9.096/95), nicho no qual se
insere a dívida em voga. Confira-se:
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Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
[...]
III - no alistamento e campanhas eleitorais;
[...]

59. Em nenhum ponto da norma em questão se insere a dicção de que a suposta natu-
reza pública da verba ilidiria a possibilidade de utilização dos recursos para pagamento de
dívida, frise-se, oriunda de campanha eleitoral, e nem poderia fazê-lo, haja vista a expressa
disposição acima.

60. Ainda que assim não fosse, na aplicação do direito, exige-se o atendimento ao
bem comum e a busca pela finalidade social desejada pela norma, tal e qual preconiza o art. 8º
do CPC:

Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigên-
cias do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e
observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a efi-
ciência.

61. Consoante lição de ZULMAR DUARTE13, “[...] atualmente se espera do juiz apli-
cação do direito que supere a servil, asséptica e rasteira interpretação literal da legislação,
pelo que deverá aplicar o ordenamento jurídico em sua plenitude, considerando as regras, os
princípios e os valores que conformam o sistema jurídico. [...]”. (destacou-se)

62. Prossegue, assim, o mesmo autor:

“Os princípios constitucionais, embora possuam campo próprio, atuam conjugada-


mente, complementando-se, condicionando-se e modificando-se em termos recíprocos.
Toda e qualquer aplicação do direito está a serviço da Constituição, vitalizando seu
texto. Por conta disso, os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil
se destacam pela importância e pela função irradiadora e monogenética, no sentido

13
In: GAJARDONI, Fernando da Fonseca.Teoria Geral do Processo: Comentários ao CPC de 2015 – Parte geral. São Paulo:
Forense, 2015, p. 51.
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de inspirarem a criação e a aplicação de outras regras do ordenamento jurídico.” (des-
tacou-se)

63. A partir dessa compreensão, e no âmbito do que preconiza o mencionado art. 8º


do CPC, há de se sopesar valores: se, de um lado, a existência dos partidos políticos tem sua
importância para a democracia e para o exercício da cidadania, de outro, há de se velar pelo
respeito aos demais institutos democráticos e pela observância à probidade e à moralidade,
sem as quais não se pode cogitar nem do gozo de recursos públicos por qualquer entidade, nem
da regularidade na outorga de proteções que, embora encartadas na lei, põem-se, unicamente,
a serviço de quem legisla e de seus convivas.

64. Recorde-se, por necessário, que se tem, na espécie, o inadimplemento de dívida


relacionada a honorários contratuais destinados aos advogados que, ao longo da disputa elei-
toral de 2014, trabalharam diuturnamente na defesa dos interesses do então candidato Agnelo
Queiroz.

65. A advocacia é ofício abrigado não só pelo art. 133 da Constituição da República
– como função essencial à administração da justiça –, mas, também, pelos princípios estrutu-
rantes elencados na Carta Cidadã, em especial, da dignidade da pessoa humana (art. 1º).

66. Sobre esse princípio, leciona JOSÉ LUIZ QUADROS DE MAGALHÃES:

Podemos compreender a ideia de dignidade na Constituição, buscando a vinculação da


ideia moral desenvolvida pelos filósofos citados, e muitos outros, com a existência de
condições materiais que permitam florescer a cultura humana e nas quais o respeito
encontrado pela vida de cada um permita o cultivo do respeito da vida do outro. É a
existência efetiva do respeito aos direitos sociais, econômicos, individuais, políticos e
culturais de cada pessoa, de cada grupo social, de cada comunidade, que permitiu que
se construísse em cada um desses espaços uma cultura de respeito humano. Onde há
exclusão, exploração e miséria não é possível respeito mútuo, pois não há dignidade
que se manifeste na injustiça.”14 (destacou-se)

67. Tem-se, em mira, crédito de natureza alimentar, assim definido pelo art. 85/CPC:

14
In: Comentários à Constituição Federal de 1988. Paulo Bonavides et. al. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 22.
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Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vence-
dor.
[...]
§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com
os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada
a compensação em caso de sucumbência parcial.

68. Por tal razão, refere-se a direito elementar garantidor da subsistência do advogado
e, como tal, toca sua existência digna e à valorização de seu trabalho.

69. Por sua vez, o art. 170 da Constituição de 1988, que também assegura a todos a
existência digna, prevê que a ordem econômica brasileira se funda na valorização do trabalho
humano e deve se orientar pelo respeito à propriedade privada.

70. De outro lado, o texto constitucional não reserva aos recursos do Fundo Especial
de Assistência Financeira aos Partidos Políticos – Fundo Partidário (cuja forma de utilização
e prestação de contas são demarcadas pela completa falta de transparência15) qualquer tipo de
proteção especial, signo que também não lhe empresta a mencionada Lei de Eleições.

71. O pretenso status de impenhorabilidade foi estabelecido, portanto, apenas no art.


833, XI, CPC/2015, que reza:

Art. 833. São impenhoráveis:


[...]
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos
da lei;

72. Desse panorama, resulta que inexiste conflito de normas de status constitucional,
mas, unicamente, ofensa a diversos valores e princípios constitucionais em decorrência da
acepção cega de que o fundo partidário – maior receita das agremiações políticas – não poderia
ser utilizado para pagamento adimplemento de dívida de campanha.

15
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,fundo-partidario-banca-de-jatinho-a-contas-pessoais,70001696068
http://diarioarapiraca.com.br/post/eduardo-cardeal/fundo-partidario-banca-chopp-banda-de-rock-e-aluguel-de-som-para-politi-
cos/21/33236
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73. Ora, na medida em que os honorários profissionais devidos aos advogados que
prestaram serviços em pleito eleitoral em favor de candidato da agremiação, tocam a dignidade
da pessoa humana (CF, art. 1º), bem como a valorização do trabalho humano e a propriedade
privada (CF, art. 170), e, no caso em tela, constituem dívida decorrente de gastos de campanha,
não deve prevalecer o entendimento externado pela d. decisão agravada, pois, ainda que, ad
argumentandum, se entendesse que os recursos do fundo partidário preservam natureza pú-
blica, tal não se impõe contra a utilização desses valores para adimplemento da obrigação em
tela.

74. Conseguintemente, qualifica-se como inconstitucional a previsão de impenhora-


bilidade do fundo partidário no caso concreto estampada no art. 833, XI, do CPC, que nasce
da atuação do legislador político que moldou a lei para atender a proteção indevida de que se
beneficia, por força da pretensa inacessibilidade aos recursos existentes no fundo partidário.

75. Conforme demonstrado pela parte Agravante em sua manifestação que restara re-
jeitada, constitui verdadeiro sofisma a tese de que tais recursos se revestiriam de natureza pú-
blica, haja vista o regime legal de distribuição e de destinação dos recursos, colhido do art. 44
da Lei n. 9.096/95, à luz do qual:

Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:


I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de pessoal,
a qualquer título, observado, do total recebido, os seguintes limites
a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional;
b) 60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e municipal;
II - na propaganda doutrinária e política;
III - no alistamento e campanhas eleitorais;
IV - na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e
educação política, sendo esta aplicação de, no mínimo, vinte por cento do total rece-
bido.
V - na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação
política das mulheres, criados e mantidos pela secretaria da mulher do respectivo par-
tido político ou, inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de
doutrinação e educação política de que trata o inciso IV, conforme percentual que será
fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco
por cento) do total;
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VI - no pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres devidos a organismos par-
tidários internacionais que se destinem ao apoio à pesquisa, ao estudo e à doutrinação
política, aos quais seja o partido político regularmente filiado;
VII - no pagamento de despesas com alimentação, incluindo restaurantes e lanchonetes.
(destacou-se)

76. O mesmo dispositivo confere ao partido político autonomia para gerir o recurso
e afasta, expressamente, a incidência da Lei de Licitações,16 motivo pelo qual é equivocado
compreender que, ao aportarem os recursos nas contas partidárias, preservar-se-ia o caráter
público.

77. Assim, por variadas razões, uma vez aportado o capital em favor do diretório re-
gional do partido devedor – ainda que originário do fundo partidário –, não há obstáculos à sua
utilização para pagamento de honorários profissionais devidos em decorrência de serviços ad-
vocatícios prestados em campanha política, sob pena de atentado mortal à dignidade da
pessoa humana (art. 1º), ao direito à existência digna (art. 170) do profissional que se
qualifica como função essencial à administração da justiça (art. 133) e ao fundamento da
valorização do trabalho humano (art. 170), bem como ao respeito à propriedade privada
(art. 170), valores expressamente encartados no texto constitucional de 1988.

78. Há flagrante incongruência entre a atribuição de proteção por impenhorabilidade


em lei ordinária, em detrimento do profissional que prestou relevantes serviços jurídicos dos
quais se valeu candidato em campanha eleitoral, não lhe tendo sido paga a remuneração por
cuja quitação ora responde a agremiação partidária em razão de regular assunção de dívida de
campanha.

79. Frise-se, a escusa de, hipoteticamente, tratar-se de verba pública não se aplica ao
caso em tela, por todas as razões acima elencadas, as quais, nem de soslaio, foram enfrentadas
pela d. decisão agravada.

16
Art. 44, § 3o Os recursos de que trata este artigo não estão sujeitos ao regime da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, tendo
os partidos políticos autonomia para contratar e realizar despesas. (destacou-se)
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80. A visão restritiva da tese de impenhorabilidade não perfilha o entendimento ad-
vindo da última reforma eleitoral e nem se coliga com a natureza da verba em questão, conso-
ante se verifica da Lei Eleitoral (Lei n. 9.504/97), que exclui os honorários de advogados dos
limites de gastos de candidaturas:

Art. 100-A. A contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de serviços


referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais
observará os seguintes limites, impostos a cada candidato:
[...]
§ 6o São excluídos dos limites fixados por esta Lei a militância não remunerada, pes-
soal contratado para apoio administrativo e operacional, fiscais e delegados credenci-
ados para trabalhar nas eleições e os advogados dos candidatos ou dos partidos e co-
ligações.

81. Do mesmo modo, a Resolução n. 23.553/2017 exclui referidas despesas dos limi-
tes de gastos e prevê que o fundo partidário pode ser utilizado para contratação de serviços de
advocacia destinados à defesa de interesses de candidato ou de partido político em processo
judicial.17

82. Logo, não bastasse a clareza do mencionado art. 44 da Lei de Eleições, as regras
legais mais modernas também permitem que o partido político pode se valha dos recursos
oriundos da distribuição do fundo partidário para pagar advogados.

83. Significa dizer que, se o fundo partidário se destina a custear o funcionamento


institucional dos partidos políticos, inclusive os serviços de advocacia por eles contratados
para as campanhas eleitorais, não é razoável acreditar-se que a ilegítima regra da impenhora-
bilidade obste o pagamento de dívidas oriundas de campanha pretérita com esses mesmos re-
cursos, ainda que por intermédio da mão do Judiciário, na forma da constrição eletrônica de
valores.

17
§ 3º Os honorários referentes à contratação de serviços de advocacia e de contabilidade relacionados à defesa de interesses de
candidato ou de partido político em processo judicial não poderão ser pagos com recursos da campanha e não caracterizam gastos
eleitorais, cabendo o seu registro nas declarações fiscais das pessoas envolvidas e, no caso dos partidos políticos, na respectiva
prestação de contas anual.
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84. Tudo isso leva à inexorável conclusão de que inteiramente inservível ao caso em
tela o precedente jurisprudencial colacionado pela il. decisão guerreada. Lá, frise-se, sequer se
tinha em foco dívida oriunda de contrato de prestação de serviços advocatícios e tampouco se
vindicava a declaração de inconstitucionalidade incidental de qualquer dispositivo legal.

85. Outrossim, o uso indiscriminado e abusivo do fundo partidário atesta que o caráter
público desses recursos desaparece no exato instante em que seus valores aportam nas contas
dos partidos.

86. Sob essa perspectiva, não se há de valorar a multiplicidade partidária ou a preser-


vação de legendas que não se comportam com eticidade e compromisso moral, pois a reverên-
cia aos fundamentos e princípios encartados na Constituição da República exige a interpreta-
ção sistêmica do texto constitucional, a partir da qual o respeito à dignidade e à valorização do
trabalho humano não pode ser negligenciado.

87. Diante dessas inúmeras variáveis, a regra legislativa que invoca a suposta impe-
nhorabilidade carece de ética, porquanto tutela interesses próprios do legislador, com afronta,
ainda, ao princípio da impessoalidade da lei, haja vista que se volta a proteger um ente es-
pecífico, que se beneficia ao deixar de cumprir as obrigações civis, sem compromisso com o
dever de não se enriquecer ilicitamente em detrimento de outrem, e, por consequência, com a
legalidade e a moralidade.

88. Sobre o tema, é válido o alerta de BRUNO GALDINO:

“Retornando ao que foi dito nas notas introdutórias deste ensaio, o direito eleitoral é
um mecanismo de extrema relevância para assegurar a preponderância da soberania
popular e, por conseguinte, o fortalecimento do próprio regime democrático. Na me-
dida em que possa ter, em sua interpretação, horizontes hermenêuticos em sincronia
com isso, esse distanciamento pode levar o direito eleitoral a ser o mecanismo de le-
gitimação de regimes velada ou abertamente autoritários, fazendo com que a hibridez
destacada por Szmolka Vida penda para o lado do autoritarismo fechada, além de
transformar uma constituição formalmente democrática em um tipo essencialmente se-
mântico, de acordo com o conceito de Loewenstein.
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Não custa lembrar que mesmo as mais ferrenhas ditaduras tiveram e têm processos
eleitorais, plebiscitos e referendos que, no entanto, servem basicamente para legitimar
o poder estabelecido como aparentemente democrático, enquanto a prática política é
essencialmente autoritária. E é a isso que o direito eleitoral não deve servir, devendo
preservar sua associação com o princípio democrático, sendo instrumento de consa-
gração da soberania popular no campo da disputa eleitoral.”18 (destacou-se)

89. É injustificável que os recursos do fundo partidário, ao ingressarem nas contas


dos partidos políticos, se submetam a regime impediente, de tal sorte que não possam ser al-
cançados para a satisfação das dívidas contraídas pelas agremiações partidárias, notadamente
em decorrência de processos eleitorais, seara na qual, frisa-se, se inclui a obrigação que justi-
fica o presente recurso (dívida decorrente de serviços jurídicos prestados ao longo da campa-
nha eleitoral de 2014).

90. Resta, assim, evidenciado o equívoco que se contém na conclusão declinada pela
d. decisão agravada, por ignorar, até mesmo, que a obrigação cuja satisfação se busca é con-
templada pelo art. 44, III, da Lei n. 9.096, e, logo, contra ela não pode ser imposto o obstáculo
da impenhorabilidade.

91. Ao se ter em mira dívida construída de serviços advocatícios (verba alimentar)


prestados nas eleições de 2014, não há razão para afastar a possibilidade de penhora dos re-
cursos oriundos do fundo partidário, motivo pelo qual urge que, incidentalmente, sob o regime
do controle difuso da constitucionalidade, seja declarada a inconstitucionalidade do inciso XI
do art. 833 do CPC/2015, possibilitando-se a penhora de recursos oriundos do fundo partidário
destinados ao PT/DF.

92. Por tais razões, requer-se a reforma da d. decisão guerreada.

18
In: FUX, Luiz; PEREIRA, Luiz Fernando Casagrande; AGRA, Walber de Moura. Tratado de Direito Eleitoral. Belo Horizonte:
Fórum, 2018, p. 89/90
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IV.III – DA POSSIBILIDADE DE RENOVAÇÃO DE DILIGÊNCIAS VIA BACENJUD

93. Haja vista já se terem passado dez meses desde a última pesquisa de ativos finan-
ceiros via BACENJUD, a Agravante pugnou pela realização de nova pesquisa eletrônica de ati-
vos financeiros.

94. Contudo, em detrimento de entendimento jurisprudencial reinante nesse próprio


TJDFT, a il. decisão agravada sob a alegação de que “a última pesquisa ao BACEN foi feita
foi em Outubro de 2017, não trazendo o exequente qualquer comprovação de alteração da
situação fática que justifique a realização de uma nova pesquisa, principalmente para não
transferir para o judiciário os ônus e as diligências que são de responsabilidade do exe-
quente”.

95. Ocorre que, passados quase 12 meses desde a constrição que, destaque-se, não foi
completamente infrutífera, já se transcorreu tempo suficiente para que a situação do devedor
tenha se alterado.

96. Some-se a isso o fato de que estamos em pleno período eleitoral, no qual as contas
dos partidos se inundam com recursos de toda ordem, o que também viabiliza a realização de
nova tentativa de penhora.

97. Tais premissas tornam írrita a argumentação de que a Agravante deveria provar
alterações na situação fática.

98. Com o devido respeito, o caso em tela exibe circunstâncias salientes e peculiares
por força das quais se presume a alteração da situação fática e justifica nova busca: o bloqueio
anterior (único) foi parcialmente frutífero, aconteceu há 10 meses e está-se diante de período
em que as contas partidárias recebem vultosas importâncias.

99. Novamente, urge que se implemente o dever de colaboração judicial (arts. 6º e 8º


do CPC), especialmente por força do caráter sigiloso que circunda as movimentações e opera-
ções bancárias, o qual, contudo, é vencido pelo avanço tecnológico, a permitir que o Judiciário,

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por intermédio de sistema próprio, promova buscas e realize bloqueios sobre saldos de contas
e aplicações financeiras.

100. Tal providência, frise-se, quando já transcorrido 11 meses desde a última (e única)
realização de pesquisa via BACENJUD, viabiliza que se implemente a já decantada efetividade
processual, com vistas ao adimplemento forçado da obrigação.

101. Assim, abunda na jurisprudência pátria o entendimento segundo o qual é legal a


renovação da pesquisa junto ao sistema BACENJUD, em casos como o presente:

“PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXECUTADO CITADO POR EDITAL


QUE NÃO PAGA, NEM NOMEIA BENS. PENHORA ON LINE FRUSTRADA. REITE-
RAÇÃO DO PEDIDO. POSSIBILIDADE. 1. Esta Turma, ao julgar o REsp
1.199.967/MG, sob a relatoria do Ministro Herman Benjamin (DJe de 4.2.2011), deci-
diu pela admissibilidade da reiteração do pedido de penhora eletrônica de dinheiro
através do Sistema BacenJud. No ordenamento jurídico pátrio, não há nenhuma exi-
gência ou condicionante para se tentar novamente a mesma medida já deferida há
mais de ano; muito pelo contrário, o atual Regulamento do BacenJud, em seu art. 13,
§ 2º, prevê a possibilidade de nova ordem de bloqueio de valor para o mesmo execu-
tado, no mesmo processo. 2. Recurso especial provido.”19 (destacou-se)

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. PENHORA


ELETRÔNICA (BACEN-JUD). BLOQUEIO DE NUMERÁRIO. DILIGÊNCIA PARCI-
ALMENTE FRUTÍFERA. POSSIBILIDADE DE RENOVAÇÃO. 1. Não configura ile-
galidade a efetivação de penhora eletrônica incidente sobre numerário mantido pelo
devedor, até o limite da execução, ante a expressa previsão do Artigo 655-A, §1º, do
Código de Processo Civil. 2. Nesse quadro, mostra-se razoável a renovação de diligên-
cia parcialmente frutífera, tendo em vista a interpretação teleológica que deve nortear
o processo judicial executivo, na busca da satisfação de crédito reconhecido em sen-
tença. 3. Agravo provido.” 20 (destacou-se)

19
STJ. REsp 1273341/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/12/2011, DJe
09/12/2011
20
TJDFT. Acórdão n.712444, 20130020097927AGI, Relator: CRUZ MACEDO 4ª Turma Cível, Data de Julgamento: 11/09/2013,
Publicado no DJE: 25/09/2013. Pág.: 177
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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. PE-
NHORA VIA SISTEMA BACENJUD. REITERAÇÃO DA MEDIDA. COOPERAÇÃO
JUDICIAL. TRANSCURSO DE RAZOÁVEL LAPSO TEMPORAL. POSSIBILIDADE.
As pesquisas nos sistemas interligados ao Judiciário permitem maior celeridade do pro-
cesso e contribuem para a efetividade da tutela jurisdicional, devendo serem autoriza-
das sempre que se mostrarem adequadas e razoáveis à fase processual em curso. Nada
obsta a repetição da pesquisa de bloqueio de valores do executado em instituições
financeiras se decorrido tempo razoável entre a primeira tentativa e o novo requeri-
mento, tendo em vista que o instituto da penhora eletrônica visa conferir celeridade e
efetividade à execução.21 (destacou-se)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. BACENJUD. RENOVAÇÃO. RE-


ALIZAÇÃO DE NOVA PESQUISA ONLINE. DECORRIDO LAPSO TEMPORAL CON-
SIDERÁVEL. RAZOABILIDADE. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. DECISÃO RE-
FORMADA.1. Segundo o STJ não existe limitação na reiteração da pesquisa de ativos
financeiros por meio do bacenjud, porém deverá ser observado critério de razoabili-
dade. 2. O transcurso de tempo (nove meses) desde a última pesquisa de ativos finan-
ceiros é critério suficiente para determinar que se realize nova penhora on-line por
meio do convênio Bacenjud. 3. Recurso conhecido e provido.22 (destacou-se)

102. Por tais razões, requer-se a reforma da d. decisão agravada, a fim de que se deter-
mine a renovação de pesquisa via BACENJUD para bloqueio de ativos financeiros do Agravado.

IV.IV – DA INTIMAÇÃO DO DEVEDOR PARA INDICAÇÃO DE BENS À PENHORA

103. Igualmente, deve ser reformada a d. decisão agravada no tocante ao indeferimento


do Agravado para que indique bens à penhora, sob pena de configuração de ato contra a dig-
nidade da jurisdição.

21
TJDFT. Acórdão n.1100604, 07046782120188070000, Relator: CARMELITA BRASIL 2ª Turma Cível, Publicado no DJE:
07/06/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.
22
TJDFT. Acórdão n.946897, 20160020042534AGI, Relator: GISLENE PINHEIRO 2ª TURMA CÍVEL, Publicado no DJE:
15/06/2016. Pág.: 171/180
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104. A conclusão do nobre julgador, com o devido respeito, nega vigência ao art. 774,
V, do CPC, ao afirmar que a medida não seria útil.

105. Ao que parece, a d. decisão parte da premissa de que o partido político se quedaria
silente, o que não se pode pretender, mas, ainda que assim seja, subtrai da parte credora a
possibilidade de lhe ser somado o crédito com a multa legal correspondente, preconizada
pelo parágrafo único do mesmo art. 774, que também prevê a possibilidade de imposição de
outras sanções de natureza processual ou material:

Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omis-


siva do executado que:
[...]
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os
respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão ne-
gativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante
não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será
revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem pre-
juízo de outras sanções de natureza processual ou material.

106. Não se pode tornar letra morta as inovações trazidas pelo novo CPC que tem em
mira reprimir que, como no caso presente, devedores que possuem condições de responder por
suas obrigações, se furtem a fazê-lo.

107. Nesse sentido, colhe-se da jurisprudência desse Eg. TJDFT:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PRELIMINAR DE


NÃO CONHECIMENTO AFASTADA. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DETERMI-
NAÇÃO DE PENHORA E AVALIAÇÃO DE VEÍCULO. DEVER DE COOPERAÇÃO.
ADVERTÊNCIA. OMISSÃO QUANTO À LOCALIZAÇÃO DO BEM. ATO ATENTATÓ-
RIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA. CARACTERIZAÇÃO. 1. Cabe agravo de instru-
mento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de cumprimento de sentença.
2. Nos termos do inciso V do artigo 774, do Código de Processo Civil, possível se mostra
a intimação do devedor para que indique a localização dos bens sujeitos à penhora, sob

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pena de configurar ato atentatório à dignidade de Justiça. 3. A parte que resiste injus-
tificadamente às ordens judiciais incorre em ato atentatória à dignidade da justiça. 4.
O devedor que omite a localização de veículo indicado à penhora, mesmo após adver-
tência sobre possível sansão, e desobedece a determinação judicial, incide em ato aten-
tatório à dignidade da justiça sujeito a multa. 5. Agravo de instrumento conhecido e
não provido.23

108. O fato de o devedor não ter impugnado a penhora on line efetivada não pode ser
creditada à imaginada inutilidade da providência buscada (intimação do executado), mas, sim,
à inexistência de matéria de defesa contra a constrição sofrida, situação em decorrência da qual
se reafirma, também, a utilidade de nova pesquisa via Bacenjud.

109. Por tais razões, também sob esse aspecto, urge seja reformada a d. decisão ata-
cada.

V. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL

110. A antecipação da tutela recursal de mérito se destina a evitar que, com a demora
do processamento do recurso, a satisfação da pretensão de fundo reste ineficaz, pois o tempo
demandado para o julgamento do presente recurso pode fazer com que desapareça a utilidade
dos provimentos aqui buscados, especialmente em razão da efemeridade do período eleitoral.

111. Vale notar que tutelas emergenciais em recursos de agravo de instrumento tem
lugar sempre que a decisão agravada possa causar à parte lesão grave e de difícil reparação, o
que, de fato, ocorre na hipótese dos autos, pois, caso se aguarde o julgamento final do recurso,
pode ser que as providências buscadas percam seu objeto em razão do fim da campanha elei-
toral em curso.

112. Lado outro, nenhum prejuízo se acarretará ao processo ou ao Agravado, dada a


reversibilidade das providências e a possibilidade de se ofertar garantia ao juízo.

23
TJDFT. Acórdão n.1113433, 07071620920188070000, Relator: FLAVIO ROSTIROLA 3ª Turma Cível, Data de Julgamento:
02/08/2018, Publicado no DJE: 10/08/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.
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113. Assim, urge seja franqueada à Agravante para que o d. juízo a quo proceda, de
imediato, à intimação do Agravado para que suspenda ou se abstenha de contratar serviços
jurídicos como os que constituem objeto da obrigação que se quer ver satisfeita, até que a
dívida de campanha aqui veiculada seja saldada ou garantida, e, também, seja a Corte eleitoral
do DF e o Ministério Público Eleitoral comunicados sobre a subsistência da obrigação relativa
à campanha eleitoral de 2014, como forma de constranger o Agravado a adimplir a dívida e a
respeitar a autoridade das decisões judiciais; bem assim seja imediatamente renovada a dili-
gência via BACENJUD.

VI. PEDIDO

114. Diante de todo o exposto, requer, liminarmente, a antecipação da tutela recursal,


a fim de que seja determinado que o d. juízo a quo proceda, de imediato, à intimação do Agra-
vado para que suspenda ou se abstenha de contratar serviços jurídicos como os que constituem
objeto da obrigação que se quer ver satisfeita, até que a dívida de campanha aqui veiculada
seja saldada ou garantida, e, também, seja a Corte eleitoral do DF e o Ministério Público Elei-
toral comunicados sobre a subsistência da obrigação relativa à campanha eleitoral de 2014,;
bem assim seja imediatamente renovada a diligência via BACENJUD.

115. No mérito, requer o conhecimento e provimento do presente agravo, para que a


decisão guerreada seja reformada, a fim de que outra seja proferida em seu lugar, no sentido
de se acolher a integralidade dos pedidos formulados pela Agravante no bojo de seu cumpri-
mento de sentença, a fim de que: a) seja deferida a suspensão das contratações eventualmente
em curso e o impedimento de se firmar novas contratações especificamente em relação a ser-
viços jurídicos, até que a dívida de campanha aqui veiculada seja saldada ou garantida, e, tam-
bém, seja a Corte eleitoral do DF e o Ministério Público Eleitoral comunicados sobre a subsis-
tência da obrigação relativa à campanha eleitoral de 2014, como forma de constranger o Agra-
vado a adimplir a dívida e a respeitar a autoridade das decisões judiciais; b) seja, incidental-
mente, sob o regime do controle difuso, declarada a inconstitucionalidade do inciso XI do art.
833 do CPC/2015, possibilitando-se a penhora de recursos oriundos do fundo partidário desti-
nados ao PT/DF; c) seja renovada a diligência via BACENJUD, haja vista as peculiaridades do

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caso concreto; e, d) seja intimado o devedor, por intermédio de sua advogada, para, com fun-
damento no art. 774, V, do CPC, indicar ao d. juízo a quo quais são e onde estão os bens
sujeitos à penhora e os respectivos valores, sob pena de caracterização de atentado à dignidade
da justiça.

116. Pugna, por fim, sejam as futuras publicações realizadas, exclusivamente, em


nome do Dr. LUIS CARLOS ALCOFORADO, OAB/DF 7.202, sob pena de nulidade.24

Termos em que pede deferimento.


Brasília/DF, 30 de agosto de 2018.

ERIKA DUTRA XAVIER


OAB/DF 31.375

24
PROCESSUAL CIVIL. INTIMAÇÃO EXCLUSIVA. PEDIDO DA PARTE NO BOJO DAPETIÇÃO INICIAL. APELAÇÃO. JUL-
GAMENTO. PUBLICAÇÃO NO NOME DEADVOGADO DIVERSO. NULIDADE. INTIMAÇÃO EXCLUSIVA. NÃO OBSERVÂN-
CIA. SUBSTABELECIMENTO COM RESERVA DE PODERES. REITERAÇÃO. DESNECESSIDADE. NULIDADE ABSOLUTA.
[...] 2. Havendo requerimento expresso de intimação exclusiva, é nula a intimação em nome de outrem, ainda que conste nos autos
instrumento de substabelecimento. 3. Com efeito o pedido de intimação exclusiva deve ser realizado em petição, e não é necessário
sua reiteração no decorrer do processo. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos modificativos, para dar provimento ao
recurso especial e declarar a nulidade da publicação onde não consta o nome dos advogados indicados no pedido de intimação
exclusiva fls. 50, e-STJ. (STJ. EDcl no AgRg no AREsp: 100615 BA, Relator: Ministro Humberto Martins, 2ª Turma, DJe
24/10/2012)
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Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

6ªTC

Sexta Turma Cível

Fórum de Brasília Desembargador Milton Sebastião Barbosa, Praça


Municipal, Lote 01, Bloco A, 3º Andar, Ala B, Sala 309/311, Brasília/DF
CEP: 70094-900

Telefones: 3103-6561

Ofício/6ª Turma Cível nº.: 3.652/2018

Brasília-DF,4 de setembro de 2018.

A Sua Excelência o(a) Senhor(a)

JUIZ(A) DE DIREITO

Assunto: Comunica decisão

Número do processo: 0715587-25.2018.8.07.0000


Classe judicial: AGRAVO DE INSTRUMENTO (202)
AGRAVANTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
AGRAVADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

Origem: 0722963-93.2017.8.07.0001 - 20ª Vara Cível de Brasília

Senhor(a) Juiz(a),

De ordem do(a) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Desembargador(a) , ESDRAS NEVES ALMEIDA,


DD. Relator(a) do(a) AGRAVO DE INSTRUMENTO retromencionado(a), tenho a honra de informar a
Vossa Excelência o teor da decisão abaixo transcrito:

DECISÃO:

"Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de antecipação dos efeitos da tutela recursal,
interposto por ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP contra decisão proferida pelo
Juízo da Vigésima Vara Cível de Brasília, que, nos autos do cumprimento de sentença manejado contra
DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF (Processo nº

Número do documento: 18090415402300000000021380109


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Assinado eletronicamente por: CESAR ABRAAO PAIVA FERNANDES - 04/09/2018 15:40:23 Num. 22237049 - Pág. 1
0722963-93.2017.8.07.0001), indeferiu os seguintes pedidos: i) suspensão das contratações
eventualmente em curso pelo executado e o impedimento de se firmar novas contratações
especificamente em relação a serviços jurídicos; ii) seja obstado todo e qualquer pedido de registro
de candidaturas pelo PT/DF, até que a dívida aqui veiculada seja saldada, com imediata
comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral do DF; iii) sejam o Tribunal Regional Eleitoral do DF
e o Ministério Público Eleitoral comunicados que persiste em aberto a obrigação veiculada no
presente feito, relativa à campanha eleitoral de 2014; iv) seja declarada a inconstitucionalidade
incidental do artigo 833, XI, CPC/2015, possibilitando-se a penhora de recursos oriundos do fundo
partidário destinados ao PT/DF, bem como de todo e qualquer recurso que transitar em suas
contas; v) pesquisa junto ao BACENJUD; vi) intimação para que o executado promova a indicação
de bens à penhora, sob pena de multa (ID 5278784).

Em suas razões recursais (ID 5278741), o agravante narra que, diante da ausência de pagamento
voluntário, o d. Juízo a quo ordenou a realização de bloqueio de ativos financeiros por meio do sistema
BACENJUD, medida que, entretanto, foi apenas parcialmente frutífera, com a constrição de R$6.215,25,
em setembro/2017, sobre a qual não houve manifestação do executado. Relata que, em seguida, foi
realizada pesquisa patrimonial por intermédio dos sistemas RENAJUD e INFOJUD, sem êxito, ao passo
que o pedido de redirecionamento da execução, a fim de que a dívida fosse adimplida pelo Diretório
Nacional do Partido dos Trabalhadores, foi indeferido, motivo pelo qual houve o arquivamento provisório
do cumprimento de sentença, por ausência de bens. Informa que, após cerca de um ano, requereu novas
medidas, porém, indeferidas. Argumenta que a decisão recorrida representa negativa de prestação
jurisdicional e violação aos princípios da colaboração e da eficiência e eficácia da jurisdição. Discorre
sobre a conduta do executado/agravado e o descumprimento ao que determina o inciso III, do § 4º, da
Resolução nº 23.406/2013, vigente à época, uma vez que o PT/DF deixou de consignar a existência da
obrigação ora vindicada em suas prestações de contas anuais. Sustenta que a adoção de medidas
extraordinárias, tal como previsto pelo artigo 139, IV, do Código de Processo Civil, tem lugar exatamente
em situações como a presente, em que o devedor se encontra no pleno gozo de recursos financeiros de
origens diversas, já que está em campanha eleitoral, sem se mover de qualquer forma para saldar ou
negociar dívida nascida no pleito de 2014.

Defende a aplicação do artigo 774, inciso V, do CPC, para tirar o executado da inércia e, com base na
mútua cooperação, indicar meios pelos quais sua obrigação pode ser satisfeita. Assevera ser curioso que a
agremiação busque apoio financeiro de seus correligionários, do que é exemplo a conclamação para
doações em prol da soltura de Luiz Inácio Lula da Silva, mas nada faz para honrar compromissos
financeiros pretéritos, que tocam a subsistência dos advogados que compõem a banca agravante. Diz que
a providência requerida se coaduna com o artigo 8º, do Código de Processo Civil, por ser proporcional e
razoável que o agravado se abstenha de estabelecer contratação de advogado para a campanha eleitoral
em curso, quando se encontra inadimplente em relação ao patrono da campanha eleitoral pretérita. Frisa
que, ao longo de quatro anos, nos quais não se estabeleceu contratação de advogados para trabalhar em
campanha eleitoral, o partido político executado não se dignou a reservar recursos para a remuneração
daqueles em relação aos quais se encontra em débito, ainda mais motivos terá para não o fazer se contrata
profissionais para a nova campanha eleitoral. Expõe que, se o objetivo da inovação legislativa (artigo 139,
IV, do CPC) é coagir e constranger o devedor a cumprir sua obrigação, dando efetividade à decisão
judicial, é razoável e proporcional que lhe seja obstada a contratação de novos advogados, a fim de que
não pereça o princípio da moralidade.

Alega a inconstitucionalidade do artigo 833, inciso XI, do CPC, e a possibilidade de penhora do fundo
partidário no caso concreto, sobretudo porque o pagamento de honorários advocatícios se insere nas
despesas cobertas por tal verba, conforme disposto no artigo 44, da Lei de Eleições (Lei nº 9.096/95).
Expõe ser necessário ponderar os valores: se, de um lado, a existência dos partidos políticos tem sua
importância para a democracia e para o exercício da cidadania, de outro, há de se velar pelo respeito aos
demais institutos democráticos e pela observância à probidade e à moralidade, sem as quais não se pode
cogitar nem do gozo de recursos públicos por qualquer entidade, nem da regularidade na outorga de
proteções, que, embora encartadas na lei, põem-se, unicamente, a serviço de quem legisla e de seus
convivas. Lembra que a advocacia é ofício abrigado não só pelo artigo 133, da Constituição da República
– como função essencial à administração da justiça –, mas, também, pelos princípios estruturantes
elencados na Carta Cidadã, em especial, da dignidade da pessoa humana (artigo 1º).

Número do documento: 18090415402300000000021380109


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18090415402300000000021380109
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Aponta que os honorários advocatícios possuem natureza alimentar. Sustenta que o artigo 170, da
Constituição de 1988, que também assegura a todos a existência digna, prevê que a ordem econômica
brasileira se funda na valorização do trabalho humano e deve se orientar pelo respeito à propriedade
privada. Alega que, haja vista o regime legal de distribuição e de destinação dos recursos, colhido do
artigo 44, da Lei nº 9.096/95, bem como a autonomia conferida ao partido político para gerir o recurso,
afastando expressamente a incidência da Lei de Licitações, é equivocado compreender que, ao aportarem
os recursos nas contas partidárias, preservar-se-ia o caráter público. Argumenta haver flagrante
incongruência entre a atribuição de proteção por impenhorabilidade em lei ordinária, em detrimento do
profissional que prestou relevantes serviços jurídicos dos quais se valeu o candidato em campanha
eleitoral, não lhe tendo sido paga a remuneração por cuja quitação ora responde a agremiação partidária
em razão de regular assunção de dívida de campanha.

Afirma que, por terem transcorrido dez meses desde a última pesquisa de ativos financeiros via
BACENJUD, o pedido do agravante deve ser deferido, para realização de nova pesquisa eletrônica de
ativos. Salienta que estamos em pleno período eleitoral, no qual as contas dos partidos se inundam com
recursos de toda ordem, o que também viabiliza a realização de nova tentativa de penhora. Argumenta ser
necessário que se implemente o dever de colaboração judicial (artigos 6º e 8º, do CPC), especialmente por
força do caráter sigiloso que circunda as movimentações e operações bancárias, o qual, contudo, é
vencido pelo avanço tecnológico, a permitir que o Judiciário, por intermédio de sistema próprio, promova
buscas e realize bloqueios sobre saldos de contas e aplicações financeiras. Aduz a possibilidade de
intimação do agravado para que indique bens à penhora, sob pena de configuração de ato contra a
dignidade da jurisdição. Explica que não se pode tornar letra morta as inovações trazidas pelo novo
Código de Processo Civil, que têm em mira reprimir que, como no caso presente, devedores que possuem
condições de responder por suas obrigações, se furtem a fazê-lo. Discorre sobre o preenchimento dos
pressupostos para deferimento da antecipação dos efeitos da tutela recursal.

Ao final, requer seja deferida, liminarmente, a antecipação da tutela recursal, a fim de que seja
determinado que o d. Juízo a quo proceda, de imediato, à intimação do agravado para que suspenda ou se
abstenha de contratar serviços jurídicos como os que constituem objeto da obrigação que se quer ver
satisfeita, até que a dívida de campanha aqui veiculada seja saldada ou garantida, e, também, seja a Corte
eleitoral do DF e o Ministério Público Eleitoral comunicados sobre a subsistência da obrigação relativa à
campanha eleitoral de 2014, bem assim seja imediatamente renovada a diligência via BACENJUD. No
mérito, pede o conhecimento e provimento do presente agravo, para que a decisão guerreada seja
reformada, a fim de que outra seja proferida em seu lugar, no sentido de se acolher a integralidade dos
pedidos formulados pelo agravante no bojo de seu cumprimento de sentença, a fim de que: a) seja
deferida a suspensão das contratações eventualmente em curso e o impedimento de se firmar novas
contratações especificamente em relação a serviços jurídicos, até que a dívida de campanha aqui
veiculada seja saldada ou garantida, e, também, seja a Corte eleitoral do DF e o Ministério Público
Eleitoral comunicados sobre a subsistência da obrigação relativa à campanha eleitoral de 2014, como
forma de constranger o agravado a adimplir a dívida e a respeitar a autoridade das decisões judiciais; b)
seja, incidentalmente, sob o regime do controle difuso, declarada a inconstitucionalidade do inciso XI, do
artigo 833, do CPC/2015, possibilitando-se a penhora de recursos oriundos do fundo partidário destinados
ao PT/DF; c) seja renovada a diligência via BACENJUD, haja vista as peculiaridades do caso concreto; e,
d) seja intimado o devedor, por intermédio de sua advogada, para, com fundamento no artigo 774, V, do
CPC, indicar ao d. Juízo a quo quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores,
sob pena de caracterização de atentado à dignidade da justiça.

