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AUXILIAR

ADMINSTRATIVO

META TREINAMENTOS
CURSO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO
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O que é
PARTE XXIV – O que é empresa?

É uma organização econômica em que são reunidos e combinados fatores de produção,


desenvolvendo uma determinada atividade com objetivo de lucro.

PARTE XXV – Elementos ou recursos de uma empresa

Para que uma empresa consiga atingir seu objetivo, é necessária a união de quatro elementos
ou recursos, a saber:

1. Humanos: são os funcionários organizados em uma hierarquia. É o elemento mais


importante para que a empresa alcance seus objetivos.

2. Materiais: são as máquinas que se destinam a produzir bens e serviços.

3. Técnicos: são as habilidades para desenvolver o objeto social da empresa, ou seja,


saber lidar com o que se propõe a fazer.

4. Financeiros: é de fundamental importância, é o capital empregado na produção dos


bens, na atividade comercial e/ou serviços.

PARTE XXVI – Pessoa Física

É o indivíduo ou pessoa natural dotada de vontade própria e capaz de direitos e obrigações.

PARTE XXVII – Pessoa Jurídica

Há duas formas de entender a pessoa jurídica, a saber:

→ Empresário: um novo tipo de opção àquelas pessoas que pretendem se inscrever como
pessoa jurídica, independente de ser comerciante ou prestador de serviços, em que o
titular responde ilimitadamente por todos os atos praticados pela empresa.

→ Sociedade: a união de dois ou mais sócios que têm responsabilidade sólida e limitada
perante os compromissos assumidos.

PARTE XXVIII – Missão da empresa

A partir do conceito de negócio formulado e definida a forma jurídica, deve-se desenvolver a


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declaração de missão da empresa em termos das metas que deverão ser atingidas,
relacionadas à: natureza e qualidade dos produtos e/ou serviços oferecidos, preços,
relacionamento com os clientes, com os funcionários e com outras empresas do setor,
características do ambiente de trabalho e estilo de administração, incorporação de novas
técnicas e tecnologias, perspectivas de crescimento e lucros, relacionamento com a
comunidade e com o meio ambiente.

PARTE XXIX – Razão Social

Todo empreendedor, ao formalizar seu negócio, tem que indicar o nome empresarial, que pode
ser de duas espécies.

→ Firma: é o nome utilizado pelo empresário individual, pelas sociedades em nome


coletivo, de capital e indústria e em comandita simples. Opcionalmente pode ser
utilizado pelas sociedades limitadas.

→ Denominação: é o nome utilizado pelas sociedades anônimas e cooperativas e


opcionalmente pelas sociedades limitadas e em comandita por ações.

Nome Fantasia
Também conhecido como nome comercial ou nome de fachada é a designação utilizada por
uma instituição, seja ela de ordem pública ou privada, sob a qual ela se torna conhecida do
público. Essa denominação opõe-se à razão social que é o nome utilizado perante os órgãos
públicos de registro das pessoas jurídicas.

O nome fantasia pode ser formado a partir de palavras ou expressões contidas na própria
razão social, bem como a partir da criatividade do empresário.

De conformidade com o direito comercial, o registro de um nome fantasia dá-se perante os


órgãos de registro de marca e patentes, resguardando o direito a sua utilização ao primeiro
que o registra.

Marcas
O assunto é regulado pela Lei n°. 9279 de 14 de maio de 1996 e interpreta como marca todo o
sinal distintivo (palavra, figura símbolo, etc.) visualmente perceptível, que identifica e distingue
produtos e serviços de outros iguais ou semelhantes, de origens diversas, bem como certifica
a sua conformidade com determinadas normas ou especificações técnicas.

Qualquer pessoa tanto física quanto jurídica que esteja exercendo atividade legalizada e
efetiva pode requerer o registro de uma marca, que se obtém pelo Instituto Nacional de
Propriedade Industrial- INPI.

A marca registrada perante o INPI garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo em
todo o território nacional e seu ramo de atividade econômica.

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Contrato Social
Para constituirmos uma sociedade (que é a união de duas ou mais pessoas ) , é necessária a
elaboração do Contrato Social, pois é o instrumento jurídico que irá reger e definir por meio de
suas normas a nova empresa.

As cláusulas contratuais refletem as disposições de vontade dos sócios, modelando o


funcionamento da sociedade e definindo seus contornos mais peculiares.

É importante destacar que o contrato das limitadas é composto por cláusulas contratuais
essenciais ou obrigatórias, sem as quais não podem ser arquivados no registro competente, e
de cláusulas facultativas, que são livres, representando a expressão máxima da autonomia da
vontade dos sócios.

Legalização da empresa
Para legalização definitiva de uma empresa, algumas providências devem ser tomadas antes
do efetivo início de suas atividades nos seguintes organismos:

Receita Federal
A partir de 1998, a Secretaria de Receita Federal alterou o sistema de Cadastramento das
Empresas Nacionais. Onde antes tínhamos o CGC (cadastro geral de contribuinte ), hoje
temos o CNPJ (cadastro nacional de pessoa jurídica ).

O formato referente à numeração em nada foi alterado, permanecendo os mesmos números


para as empresas já inscritas no CGC.

Exemplo: 61.286.647/0001-16

→ Os números após a barra correspondem à unidade da empresa.

→ Os dois últimos números correspondem ao dígito verificador que testa se o CNPJ é


verdadeiro ou falso.

→ Esse sistema foi desenvolvido para melhorar as informações e controle da Receita


Federal. Junto com esse sistema foram implantadas pela Secretaria políticas para o
desenvolvimento de tecnologia e informação.

Inscrição Estadual
As empresas que realizam operações de compra e venda, tanto de produtos como de
mercadorias, são consideradas CONTRIBUINTE perante o ESTADO, devendo obter a
Inscrição Estadual. Os governos estaduais têm à disposição dos contribuintes e empresas os
Postos Fiscais Eletrônicos, que oferecem muitos serviços, especialmente a DECA ESTADUAL.

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Inscrição Municipal
Para finalizarmos o processo de abertura e para que possamos colocar a empresa em
funcionamento, é necessária uma inscrição municipal e posteriormente requerer o alvará ou
licença de funcionamento.

Modelos Organizacionais de Empresas


Organizar significa estruturar e integrar as atividades desenvolvidas em uma empresa,
distribuindo-se por departamentos, setores, seções, etc., conforme suas necessidades.

Ao organizar uma empresa, agrupam-se as suas atividades em determinados órgãos,


atribuindo-lhes cargos ou funções, além de definir as relações de hierarquia (autoridade) entre
cada um desses órgãos.

Assim sendo, obtém-se a estrutura organizacional que é a forma de “arrumação” de uma


empresa de maneira a oferecer-lhe maiores probabilidades de obter bons resultados.

Áreas e setores funcionais


Área funcional é diferente de estrutura. Para entendermos melhor áreas, departamentos,
setores, temos que nos ater ao organograma que é a representação gráfica de estrutura
organizacional da empresa, considerados os departamentos, setores e seções e a inter-relação
existente entre eles.

A empresa é um sistema, cujo aspecto principal é a interligação das suas partes.

Didaticamente podemos apresentar a estrutura interna das empresas observando o seu porte,
os produtos confeccionados, a área geograficamente ocupada, etc.

Analisando a estrutura empresarial quanto às funções internas, temos:

1. Áreas: constituídas por departamentos e setores. Assim temos, por exemplo, a área
comercial constituída pelo departamento de marketing, responsável pelos setores de
pesquisa, compras, vendas e telemarketing. Considerando a tomada de decisão,
entendemos nas áreas as decisões estratégicas, envolvendo toda a empresa. Em
relação ao tempo, tais decisões são, normalmente, de longo prazo, apresentando
resultados dos departamentos ao longo do período.

2. Departamentos: segundo nível de uma organização, responsáveis pelos setores. As


tomadas de decisões são basicamente táticas, compreendendo os departamentos
específicos e em relação ao tempo podem ser de médio ou curto prazo.

3. Setores: terceiro nível de uma organização, compreende a operacionalização das


atividades. O foco das decisões é operacional, de curto prazo.

Hierarquia
Quando se fala em hierarquia, surge-se imediatamente um conceito de chefia. Na realidade

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hierarquia significa mais que esse conceito e precisa ser vista e entendida amplamente pela
importância que representa para a empresa.

As relações de autoridade fundamentam-se na estrutura organizacional de subordinação,


enquanto as relações de responsabilidade são as definidas pelas ordens e orientações
recebidas e a quem devem passar contas do trabalho realizado.

A relação existente entre a autoridade e a responsabilidade forma uma rede definida como
hierarquia, cujas relações de autoridade podem apresentar-se em dois níveis: vertical e
horizontal.

Diretoria
Geral

Depto. de Depto. Depto.


produção comercial
Adm.

Setor técnico Setor Setor de Setor de Setor Setor


almoxarifado compras vendas Contábil
financeiro

Setor Setor

pessoal segurança

PARTE XXX – Responsabilidade social

O mundo empresarial vem se empenhando, nos últimos anos, em uma ampla e profunda
revisão do seu papel e da sua responsabilidade social, hoje, revestida de um novo significado.
Já foi o tempo em que, para uma organização empresarial ser considerada socialmente
responsável, bastava gerar empregos, pagar impostos e produzir algum bem ou serviço para o
mercado. Isso, na verdade, é seu propósito econômico. Atualmente, o papel reservado à
empresa, no conjunto da vida social, está em plena expansão com a adoção de práticas e
compromissos perante a sociedade. Além de gerar resultados para remunerar o capital nela
investido, por meio do atendimento das necessidades e expectativas de seus clientes, a
empresa deve ter compromissos com os seus colaboradores e com a coletividade para se
tornar socialmente responsável.

Desenvolvimento Sustentável
Com o que chamamos de “progresso”, vemos hoje a degradação total quase incontrolável do
planeta, sempre pela ganância do homem em alcançar resultados sempre financeiros e
imediatos. Destroem as florestas criando um desequilíbrio em que nem mesmo eles próprios
podem acreditar, os rios despejando os mais variados e estranhos lixos e assim por diante.

Diante dessa terrível e triste constatação surge a idéia do desenvolvimento sustentável, que
busca conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, e com isso
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amenizar pelo menos a pobreza no mundo.

As pessoas de bem acreditam que o desenvolvimento sustentável seja possível, ou seja, os


programas de educação ambiental devem ser colocados com força, de forma a “acordar” quem
ainda não se engajou em programas dessa natureza.

O que é então o desenvolvimento sustentável se não o equilíbrio entre a tecnologia e o


ambiente, revelando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes
países na busca da eqüidade e justiça social, assim definido pelos estudiosos do assunto.

Resíduos, impactos ambientais e poluição


Temos que mudar urgentemente a interpretação e o modo de entendimento que temos sobre o
lixo ou resíduo. As práticas ambientalmente corretas resultam em promissoras alternativas de
geração de renda por meio de crescente comercialização dos subprodutos originários de
diversos processos industriais.

Esses subprodutos agregam valor a todos os processos da empresa e promovem a


sustentabilidade ambiental por meio da reciclagem, reuso ou reutilização desses componentes.

A preocupação das empresas e também dos técnicos ambientais no sentido de comercializar


esses subprodutos dá-se muito mais pelo compromisso da preservação ambiental e da saúde
humana do que simplesmente como fator de seu reaproveitamento efetivo.

Os resíduos sólidos, em função de sua natureza, podem gerar impactos à atmosfera, ao solo,
ao lençol freático e ao ecossistema, durante todo o seu ciclo de vida tanto nas dependências
da empresa quanto fora delas.

De acordo com as Lei n°.6938/81, que instituem a Política Nacional de Meio Ambiente, e a
9605/98, que trata dos crimes ambientais, a responsabilidade pela reparação de qualquer dano
ambiental é objetiva e solidária.

Isso significa que a empresa será chamada para remediar qualquer passivo gerado devido à
má gestão de resíduos, independente do fato gerador. Sua responsabilidade não cessa quando
os resíduos deixam suas instalações, perdurando durante todo o tempo que ele representar
risco ambiental, incluindo sua destinação final.

Atividades:

1. Qual o objetivo de uma empresa?

2. Quais são os quatro elementos necessários para que uma empresa atinja seu objetivo?

3. Defina pessoa física e jurídica?

4. O que todo empreendedor, ao formalizar seu negócio, tem que indicar?

5. Para legalização definitiva de uma empresa, algumas providências devem ser tomadas

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antes do efetivo início de suas atividades quais são?

6. Pesquise uma empresa que está comprometida com o meio ambiente.

PARTE XXXI – Planejamento

TEORIA DO 5W 2H:

Desenvolveu-se nos Estados Unidos a chamada teoria do “5W e 2H” que seria perfeita para a
organização de toda e qualquer atividade, e essencial para levar um planejamento a bom
termo.

Segundo essa teoria se respondermos de maneira eficiente às 7 perguntas em inglês (5 que


iniciam com a letra “W” e 2 que iniciam com a letra “H”) teremos um planejamento eficaz. São
as perguntas:

What = O que?
Why = Por que?
Who = Quem?
When = Quando?
Where = Onde?
How = Como?
How much = Quanto?

Ao responder essas 07 perguntas de maneira eficiente podemos elaborar um bom plano de


trabalho ou planejamento de alguma atividade estratégica.

EXERCÍCIOS

O que é organização?
Porque é importante manter-se organizado?
O que é necessário definir para realizar uma atividade?
Em quais condições devemos realizar uma atividade?
Monte um plano de ação estratégico para sua empresa usando a teoria do 5W e 2H.

PARTE XXXII – Qualidade total

A Qualidade Total é um sistema voltado para propiciar satisfação ao cliente, gerando produtos
e serviços de forma organizada e econômica, estruturado de forma que todos os funcionários
da organização possam participar e contribuir com os esforços de desenvolvimento,
manutenção e melhoria da qualidade de forma global.

Esse sistema fundamenta-se na "adequação ao uso" e na "ausência de defeitos", através de


resultados de melhor qualidade na produção com menores custos.

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Porém, é muito importante observar que esse processo não pode ser setorial. A qualidade só
será alcançada se toda a empresa estiver funcionando em perfeita sintonia (produção,
marketing, vendas, finanças e administração).

A idéia é que a melhor forma de garantir um produto final sem erros é fazer com que todas as
partes da organização trabalhem de forma "livre de erros".

Assim, pode-se dizer que a Qualidade Total é a total mobilização dos colaboradores da
empresa em busca de produtos e serviços com qualidade. Existem vários caminhos para se
chegar à Qualidade Total, mas todos eles passam por uma gestão administrativa construída
sobre dados e fatos e orientada, sempre, para a satisfação total do cliente, a Gestão pela
Qualidade Total.

A Gestão da Qualidade Total é uma abordagem sistemática de melhoria contínua da


produtividade, onde todos os colaboradores da empresa aplicam métodos administrativos na
melhoria permanente da qualidade de todos os seus produtos e serviços. Somente integrando
métodos e pessoas, torna-se possível prestar um serviço que atenda com qualidade às
necessidades dos clientes. Este objetivo básico da GQT direciona a empresa para desenvolver
novos processos, visando à produtividade, à competitividade e, sobretudo, à sua sobrevivência.
A implantação da GQT inicia-se com o programas que visam preparar a empresa para a
Qualidade Total, a partir da sincronia dos elementos da produção: homem, materiais, máquinas
e ambiente.

Na GQT, cada parte da operação é um elo em uma rede interconectada de fluxos físicos e de
informação. Essa parte é vista como um fornecedor (interno) de outras partes, que são seus
clientes (internos).

As principais ferramentas para a GQT, que estão, normalmente, atreladas à área de produção,
são:

Qualimetria, feedback e benchmarking - para identificação das necessidades e interesses dos


clientes;
Quality deployment function, engenharia simultânea, business process quality management,
reengeneering e gestão participativa - para desenvolvimento de produtos capazes de atender
às necessidades e interesses;
Análise de valores, just-in-time, kanban, controle estatístico de processo, 5S, zero defects,
avaliação de fornecedores e terceirização - para desenvolvimento de processos capazes de
gerar os produtos a mínimo custo e máxima qualidade
ISO 9000 - para provimento de relações de confiabilidade entre fornecedores e clientes. As
empresas que tiverem sido certificadas como em conformidade com as normas ISO possuirão
confiabilidade no mercado como possuidoras de grande habilidade para projetar, produzir e
entregar produtos.

É muito importante, por exigência do mercado globalizado, que as organizações gerem


produtos e serviços em condições de satisfazer as demandas dos usuários finais, sob todos os
aspectos. É a condição "bom, bonito e barato". Afinal, a condição de "melhor preço" só traz
vitória até que a concorrência consiga melhor qualidade pelo mesmo preço. E a condição de
"melhor qualidade" só ganha até que apareça melhor preço para mesma qualidade. Assim, o
que se persegue e consegue hoje, graças à qualidade total, é maximizar a qualidade ao
mesmo tempo em que se minimizam os custos.

A qualidade total deve ser definida como prioridade em todo o processo administrativo da
empresa e deve começar com o apoio de toda a sua direção. Caso contrário, pode-se cair no
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imobilismo todo e qualquer projeto de implantação.

Dentre as ferramentas da qualidade, listadas há pouco, neste capítulo, duas podem ser
destacadas neste curso: os Círculos de Controle da Qualidade e os "5S".

Círculos de Controle da Qualidade (CCQ)

Os japoneses, na década de 70, desenvolveram os chamados Círculos de Controle da


Qualidade. Trata-se de pequenos grupos de funcionários que se reúnem regularmente para
analisar problemas e propor soluções.

Com a atividade desses grupos, as empresas conseguem estimular seus funcionários a utilizar
constantemente a qualidade total, e motivá-los a trabalhar, dia após dia, com maior dedicação
e prazer.

Com a atuação desses grupos torna-se mais fácil, também, aplicar na empresa os sete pilares
da gestão para a qualidade total:

orientação para a qualidade;


informação para a qualidade;
planejamento para a qualidade;
organização para a qualidade;
comunicação para a qualidade;
motivação para a qualidade; e
liderança para a qualidade.

"5S"

"5S" é uma prática desenvolvida no Japão, onde os pais ensinam a seus filhos princípios
educacionais que os acompanham até a fase adulta. Depois de ocidentalizada ficou conhecida
como "Housekeeping".

Assim, as organizações com o objetivo da busca de melhoria da qualidade de vida no trabalho,


cria no programa 5S uma base para o desenvolvimento dessa qualidade. Não só os aspectos
de qualidade e produtividade devem ser delegados aos funcionários, o mesmo deve ocorrer
com relação a organização da área de trabalho, gerando descarte dos itens sem utilidade,
liberação de espaço, padrões de arrumação, facilitando ao próprio funcionário saber o que está
certo e o que está errado, manutenção da arrumação, limpeza, áreas isentas de pó, condições
padronizadas que clareiam a mente do funcionário e a disciplina necessária para realizar um
bom trabalho, em equipe, e dia após dia. O caminho prático é a implantação dos 5S, cinco
passos integrados, que buscam fortalecer cinco sensos, formando um todo único e simples que
nos ajudam a encarar o ambiente de trabalho de uma maneira totalmente nova.

A denominação "5S" é devido as cinco palavras iniciadas pela letra "S", quando pronunciadas
em japonês. São esses cinco sensos:

SEIRI – Utilização
SEITON - Arrumação, Ordenação;
SEISO - Limpeza;
SEIKETSU - Padronização;
SHITSUKE - Disciplina.

O objetivo principal do 5S é melhorar a qualidade de vida das pessoas, construindo um


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ambiente saudável e acolhedor para todos. Este objetivo somente será alcançado se todos nós
vivermos alguns valores básicos como respeito a cada pessoa, trabalho em equipe, qualidade
e excelência no trabalho, responsabilidade, organização e empenho, defesa da vida, satisfação
e alegria de todos.

O novo cenário mundial tem motivado empresas para avaliarem sua postura em relação ao
consumidor, isto é, aos seus clientes, sejam internos ou externos. Os requisitos de Qualidade
Total (qualidade intrínseca, custo, entrega, segurança e moral) são fatores críticos para a
sobrevivência das empresas diante deste cenário e junto com a visão da qualidade total há o
programa 5S.

SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO

Seiri significa separar o necessário do desnecessário.

Manter no local de trabalho apenas o que você realmente precisa e usa, na quantidade certa.

Refere-se à identificação, classificação e remanejamento dos recursos que são úteis ao fim
desejado. Refere-se a eliminar tarefas desnecessárias e desperdícios de recursos, inclui uma
utilização correta dos equipamentos para um aumento do tempo de vida destes.

Não deve haver excessos de materiais, equipamentos ou ferramentas no local de trabalho.


Devemos lembrar de manter somente o necessário ocupando espaço. Isso se aplica a todos os
aspectos do ambiente do trabalho: mesas, gavetas, armários, etc. Não ache que jogar fora é
desperdício, nem de descartar algo achando que poderia precisar daquilo algum dia. O material
deverá ser enviado à área de descarte.

Procedimentos:

Analisar tudo o que está no local de trabalho.


Separar o necessário do que é desnecessário.
Verificar utilidade de cada item perguntando agrega valor?
Manter estritamente o necessário.
Resultado: Sem bagunça, melhora a produção.

SEITON - SENSO DE ORDENAÇÃO

Seiton significa a arte de cada coisa em seu lugar para pronto uso.

Refere-se a disposição dos objetivos, comunicação visual e facilitação do fluxo de pessoas,


com isto há diminuição do cansaço físico, economia de tempo e facilita a tomada de medidas
emergenciais.

O primeiro passo é definir um lugar para as coisas.


O segundo passo é como guardar as coisas.
O terceiro passo é obedecer as regras.

Cada coisa tem que ter nome. Dê nome a tudo! Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu
lugar. Nenhum item sem lugar definido. Mesmo que alguém esteja usando o item. Assim fica
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mais fácil de localizar as coisas. Devemos usar muito as etiquetas em tudo que há no local de
trabalho: nas pastas, nos armários, nas ferramentas e materiais que utilizamos no dia a dia.

Procedimentos:

Definir arranjo físico da área de trabalho.


Padronizar nomes.
Guardar objetos semelhantes no mesmo lugar.
Usar rótulos e cores vivas para identificação.
Buscar comprometimento de todos na manutenção da ordem.

Resultado: Em um ambiente organizado vive-se e trabalha-se melhor. Não perde-se tempo e


evitam-se erros.

SEISO - SENSO DE LIMPEZA

Seiso significa inspeção, zelo, a arte de tirar o pó.

Cada pessoa deve limpar a sua própria área de trabalho e conscientizar o grupo para não
sujar. Tem por objetivo manter o ambiente físico agradável.

Mantenha tudo sempre limpo. Limpeza é forma de inspeção. Ela possibilita a identificação de
defeitos, peças quebradas, vazamentos, etc. O local de trabalho deve ser dividido em áreas de
responsabilidade. Cada um deve cuidar da sua área.

Seguem algumas dicas para manter o ambiente continuamente limpo: realizar diariamente a
limpeza dos 3 minutos; comece a observar a entrada da sua organização que é o elo de
ligação com a comunidade e logicamente com os nossos clientes. Observe com atenção: A
grama está cortada? Há lixo espalhado? O meio fio está pintado? O portão está com a tinta
toda desbotada? Falta grama no jardim? Veja a imagem da sua organização pelos olhos do
cliente. Mas o mais importante mesmo é não sujar! Evite a sujeira desnecessária. Lembre-se
que ambiente limpo não é o que mais se limpa, é o que menos se suja!

Procedimentos:

Educar para não sujar


Limpar instrumentos de trabalho após uso.
Conservar limpas mesas, gavetas, armários, equipamentos e móveis em geral.
Inspecionar enquanto executar a limpeza.
Descobrir e eliminar as fontes de sujeira.

Resultado: Ambiente de trabalho saudável e agradável.

SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE

Seiketsu significa padrões, ambientação, higiene, conservação, asseio. É a arte de manter em


estado de limpeza.

Manter condições favoráveis de saúde, no trabalho, em casa e pessoalmente.

Refere-se a preocupação com a própria saúde a nível físico, mental e emocional. A aplicação
dos 3S acima citados já faz com que o senso de saúde não seja abalado por outros aspectos
que poderiam afetar a saúde.
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Padronização significa manter "em estado de limpeza" que, no contexto dos 5S, inclui outras
considerações, tais como: cores, formas, iluminação, ventilação, calor, vestuário, higiene
pessoal, e tudo o que causar uma impressão de limpeza. A padronização busca então manter
os três primeiros S (organização, arrumação e limpeza) de forma contínua.
A padronização, ou seja, a definição de métodos standard de trabalho é fundamental, por
exemplo: Pintura das paredes, devem ser usados padrões de cores para cada setor, a
sinalização também é bastante importante, letras claras e grandes, pisos, de tubulações, de
alerta (tigrado), marcas no piso de onde deve ficar a lixeira, voltagem de cada tomada,
indicadores de extintores de incêndio, itens móveis, tamanho das setas que estão sendo
utilizadas, tipos de etiquetas, cores "padrões" de máquinas. A partir do estabelecimento do que
é certo, fica fácil para o funcionário saber o que está errado.

Exemplo: Pintamos no piso, ou há uma placa de identificação na parede do local de um


equipamento móvel e identificamos o local e o equipamento. Cada equipamento deve contar
com 2 pontos: facilidade para visualizar onde se encontra, facilidade para desenvolver para o
local correto.
A partir deste ponto, se o funcionário usa o equipamento e não o devolve ao local fica evidente
que há uma anomalia. As anomalias devem saltar aos olhos devido ao processo de
padronização. Outros aspectos de padronização são o cuidado com a higiene pessoal, com o
uniforme, etc.

A folha de verificação reflete o padrão de cada área. Fica fácil saber onde devemos atacar. A
padronização busca criar "O estado de limpeza". Não basta estar limpo, é necessário também
parecer limpo. Devemos definir qual o padrão ideal para o nosso ambiente de trabalho,
buscando, como objetivo, a melhoria da qualidade de vida no trabalho. Devemos nos
preocupar com a ambientação, quebrando o peso da área de trabalho, através de uso de
aquários, plantas (auxiliam o relaxamento), salas dos funcionários, paisagens, em suma tudo
aquilo que possa contribuir positivamente para um bom ambiente. Isto é uma forma de
desacelerar as pessoas.

Procedimentos:

Pensar e agir positivamente.


Manter bons hábitos e higiene pessoal.
Manter limpos e higienizados ambientes de uso comum.
Conservar ambiente de trabalho com aspecto agradável.
Evitar qualquer tipo de poluição.
Melhorar as condições de trabalho.

Resultado: Cuidar da saúde tanto em casa como no trabalho.

SHITSUKE - SENSO DE AUTO-DISCIPLINA

Significa auto-disciplina, educação, harmonia. A arte de fazer as coisas certas, naturalmente.


Comprometimento com normas e padrões éticos, morais e técnicos e com a melhoria contínua
ao nível pessoal e organizacional.

Refere-se a padrões éticos e morais. Uma pessoa auto-disciplinada discute até o último
momento mas, assim que a decisão for tomada, ela executa o combinado.