Preparo recolhido (ID 5278793).

Junta documentos.

Relatados, decido.

Ao receber o agravo de instrumento, o relator poderá, nos termos do que dispõe o artigo 1.019, inciso I,
do Código de Processo Civil, atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela,
total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão.

Número do documento: 18090415402300000000021380109


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Para a concessão da medida de urgência devem estar presentes os requisitos do artigo 300, do Código de
Processo Civil, a saber: a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo. A probabilidade do direito alegado refere-se à possibilidade de que o direito vindicado pela
parte autora venha a ser reconhecido na decisão final.

É preciso destacar que, liminarmente, o agravante pleiteou apenas a realização de nova consulta ao
BACENJUD, seja determinado ao agravado que suspenda ou se abstenha de contratar serviços jurídicos e
para que a Corte eleitoral do DF e o Ministério Público Eleitoral sejam comunicados sobre a subsistência
da obrigação relativa à campanha eleitoral de 2014.

Numa análise perfunctória que o momento oportuniza, vislumbro os requisitos para a concessão de parte
da tutela provisória pleiteada pelo agravante.

Ab initio, a comunicação de obrigações pendentes, relacionados ao pleito de 2014, não exige a atuação do
Poder Judiciário, devendo a parte interessada, caso queira, se dirigir diretamente ao TRE-DF e ao
Ministério Público Eleitoral para apresentar estas informações.

Quanto ao pedido para que seja vedado ao agravado a contratação de serviços advocatícios, percebe-se, a
princípio, que este requerimento viola até mesmo a inafastabilidade de jurisdição, pois, com a pretendida
proibição de contratação de advogado, o agravado não poderá ir a Juízo.

Ademais, as medidas executivas atípicas previstas no artigo 139, IV, do Código de Processo Civil, não
podem aniquilar direito ou garantia fundamental. Neste sentido já me manifestei no Acórdão nº 1116806,
do qual cito trecho do voto por mim prolatado:

Em resumo, a adoção de medidas atípicas certamente irá colidir com algum direito fundamental do
executado; isso é inevitável, ante sua natureza coercitiva. Diante desta premissa básica, observa-se que na
verdade não se deve verificar a ocorrência de ofensa a direitos fundamentais, de forma imediata, mas,
sim, se a restrição pleiteada é aceitável e adequada, ante os valores e princípios do ordenamento jurídico.
Para tanto, o critério mais importante é o da proporcionalidade, por isso o tenho como principal nesta
atividade. Ademais, uma coisa é a limitação do direito, ab initio, admitida; outra é sua completa
mitigação, que deve ser rechaçada.

Assim, considerando que a medida pretendida enseja uma grave ofensa à garantia da inafastabilidade da
jurisdição, caracterizando sua completa mitigação, não há como ser acolhida, sobretudo numa análise
liminar.

Em relação ao pedido liminar remanescente (consulta via BACENJUD), há probabilidade do direito,


porquanto a última diligência foi realizada há cerca de um ano. Ademais, deve o Poder Judiciário
cooperar para a satisfação do direito, mormente quando a medida somente é possível com a participação
do Estado-Juiz, pois o sistema BACENJUD é inacessível às partes. É o que determinam os artigos 4º e 6º,
do Código de Processo Civil, verbis:

Art. 4ºAs partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a
atividade satisfativa.

Art. 6ºTodos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável,
decisão de mérito justa e efetiva.

Número do documento: 18090415402300000000021380109


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Lembre-se que a movimentação financeira numa conta bancária é dinâmica, sendo que o fato de a ultima
diligência ter sido realizada há cerca de um ano é motivo idôneo para justificar nova pesquisa via
BACENJUD. Também já me manifestei a respeito:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. RENOVAÇÃO DE PEDIDO DE PENHORA ON LINE. PRAZO RAZOÁVEL.
POSSIBILIDADE. De acordo com entendimento desta Corte de Justiça e do Superior Tribunal de
Justiça é possível a reiteração de pedido de penhora on line, desde que tenha decorrido prazo
razoável da última tentativa. Transcorrido mais de um ano desde a última consulta no Sistema
BacenJud deve ser deferida a realização de nova consulta, com o intuito de ver efetivado o direito
da credora. (Acórdão n.1042496, 07086676920178070000, Relator: ESDRAS NEVES 6ª Turma Cível,
Data de Julgamento: 28/08/2017, Publicado no DJE: 01/09/2017. Pág.: Sem Página Cadastrada.)

O perigo da demora é evidente, pois a decisão vergastada determinou o retorno dos autos ao arquivo,
medida esta que tornará mais dificultoso que o agravante consiga satisfazer seu crédito, que na última
atualização, alcançou o montante de R$621.908,42. Assim, há risco de que o direito creditício venha
perecer, porque o processo voltará ao arquivo, sem realizar a diligência necessária para tentar localizar
bens passíveis de penhora.

Destarte, ao menos nesse juízo de cognoscibilidade, deve ser concedida em parte a antecipação dos efeitos
da tutela recursal.

Ante o exposto, DEFIRO parcialmente o pedido liminar, para DETERMINARque o Juízo origem
realize a consulta via BACENJUD, nas contas bancárias de titularidade do agravado, com o intuito de
localizar ativos financeiros passíveis de penhora.

Comunique-se ao Juízo de origem, COM URGÊNCIA, dispensando-se as informações.

Intime-se o agravado para responder ao presente recurso no prazo legal.

Publique-se. Intimem-se.

Após, retornem os autos conclusos."

Respeitosamente,

ANTONIO CELSO NASSAR DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria do(a) 6ª Turma Cível

Número do documento: 18090415402300000000021380109


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18090415402300000000021380109
Assinado eletronicamente por: CESAR ABRAAO PAIVA FERNANDES - 04/09/2018 15:40:23 Num. 22237049 - Pág. 5
Número do documento: 18090415402300000000021380109
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18090415402300000000021380109
Assinado eletronicamente por: CESAR ABRAAO PAIVA FERNANDES - 04/09/2018 15:40:23 Num. 22237049 - Pág. 6
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO

Tendo em vista teor do Ofício de ID 22237049, que comunicou o deferimento parcial do pedido liminar
em sede de agravo de instrumento interposto pelo credor, determino a consulta ao Sistema BACENJUD
nas contas bancárias de titularidade do executado.

Com resultado, intime-se o credor.

CLODAIR EDENILSON BORIN

Juiz de Direito Substituto

Número do documento: 18091116015905300000021393583


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18091116015905300000021393583
Assinado eletronicamente por: CLODAIR EDENILSON BORIN - 11/09/2018 16:01:59 Num. 22251286 - Pág. 1
Solicito habilitação como advogado do Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores do DF, conforme
procuração em anexo.

Número do documento: 18092415392739000000022153092


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092415392739000000022153092
Assinado eletronicamente por: CLAUDISMAR ZUPIROLI - 24/09/2018 15:39:27 Num. 23054880 - Pág. 1
Número do documento: 18092415392778700000022153307
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092415392778700000022153307
Assinado eletronicamente por: CLAUDISMAR ZUPIROLI - 24/09/2018 15:39:27 Num. 23055115 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, nesta data, foi realizada a pesquisa junto ao sistema BacenJud, restando positiva a
pesquisa.

Faço os autos conclusos ao Dr. Clodair Edenilson Borin, MM. Juiz de Direito Substituto da 20ª Vara
Cível de Brasília.

BRASÍLIA, DF,26 de setembro de 2018.

EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR

Servidor Geral

Número do documento: 18092613443236000000022247792


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092613443236000000022247792
Assinado eletronicamente por: EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR - 26/09/2018 13:44:32 Num. 23156056 - Pág. 1
17/09/2018 BacenJud 2.0

EJUAA.THAISSA
BacenJud 2.0 - Sistema de Atendimento ao Poder segunda-feira,
Judiciário 17/09/2018
Minutas | Protocolamento | Ordens judiciais | Delegações | Não Respostas | Contatos de I. Financeira | Relatórios
Gerenciais | Ajuda | Sair

Recibo de Protocolamento de Bloqueio de Valores

Clique aqui para obter ajuda na configuração da impressão, e clique aqui para imprimir.
Dados do bloqueio
Situação da Solicitação: Ordem Judicial ainda não disponibilizada para as Instituições Financeiras
As ordens judiciais protocoladas até às 19h00min dos dias úteis serão
consolidadas, transformadas em arquivos de remessa e disponibilizadas
simultaneamente para todas as Instituições Financeiras até às 23h00min do
mesmo dia. As ordens judiciais protocoladas após às 19h00min ou em dias não
úteis serão tratadas e disponibilizadas às Instituições Financeiras no arquivo de
remessa do dia útil imediatamente posterior.
Número do Protocolo: 20180006116391
Data/Horário de protocolamento: 17/09/2018 16h05
Número do Processo: 0722963-93.17
Tribunal: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS
Vara/Juízo: 1741 - 20ª Vara Cível de Brasília
Juiz Solicitante do Bloqueio: Thaissa de Moura Guimaraes
Tipo/Natureza da Ação: Ação Cível
CPF/CNPJ do Autor/Exeqüente da Ação:
Nome do Autor/Exeqüente da Ação: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
Deseja bloquear conta-salário? Não

Relação dos Réus/Executados


Réu/Executado Valor a Contas e Aplicações Financeiras Atingidas
Bloquear
01.633.890/0001-31 : DIRETORIO REGIONAL DO 621.908,42 Instituições financeiras com relacionamentos com
PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF o CPF/CNPJ no momento da protocolização.

Voltar para a tela inicial do sistema

https://www3.bcb.gov.br/bacenjud2/protocolarMinutaBV.do?method=protocolar&token=1537210952729 1/1

Número do documento: 18092613443252200000022247854


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092613443252200000022247854
Assinado eletronicamente por: EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR - 26/09/2018 13:44:32 Num. 23156128 - Pág. 1
26/09/2018 BacenJud 2.0

EJUAA.THAISSA
BacenJud 2.0 - Sistema de Atendimento ao Poder quarta-feira,
Judiciário 26/09/2018
Minutas | Protocolamento | Ordens judiciais | Delegações | Não Respostas | Contatos de I. Financeira | Relatórios
Gerenciais | Ajuda | Sair

Recibo de Protocolamento de Ordens Judiciais de Transferências, Desbloqueios e/ou Reiterações


para Bloqueio de Valores

Clique aqui para obter ajuda na configuração da impressão, e clique aqui para imprimir.
Dados do bloqueio
Número do Protocolo: 20180006116391
Número do Processo: 0722963-93.17
Tribunal: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS
Vara/Juízo: 1741 - 20ª Vara Cível de Brasília
Juiz Solicitante do Bloqueio: Thaissa de Moura Guimaraes
Tipo/Natureza da Ação: Ação Cível
CPF/CNPJ do Autor/Exeqüente da Ação:
Nome do Autor/Exeqüente da Ação: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
Deseja bloquear conta-salário? Não

Relação de réus/executados
• Para exibir os detalhes de todos os réus/executados clique aqui.
• Para ocultar os detalhes de todos os réus/executados clique aqui.

- 01.633.890/0001-31 - DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF


[Total bloqueado (bloqueio original e reiterações):R$12.339,40] [Quantidade atual de não respostas: 0]

Respostas
BCO BRB / Todas as Agências / Todas as Contas
Data/Hora Tipo de Ordem Juiz Valor Resultado Saldo Data/Hora
Protocolo Solicitante (R$) (R$) Bloqueado Cumprimento
Remanescente
(R$)
(03)
Cumprida
Thaissa de parcialmente
17/09/2018 18/09/2018
Bloq. Valor Moura 621.908,42 por 8.244,01
16:05 04:16
Guimaraes insuficiência
de saldo.
8.244,01
Transf. Valor
ID:072018000012643498
Thaissa de
26/09/2018 Instituição:BANCO DO
Moura 8.244,01 Não enviada - -
13:20:48 BRASIL SA
Guimaraes
Agência:4200
Tipo créd. jud:Geral

BCO BRASIL / Todas as Agências / Todas as Contas


Data/Hora Tipo de Ordem Juiz Valor Resultado Saldo Data/Hora
Protocolo Solicitante (R$) (R$) Bloqueado Cumprimento
Remanescente
(R$)
(03)
Cumprida
Thaissa de parcialmente
17/09/2018 18/09/2018
Bloq. Valor Moura 621.908,42 por 4.095,39
16:05 18:33
Guimaraes insuficiência
de saldo.
4.095,39
Transf. Valor
ID:072018000012643500
Thaissa de
26/09/2018 Instituição:BANCO DO
Moura 4.095,39 Não enviada - -
13:20:48 BRASIL SA
Guimaraes
Agência:4200
Tipo créd. jud:Geral

https://www3.bcb.gov.br/bacenjud2/protocolarOrdemBV.do?method=protocolarRegistroAlteracao&token=1537978846303 1/2

Número do documento: 18092613443263700000022247856


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092613443263700000022247856
Assinado eletronicamente por: EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR - 26/09/2018 13:44:32 Num. 23156130 - Pág. 1
26/09/2018 BacenJud 2.0

CAIXA ECONOMICA FEDERAL / Todas as Agências / Todas as Contas


Data/Hora Tipo de Ordem Juiz Valor Resultado Saldo Data/Hora
Protocolo Solicitante (R$) (R$) Bloqueado Cumprimento
Remanescente
(R$)
(00)
Resposta
negativa:
Thaissa de réu/executado
17/09/2018 17/09/2018
Bloq. Valor Moura 621.908,42 não é cliente 0,00
16:05 22:58
Guimaraes ou possui
apenas contas
inativas.
0,00

Não Respostas
Não há não-resposta para este réu/executado

Voltar para a lista de ordens judiciais pesquisadas

https://www3.bcb.gov.br/bacenjud2/protocolarOrdemBV.do?method=protocolarRegistroAlteracao&token=1537978846303 2/2

Número do documento: 18092613443263700000022247856


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092613443263700000022247856
Assinado eletronicamente por: EURIPEDES LEONCIO CARNEIRO JUNIOR - 26/09/2018 13:44:32 Num. 23156130 - Pág. 2
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO

Em virtude do resultado positivo da diligência, converto em penhora o bloqueio realizado via


BACENJUD.

Observem as partes que, em que pese o disposto no artigo 854, § 5º, do Código de Processo Civil, é certo
que os valores não transferidos imediatamente para conta judicial permanecem sem qualquer correção
monetária ou remuneração até a solução das eventuais manifestações das partes, acarretando danos tanto
ao credor quanto ao devedor.

Desta forma, declaro efetivada em penhora o bloqueio realizado e promovo, nesta data, a transferência do
valor bloqueado para conta a disposição deste Juízo, conforme protocolo em anexo, ficando a instituição
financeira, na pessoa do gerente geral da agência ali consignada, como depositário fiel da quantia ora
penhorada.

Dispensada a lavratura de termo de penhora, na forma do artigo 854, § 5º, do referido diploma legal.

Fica o devedor intimado por simples publicação da presente penhora, podendo apresentar
impugnação nos termos do artigo 525, § 11º, do CPC, em 15 dias.

Transcorrido o prazo sem manifestação, desde já defiro a expedição de alvará em nome do credor.

Após, cumpra-se a decisão do ID 13672672.

Intimem-se.

CLODAIR EDENILSON BORIN

Juiz de Direito Substituto

Número do documento: 18092717155151300000022263606


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092717155151300000022263606
Assinado eletronicamente por: CLODAIR EDENILSON BORIN - 27/09/2018 17:15:51 Num. 23173026 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que transcorreu in albis o prazo para a parte Executada apresentar Impugnação à
penhora realizada via Bacenjud.

De ordem, com espeque na Portaria 02/2016, encaminho os autos para expedição de alvará, conforme
determinado na decisão retro.

BRASÍLIA, DF,25 de outubro de 2018.

LUIZA ARAGAO DE SA

Servidor Geral

Número do documento: 18102512433805700000023469573


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102512433805700000023469573
Assinado eletronicamente por: LUIZA ARAGAO DE SA - 25/10/2018 12:43:38 Num. 24449355 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20VARCVBSB
20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001


Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)
EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

ALVARÁ DE LEVANTAMENTO

Banco do Brasil

O Dr. CLODAIR EDENILSON BORIN, Juiz de Direito Substituto da 20ª Vara Cível de Brasília,
AUTORIZA o Sr. Gerente do BANCO DO BRASIL S/A, agência 4200, ou quem suas vezes fizer, em
cumprimento à determinação de ID 23173026, entregar a ALCOFORADO ADVOGADOS
ASSOCIADOS SC - EPP, CNPJ nº 26.444.935/0001-50, a importância de R$ 12.339,40 (doze mil,
trezentos e trinta e nove reais e quarenta centavos), mais acréscimos legais sobre essa quantia
porventura existentes, quantia esta depositada, conforme a seguir discriminado, à disposição deste Juízo.

ID n°: 072018000012643498

Data do Bloqueio:26/09/2018

Valor do Bloqueio:R$ 8.244,01

ID n°: 072018000012643500

Data do Bloqueio:26/09/2018

Valor do Bloqueio:R$ 4.095,39

O Dr. Luis Carlos Alcoforado, OAB/DF nº 7.202, possui poderes para receber valores e dar quitação
outorgados conforme documento de ID 9127541.

BRASÍLIA, DF, 25 de outubro de 2018 .

CLODAIR EDENILSON BORIN

Juiz de Direito Substituto

Número do documento: 18102913561161000000023498361


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102913561161000000023498361
Assinado eletronicamente por: CLODAIR EDENILSON BORIN - 29/10/2018 13:56:11 Num. 24479464 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que o ALVARÁ foi expedido e assinado e está à disposição da parte Exequente.

De ordem, com espeque na Portaria 02/2016, aguarde-se o prazo de 05 (cinco) dias para a impressão do
documento.

Após, remetam-se os autos ao arquivo provisório, conforme determinação de ID 13672672 e 23173026.

BRASÍLIA, DF,31 de outubro de 2018.

LUIZA ARAGAO DE SA

Servidor Geral

Número do documento: 18103112311286000000023726376


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18103112311286000000023726376
Assinado eletronicamente por: LUIZA ARAGAO DE SA - 31/10/2018 12:31:13 Num. 24720745 - Pág. 1
Of./6TCV/ N. 121/2019 Brasília, 5 de fevereiro de 2019

Número do Processo: 0715587-25.2018.8.07.0000

AGRAVANTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

AGRAVADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

Origem: 0722963-93.2017.8.07.0001 - Vigésima Vara Cível de Brasília

Senhor Diretor,

Em cumprimento à determinação contida no §1º do artigo 250 do R.I.T.J.D.F.T., encaminho a Vossa


Senhoria, para as providências pertinentes, as peças abaixo relacionadas, desentranhadas do agravo de
instrumento em referência:

( ) - Decisão que negou seguimento/não conheceu/não admitiu o agravo de instrumento;

( ) - Decisão que indeferiu o processamento do recurso especial/extraordinário;

( ) - Decisão que negou provimento ao agravo de instrumento;

( ) - Decisão homologatória de desistência;

( ) - Decisão/Acórdão do STJ/STF

( X ) - Acórdão(s);

( X ) - Certidão de trânsito em julgado;

ANTONIO CELSO NASSAR DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria do(a) 6ª Turma Cível

Número do documento: 19020513043700000000027233262


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233262
Assinado eletronicamente por: DANIELE MENDES ROCHA MUNIZ - 05/02/2019 13:04:37 Num. 28422629 - Pág. 1
Número do documento: 19020513043700000000027233262
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233262
Assinado eletronicamente por: DANIELE MENDES ROCHA MUNIZ - 05/02/2019 13:04:37 Num. 28422629 - Pág. 2
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
PJe - Processo Judicial Eletrônico

05/02/2019

Número: 0715587-25.2018.8.07.0000
Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Órgão julgador colegiado: 6ª Turma Cível
Órgão julgador: Gabinete do Des. Esdras Neves
Última distribuição : 31/08/2018
Valor da causa: R$ 621.908,42
Relator: ESDRAS NEVES ALMEIDA
Processo referência: 0722963-93.2017.8.07.0001
Assuntos: Liquidação / Cumprimento / Execução, Constrição / Penhora / Avaliação /
Indisponibilidade de Bens, Ato Atentatório à Dignidade da Justiça
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Advogados
ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
(AGRAVANTE)
LUIS CARLOS BARRETO DE OLIVEIRA ALCOFORADO
(ADVOGADO)
ERIKA DUTRA XAVIER (ADVOGADO)
DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS
TRABALHADORES NO DF (AGRAVADO)
DESIREE GONCALVES DE SOUSA (ADVOGADO)

Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
5986972 27/10/2018 Acórdão Acórdão
02:37

Número do documento: 19020513043700000000027233270


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
Assinado eletronicamente por: DANIELE MENDES ROCHA MUNIZ - 05/02/2019 13:04:37 Num. 28422637 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

Órgão 6ª Turma Cível

Processo N. AGRAVO DE INSTRUMENTO 0715587-25.2018.8.07.0000


AGRAVANTE(S) ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
AGRAVADO(S) DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF
Relator Desembargador ESDRAS NEVES

Acórdão Nº 1133504

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


ADVOCATÍCIOS. CAMPANHA ELEITORAL. COMUNICAÇÃO DE OBRIGAÇÕES PENDENTES.
TER-DF E MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL. DESNECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO
PODER JUDICIÁRIO. PROIBIÇÃO DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS PELO
PARTIDO POLÍTICO DEVEDOR. OFENSA À INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO.
DESPROPORCIONALIDADE. PROIBIÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURAS EM VIRTUDE
DE DÍVIDA CIVIL. IMPOSSIBILIDADE. ARTIGO 833, XI, DO CPC. RESTRIÇÃO NÃO PREVISTA
EM LEI. INCABÍVEL. RENOVAÇÃO DE PEDIDO DE PENHORA ONLINE. PRAZO RAZOÁVEL.
POSSIBILIDADE. INTIMAÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 774, INCISO V E PARÁGRAFO ÚNICO,
DO CPC. INÉRCIA DO EXECUTADO. MEDIDA CABÍVEL E RAZOÁVEL. A comunicação de
obrigações pendentes, relacionados à eleição, não exige a atuação do Poder Judiciário, devendo a parte
interessada, caso queira, se dirigir diretamente ao TRE-DF e/ou ao Ministério Público Eleitoral para
apresentar estas informações. As medidas executivas atípicas previstas no artigo 139, IV, do Código de
Processo Civil, não podem aniquilar direito ou garantia fundamental. Considerando que a medida
pretendida (proibição de contratação de serviços advocatícios pelo partido político devedor), além de
desproporcional, enseja uma grave ofensa à garantia da inafastabilidade da jurisdição, caracterizando sua
completa mitigação, não há como ser acolhida. O pedido para que seja obstado todo e qualquer pedido de
registro de candidaturas pelo partido político executado, até que a dívida aqui veiculada seja saldada, com
imediata comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral do DF, não pode ser acolhido, por ocasionar grave
interferência nas eleições, ferir o princípio democrático e a soberania popular, uma vez que, por via
reflexa, seria tolhida a possibilidade de os cidadãos elegerem candidatos vinculados ao partido político
devedor. O direito constitucional de propriedade, de índole privada, não pode prevalecer sobre o interesse
público de os eleitores escolherem os candidatos dentre aqueles que preencheram as condições de registro
da candidatura. O fato de os valores exequendos consistirem em honorários advocatícios e possuírem
natureza alimentar (artigo 85, § 14, do CPC, e Súmula Vinculante nº 47) não é suficiente para afastar a
impenhorabilidade de recursos públicos advindos do fundo partidário, mormente porque a legislação
processual não estabeleceu nenhuma exceção a esta regra. É possível a reiteração de pedido de penhora
online, desde que tenha decorrido prazo razoável da última tentativa. Transcorrido mais de um ano desde
a última consulta no Sistema BacenJud deve ser deferida a realização de nova consulta, com o intuito de
ver efetivado o direito do credor. Razoável a aplicação da intimação para indicação de bens, sob pena de
multa, nos termos do artigo 774, inciso V e parágrafo único, do Código de Processo Civil, como forma de

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102702370990300000005863359
Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
MENDES ALMEIDA
ROCHA-MUNIZ
27/10/2018
- 05/02/2019
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impulsionar a satisfação da dívida, quando a inadimplência decorre de inércia do executado em cumprir a
obrigação.

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Desembargadores do(a) 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios, ESDRAS NEVES - Relator, ALFEU MACHADO - 1º Vogal e CARLOS RODRIGUES -
2º Vogal, sob a Presidência do Senhor Desembargador ALFEU MACHADO, em proferir a seguinte
decisão: CONHECIDO. PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME., de acordo com a ata do julgamento
e notas taquigráficas.

Brasília (DF), 24 de Outubro de 2018

Desembargador ESDRAS NEVES


Relator

RELATÓRIO

Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por ALCOFORADO ADVOGADOS


ASSOCIADOS SC - EPP contra decisão proferida pelo Juízo da Vigésima Vara Cível de Brasília, que,
nos autos do cumprimento de sentença manejado contra o DIRETÓRIO REGIONAL DO PARTIDO
DOS TRABALHADORES NO DF (Processo nº 0722963-93.2017.8.07.0001), indeferiu os seguintes
pedidos: i) suspensão das contratações eventualmente em curso pelo executado e o impedimento de
se firmar novas contratações especificamente em relação a serviços jurídicos; ii) seja obstado todo e
qualquer pedido de registro de candidaturas pelo PT/DF, até que a dívida veiculada no
cumprimento de sentença seja saldada, com imediata comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral
do Distrito Federal (TRE/DF); iii) sejam o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal e o
Ministério Público Eleitoral comunicados que persiste em aberto a obrigação veiculada no presente
feito, relativa à campanha eleitoral de 2014; iv) seja declarada a inconstitucionalidade incidental do
artigo 833, inciso XI, do Código de Processo Civil, possibilitando a penhora de recursos oriundos do
fundo partidário destinados ao PT/DF, bem como de todo e qualquer recurso que transitar em suas
contas; v) pesquisa junto sistema ao BACENJUD; vi) intimação para que o executado promova a
indicação de bens à penhora, sob pena de multa (ID 5278784).

Em suas razões recursais (ID 5278741), o agravante narra que, diante da ausência de pagamento
voluntário, o d. Juízo a quo ordenou a realização de bloqueio de ativos financeiros por meio do sistema
BACENJUD, medida que, entretanto, foi apenas parcialmente frutífera, com a constrição de R$6.215,25,
em setembro/2017, sobre a qual não houve manifestação do executado. Relata que, em seguida, foi
realizada pesquisa patrimonial por intermédio dos sistemas RENAJUD e INFOJUD, sem êxito, ao passo
que o pedido de redirecionamento da execução, a fim de que a dívida fosse adimplida pelo Diretório
Nacional do Partido dos Trabalhadores foi indeferido, motivo pelo qual houve o arquivamento provisório
do cumprimento de sentença, por ausência de bens. Informa que, após cerca de um ano, requereu novas
medidas, porém, indeferidas. Argumenta que a decisão recorrida representa negativa de prestação
jurisdicional e violação aos princípios da colaboração e da eficiência e eficácia da jurisdição. Discorre
sobre a conduta do executado/agravado e o descumprimento ao que determina o inciso III, do § 4º, da
Resolução nº 23.406/2013, vigente à época, uma vez que o PT/DF deixou de consignar a existência da
obrigação ora vindicada em suas prestações de contas anuais. Sustenta que a adoção de medidas

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102702370990300000005863359
Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
MENDES ALMEIDA
ROCHA-MUNIZ
27/10/2018
- 05/02/2019
02:37:1013:04:37 Num.
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extraordinárias, tal como previsto pelo artigo 139, IV, do Código de Processo Civil, tem lugar exatamente
em situações como a presente, em que o devedor se encontra no pleno gozo de recursos financeiros de
origens diversas, já que está em campanha eleitoral, sem se mover de qualquer forma para saldar ou
negociar dívida nascida no pleito de 2014.

Defende a aplicação do artigo 774, inciso V, do CPC, para tirar o executado da inércia e, com base na
mútua cooperação, indicar meios pelos quais sua obrigação pode ser satisfeita. Assevera ser curioso que a
agremiação busque apoio financeiro de seus correligionários, do que é exemplo a conclamação para
doações em prol da soltura de Luiz Inácio Lula da Silva, mas nada faz para honrar compromissos
financeiros pretéritos, que tocam a subsistência dos advogados que compõem a banca agravante. Diz que
a providência requerida se coaduna com o artigo 8º, do Código de Processo Civil, por ser proporcional e
razoável que o agravado se abstenha de estabelecer contratação de advogado para a campanha eleitoral
em curso, quando se encontra inadimplente em relação ao patrono da campanha eleitoral pretérita. Frisa
que, ao longo de quatro anos, nos quais não se estabeleceu contratação de advogados para trabalhar em
campanha eleitoral, o partido político executado não se dignou a reservar recursos para a remuneração
daqueles em relação aos quais se encontra em débito, ainda mais motivos terá para não o fazer se contrata
profissionais para a nova campanha eleitoral. Expõe que, se o objetivo da inovação legislativa (artigo 139,
IV, do CPC) é coagir e constranger o devedor a cumprir sua obrigação, dando efetividade à decisão
judicial, é razoável e proporcional que lhe seja obstada a contratação de novos advogados, a fim de que
não pereça o princípio da moralidade.

Alega a inconstitucionalidade do artigo 833, inciso XI, do CPC, e a possibilidade de penhora do fundo
partidário no caso concreto, sobretudo porque o pagamento de honorários advocatícios se insere nas
despesas cobertas por tal verba, conforme disposto no artigo 44, da Lei de Eleições (Lei nº 9.096/95).
Expõe ser necessário ponderar os valores: se, de um lado, a existência dos partidos políticos tem sua
importância para a democracia e para o exercício da cidadania, de outro, há que se velar pelo respeito aos
demais institutos democráticos e pela observância à probidade e à moralidade, sem as quais não se pode
cogitar nem do gozo de recursos públicos por qualquer entidade, nem da regularidade na outorga de
proteções, que, embora encartadas na lei, põem-se, unicamente, a serviço de quem legisla e de seus
convivas. Lembra que a advocacia é ofício abrigado não só pelo artigo 133, da Constituição da República
– como função essencial à administração da justiça –, mas, também, pelos princípios estruturantes
elencados na Carta Cidadã, em especial, da dignidade da pessoa humana (artigo 1º).

Aponta que os honorários advocatícios possuem natureza alimentar. Sustenta que o artigo 170, da
Constituição de 1988, que também assegura a todos a existência digna, prevê que a ordem econômica
brasileira se funda na valorização do trabalho humano e deve se orientar pelo respeito à propriedade
privada. Alega que, haja vista o regime legal de distribuição e de destinação dos recursos, colhido do
artigo 44, da Lei nº 9.096/95, bem como a autonomia conferida ao partido político para gerir o recurso,
afastando expressamente a incidência da Lei de Licitações, é equivocado compreender que, ao aportarem
os recursos nas contas partidárias, preservar-se-ia o caráter público. Argumenta haver flagrante
incongruência entre a atribuição de proteção por impenhorabilidade em lei ordinária, em detrimento do
profissional que prestou relevantes serviços jurídicos dos quais se valeu o candidato em campanha
eleitoral, não lhe tendo sido paga a remuneração por cuja quitação ora responde a agremiação partidária
em razão de regular assunção de dívida de campanha.

Afirma que, por terem transcorrido dez meses desde a última pesquisa de ativos financeiros via
BACENJUD, o pedido do agravante deve ser deferido, para realização de nova pesquisa eletrônica de
ativos. Salienta que estamos em pleno período eleitoral, no qual as contas dos partidos se inundam com
recursos de toda ordem, o que também viabiliza a realização de nova tentativa de penhora. Argumenta ser
necessário que se implemente o dever de colaboração judicial (artigos 6º e 8º, do CPC), especialmente por
força do caráter sigiloso que circunda as movimentações e operações bancárias, o qual, contudo, é
vencido pelo avanço tecnológico, a permitir que o Judiciário, por intermédio de sistema próprio, promova
buscas e realize bloqueios sobre saldos de contas e aplicações financeiras. Aduz a possibilidade de

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102702370990300000005863359
Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
MENDES ALMEIDA
ROCHA-MUNIZ
27/10/2018
- 05/02/2019
02:37:1013:04:37 Num.
Num.28422637
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intimação do agravado para que indique bens à penhora, sob pena de configuração de ato contra a
dignidade da jurisdição. Explica que não se pode tornar letra morta as inovações trazidas pelo novo
Código de Processo Civil, que têm em mira reprimir que, como no caso presente, devedores que possuem
condições de responder por suas obrigações, se furtem a fazê-lo. Discorre sobre o preenchimento dos
pressupostos para deferimento da antecipação dos efeitos da tutela recursal.

Ao final, requer seja deferida, liminarmente, a antecipação da tutela recursal, a fim de que seja
determinado que o d. Juízo a quo proceda, de imediato, à intimação do agravado para que suspenda ou se
abstenha de contratar serviços jurídicos como os que constituem objeto da obrigação que se quer ver
satisfeita, até que a dívida de campanha aqui veiculada seja saldada ou garantida, e, também, seja a Corte
eleitoral do DF e o Ministério Público Eleitoral comunicados sobre a subsistência da obrigação relativa à
campanha eleitoral de 2014, bem assim seja imediatamente renovada a diligência via BACENJUD. No
mérito, pede o conhecimento e provimento do presente agravo, para que a decisão guerreada seja
reformada, a fim de que outra seja proferida em seu lugar, no sentido de se acolher a integralidade dos
pedidos formulados pelo agravante no bojo de seu cumprimento de sentença, a fim de que: a) seja
deferida a suspensão das contratações eventualmente em curso e o impedimento de se firmar novas
contratações especificamente em relação a serviços jurídicos, até que a dívida de campanha aqui
veiculada seja saldada ou garantida, e, também, seja a Corte eleitoral do DF e o Ministério Público
Eleitoral comunicados sobre a subsistência da obrigação relativa à campanha eleitoral de 2014, como
forma de constranger o agravado a adimplir a dívida e a respeitar a autoridade das decisões judiciais; b)
seja, incidentalmente, sob o regime do controle difuso, declarada a inconstitucionalidade do inciso XI, do
artigo 833, do CPC/2015, possibilitando-se a penhora de recursos oriundos do fundo partidário destinados
ao PT/DF; c) seja renovada a diligência via BACENJUD, haja vista as peculiaridades do caso concreto; e,
d) seja intimado o devedor, por intermédio de sua advogada, para, com fundamento no artigo 774, V, do
CPC, indicar ao d. Juízo a quo quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores,
sob pena de caracterização de atentado à dignidade da justiça.

Preparo recolhido (ID 5278793). Junta documentos.

A decisão de ID 5316036 deferiu parcialmente o pedido liminar, para determinar que o Juízo origem
realize a consulta via BACENJUD, nas contas bancárias de titularidade do agravado, com o intuito de
localizar ativos financeiros passíveis de penhora.

Sem contrarrazões (certidão de ID 5656931).

É o relatório.

VOTOS

O Senhor Desembargador ESDRAS NEVES - Relator

Conheço do agravo de instrumento, pois estão presentes os pressupostos de admissibilidade.

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102702370990300000005863359
Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
MENDES ALMEIDA
ROCHA-MUNIZ
27/10/2018
- 05/02/2019
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Num.28422637
5986972 --Pág.
Pág.45
COMUNICAÇÃO DE OBRIGAÇÕES PENDENTES

A comunicação de obrigações pendentes, relacionados à eleição de 2014, não exige a atuação do Poder
Judiciário, devendo a parte interessada, caso queira, se dirigir diretamente ao TRE-DF e/ou ao Ministério
Público Eleitoral para apresentar estas informações.

Inexiste interesse de agir do exequente, relativo ao pleito, porquanto é desnecessária a intervenção do


Estado-Juiz.

Assim, sem razão o agravante neste tópico.

PROIBIÇÃO DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS

Quanto ao pedido para que seja vedado ao partido agravado a contratação de serviços advocatícios,
percebe-se que este requerimento viola até mesmo a inafastabilidade de jurisdição, pois, com a
pretendida proibição de contratação de advogado, o agravado não poderá ir a Juízo. Afinal, o advogado é
indispensável à administração da justiça (artigo 133, da Constituição Federal).

Ademais, as medidas executivas atípicas previstas no artigo 139, IV, do Código de Processo Civil, não
podem aniquilar direito ou garantia fundamental. É certo que a adoção de medidas atípicas certamente
irá colidir com algum direito fundamental do executado; isso é inevitável, ante sua natureza coercitiva.
Diante dessa premissa básica, observa-se que, na verdade, não se deve verificar a ofensa a direitos
fundamentais, de forma imediata, mas, sim, se a restrição pleiteada é aceitável e adequada, em
observância aos valores e princípios do ordenamento jurídico. Para tanto, o critério mais importante é o
da proporcionalidade. Não se olvide, mais uma vez, que a limitação do direito, ab initio, é aceitável, mas
a sua completa mitigação deve ser rechaçada.

Assim, considerando que a medida pretendida enseja uma grave ofensa à garantia da inafastabilidade da
jurisdição, caracterizando sua completa mitigação, não há como ser acolhida.

Destaque-se que as medidas atípicas não podem ser impostas de forma desproporcional, outro argumento
que corrobora o indeferimento do pleito.

Destarte, não prevalece a tese do recorrente.

PROIBIÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURAS

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102702370990300000005863359
Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
MENDES ALMEIDA
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Igualmente, o pedido para que seja obstado todo e qualquer pedido de registro de candidaturas pelo
PT/DF, até que a dívida aqui veiculada seja saldada, com imediata comunicação ao Tribunal Regional
Eleitoral do DF, não merece ser acolhido.

O deferimento da medida, além de impor total mitigação ao direito fundamental de participação na


formação da vontade política do Estado, ocasionaria grave interferência nas eleições.

E pior, a medida ofenderia de forma inaceitável o princípio democrático e a soberania popular, uma vez
que, por via reflexa, seria tolhida a possibilidade de os cidadãos elegerem candidatos do partido político
executado. Com efeito, o direito constitucional de propriedade, de índole privada, não pode prevalecer
sobre o interesse público, democrático, de os eleitores escolherem livremente seus candidatos dentre
aqueles que preencheram as condições de registro da candidatura. Frise-se que a República Federativa do
Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e possui como fundamento o pluralismo político
(artigo 1º, da Carta Magna), que deve ser respeitado, mormente quando ponderado com interesse
meramente particular.

Assim, não resta alternativa que não indeferir a medida pretendida.

INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 833, XI, DO CPC

O agravante se insurge contra a aplicação ao caso concreto do artigo 833, XI, do Código de Processo
Civil, que possui a seguinte redação:

Art. 833. São impenhoráveis:

(...) XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;

Na verdade, os argumentos do recorrente não se relacionam à constitucionalidade ou não do dispositivo,


mas, sim, à sua não aplicação, de forma excepcional, ao caso dos autos.

Convém lembrar que a apreciação da constitucionalidade de determinada norma é realizada de forma


abstrata, comparando sua compatibilidade com a Constituição Federal, considerando todo o bloco de
constitucionalidade. Os fundamentos apresentados não são desta natureza, sendo que traduzem uma
análise concreta, no sentido de excepcionar a regra da impenhorabilidade dos recursos recebidos, por
partido político, do fundo partidário.