Disciplina é a base de uma civilização e o mínimo para que a sociedade funcione em harmonia.
A disciplina é o caminho para a melhoria do caráter dos funcionários. Nós enxergamos a
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disciplina nos 5S quando:

Executamos a limpeza diária dos 3 minutos, como rotina;


Fazemos a medição periódica, utilizando a folha de verificação e colocando os resultados no
gráfico de controle;
Quando não sujamos mais, e quando sujamos limpamos imediatamente;;
Quando devolvemos ao seu local os instrumento que utilizamos;
Quando repintamos os letreiros que estão apagados e corrigimos a pintura do piso se
aparecem falhas.

E quando se quer fazer algo bem feito e com habilidade o que se deve fazer? Praticar! Repetir!
Atletas repetem lances, o estudante que almeja uma vaga na Universidade, estuda, estuda e
estuda. Artistas repetem ensaios. Disciplinar é praticar e praticar para que as pessoas façam a
coisa certa naturalmente. É uma forma de criar bons hábitos. Disciplina é um processo de
repetição e prática. Assim estaremos no caminho certo.

Procedimentos:
Compartilhar visão e valores.
Educar para a criatividade.
Ter padrões simples.
Melhorar comunicação em geral.
Treinar com paciência e persistência.

Resultado: Interesse pelo melhoramento contínuo.

Não é possível e nem faz sentido discutir sobre o 5S isoladamente pois é uma ferramenta
fundamental para girar a engrenagem do sistema e deve fazer parte da rotina diária de cada
indivíduo seja empresa onde trabalha ou na sua casa.

Pode se dizer que a essência do programa 5S está baseada na fé, somente quando o
empregado acreditar que trabalhar em um local digno e se dispuser a melhorá-lo
continuamente, ter-se-á compreendido a essência do 5S.

A implantação do 5S é simples e os resultados já podem ser obtidos apenas com a


implantação dos 3S iniciais, que impressionam muitos, pois trazem grandes mudanças, o que é
altamente estimulante. O mais difícil é a manutenção e melhoria a longo prazo, mas é um
desafio e isto que impulsiona o ser humano.

No Brasil o 5S começou a ser implantado por cerca de 1991 e a sua prática tem produzido
conseqüências visíveis no aumento da auto-estima, respeito ao próximo, ao ambiente e
crescimento pessoal.

Recapitulando: somente quando os empregados se sentirem orgulhosos por terem construído


um local de trabalho digno e se dispuserem a melhorá-lo continuamente, ter-se-á
compreendido a verdadeira essência do 5S. A essência do 5S é a autodisciplina, a iniciativa, a
busca do conhecimento de si mesmo e do outro, o espírito de equipe, o autodidatismo e a
melhoria contínua em nível pessoal e organizacional. O 5S deve ser implementado com o
objetivo específico de melhorar as condições de trabalho e criar o "ambiente da qualidade", ou
seja, iniciar uma mudança de cultura na Empresa, que favoreça a implantação da Gestão pela
Qualidade Total em todos os ambientes da mesma.

São objetivos específicos do 5S:

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promover de um ambiente de trabalho que favoreça a qualidade e a produtividade das ações
desenvolvidas pelos colaboradores da empresa, trazendo benefícios tanto para eles como
para seus clientes;
implantar uma ferramenta que possibilite envolver e comprometer os colaboradores da
empresa com a Gestão pela Qualidade Total;
estimular a prática do trabalho em equipe;
evidenciar a participação do colaborador nas atividades desenvolvidas em seu dia-a-dia de
trabalho, valorizando-o como profissional e ser humano.

Pode-se perceber que o programa 5S dá ganhos a todos nós, pois significa estímulo para as
pessoas realizarem o seu trabalho corretamente, com alegria e para assumirem a
responsabilidade pelos resultados. É a busca da melhoria contínua na vida de cada um de nós.
E praticar e desejar o bem a todos.

Somente quando os empregados se sentirem orgulhosos por terem construído um local de


trabalho digno e se dispuserem a melhorá-lo continuamente, estará realmente compreendida a
verdadeira essência do 5S.

O programa 5S será realmente eficaz se for assumido por todos nós.

Modelo para implantação do 5S


Nas grandes empresas, o 5S é aplicado como um programa macro, que envolve decisão
da presidência, planejamento, lançamento, semanas ou meses para a implantação.
Pensando grande, as pessoas não focalizam nos detalhes. Mas eles também são
importantes. Siga o modelo abaixo, e implante o 5S em sua rotina de trabalho e em sua
vida pessoal:

Segunda-Feira: Senso de Utilização


Nesta segunda-feira, melhore as condições de uso de pequenas coisas. Há caneta,
clipes, grampo no grampeador, papel para anotação para as rotinas? As ferramentas do
dia-a-dia estão prontas para uso, devidamente calibradas?

Terça-Feira: Senso de Ordenação


Nesta terça-feira, pergunte-se:
- As pequenas coisas estão no lugar certo? Tudo é fácil de encontrar, em alguns
segundos, no momento em que precisa?
Melhore a ordem de guardar e usar as coisas.

Quarta-Feira: Senso de Limpeza


Nesta quarta-feira, pergunte-se:
- Sua mesa, gavetas, pasta, caixa de ferramentas etc., estão limpas?

Quinta-Feira: Senso de Limpeza e Asseio


Observe se a melhoria conseguida nos três dias anteriores são favoráveis a sua saúde
mental e física. Padronize o que melhorou.

Sexta-Feira: Senso de Disciplina


Se praticou os quatro primeiros sensos do 5S, sentirá, na sexta-feira, significativa
melhora de disponibilidade e uso de pequenas coisas. Use este crescimento para
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Tornando-se Empregável
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PARTE XVII – Empregabilidade

O termo empregabilidade surgiu na década de 90 e pode ser definido como a qualidade que
possui a pessoa que está sincronizada com as exigências do mercado.

O profissional, com bom nível de empregabilidade, deve apresentar um conjunto de


características:

Sempre estudar e afinar seu instrumento técnico;


Ter um nível de maturidade elevado
Ser equilibrado, cuidando de suas dimensões físicas, mentais, espirituais e emocionais;
Estar preocupado em perceber o outro e o ambiente, de forma a interpretá-los
adequadamente;
Comunicar-se de forma objetiva, sintética e vibrante;
Adotar estratégias direcionadas de visibilidade;
Possuir um plano de carreira e de vida bem elaborado;
Ter uma visão energética do futuro.

Como alicerce, também deve registrar conduta ética e auto-estima elevada.

Uma pesquisa mostra as expectativas de uma empresa para um bom funcionário:

Aquele que está comprometido com o seu trabalho e faz um esforço sincero na empresa;
Trabalha na empresa porque quer, e não por ser difícil encontrar outro emprego;
É leal com as pessoas e com as metas da empresa;
Sente-se responsável tanto pelo sucesso quanto pelo fracasso da empresa;
Toma iniciativa para desenvolver-se pessoalmente e para desenvolver o departamento e a
empresa
Não espera que a comunidade ou o gerente resolva todos os problemas;
É pontual e mantém os acordos;
É flexível e disposto a mudar;
É solícito e cooperativo em toda a organização;
Não espalha boatos;
Demonstra interesse, respeito e consideração pelos outros;
Tem consciência dos custos e não desperdiça os recursos da empresa;
É profissionalmente competente;
É aberto e honesto;
Aprende com os erros, e não os repete;
É orientado para metas (resultados) e para eficiência (progresso);
Tem autodisciplina e energia;
É autoconfiante;
Trabalha conscientemente para manter e desenvolver a qualidade em tudo que faz;
Não se vangloria às custas dos outros;
É organizado em seu trabalho e mantém uma boa apresentação;
Considera e trata seus colegas como clientes importantes;
Vê desafios em seu trabalho;
Orgulha-se de fazer parte da empresa.

Não estamos aqui fazendo apologia à perfeição. Sabemos que um profissional 100% perfeito
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não existe, mas o que vale é assemelhar-se ao máximo ao que o mercado chama de
profissional empregável, assim você garantirá, com maior probabilidade, sua vaga na empresa.

As Bases da Empregabilidade
Conquistar e manter o território profissional requer muito jogo de cintura. Abaixo estão alguns
malabarismos profissionais que ajudam a não deixar a peteca cair.
As bases da empregabilidade repousam sobre competências que as empresas requerem de
seus executivos em diferentes graus, como:

1. Agregar valor e contribuir para a empresa:


O primeiro dos malabarismos: é não mais perguntar o que a empresa pode fazer por você,mas
sim o que você pode fazer por ela e que seja relevante para o seu negócio e para o seu
sucesso. A sua contribuição pessoal à empresa deve ser valiosa e relevante. E diretamente
relacionada com o sucesso empresarial. O seu desempenho profissional será medido por isso.
É dando que se recebe, mas é, sobretudo dando aquilo que é relevante e básico para a
empresa. É essa sua contribuição pessoal que irá determinar o seu sucesso na empresa. É
preciso agregar valor ao negócio e ao cliente. As pessoas que não o souberem fazer ou não o
conseguirem certamente ficarão de lado na corrida para o sucesso.

2. Ser responsável:
O segundo dos malabarismos: é ser responsável, assumir compromissos com a empresa e
responder por eles, mesmo não tendo suficientes recursos pessoais para poder chegar lá.O
bom funcionário não é mais aquele que cumpre ordens e faz a sua rotina quotidiana
exatamente da maneira como aprendeu na época em que ingressou na empresa. Hoje, o bom
funcionário não é o que localiza e aponta o problema, mas aquele que traz a solução. Não é
mais o que executa perfeitamente a rotina burocrática, mas o que satisfaz a necessidade do
cliente.
3. Ser leal:
O terceiro malabarismo é ser leal à empresa. Isto significa não somente vestir a camisa
da empresa, mas aportar valor ao negócio, trazer contribuições efetivas para a empresa e
torná-la mais criativa e valiosa a cada momento que passa. Lealdade não é sinônimo
desobediência cega, mas é saber dizer um não inequívoco nos casos em que um sim implicaria
comprometer uma parcela grande demais de tempo e de recursos em algo que não traria
proveito a ninguém. Lealdade é confiabilidade. A empresa precisa confiar em você para
continuar a mantê-lo ativamente em seus quadros.

4. Ter iniciativa pessoal e senso de empreendedor:


Isto significa estar orientado para a ação, para fazer as coisas acontecerem, e se possível de
acordo com as expectativas da empresa e com os requisitos do cliente. Trocar o
comportamento passivo e rotineiro pelo desempenho ativo e empreendedor. Botar a mão na
massa. Assumir riscos. Apresentar soluções e não apenas os problemas. Estar sempre no
lugar onde acontecem as coisas. De que maneira? Um jornalista perguntou a um famoso
jogador de futebol qual era o segredo do seu sucesso. A resposta foi simplória e eficaz: estar
sempre onde a bola vai chegar. Antever o campo em toda a sua amplitude e estar exatamente
no local dos acontecimentos no tempo certo para fazer as coisas acontecerem.

Fonte: Talento e Empregabilidade – Instituto Chiavenato – Texto por Idalberto Chiavenato

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10 dicas extremamente simples para alavancar a sua carreira

Por: Paulo Renato Araújo

"Havia um jovem lenhador, cheio de vitalidade e motivação. Em seu primeiro dia de trabalho,
entusiasmou-se muito, pois havia derrubado 104 árvores - vinte a mais do que a média de
outros lenhadores. No dia seguinte, fez 101 árvores tombarem, e no outro, 97. Assim, dia após
dia, seu esforço foi aumentando e a produtividade, caindo cada vez mais. Ao décimo dia,
contou, muito cansado, 79 árvores no chão. Parou e foi pedir ajuda ao mais experiente dos
lenhadores. E ele ensinou: - Sua dedicação é maravilhosa e surpreendente, mas quantas
vezes você parou para afiar o machado?" (Autor desconhecido)

Para aumentar sua produtividade e alavancar a sua carreira é preciso estar constantemente
"afiando o seu machado" como nos diz a parábola. Ou seja, é preciso estar sempre revendo
conceitos, adaptando-se ao novo, procurando novas possibilidades de melhorias...

Apesar da simplicidade destas posturas, podemos notar que, a cada momento em que nos
lançamos a este tipo de reflexão, mergulhamos em teorias e sistemas complexos, procurando
sempre o caminho mais difícil. Vivemos boa parte de nosso tempo se retorcendo com o
passado, preocupados com o futuro e vivenciando muito pouco o presente. Confessemos:
quanto tempo faz que não nos preocupamos quase que exclusivamente com o presente, com o
agora, com o já? É no presente que nos acertamos com o passado, que preparamos um futuro
melhor. É no presente onde tudo acontece. Somente o presente nos pertence.

Fique atento às dicas comportamentais listadas a seguir, que trazem informações para ajudar
você a alavancar a sua carreira. São extremamente simples e talvez por isso muito eficazes. É
lógico que não se restringem a dez somente, porém são algumas que destaco como
fundamentais. Procure torná-las um hábito em sua vida, no seu cotidiano, e aguarde os
resultados. Com certeza eles virão...

1 - Foque o positivo. Tudo na vida tem dois lados: o positivo e o negativo. Óbvio? Nem tanto
assim. Os pensamentos levam à ação, e pensamentos positivos levam a atos positivos. A
grande maioria das pessoas estão sempre procurando "pêlos em ovos". Dizem que 90% de
nossos problemas são imaginários, coisas que fantasiamos. E, por conseqüência acabamos
antecipando o fracasso por medo de tentar. Pense em sua vida. Você é daqueles que
valorizam suas conquistas, sejam elas pequenas ou grandes, ou fica sempre olhando para a
"grama do vizinho", acreditando firmemente que é um ser injustiçado? É cômodo reclamar.
Portanto, tome iniciativas. Procure transformar em novas oportunidades fatos que a princípio
lhe parecem adversos. Lembre-se: os vencedores são otimistas por natureza.