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102702370990300000005863359
Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
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27/10/2018
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02:37:1013:04:37 Num.
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Todavia, as alegações apresentadas não são suficientes para afastar a impenhorabilidade da verba
partidária.

As exceções à impenhorabilidade devem ser interpretadas de forma restritiva. O Superior Tribunal de


Justiça é firme neste sentido:

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. BEM DE


FAMÍLIA. VIOLAÇÃO AO ART. 3º, V, DA LEI N. 8.009/90 CARACTERIZADA.
INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. O art. 3º, V, da Lei nº 8.009/90
representa norma de exceção à ampla proteção legal conferida ao bem de família; dessa forma, a regra
interpretativa aplicável não deve ser estendida a outras hipóteses não previstas pelo legislador,
uma vez que, do contrário, estar-se-ia ampliando as restrições à proteção legal. Precedentes. 2.
Agravo interno desprovido. (AgInt no REsp 1561079/DF, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em
26/06/2018, DJe 29/06/2018)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. IMPENHORABILIDADE. DEPÓSITO EM CADERNETA DE
POUPANÇA ATÉ O LIMITE DE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.
1. É impenhorável valor depositado em caderneta de poupança até o limite de 40 salários mínimos,
devendo-se ter, quanto a esse comando, interpretação restritiva, admitindo-se, apenas, a mitigação
dessa ordem, no caso de pensão alimentícia ou de comprovada má-fé ou fraude, o que não se verifica no
caso dos autos. Precedentes. 2. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no AgInt no AREsp
868.809/SE, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 03/08/2017, DJe
14/08/2017)

O fato de os valores exequendos consistirem em honorários advocatícios e possuírem natureza alimentar


(artigo 85, § 14, do CPC, e Súmula Vinculante nº 47) não é suficiente para afastar a impenhorabilidade
de recursos públicos advindos do fundo partidário, mormente porque a legislação processual não
estabeleceu nenhuma exceção a esta regra.

Todas as alegações tecidas pelo recorrente são no sentido de criar exceção à impenhorabilidade não
prevista em lei, o que esbarra na interpretação restritiva imposta pelo Superior Tribunal de Justiça,
guardião da legislação federal, não podendo ser acolhidas.

CONSULTA AO BACENJUD

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18102702370990300000005863359
Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
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02:37:1013:04:37 Num.
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O pedido de consulta via BACENJUD, no entanto, merece ser deferido, porquanto a última diligência foi
realizada há cerca de um ano. Ademais, deve o Poder Judiciário cooperar para a satisfação do direito,
mormente quando a medida somente é possível com a participação do Estado-Juiz, pois o sistema
BACENJUD é inacessível às partes. É o que determinam os artigos 4º e 6º, do Código de Processo Civil,
verbis:

Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a
atividade satisfativa.

Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável,
decisão de mérito justa e efetiva.

Destaque-se que a movimentação financeira numa conta bancária é dinâmica, sendo que o fato de a
última diligência ter sido realizada há cerca de um ano é motivo idôneo para justificar nova pesquisa via
BACENJUD. Sobre o tema, já me manifestei:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. RENOVAÇÃO DE PEDIDO DE PENHORA ON LINE. PRAZO RAZOÁVEL.
POSSIBILIDADE. De acordo com entendimento desta Corte de Justiça e do Superior Tribunal de
Justiça é possível a reiteração de pedido de penhora on line, desde que tenha decorrido prazo
razoável da última tentativa. Transcorrido mais de um ano desde a última consulta no Sistema
BacenJud deve ser deferida a realização de nova consulta, com o intuito de ver efetivado o direito
da credora. (Acórdão n.1042496, 07086676920178070000, Relator: ESDRAS NEVES 6ª Turma Cível,
Data de Julgamento: 28/08/2017, Publicado no DJE: 01/09/2017. Pág.: Sem Página Cadastrada.)

Destarte, diante do lapso temporal transcorrido e da movimentação inerente à conta bancária, deve ser
realizada nova diligência via BACENJUD.

INTIMAÇÃO PARA INDICAR BENS

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
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Assinado eletronicamente por: ESDRAS
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02:37:1013:04:37 Num.
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Com razão, ainda, o agravante quando requer a intimação do executado, para que este indique bens
passíveis de penhora, sob pena de multa por litigância de má-fé, nos termos do artigo 774, inciso V e
parágrafo único, do Código de Processo Civil, verbis:

Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado
que:

(...) V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos
valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.

Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte
por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente,
exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou
material.

Observa-se que o cumprimento de sentença de origem encontra-se em trâmite há mais de um ano, além
do processo de conhecimento, que tramitou por cerca de dois anos, sem lograr a satisfação do crédito do
exequente, certamente pela inércia do executado, razão pela qual é razoável a adoção de medida que lhe
imponha o pagamento do débito.

Assim, in casu, razoável a aplicação da intimação para indicação de bens, sob pena de multa, como
forma de impulsionar a satisfação da dívida.

Destarte, a procedência parcial do presente recurso é medida que se impõe.

Ante o exposto, conheço do agravo de instrumento e a ele DOU PARCIAL PROVIMENTO, para
DEFERIR a consulta via BACENJUD, nas contas bancárias de titularidade do agravado, com o intuito
de localizar ativos financeiros passíveis de penhora, bem como DETERMINAR a intimação do
executado para que indique bens penhoráveis, sob pena de multa. Desprovido o recurso quanto aos
demais pedidos.

É como voto.

O Senhor Desembargador ALFEU MACHADO - 1º Vogal


Com o relator
O Senhor Desembargador CARLOS RODRIGUES - 2º Vogal
Com o relator

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
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Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
MENDES ALMEIDA
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27/10/2018
- 05/02/2019
02:37:1013:04:37 Num.
Num.28422637
5986972 - Pág. 9
10
DECISÃO

CONHECIDO. PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME.

Número do documento: 18102702370990300000005863359


19020513043700000000027233270
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233270
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Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
MENDES ALMEIDA
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27/10/2018
- 05/02/2019
02:37:1013:04:37 Num.
Num.28422637
5986972 --Pág.
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11
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
PJe - Processo Judicial Eletrônico

05/02/2019

Número: 0715587-25.2018.8.07.0000
Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Órgão julgador colegiado: 6ª Turma Cível
Órgão julgador: Gabinete do Des. Esdras Neves
Última distribuição : 31/08/2018
Valor da causa: R$ 621.908,42
Relator: ESDRAS NEVES ALMEIDA
Processo referência: 0722963-93.2017.8.07.0001
Assuntos: Liquidação / Cumprimento / Execução, Constrição / Penhora / Avaliação /
Indisponibilidade de Bens, Ato Atentatório à Dignidade da Justiça
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Advogados
ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
(AGRAVANTE)
LUIS CARLOS BARRETO DE OLIVEIRA ALCOFORADO
(ADVOGADO)
ERIKA DUTRA XAVIER (ADVOGADO)
DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS
TRABALHADORES NO DF (AGRAVADO)
DESIREE GONCALVES DE SOUSA (ADVOGADO)

Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
6569977 06/12/2018 Acórdão Acórdão
23:30

Número do documento: 19020513043700000000027233278


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233278
Assinado eletronicamente por: DANIELE MENDES ROCHA MUNIZ - 05/02/2019 13:04:37 Num. 28422647 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

Órgão 6ª Turma Cível

Processo N. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 0715587-25.2018.8.07.0000


EMBARGANTE(S) ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
EMBARGADO(S) DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF
Relator Desembargador ESDRAS NEVES

Acórdão Nº 1141943

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRADIÇÃO E


OBSCURIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO. Os embargos de declaração classificam-se entre aqueles
recursos de cognição limitada, pois se destinam, exclusivamente, a extirpar do acórdão impugnado
eventual omissão, contradição, obscuridade ou corrigir erro material, nos termos do artigo 1.022 e incisos,
do Código de Processo Civil. A insatisfação do embargante com o resultado do julgamento não é
suficiente para sua alteração por meio dos embargos de declaração, mormente quando não há contradição
ou omissão no acórdão.

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Desembargadores do(a) 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios, ESDRAS NEVES - Relator, ALFEU MACHADO - 1º Vogal e JOSÉ DIVINO - 2º
Vogal, sob a Presidência do Senhor Desembargador ALFEU MACHADO, em proferir a seguinte decisão:
CONHECIDO. DESPROVIDO. UNÂNIME., de acordo com a ata do julgamento e notas taquigráficas.

Brasília (DF), 05 de Dezembro de 2018

Desembargador ESDRAS NEVES


Relator

RELATÓRIO

Número do documento: 18120623300766800000006430932


19020513043700000000027233278
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233278
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18120623300766800000006430932
Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
MENDES ALMEIDA
ROCHA-MUNIZ
06/12/2018
- 05/02/2019
23:30:0713:04:37 Num.
Num.28422647
6569977 --Pág.
Pág.12
ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC – EPP opôs embargos de declaração em face do
acórdão de ID 5986972, cuja ementa se acha redigida nos seguintes termos, verbis:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


ADVOCATÍCIOS. CAMPANHA ELEITORAL. COMUNICAÇÃO DE OBRIGAÇÕES PENDENTES.
TER-DF E MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL. DESNECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO
PODER JUDICIÁRIO. PROIBIÇÃO DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS PELO
PARTIDO POLÍTICO DEVEDOR. OFENSA À INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO.
DESPROPORCIONALIDADE. PROIBIÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURAS EM VIRTUDE
DE DÍVIDA CIVIL. IMPOSSIBILIDADE. ARTIGO 833, XI, DO CPC. RESTRIÇÃO NÃO PREVISTA
EM LEI. INCABÍVEL. RENOVAÇÃO DE PEDIDO DE PENHORA ONLINE. PRAZO RAZOÁVEL.
POSSIBILIDADE. INTIMAÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 774, INCISO V E PARÁGRAFO ÚNICO,
DO CPC. INÉRCIA DO EXECUTADO. MEDIDA CABÍVEL E RAZOÁVEL. A comunicação de
obrigações pendentes, relacionados à eleição, não exige a atuação do Poder Judiciário, devendo a parte
interessada, caso queira, se dirigir diretamente ao TRE-DF e/ou ao Ministério Público Eleitoral para
apresentar estas informações. As medidas executivas atípicas previstas no artigo 139, IV, do Código de
Processo Civil, não podem aniquilar direito ou garantia fundamental. Considerando que a medida
pretendida (proibição de contratação de serviços advocatícios pelo partido político devedor), além de
desproporcional, enseja uma grave ofensa à garantia da inafastabilidade da jurisdição, caracterizando sua
completa mitigação, não há como ser acolhida. O pedido para que seja obstado todo e qualquer pedido de
registro de candidaturas pelo partido político executado, até que a dívida aqui veiculada seja saldada, com
imediata comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral do DF, não pode ser acolhido, por ocasionar grave
interferência nas eleições, ferir o princípio democrático e a soberania popular, uma vez que, por via
reflexa, seria tolhida a possibilidade de os cidadãos elegerem candidatos vinculados ao partido político
devedor. O direito constitucional de propriedade, de índole privada, não pode prevalecer sobre o interesse
público de os eleitores escolherem os candidatos dentre aqueles que preencheram as condições de registro
da candidatura. O fato de os valores exequendos consistirem em honorários advocatícios e possuírem
natureza alimentar (artigo 85, § 14, do CPC, e Súmula Vinculante nº 47) não é suficiente para afastar a
impenhorabilidade de recursos públicos advindos do fundo partidário, mormente porque a legislação
processual não estabeleceu nenhuma exceção a esta regra. É possível a reiteração de pedido de penhora
online, desde que tenha decorrido prazo razoável da última tentativa. Transcorrido mais de um ano desde
a última consulta no Sistema BacenJud deve ser deferida a realização de nova consulta, com o intuito de
ver efetivado o direito do credor. Razoável a aplicação da intimação para indicação de bens, sob pena de
multa, nos termos do artigo 774, inciso V e parágrafo único, do Código de Processo Civil, como forma de
impulsionar a satisfação da dívida, quando a inadimplência decorre de inércia do executado em cumprir a
obrigação. (Acórdão n.1133504, 07155872520188070000, Relator: ESDRAS NEVES 6ª Turma Cível,
Data de Julgamento: 26/10/2018, Publicado no DJE: 07/11/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.)

Em suas razões (ID 6247194), o embargante sustenta que o acórdão embargado deixou de apreciar
diversos textos normativos suscitados pelo embargante, dentre eles os artigos 38 e 44, inciso III, da Lei nº
9.096/95, o artigo 100-A, § 6º, da Lei nº 9.504/97, o artigo 8º, do Código de Processo Civil, e os artigos
1º, 133 e 170, da Constituição da República. Sustenta a obscuridade do julgado ao não afastar a regra
insculpida no artigo 833, inciso XI, do Códex, exercendo o controle incidental de constitucionalidade. Diz
que inexiste outro meio para deixar de aplicar a norma senão por meio da declaração de
inconstitucionalidade. Destaca que seu objetivo não é o controle abstrato da norma, mas a declaração,
pelo órgão fracionário do Tribunal, de que é possível a mera não aplicação para solucionar a controvérsia
posta ao juízo.

Número do documento: 18120623300766800000006430932


19020513043700000000027233278
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020513043700000000027233278
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18120623300766800000006430932
Assinado eletronicamente por: ESDRAS
DANIELE NEVES
MENDES ALMEIDA
ROCHA-MUNIZ
06/12/2018
- 05/02/2019
23:30:0713:04:37 Num.
Num.28422647
6569977 --Pág.
Pág.23
Ao final, requer o conhecimento dos embargos de declaração para, no mérito, sanar a presença de omissão
e obscuridade no acórdão, conferindo ao julgamento a natureza infringente.

É o relatório.

VOTOS

O Senhor Desembargador ESDRAS NEVES - Relator

Admito os embargos de declaração, porquanto estão presentes os pressupostos de sua admissibilidade.

Sem razão o embargante.

Ao contrário do que sustenta o embargante, não há omissão e/ou obscuridade no acórdão combatido.

É cediço que somente em situações excepcionalíssimas – o que não é o caso dos autos – a jurisprudência
de nossos pretórios admite a alteração de julgados pela via dos declaratórios. Assim agem nossas Cortes,
porque a atribuição de efeitos infringentes representa, em verdade, permissão para a propositura de
recurso não autorizado pela letra expressa da lei.

Além disso, sabe-se que os embargos de declaração classificam-se entre aqueles recursos de cognição
limitada, pois se destinam, exclusivamente, a extirpar do acórdão impugnado eventual omissão,
contradição, obscuridade ou corrigir erro material, nos termos do artigo 1.022 e incisos, do Código de
Processo Civil.

Como pode ser visto no acórdão embargado, o julgado foi no sentido de não acolher a tese de
inaplicabilidade da impenhorabilidade dos recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido
político, prevista no artigo 833, inciso XI, do Código de Processo Civil. Veja-se:

INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 833, XI, DO CPC

O agravante se insurge contra a aplicação ao caso concreto do artigo 833, XI, do Código de Processo
Civil, que possui a seguinte redação:

Art. 833. São impenhoráveis:

(...) XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;

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Na verdade, os argumentos do recorrente não se relacionam à constitucionalidade ou não do dispositivo,
mas, sim, à sua não aplicação, de forma excepcional, ao caso dos autos.

Convém lembrar que a apreciação da constitucionalidade de determinada norma é realizada de forma


abstrata, comparando sua compatibilidade com a Constituição Federal, considerando todo o bloco de
constitucionalidade. Os fundamentos apresentados não são desta natureza, sendo que traduzem uma
análise concreta, no sentido de excepcionar a regra da impenhorabilidade dos recursos recebidos, por
partido político, do fundo partidário.

Todavia, as alegações apresentadas não são suficientes para afastar a impenhorabilidade da verba
partidária.

As exceções à impenhorabilidade devem ser interpretadas de forma restritiva. O Superior Tribunal de


Justiça é firme neste sentido:

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. BEM DE


FAMÍLIA. VIOLAÇÃO AO ART. 3º, V, DA LEI N. 8.009/90 CARACTERIZADA.
INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. O art. 3º, V, da Lei nº 8.009/90
representa norma de exceção à ampla proteção legal conferida ao bem de família; dessa forma, a regra
interpretativa aplicável não deve ser estendida a outras hipóteses não previstas pelo legislador,
uma vez que, do contrário, estar-se-ia ampliando as restrições à proteção legal. Precedentes. 2.
Agravo interno desprovido. (AgInt no REsp 1561079/DF, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em
26/06/2018, DJe 29/06/2018)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. IMPENHORABILIDADE. DEPÓSITO EM CADERNETA DE
POUPANÇA ATÉ O LIMITE DE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.
1. É impenhorável valor depositado em caderneta de poupança até o limite de 40 salários mínimos,
devendo-se ter, quanto a esse comando, interpretação restritiva, admitindo-se, apenas, a mitigação
dessa ordem, no caso de pensão alimentícia ou de comprovada má-fé ou fraude, o que não se verifica no
caso dos autos. Precedentes. 2. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no AgInt no AREsp
868.809/SE, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 03/08/2017, DJe
14/08/2017)

O fato de os valores exequendos consistirem em honorários advocatícios e possuírem natureza alimentar


(artigo 85, § 14, do CPC, e Súmula Vinculante nº 47) não é suficiente para afastar a impenhorabilidade
de recursos públicos advindos do fundo partidário, mormente porque a legislação processual não
estabeleceu nenhuma exceção a esta regra.

Todas as alegações tecidas pelo recorrente são no sentido de criar exceção à impenhorabilidade não
prevista em lei, o que esbarra na interpretação restritiva imposta pelo Superior Tribunal de Justiça,
guardião da legislação federal, não podendo ser acolhidas.

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A fundamentação do julgado é clara: inexiste previsão de exceção à impenhorabilidade dos recursos
públicos do fundo partidário recebidos por partido político, sendo que o fato de o valor exequendo
decorrer da prestação de serviços advocatícios não é suficiente para justificar a penhora pretendida.

O agravante/embargante apresenta argumentos quanto a este tópico, com o intuito de destacar a


importância dos honorários advocatícios e do serviço prestado pelo causídico (fato, inclusive,
incontestável). Ocorre que este argumento não é capaz de afastar a impenhorabilidade da verba oriunda
do fundo partidário.

Destaque-se, ainda, que inexiste omissão no julgamento quanto às normas citadas. Primeiro porque todas
elas são mencionadas para reforçar a importância dos honorários advocatícios e que eles estão previstos
como gastos do partido político, de modo que o ponto central foi enfrentado, qual seja, a possibilidade ou
não de excepcionar a regra da impenhorabilidade dos recursos recebidos do fundo partidário. Ainda que
não houvesse abordagem de algum outro argumento, não haveria qualquer vício de fundamentação, pois
é pacífico que somente é necessário enfrentar aqueles argumentos que interferem na conclusão do
mérito. Neste sentido, cito julgado do Superior Tribunal de Justiça:

(...) IV - O juiz não fica obrigado a manifestar-se sobre todas as alegações das partes, nem a ater-se aos
fundamentos indicados por elas ou a responder, um a um, a todos os seus argumentos, quando já
encontrou motivo suficiente para fundamentar a decisão, o que de fato ocorreu. Ressalte-se, ainda, que
cabe ao magistrado decidir a questão de acordo com o seu livre convencimento, utilizando-se dos fatos,
provas, jurisprudência, aspectos pertinentes ao tema e da legislação que entender aplicável ao caso
concreto.(...) (AgInt nos EDcl nos EDcl no REsp 1586434/RS, Rel. Ministro Francisco Falcão, Segunda
Turma, julgado em 10/04/2018, DJe 13/04/2018).

Frise-se que a demanda, apesar de complexa, diante das diversas matérias arguidas e dos robustos
argumentos apresentados pelo agravante, foi devidamente analisada, de maneira objetiva, aprofundada e
cuidadosa. Tanto é que o recurso foi provido quanto aos pedidos que o recorrente possuía razão, mas
improvido em relação àqueles que carecem de suporte jurídico para acolhimento.

Quanto ao pedido de declaração de inconstitucionalidade do artigo 833, inciso XI, do Código de


Processo Civil, assentou-se que:

Na verdade, os argumentos do recorrente não se relacionam à constitucionalidade ou não do dispositivo,


mas, sim, à sua não aplicação, de forma excepcional, ao caso dos autos.

Convém lembrar que a apreciação da constitucionalidade de determinada norma é realizada de forma


abstrata, comparando sua compatibilidade com a Constituição Federal, considerando todo o bloco de
constitucionalidade. Os fundamentos apresentados não são desta natureza, sendo que traduzem uma
análise concreta, no sentido de excepcionar a regra da impenhorabilidade dos recursos recebidos, por
partido político, do fundo partidário.

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É sabido que o controle de constitucionalidade no Brasil é realizado pela via principal-abstrata ou
incidental-concreta ou ainda pelo modelo difuso ou concentrado. A via do controle de
constitucionalidade está relacionada ao meio pelo qual é formulado a pretensão. O modelo consiste no
método adotado, se o norte-americano (difuso), em que qualquer juiz pode declarar a
inconstitucionalidade, ou se o austríaco (concentrado), idealizado por Hans Kelsen, em que esta
competência é atribuída a um órgão jurisdicional especial.

O voto, diferentemente do alegado pelo embargante, não tratou desta temática, mas apenas destacou que
o controle de constitucionalidade é realizado de forma abstrata, seja qual for a via ou o modelo que se
adote. Lembre-se que, ainda que o controle de constitucionalidade seja realizado pela via incidental, a
constitucionalidade sempre é analisada de maneira abstrata, ou seja, confrontando a lei com o bloco de
constitucionalidade. Veja-se que esta apreciação acontece no plano de validade da norma.

Porém, o que o embargante pretende é criar uma exceção à aplicação do artigo 833, XI, do Código de
Processo Civil. Isto é eminentemente um juízo de subsunção legal, ou seja, de enquadramento do fato à
norma. O recorrente diz que a norma em análise (artigo 833, XI) não abrange determinado fato –
cobrança de honorários advocatícios –, sem discutir se este dispositivo, numa apreciação abstrata e
desvinculada, ofende ou não alguma norma constitucional.

Inclusive, o embargante não narrou qualquer vício de validade da norma (âmbito do controle de
constitucionalidade), mas apenas buscou excepcioná-la (esfera de aplicabilidade da norma).

Repita-se, apesar do pedido, os argumentos tecidos pelo recorrente não dizem respeito à
constitucionalidade do artigo 833, inciso XI, do Código de Processo Civil, mas apenas ao seu espectro
de incidência. Neste ponto, foi mencionado que o crédito decorrente de honorários advocatícios não
excepciona a regra de impenhorabilidade dos recursos recebidos do fundo partidário.

Verifico, assim, que, na verdade, o embargante busca adequar o julgado ao seu próprio entendimento por
meio dos embargos de declaração, o que se mostra incabível. Além disso, o simples fato de as alegações
recursais não terem sido acolhidas não gera omissão ou obscuridade no julgado.

Dessa forma, não se observa nenhum vício no acórdão embargado.

Ante o exposto, conheço dos embargos de declaração opostos e a eles NEGO PROVIMENTO.

É como voto.

O Senhor Desembargador ALFEU MACHADO - 1º Vogal


Com o relator
O Senhor Desembargador JOSÉ DIVINO - 2º Vogal
Com o relator

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DECISÃO

CONHECIDO. DESPROVIDO. UNÂNIME.

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Pág.78
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
PJe - Processo Judicial Eletrônico

05/02/2019

Número: 0715587-25.2018.8.07.0000
Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Órgão julgador colegiado: 6ª Turma Cível
Órgão julgador: Gabinete do Des. Esdras Neves
Última distribuição : 31/08/2018
Valor da causa: R$ 621.908,42
Relator: ESDRAS NEVES ALMEIDA
Processo referência: 0722963-93.2017.8.07.0001
Assuntos: Liquidação / Cumprimento / Execução, Constrição / Penhora / Avaliação /
Indisponibilidade de Bens, Ato Atentatório à Dignidade da Justiça
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Advogados
ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP
(AGRAVANTE)
LUIS CARLOS BARRETO DE OLIVEIRA ALCOFORADO
(ADVOGADO)
ERIKA DUTRA XAVIER (ADVOGADO)
DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS
TRABALHADORES NO DF (AGRAVADO)
DESIREE GONCALVES DE SOUSA (ADVOGADO)

Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
7088389 01/02/2019 Certidão Certidão
15:01

Número do documento: 19020513043700000000027233281


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Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

6ª TURMA CÍVEL

CERTIDÃO

CERTIFICO E DOU FÉ que em 31/01/2019 decorreu o prazo legal sem que fosse interposto recurso,
transitando em julgado o v. acórdão de ID6569977.

Antonio Celso Nassar de Oliveira

Diretor de Secretaria da 6ª Turma Cível

Número do documento: 19020115011881500000006935934


19020513043700000000027233281
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Assinado eletronicamente por: SARAHDANIELE TAISA
MENDES
MACHADO
ROCHASILVEIRA
MUNIZ - 05/02/2019
- 01/02/201913:04:37
15:01:18 Num.
Num.28422650
7088389 --Pág.
Pág.12
Petição em anexo.

Número do documento: 19070419093974300000037293033


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Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 04/07/2019 19:09:39 Num. 38939549 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 20ª VARA CÍVEL DA
CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE BRASÍLIA/DF

PROCESSO N. 0722963-93.2017.8.07.0001

ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS, sociedade já


qualificada nos autos do processo em epígrafe, em que contende com o DIRETÓRIO
REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES – PT/DF, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada,
informar e requerer o que passa a expor.

I - SÍNTESE FÁTICA E DA NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA AO QUANTO


DECIDIDO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0715587-25.2018.8.07.0000

2. Trata-se de cumprimento definitivo de sentença por meio do qual se busca


a quitação de obrigação pecuniária imposta ao PT/DF, derivada de assunção de dívida
pela agremiação para pagamento de serviços jurídicos prestados ao então candidato
Agnelo Queiroz na campanha eleitoral de 2014. (ID Num. 9127549 - Pág. 32-36; Num. 9127552 -
Pág. 15-33)

3. Quando do trânsito em julgado, a dívida perfazia a importância de R$


560.923,31 (quinhentos e sessenta mil novecentos e vinte e três reais e trinta e um
centavos – ID Num. 9127521 - Pág. 3) e, sem que houvesse pagamento voluntário, esse d. juízo
ordenou a realização de bloqueio de ativos financeiros via BACENJUD, (ID Num. 9143071)

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Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 04/07/2019 19:09:40 Num. 38939568 - Pág. 1
medida que se revelou parcialmente frutífera, mediante a penhora de R$ 6.215,25 (seis
mil e duzentos e quinze reais e vinte e cinco centavos). (ID Num. 10366436)

4. Em seguida, foi realizada, sem sucesso, busca de bens pelos sistemas


RENAJUD e INFOJUD. (ID Num. 11230204; Num. 11235094)

5. O Exequente, então, requereu o redirecionamento da execução para que a


dívida fosse adimplida pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, pleito
que, contudo, foi indeferido por esse d. juízo, sob a compreensão de que não se faziam
presentes os requisitos autorizadores da desconsideração da personalidade jurídica. (ID
Num. 11847816; Num. 12775977)

6. Após, foram formulados inúmeros outros requerimentos com vistas à


satisfação do crédito (ID Num. 20558941), todos rejeitados por esse d. juízo (ID Num. 20693455),
situação em decorrência da qual foi interposto recurso de agravo de instrumento (ID
Num. 22201679; Num. 22201728), em cujo bojo, como antecipação de tutela, foi determinada
nova pesquisa via BACENJUD nas contas da grei Executada (ID Num. 22237049), ato do qual
resultou nova penhora, no valor de R$ 12.339,40 (doze mil, trezentos e trinta e nove
reais e quarenta centavos). (ID Num. 23156130)

7. No mérito, aquele recurso foi parcialmente provido, confirmando a


liminar e determinando que se proceda à intimação do PT/DF para indicar bens à
penhora, sob pena de multa (ID Num. 28422637).

8. Da fundamentação do julgado, importa destacar:

Com razão, ainda, o agravante quando requer a intimação do executado, para


que este indique bens passíveis de penhora, sob pena de multa por litigância
de má-fé, nos termos do artigo 774, inciso V e parágrafo único, do Código de
Processo Civil, verbis:
[...]
Observa-se que o cumprimento de sentença de origem encontra-se em trâmite
há mais de um ano, além do processo de conhecimento, que tramitou por cerca
de dois anos, sem lograr a satisfação do crédito do exequente, certamente pela

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inércia do executado, razão pela qual é razoável a adoção de medida que lhe
imponha o pagamento do débito.
Assim, in casu, razoável a aplicação da intimação para indicação de bens, sob
pena de multa, como forma de impulsionar a satisfação da dívida.
Destarte, a procedência parcial do presente recurso é medida que se impõe. (ID
Num. 28422637 - Pág. 10)

9. Ressalta-se que, malgrado tenha sobrevindo o trânsito em julgado do


acórdão que proveu o recurso do Exequente (ID Num. 28422650 – Pág. 2), o processo foi
arquivado sem que fosse cumprido o provimento obtido naquele agravo de instrumento
(n. 0715587-25.2018.8.07.0000 - 6ª Turma Cível).

10. Assim, urge sejam desarquivados os presentes autos e intimado o


Executado para, nos termos do acórdão proferido pela d. 6ª Turma Cível do TJDFT,
indicar bens de sua propriedade para serem penhorados e satisfazerem a obrigação aqui
devida, sob pena de multa a ser fixada por esse d. juízo, nos termos do acórdão passado
em julgado (ID Num. 28422637 - Pág. 10).

11. Caso, todavia, a agremiação não cumpra a determinação, requer que, além
da aplicação da multa, na forma do acórdão de ID Núm. 28422637, passa a demonstrar
que há via para o adimplemento do débito.

II – DA POSSIBILIDADE DE PENHORA SOBRE CONTRIBUIÇÕES.


EXISTÊNCIA DE PRECEDENTE E DE SUCESSO NA CONSTRIÇÃO.

12. A inexistência de bens móveis ou imóveis localizáveis por intermédio dos


sistemas judiciais não representa, nem de soslaio, vazio patrimonial apto a autorizar o
arquivamento dos autos.

13. É sabido que uma agremiação política não sobrevive unicamente dos
recursos oriundos do Fundo Partidário, haja vista ser beneficiária de outras diversas
fontes de renda, doações e contribuições, conforme atesta o art. 176 do Estatuto do
Partido dos Trabalhadores, segundo o qual os recursoS financeiros da agremiação
(tanto do diretório nacional quanto dos regionais) promanam de variadas fontes: (doc.
01)

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Art. 176. Os recursos financeiros do Partido dos Trabalhadores serão
originários de:
I – contribuições obrigatórias de seus filiados e filiadas na forma deste
Estatuto;
II – contribuições obrigatórias dos filiados e filiadas ocupantes de cargos
eletivos, de confiança e dirigentes na forma deste Estatuto;
III – contribuições espontâneas de filiados ou filiadas e simpatizantes;
IV – doações na forma da lei;
V – dotações do Fundo Partidário, nos termos da lei e deste Estatuto;
VI – rendas e receitas de serviços decorrentes de atividades partidárias;
VII – rendas provenientes de convênios comerciais, na forma da lei,
aprovados pela Comissão Executiva Nacional;
VIII – outros auxílios financeiros não vedados em lei

14. Em reforço, o art. 177 do mesmo regulamento assenta que “a arrecadação


básica e permanente do Partido é oriunda de seus próprios filiados e filiadas”. (doc. 01)

15. Merece destaque, outrossim, o art. 179 da grei partidária, que prevê:
Art. 179. As instâncias de direção, e em especial, as Secretarias de Finanças e
Planejamento, são responsáveis pela organização de atividades ou campanhas
de arrecadação, e pela criação de formas e mecanismos que ampliem a
arrecadação financeira do Partido.
Parágrafo único: São ainda responsáveis:
I – Em nível nacional, através da Secretaria Nacional de Finanças e
Planejamento:
a) pela cobrança e distribuição das contribuições de todos os filiados e filiadas,
inclusive dos detentores de cargos eletivos, de confiança e dos membros dos
diretórios, através do Sistema de Arrecadação de Contribuições Estatutárias
(SACE) e pela emissão de relatórios que servirão como documentos
comprobatórios para a contabilização das contribuições recebidas.
b) pelos repasses obrigatórios para todas as instâncias e emissão de relatórios
comprobatórios;
II- Nos demais níveis, através das Secretarias de Finanças e Planejamento:
a) em informar a instância nacional, através do SACE, toda vez que um filiado
ou filiada, assumir cargo;
b) pela contabilização das contribuições recebidas.

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16. Já o art. 189 daquele Estatuto prevê que os repasses desses recursos entre
as instâncias são mensais e obrigatórios, e obedecem, dentre outros, ao princípio da
responsabilidade coletiva.

17. O art. 192 do mesmo regramento impõe que as contribuições recebidas


entre os dias 1º e 15 sejam repassadas até o dia 21 de cada mês, e as recebidas após o
dia 16 sejam repassadas até o dia 6 do mês seguinte, situação em decorrência da qual
se verifica que há prazo a ser observado para a realização dos repasses.

18. Da leitura das disposições acima transcritas observa-se que o PT/DF é


destinatário de recursos que ultrapassam os limites do fundo partidário, pois se
beneficia de valores que, após arrecadação, são distribuídos pelo diretório nacional,
com regularidade mensal, não de forma esporádica.

19. Logo, há meios para que se cumpra a obrigação, situação em decorrência


da qual a inércia do devedor ecoa e perfaz desrespeito aos próprios termos de seu
estatuto.

20. Corrobora tal afirmativa o art. 181 do mesmo texto normativo, que impõe
aos dirigentes, em cada nível – municipal, estadual ou nacional – o dever de “honrar
as transações financeiras ou dívidas devidamente contraídas em nome da respectiva
instância, inclusive aquelas oriundas das campanhas eleitorais sob sua
responsabilidade”, regra cuja inobservância sujeita esses mesmos dirigentes “ao
pagamento do montante da despesa contraída, além da aplicação de medidas
disciplinares previstas neste Estatuto”.

21. Veja-se que regra da própria agremiação objetiva o respeito ao princípio


da moralidade na gestão dos recursos do partido político, motivo pelo qual se reputa
digna de intervenção ou repressão a inadimplência do Executado, que se mostra
confortável com sua inadimplência.

22. O cenário dos autos exibe contornos que autorizam a imposição de


medidas executórias atípicas com apoio no art. 139, IV, do CPC, na forma de penhora
de percentual sobre os valores a que faz jus o PT/DF sobre as arrecadações e demais

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recursos elencados nas supratranscritas alíneas I, II, III, IV, VI, VII e VIII do art. 176
do Estatuto do Partido dos Trabalhadores, até o limite da obrigação devida nestes autos.

23. Tal providência fora deferida em outros autos de ação judicial movida em
desfavor do mesmo devedor, especificamente nos autos do Processo n. 0723231-
16.2018.8.07.0001, em cujo bojo o n. juízo da 14ª Vara Cível deferiu o pedido de
penhora de 30% dos repasses oriundos de contribuições diversas repassadas
mensalmente pelo Diretório Nacional do PT ao Diretório Regional do PT-DF. (doc. 02)

24. Desse modo, requer-se seja deferida a penhora de percentual sobre

III – VALOR ATUAL DA DÍVIDA

25. Insta declinar, por fim, que o saldo atualizado da obrigação, deduzidos os
valores já penhorados, perfaz a monta de R$ 679.959,79 (seiscentos e setenta e nove
mil, novecentos e cinquenta e nove reais e setenta e nove centavos), nos termos da
memória de cálculos abaixo:

Valor corrigido (a Juros de mora (1% ao mês a


Descrição Valor histórico partir do vencimento Subtotal
partir do vencimento da parcela)
da parcela)
1ª parcela R$65.100,00 R$ 84.017,72 R$ 46.209,74 R$ 130.227,46
2ª parcela R$ 65.100,00 R$ 83.500,02 R$ 45.090,01 R$ 128.590,03
3ª parcela R$ 65.100,00 R$ 82.282,25 R$ 43.609,59 R$ 125.891,84
4ª parcela R$ 65.100,00 R$ 81.338,72 R$ 42.296,13 R$ 123.634,85
5ª parcela R$ 65.100,00 R$ 80.128,77 R$ 40.865,67 R$ 120.994,44
Custas iniciais (29/03/2016) R$ 481,11 R$ 541,16 ------ R$ 541,16
Custas APL (21/03/2017) R$ 15,68 R$ 16,84 ------ R$ 16,84
Honorários sucumbenciais
------ ----- ------ R$ 62.933,86
Honorários recursais
----- ----- ----- R$ 6.293,38
Custas cump. de sentença
R$ 178,39 R$ 190,46 ----- R$ 190,46
PAGAMENTO PARCIAL (BACENJUD – R$ 6.215,25, em 11/10/2017) R$ 6.639,17

PAGAMENTO PARCIAL (BACENJUD – R$ 12.339,40, em 26/09/2018) R$ 12.715,36

TOTAL DEVIDO EM JUNHO/2019 R$ 679.959,79

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IV – PEDIDOS

26. Por todo o exposto, requer-se:

a) Seja o PT/DF intimado a indicar a esse d. juízo quais são e onde estão
os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, sob pena de
caracterização de atentado à dignidade da justiça, na forma do art. 774,
V, do CPC, e imposição de multa a ser fixada por esse d. juízo, conforme
determinado pela Eg. 6ª Turma Cível do TJDFT no Agravo de
Instrumento n. 0715587-25.2018.8.07.0000;

b) Não sendo atendido o comando supra, seja fixada a multa acima


mencionada e deferida a penhora de percentual sobre os valores a que
faz jus o PT/DF sobre as arrecadações e demais recursos elencados nas
alíneas I, II, III, IV, VI, VII e VIII do art. 176 do Estatuto do Partido
dos Trabalhadores, até o limite da obrigação devida nestes autos, a ser
depositado em conta judicial, intimando-se o Diretório Nacional do
Partido dos Trabalhadores (no Setor Comercial Sul, Quadra 2, Bloco C,
Nº 256, Edifício Toufic, Brasília – DF – CEP 70302-000) para que
cumpra a obrigação deferida, nomeando-o depositário judicial e
impondo-lhe o encardo de apresentar os correspondentes
demonstrativos contábeis que atestem a regularidade e correção das
importâncias depositadas (inclusive os relatórios do sistema SACE, no
que diz respeito aqueles que tiverem no DF seu domicílio eleitoral, na
forma dos arts. 184 e seguintes do estatuto do partido), sob pena de
configuração de crime de desobediência.

Termos em que pede deferimento.


Brasília, 4 de julho de 2019.

ERIKA DUTRA XAVIER


OAB/DF 31.375

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PARTIDO DOS TRABALHADORES

Partido dos
Trabalhadores
Estatuto

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Estatuto
PARTIDO DOS TRABALHADORES

Alterações ao Estatuto do PT aprovadas de acordo com as normas estatutárias e legais,


Registradas na ata da reunião do DN de 29 de outubro de 2015

Alterações publicadas no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 dez. 2015. Seção 3, p. 197.