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2 - Aja com entusiasmo. "Ter um Deus dentro de si." Era assim que os Gregos, na Grécia
Antiga, definiam as pessoas que agiam entusiasticamente em seu dia-a-dia e, por
conseqüência, obtinham grandes resultados. O entusiasmo é contagiante. Felicidade atrai
felicidade, e sucesso atrai mais sucesso. Pense: as pessoas que acreditam em si mesmas, que
estão sempre sorrindo, têm mais amigos, são mais felizes e realizadas. Para se destacar, ser
um verdadeiro talento, o profissional deve ter duas características imprescindíveis:
competência técnica e paixão por aquilo que faz.

3 - Não julgue precipitadamente. Evite rotular pessoas ou situações. Nunca ouça somente
uma opinião ou tire conclusões precipitadas. Você poderá estar cometendo uma grande
injustiça, criando um ambiente negativo em sua casa ou no trabalho. Ninguém, eu disse,
ninguém é dono da verdade. O que é certo para um é errado para outro. Conflitos fazem parte
de nossa vida. Enfrente-os de frente, encare a situação com maturidade, transparência e
honestidade. A melhor forma de resolver um conflito é indo direto à sua fonte. É difícil... Às
vezes, constrangedor... Mas fique certo de que é o melhor caminho.

4 - Seja empático. Empatia significa colocar-se emocionalmente e psicologicamente no lugar


do outro. Procure ampliar sua visão. Veja a situação com os "olhos do outro". Faça esta
experiência. Antes de tomar uma decisão, procure ver como ela afetará o restante de sua
equipe, as relações com o mercado, fornecedores e parceiros. Que tal aprender a ouvir? Já
reparou que ouvir é diferente de escutar. Ouça com atenção, olhe para quem está lhe falando,
faça com que seu interlocutor se sinta importante. Um erro muito comum é ter uma postura
com seus subordinados e outra completamente diferente com seus superiores. Ouça os
argumentos de seus colegas, pondere honestamente sobre suas sugestões, não cometa o erro
de acreditar na frase: "Só existem dois tipos de pessoas para mim: as erradas e as que
concordam comigo."

5 - Fale menos e faça mais. Os verdadeiros campeões são homens ou mulheres de poucas
palavras e de muita ação. Um exemplo vale mais do que mil palavras. Seja o exemplo,
independente do que os outros pensem ou digam. Ao invés de repetir o sermão da
globalização (competição, atualização, inovação e criatividade), aja. Faça mais, crie mais,
estude mais, leia mais, e inove mais.

6 - Pergunte sempre: isso agrega valor? Acredite, você pode aumentar a qualidade e a
produtividade de seu trabalho com esta simples pergunta: Agrega valor? Este determinado
processo, relatório, equipamento, produto ou até cliente agregam valor à companhia? É incrível
a quantidade de dados e controles que são preenchidos e que para nada servem. Não
reduzem custos, não aumentam a qualidade ou a produtividade. Agora é hora de comparar a
qualidade produzida versus a qualidade percebida pelo cliente, seja ele externo ou interno.

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7 - Aprenda a se automotivar. Especialistas nos ensinam que temos quatro grandes fontes de
automotivação. São elas:

• Você mesmo com suas crenças e atitudes;

• Pessoas à sua volta.

• Mentor emocional.

• Ambiente e instalações (fatores como o ar, iluminação, cores e decoração fazem parte dos
"detalhes" que nos levam a uma maior produtividade).

Sendo assim, busque apoio e incentivo em amigos e parentes; tenha em mente um


personagem real ou fictício, alguém que realmente lhe inspire; transforme o seu local de
trabalho em algo alegre e agradável... Enfim, procure e disponibilize a sua fonte de motivação.

8 - Prepare sucessores. Quer crescer? Então contribua para o crescimento de outras


pessoas. Esta é a melhor forma de crescer pessoalmente e profissionalmente. Isso motiva as
pessoas à sua volta e atrai bons talentos para sua equipe. E, além disso, você não perderá
boas oportunidades simplesmente por não ter a quem lhe substituir.

9 - Compartilhe o sucesso. Sempre deixe claro que a razão de seu sucesso deve-se ao
trabalho e apoio de muitas pessoas. Não existe nada pior do que fazer com que os outros não
se sintam reconhecidos. E, infelizmente, nos dias de hoje, este é um dos aspectos mais falhos
que existem no ambiente organizacional. Lembre-se sempre do exemplo do nosso querido
Guga, quando ganhou a final do torneio de Masters, em Lisboa. Recordo-me de que, em seu
discurso, o atleta agradeceu, entre outros companheiros de trabalho, aos catadores de
bolinhas e às cozinheiras do torneio. Conscientize-se, portanto, de que reconhecimento, é tão
bom quanto uma boa remuneração. E não se esqueça: não é preciso ser dono, diretor ou
gerente para fazer um elogio, sorrir ou simplesmente dizer "muito obrigado".

10 - Valorize a ética e a cidadania. A lealdade às empresas, hoje, é rara. Poucos pensam em


passar a vida inteira dentro da mesma organização. Portanto, ajude a criar um novo diferencial
para a sua empresa. Ajude a sua companhia a preparar profissionais para o país e não
somente para o mercado, incentivando-a a colocar em prática algum programa social, que
envolva inclusive os funcionários. Existem várias formas de doação: além de dinheiro a
organização pode doar um pouco de tempo, conhecimento e habilidades dos seus
colaboradores. Os melhores profissionais valorizam o trinômio empresa-colaboradores-
comunidade de maneira respeitosa e engrandecedora e sentem orgulho em trabalhar numa
organização que possui estes mesmos valores.

Agindo de acordo com princípios como estes, fique certo de que você irá "afiar o seu
machado". Sua carreira agradece.

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Atividades:

1) Defina empregabilidade
2) Quais são as características do profissional empregável?
3) Quais são as características esperadas do empregados quando da contratação de um novo
funcionário?

Questionário sobre empregabilidade


Procure responder sinceramente às perguntas abaixo. Dê notas de 1 (resposta negativa) a 10
(resposta positiva) para cada resposta:
1. Você acha que vai dar certo no mercado de trabalho?
2. Você conhece bem o mercado de trabalho e como ele funciona?
3. Qual é o tipo de empresa onde você gostaria de trabalhar? Você já fez alguma pesquisa a
respeito? Qual o seu conhecimento a respeito?
4. Você sabe quantos candidatos disputarão as mesmas oportunidades de trabalho que você
deseja conquistar? Como se sente em relação a eles?
5. Quais são as suas armas para disputar um emprego e fazer carreira em uma empresa?
Você já está suficientemente armado para a caçada?
6. Você já passou por um processo seletivo em alguma empresa? Você está realmente
preparado para enfrentar a seleção de pessoal ou apenas pretende ir na base da
improvisação?
7. Você já elaborou o seu curriculum vitae? Você já montou o seu portfólio profissional? Qual
a sua impressão a respeito deles?
8. Você já construiu o seu networking? Como vai sua rede de relações pessoais e
profissionais?
9. Você fez algum planejamento de carreira? Você já pensou no que pretende ser no futuro e
aonde quer chegar na sua profissão?
10. Você faz investimentos pessoais (como leituras de livros e revistas especializadas,
seminários, palestras, reuniões profissionais, discussões em grupo, estudo de línguas, como
inglês ou espanhol) em sua educação profissional além do curso universitário?

Faça a contagem final. Se você teve menos de 50 pontos você precisa de ajuda, pois corre o
sério risco de comer poeira atrás dos outros candidatos e aquecer os assentos nas salas de
espera. Se conseguiu algo entre 50 a 75 pontos, é caso de recuperação: você precisa se
reciclar urgentemente para melhorar sua candidatura. Se você obteve mais de 75 pontos, você
será um páreo duro: sua empregabilidade está em alta.

PARTE XVIII – Currículos

Para nos candidatar a uma vaga de emprego, nos é solicitada a apresentação de um


documento chamado currículo. Mas afinal, o que é e para que serve este documento tão
importante para a contratação de um novo funcionário?

O currículo demonstra toda a sua vida profissional, é o registro de sua história


profissional.
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Trata-se de um documento que terá a responsabilidade de convencer o empregador a, pelo


menos, te chamar para entrevista.

É um documento que deve transparecer suas qualidades, deve fazer sua “propaganda”, pois
chega ao potencial empregador antes de você, para tanto, não pode ser um simples pedaço
frio de papel, deve ser apresentado causando uma boa impressão àquele que o lê. Deve soar
como tambores e clarins anunciando quem você é, de forma qualificada e agradável.

Este documento deve constituir uma mensagem breve , motivo esse que algumas
pessoas usam a palavra francesa resume , que significa resumo, para identificar o
currículo.

Iniciando a produção de um currículo


Falamos no tópico anterior que o currículo é o documento responsável por sua apresentação
ao empregador, uma vez que chega a ele antes que você, logo, ele deve encantar o
empregador de forma que ele sinta a necessidade de lhe chamar para a entrevista.

Com isso, sabemos que o currículo é um documento único e personalizado, pois é feito sob
medida para cada pessoa. Sendo um documento “sob medida” e, considerando um mercado
dinâmico e cada vez mais seletivo, ele deve conter as informações relevantes sobre a sua vida
profissional. E quando digo relevante me baseio no fato que o empregador não quer saber
quais são seus hobbies ou se você coordenou a festa de final de ano na empresa que
trabalhou, o empregador precisa de informações concisas sobre a sua atuação profissional.

Cada linha de seu currículo deve ser um convite para a leitura da linha seguinte. Lembre-se
que a primeira impressão que seu currículo deve causar é a de que ele merece ir para a
listagem daqueles que tem chances de ser selecionados.

O que deve ser enfatizado

Somente deve constar em seu currículo às informações que realmente farão diferença e
poderão contar pontos no processo de seleção.

Se falamos para um jovem recém formado nos preparar seu currículo, ele com certeza terá
problemas, pois não há, muitas vezes, nenhuma experiência profissional anterior que ele possa
mencionar e enriquecer seu currículo tornando-o parte da listagem dos passíveis de
aprovação.

Logo, esse profissional deve enfatizar o valor do trabalho realizado em relevantes atividades
estudantis, aumentar sua experiência através de posições não remuneradas como estágios,
projetos especiais, trabalhos voluntários.

Lembre-se que as atividades que serão mencionadas devem ser relevantes perante seu
objetivo na empresa.

Muitos empregadores queixam-se de não encontrar implícito nestes currículos


comprometimento, objetivos e expectativas reais por parte dos jovens. Dessa forma, analise o
que realmente você pretende, analise quais são seus verdadeiros objetivos de vida e
profissionais, com isso, busque explicar-se de forma tal, que seja notado que possui estas
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características e com isso você mostrará um diferencial ao empregador.

Não esqueça nunca que estamos falando de um “resumo”, logo, você deverá vender seu
desempenho de forma objetiva, tornando o seu currículo uma leitura agradável e passível de
continuação.

Empregadores levam em média 30 segundos para ler um currículo, não esqueça nunca disso,
“seu peixe” deve ser vendido neste curto tempo, caso contrário, seu currículo está fora de
seleção.

Tornando seu currículo eficiente

Seu currículo é apenas a isca que irá despertar o interesse do empregador!

Ressalte resultados e promoções obtidas ao longo da carreira.


Seja objetivo e claro em seu texto, os selecionadores não têm tempo para ficar lendo longas
histórias.
Seja muito organizado em suas idéias, isso demonstra coesão de idéias.
Mantenha seu currículo em uma página.

Eetapas de elaboração do currículo


Elaborar um currículo não é apenas relatar sua trajetória profissional, é encantar quem o lê de
forma a vender um produto: VOCÊ! Contudo, de maneira a permitir maiores possibilidades de
alcance do objetivo principal que é o de ganhar a vaga, vale seguir o seguinte roteiro para
elaboração de seu currículo:

O currículo deve ser elaborado com foco no empregador.

Existem perguntas para as quais os entrevistadores querem respostas que devemos nos
perguntar antes de fazer o currículo:

O que você quer?


Para responder essa pergunta seu currículo deve responder claramente quais são seus
objetivos.
Ex: Assistente da área Administrativa; Assistente da área administrativa comercial.

Por que você quer o cargo?


Mostre a razão pela qual você considera merecer o cargo. Seu currículo deve demonstrar
apenas os itens que justificam seu foco.

Em que você contribuiu?


Destaque as atividades desempenhadas que efetivamente geraram retorno a empresa. O que
o empregador deve e quer saber é se você é um funcionário que traz retorno à empresa.

Você se organiza e planeja para alcançar objetivos?


Um currículo bem organizado, com seqüência lógica, demonstra a sua habilidade de
organizar habilidades e tarefas, e o fato de saber o que quer, demonstrando isso através da
objetividade do currículo, mostra que tem ambição e vontade de atingir os objetivos.

Você se comunica?
Usar frases curtas demonstra objetividade.

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Utilize o mínimo de palavras, não utilize advérbios subjetivos como fortemente, extremamente.
Inicie frases com verbos de ação como Construí, Resolvi, Aumentei, Implantei, Administrei,
Descobri, Planejei, etc.
Evite, apesar dos verbos de ação virem na primeira pessoa, a utilização do pronome pessoal
EU, ele passa impressão ofensiva e de falta de modéstia.

Você é positivo?
Seu currículo deve ser embasado na verdade, mas somente falar bem de você. Enfatize seus
pontos positivos, ninguém quer ler informações tristes, mostre pontos positivos, criando um
bom impacto no início da leitura e os pontos menos relevantes deixe para o final.