Sumário
CAPÍTULO I DA DURAÇÃO, SEDE E FORO ........................................................ 3
CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS E ATUAÇÃO ...................................................... 3
CAPÍTULO III DA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA ........................................................ 3
CAPÍTULO IV DOS DIREITOS E DEVERES DOS FILIADOS E DAS FILIADAS ........... 6
TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO DO PARTIDO ........... 7
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE FUNCIONAMENTO INTERNO .............. 7
CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO E DA ESCOLHA DAS INSTÂNCIAS PARTIDÁRIAS . 8
Seção I – Normas gerais para eleição das direções, dos delegados e delegadas,
dos conselhos fiscais e das Comissões de Ética ............................................ 8
Seção II – Inscrição de chapas e de nomes e prazos de filiação ..................... 9
Seção III – Composição das Comissões Executivas, suplências e substituições11
Seção IV – Processo de Eleições Diretas (PED) ........................................... 12
CAPÍTULO III DOS ENCONTROS ZONAL, MUNICIPAL, ESTADUAL E NACIONAL .... 14
Seção I – Normas gerais .......................................................................... 14
Seção II – Observadores dos Encontros ..................................................... 15
CAPÍTULO IV DAS COMISSÕES PROVISÓRIAS ................................................ 16
TÍTULO III DAS COMPETÊNCIAS DAS INSTÂNCIAS PARTIDÁRIAS NOS
NÍVEIS NACIONAL, ESTADUAL E MUNICIPAL ........................................... 17
CAPÍTULO I DOS NÚCLEOS DE BASE ............................................................. 17
CAPÍTULO II DAS FORMAS DE CONSULTA ...................................................... 18
CAPÍTULO III DAS BANCADAS PARLAMENTARES ............................................ 18
CAPÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO DO PARTIDO EM NÍVEL MUNICIPAL ................. 20
Seção I – Do Encontro Municipal ............................................................... 20
Seção II – Do Diretório Municipal .............................................................. 21
Seção III – Da Comissão Executiva Municipal ............................................. 22
Seção IV – Dos Diretórios Zonais .............................................................. 23
Seção V – Da Bancada de Vereadores ........................................................ 24
CAPÍTULO V DO DIRETÓRIO MUNICIPAL DAS CAPITAIS E DOS MUNICIPIOS COM
MAIS DE UM MILHÃO DE ELEITORES E DEMAIS ORGÃOS NO MESMO NÍVEL ........ 25
CAPÍTULO VI DA ORGANIZAÇÃO DO PARTIDO EM NÍVEL ESTADUAL .................. 25
Seção I – Do Encontro Estadual ................................................................ 26
Seção II – Do Diretório Estadual e demais órgãos estaduais ......................... 26

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Estatuto
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CAPÍTULO VII DA ORGANIZAÇÃO DO PARTIDO EM NIVEL NACIONAL ................. 27


Seção I – Do Encontro Nacional ................................................................ 28
Seção II – Do Diretório Nacional e demais órgãos nacionais ......................... 28
Seção III – Da Fundação Perseu Abramo ................................................... 29
Seção V – Do Congresso Nacional do Partido .............................................. 31
Seção VI - Dos Setoriais, Secretarias Setoriais e Grupos de Trabalho ............ 31
Seção VII – Dos Encontros Setoriais .......................................................... 32
TÍTULO IV DA ESCOLHA DOS CANDIDATOS OU CANDIDATAS ÀS ELEIÇÕES
PROPORCIONAIS E MAJORITÁRIAS .......................................................... 33
CAPÍTULO I NORMAS GERAIS ...................................................................... 33
CAPÍTULO II DAS PRÉVIAS ELEITORAIS ........................................................ 36
CAPÍTULO I DAS CONVENÇÕES .................................................................... 37
CAPÍTULO II DA CAMPANHA ELEITORAL ........................................................ 38
TÍTULO VI DAS FINANÇAS E DA CONTABILIDADE DO PARTIDO ............... 40
CAPÍTULO I DOS RECURSOS FINANCEIROS ................................................... 40
Seção I – Dos recursos do Partido ............................................................. 41
Seção II – Da responsabilidade pela arrecadação ........................................ 41
Seção III – Da responsabilidade pela aplicação dos recursos ........................ 42
CAPÍTULO II DAS CONTRIBUIÇÕES OBRIGATÓRIAS ........................................ 42
Seção I – Do direito de votar e ser votado ................................................. 42
Seção II – Da contribuição financeira dos filiados e das filiadas ..................... 43
Seção III – Da contribuição financeira dos filiados e filiadas ocupantes de
cargos eletivos e de confiança no Legislativo, Executivo e dirigentes partidários
............................................................................................................ 43
CAPÍTULO III DA DISTRIBUIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES ESTATUTÁRIAS ENTRE AS
INSTÂNCIAS ............................................................................................. 44
CAPÍTULO IV ............................................................................................. 46
DA DISTRIBUIÇÃO DO FUNDO PARTIDÁRIO ................................................... 46
CAPÍTULO V DO ORÇAMENTO E FUNDO ELEITORAL INTERNO ........................... 47
CAPÍTULO VI DA CONTABILIDADE DO PARTIDO ............................................. 48
CAPÍTULO VII DOS CONSELHOS FISCAIS ...................................................... 49
TÍTULO VII DA DISCIPLINA E DA FIDELIDADE PARTIDÁRIAS .................. 49
CAPÍTULO I DAS COMISSÕES DE ÉTICA E DISCIPLINA ............................. 49
CAPÍTULO II DA DISCIPLINA E DA FIDELIDADE PARTIDÁRIAS ................ 50
TÍTULO VIII DA OUVIDORIA DO PARTIDO ............................................... 57
TÍTULO IX DAS TENDÊNCIAS .................................................................... 57
TÍTULO X .................................................................................................. 59
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E DA FORMAÇÃO POLÍTICA ...................... 59

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TÍTULO XI DO PATRIMÔNIO DO PARTIDO ................................................ 59


TÍTULO XII DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS ............................... 60

TÍTULO I
DO PARTIDO, SEDE, OBJETIVO E FILIAÇÃO

CAPÍTULO I
DA DURAÇÃO, SEDE E FORO

Art. 1º. O Partido dos Trabalhadores (PT) é uma associação voluntária de cidadãos e cidadãs que se
propõem a lutar por democracia, pluralidade, solidariedade, transformações políticas, sociais,
institucionais, econômicas, jurídicas e culturais, destinadas a eliminar a exploração, a
dominação, a opressão, a desigualdade, a injustiça e a miséria, com o objetivo de construir o
socialismo democrático.

Art. 2º. O PT, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, tem duração por prazo
indeterminado, é organizado nos termos da legislação em vigor, tem sede central, foro e
domicílio em Brasília – Distrito Federal, exceto para as questões administrativas e financeiras,
que serão de responsabilidade da sede na capital do estado de São Paulo.
§1º: Em nível nacional, o PT é representado legalmente pelo presidente ou presidenta nacional do
Partido.
§2º: Nos estados da Federação e no Distrito Federal, em questões de interesse estadual, a
representação do PT é exercida pelos respectivos presidentes ou presidentas das instâncias
estaduais e do Distrito Federal.
§3º: Nos municípios e nas capitais, em questões de interesse local, a representação do PT é exercida
pelo presidente ou presidenta municipal do Partido.
§4º: A representação judicial ou extrajudicial independe de autorização específica, inclusive para o
ajuizamento de ações popular e civil pública ou impetração de mandado de segurança, para
defesa de direitos, da moralidade administrativa, do meio ambiente, do patrimônio público e
cultural e outros interesses difusos dos cidadãos e cidadãs, filiados ou não ao Partido.

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS E ATUAÇÃO

Art. 3º. O Partido dos Trabalhadores atuará em âmbito nacional com estrita observância deste
Estatuto e de seus Manifesto, Programa, demais documentos aprovados na Convenção Nacional
de 1981, nos Encontros Nacionais e Congressos, nos quais estão expressos seus objetivos.

CAPÍTULO III
DA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA

Art. 4º. Filiado ou filiada do Partido dos Trabalhadores é qualquer homem ou mulher a partir de 16
(dezesseis) anos que manifeste concordância com este Estatuto e com os demais documentos
básicos nacionais do Partido, que seja admitido pela Comissão Executiva do Diretório Municipal
ou pela do Diretório Zonal ou, na falta ou impedimento dessas, pela Comissão Executiva da
instância superior.

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Estatuto
PARTIDO DOS TRABALHADORES

Art. 5º. A solicitação de filiação será feita perante a instância de direção municipal ou zonal do
respectivo domicílio eleitoral, em formulários impressos conforme modelo definido pela
instância nacional ou através de sistema informatizado do Partido, nos quais deverá constar a
declaração de aceitação, pelo interessado, dos documentos partidários e da obrigação de
contribuir financeiramente.
§1º: A filiação de líderes de reconhecida expressão, detentores de cargos eletivos ou dirigentes de
outros partidos deverá ser confirmada pela Comissão Executiva Estadual e, no caso de
mandatários ou mandatárias federais, pela Comissão Executiva Nacional.
§2º: Excepcionalmente, nos casos previstos no parágrafo anterior, é facultada a filiação perante o
Diretório Estadual ou Nacional, que deverá ser aprovada pela maioria absoluta de seus
respectivos membros.

Art. 6º. O formulário da solicitação de filiação será o mesmo a ser utilizado para a emissão da Carteira
Nacional de Filiação.
§1º: Solicitada a filiação, a Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória Municipal deverá
emitir declaração ao filiando ou filianda na qual fique comprovado o seu pedido, até que ela
seja considerada aprovada.
§2º: A Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória Municipal tem a obrigação de tornar
pública a relação das solicitações das novas filiações, afixando-a na sede do Partido ou em outro
local por ela definido.
§3º: A partir da data da afixação da lista a que se refere o parágrafo anterior, inicia-se o prazo de 7
(sete) dias úteis para apresentação, por qualquer filiado ou filiada, de impugnação,
assegurando-se igual prazo para defesa.
§4º: Esgotado o prazo para contestação, a Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória
Municipal deliberará sobre o pedido de filiação no prazo de 7 (sete) dias úteis.
§5º: Não havendo impugnação, considerar-se-á deferida a filiação caso a Comissão Executiva
Municipal ou Comissão Provisória Municipal não se pronuncie no prazo do parágrafo anterior.
§6º: Havendo impugnação, a Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória Municipal deverá
deliberar sobre o pedido no prazo máximo de 7 (sete) dias úteis.
§7º: Não havendo o pronunciamento a que se refere o parágrafo anterior, a impugnação deverá ser
remetida imediatamente à Comissão Executiva da instância superior, que deverá deliberar em
igual prazo.
§8º: Da decisão que indeferir a filiação, caberá recurso sem efeito suspensivo à Comissão Executiva
Estadual, a ser interposto no prazo de 7 (sete) dias úteis, contados do recebimento da
comunicação pelo interessado.
§9º: Filiações de brasileiros e brasileiras residentes no exterior serão apresentadas através da
Secretaria Nacional de Relações Internacionais e analisadas pela Comissão Executiva Nacional.

Art. 7º. No caso de impedimento legal, o filiado ou a filiada poderá solicitar apenas a filiação interna
a ser abonada pela instância estadual correspondente, observados, nos termos da legislação em
vigor, os mesmos prazos, direitos e deveres dos demais filiados e filiadas.

Art. 8º. Para que o novo filiado ou a nova filiada tenha sua solicitação de filiação aprovada e seja
inscrita no Cadastro Nacional de Filiados e Filiadas deve, obrigatoriamente, comparecer a pelo
menos uma das reuniões que serão convocadas, no mínimo, uma em cada trimestre pelas
instâncias municipais e zonais, para a apresentação da história e concepção do Partido, dos
direitos e deveres partidários.

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Parágrafo único: As reuniões previstas neste artigo terão caráter nacional e conteúdo subsidiado
pela Escola Nacional de Formação.

Art. 9º. As instâncias municipais e zonais deverão encaminhar, obrigatoriamente, às Secretarias de


Organização e de Formação Política de âmbito estadual e nacional, o calendário de reuniões a
que se refere o artigo anterior, bem como os relatórios com o registro nominal dos
participantes.
§1º: O prazo máximo para o envio das informações solicitadas é de 30 (trinta) dias após a realização
da reunião na qual o filiado, ou a filiada, foi considerado apto, devendo, para tanto, ser utilizado,
o sistema informatizado do Partido.
§2º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior as instâncias municipais e zonais serão
consideradas fiéis depositárias de toda a documentação referente ao processo de filiação,
ficando desobrigadas de enviar cópia à direção nacional.
§3º: As instâncias que não aderirem ao sistema informatizado do Partido deverão enviar à direção
nacional, via sedex ou carta registrada, a ata da reunião na qual os novos filiados e filiadas foram
considerados aptos, os respectivos formulários de filiação e a lista de presença das reuniões a
que se refere o artigo 8º, para que seja efetuado o devido registro do nome no Cadastro
Nacional de Filiados e Filiadas.
§4º: O Cadastro Nacional de Filiados e Filiadas deverá permanecer à disposição de todos os membros
do Partido.
§5º: O não cumprimento dos prazos estipulados neste artigo e no anterior sujeita o infrator ou
infratora às medidas disciplinares previstas neste Estatuto.

Art. 10. O pedido de filiação deve ser considerado um ato individual, sendo que filiações coletivas,
apresentadas à respectiva Comissão Executiva Municipal, só podem ocorrer durante as
campanhas de filiação promovidas pelas instâncias partidárias.
Parágrafo único: Para os casos em que as Comissões Executivas Estaduais ou a Nacional
considerarem ter havido volume excessivo de novas filiações, causando prejuízos à democracia
partidária, será decretado, sob sua supervisão, o recadastramento de todos os novos filiados e
novas filiadas, observado o disposto no artigo 6º deste Estatuto.

Art. 11. Aprovada a filiação, será emitida, sob a responsabilidade do Diretório Nacional, a Carteira
Nacional de Filiação, que deverá ser, obrigatoriamente, utilizada pelo filiado ou filiada para a
participação nas atividades partidárias.
§1º: Será imediatamente cancelada a filiação partidária, além das hipóteses previstas em lei, no caso
do filiado ou da filiada que não se apresentar para o recadastramento de sua filiação partidária,
convocado de acordo com o calendário e normas aprovadas pela direção nacional.
§2º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, findo o prazo do recadastramento nacional das
filiações partidárias, o filiado, ou filiada, terá sua filiação imediatamente cancelada e seu nome
será excluído da relação de filiados e filiadas encaminhada à Justiça Eleitoral.
§3º: A comunicação ao filiado, ou filiada, atingido é obrigatória e será feita por carta com aviso de
recebimento, em até 48 horas da data da decisão do cancelamento da filiação, no endereço
constante do Cadastro Nacional de Filiados e Filiadas ou, se não houver, dos arquivos da
instância municipal, antes da exclusão de seus nomes da relação da Justiça Eleitoral.
§4º: Não sendo o filiado, ou filiada, localizado no endereço a que se refere o parágrafo anterior, será
afixado edital na sede municipal do Partido, com a devida comunicação da exclusão do nome
do filiado ou filiada dos quadros de filiados e filiadas ao PT.

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CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS E DEVERES DOS FILIADOS E DAS FILIADAS

Art. 12. A todos os filiados e filiadas ao Partido ficam assegurados idênticos direitos e deveres
partidários, estando sujeitos à disciplina partidária, devendo orientar suas atividades de acordo
com as normas estatutárias, com os princípios éticos, programáticos e diretrizes fixados pelas
instâncias de deliberação do Partido.
Parágrafo único: Os direitos e deveres previstos neste Capítulo não excluem outros decorrentes dos
demais documentos partidários aprovados pelas instâncias superiores.

Art. 13. São direitos do filiado e da filiada:


I – participar da elaboração e da aplicação da política partidária, votando nas reuniões das
instâncias de que fizer parte;
II – votar e ser votado para composição das instâncias e dos órgãos do Partido;
III – defender-se de acusações ou punições recebidas;
IV – ser denunciado somente por documento escrito e assinado;
V – ser investigado ou processado em Comissão de Ética em sigilo até decisão das instâncias
partidárias;
VI – ter o mais amplo direito de defesa nos processos de apuração de infração aos deveres
partidários, tendo presença assegurada em qualquer instância que esteja analisando sua
conduta política;
VII – dirigir-se diretamente e por escrito a qualquer instância do Partido para:
a) apresentar seu ponto de vista em relação a qualquer assunto;
b) denunciar irregularidades;
c) solicitar reparação de dano quando sofrer denúncia infundada;
d) recorrer das decisões perante as respectivas instâncias superiores de deliberação.
VIII – organizar-se em tendências internas para defender determinadas posições políticas, nos
termos deste Estatuto, ou tomar a iniciativa de reunir-se com outros membros do Partido;
IX – exigir das respectivas instâncias partidárias a convocação de plebiscitos, referendos ou
consultas às bases, observadas as normas previstas neste Estatuto;
X – exigir das instâncias partidárias orientação, formação e informação política;
XI – ser informado das resoluções, publicações e dos demais documentos partidários;
XII – manifestar-se internamente sobre decisões partidárias já adotadas;
XIII – manifestar-se publicamente sobre as questões doutrinárias e políticas;
XIV – ser tratado de forma respeitosa, sem distinção do grau de disponibilidade militante;
XV – excepcionalmente, ser dispensado do cumprimento de decisão coletiva, diante de graves
objeções de natureza ética, filosófica ou religiosa, ou de foro íntimo, por decisão da Comissão
Executiva do Diretório correspondente, ou, no caso de parlamentar, por decisão conjunta com
a respectiva bancada, precedida de debate amplo e público;
XVI – aderir, a qualquer momento, a um dos setoriais partidários, nos termos deste Estatuto.

Art. 14. São deveres do filiado ou da filiada:


I – participar das atividades do Partido, difundir as ideias e propostas partidárias;
II – combater todas as manifestações de discriminação em relação à etnia, aos portadores e às
portadoras de deficiência física, aos idosos e às idosas, assim como qualquer outra forma de
discriminação social, de gênero, de orientação sexual, de cor ou raça, idade ou religião;

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III – manter conduta compatível com os princípios éticos do Partido;


IV – acatar e cumprir as decisões partidárias;
V – contribuir financeiramente nos termos deste Estatuto e participar das campanhas de
arrecadação de fundos do Partido;
VI – votar nos candidatos e nas candidatas indicados e participar das campanhas aprovadas nas
instâncias partidárias;
VII – comparecer, quando convocado, para elucidar fatos em procedimentos disciplinares;
VIII – emitir voto sobre questões submetidas à consulta partidária pelas instâncias de direção;
IX – renunciar ao mandato eletivo no caso de desligamento do Partido.
§1º: O filiado, ou a filiada, investido em cargo de confiança na administração pública, direta ou
indireta, deverá exercê-lo com probidade, fidelidade aos princípios programáticos e à
orientação do Partido.
§2º: O disposto no parágrafo anterior também se aplica ao filiado, ou à filiada, detentor de mandato
eletivo.
§3º: Filiados e filiadas a que se referem os parágrafos deste artigo, quando convocados pelo Diretório
a que pertençam ou pelas instâncias superiores do Partido, deverão prestar contas de suas
atividades.
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO DO PARTIDO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE FUNCIONAMENTO INTERNO

Art. 15. A unidade do Partido será garantida, sob o aspecto de seu funcionamento, pelos princípios,
normas e procedimentos estabelecidos neste Estatuto.

Art. 16. São instâncias e órgãos do Partido:


A) Instâncias:
I – o Congresso Nacional, os Encontros Nacional, Estaduais, Municipais e Zonais;
II – o Diretório Nacional, os Diretórios Estaduais, Municipais, Zonais, e suas respectivas
Comissões Executivas;
III – os Núcleos de Base;
IV – os Setoriais.
B) Órgãos:
I – as Coordenações de Regiões Nacionais, as Macros e Microrregiões estaduais;
II – as Bancadas Municipais, Estaduais, Distrital e Federal;
III – a Comissão de Ética, o Conselho Fiscal, a Ouvidoria, o Conselho de Assuntos Disciplinares, a
Fundação Perseu Abramo e a Escola Nacional de Formação.

Art. 17. As instâncias e quaisquer organismos territoriais de nível zonal subordinam-se às instâncias
de nível municipal, as quais estão subordinadas às de nível estadual, que, por sua vez, se
subordinam às instâncias e aos organismos nacionais.
§1º: Salvo outras disposições estatutárias, as instâncias, quando convocadas de acordo com as
normas previstas neste Estatuto, instalam-se com, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) mais
um de seus membros e as deliberações serão aprovadas por maioria simples dos presentes.

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§2º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, os membros das instâncias partidárias devem
estar quites com as respectivas contribuições financeiras.

Art. 18. Os organismos superiores poderão intervir nos organismos inferiores, obedecida a hierarquia
partidária prevista no artigo anterior e nas demais normas contidas neste Estatuto.

Art. 19. Por meio da eleição direta das direções e, principalmente, através dos Encontros que
deliberam sobre o programa, a estratégia, a tática, a política de alianças e as linhas da
construção partidária, os filiados e as filiadas definem a política do Partido.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO E DA ESCOLHA DAS INSTÂNCIAS PARTIDÁRIAS

Seção I – Normas gerais para eleição das direções, dos delegados e delegadas, dos
conselhos fiscais e das Comissões de Ética

Art. 20. Para a constituição de Diretórios devem ser cumpridas as seguintes exigências:
I – os Diretórios Municipais e Zonais somente poderão ser constituídos quando o Partido tiver,
no município ou na zona, o número mínimo de filiações fixado de acordo com o disposto no
artigo 60 deste Estatuto;
II – nas capitais dos estados com mais de 500.000 (quinhentos mil) eleitores e em municípios
com mais de um milhão de eleitores, os Diretórios Municipais correspondentes somente
poderão ser constituídos quando o Partido possuir o número mínimo de 3 (três) Zonais
organizados, observado o disposto nos artigos 60, e 97 letra “d”, deste Estatuto;
III – o Diretório Estadual somente poderá ser constituído quando o Partido no estado possuir
Diretórios Municipais em, no mínimo, 10% (dez por cento) dos respectivos municípios,
observado o número mínimo de 5 (cinco) Diretórios Municipais organizados.

Art. 21. O mandato dos membros efetivos e suplentes das direções partidárias, dos Conselhos Fiscais
e das Comissões de Ética é de 4 (quatro) anos.
Parágrafo único: A antecipação ou a prorrogação dos mandatos a que se refere este artigo só poderá
ser autorizada por deliberação de, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos membros do
Diretório Nacional.

Art. 22. Para a eleição dos delegados, das delegadas e das direções em todos os níveis deverão ser
cumpridas as seguintes exigências:
I – os princípios de eleição e direção colegiada serão estritamente observados na escolha de
delegações e composições de suas instâncias e de seus organismos partidários;
II – o princípio da proporcionalidade será estritamente observado na composição final de
delegações, instâncias e organismos, em todas as eleições em que houver disputa de chapas,
garantindo-se, à chapa que obtiver maioria absoluta dos votos válidos, o preenchimento da
maioria absoluta das vagas;
III – a eleição do presidente ou da presidenta das instâncias zonais, municipais, estaduais e
nacional será realizada em votação separada;
IV – as direções partidárias, delegações e cargos com função específica de secretarias deverão
ter paridade de gênero (50% de mulheres e 50% de homens).

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V – na composição final das instâncias de direção, 20% (vinte por cento) de seus membros
deverão ter menos de 30 (trinta) anos de idade, e deverá, ainda, ser cumprido critério étnico
racial a ser definido pelo Diretório Nacional, observada a composição populacional de filiados e
filiadas ao Partido e tomando como referência a participação mínima de 20% (vinte por cento)
nas direções partidárias;
VI – será assegurado o registro de chapas incompletas, desde que sejam inscritos, no mínimo,
30% (trinta por cento) de nomes no caso da direção nacional e de órgãos e delegações nacionais,
e 50% (cinquenta por cento) quando se tratar das chapas em nível estadual, municipal ou zonal,
cujos percentuais serão calculados sobre o número total das vagas em disputa;
VII – as chapas para a direção nacional deverão ter, em sua composição, filiados e filiadas em,
no mínimo, nove Estados da Federação;
VIII – só serão considerados válidos os votos dados às chapas;
IX – as chapas deverão garantir, no preenchimento das vagas que lhes forem atribuídas, o
percentual mínimo a que se referem os incisos IV e V deste artigo;
X – o preenchimento das vagas para as direções, órgãos e delegações observará estritamente a
ordem dos nomes apresentados pelas chapas, não sendo admitida qualquer modificação
posterior à realização do Processo de Eleições Diretas (PED);
XI – os componentes da chapa não eleitos serão considerados suplentes, cuja convocação para
eventual substituição temporária, ou definitiva em caso de vacância, observará a ordem referida
no inciso anterior.
XII – na composição das direções, buscar-se-á o equilíbrio, levando-se em conta a participação
dos militantes junto aos movimentos sociais, intelectuais, membros do Poder Executivo e
parlamentares filiados e filiadas ao Partido.

Seção II – Inscrição de chapas e de nomes e prazos de filiação

Art. 23. Qualquer filiado ou filiada poderá inscrever-se para o cargo de presidente de qualquer das
instâncias de direção ou, em chapas, para delegado aos Encontros Municipais e Zonais, ou para
membro das direções partidárias, dos Conselhos Fiscais, e das Comissões de Ética, desde que
cumprido o disposto no § 3º do artigo 182.
§1º: É permitido ao filiado ou à filiada inscrever-se simultaneamente em diferentes chapas, desde
que em diferentes níveis.
§2º: A inscrição das chapas e dos nomes para o cargo de presidente deverá ser feita perante a
Comissão Executiva do órgão de direção correspondente, observando-se os seguintes prazos:
a) até 120 (cento e vinte) dias antes do pleito em nível nacional;
b) até 90 (noventa) dias antes do pleito em nível estadual;
c) até 60 (sessenta) dias antes do pleito em nível municipal.
§3º: Até 10 (dez) dias antes do término do prazo a que se refere o parágrafo anterior, os
representantes das chapas, ou seus integrantes, poderão solicitar a substituição dos nomes
inscritos.
§4º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, se o número de nomes inscritos de determinada
chapa for inferior ao número de lugares que lhe foram atribuídos no Processo de Eleições
Diretas (PED), as vagas excedentes deverão ser redistribuídas entre as demais chapas,
obedecido o princípio da proporcionalidade, na forma deste Estatuto.
§5º: As chapas às direções, em cada nível, deverão indicar, obrigatoriamente, os nomes para o
Conselho Fiscal e a Comissão de Ética correspondentes, compostos, cada um, por 6 (seis) filiados
ou filiadas que não poderão integrar o Diretório.

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Art. 24. Para a entrega de teses das chapas de delegados e delegadas deverão ser observados os
mesmos prazos previstos no § 2º do artigo anterior.
Parágrafo único: O texto-base a ser submetido à discussão nos Encontros Municipais será aquele
correspondente à chapa de delegados e delegadas que obtiver maior número de votos na
eleição direta.

Art. 25. Até 10 (dez) dias após o término do prazo de substituição estabelecido no artigo 23, § 3º,
qualquer filiado, ou filiada, apto a votar poderá apresentar por escrito, perante a Comissão
Executiva ou a Comissão Provisória do Diretório correspondente, impugnação ou contestação
das chapas ou nomes inscritos, que deverá estar motivada e acompanhada das provas em que
se fundar.
Parágrafo único: Qualquer impugnação ou contestação apresentada após o prazo previsto neste
artigo deverá ser considerada intempestiva.

Art. 26. É de 1 (um) ano o prazo mínimo de filiação partidária para votar ou ser votado no Processo
de Eleição Direta (PED) das direções partidárias, na escolha de delegados e delegadas, nos
Encontros.
§1º: O prazo de filiação previsto no “caput” não se aplica aos filiados e às filiadas em municípios que
estejam em processo inicial de organização do Partido e constituição de Comissão Provisória,
exigindo-se, nesse caso, o prazo mínimo de 180 dias de filiação partidária.
§2º: Filiados e filiadas no prazo previsto no parágrafo anterior só poderão votar na eleição das
respectivas direções e delegações municipais.
§3º: Para efeito deste artigo será considerado apto a votar e ser votado no PED, o filiado ou a filiada:
a) que tiver participado em pelo menos uma atividade partidária antes dos prazos previstos no artigo
23, § 2º deste Estatuto;
b) que estiver em dia com sua contribuição financeira, na forma deste Estatuto; e
c) que tenha apresentado justificativa sobre o não comparecimento no último PED, ou que tenha
cumprido o disposto no item “a” deste artigo;
§4º: A justificativa a que se refere a letra “c” do parágrafo anterior deverá ser apresentada perante
a respectiva instância municipal ou zonal até um ano após a data da realização do PED, através
de documento assinado pelo filiado ou filiada, ou pela internet com senha pessoal através de
sistema informatizado do Partido.
§5º: As instâncias municipais e zonais, através do sistema informatizado do Partido, deverão registrar
as justificativas de ausência e a lista dos filiados e filiadas presentes nas atividades partidárias a
que se refere a letra “a” do § 3º deste artigo.
§6º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, as instâncias municipais e zonais serão
consideradas fiéis depositárias de toda a documentação, ficando desobrigadas do envio de cópia
à direção nacional.
§7º: As instâncias municipais e zonais que não aderirem ao sistema informatizado do Partido deverão
enviar à direção nacional, via sedex ou carta registrada, a documentação a que se refere o § 5º
deste artigo.

Art. 27. A contribuição financeira a que se refere a letra “b” do artigo anterior será:
a) individual, a ser quitada até 90 (noventa) dias antes da realização do PED, observado o disposto
no artigo 183 deste Estatuto;
b) coletiva, conforme deliberação da instância municipal, que deverá, para tanto, convocar
atividades específicas entre filiados e filiadas para arrecadação de fundos e quitação das
contribuições financeiras, vedada a utilização de financiamento externo ao Partido.

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§1º: A contribuição coletiva deverá ser quitada até 60 (sessenta) dias antes da realização do PED,
obedecidos os parâmetros fornecidos pela instância nacional .
§2º: O valor da contribuição coletiva a que se refere esse artigo deverá ser calculado sobre o número
total de filiações, com base na Taxa de Referência a que se refere o artigo 183, a ser aplicada de
acordo com o número de filiados e filiadas existentes no município, excluindo-se do total a ser
quitado o número de contribuintes individuais que já efetuaram suas contribuições, e
repassando, do total arrecadado, 10% (dez por cento) à instância estadual correspondente e 5%
(cinco por cento) ao Diretório Nacional.

Art. 28. As listas de filiados e filiadas aptos a votar (1) na eleição das direções, (2) na escolha dos
delegados e das delegadas, (3) nos Encontros ou Prévias, serão elaboradas pela instância
nacional a partir do Cadastro Nacional de Filiados e Filiadas.

Art. 29. Filiados e filiadas, no dia da eleição direta, deverão apresentar documento oficial com foto
ou a respectiva Carteira Nacional de Filiação e assinar lista de presença.

Art. 30. Filiado ou filiada registrado em Diretório Zonal que deseja votar e ser votado em Zonal
diverso, desde que dentro do mesmo município, deverá solicitar ao Diretório de origem a
transferência de sua filiação até 120 (cento e vinte) dias antes da realização da eleição direta ou
do Encontro, mediante pedido por escrito com protocolo.
Parágrafo único: O Diretório de origem fornecerá o documento de transferência interna solicitado
pelo filiado ou filiada, e, simultaneamente, efetuará a retirada do seu nome da respectiva
relação de filiados e filiadas, comunicando a transferência à instância imediatamente superior
até 30 (trinta) dias após o recebimento do pedido.

Seção III – Composição das Comissões Executivas, suplências e substituições

Art. 31. A Comissão Executiva será eleita pelos membros efetivos do respectivo Diretório.
§1º: As Comissões Executivas, em qualquer nível, serão compostas de até um 1/3 (um terço) de
membros efetivos do Diretório correspondente.
§2º: Nenhum filiado, ou filiada, poderá participar simultaneamente de duas Comissões Executivas.
§3º: As funções das secretarias serão regulamentadas pelo Diretório Nacional.
§4º: As vagas que ocorrerem nas Comissões Executivas serão preenchidas por eleição do respectivo
Diretório entre os seus membros efetivos.
§5º: Deverá ser obedecido o disposto nos incisos II e IV do artigo 22 na composição total do número
de membros da Comissão Executiva, sendo atribuição do Diretório correspondente a definição
e a eleição de seus cargos, observando-se, no caso da representação de gênero, as mesmas
exigências nas comissões e cargos com função específica de Secretarias.

Art. 32. Serão inelegíveis para cargos em Comissões Executivas, em qualquer nível, filiados e filiadas
que tenham sido membros de uma mesma Comissão Executiva por mais de 3 (três) mandatos
consecutivos ou dois mandatos consecutivos no mesmo cargo.

Art. 33. Filiados e filiadas ocupantes de cargos ou funções no Poder Executivo estão impedidos de
participar das Comissões Executivas no mesmo nível.
Parágrafo único: O disposto neste artigo aplica-se somente aos municípios com mais de 50
(cinquenta) mil eleitores; naqueles abaixo desse número, o impedimento fica restrito ao

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prefeito, ou à prefeita, exclusivamente para o cargo de presidente da instância municipal de


direção.

Art. 34. No caso de licença de até 180 dias do presidente, ou da presidenta, assumirá imediatamente
a função o respectivo vice-presidente ou vice-presidenta.
Parágrafo único: Tratando-se de licença superior ao período previsto no caput desse artigo, deverá
o respectivo Diretório, entre seus membros, eleger um presidente, ou presidenta, interino.

Art. 35. Em caso de vacância, em qualquer instância partidária, do cargo de presidente por
cancelamento da filiação, renúncia ou morte, assumirá o cargo o respectivo vice-presidente ou
vice-presidenta, até a escolha do substituto a ser feita por maioria absoluta de votos dos
membros do Diretório correspondente, em reunião a ser realizada no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, contados do fato que deu origem à vaga.
Parágrafo único: O substituto, ou a substituta, deverá ser escolhido entre os membros efetivos e
cumprirá o tempo de mandato restante.

Seção IV – Processo de Eleições Diretas (PED)

Art. 36. As direções zonais, municipais, estaduais, nacional e seus respectivos presidentes ou
presidentas, os Conselhos Fiscais, as Comissões de Ética e os delegados e delegadas aos
Encontros Municipais e Zonais serão eleitos pelo voto direto dos filiados e das filiadas.
§1º: Os municípios organizados em Comissão Provisória só realizam PED para a votação da direção
da instância municipal correspondente.
§2º: As eleições serão realizadas, por voto secreto, em todo o país, em um único e mesmo dia, das 9
às 17 horas, de acordo com calendário eleitoral aprovado pelo Diretório Nacional.
§3º: O processo eleitoral será conduzido, em todos os níveis, por uma comissão de organização
eleitoral.
§4º: O Processo de Eleições Diretas (PED) somente poderá ser convocado se a instância em âmbito
municipal correspondente estiver em dia com suas contribuições junto às respectivas instâncias
superiores.
§5º: A quitação a que se refere o parágrafo anterior deverá ser efetuada até 60 (sessenta) dias antes
do PED;
§6º: Não cumprido o disposto no parágrafo anterior, não haverá eleição para a respectiva direção
municipal e o PED será convocado, sob a coordenação da instância superior, apenas para a eleição
das direções das instâncias superiores.

Art. 37. As urnas deverão ser instaladas em locais conhecidos, previamente designados e de fácil
acesso, em quantidade suficiente para garantir a proximidade do domicílio do filiado e da filiada
e o exercício do voto.
§1º: Não será permitida a existência de urnas volantes.
§2º: Os locais de votação devem ser indicados e amplamente divulgados pela comissão eleitoral a
que se refere o artigo anterior, até 30 (trinta) dias antes do pleito.
§3º: O filiado, ou a filiada, deverá votar no local designado por seu respectivo Diretório Zonal ou
Municipal.
§4º: O impedimento ao exercício do voto é considerado falta grave.

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Art. 38. Antes da realização das eleições diretas, obrigatoriamente, deverão ser realizadas plenárias
ou debates para a discussão da pauta, com ampla divulgação a todos os filiados e filiadas,
observadas as seguintes normas:
a) na eleição da direção nacional será obrigatória a realização de debates entre os concorrentes
em todas as capitais do país;
b) na eleição das direções estaduais será obrigatória a realização de debates em todas as
cidades-polo;
c) na eleição das direções municipais será obrigatória a realização de debates em todos os
zonais, quando se tratar de Diretórios com zonais, e nos principais bairros, quando se tratar de
Diretórios sem zonais.

Art. 39. No Processo de Eleições Diretas (PED), as instâncias partidárias correspondentes


constituirão, com recursos partidários, um fundo eleitoral de campanha a ser distribuído
igualmente entre as chapas concorrentes.
§1º: As chapas concorrentes realizarão suas respectivas campanhas com os recursos a que se refere
o caput deste artigo, permitida, ainda, a arrecadação de fundos entre filiados e filiadas, sendo
proibido qualquer tipo de financiamento externo ao Partido.
§2º: Serão assegurados às chapas concorrentes, em igualdade de condições, acesso ao conjunto dos
filiados e filiadas, espaço nas sedes e na imprensa partidária.
§3º: As instâncias partidárias correspondentes deverão produzir, no mínimo, uma publicação de
apresentação das teses e chapas concorrentes, a ser enviada a todos os filiados e filiadas,
podendo ainda viabilizar debates públicos entre as chapas nos meios de comunicação de massa.

Art. 40. Havendo, em determinado nível, mais de dois candidatos a presidente ou presidenta, e se
nenhum deles atingir mais de 50% (cinquenta por cento) dos votos válidos, haverá segundo
turno, obedecida a data indicada pelo calendário nacional.
§1º: Não haverá segundo turno no caso de desistência do primeiro ou do segundo colocado, devendo
ser declarado eleito o candidato ou candidata remanescente.
§2º: Será realizado segundo turno quando houver empate:
a) entre os dois únicos candidatos; ou,
b) entre o segundo e o terceiro colocados, a ser realizado com os três primeiros colocados.
§3º: Participam do segundo turno todos os filiados e filiadas aptos para o primeiro turno, inclusive
aqueles que não compareceram à votação. Tratando-se de segundo turno em nível nacional,
estadual ou municipal com zonal, participam, inclusive, filiados e filiadas aptos dos Municípios
ou Zonais que não atingiram o quorum no primeiro turno.
§4º: Não há quorum de validade para o segundo turno, sendo eleito o candidato, ou a candidata,
que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos.
§5º: Havendo empate no segundo turno, serão somados os votos dados aos candidatos, ou às
candidatas, no primeiro e no segundo turno, considerando-se eleito quem obtiver maior
votação.
§6º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, persistindo o empate será considerado eleito o
candidato, ou a candidata, com maior tempo de filiação ao Partido.

Art. 41. O quórum para validade do Processo de Eleições Diretas (PED) é de 25% (vinte e cinco por
cento) do total de filiados e filiadas votantes no último PED.
§1º: Não tendo sido atingido o quorum previsto neste artigo, a apuração será efetuada somente para
as eleições das instâncias superiores.

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§2º: Para efeito do disposto no caput desse artigo, no município ou zona deverá ser designada uma
Comissão Provisória Municipal ou Zonal, observadas as normas previstas neste Estatuto.
§3º: Para constituição do Diretório Municipal ou Zonal, deverão ser observados o calendário e as
normas, a serem aprovados pelo Diretório Nacional, sobre a realização do Processo de Eleições
Diretas Extraordinário (PEDEX), observado o disposto no artigo 58, § 2º.

Art. 42. Somente serão consideradas eleitas as instâncias de direção, quando:


I- nos municípios com Zonais, for atingido o quorum previsto no artigo 41 em, pelo menos, 50%
(cinquenta por cento) dos Zonais aptos ao PED naquele município;
II- em nível estadual, for atingido o quorum previsto no artigo 41 e no inciso I deste artigo em, pelo
menos, 50% (cinquenta por cento) dos municípios aptos ao PED naquele Estado;
III- em nível nacional, for atingido o quorum previsto no inciso II deste artigo em, pelo menos, 50%
(cinquenta por cento) dos Estados aptos ao PED.

CAPÍTULO III
DOS ENCONTROS ZONAL, MUNICIPAL, ESTADUAL E NACIONAL

Seção I – Normas gerais

Art. 43. Os Encontros Ordinários, em todos os níveis, serão obrigatórios e realizados a cada dois anos,
de acordo com o calendário e a pauta geral estabelecidos pelo Diretório Nacional.
Parágrafo único: No Encontro, 2/3 (dois terços) dos delegados ou delegadas eleitos poderão
convocar novo processo de eleição direta (PED) para a renovação da respectiva instância, ou
para a renovação das instâncias setoriais.

Art. 44. A direção responsável pela realização do Encontro deverá assegurar a existência de creche.

Art. 45. Somente participam dos Encontros, em qualquer nível, os delegados e as delegadas que
estiverem em dia com suas respectivas contribuições financeiras, de acordo com a normas deste
Estatuto.
Parágrafo único: Nos Encontros Estaduais e Nacional somente serão credenciados os delegados ou
delegadas dos municípios ou estados cujas instâncias correspondentes estejam em dia com suas
contribuições junto às instâncias superiores.

Art. 46. No Distrito Federal, os Diretórios e Encontros Zonais são considerados Municipais.

Art. 47. A proporção para a eleição de delegados e delegadas aos Encontros será definida pelo
Diretório Nacional, garantida igual representatividade na escolha dos delegados e delegadas em
todo o país.

Art. 48. Os delegados e as delegadas no dia do Encontro deverão apresentar documento oficial com
foto a e assinar lista de presença.

Art. 49. O quórum para a instalação e validade dos Encontros de delegados e delegadas é de 50%
(cinquenta por cento) mais um dos delegados ou delegadas eleitos.
Parágrafo único: Para a verificação do quórum de que trata esse artigo será utilizada a lista de
credenciamento.

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Art. 50. Os Encontros Municipais podem ser realizados em até dois dias, de acordo com a
necessidade de discussão da pauta ou a tradição de cada município.
§1º: Nos Diretórios com número de filiados ou filiadas inferior à faixa limite estabelecida, a cada PED,
pela direção nacional, não haverá eleição de delegados ou delegadas e todos os seus filiados e
filiadas serão considerados aptos a participar.
§2º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o quorum para validade do Encontro será de 25%
(vinte e cinco por cento) dos filiados ou filiadas aptos a votar.

Art. 51. O suplente participa do Encontro somente se apresentar documento do delegado, ou


delegada, efetivo comprovando seu impedimento, podendo neste caso ser credenciado durante
o período regular de credenciamento.
§1º: O suplente só poderá assumir na ausência do delegado, ou delegada, efetivo da mesma chapa
a que foi eleito, ou eleita.
§2º: Os suplentes deverão ser credenciados na primeira hora após o término do horário previsto
para credenciamento, sendo proibido, nesse mesmo período, o credenciamento de delegados
ou delegadas efetivos.

Art. 52. Durante a realização dos Encontros de Delegados e Delegadas será assegurada a
possibilidade de fusão das chapas inscritas, desde que efetivada, necessariamente, antes do
processo de defesa de chapas.

Seção II – Observadores dos Encontros

Art. 53. São observadores do Encontro Municipal com direito a voz e sem direito de voto:
a) os membros do respectivo Diretório Municipal;
b) os membros dos Diretórios Estadual e Nacional;
c) prefeito ou prefeita, vice-prefeito ou vice-prefeita, do Partido no município;
d) vereadores e vereadoras do Partido no município.

Art. 54. São observadores do Encontro Estadual com direito a voz e sem direito de voto:
a) os membros do Diretório Estadual;
b) os membros do Diretório Nacional;
c) deputados e deputadas, prefeitos e prefeitas, vice-prefeitos e vice-prefeitas, governador e
governadora, vice-governador ou vice-governadora, filiados ao Partido no respectivo estado;
d) um filiado, ou uma filiada, de cada município que não tenha atingido o quórum de validade
do respectivo Encontro, escolhido entre seus participantes;
e) um filiado, ou uma filiada, do Partido escolhido em cada Encontro Setorial Estadual.

Art. 55. São observadores do Encontro Nacional com direito a voz e sem direito de voto:
a) os membros do Diretório Nacional;
b) deputados e deputadas federais, senadores e senadoras, prefeitos e prefeitas, vice-prefeitos
e vice-prefeitas, governadores e governadoras, e vice-governadores e vice-governadoras,
filiados ao Partido;
c) um filiado, ou uma filiada, do Partido de cada estado que não tenha atingido quórum de
validade do respectivo Encontro, escolhido entre seus participantes;

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d) um filiado, ou uma filiada, do Partido escolhido em cada Encontro Setorial Nacional.

CAPÍTULO IV
DAS COMISSÕES PROVISÓRIAS

Art. 56. Nos estados, municípios ou zonas onde não existam Diretórios organizados ou que forem
dissolvidos nos termos deste Estatuto, serão nomeadas Comissões Provisórias pelas Comissões
Executivas das instâncias imediatamente superiores e anotadas perante a Justiça Eleitoral.
§1º: §1º: As Comissões Provisórias Estaduais serão designadas pela Comissão Executiva Nacional e
serão formadas por 8 (oito) membros, eleitores do estado e filiados ou filiadas ao Partido.
§2º: As Comissões Provisórias Municipais serão designadas pela Comissão Executiva Estadual do
respectivo estado e serão formadas por 6 (seis) membros eleitores do município e filiados ou
filiadas ao Partido.
§3º: As Comissões Provisórias Zonais serão designadas pela Comissão Executiva do Diretório
Municipal correspondente e serão formadas por 6 (seis) membros eleitores no município e
filiados ou filiadas ao Partido.
§4º: Para o cumprimento do disposto no parágrafo anterior, não estando organizada a instância
partidária responsável pela designação, a Comissão Provisória poderá ser nomeada pela
Comissão Executiva da instância imediatamente superior.

Art. 57. A Comissão Provisória, com a competência de Comissão Executiva local, terá as atribuições
de organizar e dirigir o Partido até a eleição da respectiva instância de direção.

Art. 58. No ato de nomeação da Comissão Provisória, a Comissão Executiva a que se refere o artigo
56 deverá fixar um prazo máximo para a constituição do Diretório correspondente e designar,
entre os membros indicados, no mínimo, um presidente ou presidenta, um secretário ou
secretária e um tesoureiro ou tesoureira.
§1º: A Comissão Provisória terá validade até eventual destituição pela Comissão Executiva que a
nomeou, ou será válida até a data estipulada no caput deste artigo, hipótese em que deverá ser
nomeada outra Comissão Provisória para organização do Partido e constituição do respectivo
Diretório.
§2º: Se o Diretório for constituído fora do calendário nacional de eleição das direções, através de
Processo de Eleições Diretas Extraordinário (PEDEX), o término do respectivo mandato
coincidirá com o mandato dos eleitos e eleitas no Processo de Eleições Diretas (PED).

Art. 59. O PEDEX a que se refere o parágrafo anterior será convocado a cada dois anos, e será
obrigatório para a eleição das direções nos municípios que não convocaram o PED, como
também servirá para eleger novas direções nos municípios que já não mais tiverem o número
mínimo de membros para sua validação.
Parágrafo único: Não constituída a direção municipal após a realização do PEDEX, será nomeada
nova Comissão Provisória Municipal sem a inclusão, dentre os seus membros, dos dirigentes
anteriores.

Art. 60. A instância nacional poderá estabelecer, por meio de resolução, o número mínimo de
filiações para a constituição dos Diretórios Municipais ou Zonais, ouvidas as instâncias estaduais,

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PARTIDO DOS TRABALHADORES

adotando como base a relação do eleitorado do ano imediatamente anterior à realização dos
Encontros Ordinários.

TÍTULO III
DAS COMPETÊNCIAS DAS INSTÂNCIAS PARTIDÁRIAS NOS NÍVEIS NACIONAL, ESTADUAL E
MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DOS NÚCLEOS DE BASE

Art. 61. São considerados Núcleos quaisquer agrupamentos de pelo menos 9 (nove) filiados ou
filiadas ao Partido, organizados por local de moradia, trabalho, movimento social, categoria
profissional, local de estudo, temas, áreas de interesse, atividades afins, tais como grupos
temáticos, clubes de discussão, círculos de estudo, coletivos nas redes sociais da internet e
outros.
§1º: Os Núcleos, abertos inclusive à participação de pessoas não filiadas ao Partido, com direito a
voz, são instrumentos fundamentais da organização partidária e da atuação do PT nas
comunidades e nos setores, e de integração com os movimentos sociais.
§2º: Os Núcleos podem ser organizados em âmbito municipal ou setorial.
§3º: Os Núcleos setoriais zonais e municipais se articularão com as instâncias de direção
correspondentes, e com os respectivos setoriais municipais, estaduais e nacionais.

Art. 62. Filiados e filiadas residentes no exterior poderão organizar Núcleos, que ficarão vinculados
ao Diretório Nacional por meio da Secretaria Nacional de Relações Internacionais.
§1º: Para ser considerado apto a votar, o filiado ou filiada, deverá ter vinculação mínima de 180 dias
ao núcleo correspondente.
§2º: Os Núcleos de Base no Exterior realizarão periodicamente o Encontro de Petistas no Exterior
(EPTEX), a ser regulamentado pela instância nacional de direção.

Art. 63. As funções dos Núcleos de Base são as seguintes:


a) organizar a ação política dos filiados e das filiadas, segundo a orientação das instâncias de
deliberação e direção partidárias, estreitando a ligação do Partido com os movimentos sociais;
b) emitir opinião sobre as questões municipais, estaduais e nacionais que sejam submetidas a
seu exame pelos respectivos órgãos de direção partidária;
c) aprofundar e garantir a democracia interna do Partido dos Trabalhadores;
d) promover a formação política dos militantes, filiados e filiadas;
e) sugerir aos órgãos de direção partidária consulta aos demais Núcleos de Base sobre as
questões locais, estaduais ou nacionais de interesse do Partido;
f) convocar o Diretório Municipal correspondente, nos termos deste Estatuto.

Art. 64. O Núcleo de Base terá uma Coordenação, com, no mínimo, um secretário ou secretária e um
coordenador ou coordenadora, podendo criar comissões para áreas específicas de atividades.
§1º: Caberá à Coordenação do Núcleo de Base:
a) informar e atualizar todos os filiados e filiadas sobre políticas, propostas, publicações,
materiais e demais iniciativas do Partido;
b) viabilizar periodicamente atividades abertas à população.

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§2º: No caso de Núcleos de Base no Exterior, serão eleitas coordenações regionais, cujo
funcionamento será regulamentado pela instância nacional de direção.

CAPÍTULO II
DAS FORMAS DE CONSULTA

Art. 65. São formas de consulta:


I – Plebiscitos;
II – Referendos;
III – Prévias Eleitorais;
IV – Consultas;
V – Proposta de Resolução de Iniciativa de Filiados e Filiadas (PRIF);

Art. 66. Plebiscitos, Referendos, Prévias Eleitorais e Consultas constituem formas de consulta a todos
os filiados e filiadas e devem garantir igualdade de condições para as várias propostas ou
candidaturas em debate, incluindo, no mínimo, a obrigatoriedade de discussão com a base, o
acesso aos filiados e filiadas, a publicação de materiais e uma infraestrutura material básica.
§1º: Sem prejuízo de outras disposições previstas neste Estatuto, deverão ser realizados Plebiscitos,
Referendos ou Consultas quando houver a manifestação subscrita de, no mínimo:
a) 20% (vinte por cento) do número de filiados e de filiadas votantes no último PED no município,
em questões municipais;
b) 20% (vinte por cento) do número de filiados e de filiadas votantes no último PED no Estado,
distribuídos em pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos municípios com Diretórios
Municipais organizados, em questões estaduais;
c) 20% (vinte por cento), do número de filiados e de filiadas votantes no último PED no país,
distribuídos em pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos estados com Diretórios Estaduais
organizados, em questões nacionais.
§2º: Plebiscito é uma forma de consulta a todos os filiados e filiadas num determinado nível, para
definir a posição partidária sobre questão relevante e seu resultado terá sempre caráter
deliberativo, desde que atingido o quórum.
§3º: Referendo é uma forma de consulta a todos os filiados e filiadas num determinado nível, para
reavaliação ou reafirmação de posição partidária previamente definida e seu resultado terá
sempre caráter deliberativo, desde que atingido o quórum.
§4º: Prévia Eleitoral é uma forma específica de plebiscito, obrigatória e deliberativa, num
determinado nível, para a definição de candidatos ou candidatas a cargos majoritários e seu
resultado terá sempre caráter deliberativo, desde que atingido o quórum.
§5º: Os resultados dos plebiscitos, dos referendos ou das prévias eleitorais, no nível correspondente,
terão caráter decisório somente quando for atingido o quórum de 25% (vinte e cinco por cento)
do número de votantes do último PED.
§6º: Consultas, num determinado nível, poderão ser realizadas a todos os filiados e filiadas para a
tomada de decisão partidária sobre questão relevante sem caráter decisório.
§7º: A Proposta de Resolução de Iniciativa de Filiados e Filiadas (PRIF) poderá ser apresentada à
instância de direção correspondente para discussão e homologação, desde que esteja
devidamente subscrita por 10% (dez por cento) de votantes no último PED.

CAPÍTULO III

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DAS BANCADAS PARLAMENTARES

Art. 67. As Bancadas Parlamentares estão subordinadas às deliberações das instâncias partidárias de
direção.
§1º: As Bancadas são consideradas órgãos do Partido que definem a ação parlamentar de acordo
com as Resoluções adotadas pela instância de direção correspondente e pelas demais instâncias
superiores do Partido.
§2º: É dever das Bancadas Parlamentares, apoiadas pela assessoria parlamentar dos gabinetes e da
liderança, cooperar com o Partido para a elaboração das políticas públicas, dos bancos de dados,
dos projetos institucionais e das propostas temáticas.

Art. 68. A escolha de líder e vice-líderes das Bancadas será feita periodicamente, com posterior
comunicação dos nomes escolhidos à Comissão Executiva do Diretório correspondente.
Parágrafo único: Por acordo entre cada parlamentar, a respectiva Bancada e a Comissão Executiva
do Diretório correspondente, poderá haver rodízio entre titulares e suplentes.

Art. 69. A Comissão Executiva do Diretório correspondente deverá promover reuniões periódicas
com parlamentares, respectivos assessores e funcionários filiados ou filiadas ao Partido.

Art. 70. O Partido concebe o mandato como partidário, e os integrantes das Bancadas nas Casas
Legislativas deverão subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e
programáticos, às deliberações e diretrizes estabelecidas pelas instâncias de direção partidária,
na forma deste Estatuto.

Art. 71. A Comissão Executiva do nível correspondente e a Bancada Parlamentar procurarão sempre
praticar o exercício coletivo das decisões e dos mandatos, assegurando a todos os
parlamentares o acesso ao processo decisório e obrigando-os ao cumprimento das deliberações
adotadas.
§1º: O “fechamento de questão” decorrerá de decisão conjunta da Bancada Parlamentar com a
Comissão Executiva do nível correspondente e deverá ser aprovado por maioria absoluta de
votos.
§2º: Excepcionalmente e somente por decisão conjunta da Bancada e da Comissão Executiva do
Diretório correspondente, precedida de debate amplo e público, o parlamentar poderá ser
dispensado do cumprimento de decisão coletiva, diante de graves objeções de natureza ética,
filosófica ou religiosa, ou de foro íntimo.

Art. 72. A Bancada Parlamentar e a Comissão Executiva do Diretório correspondente adotarão


medidas concretas para combater o clientelismo e os privilégios, na busca de uma nova postura
ética dos parlamentares.

Art. 73. Desde o pedido de indicação como pré-candidato ou pré-candidata a cargo legislativo, o
filiado ou filiada, comprometer-se-á rigorosamente a:
I – reconhecer de modo expresso que todo mandato eletivo pertence ao Partido e que suas
instâncias de direção poderão adotar todas as medidas necessárias para preservar esse
mandato se deixar a legenda ou dela for desligado;
II – não invocar a condição de parlamentar para pleitear candidatura nata à reeleição;
III – se eleito, ou eleita, combater rigorosamente qualquer privilégio ou regalia em termos de
vencimentos normais e extraordinários, jetons, verbas especiais pessoais, subvenções sociais,

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concessão de bolsas de estudo e outros auxílios, convocações extraordinárias ou sessões


extraordinárias injustificadas das Casas Legislativas e demais subterfúgios que possam gerar,
mesmo involuntariamente, desvio de recursos públicos para proveito pessoal, próprio ou de
terceiros, ou ações de caráter eleitoreiro ou clientelista;
IV – contribuir financeiramente de acordo com as normas deste Estatuto;
V – em questões polêmicas ou projetos de lei controversos de iniciativa da Bancada
Parlamentar, participar dos debates amplos e sistemáticos a serem organizados no interior do
Partido.
CAPÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DO PARTIDO EM NÍVEL MUNICIPAL

Art. 74. No município, o Partido compõe-se das seguintes instâncias e órgãos:


A) Instâncias:
I – Encontro Municipal;
II – Diretório Municipal;
III – Comissão Executiva Municipal;
IV – Encontro Zonal, onde houver;
V – Diretório Zonal, onde houver;
VI – Comissão Executiva Zonal, onde houver;
VII – Núcleos de Base;
VIII – Setoriais;
IX – Juventude do PT.
B) Órgãos:
I – Bancada de Vereadores;
II – Conselho Fiscal;
III – Comissão de Ética.

Seção I – Do Encontro Municipal

Art. 75. O Encontro Municipal compõe-se de todos os delegados e delegadas eleitos pelo voto direto
dos filiados e das filiadas aptos a votar no município.

Art. 76. Caberá ao Encontro Municipal:


a) analisar a conjuntura local e aprovar as linhas de ação do Partido em âmbito local;
b) definir a plataforma, a política de alianças e a tática eleitoral do partido antes da realização
das prévias;
c) escolher os candidatos ou candidatas a cargos eletivos na esfera municipal ou, no caso da
realização de prévias, referendar os candidatos ou candidatas;
d) examinar e decidir sobre o relatório da gestão do Diretório Municipal;
e) decidir em grau de recurso sobre as deliberações tomadas pelo Diretório Municipal;
f) convocar novo Processo de Eleição Direta (PED) a ser realizado no prazo máximo de 90 dias
após a data do Encontro para eleger a direção municipal correspondente, quando a proposta
tiver sido aprovada por 2/3 (dois terços) dos delegados ou delegadas eleitos;
g) convocar, no caso do § 1º do artigo 50, novo Processo de Eleição Direta (PED) a ser realizado
no prazo máximo de 90 (noventa) dias após a data do Encontro para eleger a direção municipal

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correspondente, quando a proposta tiver sido aprovada por 2/3 (dois terços) dos filiados ou
filiadas aptos no município;
h) destituir a Comissão Executiva Municipal, nos casos previstos neste Estatuto;
i) aprovar as diretrizes políticas para prefeitos ou prefeitas e vereadores ou vereadoras, com
estrita observância daquelas emanadas das instâncias superiores, do Programa e deste Estatuto;
j) deliberar sobre acordos políticos e coligações eleitorais com estrita observância das
orientações emanadas das instâncias nacionais;
k) deliberar sobre recursos dos filiados e das filiadas nos casos previstos neste Estatuto;
l) eleger os delegados e as delegadas ao Encontro Estadual.

Art. 77. O Encontro Municipal ocorrerá nos prazos e para os fins previstos neste Estatuto, por
convocação da maioria dos membros da Comissão Executiva Municipal, ou do Diretório
Municipal, ou ainda por 1/3 (um terço) dos filiados e filiadas no município.

Seção II – Do Diretório Municipal

Art. 78. Os Diretórios Municipais terão, no máximo, 43 (quarenta e três) membros efetivos, mais o
presidente eleito, ou presidenta, e o vereador, ou vereadora, líder da bancada do Partido na
Câmara Municipal.
§1º: Em caso de vacância ou impedimento, será convocado o suplente do Diretório na ordem de
colocação na respectiva chapa.
§2º: A posse dos membros dos Diretórios Municipais eleitos ocorrerá no dia do Encontro
correspondente, que será realizado após o Processo de Eleições Diretas (PED).

Art. 79. São as seguintes as atribuições do Diretório Municipal:


a) escolher a Comissão Executiva Municipal;
b) estabelecer a posição do Partido em relação às questões políticas de âmbito municipal e o
plano de ação em estrita observância das orientações emanadas das instâncias superiores;
c) encaminhar a elaboração e a aprovação do orçamento anual;
d) manter em dia a contabilidade e garantir a elaboração, a aprovação e a entrega do balanço
anual e da prestação de contas à Justiça Eleitoral com cópia para a instância estadual;
e) manter em dia os livros de contabilidade (diário e caixa);
f) aplicar aos filiados ou filiadas à seção municipal as sanções disciplinares previstas neste
Estatuto;
g) convocar o Encontro Municipal nos termos deste Estatuto;
h) destituir a Comissão de Ética Municipal nos casos em que esta esteja atuando com
parcialidade ou em desacordo com os princípios partidários;
i) aprovar a constituição de Núcleos organizados em âmbito municipal;
j) convocar plebiscitos, referendos, prévias eleitorais e consultas aos filiados e filiadas no âmbito
municipal;
k) convocar o prefeito ou prefeita, os secretários ou secretárias municipais filiados ao Partido,
bem como a bancada de vereadores e vereadoras, para obter esclarecimentos sobre suas
condutas nos respectivos Poderes;
l) estabelecer diretrizes para a atuação dos vereadores e das vereadoras do Partido na Câmara
Municipal;

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m) cumprir e fazer cumprir as deliberações do Encontro Municipal, as deliberações dos


respectivos Encontros Estaduais, Encontro Nacional ou Congresso, supervisionando a vida do
Partido em âmbito municipal;
n) julgar os recursos contra atos e decisões da Comissão Executiva Municipal;
o) aprovar resoluções sobre matéria de sua competência;
p) credenciar delegados, ou delegadas, perante a Justiça Eleitoral;
q) ajuizar representação perante a Justiça Eleitoral para decretação de perda de mandato de
vereador, ou vereadora, observadas as disposições previstas neste Estatuto;
r) informar e atualizar os filiados e as filiadas sobre políticas, propostas, publicações, materiais
e demais iniciativas do Partido;
s) viabilizar periodicamente atividades abertas à população;
t) determinar o encaminhamento à Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento de todas as
contribuições dos filiados e das filiadas, inclusive dos ocupantes de cargos eletivos e de
confiança, bem como de dirigentes partidários do município, para que a cobrança e distribuição
dos valores sejam efetuadas pelo Sistema de Arrecadação de Contribuições Estatutárias (SACE),
nos termos das disposições previstas neste Estatuto.
u) organizar amplas campanhas de arrecadação financeira;
v) efetuar todos os procedimentos relativos ao cadastro de filiados e de filiadas, estabelecidos
neste Estatuto;
x) realizar ao menos 4 (quatro) atividades por ano, uma em cada trimestre, para a apresentação
do Partido aos novos filiados e filiadas, nos termos previstos no artigo 8º;
w) realizar as atividades a que se refere o artigo 26, § 3º, letra “a”, para que o filiado ou filiada
possa ser considerado apto a votar no PED;

Art. 80. O Diretório Municipal reunir-se-á ordinária e mensalmente, sem necessidade de convocação,
em dia, hora e local previamente estabelecidos.

Art. 81. Extraordinariamente, o Diretório Municipal reunir-se-á sempre que necessário, por
convocação da Comissão Executiva Municipal ou por 1/3 (um terço) de seus membros, ou, ainda,
por 1/3 (um terço) dos Núcleos ou Diretórios Zonais existentes em âmbito municipal.

Seção III – Da Comissão Executiva Municipal

Art. 82. A Comissão Executiva Municipal terá, no mínimo, sete membros, sendo um o presidente
eleito, ou presidenta, uma vice-presidência, e as Secretarias de Organização, de Finanças e
Planejamento, de Formação Política, de Comunicação, de Movimentos Populares, e o vereador,
ou vereadora, líder da Bancada Municipal, até o limite máximo de um 1/3 (um terço) dos
membros do respectivo Diretório.

Art. 83. A Comissão Executiva Municipal terá as seguintes atribuições:


a) propor ao Diretório Municipal a criação de Núcleos;
b) executar as deliberações do Encontro Municipal, do Diretório Municipal e das demais
instâncias superiores;
c) convocar, em caráter extraordinário, o Diretório Municipal;
d) convocar o Encontro Municipal, ou formalizar sua convocação, nos termos deste Estatuto, no
prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar do recebimento do pedido;

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e) convocar a bancada de vereadores e vereadoras para adotar orientações ou obter


esclarecimentos sobre a atuação na Câmara Municipal;
f) solicitar à Comissão Executiva Estadual a anotação do Diretório Municipal perante a Justiça
Eleitoral.
g) encaminhar à Secretaria Nacional de Finanças todas as contribuições dos filiados e filiadas,
inclusive de ocupantes de cargos eletivos e de confiança, bem como de dirigentes partidários
do município, para que a cobrança e distribuição dos valores sejam efetuadas pelo Sistema de
Arrecadação de Contribuições Estatutárias (SACE), nos termos das disposições previstas neste
Estatuto.

Art. 84. A Comissão Executiva reunir-se-á, em caráter ordinário, no mínimo, a cada 15 (quinze) dias
e extraordinariamente sempre que convocada por 2/3 de seus membros.

Seção IV – Dos Diretórios Zonais

Art. 85. Nas capitais dos estados com mais de 500.000 (quinhentos mil) eleitores e nos municípios
com mais de 1.000.000 (um milhão) de eleitores é obrigatória a organização de Diretórios
Zonais.

Art. 86. Os Diretórios Zonais terão, no máximo, 14 (quatorze) membros efetivos e suas atribuições
correspondem, no âmbito do respectivo Zonal, às atribuições dos Diretórios Municipais.
Parágrafo único: As disposições estabelecidas nas Seções I, II e III do Capítulo IV deste Título aplicam-
se aos órgãos correspondentes na esfera do Zonal, com exceção das letras “j”, “k” e “t”, do artigo
79.

Art. 87. Compete aos Diretórios Zonais, além das atribuições do artigo anterior:
a) eleger sua Comissão Executiva Zonal;
b) cumprir e fazer cumprir o Programa, o Estatuto e as metas programáticas de ação partidária;
c) manter em dia o cadastramento dos filiados e filiadas do Zonal, de acordo com as disposições
deste Estatuto;
d) participar das campanhas políticas de acordo com a orientação das instâncias superiores;
e) participar dos movimentos de comunidades locais;
f) definir as questões específicas no âmbito do Zonal;
g) determinar o encaminhamento à Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento de todas as
contribuições dos filiados e das filiadas do Zonal, para que a cobrança e distribuição dos valores
sejam efetuadas pelo Sistema de Arrecadação de Contribuições Estatutárias (SACE), nos termos
das disposições previstas neste Estatuto;
h) realizar ao menos 4 (quatro) atividades por ano, uma em cada trimestre, para a apresentação
do Partido aos novos filiados e filiadas, nos termos previstos no artigo 8º;
i) realizar as atividades a que se refere o artigo 26, § 3º, letra “a”, para que o filiado ou filiada
possa ser considerado apto a votar no PED.

Art. 88. Compete à Comissão Executiva Zonal, ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 86:
a) convocar o Encontro Zonal;
b executar atividades específicas definidas pelo Diretório Zonal;
c) registrar o Diretório Zonal e a respectiva Comissão Executiva junto ao Diretório Municipal
correspondente;

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d) promover campanhas de filiação partidária e de alistamento eleitoral;


e) participar das campanhas políticas, apoiando a ação do respectivo Diretório Municipal;
f) integrar-se aos movimentos de base locais;
g) informar e atualizar todos os filiados e filiadas sobre políticas, propostas, publicações,
materiais e demais iniciativas do Partido;
h) viabilizar periodicamente atividades abertas à população;
i) encaminhar à Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento as contribuições dos filiados e
das filiadas, para que a cobrança e distribuição dos valores sejam efetuadas pelo Sistema de
Arrecadação de Contribuições Estatutárias (SACE), nos termos das disposições previstas neste
Estatuto.
Seção V – Da Bancada de Vereadores

Art. 89. A Bancada de Vereadores e Vereadoras constitui a instância de ação parlamentar do Partido,
no âmbito municipal.

Art. 90. A Bancada de Vereadores e Vereadoras indicará, por maioria de votos, o seu líder, que terá,
enquanto estiver no exercício da liderança, lugar reservado, com direito a voz e voto, no
Diretório e na respectiva Comissão Executiva Municipal.
Parágrafo único: Em caso de empate na indicação a que se refere esse artigo, caberá a escolha à
Comissão Executiva Municipal.

Art. 91. Os projetos, de autoria dos vereadores e vereadoras ou dos prefeitos e prefeitas, de grande
relevância pública ou repercussão social, antes de serem apresentados à Câmara Municipal
deverão ser examinados pela Comissão Executiva Municipal, que, a seu critério, poderá
submetê-los a ampla discussão no Partido.
Parágrafo único: Em caso de necessidade de apresentação de projeto em regime de urgência, o
vereador ou vereadora deverá encaminhar justificativa à Comissão Executiva Municipal, que
decidirá sobre sua divulgação ao conjunto do Partido.

Art. 92. A Bancada de Vereadores e Vereadoras poderá solicitar à Comissão Executiva Municipal
reunião específica para obter orientações ou dar explicações sobre sua conduta na Câmara.

Seção VI – Da Juventude do PT

Art. 93. A Juventude do PT (JPT) é a instância partidária com objetivo de organizar a atuação
partidária dos filiados e das filiadas jovens, visando um diálogo e intervenção junto aos
diferentes movimentos sociais.
Parágrafo único: Poderão participar da direção da JPT, bem como de seus espaços de discussão e
deliberação, filiados e filiadas ao Partido com até 29 (vinte e nove) anos de idade.

Art. 94. A eleição das instâncias de direção será realizada a cada 2 (dois) anos, observadas as normas
definidas em Regimento próprio a ser aprovado no Congresso da JPT e submetido à discussão e
deliberação da instância nacional de direção do Partido.
Parágrafo único: O Regimento a que se refere esse artigo deverá conter normas para organização,
estrutura e funcionamento da JPT em todos os níveis, sua relação com as direções partidárias
correspondentes, e o investimento a ser destinado à JPT, devidamente vinculado a um plano de
trabalho.

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CAPÍTULO V
DO DIRETÓRIO MUNICIPAL DAS CAPITAIS E DOS MUNICIPIOS COM MAIS DE UM MILHÃO
DE ELEITORES E DEMAIS ORGÃOS NO MESMO NÍVEL

Art. 95. Os Diretórios Municipais com Zonais terão, no máximo, 43 (quarenta e três) membros
efetivos, mais o presidente eleito, ou presidenta, e o vereador, ou vereadora, líder da Bancada
do Partido na respectiva Câmara Municipal.

Art. 96. As atribuições dos Diretórios Municipais das capitais e dos Diretórios Municipais com Zonais
e das respectivas Comissões Executivas correspondem às atribuições dos Diretórios Municipais
na esfera dos municípios, conforme normas previstas neste Estatuto.

Art. 97. Além das atribuições do artigo anterior, compete aos Diretórios Municipais com Zonais:
a) escolher a respectiva Comissão Executiva;
b) aplicar sanções disciplinares aos militantes destacados para atuar no âmbito municipal,
obedecidas as normas estabelecidas neste Estatuto;
c) representar o Partido, por intermédio de seu presidente ou presidenta, ou por outro membro
designado, em questões de interesse do município, inclusive perante a Justiça Eleitoral;
d) estabelecer as regiões da capital com mais de 500.000 (quinhentos mil) eleitores, ou do
município com mais de 1.000.000 (um milhão) de eleitores, de acordo com a realidade política
local, correspondentes aos Diretórios Zonais, independentemente da divisão geográfica
definida pela Justiça Eleitoral;
e) nomear as Comissões Provisórias Zonais, obedecido o disposto no item anterior;
f) intervir nos Diretórios Zonais, ou dissolvê-los, por iniciativa própria ou por proposta dos
Encontros Zonais, obedecidas as normas estabelecidas neste Estatuto;
g) reconhecer os Diretórios Zonais eleitos nos termos deste Estatuto;
h) solicitar à Comissão Executiva Estadual a anotação do Diretório Municipal com Zonal perante
a Justiça Eleitoral.

Art. 98. As disposições estabelecidas nas Seções II, III, IV e V do Capítulo IV deste Título aplicam-se
aos órgãos correspondentes na esfera da capital e dos municípios com Zonais.
Parágrafo único: O Encontro Municipal da Capital ou Municipal com Zonal compõe-se dos delegados
e delegadas eleitos nos Encontros Zonais, aplicando-se, no que couber, as disposições
estabelecidas na Seção I do Capítulo IV deste Título, com exceção da letra “l” do artigo 76.

CAPÍTULO VI
DA ORGANIZAÇÃO DO PARTIDO EM NÍVEL ESTADUAL

Art. 99. O Partido, em âmbito estadual, compõe-se das seguintes instâncias e órgãos:
A) Instâncias:
I – Encontro Estadual;
II – Diretório Estadual;
III – Comissão Executiva Estadual;
IV – Setoriais Estaduais;
V – Juventude do PT.

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B) Órgãos:
I – Bancada de Deputados Estaduais;
II – Comissão de Ética Estadual;
III – Conselho Fiscal Estadual;
IV – Ouvidoria Estadual;
V – Conselho de Assuntos Disciplinares;
VI – Macros e Microrregiões.

Seção I – Do Encontro Estadual

Art. 100. Constituem o Encontro Estadual os delegados e delegadas eleitos nos Encontros Zonais e
Municipais.

Art. 101. O Encontro Estadual reunir-se-á:


I – nas datas estabelecidas pelo Diretório Estadual, observado o Calendário Nacional, para
eleição dos delegados, das delegadas e suplentes ao Encontro Nacional;
II – mediante convocação da Comissão Executiva Estadual, para escolha dos candidatos e das
candidatas a cargos eletivos na esfera estadual;
III – para apreciar o relatório da gestão do Diretório Estadual;
IV – convocar novo Processo de Eleição Direta (PED) a ser realizado no prazo máximo de 90
(noventa) dias após a data do Encontro para eleger a direção estadual correspondente, quando
a proposta tiver sido aprovada por 2/3 (dois terços) dos delegados e delegadas eleitos.
V – para aprovar os planos e metas de ação do Partido em âmbito estadual, inclusive diretrizes
políticas de atuação dos deputados ou deputadas e do governador ou governadora, com estrita
observância do Programa, do Estatuto e das diretrizes emanadas das instâncias superiores.

Art. 102. O Encontro Estadual Extraordinário ocorrerá mediante convocação da maioria absoluta do
Diretório Estadual, de 1/3 (um terço) dos delegados e delegadas ao próprio Encontro, ou de 1/3
(um terço) dos Diretórios Municipais.

Seção II – Do Diretório Estadual e demais órgãos estaduais

Art. 103. O número de membros dos Diretórios Estaduais será fixado a cada 4 (quatro) anos pelo
Diretório Nacional, proporcionalmente ao número de eleitores de cada estado e será de, no
máximo, 59 (cinquenta e nove) membros efetivos, mais o presidente eleito, ou presidenta, e o
deputado, ou deputada, líder da Bancada do Partido na Assembleia Legislativa do respectivo
estado.

Art. 104. As atribuições dos Diretórios Estaduais e respectivas Comissões Executivas correspondem,
na esfera estadual, às atribuições das instâncias municipais na esfera dos municípios, conforme
normas previstas neste Estatuto.

Art. 105. Compete aos Diretórios Estaduais, além das atribuições do artigo anterior:
I – aplicar sanções disciplinares aos militantes destacados para atuar no âmbito estadual,
observadas as normas deste Estatuto;
II – intervir nos Diretórios Municipais e Municipais com Zonais, por iniciativa própria, obedecidas
as normas deste Estatuto;

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III – reconhecer os Diretórios Municipais e Municipais com Zonais;


IV – convocar o Encontro Estadual ou Nacional, nos termos das disposições previstas neste
Estatuto;
V – determinar o encaminhamento à Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento de todas
as contribuições dos filiados e das filiadas, inclusive dos ocupantes de cargos eletivos e de
confiança, bem como dos dirigentes partidários do Estado, para que a cobrança e distribuição
dos valores sejam efetuadas pelo Sistema de Arrecadação de Contribuições Estatutárias (SACE),
nos termos das disposições previstas neste Estatuto.

Art. 106. A Comissão Executiva Estadual terá, no mínimo, o presidente eleito ou presidenta, uma
vice-presidência, as Secretarias Geral, de Finanças e Planejamento, de Organização, de
Formação Política, de Comunicação e de Assuntos Institucionais, e o deputado, ou deputada,
líder da Bancada na Assembleia Legislativa.

Art. 107. As atribuições da Comissão Executiva Estadual são as seguintes, ressalvado o disposto no
artigo 104:
I – executar as deliberações do Diretório Estadual;
II – convocar reuniões do Diretório Estadual;
III – convocar o Encontro Estadual;
IV – proceder à anotação do próprio Diretório Estadual, dos Diretórios Municipais, Municipais
das Capitais, Municipais com Zonais e Zonais perante a Justiça Eleitoral.

Art. 108. As disposições estabelecidas nos Capítulos IV e V deste Título aplicam-se aos órgãos
correspondentes na esfera estadual.

Art. 109. As disposições relativas à convocação do Diretório Municipal e aquelas referentes à eleição
da Comissão de Ética aplicam-se ao Diretório Estadual.

CAPÍTULO VII
DA ORGANIZAÇÃO DO PARTIDO EM NIVEL NACIONAL

Art. 110. O Partido, nacionalmente, compõe-se das seguintes instâncias e órgãos:


A) Instâncias:
I – Congresso Nacional;
II – Encontro Nacional;
III – Diretório Nacional;
IV – Comissão Executiva Nacional;
V – Setoriais Nacionais;
VI – Juventude do PT.
B) Órgãos:
I – Bancadas Parlamentares;
II – Conselho Fiscal Nacional;
III – Comissão de Ética Nacional;
IV – Ouvidoria Nacional;
V – Conselho de Assuntos Disciplinares;

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VI– Fundação Perseu Abramo;


VII– Macrorregiões Nacionais;
VIII- Escola Nacional de Formação.

Seção I – Do Encontro Nacional

Art. 111. Constituem o Encontro Nacional do Partido os delegados e delegadas eleitos no PED ou nos
Encontros Estaduais.

Art. 112. O Encontro Nacional ocorrerá ordinariamente:


I – nas datas estabelecidas pelo Diretório Nacional e por convocação deste;
II – mediante convocação da Comissão Executiva Nacional, para escolha dos candidatos à
Presidência e Vice-Presidência da República e definição do posicionamento do Partido frente às
eleições nacionais;
III – para apreciar o relatório da gestão do Diretório Nacional;
IV – convocar novo Processo de Eleição Direta (PED) a ser realizado no prazo máximo de 90
(noventa) dias após a data do Encontro para eleger a direção nacional, quando a proposta tiver
sido aprovada por 2/3 (dois terços) dos delegados e delegadas eleitos.
V – para apreciar, em grau de recurso, deliberação do Diretório Nacional que destituir Comissão
Executiva Estadual;
VI – para aprovar os planos e metas de ação do Partido, inclusive diretrizes políticas para atuação
dos representantes eleitos pela legenda do Partido;

Art. 113. O Encontro Nacional Extraordinário ocorrerá mediante convocação da maioria do Diretório
Nacional, de 1/3 (um terço) dos delegados e das delegadas a este Encontro, ou de 1/3 (um terço)
dos Diretórios Estaduais.

Seção II – Do Diretório Nacional e demais órgãos nacionais

Art. 114. O número de membros do Diretório Nacional será fixado pelo próprio Diretório Nacional e
terá de, no máximo, 82 (oitenta e dois) membros efetivos, mais o presidente nacional eleito, ou
presidenta, o senador, ou senadora, líder da Bancada do Partido no Senado e o deputado, ou
deputada, líder da Bancada na Câmara Federal.

Art. 115. As atribuições do Diretório Nacional e da respectiva Comissão Executiva correspondem, na


esfera federal, às atribuições dos Diretórios Municipais e Estaduais, conforme normas previstas
neste Estatuto.