Lembre-se: Ao redigir seu currículo tente passar um aspecto moderno, positivo, agressivo e
direcionado a realizações. Entrevistadores analisam muitos currículos e precisam compreendê-
lo na primeira leitura. Preste bastante atenção ao preparar seu currículo de forma a criar um
bom impacto e fazer com que o entrevistador preste atenção ao documento.

Preparação do currículo

Aparência:
O currículo que, dentro os muitos que estão na mesa do empregador, vai chamar a atenção, é
o que tiver a melhor apresentação visual, for objetivo e de fácil compreensão.

Objetividade:
Um currículo deve deixar claro seus interesses e destacar as qualificações que te habilitam
para tal.

O que não colocar no currículo

Cores
O currículo deve ser agradável à leitura, dessa forma deve ser muito discreto. No máximo
utilize um papel em tom pastel ao invés de branco, mas nada além disso.

Não varie fontes, utilize a fonte ARIAL e os recursos negrito e itálico do processador de texto.
Evite transformar seu currículo em uma salada gráfica e acabar irritando quem o lê.

RG, CPF e outros números de documentos


Não perca tempo inserindo informações em sue currículo que somente servirão, em
primeira instância, para poluir a visualização. Se alguém tiver interesse nestes documentos,
será o departamento pessoal e os solicitará em momento oportuno.

Razões por ter deixado seu último emprego


Esta informação é importante para o empregador, mas deve ser discutida em momento
oportuno, possivelmente na entrevista.

Lista de referências
Deve ser impressa à parte e você deve, se for o caso, levá-la com você para entrevista. Mas
somente a apresente se for solicitada.

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Raça, Religião e Filiação Partidária


Ninguém tem interesse em conhecer estas suas convicções. Se você as menciona, pode
indicar que o preconceito está com você.

Salário e Pretensão Salarial


Esse é um tema para ser discutido em entrevista. Quando o anúncio pede, apenas para não
enviar sem resposta e parecer desleixo, deve-se mencionar algo como : Aceito discutir
propostas.

Modelo de currículo

Este currículo foi baseado em um determinado perfil profissional, que não necessariamente o
seu. Lembre-se que seu currículo deve estar de acordo com seu perfil profissional, objetivos e
cultura da empresa pára qual você o enviará.

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(Nome)
Brasileiro – solteiro – 18 anos Atenção: Evite e-mails engraçados,
grosseiros ou sugestivos, como:
Rua ________, nº ____– __________ amaisgata@... ; lindinhodazl@... ;
timaoprasempre@... Lembre-se que
cep: _______ - ___ - São Paulo – SP emprego é coisa séria! Caso não
qualquercoisa@qualquercoisa.com.br tenha, crie um email discreto.

Telefone (res.) / Telefone (cel.)

OBJETIVO: Assistente Administrativo

Escolaridade
Ensino Médio
E.E. (nome da escola)
Concluído em dezembro/2005

Qualificações
Jovem à procura da primeira oportunidade de emprego. Dinâmico, comunicativo, sociável e
com muita vontade de aprender e ascender profissionalmente na área administrativa de uma
empresa ou escritório de prestação de serviços.

Cursos
Capacitação profissional – Assistente Administrativo
ONG IDEPAC - Instituto de Desenvolvimento Profissional Amigos Contabilistas, Empresários,
Profissionais Liberais e de Informática.
Disciplinas: Escrita Fiscal, Informática, Contabilidade, Departamento Pessoal e Rotinas
Administrativas
Duração: 01 ano
Concluído em _____/____

YYZ Escola de Informática


Windows, Word, Excel, Power Point, Access, Corel Draw, Corel Photo Paint, Publisher,
Internet, Visual Basic, FrontPage, Delphi, Flash, Linux, Html, Hardware, Java Script, Redes.
Duração: ______
Concluído em __________/2004

Considerações para recém formados/estagiários

Mesmo em início de carreira, suas preocupações com o currículo devem ser as mesmas de um
profissional experiente. Deve procurar enfatizar seu potencial, mencionando os conhecimentos
que adquiriu enquanto estudava.

Inicie o documento com seus Dados Pessoais e Dados de Contato (endereço, telefone e e-
mail). Em seguida, mencione o seu objetivo profissional, deixando clara a área de atuação de
seu interesse, mas não corra o risco de utilizar uma declaração inadequada, como esta:

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"Procuro uma posição desafiadora, que permita que eu atualize os meus talentos, com bom
potencial para crescimento profissional e salário compatível com as minhas habilidades".

Os próximos itens são Formação Acadêmica e Idiomas. Algumas informações como escola de
primeira linha e idiomas fluentes são utilizados como critério de seleção, portanto, são
características que merecem destaque no currículo.

O passo seguinte é informar sobre a sua Experiência Profissional. Caso nunca tenha
trabalhado, valorize o currículo incluindo atividades não-remuneradas, estágios, projetos
especiais, pesquisas e trabalhos voluntários, de forma que desperte o interesse do empregador
de alguma forma.

Itens como prêmios, honrarias, citações, bolsas escolares e nomeações pertencem ao item
Atividades Extracurriculares ou Destaques. Use a ordem cronológica invertida, da mais recente
à mais antiga informação.

Os Cursos Complementares voltados à área de seu interesse devem ser mencionados no final
do currículo.

A falta de experiência profissional é o maior obstáculo enfrentado por estudantes e


profissionais recém-formados, especialmente aqueles que não estavam empregados antes de
concluir seus estudos, pois alguns empregadores são relutantes em contratar novatos,
temendo que eles careçam de experiência para se tornarem imediatamente produtivos. Por
este motivo, o currículo deve enfatizar a sua dedicação, os seus objetivos, seu
comprometimento e suas expectativas, sempre realistas.

Atividades:
1) O que é currículo? Para que serve este documento?
2) Quais são as principais características do bom currículo?
3) O que devemos atentar quando da produção de um currículo?
4) Quais as principais etapas para preenchimento do currículo?
5) Qual a melhor seqüência de apresentação de um currículo?

PARTE XIX – Apresentação Pessoal

EU, ETIQUETA

Carlos Drummond de Andrade

Em minha calça está grudado um nome


que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
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por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio intinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar a minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar, ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
da minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
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objeto pulsante, mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.

Atividade:

1) Qual é o principal assunto abordado pelo autor em seu texto?

2) Que relação você pode fazer entre o que diz o texto e a sua vida pessoa/ profissional?

3) Qual trecho foi mais significativo para você?

Marketing Pessoal

É a expressão que abriu espaço na busca do desenvolvimento pessoal em direção ao sucesso


profissional.

Marketing é uma palavra inglesa que deriva do latim MERCATUS que significa mercado, aonde
vendem mercadorias. A criação da expressão Marketing Pessoal foi exatamente de equiparar
pessoas a mercadorias que são, em um determinado sentido, oferecidas , vendidas e
compradas.

Entenda que Marketing Pessoal não é relacionado somente ao seu visual, é isso também mas
MARKETING PESSOAL é tudo o que fala o que a pessoa é sem precisar dizer uma só palavra.
São os aspectos incorporados à sua imagem que “venderão o seu peixe” com maior eficácia.

Falamos em MARKETING PESSOAL de aspectos que falam de nós antes de nossa chegada,
como currículo, cartão de visitas, o que falam a nosso respeito, gestos, comportamento,
postura, voz, higiene, ética, entre outros. Porém, se um dos aspectos for negligenciado,
podemos perder credibilidade, mesmo com conteúdo, podemos ter uma imagem não grata à
sociedade.

Vejam as fórmulas:

Embalagem nota dez + conteúdo nota zero = decepção imediata


Embalagem nota dez + conteúdo nota dez = satisfação total
Embalagem nota zero + conteúdo nota dez = risco de nem ser notado

Muita atenção à sua embalagem!

O que podemos considerar nossas “embalagens”:

Cartões de visita
Currículo
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Comportamento Social
Aparência pessoal
Gestos e Posturas
Voz

Já estudamos no capítulo anterior a questão do cuidado com a elaboração do currículo, quais


são as formas de manter a atenção do leitor e ganhar a entrevista, enfim, como fazer seu
MARKETING PESSOAL apenas com a apresentação do currículo.

Mas temos mais alguns itens que devemos atentar:

Comportamento Social: Nosso relacionamento com as outras pessoas também conta muitos
pontos na criação de nossa imagem.
Vivemos hoje em uma sociedade que acredita ser fora de moda ser amável. Acreditam que
liberdade é fazer o que se quer, sem respeito aos outros. Existe um medo intrínseco nas
pessoas de que se forem amáveis perderam seu poder.

Comportamentos exteriorizam atitudes e nossas atitudes são compostas por três fatores:

crenças e conhecimento sobre determinado objeto;


emoções em relação à ele;
disposição para agir diante dele.

Com isso, torna-se difícil ter comportamentos positivos quando não se encontra dentro de nós
atitudes positivas.

Respeite as pessoas sempre, todos os cargos e formas de trabalho são necessários. Na vida
profissional o que prevalece é a hierarquia de cargos.

Adequação aos papéis sociais é palavra chave!

O que se espera de nós é que tenhamos atitudes positivas, porém só alcançaremos isso
através de comportamentos positivos, então, busque sempre manter uma postura ética,
amável, cordial com chefes, colegas, subordinados, clientes, fornecedores, visitantes.
Mantenha uma postura positiva não no sentido de aceitação irrestrita de tudo o que acontece a
sua volta, mas colaborando com seu espaço construtivamente.

LEMBRE-SE A IMAGEM DA EMPRESA É A SOMA DAS IMAGENS PESSOAIS DE SEUS


FUNCIONÁRIOS, logo, se você não mantiver sua imagem pessoal positiva, poderá perder
boas oportunidades.

Aparência pessoal: Mais uma vez – ADEQUAÇÃO!! Como se pentear? Que maquiagem?
Homens, com barba ou sem barba? Gravata? Roupa esporte ou terno escuro?
Você deve ter seu estilo, porém adequando-se ao ambiente em que estará inserido.
Funcionários de um escritório de advocacia ou de um banco devem manter padrões discretos
de vestimentas, diferentes daqueles que trabalham em uma loja de roupas jovens ou em uma
agência de publicidade.

Cabe uma colocação às mulheres – o ambiente profissional não é ambiente para sensualidade,
dessa forma evitemos usar roupas coladas, alceias, transparências, decotes, fendas.
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Gestos e posturas: Estender braços e apertar as mãos com determinação é o melhor gesto
quando falamos de ambientes formais. Nada de beijos, abraços e tapinhas nas costas.
Timidez, insegurança também se traduzem em posturas inadequadas., tanto quanto arrogância
e excesso de confiança. Não seja nada demais, não estufe o peito, deixe seus pulmões
respirarem naturalmente, mantenha as idéias sob controle, mantenha postura física harmônica,
olhe nos olhos, seja franco, saiba sorrir e ouvir.
Mantenha uma postura que inspire confiabilidade, para que quando pensem nessa qualidade,
logo remetam-se a você.

Voz: Procure falar articulando bem, sem comer sílabas ou letras finais, fale em um volume
audível, projetando o som para frente e não mastigando as palavras.
Escolha bem as palavras pois elas são nossas grandes aliadas, dê colorido a sua falar
evitando cair na monotonia de quem fala em um tom só.

Estude bem a gramática de forma a evitar erros. Leia muito jornal, revistas, enriqueça seu
vocabulário tomando por base bons autores.

A boa retórica pede que, num primeiro momento, a pessoa abra a sua fala, isso pode ser feito
através de sua apresentação, cumprimentos, agradecimentos, dizendo para que veio e fazendo
uma síntese do que será feito.

Em um segundo momento deve expor seus argumentos e em terceiro momento fechar seu
discurso mostrando pontos positivos do que foi falado, estimulando o ouvinte a agir como
sugerido.

Em suma, não sejamos artificiais. Não pretendemos propor a despersonalização de indivíduos


através da massificação de conceitos e conseqüente falência de liberdade de pensar e criar, o
que pretendemos é mostrar que a palavra chave é ADEQUAÇÃO e esta somada ao respeito
pela dignidade humana e direitos de ser.

Busquem sempre a melhoria contínua, superem desafios, alcancem o sucesso.

Por sucesso entendam aceitação de desafios, superação de barreiras, satisfação pelas


realizações alcançadas e coragem para recomeçar a cada dificuldade.

Para isso ocorrer de forma harmoniosa, você deverá caminhar em direção a uma integração
madura e equilibrada não somente consigo próprio, mas com todas as pessoas que
convivemos a nossa volta.

Comportamento social profissional


Por: Rogerio Martins
(texto elaborado a partir do artigo “comportamento social e etiqueta profissional”, extraído do
portal: HTTP://www.rh.com.br)

Com o crescente nível de exigências de conhecimento técnico para o preenchimento das


ofertas de trabalho, algumas vezes os profissionais de RH e as próprias chefias esquecem-se
do fundamental: o ser humano.

Saber como portar-se em uma reunião, em um almoço de negócios, em um coquetel ou


mesmo no dia-a-dia da empresa tornou-se fundamental para o futuro da carreira dos
profissionais jovens e também dos experientes.
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Como manda o figurino


Existem pessoas que marcam sua existência pela elegância, enquanto outras se fazem notar
pela total falta de bom senso quanto ao guarda-roupa e ao comportamento. Portanto, quando
for trabalha, deixe em casa as roupas coloridas, transparentes e decotadas, as saias justas, as
bijuterias grandes e pesadas, os saltos muito finos e altos, as gravatas de bichinhos, aquele
terno Pink, o sapato velho e desgastado.