Art. 116. Além das atribuições do artigo anterior, compete ao Diretório Nacional:
I – aplicar sanções disciplinares aos filiados ou filiadas, nos termos estabelecidos neste Estatuto;
II – intervir nos Diretórios Estaduais, por iniciativa própria ou por decisão do Encontro Nacional,
obedecidas as normas deste Estatuto;
III – destituir os Diretórios Estaduais, por iniciativa própria ou por decisão do Encontro Nacional,
obedecidas as condições deste Estatuto;
IV – julgar recursos das decisões de Diretórios Estaduais que dissolverem Diretórios Municipais;
V – fixar a data dos Encontros Municipais, Zonais, Setoriais, Estaduais, Nacional ou do Congresso
Nacional;

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VI – manter relações internacionais por intermédio de suas instâncias de direção;


VII – definir, a cada 4 (quatro) anos, o número de membros dos Diretórios Estaduais, Municipais
e Zonais;
VIII – cobrar as contribuições dos filiados e das filiadas, dos ocupantes de cargos eletivos e de
confiança, bem como dos dirigentes partidários, através do Sistema de Arrecadação de
Contribuições Estatutárias (SACE).
IX – garantir os repasses estatutários para as instâncias inferiores e organizar amplas campanhas
de arrecadação;
X – administrar a instituição partidária em conformidade com os princípios constitucionais e
partidários;
XI – encaminhar a elaboração e a aprovação do orçamento anual; manter em dia a contabilidade
e garantir a elaboração, a aprovação e a entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral;
XII – zelar pela utilização apropriada da imagem do Partido, por seu patrimônio, sua sede e suas
marcas de identificação pública;
XIII – defender a instituição e suas lideranças das ofensas, calúnias e qualquer uso inadequado
do nome, da imagem e dos símbolos;
XIV – orientar, assessorar e apoiar as demais instâncias no cumprimento das obrigações
estatutárias referentes à integridade política, administrativa e financeira da instituição.

Art. 117. A Comissão Executiva Nacional terá, no mínimo, o presidente eleito ou presidenta, cinco
vice-presidências que poderão receber responsabilidades temáticas ou regionais, as Secretarias
Geral, de Organização, de Finanças e Planejamento, de Formação Política, de Movimentos
Populares, de Comunicação e de Relações Internacionais, e os líderes das Bancadas na Câmara
dos Deputados e no Senado Federal.
§1º: A direção nacional constituirá, ainda, Secretarias de Comunicação, de Assuntos Institucionais,
de Relações Internacionais, de Desenvolvimento Econômico, de Coordenação Regional,
Secretarias Setoriais e outras, conforme seja o entendimento de seus membros.
§2º: Os membros da Executiva Nacional têm preferência para ocupar as Secretarias do Diretório
Nacional.
§3º: Os membros da Executiva Nacional não poderão ocupar, concomitantemente, cargos na
diretoria executiva da Fundação Perseu Abramo.

Art. 118. A Comissão Executiva Nacional, ressalvado o disposto no artigo 115, terá as seguintes
atribuições:
I – executar as deliberações do Diretório Nacional;
II – convocar reuniões do Diretório Nacional;
III – convocar o Encontro ou o Congresso Nacional;
IV – solicitar perante a Justiça Eleitoral a anotação de seus membros e do Diretório Nacional.

Art. 119. As disposições estabelecidas no Capítulo VI deste Título aplicam-se aos órgãos
correspondentes na esfera nacional.

Seção III – Da Fundação Perseu Abramo

Art. 120. A Fundação Perseu Abramo é entidade de direito privado instituída pelo Partido dos
Trabalhadores com o objetivo de aprofundar a discussão dos fundamentos doutrinários do
Partido, bem como estimular e promover a investigação e o debate ideológico, político e
cultural, sobre as grandes questões da atualidade brasileira e mundial.

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Parágrafo único: Sempre que a sua natureza o permitir, a Fundação Perseu Abramo buscará realizar
atividades em conjunto com instâncias do Partido dos Trabalhadores.

Art. 121. A Fundação Perseu Abramo tem personalidade jurídica e Estatuto próprios, devendo
observar no desenvolvimento de suas atividades os princípios e as diretrizes gerais do Partido
dos Trabalhadores.
§1º: O Estatuto da Fundação Perseu Abramo deverá ser aprovado pelo Diretório Nacional do Partido,
por maioria de votos de seus membros.
§2º: Qualquer alteração no Estatuto a que se refere o parágrafo anterior deverá ser aprovada pela
maioria de votos dos membros do Diretório Nacional do Partido, ouvido o Conselho Curador da
Fundação.
§3º: O Conselho Curador da Fundação poderá apresentar proposta de alteração de seu respectivo
Estatuto, a ser submetida à aprovação do Diretório Nacional do Partido, nos termos do disposto
no parágrafo anterior.

Art. 122. São órgãos da Fundação:


I – o Conselho Curador;
II – a Diretoria Executiva;
§1º: O Estatuto da Fundação Perseu Abramo disporá sobre a composição destes órgãos bem como
sobre a competência de cada um de seus membros e sobre a duração dos seus mandatos.
§2º: O Conselho Curador e a Diretoria Executiva serão designados pelo Diretório Nacional do Partido
por maioria de votos de seus membros.
§3º: Em caso de falta grave, qualquer membro do Conselho Curador poderá ser destituído, por
maioria de votos do Diretório Nacional do Partido, ouvido o próprio Conselho da Fundação.
§4º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o Conselho Curador deverá instaurar
procedimento próprio, encaminhando parecer ao Diretório Nacional.

Art. 123. O patrimônio e os recursos da Fundação Perseu Abramo serão constituídos de:
a) contribuições, subvenções, convênios, legados, auxílios e outros recursos nos termos da lei;
b) bens e direitos que a eles venham a ser incorporados;
c) rendas provenientes da prestação de serviços e da exploração comercial de seus bens;
d) recursos provenientes do Fundo Partidário, nos termos da lei.

Art. 124. Até o final de abril de cada ano, a Fundação Perseu Abramo deverá apresentar relatório
anual sobre suas atividades ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, inclusive
financeiras e administrativas.
Parágrafo único: As contas anuais da Fundação Perseu Abramo deverão ser apresentadas ao
Diretório Nacional antes de serem encaminhadas aos órgãos de controle.

Seção IV - Da Escola Nacional de Formação

Art. 125. A Escola Nacional de Formação (ENF), parte constitutiva da Fundação Perseu Abramo, é
órgão vinculado ao Diretório Nacional do Partido e será responsável pela elaboração e execução
da política nacional de formação do PT.
Parágrafo único: As diretrizes e o regulamento da ENF serão aprovados pelo Diretório Nacional,
ouvido o Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo.

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Seção V – Do Congresso Nacional do Partido

Art. 126. O Partido realizará, periodicamente, Congressos Nacionais para analisar, discutir e deliberar
sobre sua atuação política, sobre questões de âmbito nacional, atualização do Programa, formas
de organização ou funcionamento partidário.

Art. 127. Os Congressos serão convocados pelo Diretório Nacional, a quem compete elaborar a
pauta, devendo ser antecedidos de Congressos Estaduais e Municipais, conforme critérios
definidos em Regulamento a ser estabelecido pelo próprio Diretório Nacional, que assegurem
ampla participação das bases partidárias.

Seção VI - Dos Setoriais, Secretarias Setoriais e Grupos de Trabalho

Art. 128. Os Setoriais são instâncias partidárias que organizam os filiados e as filiadas junto aos
diferentes movimentos sociais, com três finalidades básicas:
a) motivar a organização partidária de filiados e de filiadas petistas conforme os movimentos sociais
dos quais participam;
b) participar, obrigatoriamente, da elaboração de políticas públicas no âmbito partidário como forma
de subsidiar programaticamente a ação institucional do Partido;
c) em cada setor, subsidiar a representação institucional do PT nas suas relações com os movimentos
sociais, com as bancadas parlamentares e com os governos onde há quadros do Partido.
Parágrafo único: A qualquer tempo, de acordo com a avaliação dos filiados e das filiadas de que trata
esse artigo, poderão ser extintos ou criados outros Setoriais.

Art. 129. Os Setoriais podem se organizar em âmbito municipal, estadual ou nacional, mediante
autorização das instâncias de direção correspondentes.
§1º: Somente o Encontro Nacional poderá instituir ou alterar a composição dos setores de atuação
partidária reconhecidos como nacionais.
§2º: As Comissões Executivas Estaduais, Municipais e Zonais, bem como outros órgãos regionais de
organização partidária, poderão instituir setoriais de atuação do Partido, sendo considerado
prioritário aquele correspondente aos setoriais nacionalmente já organizados.
§3º: As instâncias de direção, em todos os níveis, apoiarão a constituição de núcleos setoriais, nos
termos deste Estatuto.

Art. 130. As Secretarias Setoriais, excetuadas as de Combate ao Racismo, Mulheres, Agrária, Meio
Ambiente e Desenvolvimento, Cultura, e Sindical, estarão vinculadas às Secretarias de
Movimentos Populares e Políticas Setoriais de cada instância de direção correspondente
(municipal, estadual ou nacional).
§1º: As instâncias de direção do Partido deverão viabilizar os recursos financeiros para garantir o
funcionamento regular dos Setoriais, prevendo, nos orçamentos anuais a serem aprovados,
recursos a serem destinados à ação setorial.
§2º: O mandato das Coordenações Setoriais e das Secretarias Setoriais será de quatro anos.

Art. 131. Os Setoriais e Secretarias Setoriais devem ter atuação permanente, enquanto instância de
formulação e articulação partidárias.
§1º: O funcionamento regular mínimo dos setoriais estará garantido se forem observadas as
seguintes exigências:

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a) as Coordenações Setoriais nacionais e estaduais, a cada ano, são obrigadas a realizar, no mínimo,
duas reuniões e uma plenária dos seus integrantes;
b) As Coordenações Setoriais municipais e os núcleos setoriais, a cada ano, são obrigados a realizar,
no mínimo quatro reuniões e duas plenárias dos seus integrantes;
c) as datas, horas e locais das reuniões e plenárias dos integrantes, acima referidas, deverão ser
comunicadas, previamente, à instância de direção correspondente.
§2º: O descumprimento ao disposto no parágrafo anterior poderá acarretar a convocação, pela
instância de direção correspondente, de encontros extraordinários com a finalidade de
recompor a respectiva Coordenação Setorial.

Art. 132. O Diretório Nacional poderá constituir Secretarias Setoriais, de forma permanente ou
temporária, que expressem prioridades de organização de determinados setores.
Parágrafo único: Às Secretarias Setoriais constituídas pelo Diretório Nacional não se aplica o disposto
no artigo 130.

Art. 133. Será assegurado o direito à voz:


a) às Coordenações Setoriais, nas reuniões do Diretório de nível correspondente;
b) às Secretarias Setoriais, nas reuniões da Comissão Executiva do nível correspondente;
c) à Coordenação Setorial, sempre que for pautado assunto relativo a um Setorial em reunião da
Comissão Executiva do nível correspondente.

Seção VII – Dos Encontros Setoriais

Art. 134. Os Encontros Setoriais são abertos à participação de todos os filiados e filiadas que atuam
junto ao respectivo setor de militância social, observados os seguintes pré-requisitos:
a) filiação ao Partido pelo prazo mínimo de um ano antes da data de realização do Encontro;
b) adesão setorial pelo prazo mínimo de três meses antes da data da realização do Encontro;
c) quitação das contribuições financeiras, na forma do Estatuto.
§1º: O Diretório Nacional deverá fixar o calendário nacional e as regras para os encontros setoriais
nacionais, estaduais e municipais que ocorrerão a cada quatro anos em caráter ordinário, ou em
outro período, extraordinariamente.
§2º: Para ter direito a voz e voto no Setorial o filiado ou filiada deverá fazer a respectiva adesão
setorial, sendo-lhe assegurada, ainda, a participação em outro Setorial de sua preferência, nesse
caso apenas com direito a voz;
§3º: Para efeito do disposto neste artigo, o Diretório Nacional deverá regulamentar a adesão setorial,
inclusive através de meio eletrônico, definindo formulário nacional próprio que deverá ser
preenchido pelo interessado e registrado junto ao Diretório Estadual correspondente.
§4º: As listagens das adesões setoriais ocorridas no país deverão ser, a cada ano, atualizadas pela
instância de direção nacional;
§5º: As direções e delegações setoriais, em todos os níveis, serão eleitas em Encontros a cada quatro
anos, de forma intercalada à realização do PED, conforme calendário e Regulamento a ser
definido pelo Diretório Nacional.

Art. 135. As mulheres filiadas ao PT poderão atuar no Setorial de Mulheres com direito a voz e voto
e poderão, ainda, optar pela participação em outro setorial, igualmente com direito a voz e voto.

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Art. 136. Filiados e filiadas com até 29 anos de idade, com direito à voz e voto na Juventude do PT,
poderão optar pela participação em outro setorial igualmente com direito a voz e voto.

Art. 137. Os participantes do Setorial de Combate ao Racismo com direito à voz e voto poderão optar
pela participação em outro setorial igualmente com direito a voz e voto.

Art. 138. Os Encontros Setoriais Nacionais elegem os Coletivos e o Coordenador ou Coordenadora e


o Secretário ou Secretária Nacional; os Encontros Setoriais Estaduais elegem os Coletivos, o
Coordenador ou Coordenadora e o Secretário ou Secretária Estadual, e os delegados e
delegadas ao Encontro Setorial Nacional; os Encontros Setoriais Municipais elegem os Coletivos,
o Coordenador ou Coordenadora e o Secretário ou Secretária Municipal, e os delegados e
delegadas ao Encontro Setorial Estadual, na proporção a ser definida pelo Diretório Nacional.
§1º: Os Encontros Setoriais Nacionais só podem ser realizados quando o Setorial tiver pelo menos
um ano de funcionamento como instância partidária, contado a partir da autorização da
Comissão Executiva Nacional.
§2º: Os Encontros Setoriais Estaduais e Municipais podem ser realizados por autorização das
respectivas Comissões Executivas, sendo que a eleição de delegados e delegadas para os
Encontros Setoriais de nível superior só poderá ser autorizada àqueles que estiverem em
funcionamento há mais de um ano;
§3º: O quórum para os encontros e para a eleição de delegados e delegadas dos Setoriais de
Portadores de Deficiência e de Assuntos Indígenas será 50% (cinquenta por cento) inferior aos
dos demais setoriais.
§4º: Os participantes dos Encontros Setoriais deverão assinar lista de presença em que conste,
obrigatoriamente, o Diretório de origem do filiado ou filiada.
§5º: Os secretários ou secretárias dos Setoriais Estaduais, não sendo membros efetivos do Diretório
Estadual correspondente, terão assento, com direito a voz, no Diretório Estadual e na respectiva
Comissão Executiva.
§6º: O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos secretários ou secretárias dos Setoriais Nacionais
em relação à instância nacional de direção.
§7º: As deliberações dos Encontros Setoriais deverão ser encaminhadas ao Encontro do mesmo nível,
zonal, municipal, estadual ou nacional, para que sejam obrigatoriamente apreciadas.

TÍTULO IV
DA ESCOLHA DOS CANDIDATOS OU CANDIDATAS ÀS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS E
MAJORITÁRIAS

CAPÍTULO I
NORMAS GERAIS

Art. 139. Em qualquer nível, caberá à Comissão Executiva ou ao Diretório correspondente abrir o
período eleitoral para indicação, impugnação e aprovação de candidaturas às eleições
proporcionais e majoritárias, devendo ser respeitado o calendário nacional estabelecido pelo
Diretório Nacional.

Art. 140. São pré-requisitos para ser candidato ou candidata do Partido:


a) estar filiado ou filiada ao Partido, pelo menos, seis meses antes do pleito;
b) estar em dia com a tesouraria do Partido;

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c) assinar e registrar em Cartório o “Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata


Petista”, de acordo com modelo aprovado pela instância nacional do Partido, até a realização
da Convenção Oficial do Partido.
§1º: A assinatura do “Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata Petista” indicará que o
candidato ou candidata está previamente de acordo com as normas e resoluções do Partido, em
relação tanto à campanha como ao exercício do mandato.
§2º: Quando houver comprovado descumprimento de qualquer uma das cláusulas do “Compromisso
Partidário do Candidato ou Candidata Petista”, assegurado o pleno direito de defesa à parte
acusada, o candidato ou candidata será passível de punição, que poderá ir da simples
advertência até o desligamento do Partido com renúncia obrigatória ao mandato.

Art. 141. Não poderá se apresentar como pré-candidato ou pré-candidata para postular o mesmo
cargo, o parlamentar que já tiver sido eleito para três mandatos consecutivos na mesma Casa
Legislativa, e no caso do cargo de Senador ou Senadora, o parlamentar que já tiver sido eleito
para dois mandatos consecutivos no Senado Federal.

Art. 142. A Comissão Executiva da instância de direção correspondente somente examinará pedido
de indicação a pré-candidatura se vier acompanhado de assinaturas ou votos favoráveis de no
mínimo:
I – Em nível Municipal:
A) ao cargo de vereador ou vereadora:
A. a – 3 (três) membros do Diretório Municipal; ou
A. b – 1 (um) Núcleo devidamente registrado junto à respectiva direção municipal; ou
A. c – 1 (um) Diretório Zonal devidamente registrado na respectiva direção municipal; ou
A. d – 2,5% (dois e meio por cento) do total de filiados ou filiadas, que participaram do último
Encontro realizado no município.
B) ao cargo de prefeito ou prefeita:
B. – 10% (dez por cento) do número de filiados ou filiadas, que participaram do último PED
realizado no município;
II – Em nível estadual:
A) ao cargo de deputado ou deputada estadual:
A. a – 1/3 (um terço) dos membros do Diretório Estadual; ou
A. b – 5% (cinco por cento) das Comissões Executivas Municipais; ou
A. c – 1% (um por cento) dos filiados ou filiadas, no estado; ou
A. d – Encontro Setorial Estadual.
B) ao cargo de deputado ou deputada federal:
B. a – 1/3 (um terço) dos membros do Diretório Estadual; ou
B. b – 5% (cinco por cento) das Comissões Executivas Municipais; ou
B. c – 1% (um por cento) dos filiados ou filiadas, no estado; ou
B. d – Encontro Setorial Estadual ou Nacional.
C) ao cargo de senador ou senadora:
C. – 10% (dez por cento) número de votantes no último PED no Estado;
D) ao cargo de governador ou governadora de estado:
D.– 10% (dez por cento) número de votantes no último PED no Estado
III – Em nível nacional:
A) ao cargo de Presidente ou Presidenta da República:

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A.– 10% (dez por cento) número de votantes no último PED no país.
§1º: Para suplentes e vice, aplicam-se as mesmas regras previstas neste artigo.
§2º: As pré-candidaturas proporcionais deverão ser registradas até 90 (noventa) dias quando se
tratar de eleições estaduais, e até 60 (sessenta) dias quando se tratar de eleições municipais, da
data de realização dos respectivos Encontros.
§3º: O filiado, ou a filiada, poderá subscrever pedido ou indicar mais de um pleiteante para qualquer
pré-candidatura.
§4º: Quando a escolha da candidatura majoritária for efetuada no Encontro correspondente, a
inscrição dos nomes a serem submetidos à votação deverá estar assinada por, no mínimo, 10%
(dez por cento) do número total de delegados ou delegadas eleitos para o Encontro.

Art. 143: Caberá ao Encontro correspondente, à luz da política de alianças e da tática eleitoral, decidir
o número de candidaturas proporcionais a serem lançadas pelo Partido.
§1º: Quando o número de pré-candidaturas proporcionais for menor ou igual ao número de vagas
definidas pelo respectivo Diretório, a lista será submetida para aprovação do Encontro, que
poderá delegar à direção municipal a indicação de outros nomes para complementação das
vagas.
§2º: Quando o número de pré-candidaturas proporcionais for maior ao número de vagas definidas
pelo respectivo Diretório, não havendo consenso para a composição da lista de candidatos e
candidatas, deverá ser garantida a proporcionalidade através de votação em chapas.
§3º: As chapas deverão ser pré-ordenadas, sendo indicados como candidatos e candidatas os
primeiros da lista, de acordo com o número de vagas a que cada chapa teve direito.

Art. 144. Até 15 (quinze) dias antes da realização do Encontro, poderá ser apresentado pedido de
impugnação, por escrito, de qualquer pré-candidatura, acompanhado das razões e dos
documentos comprobatórios, a ser protocolado junto à Comissão Executiva correspondente,
que imediatamente notificará o pré-candidato ou pré-candidata, assegurando-lhe amplo direito
de defesa.
§1º: Se for o caso, a Comissão Executiva poderá solicitar relatório à Comissão de Ética ou Comissão
Especial ad hoc, indicada pela direção local.
§2º: A decisão da Comissão Executiva será adotada ad referendum do Encontro.

Art. 145. No Encontro, a Comissão Executiva apresentará relatório circunstanciado das impugnações
solicitadas, com síntese das razões das impugnações, da defesa, bem como dos pareceres e
decisões.
§1º: O Encontro votará cada uma das impugnações individualmente.
§2º: Será considerada aprovada a impugnação que obtiver 3/4 (três quartos) dos votos válidos, desde
que as abstenções não ultrapassem 49% (quarenta e nove por cento) dos presentes.
§3º: O Encontro pode delegar à instância de direção correspondente a complementação das vagas
das chapas de candidatos ou candidatas proporcionais.

Art. 146. Aprovado o nome do filiado ou filiada na lista de candidatos e candidatas, este nome só
poderá ser excluído:
a) por decisão de instâncias superiores em grau de recurso;
b) por vontade expressa do próprio candidato ou candidata;
c) pela ocorrência de fatos supervenientes, em caso de falta disciplinar ou ética, assegurado
amplo direito de defesa.

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CAPÍTULO II
DAS PRÉVIAS ELEITORAIS

Art. 147. Havendo mais de um pré-candidato ou pré-candidata às eleições para Presidente ou


Presidenta da República, Governador ou Governadora, Senador ou Senadora, e Prefeito ou
Prefeita, será realizada Prévia Eleitoral.

Art. 148. A Prévia Eleitoral consiste na manifestação preliminar dos filiados e das filiadas pelo voto
secreto depositado em urna, organizada pela Comissão Executiva que assegurará:
a) a qualquer filiado e filiada o acesso a informações e listas necessárias para a realização da
Prévia;
b) debates e discussões destinados a esclarecer os filiados e filiadas sobre as questões em
disputa;
c) adequada localização e descentralização das urnas para realização da votação, bem como os
meios necessários para rigorosa fiscalização do pleito, além de rapidez e confiabilidade na
apuração dos votos.

Art. 149. As datas das Prévias Eleitorais e do segundo turno, se houver, serão fixadas pela Comissão
Executiva de nível correspondente, de acordo com o calendário nacional, não podendo jamais
coincidir com aquelas designadas para os encontros do mesmo nível.

Art. 150. Será considerado apto a votar nas Prévias o filiado, ou filiada, que tiver, no mínimo, um
ano de filiação partidária e estiver em dia com suas contribuições financeiras, na forma deste
Estatuto.
Parágrafo único. Aplicam-se às previas eleitorais o artigo 27, excetuando-se os prazos ali previstos
que serão definidos pelo Diretório Nacional, e os artigos 28, 29 e 30 deste Estatuto.

Art. 151. Nas prévias eleitorais somente poderão ser considerados válidos os votos dados às
propostas ou aos nomes de candidatos ou candidatas, excluídos os votos brancos e nulos.

Art. 152. O resultado da Prévia Eleitoral é imperativo e será homologado pelo Encontro quando:
a) em nível municipal, houver comparecimento mínimo de 25% (vinte e cinco por cento) do
número de votantes do último PED;
b) em nível estadual, for observado o disposto na letra “a” deste artigo em pelo menos 50%
(cinquenta por cento) dos municípios aptos no Estado;
c) em nível nacional, for observado o disposto na letra “b” deste artigo em pelo menos 50%
(cinquenta por cento) dos estados aptos.

Art. 153. Não será considerado válido o resultado da Prévia Eleitoral quando mais de 50% (cinquenta
por cento) dos votos forem brancos ou nulos, cabendo ao respectivo Encontro as decisões
correspondentes.

Art. 154. O Diretório de nível correspondente poderá, em caráter excepcional, deliberar pela não
realização de prévias, por decisão de 2/3 (dois terços) de seus membros.
§1º: O caráter excepcional e a data limite para convocação da reunião a que se refere este artigo
serão definidos pela instância nacional de direção.

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§2º: Para efeito do disposto neste artigo, a escolha da candidatura majoritária deverá ser realizada
em Encontro de Delegados e de Delegadas, por votação secreta, e os delegados ou delegadas
somente poderão ser eleitos após a realização da reunião do Diretório a que se refere o “caput”
deste artigo.
§3º: Havendo mais de uma pré-candidatura aos cargos de vice-presidente ou vice-presidenta, vice-
governador ou vice-governadora, vice-prefeito ou vice-prefeita, caberá ao Encontro
correspondente escolher o candidato ou candidata por voto em urna, sendo eleito aquele que
obtiver o maior número de votos.
§4º: Havendo mais de 2 (duas) candidaturas, deverá ser realizado segundo turno entre os dois mais
votados, desde que nenhuma delas tenha atingido mais de 50% (cinquenta por cento) dos votos
válidos.

Art. 155. Quando 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros do Diretório correspondente ou de sua
Comissão Executiva apresentar proposta de apoio a candidato majoritário, ou candidata, fora
do Partido, o Encontro deverá anteceder a realização da Prévia Eleitoral, para que sejam
definidas a política de alianças e a tática eleitoral.

TÍTULO V
DA ESCOLHA OFICIAL DOS CANDIDATOS OU CANDIDATAS ÀS ELEIÇÕES E
DELIBERAÇÃO SOBRE COLIGAÇÕES
CAPÍTULO I
DAS CONVENÇÕES

Art. 156. As Convenções Oficiais destinadas a deliberar sobre a escolha de candidatos ou candidatas
e coligações, observado o disposto na Lei Eleitoral e nas Resoluções do Tribunal Superior
Eleitoral, serão realizadas de acordo com as normas estabelecidas no presente Capítulo.
§1º: As Convenções Oficiais deverão, obrigatoriamente, homologar as decisões democraticamente
adotadas nos Encontros realizados nos termos deste Estatuto e nas demais resoluções da
instância nacional do Partido.
§2º: As Convenções Oficiais que não cumprirem o disposto no parágrafo anterior serão anuladas pela
Comissão Executiva da instância superior correspondente, aplicando-se o disposto no artigo 159
deste Estatuto.

Art. 157. As Convenções Oficiais deverão ser realizadas no período estabelecido pela legislação
eleitoral em vigor, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral.

Art. 158. A Convenção será convocada pela respectiva Comissão Executiva e poderá ser realizada em
qualquer dia da semana e pelo período necessário às deliberações.
§1º: Constituem a Convenção os membros da Comissão Executiva do mesmo nível correspondente.
§2º: A Convenção poderá instalar-se com a presença de qualquer número de convencionais, mas as
deliberações somente poderão ser tomadas, por, no mínimo, 50% do total de convencionais.
§3º: A Convenção será presidida por qualquer membro da respectiva Comissão Executiva, que
deverá assinar a ata juntamente com o secretário ou secretária nomeado no ato para auxiliar os
trabalhos convencionais.
§4º: O sorteio dos números dos candidatos ou candidatas será realizado na mesma Convenção logo
após a apuração dos votos.

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§5º: A ata da Convenção deverá conter todas as deliberações adotadas, os nomes dos candidatos ou
candidatas escolhidos e os números a eles atribuídos.

Art. 159. Se a Convenção partidária se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes


legitimamente estabelecidas pelas instâncias superiores do Partido, a Comissão Executiva da
instância superior correspondente poderá anular tais decisões e os atos delas decorrentes.
§1º: A anulação da Convenção poderá ser total ou parcial. No caso de ser anulada apenas a
deliberação sobre coligações, podem permanecer como candidatos ou candidatas do Partido
aqueles já escolhidos pela Convenção.
§2º: Se da anulação de que trata este artigo surgir a necessidade de registro de candidatos ou
candidatas na Justiça Eleitoral, os requerimentos deverão ser apresentados até 10 (dez) dias
contados a partir da data da anulação parcial ou total da Convenção, e, tratando-se de
candidatos ou candidatas proporcionais, deverá ainda ser observado o prazo de até 60
(sessenta) dias antes do pleito.
§3º: No caso do parágrafo anterior, a Comissão Executiva da instância superior correspondente
poderá proceder à substituição ou à escolha de candidatos ou candidatas.

Art. 160. Em caso de substituição de candidatos ou candidatas já homologados na Convenção Oficial,


em virtude de renúncia, morte, inelegibilidade, indeferimento ou cancelamento de registro,
caberá à respectiva Comissão Executiva, ou, em caso de omissão, à Comissão Executiva da
instância superior, proceder à escolha dos substitutos, lavrando-se ata em livro próprio,
podendo ser utilizados os já existentes.

Art. 161. Havendo vagas nas chapas oficiais para as eleições proporcionais, a instância partidária só
poderá proceder ao preenchimento de vagas com expressa autorização da Comissão Executiva
da instância superior, que deverá ser encaminhada por escrito ao município ou ao estado
interessados.

CAPÍTULO II
DA CAMPANHA ELEITORAL

Art. 162. Quando houver acordo, aliança ou coligação eleitoral, a Comissão Executiva da instância
correspondente adotará resoluções específicas sobre a campanha e a composição do Comitê
Eleitoral.

Art. 163. As atividades e peças publicitárias de propaganda eleitoral das campanhas proporcionais
deverão obrigatoriamente destacar as candidaturas majoritárias, mencionar a legenda do
Partido e, quando houver, a coligação.
§1º: Peças publicitárias ou atividades de grandes proporções de candidatos ou candidatas
proporcionais, como outdoors ou equivalentes, devem ser expressamente autorizadas pelo
respectivo Diretório ou Comitê Eleitoral.
§2º: A Comissão Executiva da instância de direção correspondente deverá assegurar um mínimo de
recursos a todas as candidaturas.

Art. 164. É proibido realizar atividades de campanha eleitoral ou peças publicitárias com
candidaturas de outros partidos, ou as denominadas dobradinhas, salvo no caso de coligações
eleitorais aprovadas em Convenção.

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Parágrafo único: Os órgãos municipais ou estaduais só arcarão com as dívidas das campanhas
eleitorais das candidaturas majoritárias quando os gastos tenham sido expressamente
autorizados pelo respectivo Diretório ou Comitê Eleitoral.

Art. 165. Os candidatos e candidatas deverão, para apresentação da respectiva prestação de contas,
observar as normas estabelecidas neste Estatuto, devendo, ainda, atender às exigências
contidas na Lei Eleitoral e nas Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.
§1º: Na entrega da documentação para o registro da respectiva candidatura, deverá o candidato e a
candidata comunicar à instância partidária correspondente o número da conta bancária a ser
obrigatoriamente aberta em seu próprio nome para a movimentação financeira de sua
campanha eleitoral, exceto nos municípios com menos de 20.000 (vinte mil) eleitores ou onde
não haja agência bancária.
§2º: O candidato ou candidata proporcional deverá efetuar os gastos de campanha em seu
respectivo nome, assumindo individualmente eventuais dívidas daí decorrentes.

Art. 166. O candidato ou candidata majoritário participará das deliberações do Comitê Eleitoral ou
organismo equivalente.

Art. 167. Os Comitês Eleitorais devem prestar contas de suas atividades às respectivas Comissões
Executivas.

Art. 168. Em todas as campanhas eleitorais será constituído um Fundo Nacional de Apoio às Eleições
(Funae) destinado a:
a) custear as atividades e materiais produzidos, coordenados ou distribuídos pela direção
nacional;
b) assegurar um mínimo de recursos a todas as candidaturas majoritárias;
c) reorientar recursos conforme prioridades.

Art. 169. Enquanto não for aprovado em lei o financiamento público de campanhas eleitorais, o
Funae será constituído com recursos oriundos de contribuições de apoiadores e cotas de
contribuição estabelecidas para todas as candidaturas.
Parágrafo único: Poderão ser constituídos fundos similares estaduais e municipais, mediante acordo
prévio entre as instâncias, para a captação das contribuições.

Art. 170. A Comissão Executiva de cada instância cuidará para que haja total transparência de todas
as atividades de receita ou despesa das campanhas eleitorais.

Art. 171. Poderá ser expulso do Partido o candidato ou candidata, ou detentor de mandato executivo
ou legislativo, que atuar contra as candidaturas partidárias, ou fizer campanha para candidato
ou candidata de partidos não apoiados pelo Partido, ou que violar o disposto no artigo 164, ou
descumprir qualquer das cláusulas do “Compromisso Partidário do Candidato e Candidata
Petista” a que se refere o artigo 140 deste Estatuto.
§1º: Para efeito do disposto neste artigo, em face da urgência necessária, será adotado
procedimento específico para aplicação de medida disciplinar.
§2º: Deverá a Comissão Executiva, com base em documentos ou provas apresentados, instaurar
processo disciplinar próprio, adotando as seguintes providências:

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PARTIDO DOS TRABALHADORES

a) o candidato ou candidata deverá ser notificado imediatamente para apresentar em 10 (dez)


dias sua defesa por escrito, assegurando-lhe ampla defesa, podendo juntar documentos e
arrolar testemunhas, até o máximo de 10 (dez), que deverão comparecer independentemente
de intimação;
b) em seguida, serão designados dia e horário para a realização de uma só audiência a fim de
que sejam ouvidos o candidato ou candidata e as testemunhas arroladas, após o que será
elaborado relatório para encaminhamento do procedimento ao Diretório correspondente para
decisão.
§3º: Tratando-se de Comissão Provisória, as providências a que se refere o parágrafo anterior
deverão ser adotadas pela Comissão Executiva da instância de direção imediatamente superior.

Art. 172. A data da reunião do Diretório correspondente será comunicada ao candidato ou candidata,
que poderá nesta ocasião produzir defesa oral pelo prazo mínimo de 15 (quinze) minutos.
§1º: A decisão de expulsão somente poderá ser adotada pela maioria absoluta de votos dos
presentes, respeitado o quórum de deliberação de 50% (cinquenta por cento) mais um dos
membros do respectivo Diretório.
§2º: Dessa decisão caberá recurso, no prazo de 10 (dez) dias da notificação, à Comissão Executiva da
instância superior com efeito suspensivo, devendo ser julgado na reunião imediatamente
subsequente.
§3º: Da decisão da Comissão Executiva superior que deliberar pela expulsão do candidato, ou da
candidata, dos quadros de filiados e filiadas do Partido, a Comissão Executiva da instância
inferior correspondente será imediatamente comunicada para que adote as providências junto
à Justiça Eleitoral com vistas ao cancelamento de registro da respectiva candidatura, nos termos
do disposto na Lei Eleitoral.
§4º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, em caso de omissão da instância competente, as
providências junto à Justiça Eleitoral poderão ser adotadas pela Comissão Executiva da instância
superior correspondente.

Art. 173. A comunicação dos atos relacionados ao procedimento previsto nos artigos anteriores será
feita por carta com aviso de recebimento, presumindo-se ter sido recebida se dirigida ao
endereço declarado pelo candidato ou candidata na respectiva instância partidária.

Art. 174. A Comissão Executiva Estadual ou Nacional poderá avocar para si, por decisão de, no
mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus membros, procedimento instaurado por instância
inferior quando a repercussão do fato atingir sua jurisdição ou quando houver irregularidade no
encaminhamento das providências a serem adotadas pela instância inferior ou sua respectiva
Comissão Executiva.

Art. 175. O Diretório Nacional poderá adotar outras Resoluções relativas às eleições, a serem
observadas pelos candidatos e candidatas do Partido e pelas instâncias inferiores.

TÍTULO VI
DAS FINANÇAS E DA CONTABILIDADE DO PARTIDO

CAPÍTULO I

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Estatuto
PARTIDO DOS TRABALHADORES

DOS RECURSOS FINANCEIROS

Seção I – Dos recursos do Partido

Art. 176. Os recursos financeiros do Partido dos Trabalhadores serão originários de:
I – contribuições obrigatórias de seus filiados e filiadas na forma deste Estatuto;
II – contribuições obrigatórias dos filiados e filiadas ocupantes de cargos eletivos, de confiança
e dirigentes na forma deste Estatuto;
III – contribuições espontâneas de filiados ou filiadas e simpatizantes;
IV – doações na forma da lei;
V – dotações do Fundo Partidário, nos termos da lei e deste Estatuto;
VI – rendas e receitas de serviços decorrentes de atividades partidárias;
VII – rendas provenientes de convênios comerciais, na forma da lei, aprovados pela Comissão
Executiva Nacional;
VIII – outros auxílios financeiros não vedados em lei.

Art. 177. A arrecadação básica e permanente do Partido é oriunda de seus próprios filiados e filiadas.

Art. 178. As instâncias dirigentes envidarão todos os esforços para:


a) garantir o compromisso de sustentação financeira do Partido por parte de todos os filiados e
filiadas;
b) equilibrar as fontes de recursos e evitar que o Partido dependa de uma única fonte.

Seção II – Da responsabilidade pela arrecadação

Art. 179. As instâncias de direção, e em especial, as Secretarias de Finanças e Planejamento, são


responsáveis pela organização de atividades ou campanhas de arrecadação, e pela criação de
formas e mecanismos que ampliem a arrecadação financeira do Partido.
Parágrafo único: São ainda responsáveis:
I – Em nível nacional, através da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento:
a) pela cobrança e distribuição das contribuições de todos os filiados e filiadas, inclusive dos
detentores de cargos eletivos, de confiança e dos membros dos diretórios, através do Sistema
de Arrecadação de Contribuições Estatutárias (SACE) e pela emissão de relatórios que servirão
como documentos comprobatórios para a contabilização das contribuições recebidas.
b) pelos repasses obrigatórios para todas as instâncias e emissão de relatórios comprobatórios;
II- Nos demais níveis, através das Secretarias de Finanças e Planejamento:
a) em informar a instância nacional, através do SACE, toda vez que um filiado ou filiada, assumir
cargo;
b) pela contabilização das contribuições recebidas.

Art. 180. Filiados e filiadas devem cooperar com as instâncias partidárias:


I – mantendo a regularidade no pagamento das contribuições;
II – participando ativamente das campanhas de arrecadação;
III – comprovando a quitação quando solicitada.

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Seção III – Da responsabilidade pela aplicação dos recursos

Art. 181. Cada instância de direção é responsável pelas próprias finanças partidárias, devendo seus
respectivos dirigentes, em cada nível municipal, estadual ou nacional:
I - designar expressamente em livro próprio do Diretório os nomes dos dirigentes responsáveis para
a movimentação financeira dos recursos arrecadados e para autorização ou pagamento das
despesas, sendo no mínimo, o presidente ou presidenta e o tesoureiro ou tesoureira do Partido;
II - não permitir que transações financeiras, despesas partidárias ou eleitorais em nome da respectiva
instância sejam contraídas ou pagas sem a indicação do CNPJ próprio e sem a assinatura dos
responsáveis a que se refere o inciso anterior;
III- honrar as transações financeiras ou dívidas devidamente contraídas em nome da respectiva
instância, inclusive aquelas oriundas das campanhas eleitorais sob sua responsabilidade.
§1º: As instâncias superiores não respondem pela autorização ou pagamento de transações
financeiras, despesas ou dívidas contraídas por instâncias inferiores de direção.
§2º: Dívidas contraídas na forma do disposto neste artigo, em nome de instância de nível inferior e
CNPJ correspondente, não poderão ser transferidas ou assumidas por instâncias superiores,
nem judicial ou extra judicialmente.
§3º: Em cada nível, dívidas contraídas na forma do disposto neste artigo em nome de candidatura
majoritária de filiado ou filiada ao Partido, deverão ser honradas pelo respectivo comitê
financeiro da eleição correspondente, ou quando for o caso, com autorização expressa da
respectiva instância de direção.
§4º: Em cada nível, a instância de direção com CNPJ próprio responde pela arrecadação e
movimentação de seus recursos financeiros, não se aplicando a solidariedade prevista no Código
Civil para cobrança de valores, dívidas ou despesas contraídas em nome das demais instâncias
de direção, com CNPJ diverso.
§5º: Os dirigentes a que se refere o inciso I não poderão assinar, em nome da correspondente
instância de direção, termo de fiança em transação financeira ou despesa contraída em nome
de candidato ou candidata, ou instância inferior de direção.
§6º: Os dirigentes a que se refere o inciso I que descumprirem ou não efetivarem as exigências
contidas neste artigo estarão sujeitos ao pagamento do montante da despesa contraída, além
da aplicação de medidas disciplinares previstas neste Estatuto.
§7º: O Partido dos Trabalhadores, através de suas instâncias de direção, em cada nível, não arcará
com ônus de qualquer transação financeira efetuada em seu nome, ou com seu CNPJ
correspondente, por quaisquer pessoas, filiadas ou não, que não tenham sido expressamente
autorizadas nos termos do disposto neste artigo.

CAPÍTULO II
DAS CONTRIBUIÇÕES OBRIGATÓRIAS

Seção I – Do direito de votar e ser votado

Art. 182. Estará apto a votar em qualquer atividade de base e das instâncias partidárias todo filiado,
ou filiada, em dia com as contribuições financeiras partidárias, conforme as regras e tabelas
estabelecidas neste Estatuto.
§1º: Considera-se em dia o filiado, ou filiada, que efetuou as contribuições financeiras com o Partido.
§2º: Tratando-se de filiado, ou filiada, ocupante de cargo eletivo, de confiança e dirigentes,
considera-se em dia aquele que tenha quitado todas as suas contribuições financeiras
partidárias até o mês anterior à atividade de que pretende participar.

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§3º: Somente poderá ser votado nas eleições partidárias o filiado, ou filiada, que estiver em dia com
todas as suas contribuições financeiras partidárias, inclusive débitos passados.
§4º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o filiado, ou filiada, deverá apresentar Certidão
de Adimplência, que deverá ser emitida pelo Sistema de Arrecadação de Contribuição
Estatutária (SACE) Nacional.

Seção II – Da contribuição financeira dos filiados e das filiadas

Art. 183. Todo filiado, ou filiada, deverá efetuar, obrigatoriamente, duas contribuições ao Partido,
uma em cada semestre, com base na Taxa de Referência a ser definida, a cada ano, pela instância
nacional de direção.
§1º: A Taxa de Referência a que se refere o parágrafo anterior definirá o valor da contribuição
financeira do filiado, ou filiada, proporcionalmente aos rendimentos auferidos, e servirá, ainda,
para ser aplicada com seu valor mínimo, de acordo com o número total de filiações, às instâncias
municipais que decidirem pelo pagamento da contribuição coletiva a que se refere ao artigo 27
deste Estatuto.
§2º: As contribuições financeiras dos filiados e das filiadas serão efetuadas através do SACE, que fará
a redistribuição automática do valor arrecadado às instâncias de direção, no valor
correspondente de acordo com as normas estabelecidas neste Estatuto.

Seção III – Da contribuição financeira dos filiados e filiadas ocupantes de cargos eletivos
e de confiança no Legislativo, Executivo e dirigentes partidários

Art. 184. Filiados e filiadas ocupantes de cargos comissionados, eletivos, dirigentes partidários ou
parlamentares deverão efetuar uma contribuição mensal ao Partido, correspondente a um
percentual do total líquido da respectiva remuneração mensal, conforme tabela a que se refere
o artigo 187 deste Estatuto.
§1º: Detentor, ou detentora, de cargo ou função no Executivo ou Legislativo deverá autorizar o
departamento financeiro da fonte pagadora a fornecer todas as informações ao Partido, bem
como fornecer à Secretaria de Finanças e Planejamento do Partido cópia dos contracheques e
cópia de leis ou decretos referentes à sua remuneração.
§2º: A contribuição financeira deverá ser efetuada obrigatoriamente através do SACE por meio de
autorização por débito automático em conta corrente ou boleto bancário, sob o controle da
Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento.
§3º: Filiado ou filiada parlamentar, além da contribuição mensal individual, ficará responsável pela
arrecadação mensal das obrigações estatutárias de seus assessores e cargos de confiança
ocupados por filiados e filiadas, assegurando o valor mínimo equivalente a 5% (cinco por cento)
do total das verbas recebidas para a lotação do gabinete.
§4º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o filiado, ou filiada, parlamentar será o
responsável pelo repasse obrigatório e mensal, a ser efetuado através do SACE à instância
correspondente, observadas as orientações e datas definidas pela Secretaria de Finanças e
Planejamento da instância nacional de direção.
§5º: O descumprimento do disposto neste artigo sujeita o filiado ou a filiada parlamentar
inadimplente às seguintes medidas disciplinares: suspensão do direito de voto e das atividades
partidárias; desligamento temporário de sua bancada com substituição pelo suplente do
Partido; suspensão ou perda de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerça em
decorrência da representação e da proporção na respectiva Casa Legislativa; negativa de

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legenda para disputa de cargo eletivo, ou ainda à penalidade de expulsão, quando se tratar de
infrator reincidente reiterado.

Art. 185. Entende-se como remuneração mensal, o vencimento bruto menos Imposto de Renda,
pensão alimentícia, descontos previdenciários e benefícios para alimentação e transporte.
Considera-se também parte da remuneração mensal diárias por sessões extras, 13º salário,
ajuda de custo ou extras de qualquer natureza que não contrariem os princípios partidários.
Parágrafo único: Quando não houver decisão judicial sobre os valores da pensão a que se refere o
parágrafo anterior, não havendo, em consequência, desconto direto no contracheque, o acordo
entre as partes deverá ser encaminhado formalmente ao SACE.

Art. 186. Filiados e filiadas ocupantes de cargos de confiança, assessores dos detentores de
mandatos executivos, mesas legislativas e lideranças de Bancadas, que não sejam funcionários
públicos efetivos, deverão efetuar uma contribuição financeira mensal, conforme tabela a que
se refere o artigo 187 deste Estatuto.
Parágrafo único: Filiados e filiadas funcionários efetivos ocupantes de cargos de confiança deverão
efetuar sua respectiva contribuição financeira mensal, calculada com base em seu salário
normal, e, ainda, com base na diferença salarial decorrente de sua nomeação, obedecido o
disposto nos artigos 183 e 187 deste Estatuto.

Art. 187. A tabela das contribuições financeiras a ser aprovada pelo Diretório Nacional, dos filiados
e filiadas ocupantes de cargos eletivos e de confiança no Legislativo e Executivo e dos dirigentes
partidários, deverá ser adotada por todas as instâncias partidárias e somente poderá ser
alterada por deliberação de, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos membros do próprio
Diretório Nacional.
Parágrafo único: As contribuições a que se refere este artigo serão pagas diretamente pelo filiado
ou filiada através do SACE e serão repassadas à instância do mesmo nível territorial do cargo
ocupado, de acordo com as distribuições estabelecidas neste Estatuto.

Art. 188. Filiados ou filiadas membros das direções partidárias deverão efetuar contribuição mensal
através do SACE, correspondente a 1% (um por cento) do total líquido da respectiva
remuneração mensal.
§1º: Os membros das direções que são, ainda, funcionários ou funcionárias do Partido deverão
efetuar contribuição mensal com base na tabela a ser definida pela instância nacional de
direção.
§2º: Para efeito do cálculo das contribuições previstas neste artigo, aplica-se, no que couber, o
disposto no artigo 185.

CAPÍTULO III
DA DISTRIBUIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES ESTATUTÁRIAS ENTRE AS INSTÂNCIAS

Art. 189. Os repasses entre as instâncias, mensais e obrigatórios, obedecem aos princípios de
cooperação, solidariedade, ajuda mútua e responsabilidade coletiva.

Art. 190. Os repasses referentes às contribuições financeiras dos filiados e filiadas arrecadadas pelo
SACE serão distribuídos às instâncias que correspondem ao domicílio eleitoral do filiado ou
filiada, obedecidos os seguintes percentuais:

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I- Contribuições dos filiados ou filiadas que não ocupam cargos comissionados, eletivos ou dirigentes:
a) 85% (oitenta e cinco por cento) à instância municipal sem Zonal;
b) 42,5% (quarenta e dois e meio por cento) à instância municipal com Zonal e 42,5% (quarenta e
dois e meio por cento) ao Diretório Zonal correspondente;
c) 10% (dez por cento) à instância estadual correspondente;
d) 5% (cinco por cento) ao Diretório Nacional.
§1º: O Diretório Municipal poderá, em benefício do Diretório Zonal, abrir mão do percentual a que
se refere a letra “b”, desde que o pedido seja devidamente formalizado perante a Secretaria
Nacional de Finanças e Planejamento.
§2º: Considerando que a primeira contribuição semestral obrigatória do filiado ou filiada deverá ser
paga até 15 de junho, o repasse a que se refere esse artigo deverá ser efetuado até o dia 21 de
junho de cada ano; no tocante à segunda contribuição, que deverá ser paga até 15 de dezembro,
o repasse correspondente deverá ser efetuado até o dia 21 de dezembro de cada ano.
II- Contribuições de filiados ou filiadas ocupantes de cargos comissionados ou eletivos na esfera
municipal:
a) 75% (setenta e cinco por cento) à instância municipal correspondente;
b) 20% (vinte por cento) à instância estadual correspondente;
c) 5% (cinco por cento) ao Diretório Nacional.
III- Contribuições de filiados ou filiadas ocupantes de cargos comissionados ou eletivos na esfera
estadual:
a) 90% (noventa por cento) à instância estadual correspondente;
b) 10% (dez por cento) ao Diretório Nacional.
IV- Contribuições de filiados ou filiadas ocupantes de cargos comissionados ou eletivos na esfera
federal:
IV.I. Cargos comissionados no Poder Executivo:
a) 75% (setenta e cinco por cento) ao Diretório Nacional;
b) 15% (quinze por cento) à instância estadual correspondente;
c) 10% (dez por cento) à instância municipal correspondente.
IV.II. Cargos eletivos e comissionados na Câmara Federal e Senado Federal:
a) 100% (cem por cento) ao Diretório Nacional.
V- Contribuições de filiados ou filiadas dirigentes partidários:
a) 85% (oitenta e cinco por cento) à instância municipal correspondente;
b) 10% (dez por cento) à instância estadual correspondente;
c) 5% (cinco por cento) ao Diretório Nacional.

Art. 191. Os repasses referentes às contribuições recebidas de filiados ou filiadas dirigentes e


funcionários do Partido, obedecerão os percentuais previstos nos incisos II, III e IV.II do artigo
190.

Art. 192. As contribuições recebidas entre os dias 01 e 15 serão repassadas até o dia 21 de cada mês
e aquelas recebidas entre os dias 16 e o último dia do mês serão repassadas até dia 06 do mês
subsequente.

Art. 193. O Diretório Nacional poderá reter, ainda, até 5% (cinco por cento) do valor arrecadado de
todas as contribuições, à título de taxa administrativa, para cobrir as despesas operacionais,
bancárias e da documentação comprobatória aos filiados ou filiadas e instâncias.

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Art. 194. As receitas oriundas de contribuições arrecadadas pelo SACE serão comprovadas através
de relatórios contendo nome, CPF, data, e valor recebido, bem como o total da taxa
administrativa retida no Diretório Nacional e os valores repassados às instâncias
correspondentes.

Art. 195. As instâncias de qualquer nível poderão, além dos repasses obrigatórios, firmar convênios
entre si, ou dividir recursos obtidos em campanhas financeiras e demais atividades de
arrecadação, nas proporções por elas estabelecidas.

Art. 196. A Comissão Executiva Nacional, através da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento,
em conjunto com a Secretaria Nacional de Organização, proporá anualmente campanha de
finanças associada à campanha de filiação, como forma de aumentar a arrecadação das
instâncias e viabilizar as atividades partidárias nacionais.

Art. 197. Poderá ser decretada intervenção nas instâncias que não estiverem em dia com a instância
superior, obedecidas as normas previstas neste Estatuto.

Art. 198. O Diretório Nacional poderá efetuar, excepcionalmente, contribuições às instâncias


estaduais em processo de implantação.
Parágrafo único: O disposto neste artigo aplica-se às instâncias estaduais com municípios em fase
de implantação e organização do Partido.

Art. 199. Os procedimentos referentes aos repasses dos recursos entre instâncias partidárias,
previstos neste Estatuto, não poderão ser alterados no decorrer do prazo de um ano de sua
aprovação.

CAPÍTULO IV
DA DISTRIBUIÇÃO DO FUNDO PARTIDÁRIO

Art. 200. Os recursos oriundos do Fundo Partidário (Fundo Especial de Assistência Financeira aos
Partidos Políticos) previsto na Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) e nas Resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral, serão aplicados nas seguintes atividades:
a) manutenção das sedes e serviços do Partido, permitido o pagamento de pessoal, a qualquer
título, este último até o limite máximo de 20% (vinte por cento) do total recebido;
b) propaganda doutrinária e política;
c) filiação e campanhas eleitorais;
d) criação e manutenção de Fundação ou Instituto de Pesquisa e de doutrinação política, sendo
esta aplicação de no mínimo 20% (vinte por cento) do total recebido;
e) na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das
mulheres, sendo esta aplicação de no mínimo 5% (cinco por cento) do total recebido.

Art. 201. Descontados os 20% (vinte por cento), pelo menos, de que trata o inciso IV do artigo 44 da
Lei nº 9.096/95, os demais recursos do Fundo Partidário serão divididos, redistribuídos e
repassados aos órgãos de direção partidária de acordo com as normas estabelecidas neste
Estatuto.

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Art. 202. Efetuado o desconto de que trata o artigo anterior, os recursos do Fundo Partidário serão
divididos da seguinte forma:
a) 60% (sessenta por cento) serão destinados à instância nacional de direção;
b) 40% (quarenta por cento) serão destinados às instâncias estaduais de direção, na forma
estabelecida no artigo 189 deste Estatuto.

Art. 203. A Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento distribuirá os recursos financeiros do


Fundo Partidário a que se refere a letra “b” do artigo anterior, observados os seguintes critérios:
a) 20% (vinte por cento) do montante destinado às instâncias estaduais de direção, divididos em
partes iguais para todos os Estados e o Distrito Federal;
b) 80% (oitenta por cento) do montante destinado às instâncias estaduais de direção, divididos
em partes proporcionais ao número de delegados estaduais eleitos ao último Encontro
Nacional.

Art. 204. O repasse das cotas destinadas às instâncias estaduais, a que se refere o artigo anterior,
será efetuado pelo Diretório Nacional, mediante depósito em conta bancária do Partido em cada
estado, até 5 (cinco) dias úteis após a data do depósito efetuado pelo Tribunal Superior Eleitoral
à instância nacional.
§1º: Só serão repassados os recursos do Fundo Partidário às instâncias de direção que estiverem
quites com as demais obrigações estatutárias relativas às finanças, de acordo com as normas
estabelecidas pelo Diretório Nacional, observadas a legislação partidária e eleitoral.
§2º: Eventuais débitos junto às instâncias superiores responsáveis pelos repasses poderão ser
abatidos, acrescidos de juros de poupança calculados a partir da data do débito.

§3º: Exceto nos casos de abatimento de dívidas ou de acordos previamente formalizados e firmados
pelas partes, a retenção do repasse dos recursos do Fundo Partidário pela instância superior
constitui-se em apropriação indébita, passível de punição de acordo com as normas
estabelecidas pelo Diretório Nacional.
§4º: Os repasses do Fundo Partidário às instâncias estaduais deverão ser registrados em planilha
própria e os beneficiados deverão emitir e assinar recibos à Secretaria Nacional de Finanças e
Planejamento.

Art. 205. As instâncias estaduais deverão adotar critérios de distribuição de parcelas de suas cotas
do Fundo Partidário às instâncias municipais.
§1º: Os critérios a que se refere este artigo não poderão ser alterados no decorrer do ano de sua
aprovação.
§2º: Cópia da decisão que aprovou os critérios previstos neste artigo deverá ser encaminhada às
respectivas Secretarias de Finanças municipais e nacional.

Art. 206. Na prestação de contas das instâncias partidárias de qualquer nível devem ser
discriminadas as despesas realizadas com recursos do Fundo Partidário.
Parágrafo único: O resumo da utilização dos recursos do Fundo Partidário, referente à prestação de
contas entregue à Justiça Eleitoral, será divulgado, a cada ano, no site nacional do Partido.

CAPÍTULO V
DO ORÇAMENTO E FUNDO ELEITORAL INTERNO

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Art. 207. Até a primeira semana de março de cada ano, as instâncias partidárias de cada nível devem
aprovar o orçamento anual elaborado pela respectiva Secretaria de Finanças ou Tesouraria, com
apoio do Conselho Fiscal, baseada em propostas elaboradas por seus dirigentes.
§1º: As Secretarias Nacionais deverão apresentar, até o mês de dezembro do ano anterior, proposta
de orçamento anual à Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, que, por sua vez, deverá
elaborar a proposta de orçamento, sempre no mês de janeiro, utilizando como critério principal
o plano de ação do Partido para aquele ano.
§2º: A proposta de que trata o parágrafo anterior será encaminhada aos membros do Diretório
Nacional e às instâncias estaduais, para conhecimento, debate e manifestação das respectivas
instâncias.
§3º: As contribuições recebidas serão analisadas e apreciadas pela Secretaria Nacional de Finanças
e Planejamento, que finalizará a proposta de Orçamento Participativo para discussão e
aprovação pelo Diretório Nacional.
§4º: Os procedimentos e prazos previstos neste artigo deverão ser adotados pelas instâncias
inferiores, obedecida a hierarquia partidária.

Art. 208. Como forma de democratizar as atividades especificadas no orçamento, podem ser
estabelecidos rateios de despesas entre instâncias e taxas de inscrição.

Art. 209. As instâncias partidárias, em cada nível, ficam obrigadas a reservar, mensalmente, 5% (cinco
por cento) da receita partidária para a constituição do Fundo Eleitoral Interno (FEI).
Parágrafo único: Os recursos do FEI deverão ser depositados em conta bancária específica e servirão
para cobrir as despesas com a realização do PED, prévias, encontros setoriais e congressos da
JPT.

Art. 210. O financiamento para o pagamento das despesas das chapas e candidatos ou candidatas às
eleições internas será exclusivo através do FEI.
§1º: Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o filiado ou filiada poderá contribuir para as
campanhas internas das chapas e dos candidatos ou candidatas de sua preferência, desde que
a contribuição seja efetuada através do FEI.
§2º: Os critérios de distribuição do FEI e as contribuições dos filiados e filiadas a que se refere o
parágrafo anterior serão regulamentadas pelo Diretório Nacional.

CAPÍTULO VI
DA CONTABILIDADE DO PARTIDO

Art. 211. As receitas obtidas e as despesas efetuadas pelo Partido serão contabilizadas e
administradas com observância das prescrições legais.

Art. 212. A contabilidade deve ser mantida em dia de acordo com os preceitos da escrituração
contábil, garantindo a elaboração, a aprovação e a entrega do balanço anual e da prestação de
contas à Justiça Eleitoral.
Parágrafo único: Cópias do balanço anual e da prestação de contas deverão ser encaminhadas à
instância imediatamente superior até 30 (trinta) dias após a devida entrega à Justiça Eleitoral.

Art. 213. A movimentação dos recursos do Partido deverá ser efetuada através de contas correntes
bancárias em nome do Partido dos Trabalhadores.

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§1º: A abertura e a movimentação de contas bancárias e demais transações financeiras em nome do


Partido dos Trabalhadores deverão ser feitas, conjuntamente, pelo presidente ou presidenta e
pelo secretário ou secretária de finanças, ou tesoureiro ou tesoureira, da respectiva Comissão
Executiva.
§2º: A Secretaria de Finanças e Planejamento de cada instância partidária deverá, ainda, observar as
normas previstas no Regimento Interno de Contabilidade e Finanças Partidárias, a ser elaborado
pela instância nacional de direção, que disporá detalhadamente os procedimentos a serem
rigorosamente cumpridos e observados sobre movimentação financeira dos recursos e
contabilidade.

Art. 214. Cada instância de direção deverá dispor de CNPJ próprio.


§1º: Os dirigentes a que se refere o inciso I do artigo 181 devem garantir que a respectiva instância
de direção tenha CNPJ próprio, não permitindo que sejam efetuadas despesas com CNPJ
diverso.
§2º: Em questões administrativas e para efeitos fiscais, financeiros, trabalhistas ou quaisquer outros
de ordem judicial ou extrajudicial, a instância de direção, em cada nível, é autônoma,
considerada pessoa jurídica distinta e independente, não se equiparando, nos termos da
legislação vigente, a filial de pessoa jurídica com fins lucrativos, respondendo seus respectivos
dirigentes pelos atos praticados em seu nome e CNPJ próprio.
§3º: Cada instância de direção só arcará com transações financeiras ou despesas contraídas com seu
CNPJ correspondente, devendo ainda observar as exigências contidas no artigo 181.
§4º: Constitui falta grave, sujeito à aplicação de medida disciplinar, a utilização, por parte de filiados
e filiadas, dirigentes ou instância, do CNPJ de qualquer instância partidária sem autorização
expressa dos dirigentes responsáveis a que se refere o artigo 181.

CAPÍTULO VII
DOS CONSELHOS FISCAIS

Art. 215. Os Conselhos Fiscais serão formados nas Zonas, nos municípios, nas capitais e nos
municípios com Zonais, nos estados e nacionalmente, e terão as seguintes atribuições:
I – colaborar na elaboração e na execução do orçamento;
II – analisar e emitir parecer sobre os balancetes, demonstrativos contábeis e prestações de
contas do Partido, na esfera de sua competência;
III – acompanhar os resultados da gestão financeira, a movimentação bancária dos recursos, a
correta contabilização das receitas e despesas, obedecidas as normas deste Estatuto e da
legislação em vigor.

Art. 216. Os Conselhos Fiscais serão eleitos de acordo com as normas previstas neste Estatuto e serão
compostos por 6 (seis) membros efetivos e 3 (três) suplentes, que não poderão ser membros
dos respectivos Diretórios.
TÍTULO VII
DA DISCIPLINA E DA FIDELIDADE PARTIDÁRIAS

CAPÍTULO I
DAS COMISSÕES DE ÉTICA E DISCIPLINA

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Estatuto
PARTIDO DOS TRABALHADORES

Art. 217. À Comissão de Ética e Disciplina compete, no âmbito de sua jurisdição, apurar as infrações
à disciplina, à ética, à fidelidade e aos deveres partidários, emitindo parecer para decisão do Diretório
correspondente.

Art. 218. O mandato das Comissões será igual ao dos respectivos Diretórios, mesmo que venham a
ser eleitos extraordinariamente no curso da gestão, não havendo qualquer impedimento para a
reeleição de seus membros.

Art. 219. As Comissões de Ética e Disciplina serão compostas de 6 (seis) membros efetivos e 3 (três)
suplentes e escolherão um coordenador ou coordenadora e um secretário ou secretária entre seus
integrantes, que não poderão pertencer às instâncias de direção.

Art. 220. As Comissões de Ética e Disciplina são órgãos de cooperação política dos Diretórios
correspondentes e suas funções não terão, portanto, cunho policial ou judicial. Visam, sobretudo,
cooperar na avaliação dos problemas políticos envolvidos em questões de ética e disciplina
partidária, reunindo elementos pertinentes.

Art. 221. As Comissões de Ética e Disciplina devem se preocupar sempre em contribuir


prioritariamente para a superação das divergências políticas surgidas nos casos que lhes forem
encaminhados, no intuito de preservar a unidade e a integridade partidárias, bem como as relações
de fraternidade, urbanidade e respeito entre os filiados e filiadas.

Art. 222. A Comissão de Ética e Disciplina somente poderá reunir-se com a presença de no mínimo
3 (três) de seus membros, convocando-se os suplentes no caso de vaga. Esgotado o número de
suplentes e havendo ainda a necessidade de se completar as vagas, o Diretório elegerá, respeitada
a proporcionalidade do resultado do Encontro, o substituto que completará o mandato, qualquer
que seja o período a ser cumprido.
Art. 223. A Comissão de Ética e Disciplina concluirá a instrução do processo disciplinar no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua instauração, que poderá ser prorrogado, a
critério da Comissão Executiva do órgão correspondente, por mais 30 (trinta) dias.
Parágrafo único: Não será permitida qualquer divulgação sobre o andamento dos trabalhos da
Comissão de Ética, salvo por decisão da instância de direção correspondente.

CAPÍTULO II
DA DISCIPLINA E DA FIDELIDADE PARTIDÁRIAS

Art. 224. A disciplina interna e a fidelidade partidária serão asseguradas, na forma estabelecida neste
Estatuto, pelas seguintes medidas:
I – intervenção de instância superior em inferior;
II – aplicação de medidas disciplinares, na forma deste Estatuto;
III – manifestação das instâncias do Partido.

Art. 225. Filiados e filiadas ao Partido, mediante apuração em processo em que lhes seja assegurada
ampla defesa, estão sujeitos às medidas disciplinares estabelecidas no presente Estatuto.

Art. 226. As penas disciplinares coletivas de intervenção, destituição ou dissolução de instâncias


partidárias poderão ser cumulativas com outras penas individuais, particularizadas.

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Art. 227. Constituem infrações éticas e disciplinares:


I – a violação às diretrizes programáticas, à ética, à fidelidade, à disciplina e aos deveres partidários
ou a outros dispositivos previstos neste Estatuto;
II – o desrespeito à orientação política ou a qualquer deliberação regularmente tomada pelas
instâncias competentes do Partido, inclusive pela Bancada a que pertencer o ocupante de cargo
legislativo;
III – a improbidade no exercício de mandato parlamentar ou executivo, bem como no exercício de
mandato de órgão partidário ou de função administrativa;
IV – a atividade política contrária ao Programa e ao Manifesto do Partido;
V – a falta, sem motivo justificado por escrito, a mais de 3 (três) reuniões sucessivas das instâncias
de direção partidárias de que fizer parte;
VI – a falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes aos cargos e funções partidárias;
VII – a infidelidade partidária, nos termos da lei e deste Estatuto;
VIII – o não acatamento às deliberações dos Encontros e Congressos do Partido, bem como àquelas
adotadas pelos Diretórios e Comissões Executivas do Partido, principalmente se, tendo sido
convocado, delas não tiver participado;
IX – a propaganda de candidato ou candidata a cargo eletivo de outro Partido ou de coligação não
aprovada pelo PT ou, por qualquer meio, a recomendação de seu nome ao sufrágio do eleitorado;
X – acordos ou alianças que contrariem os interesses do Partido, especialmente com filiados ou
filiadas de partidos não apoiados pelas direções partidárias;
XI – o apoio a governos que contrariem os princípios programáticos do Partido, principalmente
quando em proveito pessoal, ou o exercício de cargo de governo – ministro ou ministra, secretário
ou secretária, diretor ou diretora de autarquia ou similar – em qualquer nível, em governo não
apoiado pelo PT, salvo autorização expressa das instâncias partidárias;
XII – a obstrução ao funcionamento de qualquer órgão de direção partidária;
XIII – a promoção de filiações em bloco que objetivem o predomínio de pessoas ou grupos estranhos
ou sem afinidade com o Partido;
XIV – a não-comunicação ao conjunto dos filiados e filiadas dos nomes inscritos nas chapas; o não-
encaminhamento das fichas de cadastro de filiação; a não-divulgação da lista de filiados e filiadas ao
conjunto do Partido; o impedimento, por ato ou omissão, da aplicação das normas ou da fiscalização
nos processos eleitorais internos; o pagamento coletivo da contribuição de filiados e filiadas, ou
impedimento à participação de qualquer filiado ou filiada devidamente habilitado na sua instância;
XV – a formulação de denúncias infundadas contra outros filiados ou filiadas ao Partido;
XVI – a não-contribuição financeira com o Partido, nas formas deste Estatuto, quando estiver
ocupando cargo eletivo ou cargo em comissão.

CAPÍTULO III
DAS PENALIDADES

Art. 228. São as seguintes as medidas disciplinares:


I – advertência reservada ou pública;
II– censura pública;
III – suspensão do direito de voto por tempo determinado;
IV– suspensão das atividades partidárias por tempo determinado;
V – destituição de função em órgão partidário;

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VI – desligamento de cargo comissionado;


VII – negativa de legenda para disputa de cargo eletivo;
VIII– expulsão, com cancelamento da filiação;
IX – perda de mandato.
§1º: Aplica-se a penalidade de destituição de função, conforme a gravidade da infração, a critério da
maioria absoluta dos membros do órgão competente.
§2º: Aplicam-se as penas dos incisos I e II, segundo a gravidade da falta, aos infratores primários, por
infrações à ética, à disciplina, à fidelidade e aos deveres partidários.
§3º: As penas dos incisos I a IV poderão ser aplicadas cumulativamente, conforme a tipicidade das
infrações e sua gravidade.
§4º: As penas de suspensão indicarão os direitos e funções partidárias cujo exercício será por elas
atingido.
§5º: Aplica-se a pena de suspensão ao infrator ou infratora dos deveres partidários, bem como ao
que praticar qualquer das infrações definidas no artigo 227.
§6º: Aplica-se a pena de destituição de cargo ou função em órgão partidário ao dirigente que praticar
qualquer das infrações definidas no artigo 227;
§7º: A pena de negativa de legenda para a disputa de cargo eletivo será aplicada ao filiado ou filiada
que praticar qualquer das infrações definidas no artigo 227, podendo, no caso de dirigente, ser
cumulativa com a do parágrafo anterior.
§8º: A pena de desligamento da bancada será aplicada ao parlamentar que desrespeitar as normas
prevista no artigo 73 deste Estatuto ou praticar qualquer das infrações definidas no artigo 227,
podendo, em se tratando de dirigente, ser cumulativa com a do § 7º deste artigo.
§9º: Qualquer punição disciplinar de suspensão e destituição implicará a perda de delegação
partidária que o membro do Partido tenha recebido;
§10º: A pena de suspensão ou expulsão poderá, também, ser aplicada ao infrator ou infratora
reincidente reiterado.

Art. 229. A infidelidade partidária se caracteriza pela desobediência aos princípios doutrinários e
programáticos, às normas estatutárias e às diretrizes estabelecidas pelos órgãos competentes.
§1º: Considera-se ato de infidelidade partidária, sujeitando o infrator ou infratora aplicação sumária
da pena de cancelamento do registro da candidatura na Justiça Eleitoral e à expulsão simultânea do
Partido, o candidato ou candidata do Partido que, contrariando as deliberações de Convenção e os
interesses partidários, fizer campanha eleitoral para candidato ou candidata ou partido adversário.
§2º: Os integrantes das bancadas parlamentares, além das medidas disciplinares, estão sujeitos às
penas de desligamento temporário de sua bancada com substituição pelos suplentes do Partido,
suspensão do direito de voto nas reuniões internas ou à perda de todas as prerrogativas, cargos e
funções que exerçam em decorrência da representação e da proporção partidária, na respectiva Casa
Legislativa, quando se opuserem, pela atitude ou pelo voto, às diretrizes legitimamente
estabelecidas pelos órgãos partidários.
§3º: As penas previstas no parágrafo anterior serão aplicadas após regular processo conduzido pela
Comissão de Ética e Disciplina correspondente, salvo na hipótese de descumprimento pelos filiados
ou filiadas parlamentares de decisão relativa a “fechamento de questão”, quando a pena será
aplicada independentemente de processo, observado o disposto no artigo 71 deste Estatuto.

Art. 230. O parlamentar que deixar a legenda, desobedecer ou se opuser às deliberações ou


resoluções estabelecidas pelas instâncias dirigentes do Partido perderá o mandato, assumindo,
nesse caso, o suplente do Partido, pela ordem de classificação.

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Parágrafo único: No caso de desligamento voluntário ou disciplinar, poderá, ainda, ser aplicada a
pena de indenização equivalente à remuneração total auferida em 12 (doze) meses.

Art. 231. Dar-se-á a expulsão nos casos em que ocorrer:


I – infração grave às disposições legais e estatutárias;
II – inobservância grave dos princípios programáticos, da ética, da disciplina e dos deveres
partidários;
III – infidelidade partidária;
IV – ação do eleito ou eleita pelo Partido para cargo executivo ou legislativo ou do filiado ou filiada
contra as deliberações dos órgãos partidários e as diretrizes do Programa;
V – ostensiva hostilidade, atitudes desrespeitosas ou ofensas graves e reiteradas a dirigentes,
lideranças partidárias, à própria legenda ou a qualquer filiado ou filiada;
VI – improbidade no exercício de mandato parlamentar ou executivo, bem como no de órgão
partidário ou função administrativa;
VII – incidência reiterada de conduta pessoal indecorosa;
VIII – violação reiterada de qualquer dos deveres partidários;
IX – reincidência em promover filiações em bloco que objetivem o predomínio de pessoas ou grupos
estranhos ou sem afinidade com o Partido;
X – desobediência às deliberações regularmente tomadas em questões consideradas fundamentais,
inclusive pela bancada a que pertencer o ocupante de cargo legislativo;
XI – atuação contra candidatura partidária ou realização de campanha para candidatos ou
candidatas de partidos não apoiados pelo PT;
XII – condenação por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença
transitada em julgado.
Parágrafo único: A pena de expulsão implica o imediato cancelamento da filiação partidária, com
efeitos na Justiça Eleitoral.

CAPÍTULO IV
DO PROCESSO DISCIPLINAR

Art. 232. A representação deverá ser feita por filiado ou filiada, em petição escrita, motivada e
circunstanciada, acompanhada das provas em que se fundar e da indicação do rol de testemunhas,
até o limite máximo de 8 (oito), devendo ser dirigida:
I – à Comissão Executiva do Diretório da filiação do denunciado ou da denunciada, ou no caso de
prefeito ou prefeita, vice-prefeito ou vice-prefeita, secretário ou secretária municipal, vereador ou
vereadora, ou membro do Diretório nas capitais e municípios com Zonais, à Comissão Executiva do
respectivo Diretório Municipal;
II – à Comissão Executiva Estadual se o denunciado, ou denunciada, for membro do Diretório
Estadual, governador ou governadora, vice-governador ou vice-governadora, deputado ou deputada
estadual ou federal, senador ou senadora, secretário ou secretária de Estado ou equivalente;
III – à Comissão Executiva Nacional, se o denunciado ou denunciada for membro do Diretório
Nacional, presidente ou presidenta, vice-presidente ou vice-presidenta da República, ministro ou
ministra de Estado ou equivalente.
Parágrafo único: A Comissão Executiva de nível superior poderá avocar para si o processo, bem como
seu julgamento, de representação formulada perante instância inferior quando a repercussão do
fato ou a gravidade da infração atingir sua jurisdição ou seu interesse.

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Estatuto
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Art. 233. A Comissão Executiva do nível correspondente decidirá sobre a admissibilidade ou remessa
da representação à Comissão de Ética e Disciplina para instauração do respectivo processo, no prazo
máximo de 30 (trinta) dias.
§ 1º No caso de manifesto descabimento da representação, a Comissão Executiva encaminhará
relatório ao respectivo Diretório propondo seu arquivamento.
§ 2º Da decisão de arquivamento a que se refere o parágrafo anterior caberá recurso, no prazo de
10 (dez) dias, à Comissão Executiva hierarquicamente superior.

Art. 234. Uma vez recebida a representação, a Comissão Executiva correspondente adotará as
seguintes providências:
a) no caso de flagrante desrespeito às deliberações e diretrizes legitimamente estabelecidas pelas
instâncias superiores do Partido, sem necessidade de instrução – oitiva de testemunhas pela
Comissão de Ética e Disciplina ou outras provas para subsidiar a decisão da instância competente –,
a Comissão Executiva notificará imediatamente o denunciado ou denunciada para apresentação de
defesa no prazo de 10 (dez) dias, após o que encaminhará o procedimento ao Diretório
correspondente para decisão;
b) nos demais casos, deverá encaminhá-la ao coordenador ou coordenadora da Comissão de Ética
e Disciplina, a quem cabe dirigir a instrução, o qual, em caso de impedimento, designará um relator
ou relatora que poderá ser substituído em qualquer fase do processo de instrução, por ausência,
motivo relevante ou conveniência ética.

Art. 235. Estará impedido de participar da instrução e do julgamento do processo disciplinar


qualquer membro da Comissão de Ética e Disciplina ou do Diretório correspondente que tenha
interesse pessoal no caso. A argüição de impedimento será feita pelo próprio filiado, ou filiada,
denunciado ou por qualquer outro filiado, ou filiada, interessado e será decidida pela Comissão
Executiva do Diretório correspondente.
Parágrafo único: Se houver impedimento ou suspeição da maioria absoluta dos membros da
Comissão de Ética e Disciplina, o processo será remetido à Comissão de Ética e Disciplina da instância
partidária imediatamente superior.
Art. 236. Considerando regular a representação, o coordenador ou coordenadora, ou o relator ou
relatora da Comissão de Ética e Disciplina adotará as seguintes providências:
a) mandará notificar o representado ou representada para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer defesa
escrita, bem como as provas que pretende produzir e a indicação do rol de testemunhas até o
máximo de 8 (oito);
b) em seguida, designará dias e horários para a realização das audiências, nas quais serão ouvidos o
autor ou autora da representação, o representado ou representada e as testemunhas arroladas, em
depoimentos que deverão ser gravados ou lavrados imediatamente em ata a ser assinada pela
testemunha e pelo filiado, ou filiada, denunciado.
Parágrafo único: As audiências serão realizadas, de preferência, na sede partidária, aos sábados,
domingos e feriados, ou em outra data, se assim deliberado pela maioria da Comissão de Ética e
Disciplina.

Art. 237. A Comissão de Ética poderá solicitar, ainda, juntada de documentos ou a oitiva de outras
testemunhas, fazer diligências ou investigações, garantido às partes acesso pessoal, ou por seu
advogado ou advogada constituído, a todos os depoimentos, provas e documentos colhidos.

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Art. 238. Concluída a instrução, será aberto o prazo sucessivo de 10 (dez) dias para a apresentação
das alegações finais do autor, ou autora, da representação e do representado, ou representada.
Parágrafo único: Findo o prazo, com ou sem as razões de qualquer das partes, será elaborado o
parecer da Comissão de Ética e Disciplina, com indicação das penalidades, para a devida deliberação
do Diretório respectivo.

Art. 239. A data da reunião do Diretório será designada nos 20 (vinte) dias subseqüentes contados a
partir da entrega do parecer da Comissão de Ética e Disciplina, dando-se ciência às partes por
correspondência, dirigida aos endereços constantes no processo, as quais deverão ser postadas e
recebidas até 5 (cinco) dias antes da realização da reunião.
§1º: Por ocasião do julgamento, o autor ou autora da representação e o representado ou
representada poderão apresentar suas razões orais, pessoalmente ou por intermédio de advogado
ou advogada, pelo prazo de 15 (quinze) minutos cada.
§2º: Na oportunidade do julgamento, serão garantidos aos acusados ou acusadas o contraditório e
a observância às normas da mais ampla defesa, com os meios a ela inerentes.
§3º: Entende-se por meios inerentes de prova todos aqueles que tiverem, direta ou indiretamente,
relação com os fatos considerados do interesse da defesa, excluídos os meramente protelatórios.

Art. 240. As medidas disciplinares a serem aplicadas poderão ou não ser aquelas indicadas no
parecer da Comissão de Ética e Disciplina e serão adotadas pelo Diretório correspondente por
maioria absoluta de votos dos presentes, respeitado o quórum de deliberação da instância.

Art. 241. Das decisões que contiverem medidas disciplinares caberá recurso ao Diretório
hierarquicamente superior no prazo de 10 (dez) dias contados da notificação das partes, podendo a
Comissão Executiva correspondente conceder efeito suspensivo, que será obrigatório para a pena
de expulsão.

Art. 242. Contam-se os prazos excluindo-se o dia do início e incluindo-se o dia do término. No início
da contagem dos prazos, não serão computados os sábados, domingos e feriados.
§1º: Se o início do prazo cair no sábado, no domingo ou em feriado, este começará a fluir a partir do
primeiro dia útil subseqüente; se terminar em qualquer desses dias, este será prorrogado para o
primeiro dia útil seguinte.
§2º: Quando o Estatuto não estabelecer prazo especial e o coordenador ou coordenadora da
Comissão de Ética e Disciplina não o fixar, todos os prazos serão de 10 (dez) dias.