Lembre-se deste ditado: “A primeira impressão é a que fica”


Reflita sobre a imagem que quer transmitir para as outras pessoas e o que tem feito para
conseguir seu objetivo. Peça a seus amigos um feedback sincero sobre sua apresentação
pessoal. Mas atenção para uma ressalva: portar-se bem e ter boa apresentação não tem a ver
com beleza, raça ou tipo físico. È questão de coerência com a maneira como a pessoa quer ser
percebida pelos outros e com o meio no qual transita.

Falar é prata, calar é ouro


Outro fator diretamente relacionado à imagem é a comunicação em todas as suas expressões:
oral, escrita e até mesmo a não-verbal. Porque, como sabemos, o corpo fala.

De nada adianta estar muito bem vestido, andar corretamente, cumprimentar as pessoas
adequadamente se, na hora de expor suas idéias ou de participar de uma reunião, a pessoa
comete erros de concordância verbal, mostra um vocabulário pobre e cheio de gírias,
interrompe os outros com piadinhas de mau gosto, fica fazendo caretas enquanto um
colaborador está falando etc

Alguns recursos para não cair nesse tiop de ridículo: ouça mais as pessoas e exercite sua
comunicação; leia mais, participe de cursos, escreva com freqüência, pratique, pratique,
pratique. E, importantíssimo: evite fofocas, conflitos, intrigas e ruídos na comunicação!

O papel principal
Na vida, representamos diversos papéis: filho/filha, pai/mãe, empregado/patrão e assim por
diante. Em cada um deles, devemos ter o senso da adequação, isto é, agir conforme as
normas e regras existentes para o papel que estivermos encarnando na hora. Tais normas e
regras de convivências são ditadas pela sociedade. Há quem diga que elas existem pra ser
quebradas. Pode até ser verdade, mas o importante é que elas existem para balisar os limites.
Já pensou que confuso seria o mundo se não tivéssemos norma alguma para nos orientar?

Atividade:

Depois de ter lido o texto, faça por escrito uma avaliação de sua postura pessoal/profissional.
Não deixe de contemplar os seguintes temas: comunicação oral e escrita, vestimenta,
acessórios. Além disso, aponte os equívocos detectados, as conquistas já conseguidas e o que
ainda pretende melhorar.

PARTE XX – Relações Humanas

O relacionamento sadio dentro da organização é fator principal nos dias atuais.

O funcionário objetiva ambiente de respeito mútuo, com oportunidades de aprendizado e


crescimento.
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Alguns princípios são importantes quando falamos em relações humanas:

Entenda que cada pessoa é portadora de uma personalidade específica;


Nosso direto acaba quando começa o do próximo, logo, respeito o próximo se quiser ser
respeitado;
Não interrompa quem estiver falando, espere a sua vez. Interromper pode soar
indelicadeza;
Sorria sempre, o sorriso quebra barreiras de relacionamentos;
Lembre-se que no ambiente profissional a hierarquia deve ser respeitada;
Esteja sempre pronto a colaborar;
Nunca expresse opiniões quando estiverem julgando alguém – poderá ser visto como
fofoqueiro;
Cumpra as normas da empresa;
Seja ético;
Jamais critique alguém em público;
Somente prometa o que realmente pode cumprir, caso contrário, não prometa;
Seja convicto ao afirmar algo;
Não minta, não omita;
Não se abale com críticas abusivas, solucione o problema;
Atente sempre para a solução dos problemas, nunca para os problemas somente;
Avalie periodicamente sua conduta;
Pense, avalie e somente após esse processo fale alguma coisa. Esse processo trará
melhores resultados e evitará mensagens distorcidas.

PARTE XXI– Dinâmicas em grupo

A dinâmica é a atividade que leva o grupo a um trabalho em que se perceba, por exemplo,
como cada pessoa se comporta em grupo, como é a comunicação, o nível de iniciativa, a
liderança, o processo de pensamento, o nível de frustração, se aceita bem o fato de não ter
sua idéia levada em conta.

Além disso, os selecionadores usam essa técnica para descobrir e avaliar como o grupo se
comporta em relação a cada componente. Segundo especialistas na área de recursos
humanos e psicologia, a dinâmica de grupo em seleção sempre tem como objetivo observar o
comportamento na situação de grupo e na maneira de ser do indivíduo.

Dinâmica de grupo é um instrumento de aproximação de interesses. Para as organizações, não


adianta só buscar o melhor profissional do mercado, mas também aquele que se adapta às
suas necessidades.

Dicas para sobreviver a uma dinâmica de grupo

Leia jornais e revistas, mantenha-se informado dos acontecimentos atuais, crie sua própria
opinião sobre os fatos;
Evite vícios de linguagem como : Ta? Né?
Evite frases prontas como: Com Certeza, Concordo Plenamente;
Evite braços e pernas cruzados, essa postura passa a impressão que não concorda com o
assunto;
Não fale com as mãos sobre a boca, isso denota falta de sinceridade, insegurança;
Não vista roupas muito exuberantes, isso denota exibicionismo;
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Evite apoiar suas mãos no bolso, pois como a mão na boca, essa postura denota
insegurança;
Tenha um aperto de mão firma, caso contrário passará a impressão de timidez,
insegurança;
Seja natural, não busque padrões, seja você mesmo, não se desqualifique e nem se
qualifique demais.

Atividades:

1) Quais pontos são importantes quando falamos em Marketing Pessoal?


2) Por que as relações humanas são importantes?
3) O que são dinâmicas de grupo? Qual a finalidade? Como são divididas?
4) Quais as principais dicas para participar de uma dinâmica de grupo?

PARTE XXII – Ética e cidadania

O que é Ética?

"A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que é, mas que não são fáceis de explicar,
quando alguém pergunta”.(VALLS, Álvaro L.M. O que é ética. 7a edição Ed.Brasiliense, 1993,
p.7)

Segundo o Dicionário, ÉTICA é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta
humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à
determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

Alguns diferenciam ética e moral de vários modos:

Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas;


Ética é permanente, moral é temporal;
Ética é universal, moral é cultural;
Ética é regra, moral é conduta da regra;
Ética é teoria, moral é prática.

Etimologicamente falando, ética vem do grego "ethos", e tem seu correlato no latim "morale",
com o mesmo significado: Conduta, ou relativo aos costumes. Podemos concluir que
etimologicamente ética e moral são palavras sinônimas.

A ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos
considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa
tradição cultural etc. Há morais específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma
instituição, um partido político...

A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a
sociedade possa se tornar cada vez mais humana. A ética pode e deve ser incorporada pelos
indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana, capaz de julgar criticamente os
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apelos a críticos da moral vigente. Mas a ética, tanto quanto a moral, não é um conjunto de
verdades fixas, imutáveis.

A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso


acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi
considerada "natural". Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca
uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma
permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.

A ética ilumina a consciência humana, sustenta e dirige as ações do homem, norteando a


conduta individual e social. É um produto histórico-cultural e, como tal, define o que é virtude, o
que é bom ou mal, certo ou errado, permitido ou proibido, para cada cultura e sociedade.

Dessa maneira, a ética é universal, enquanto estabelece um código de condutas morais válidos
para todos os membros de uma determinada sociedade e, ao mesmo tempo, tal código é
relativo ao contexto sócio-político-econômico e cultural onde vivem os sujeitos éticos e onde
realizam sua ações morais.

 MORAL

A palavra moral diz respeito aos costumes, os hábitos, as regras de comportamento adotadas
por seres humanos vivendo em sociedade Etimologicamente tem a sua origem no Latim
"Moraes”. Curiosamente tanto "ethos" (caráter) como "mores ou Moraes" (costume) indicam um
tipo de comportamento próprio do ser humano que não é natural. Ou seja, o homem não nasce
com ele como se fosse um instinto, mas sim o adquire no convívio social, herda através dos
ancestrais e pela cultura em que nasceu. Deste modo, ética e moral, pela própria etimologia,
diz respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das
relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.

Embora os termos sejam até usados como sinônimos sem uma grande distinção entre ambos,
os estudiosos esclarecem que a ética é a teoria, a ciência do comportamento moral cuja
finalidade é tentar explicar, compreender e criticar os valores morais de uma sociedade, sendo
deste modo filosófica e científica. Enquanto a moral pressupõe um conjunto de normas,
costumes, valores, comportamentos e atitudes dos seres humanos inseridos num grupo social.

 CIDADANIA

A palavra cidadania tem a sua origem no latim "civitas", que significa "cidade". Desta forma,
cidadania derivou-se de "cidade" sendo usada na Roma Antiga (séculos VII a III a.C.) para
designar a condição política e social de uma pessoa, dos seus direitos e deveres.

Segundo o autor Dalmo Dallari, "A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa
a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem
cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando
numa posição de inferioridade dentro do grupo social". (DALLARI, Direitos Humanos e
Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14)

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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

O código apresenta a seguinte orientação:

Julgue-se igual ao seu colega, independente de seu nível cultural ou profissional;


Forneça ajuda aos colegas;
Saiba receber orientações de trabalhos de colegas ou superiores;
Troque idéias com superiores sempre que houver necessidade;
Mantenha sempre o local de trabalho em ordem e em condições de uso;
Quando não souber fazer, não faça, peça ajuda;
Informe aos colegas os riscos de acidentes no trabalho;
Dê idéias para solucionar problemas no ambiente de trabalho, não se preocupe se serão
aceitas, ou não;
Transmita princípios morais no ambiente de trabalho;
Ajude, opine, mas com discrição. Respeite as confidências dos colegas;
Seja responsável e cumpra suas obrigações;
Faça críticas e concorde somente com críticas construtivas;
Opine sempre educadamente, sem medo de repressão;
Seja honesto com a empresa, com os colegas, com os superiores, consigo mesmo;
Mude de opinião quando perceber que está errado;
Seja pontual nos horários de trabalho e compromissos;
Respeite a opinião dos colegas;
Faça sempre o trabalho certo;
Atualize-se na profissão, constantemente.

Cada empresa possui uma maneira comum e constante de tratar determinados assuntos por
parte dos superiores. Essa maneira é variada de empresa para empresa.

Assuntos que envolvem salários, benefícios, qualidade, clientes, indicam a maneira de pensar
e ver da diretoria de uma determinada empresa e são transmitidas aos funcionários de diversas
formas.

Essa maneira de pensar e ver os assuntos é a chamada POLÍTICA DA EMPRESA, que, para
tornar a empresa saudável, é necessário que esteja equilibrada entre os desejos dos
funcionários e da diretoria, de forma que não existam vencedores e vencidos, mas somente
pessoas realizadas.

PARTE XXIII – Atendimento

Atendimento é um conjunto de habilidades, estratégias e ações realizadas para que o cliente


sinta-se confortável ao comprar e utilizar o serviço do seu estabelecimento. A conquista da
fidelidade do cliente se dá não somente no atendimento, mas também superando suas
expectativas quanto a prestação de serviço. Simplesmente satisfazer os clientes já é coisa
do passado. A prioridade do futuro será conquistar e manter a fidelidade do consumidor.

O "time de atendimento" é composto por todos os funcionários da empresa, sejam eles da


mesma área ou de departamentos diferentes, que formam a Corrente de Atendimento. Todos
trabalham juntos em busca de um único fim: superar as expectativas do cliente.

Como integrante do time de atendimento, todas as vezes que você se comunica você influencia
as impressões do cliente sobre a sua empresa. Da mesma forma acontecem muitas coisas "por
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trás dos bastidores" que, se não forem bem resolvidas entre os colaboradores, podem impactar
negativamente o nível de atendimento prestado ao cliente.

Todas as ações devem ser focadas no cliente. Isso significa ler e entender os sinais que eles
passam e responder de forma apropriada. O Cliente é sua prioridade número 1. Ele está
acima de todas as outras tarefas e atribuições. Quando você foca no cliente, você cria
confiança, passa a mensagem de que quer ajudar e também previne ou ameniza algumas
situações embaraçosas.

Agir prontamente demonstra um senso de urgência que faz com que o cliente saiba que suas
necessidades são importantes para você. Isso se faz através de ações, tom de voz e também
por meio de frases, como: "Deixe-me resolver isso agora mesmo", ou "Vou fazer tudo que
puder"

Para superar as expectativas dos clientes, é importante não só ouvir, mas também perguntar
ao cliente como você e a empresa podem melhorar ou como podem manter tudo funcionando
corretamente. Pedir feedback (retorno) faz com que os clientes sintam que suas idéias e
opiniões são valorizadas

Iniciativa é uma ação que faz com que o cliente volte sempre. Assumir responsabilidade
pessoal é superar a expectativa do cliente, assumindo responsabilidade pessoal, resolvendo
problemas e garantindo a satisfação do cliente. É planejar é estar preparado para diferentes
situações de atendimento, analisar e buscar continuamente a melhoria de seu processo de
trabalho.

Na tomada de decisão, devemos fazer o uso do Bom Senso . O uso do bom sendo é o
processo de examinar fatos e informações, para tomar uma decisão correta no atendimento,
que conquiste a fidelidade do cliente. Para usar o bom senso, algumas ações devem ser
determinadas:

Proteger e Construir o Relacionamento


Ponderar Solicitações x Autoridade Pessoal
Buscar Soluções Alternativas
Proteger e Construir o Relacionamento

Quando é tomada alguma decisão de atendimento, deve considerar se o que você faz
construirá ou destruirá a relação com o cliente. Lembre-se, pode custar-lhe de 03 a 04 vezes
mais para conseguir um novo cliente, do que para manter o atual. Assim, sempre que possível,
você terá de tomar decisões e agir de forma a manter ou, até mesmo, aumentar a fidelidade do
cliente em relação à sua empresa

Quando um cliente tiver um problema, não deixe que o dia termine sem fazer alguma coisa a
respeito. Na maioria das vezes, lidar eficientemente com a insatisfação do cliente pode gerar
ainda mais fidelidade. Assim, é uma questão de bom senso resolver quaisquer problemas ou
preocupações que os clientes tenham, de forma que, sempre que possível, atinja ou, até
mesmo, supere as expectativas.

Não se esqueça: "leva-se meses para conseguir um novo cliente; segundos para perdê-lo".

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Clientes

O que são clientes?


É toda a pessoa que adquire um bem ou serviço prestado por uma empresa

Não é barato conseguir um cliente, para cada R$ 1,00 que a empresa ganha, investe R$ 6,00
para conquistar um novo

Foi feito uma estatística e, para cada 270 clientes insatisfeitos com o atendimento, 10
reclamam e destes 10 apenas 1 continua cliente

Imaginem essa empresa perdendo estes 269 clientes que para conquistar ela havia gasto R$
6,00 cada.

De forma a manter os clientes satisfeitos, devemos adotar uma meta que a de excelência no
atendimento.

Excelência em atendimento

É superar expectativas do cliente.

O atendimento excelente exige o desenvolvimento de habilidades como:

Responsabilidade/confiabilidade: cumprimento dos compromissos assumidos com


pontualidade
Flexibilidade: Jogo de cintura nos momentos de decisão e conflito
Entusiasmo: ânimo e insistência na busca dos objetivos
Empatia: Colocar-se na posição do cliente
Presteza: Estar sempre pronto para ajudar
Cortesia: Sincero respeito e consideração pelo cliente
Autonomia: Tomar iniciativas e resolver problemas
Paciência: Ouvir cuidadosamente seu cliente de forma a não tirar conclusões precipitadas
e poder melhor solucionar o problema dele

Divisões do atendimento

O atendimento pode ser verificado quando da chegada de um cliente ou visita na empresa,


quando do atendimento telefônico, quando do tratamento com seus colegas de trabalho.

Dessa forma, devemos tomar atenção em todas as nossas ações dentro da organização, de
forma que possamos manter qualidade e excelência no atendimento.
Recepção
Toda e qualquer visita que chegue à empresa deve ser recepcionada dentro das normas da
empresa e do atendimento excelente.
Telefone

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Atualmente é uma ferramenta imprescindível, nos permite atendimento pronto ao cliente
sem que seja necessário seu deslocamento.

Seu mau uso pode gerar danos à imagem da empresa.

Quando falamos em atendimento telefônico devemos atentar:

Para quem devemos transferir ligações que não são de nossa responsabilidade
Como transferir ligações para diretores, chefes e gerente
Conversas prolongadas somente estragam a imagem
Linguagem a ser utilizada

Primeiro ponto importante é adotar um padrão de atendimento, usualmente na estrutura:

Nome da empresa
Nome do funcionário
Saudação

Sua voz deve ser segura, atenta e natural. Não existe nada pior do que falar com pessoas que
parecem máquinas do outro lado do telefone.

Para transferir chamadas aos superiores, devemos ter muito cuidado, sempre tenha em mãos
todas as informações sobre a pessoa que está ligando como: Nome, empresa, assunto.

É IMPORTANTE SEMPRE ANOTAR E ENTENDER MUITO BEM ESSAS INFORMAÇÕES.

Para compreender melhor o que é falado ao telefone, e anotar corretamente recados ou


pedidos de clientes, utilize-se dos códigos fonéticos. Veja que o nome da empresa que você
está atendendo pode ser algo como Brunnschweiler, imagine você ouvindo esse nome e tendo
que anotar um recado, será necessário pedir que o cliente soletre e para confirmação seria
aconselhável que fossem utilizados os códigos fonéticos como B de bola, R de rato, U de Uva,
N de navio e assim por diante.

Caso seja necessário informar que determinada pessoa não está presente, seja calma e
cautelosa nas informações, apenas informe que a pessoa não está e que você poderá
encaminhar-lhe o recado.

Anote sempre seus recados em papéis limpos, coloque sempre nome da pessoa que
receberá o recado, a informação a ser transmitida, coloque seu nome por extenso
(preferencialmente não assine, pois sua assinatura pode não ser identificada facilmente),
a data e a hora em que recebeu o recado.

Evite ficar papeando ao telefone assuntos pessoais. O ambiente de trabalho pede descrição e
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ninguém precisa saber o que está acontecendo com a sua vizinha. Fora que ao utilizar o
telefone com longas conversas pessoais, você pode acabar por não atender um cliente.

Ainda no atendimento telefônico, considerando atividades relacionadas a recepção, secretaria,


assistência a departamentos, etc, devemos nos organizar sempre. Uma das maneiras de nos
organizar, quando falamos em atendimento é controlar as ligações recebidas e a serem feitas,
bem como as visitas recebidas. Essa ação visa organizar tempo e aumentar sua produtividade.

O que motiva o comportamento do cliente

Como nós, o cliente é motivado à ação baseado em sua história de vida, seu dia, seu
momento.

Nós, seres humanos, somos animais complexos, dotados de necessidades extremamente


diferenciadas o que nos faz tomar decisões e ações totalmente diferenciadas de cada pessoa a
nossa volta.

Segundo MASLOW, as diferentes necessidades humanas estão dispostas em uma hierarquia


de importância e influência, que chamamos de PIRÃMIDE DE MASLOW. Esta pirâmide divide
as necessidades humanas em cinco níveis:

Necessidades fisiológicas
Necessidade de Segurança
Necessidades Sociais
Necessidade de Estima
Necessidade de Auto Realização

Estas cinco são subdivididas em primárias (necessidades fisiológicas e de segurança) e


secundárias (necessidades sociais, de estima e de auto realização).

Essa teoria pressupõe que, para se alcançar um nível mais elevado na pirâmide das
necessidades, devemos ter satisfeito adequadamente o nível anterior, somente pode-se chegar
à fase 2 se a 1 estiver devidamente concluída; nem todas as pessoas alcançam o topo da
pirâmide de necessidades, ou seja, nem todas as pessoas alcançam a auto-realização, pois os
níveis superiores da pirâmide passam a gerar tensão no organismo, tensão essa que motiva a
realização das necessidades, após concluída a necessidade inferior.

Com essa breve definição da motivação humana, segundo MASLOW, podemos compreender
que em muitos dias estaremos lidando com pessoas em fase de frustração pelo não alcance da
fase superior de suas necessidades, pela não realização de uma necessidade, com isso essa
força estará gerando tensão no organismo o que fará com que acabemos lidando com pessoas
pouco gentis, ou o inverso também, acabemos lidando com pessoas cujas tensões foram
resolvidas e estão em fase plena.

Por isso, é importante que saibamos compreender as pessoas. Suas ações são geradas por
uma necessidade, muitas vezes, não suprida.

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CURSO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO
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Atividades:

O que é cliente?
Explique com suas palavras o que é ATENDIMENTO.
Qual o padrão telefônico de atendimento em uma empresa?
Cite técnicas para uma recepção adequada.
O que é atendimento?
Quais são os princípios básicos do atendimento?
Quais cuidados devemos ter ao atendimento telefônico?
Faça uma simulação de atendimento para o caso abaixo:

Você é atendente de uma empresa que faz vendas por telefone de produtos eletrônicos. Um
certo dia, um cliente muito simples no modo de falar mas muito interessante financeiramente
para sua empresa, liga para você e deseja adquirir um micro system super moderno. Porém
você ao ouvi-lo falar, já julgou que ele não teria condições de comprar nada e além de tudo que
ele não sabia falar direito pois não compreendia quando você falava em termos técnicos sobre
os benefícios do aparelho .

Além de você estar nervoso pois o cliente parece não te entender e você julgar que ele não vai
comprar nada, ele fica barganhando um desconto no preço final e melhores condições de
pagamento.

Monte seu diálogo de atendimento, prestando atenção aos princípios básicos do


atendimento, percepção de necessidades, imagem da empresa, etc

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CURSO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO
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Administração Financeira

PARTE VII - Sistema Financeiro Nacional

Trata-se de um conjunto de instituições financeiras e instrumentos responsáveis por toda a


intermediação financeira do mercado. É o responsável pela junção dos agentes econômicos,
com situação orçamentária superavitária e deficitária.

Agente econômico com Necessidade de recursos para


atender suas demandas de
situação orçamentária consumo e investimento

Sistema Financeiro Nacional

Condições para o atendimento das necessidades


dos agentes

Agente econômico Alternativas para


com situação aplicação dos recursos
orçamentária excedentes
superavitária

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CURSO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO
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Está dividido em dois subsistemas:

Subsistema normativo
Responsável pelo controle e normatização das instituições que operam no mercado. É
composto por:

→ Conselho Monetário Nacional

→ Banco Central do Brasil

→ Banco do Brasil

→ BNDES

→ Comissão de Valores Mobiliários

Subsistema operativo ou operacional

Trata-se das instituições que operam diretamente com a ação de intermediação financeira. É
composto por:

→ Bancos comerciais

→ Caixa econômica

→ Bancos de investimento

→ Bancos de desenvolvimento

→ Sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras)

→ Sociedades corretoras e distribuidoras

→ Sociedades de arrendamento mercantil e de crédito imobiliário

→ Bancos múltiplos

PARTE VIII - Conceitos e Terminologia

Conselho Monetário Nacional


É o principal órgão do Sistema Financeiro Nacional, criado pela Lei n°. 4.595 de 1964.
Determinada a sua competência quanto a ser órgão disciplinador do Mercado de Capitais pela
Lei n°. 4.728 de 14 de julho de 1965, o Conselho Monetário Nacional também substitui o
Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), e tem como finalidade
formular a política da moeda e do crédito.

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CURSO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO
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Banco Central do Brasil
É uma autarquia federal criada com a finalidade de fiscalizar as instituições financeiras. Dentre
as muitas atribuições importantes do BACEN está o de regulador das políticas monetárias e
creditícia do governo, administrar as reservas internacionais e fiscalizar o Sistema Financeiro
Nacional.

Entidades privadas
Entidades financeiras são entidades públicas ou privadas cuja atividade principal ou acessória
é a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em
moeda nacional ou estrangeira e custódia de valor de propriedade de terceiros, de acordo com
a Lei n°. 4.595 de 31 de dezembro de 1964.

Títulos de Crédito
Denominam-se título de crédito os papéis representativos de uma obrigação e emitidos de
conformidade com a legislação específica de cada tipo ou espécie.

Duplicata
A duplicata mercantil é título de crédito que constitui o instrumento de prova de contrato de
compra e venda. É obrigatória nas vendas mercantis a prazo e pode ser protestada por falta de
pagamento, quando vencida.

Nota promissória
A nota promissória é um título de crédito emitido pelo devedor, sob a forma de promessa de
pagamento, a determinada pessoa, de certa quantia em data especificada. A nota promissória,
portanto, é uma promessa direta e unilateral de pagamento, à vista ou a prazo, efetuada, em
caráter solene, pelo promitente-devedor ao promissário-credor.

Letra de câmbio
Ordem de pagamento - à vista e a prazo. Título de crédito formal, consistente numa ordem
escrita de pagamento, de um emitente ou sacador, a outrem, chamado aceitante ou sacado,
para que a um terceiro, denominado tomador, determinada importância em local e data
determinados.

Conceitos e terminologia
A administração financeira é a parte da organização que cuida das finanças da empresa ou,
mais especificamente, da sua saúde financeira. Isso quer dizer que toda e qualquer
movimentação ou planejamento que envolva valores é contemplado ou está inserido no
conceito de administração financeira. Podemos sucintamente dizer que a administração
financeira estuda a circulação do dinheiro.

Financiamento de curto e longo prazos


Valores liberados pelo credor para serem aplicados pelo devedor na aquisição de bens móveis
(veículos, máquinas, equipamentos) e imóveis (unidades habitacionais, plantas industriais,
etc.). Ou seja, sabe-se exatamente o destino do recurso. Existem os financiamentos de curto
prazo (até 360 dias) e os de longo prazo (acima de 360 dias).

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Taxa de retorno

A taxa interna de retorno é o percentual de retorno obtido sobre o saldo investido e ainda não
recuperado em um projeto de investimento. Matematicamente, é a taxa de juros que torna o
valor presente das entradas de caixa igual ao valor presente das saídas de caixa do projeto de
investimento.

Empréstimo e investimento
→ EMPRÉSTIMOS: Valores liberados pela instituição financeira (credor) para seu cliente
(devedor), sem que haja um controle efetivo do credor sobre a utilização dos recursos.

→ INVESTIMENTOS: Aplicações de recursos (dinheiro ou títulos) em empreendimentos que


renderão juros ou lucros, em geral em longo prazo. Aplica-se tanto a compra de
máquinas, equipamentos e imóveis para a instalação de unidades produtivas, como a
compra de títulos financeiros (ações, etc.).

PARTE IX - Base de cálculos

Toda vez que formos efetuar um cálculo é preciso ter uma base, isto é, o que calcularemos
sobre o que. Por exemplo, se aplicarmos um determinado capital, vamos precisar de uma
base para calcular esse capital são: a taxa de juros e o prazo em que esse capital ficará
aplicado.

Taxas

É o percentual utilizado para o cálculo de juros, descontos e outras operações financeiras


sempre utilizado por cem unidades, por isso chamamos de porcentagem.

Prazos

É o tempo em que determinado capital aplicado a uma determinada taxa de juros fica
disponível. Lembramos que tanto capital quanto taxas ou prazos são utilizados em todo tipo de
operação financeira, ou seja, operações de aplicação, investimento. Em todos os cálculos
utilizamos sempre essas bases.

Capital

É o valor principal de uma operação financeira, sobre o qual incidem outros aplicativos como
juros.