Art. 243. A comunicação dos atos do processo disciplinar será feita por carta com aviso de
recebimento, presumindo-se ter sido recebida se dirigida ao endereço que a parte declarou no
processo.

Art. 244. Os casos omissos em matéria de prazos, comunicações de atos ou demais procedimentos
serão resolvidos pela Comissão Executiva do Diretório competente que irá julgar a falta disciplinar.

Art. 245. Cessando as causas que determinaram a aplicação da medida disciplinar de suspensão
antes do término do cumprimento da penalidade, ou em face de motivo relevante no caso de
expulsão, poderá o interessado ou a interessada solicitar revisão da penalidade ao Diretório que agiu
no feito, cabendo recurso de ofício à instância imediatamente superior.

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CAPÍTULO V
DA MEDIDA CAUTELAR

Art. 246. Havendo fortes indícios de violação de dispositivos pertinentes à disciplina e à fidelidade
partidária passíveis de repercussão prejudicial ao Partido em nível estadual ou nacional; ou em casos
de urgência, quando o representado ou representada poderá frustrar o regular processo ético; ou
quando a demora puder tornar a aplicação da penalidade ineficaz, poderá:
I – a Comissão Executiva competente determinar, pelo voto de 3/4 de seus membros, a suspensão
provisória do denunciado ou denunciada por tempo não superior a 60 (sessenta) dias, dentro do qual
deverá estar concluído o processo de julgamento; ou
II – a Comissão Executiva de órgão imediatamente superior, pelo voto de 3/4 (três quartos) de seus
membros, determinar o afastamento temporário dos membros de qualquer órgão hierarquicamente
inferior.
Parágrafo único: Por repercussão prejudicial entende-se a veiculação de notícias em nível estadual
ou nacional envolvendo o nome do filiado, ou filiada, acompanhado da legenda do Partido que digam
respeito à percepção de vantagens indevidas, favorecimentos, conluio, corrupção, desvio de verbas,
voto remunerado ou outras situações que possam configurar improbidade.

CAPÍTULO VI
DA INTERVENÇÃO, DA DISSOLUÇÃO E DA DESTITUIÇÃO DE INSTÂNCIAS
PARTIDÁRIAS

Seção I – Da intervenção nas instâncias de direção

Art. 247. As instâncias de direção poderão intervir nas hierarquicamente inferiores para:
I – manter a integridade partidária;
II– garantir o exercício da democracia interna, dos direitos dos filiados, das filiadas e das minorias;
III– assegurar a disciplina e a fidelidade partidárias;
IV – reorganizar as finanças e as transferências de recursos para outras instâncias partidárias,
previstas neste Estatuto;
V– normalizar o controle das filiações partidárias;

VI – impedir acordo ou coligação com outros partidos em desacordo com as decisões superiores;
VII – preservar as normas estatutárias, a ética partidária, os princípios programáticos ou a linha
política fixada pelos órgãos competentes;
VIII – garantir o cumprimento das disposições partidárias sobre o processo político-eleitoral.
§1º: O pedido de intervenção será fundamentado e instruído com elementos que comprovem a
ocorrência ou a iminência das infrações previstas neste artigo.
§2º: Até 5 (cinco) dias antes da data da reunião que deliberará sobre a intervenção, deverá a
instância visada ser notificada, por carta com aviso de recebimento, para apresentar sua defesa por
escrito ou apresentar defesa oral pelo prazo de 15 (quinze) minutos, na reunião do julgamento do
pedido.
§3º: A intervenção será decretada pelo voto de 60% (sessenta por cento) dos membros do Diretório
respectivo, devendo do ato constar a designação da Comissão Interventora, composta de 5 (cinco)
membros, e o prazo de sua duração.
§4º: O prazo da intervenção poderá ser prorrogado por ato da Comissão Executiva que a decretou,
enquanto não cessarem as causas que a determinaram.

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§5º: A Comissão Interventora, uma vez designada, estará investida de todos os poderes para
deliberar, aplicando-lhe, no que couber, a competência de Comissão Provisória.
§6º: Da decisão que deliberar sobre a intervenção caberá recurso, sem efeito suspensivo, no prazo
de 10 (dez) dias, para o Diretório hierarquicamente superior, e ao Encontro Nacional se o ato for do
Diretório Nacional.

Seção II – Da dissolução e da destituição de Comissões Executivas

Art. 248. A dissolução de Diretório ou a destituição de Comissão Executiva poderá ser decretada nos
casos de:
I – violação do Estatuto, do Programa ou da ética partidária, bem como desrespeito a qualquer
deliberação regularmente tomada pelos órgãos superiores do Partido;
II – indisciplina partidária;
III– renúncia da maioria absoluta dos membros do Diretório.
§1º: O Diretório ou Comissão Executiva objeto do pedido será notificado, por carta com aviso de
recebimento, até 10 (dez) dias antes da data da realização da reunião, para apresentar defesa oral
por 30 (trinta) minutos;
§2º: Dissolvido o Diretório ou destituída a Comissão Executiva, ser-lhe-á negada a anotação na
Justiça Eleitoral ou promovido o seu cancelamento, se já efetuado.
§3º: A dissolução de Diretório ou a destituição de Comissão Executiva será decretada pelo voto da
maioria absoluta dos membros do Diretório hierarquicamente superior, devendo do ato de
dissolução constar a designação de uma Comissão Provisória, observada para a sua composição as
normas estabelecidas neste Estatuto.
§4º: Da decisão que dissolver Diretório ou destituir Comissão Executiva, caberá recurso no prazo de
10 (dez) dias ao Diretório hierarquicamente superior, e ao Encontro Nacional, se o ato for do
Diretório Nacional, que será recebido pela Comissão Executiva correspondente com efeito
suspensivo.
§5º: O efeito suspensivo previsto no parágrafo anterior não se aplica nos casos de resoluções ou
matérias relacionadas ao processo eleitoral em que a legislação em vigor torne indispensável a
aplicação imediata da decisão de dissolução de Diretório ou destituição de Comissão Executiva.

TÍTULO VIII
DA OUVIDORIA DO PARTIDO

Art. 249. A Ouvidoria é órgão de cooperação do Partido e será criada em nível nacional e estadual,
com a finalidade de contribuir para manter o Partido sintonizado com as aspirações do conjunto de
seus filiados e filiadas e com os setores sociais que pretende representar, promovendo, sempre que
necessário, debates sobre o projeto político partidário.

Art. 250. As Comissões Executivas Estaduais e Nacional serão responsáveis pela criação das
respectivas Ouvidorias, providenciando os meios adequados ao exercício de suas atividades,
observadas as normas de funcionamento a serem definidas pela instância nacional.

TÍTULO IX
DAS TENDÊNCIAS

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Estatuto
PARTIDO DOS TRABALHADORES

Art. 251. O direito de filiados e de filiadas organizarem-se em tendências vigora permanentemente


no Partido, observadas as normas previstas neste Estatuto.
§1º: Tendências são agrupamentos que estabelecem relações entre militantes para defender, no
interior do Partido, determinadas posições políticas, não podendo assumir expressão pública e
declarar-se de vida permanente.
§2º: Todo e qualquer agrupamento de filiados e filiadas que não se constitua em organismo
partidário ou instância previstos neste Estatuto deverá solicitar à instância de direção
correspondente o seu registro como tendência interna do Partido.
§3º: Os agrupamentos que não cumprirem a exigência prevista no caput deste artigo serão
considerados irregulares, estando seus integrantes sujeitos às medidas disciplinares previstas neste
Estatuto.
§4º: O Partido não reconhece o direito de seus filiados ou filiadas organizarem-se em frações,
públicas ou internas.

Art. 252. As tendências podem ser de âmbito municipal, estadual ou nacional, ter atuação em todas
as áreas de interesse do Partido ou resumirem-se a um determinado setor ou tema.
Parágrafo único. As tendências deverão solicitar seu registro na instância correspondente ao seu
âmbito de atuação.

Art. 253. As tendências não poderão ter sedes próprias.


§1º: Recomenda-se que as tendências se reúnam nas sedes partidárias e suas atividades, sempre
internas ao Partido, deverão ser abertas para qualquer filiado ou filiada.
§2º: Aquelas que pretendam manter espaço para organizar suas atividades deverão dar
conhecimento e ser autorizadas pela respectiva Comissão Executiva, vedado qualquer tipo de
identificação pública.
§3º: O espaço a que se refere o parágrafo anterior poderá ser usado pelo Partido, vedada sua
utilização para reunião com não-filiados ou não-filiadas.

Art. 254. As tendências internas poderão produzir boletins informativos, bem como editar
publicações voltadas ao debate político e teórico ou a propostas sobre a conjuntura e o movimento
social, de circulação interna ao Partido.
§1º: É vedada a publicação de folheto, jornal, revista ou de qualquer outro meio de comunicação
com objetivo de difundir posições de tendência fora do Partido.
§2º: É vedada a circulação externa ao Partido de quaisquer documentos assinados por tendências,
mesmo que veiculando posições oficiais do Partido.
§3º: A definição e a organização da atuação política do Partido nos movimentos sociais, respeitadas
as suas autonomias, deverão ser decididas nas instâncias partidárias.
§4º: Durante os períodos congressuais, de renovação das direções ou de consulta à base partidária,
é garantida a mais ampla liberdade de difusão das teses político-programáticas defendidas por
filiados e filiadas e pelas diferentes chapas e candidaturas.

Art. 255. As tendências poderão manter, com a devida comunicação à direção partidária,
mecanismos de arrecadação de recursos, desde que não concorram com as finanças partidárias ou
que não adquiram caráter de finanças públicas para uma tendência interna.

Art. 256. As deliberações das tendências não podem se sobrepor às decisões partidárias nem se
chocar com o seu encaminhamento prático.

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Estatuto
PARTIDO DOS TRABALHADORES

Art. 257. As relações internacionais são atributo exclusivo do Partido por meio de suas instâncias de
direção.
§1º: O Diretório Nacional deverá avaliar as relações internacionais mantidas atualmente por
tendências, verificando se estão de acordo com a política do Partido.
§2º: A avaliação a que se refere o parágrafo anterior servirá para que o Diretório Nacional estabeleça
procedimentos ou prazos sobre as relações internacionais, não podendo haver representação de
tendências internas do Partido em eventos ou organismos internacionais.

TÍTULO X
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E DA FORMAÇÃO POLÍTICA

CAPÍTULO I
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Art. 258. Entendendo que a democratização da informação constitui um elemento insubstituível da


democracia partidária e da construção de uma sociedade democrática, o Partido manterá
permanentemente meios de comunicação.

CAPÍTULO II
DA FORMAÇÃO POLÍTICA

Art. 259. A formação política, coerente com a característica plural e democrática do Partido, deve
ser estimuladora do exercício crítico, superando o dogmatismo e a retransmissão de verdades
prontas. Sua metodologia deve adotar como base a pluralidade de visões e interpretações existentes
no Partido e na sociedade, fazendo do debate, da dúvida e da polêmica uma estratégia sempre
presente em suas atividades.

TÍTULO XI
DO PATRIMÔNIO DO PARTIDO

CAPÍTULO I
DAS MARCAS E SÍMBOLOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PARTIDO

Art. 260. A estrela vermelha de 5 (cinco) pontas com as iniciais do PT no seu interior, os verbetes
“OPTEI” e “Lula-lá”, são símbolos de identificação do Partido conforme marcas já registradas sob a
responsabilidade absoluta e exclusiva da instância de direção nacional.
§1º: Outros símbolos ou marcas poderão ser registrados sob responsabilidade absoluta e exclusiva
da instância de direção nacional.
§2º: O uso para quaisquer fins, inclusive a exploração comercial, industrial e publicitária, das marcas
e símbolos do Partido só poderá se dar mediante concessão, autorização ou delegação explícitas da
Comissão Executiva Nacional.

CAPÍTULO II

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Estatuto
PARTIDO DOS TRABALHADORES

DO PATRIMÔNIO

Art. 261. O patrimônio do Partido será constituído por:


a) renda patrimonial;
b) doações e legados de pessoas físicas ou jurídicas;
c) bens móveis e imóveis de sua propriedade ou que venha a adquirir;
d) recursos recebidos na forma deste Estatuto.

Art. 262. No caso de dissolução do Partido, seu patrimônio será destinado a entidades ligadas aos
trabalhadores, conforme deliberação do Encontro Nacional que apreciar sua extinção.
Parágrafo único: A extinção a que se refere esse artigo só poderá ocorrer por decisão de 2/3 (dois
terços) dos delegados e delegadas de Encontro Nacional especialmente convocado para esse fim
com 6 (seis) meses de antecedência.

TÍTULO XII
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 263. Para fins de organização e de administração partidária, o Distrito Federal equivale a estado.
Parágrafo único: Os deputados e deputadas distritais, ou outros, na mesma hierarquia, equivalem a
deputados e deputadas estaduais.

Art. 264. O presente Estatuto poderá ser alterado em Encontro Nacional, pelo voto da maioria de
seus delegados e delegadas.
§1º: Para efeito do disposto neste artigo, a Comissão Executiva Nacional designará uma Comissão
que elaborará o projeto de reforma e promoverá sua publicação e sua distribuição aos Diretórios
em todos os níveis para apresentação de emendas, dentro dos prazos que fixar.
§2º: Toda alteração estatutária deverá ser registrada no Ofício Civil competente e encaminhada para
o mesmo fim ao Tribunal Superior Eleitoral, nos termos da lei.

Art. 265. Caberá ao Diretório Nacional regulamentar o funcionamento das Macrorregiões nacionais,
bem como as disposições deste Estatuto, estabelecendo, se necessário, em parecer por ela
aprovado, o entendimento que deva prevalecer na aplicação de seus dispositivos.

Art. 266. Os membros do Partido não responderão subsidiariamente pelas obrigações contraídas em
nome da agremiação partidária.

Art. 267. Na remessa pelo correio de citações, notificações ou qualquer documento partidário,
considera-se protocolo, para qualquer efeito, o recibo postal ou o aviso de recebimento, desde
que dirigida ao endereço constante no Cadastro Nacional de Filiados e Filiadas.

Art. 268. Sob a responsabilidade das instâncias em nível nacional, estadual, municipal, ou por meio
de convênios com entidades especializadas, poderão ser organizados sistema de pesquisas, de
educação e treinamento ou cursos de formação profissional, de interesse político-partidário.

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Estatuto
PARTIDO DOS TRABALHADORES

Art. 269. Grupos de Trabalho poderão ser organizados circunstancialmente pela direção nacional,
com o objetivo de elaborar propostas de governo, políticas públicas ou articular os Setores nas
campanhas eleitorais.

Art. 270. Para efeito do disposto no artigo 141, o início da contagem do prazo será o ano de 2012
para o cargo de vereador ou vereadora, e 2014 para os demais cargos.

Art. 271. O quórum estabelecido nos artigos 41, 50 § 2º, 66 e 152, de 25% (vinte e cinco por cento)
do número de votantes do último PED, fica reduzido para 15% até a realização do próximo PED
em 2013.

Rui Goethe da Costa Falcão


Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores

Stella Bruna Santo


OAB/SP 56.967

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Número do processo: 0723231-16.2018.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: DIGITAL CINEMA VIDEO PRODUCOES LTDA - EPP, ALCOFORADO


ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de cumprimento de sentença proposta por DIGITAL CINEMA VÍDEO E PRODUÇÕES L


TDA em desfavor do PARTIDO DOS TRABALHADORES – DIRETÓRIO REGIONAL –DF, partes
qualificadas nos autos.

Malgrado as diversas tentativas do exeqüente em receber seu crédito devido, via sistemas BACENJUD,
RENAJUD, INFOJUD, e-RIDF, foi penhora uma quantia pífia de R$ 13.207,18 (treze mil, duzentos e
sete reais e dezoito centavos), dado o valor do débito no importe de R$ 1.212.304,87 (um milhão e
duzentos e doze mil e trezentos e quatro reais e oitenta e sete centavos) atualizados até a data de
15/10/2018.

Destarte, o fato de que o devedor não indica bens à penhora e não faz qualquer proposta de acordo
demonstram que há deliberado indício ou propósito de se furtar do cumprimento da obrigação
reconhecida judicialmente, Transitada em Julgado.

Por seu turno, a parte exequente requereu na petição de ID nº 28070873 medida executória atípica, nos
termos do art. 139, IV, do CPC, qual seja, a penhora dos repasses dos créditos sobre as arrecadações e
demais recursos elencados nos incisos I, II, III, IV, VI, VII e VIII do art. 176 do Estatuto do PT, até o
limite da obrigação devida nestes autos.

Decido.

O art. 833, XI, do CPC impõe a impenhorabilidade absoluta dos recursos públicos do fundo partidário,
nele compreendidas as verbas previstas nos incisos I, II, III e IV do art. 38 da Lei nº 9.096/1995.

Os recursos do fundo partidário são originados de fontes públicas, como as multas e penalidades, recursos
financeiros destinados por lei e dotações orçamentárias da União, ou de fonte privada, como as doações
de pessoa física ou jurídica diretamente ao fundo partidário. Assim, são considerados recursos públicos,
isso porque referida verba possui destinação específica prevista em lei, além de sujeitar-se a rigoroso
controle pelo Poder Público através de prestação de contas que, na hipótese de ser desaprovada, poderá
implicar no desconto da quantia a ser repassada ou até mesmo na suspensão da cota do respectivo partido
político.Portanto, absolutamente impenhoráveis, considerando a natureza pública da verba.

De modo diverso, a regra geral, prevista no art. 591, do CPC, é a de que o devedor responde com todos
os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições
estabelecidas em lei.

Como é de notório conhecimento, a atual sistemática do processo de execução, permite ao credor a

Número do documento: 19022518415281600000028168770


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Número do documento: 19070419094097500000037293077


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19070419094097500000037293077
Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 04/07/2019 19:09:41 Num. 38939598 - Pág. 1
escolha dos bens passíveis de constrição, pois objetiva, essencialmente, a satisfação dos seus interesses.

De mais a mais, embora deva ser observada a ordem de gradação espelhada no artigo 655 do CPC,
impende priorizarem-se os princípios da celeridade, da economia processual e da efetividade da execução,
já que esta deve ser processada no interesse do credor, ainda que do modo menos oneroso ao devedor.

Vale ressaltar que a execução não pode se eternizar, sendo direito da parte credora receber os valores
devidos pela executada, mormente quando esta deixa de adotar medidas hábeis à satisfação do crédito.

Na espécie detalhada nos autos, verifico que o exequente não pleiteou a penhora do Fundo Partidário,
capitulado no art. 176, inciso V do Estatuto da Agremiação, e sim outras receitas partidárias, quais sejam:

I – contribuições obrigatórias de seus filiados e filiadas na forma deste Estatuto;

II – contribuições obrigatórias dos filiados e filiadas ocupantes de cargos eletivos, de confiança e


dirigentes na forma deste Estatuto;

III – contribuições espontâneas de filiados ou filiadas e simpatizantes;

IV – doações na forma da lei;

VI – rendas e receitas de serviços decorrentes de atividades partidárias;

VII – rendas provenientes de convênios comerciais, na forma da lei, aprovados pela Comissão Executiva
Nacional;

VIII – outros auxílios financeiros não vedados em lei.

Constatado o desinteresse da parte executada em promover o pagamento da obrigação de forma voluntária


e a inexistência de bens penhoráveis, compreendo que a penhora limitada a 30% (trinta por cento) do total
de ativos financeiros futuros recebíveis da executada, por aplicação analógica, e nos termos do art. 866 do
CPC, para evitar prejuízos irreparáveis ao exequente e em prol da e efetividade da jurisdição, é
plenamente possível uma vez que inexiste qualquer impedimento no ordenamento jurídico .

Nesse sentido a jurisprudência do TJDFT:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - PENHORA SOBRE OS REPASSES MENSAIS


FEITOS POR OUTRA ENTIDADE - POSSIBILIDADE.

1. Se os embargos do devedor foram recebidos sem estar o juízo totalmente seguro, defere-se o reforço de
penhora a qualquer tempo até que seja completado o valor da execução.

2. Agravo improvido.

(Acórdão n.215981, 20050020009871AGI, Relator: SANDRA DE SANTIS 6ª Turma Cível, Data de


Julgamento: 25/04/2005, Publicado no DJU SEÇÃO 3: 09/06/2005. Pág.: 357).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. PENHORA. FATURAMENTO. EMPRESA.


REDUÇÃO. PERCENTUAL.

Número do documento: 19022518415281600000028168770


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Número do documento: 19070419094097500000037293077


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19070419094097500000037293077
Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 04/07/2019 19:09:41 Num. 38939598 - Pág. 2
1. A penhora sobre o faturamento diário da empresa é admitida em situações excepcionais, quando
inexistentes bens suficientes à satisfação do crédito e, cumpridas as exigências legais, sem inviabilizar a
atividade empresarial.

2. Recurso conhecido e parcialmente provido.

(Acórdão n.919328, 20150020238984AGI, Relator: LEILA ARLANCH, 2ª Turma Cível, Data de


Julgamento: 27/01/2016, Publicado no DJE: 15/02/2016. Pág.: 300).

O montante de 30% dos repasses eventualmente pertencentes ao Partido devedor não causa onerosidade
excessiva ao executado nem será apta a comprometer o seu funcionamento e atende ao princípio da
razoabilidade, permitindo também ao credor a satisfação do crédito.

Desta forma, DEFIRO o pedido de penhora de 30% (trinta por cento) das diversas contribuições mensais
repassadas pelo Diretório Nacional do PT devidas ao Diretório Regional do PT – DF, excluídos os
créditos do fundo partidário, até o montante suficiente para garantir o pagamento total da dívida no
montante de R$ 1.212.304,87 (um milhão e duzentos e doze mil e trezentos e quatro reais e oitenta e sete
centavos), nos termos do que dispõe os artigos 866 do CPC por analogia.

Para tanto, nomeio o representante legal do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores – PT para
atuar como administrador – equiparado à figura do depositário judicial.

O administrador deverá ser intimado para apresentar o plano de atuação, indicando a forma contábil que
irá prestar contas mensalmente a este juízo, depositar as quantias recebidas acompanhadas do respectivo
balancete mensal.

Ressalto que a penhora recairá sobre 30% do valor mensal das contribuições repassadas ao Diretório
Regional do PT-DF que deverá ser depositado na conta do juízo até o dia 10 de cada mês. Outrossim,
outras medidas ainda poderão ser adotadas para garantir a eficácia da presente penhora.

Expeça-se o mandado de penhora de 30% dos créditos mensais repassados pelo Diretório Nacional
do PT ao Diretório Regional PT – DF, a ser cumprido na forma acima. Intime-se o Presidente do
Diretório Nacional do PT para apresentar o plano de administração, no prazo de 15 dias.

Expeça-se mandado intimação do Presidente do Diretório Regional do PT do Distrito Federal – DF,


para ciência do teor desta Decisão, por Oficial de Justiça.

Intimem-se.

BRASÍLIA, DF, 25 de fevereiro de 2019 15:05:14.

LUIS CARLOS DE MIRANDA

Juiz de Direito

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Número do documento: 19070419094097500000037293077


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Número do documento: 19032612240173900000029555489
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Número do documento: 19070419094108100000037293085


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Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 04/07/2019 19:09:41 Num. 38939608 - Pág. 1
Número do documento: 19032612240173900000029555489
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19032612240173900000029555489
Assinado eletronicamente por: RACHEL LUZARDO DE ARAGAO - 26/03/2019 12:24:01 Num. 30878068 - Pág. 2

Número do documento: 19070419094108100000037293085


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19070419094108100000037293085
Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 04/07/2019 19:09:41 Num. 38939608 - Pág. 2
Cálculo
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios disponibiliza planilha de cálculo de
atualização monetária com os índices definidos a partir de março de 1965, com o intuito de
auxiliar as partes, advogados e demais interessados que precisem calcular valores nas
demandas judiciais.

Atenção!
A rotina de atualização monetária não atende as regras dos cálculos fazendários.
Caso necessite que o percentual de juros de mora comece a incidir após ou entre as
datas das parcelas selecione "Após ou Entre o(s) Valor(es) Devido(s)", e "Antes do(s)
Valor(es) Devido(s)" para os juros começarem a incidir antes das datas das parcelas.
Caso o usuário preencha o campo "Valor Devido" com valor de um resultado onde já
tenha sido aplicado os juros de mora, o resultado do presente cálculo incorrerá na
capitalização de juros.
Correção Monetária a partir de março de 1965 (atualmente INPC - clique em índices da
contadoria para consultar histórico de índices).
Todos os dados informados são de inteira responsabilidade do usuário, o qual assume
total responsabilidade por eventuais omissões, inverdades ou incorreções que vierem
a ser detectadas.
Antes de imprimir confira os dados. Pense em sua responsabilidade e compromisso
com o meio ambiente.

Resultado do Cálculo (em Real)


Processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Requerente: Alcoforado Advogados Associados

Requerido: Partido dos Trabalhadores

Correção Monetária
Atualizado até: 04/07/2019

Juros Incidentes: A partir do(s) Valor(es) Devido(s)

Percentual de Juros: 1,00%

Valores Devidos

Número do documento: 19070419094124200000037293097


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Data do
Valor Valor Valor Juros Corrigido+Juros
Devido Devido Fator CM Corrigido % Juros R$ R$

10/12/2014 65.100,00 1,29059490 84.017,72 55,00% 46.209,74 130.227,46

10/01/2015 65.100,00 1,28264252 83.500,02 54,00% 45.090,01 128.590,03

10/02/2015 65.100,00 1,26393626 82.282,25 53,00% 43.609,59 125.891,84

10/03/2015 65.100,00 1,24944272 81.338,72 52,00% 42.296,13 123.634,85

10/04/2015 65.100,00 1,23085679 80.128,77 51,00% 40.865,67 120.994,44

Subtotal 629.338,62

Acessórios
R$

Honorários de Sucumbência - Percentual: 10,00% 62.933,86

Subtotal 692.272,48

Custas - Data: 29/03/2016 541,16


Custas - Valor Base: 481,11

Subtotal 692.813,64

Custas - Data: 21/03/2017 16,84


Custas - Valor Base: 15,68

Subtotal 692.830,48

Custas - Data: 22/08/2017 190,46


Custas - Valor Base: 178,39

Subtotal 693.020,94

Total Geral 693.020,94

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Número do documento: 19070419094124200000037293097


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Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 04/07/2019 19:09:41 Num. 38939621 - Pág. 2
Cálculo
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios disponibiliza planilha de cálculo
de atualização monetária com os índices definidos a partir de março de 1965, com o
intuito de auxiliar as partes, advogados e demais interessados que precisem calcular
valores nas demandas judiciais.

Atenção!
A rotina de atualização monetária não atende as regras dos cálculos fazendários.
Caso necessite que o percentual de juros de mora comece a incidir após ou entre as
datas das parcelas selecione "Após ou Entre o(s) Valor(es) Devido(s)", e "Antes do
(s) Valor(es) Devido(s)" para os juros começarem a incidir antes das datas das
parcelas.
Caso o usuário preencha o campo "Valor Devido" com valor de um resultado onde já
tenha sido aplicado os juros de mora, o resultado do presente cálculo incorrerá na
capitalização de juros.
Correção Monetária a partir de março de 1965 (atualmente INPC - clique em índices
da contadoria para consultar histórico de índices).
Todos os dados informados são de inteira responsabilidade do usuário, o qual
assume total responsabilidade por eventuais omissões, inverdades ou incorreções
que vierem a ser detectadas.
Antes de imprimir confira os dados. Pense em sua responsabilidade e compromisso
com o meio ambiente.

Resultado do Cálculo (em Real)

Correção Monetária
Atualizado até: 04/07/2019

Juros Incidentes: A partir do(s) Valor(es) Devido(s)

Percentual de Juros: 0,00%

Valores Devidos
Data do
Valor Valor Valor Juros Juros Corrigido+Juros
Devido Devido Fator CM Corrigido % R$ R$

Número do documento: 19070419094133600000037293111


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Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 04/07/2019 19:09:41 Num. 38939639 - Pág. 1
Data do
Valor Valor Valor Juros Juros Corrigido+Juros
Devido Devido Fator CM Corrigido % R$ R$

11/10/2017 6.215,25 1,06820721 6.639,17 0,00% 0 6.639,17

26/09/2018 12.339,40 1,03046884 12.715,36 0,00% 0 12.715,36

Subtotal 19.354,53

Total Geral 19.354,53

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Número do documento: 19070419094133600000037293111


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Assinado eletronicamente por: ERIKA DUTRA XAVIER - 04/07/2019 19:09:41 Num. 38939639 - Pág. 2
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

DECISÃO

Trata-se de cumprimento de sentença proposta por ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS em


desfavor do DIRETÓRIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES –PT/DF, partes
qualificadas nos autos.

A parte exeqüente postulou seja a parte executada intimada a indicar bens sujeitos à penhora, sob pena de
caracterização de atentado à dignidade da jurisdição, na forma do art. 774, V, do CPC e imposição de
multa, de conformidade com a decisão proferida pela Eg. 6ª Turma Cível do TJDFT no Agravo de
Instrumento n. 0715587-25.2018.8.07.0000 (id 28422637).

O exequente requereu, ainda, que, em caso de inércia do devedor, seja concedida medida executória
atípica, nos termos do art. 139, IV, do CPC, correspondente à penhora dos repasses dos créditos sobre as
arrecadações e demais recursos elencados nos incisos I, II, III, IV, VI, VII e VIII do art. 176 do Estatuto
do PT, até o limite da obrigação devida nestes autos.

Decido.

Os pleitos comportam acolhimento.

Com efeito, o procedimento executivo encontra-se estagnado, já que as diversas tentativas do exeqüente
em receber seu crédito por meio dos sistemas judiciais BACENJUD, RENAJUD, INFOJUD, e-RIDF, tem
apresentado resultado não significativo frente ao volume do montante devido.

Por outro lado, o exeqüente não logrou obter o deferimento de seu pedido de redirecionamento da
execução em face do Diretório Nacional da agremiação (Id’s 11847816 e 12775977).

Em sede de agravo de instrumento n. 0715587-25.2018.8.07.0000 (id 28422637), houve o acolhimento do


pedido do exeqüente para a intimação do devedor para indicação de bens à penhora, ficando o
julgamento ementado nos seguintes termos:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


ADVOCATÍCIOS. CAMPANHA ELEITORAL. COMUNICAÇÃO DE OBRIGAÇÕES PENDENTES.
TER-DF E MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL. DESNECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO
PODER JUDICIÁRIO. PROIBIÇÃO DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS PELO
PARTIDO POLÍTICO DEVEDOR. OFENSA À INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO.
DESPROPORCIONALIDADE. PROIBIÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURAS EM VIRTUDE
DE DÍVIDA CIVIL. IMPOSSIBILIDADE. ARTIGO 833, XI, DO CPC. RESTRIÇÃO NÃO PREVISTA

Número do documento: 19071015520032800000037702429


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19071015520032800000037702429
Assinado eletronicamente por: CLODAIR EDENILSON BORIN - 10/07/2019 15:52:00 Num. 39365978 - Pág. 1
EM LEI. INCABÍVEL. RENOVAÇÃO DE PEDIDO DE PENHORA ONLINE. PRAZO RAZOÁVEL.
POSSIBILIDADE. INTIMAÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 774, INCISO V E PARÁGRAFO ÚNICO,
DO CPC. INÉRCIA DO EXECUTADO. MEDIDA CABÍVEL E RAZOÁVEL. A comunicação de
obrigações pendentes, relacionados à eleição, não exige a atuação do Poder Judiciário, devendo a parte
interessada, caso queira, se dirigir diretamente ao TRE-DF e/ou ao Ministério Público Eleitoral para
apresentar estas informações. As medidas executivas atípicas previstas no artigo 139, IV, do Código de
Processo Civil, não podem aniquilar direito ou garantia fundamental. Considerando que a medida
pretendida (proibição de contratação de serviços advocatícios pelo partido político devedor), além de
desproporcional, enseja uma grave ofensa à garantia da inafastabilidade da jurisdição, caracterizando sua
completa mitigação, não há como ser acolhida. O pedido para que seja obstado todo e qualquer pedido de
registro de candidaturas pelo partido político executado, até que a dívida aqui veiculada seja saldada, com
imediata comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral do DF, não pode ser acolhido, por ocasionar grave
interferência nas eleições, ferir o princípio democrático e a soberania popular, uma vez que, por via
reflexa, seria tolhida a possibilidade de os cidadãos elegerem candidatos vinculados ao partido político
devedor. O direito constitucional de propriedade, de índole privada, não pode prevalecer sobre o interesse
público de os eleitores escolherem os candidatos dentre aqueles que preencheram as condições de registro
da candidatura. O fato de os valores exequendos consistirem em honorários advocatícios e possuírem
natureza alimentar (artigo 85, § 14, do CPC, e Súmula Vinculante nº 47) não é suficiente para afastar a
impenhorabilidade de recursos públicos advindos do fundo partidário, mormente porque a legislação
processual não estabeleceu nenhuma exceção a esta regra. É possível a reiteração de pedido de penhora
online, desde que tenha decorrido prazo razoável da última tentativa. Transcorrido mais de um ano
desde a última consulta no Sistema BacenJud deve ser deferida a realização de nova consulta, com o
intuito de ver efetivado o direito do credor. Razoável a aplicação da intimação para indicação de
bens, sob pena de multa, nos termos do artigo 774, inciso V e parágrafo único, do Código de
Processo Civil, como forma de impulsionar a satisfação da dívida, quando a inadimplência decorre
de inércia do executado em cumprir a obrigação.”

Não cabe tecer maiores comentários a respeito do primeiro pleito, na medida em que se trata de ordem
proveniente da segunda instância, a ser cumprida em seus estritos termos.

Desta forma, resta analisar a viabilidade do segundo pedido, em caso de a parte executada permanecer
inadimplente.

Nesse contexto, o art. 833, XI, do CPC impõe a impenhorabilidade absoluta dos recursos públicos do
fundo partidário, nele compreendidas as verbas previstas nos incisos I, II, III e IV do art. 38 da Lei nº
9.096/1995.

Os recursos do fundo partidário são originados de fontes públicas, como as multas e penalidades, recursos
financeiros destinados por lei e dotações orçamentárias da União, ou de fonte privada, como as doações
de pessoa física ou jurídica diretamente ao fundo partidário.

Assim, são considerados recursos públicos, isso porque referida verba possui destinação específica
prevista em lei, além de sujeitar-se a rigoroso controle pelo Poder Público através de prestação de contas
que, na hipótese de ser desaprovada, poderá implicar no desconto da quantia a ser repassada ou até
mesmo na suspensão da cota do respectivo partido político. Portanto, absolutamente impenhoráveis,
considerando a natureza pública da verba.

De modo diverso, a regra geral, prevista no art. 591, do CPC, é a de que o devedor responde com todos os
seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em
lei.

Como é de notório conhecimento, a atual sistemática do processo de execução, permite ao credor a


escolha dos bens passíveis de constrição, pois objetiva, essencialmente, a satisfação dos seus interesses.
De mais a mais, embora deva ser observada a ordem de gradação espelhada no artigo 655 do CPC,
impende priorizarem-se os princípios da celeridade, da economia processual e da efetividade da execução,
já que esta deve ser processada no interesse do credor, ainda que do modo menos oneroso ao devedor.

Número do documento: 19071015520032800000037702429


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19071015520032800000037702429
Assinado eletronicamente por: CLODAIR EDENILSON BORIN - 10/07/2019 15:52:00 Num. 39365978 - Pág. 2
Vale ressaltar que a execução não pode se eternizar, sendo direito da parte credora receber os valores
devidos pela executada, mormente quando esta deixa de adotar medidas hábeis à satisfação do crédito.

Na espécie detalhada nos autos, verifico que o exequente não pleiteou a penhora do Fundo Partidário,
capitulado no art. 176, inciso V do Estatuto da Agremiação, e sim outras receitas partidárias, quais sejam:
I – contribuições obrigatórias de seus filiados e filiadas na forma deste Estatuto; II – contribuições
obrigatórias dos filiados e filiadas ocupantes de cargos eletivos, de confiança e dirigentes na forma deste
Estatuto; III – contribuições espontâneas de filiados ou filiadas e simpatizantes; IV – doações na forma da
lei; VI – rendas e receitas de serviços decorrentes de atividades partidárias; VII – rendas provenientes de
convênios comerciais, na forma da lei, aprovados pela Comissão Executiva Nacional; VIII – outros
auxílios financeiros não vedados em lei.

Assim, promovida a intimação da parte executada para dar cumprimento ao acórdão proferido no Agravo,
em caso de manter-se em inércia, a par da incursão nas penalidades previstas na lei processual, deve ainda
ser concedida a penhora pretendida pelo exeqüente, limitada a 30% (trinta por cento) do total de ativos
financeiros futuros recebíveis da executada, por aplicação analógica, e nos termos do art. 866 do CPC,
para evitar prejuízos irreparáveis ao exequente e em prol da efetividade da jurisdição, é plenamente
possível uma vez que inexiste qualquer impedimento no ordenamento jurídico.

O montante de 30% dos repasses eventualmente pertencentes ao Partido devedor não causa onerosidade
excessiva ao executado nem será apta a comprometer o seu funcionamento e atende ao princípio da
razoabilidade, permitindo também ao credor a satisfação do crédito.

Ante o exposto, DEFIRO o pedido do exequente para o fim de determinar:

1) ao executado que indique, em 15 dias, quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os
respectivos valores, exibindo prova de sua propriedade e, se forem bens imóveis, certidão negativa de
ônus, sob pena de multa, nos termos do artigo 774, inciso V, do CPC.

2) Se intimado, o devedor permanecer em inércia ou se os bens indicados não bastarem à satisfação da


dívida, a penhora de 30% dos repasses dos créditos sobre as arrecadações e demais recursos elencados
nos incisos I, II, III, IV, VI, VII e VIII do art. 176 do Estatuto do PT, até o montante suficiente para o
pagamento da obrigação devida nestes autos.

Para este fim, nomeio o representante legal do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores – PT para
atuar como administrador – equiparado à figura do depositário judicial. O administrador deverá ser
intimado para apresentar o plano de atuação, indicando a forma contábil que irá prestar contas
mensalmente a este juízo, depositar as quantias recebidas acompanhadas do respectivo balancete mensal,
sob pena de crime de desobediência.

Ressalto que a penhora recairá sobre 30% do valor mensal das contribuições repassadas ao Diretório
Regional do PT-DF que deverá ser depositado na conta do juízo até o quinto dia útil seguinte à data em
que ocorrer o repasse ao diretório regional.

Intimem-se. Cumpra-se.

Decisão datada, assinada e registrada eletronicamente.

CLODAIR EDENILSON BORIN

Juiz de Direito Substituto

Número do documento: 19071015520032800000037702429


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Assinado eletronicamente por: CLODAIR EDENILSON BORIN - 10/07/2019 15:52:00 Num. 39365978 - Pág. 3
Número do documento: 19071015520032800000037702429
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19071015520032800000037702429
Assinado eletronicamente por: CLODAIR EDENILSON BORIN - 10/07/2019 15:52:00 Num. 39365978 - Pág. 4
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

20ª Vara Cível de Brasília

Número do processo: 0722963-93.2017.8.07.0001

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: ALCOFORADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SC - EPP

EXECUTADO: DIRETORIO REGIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NO DF

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que não houve manifestação quanto à decisão de ID 39365978.

De ordem, faço os autos conclusos, nesta data, à MM. Juíza da 20ª Vara Cível de Brasília/DF.

BRASÍLIA, DF,6 de agosto de 2019 .

EDUARDO SOUSA MIRANDA

Servidor Geral

Número do documento: 19080617225239900000039932050


https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19080617225239900000039932050
Assinado eletronicamente por: EDUARDO SOUSA MIRANDA - 06/08/2019 17:22:52 Num. 41683768 - Pág. 1

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