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Juros

É o produto obtido por meio da aplicação de uma determinada taxa percentual sobre um capital
conhecido. Temos duas formas ou dois pontos de vista a considerar sobre o juros : o primeiro é
sob o prisma do investidor para o qual significa a remuneração do capital investido ou aplicado.
A segunda forma de considerarmos os juros é sob o ponto de vista do tomador, que representa
o custo do dinheiro tomado a empréstimo.

Montante

É o produto final de um capital somado ou adicionado aos juros produzidos ao final de um


período ou prazo determinado, ou seja, é o capital mais os juros.

Valor atual

É o valor em determinada data de um montante a ser produzido em um tempo ou prazo futuro.

PARTE X - Juros simples e compostos

Juros simples

Também chamados de linear é o rendimento do capital em um tempo a uma taxa fixa aplicada.

Por exemplo: Um empréstimo de R$ 5.000,00 pelo qual incorrem 3% de juros


simples por mês a serem pagos ao final de um mês. Devemos calcular:

3% de R$5.000,00 = 5.000 x 0,03 = R$ 150,00

Os juros podem ser calculados a partir da seguinte fórmula:

J=Cin
Abreviaturas:

→ J = juros

→ i = taxa de juros ( a.m.= ao mês, a.a.= ao ano )

→ C = capital

→ M = montante

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→ n = prazo

Exemplo:
• Qual é o juro simples produzido por um capital de R$7.000,00 aplicado durante 4 meses
a uma taxa de 2,5 % a. m.?

Resposta: Obs.: 2,5% = 2,5/100 =

J = Cin → J = 7.000×0,025×4 → J = R$ 700,00

No exemplo teremos o montante (M) igual a R$ 7.700,00 que é a soma do capital de R$


7.000,00 mais o juros produzidos de R$ 700,00. Desta forma teremos:

M=C+J

Atividades:

1) Calcular os juros simples de R$ 1.200,00 a 13 % a.t. por 5 trimestres.


2) Calcular os juros simples de R$ 2.100,00 a 10 % a.m. por 6 meses.
3) Calcular os juros simples de R$ 18.500,00 a 15 % a.a. por 3 anos.
4) Calcular os juros simples de R$ 45.000 a 16 % a.b. por 7 bimestres.
5) Calcular os juros simples de R$ 12.800,00 a 8 % a.s. por 10 semestres.
6) Calcular os juros simples de R$ 8.000,00 a 19 % a.a. por 2,5 anos.
7) Calcular os juros simples de R$ 24.500,00 a 16 % a.t. por 8 trimestres.
8) Calcular o montante a juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa
de 36% a.a., durante 2 anos.
9) Calcular o montante a juros simples produzidos por R$60.000,00, aplicados à taxa
de 6% a.a., durante 5 anos.
10) Calcular o montante a juros simples produzidos por R$400.000,00, aplicados à
taxa de 26% a.a., durante 6 anos.
11) Calcular o montante a juros simples produzidos por R$50.000,00, aplicados à taxa
de 16% a.a., durante 8 anos.

Um capital de R$ 100.000,00 é aplicado a juros simples e à taxa de 1,5% a. m. Obter o


montante para os seguintes prazos:
a-) 2 meses b-) 3 meses c-) 5 meses d-) 10 meses

Um capital de R$ 700,00 é aplicado juros simples e à taxa de 20% a. a


Calcule o montante para os seguintes prazos:

a-) 1 ano b-) 2 anos c-) 5 anos d-) 10 anos

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Juros compostos

Também chamados de capitalizados, consistem na formação de novo capital a cada período a


que a taxa se referir até o final do tempo desejado.

Nesse caso o produto final será o montante. Para conhecer os juros, basta subtrair deste o
capital empregado.

No juro composto, diferentemente do que ocorre no juros simples, os juros gerados pelo
capital são acrescentados ao capital inicial,aumentando- o . A cada período o juro é calculado
sobre o capital inicial agregado dos juros correspondentes aos períodos anteriores.

Este tipo de capitalização é o que mais se verifica no mercado financeiro. Ex. poupança,
investimentos a longo prazo. Lembremos a formula de calculo do Montante ( juros simples )

M = C + J onde M= C + C x i
J = C . i M= C (1 + i )

Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao principal. Após


três meses de capitalização, temos:

1º mês: M =C.(1 + i)
2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = C x (1 + i) x (1 + i)
3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = C x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)

Simplificando, obtemos a fórmula:

M = C . (1 + i)n

Onde M = montante C = capital


i = taxa de juros n = tempo de aplicação

n
O Fator ( 1 + i ) , chamamos de Fator de acumulação de capital

Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de
juros ao mês para n meses.

Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do período:

J=M–C

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Exemplo: suponhamos um capital de R$ 5.000,00 tomado emprestado a juros de 5% a.m. por
um prazo de 5 meses capitalizados.

A fórmula utilizada seria a seguinte: M = C . (1 + i)n

No exemplo teríamos então:

M = 5.000. ( 1 + 0,05)5 → M = 5.000. (1,05)5 → M = 5.000. 1,27628 → M = R$ 6.381,40

Onde o Fator (1 + i)n , chamamos de Fator de acumulação de capital.


Demonstrando período a período, teremos:

juros R$
período capital R$ montante
composto
1 R$ 5.000,00 R$ 250,00 R$ 5.250,00
2 R$ 5.250,00 R$ 262,50 R$ 5.512,50
3 R$ 5.512,50 R$ 275,62 R$ 5.788,12
4 R$ 5.788,12 R$ 289,40 R$ 6.077,52
5 R$ 6.077,52 R$ 303,88 R$ 6.381,40

Assim sendo, teremos o montante de R$ 6.381,40 para um capital inicial de R$5.000,00, o que
significa R$ 1.381,40 de juros produzidos no período pelo sistema capitalizado. A isso
chamamos capitalização.

JUROS SIMPLES: o juro de cada intervalo de tempo sempre é


calculado sobre o capital inicial emprestado ou aplicado.

JUROS COMPOSTOS: o juro de cada intervalo de tempo é calculado


a partir do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o
juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e
passa a render juros também.

Se compararmos o exemplo anterior, calculado sob a forma de juros simples, teremos:


juros R$
período capital R$ montante
simples
1 R$ 5.000,00 R$ 250,00 R$ 5.250,00
2 R$ 5.000,00 R$ 250,00 R$ 5.500,00
3 R$ 5.000,00 R$ 250,00 R$ 5.750,00
4 R$ 5.000,00 R$ 250,00 R$ 6.000,00
5 R$ 5.000,00 R$ 250,00 R$ 6.250,00
Desta forma fica clara a diferença entre juros simples e compostos pelo exemplo.
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PARTE XI – Cálculos Financeiros


Atividades:

1) Um capital de R$ 1.000,00 é aplicado a juros compostos e à taxa de 10% a . a . Calcule o


montante e os juros para os seguintes prazos :
a-) 1 ano b-) 2 anos c-) 3 anos d-) 4 anos e-) 5 anos

2) Um capital de R$ 10.000,00 é aplicado a juros compostos e à taxa de 25% a . a . Calcule o


montante e os juros para os seguintes prazos :
a-) 1 ano b-) 2 anos c-) 3 anos d-) 4 anos e-) 5 anos

3) Um capital de R$ 20.000,00 é aplicado a juros compostos e à taxa de 20% a . a . . Obtenha


o montante e os juros para os seguintes prazos :
a-) 1 ano b 2-) anos c-) 3 anos 4-) anos e-) 5 anos

4) Um capital A de R$ 1.000,00 é aplicado a juros simples e à taxa de 10% a . a . Um outro


capital B de R$ 900,00 é aplicado a juros compostos e à taxa de 12% a. a . A partir de quantos
anos de aplicação, o montante produzido por B será superior ao produzido por A.

5) Um Capital A de R$ 1.000,00 é aplicado a juros simples e a taxa de 12% a a , ao passo que


o Capital B , também de R$ 1.000,00, é aplicado a juros compostos e a taxa de 10% a a . A
partir de quantos anos de aplicação, o montante produzido por B será superior ao produzido
por A?

6) Calcule o montante de uma aplicação de R$ 50.000,00 a taxa de 2% a m , considerando o


regime de capitalização composta e o prazo da aplicação de 6 meses.

7) Um capital de R$ 700,00 é aplicado a juros compostos, durante 1 ano e meio, a taxa de


2,5% a m . Calcule os juros auferidos no período

8) Qual o capital que , aplicado a juros compostos durante nove anos, a taxa de 10 % a a ,
produz um montante de R$ 175.000,00 ?

9) Um banco remunera aplicações a juros compostos, cuja taxa é de 3% a m . Se uma pessoa


aplica hoje R$ 85.000,00 e R$ 100.000,00 daqui a 3 meses qual será o montante daqui a 6
meses ?

10) Um capital de R$ 700,00 é aplicado a juros compostos, durante 1 ano e meio, a taxa de
2,5% a S . Calcule os juros auferidos no período?

11) Qual o capital que, aplicado a juros compostos durante nove anos, a taxa de 10% a. a,
produz um montante de R$ 175.000,00 ?

12) Um banco remunera aplicações a juros compostos, cuja taxa é de 3% a m. Se uma pessoa
aplica hoje R$ 85.000,00 e R$ 100.000,00 daqui a 3 meses qual será o montante daqui a 6
meses ?

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PARTE I - REDAÇÃO EMPRESARIAL

Qualidades de um texto empresarial moderno

Encontramo-nos mergulhados em um mar de informações, num contínuo e rápido avanço


tecnológico o que provoca intensas mudanças na organização e hábitos do cotidiano social e
empresarial.

Uma dessas mudanças foi a valorização da palavra escrita, através da informatização e da


comunicação via Internet, exigindo dos profissionais um aprimoramento na capacidade de
expressão tanto oral como escrita.

No linear desse processo a Redação Empresarial sofreu alterações, sem perder as qualidades
essenciais de um bom texto: coesão, clareza e concisão.

O texto empresarial moderno prioriza a objetividade, para tanto, a escolha do vocabulário deve
ser simples e formal, frases curtas e a gramática correta.

Vejamos alguns exemplos:

ANTIGAMENTE MODERNAMENTE

Vimos por meio desta comunicar-lhe Comunicamos-lhe

Diante do exposto, encaminhamos a V.Sa. Encaminhamos-lhe

Acusamos o recebimento Recebemos

Levamos ao conhecimento de V.Sa. Informamos-lhe

Vimos com a presente, solicitar-lhe Solicitamos-lhe

Rogamos Solicitamos

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Subscrevemo-nos, mui respeitosamente Respeitosamente

Outrossim Também

Tem essa por finalidade Apresentamos

Temos imenso prazer em sugerir-lhe Sugerimos-lhe

Chegamos à conclusão Concluímos

Atenção! As duas formas estão de acordo com a norma gramatical brasileira, ocorre que a
comunicação empresarial tornou-se mais dinâmica e direta.

Como melhorar a produção textual

Primeiramente “querer” aprimorar os conhecimentos, reconhecer as limitações e buscar dirimir


as dúvidas consultando livros de gramática moderna e dicionários onde os verbetes são ricos
em informações e dados gramaticais. Ler sempre, através da leitura ampliamos o domínio do
léxico e o poder de persuadir, também, refletir sobre o que se lê e quando possível discutir
são exercícios que propiciam a interpretação e compreensão dos textos o que facilita o uso
correto da norma culta.

Só se aprende escrever “escrevendo”!

Narrar, Descrever e Dissertar.

Estruturamos nossa comunicação tanto oral como escrita nas três modalidades redacionais:
Narração, Descrição e Dissertação.

Em síntese podemos dizer que:

• Narrar é contar uma história real ou fictícia, apresentando uma sucessão de fatos e de
acontecimentos,
• Descrever é um texto literário ou não que utilizamos para caracterizar seres, coisas,
paisagens, sentimentos, modelos, produtos, método de pesquisa etc.,
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• Dissertar é expor idéias a respeito de determinado assunto, discutir, persuadir,
questionar, analisar e apresentar provas que justifiquem e convençam.

Elementos da Comunicação

Em um processo de comunicação temos os seguintes elementos: contexto, emissor,


mensagem, receptor, canal e código que se dispõem no seguinte esquema:

Para que a comunicação se estabeleça é necessário que todos estes elementos se relacionem
reciprocamente. Se houver falha em um deles a compreensão ficará prejudicada ou não se
completará.

Correspondência e Documento

Existe uma visão equivocada que tudo que escrevemos no âmbito empresarial é
correspondência. Não é bem assim! Devemos separar e distinguir o que é correspondência e
documento, embora, os dois possam ser classificados como redação empresarial.

A correspondência é um meio de comunicação e insere todos os seus elementos, com


algumas peculiaridades: O emissor torna-se remetente, o receptor destinatário e pressupõe o
ato ou efeito de corresponder-se (retorno) e requer acompanhamento, principalmente, no
âmbito empresarial.

De acordo com o Aurélio Buarque de Holanda Ferreira no Novo Dicionário da Língua


Portuguesa documento é “ substantivo masculino que pode significar 1. qualquer base de
conhecimento, fixada materialmente e disposta de maneira que possa utilizar para consulta,
estudo, prova etc. 2. qualquer registro gráfico. 3. recomendação, preceito.”

Os documentos administrativos podem ser: ata, edital, estatuto, declaração e atestado,


procuração, comunicado ou avisos, convocação, recibos etc.

Quando redigimos um documento administrativo, não necessariamente, haverá um retorno ou


acompanhamento.

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PARTE II - Correspondências

Correspondência é a comunicação por escrito entre as pessoas. Realiza-se através de vários


instrumentos: bilhetes, cartas, ofícios, requerimentos, telegramas, e-mail, memorandos, fac-
símile etc.

O que determinará o tipo de correspondência é a análise da relação entre receptor e


destinatário.
Há três tipos de correspondência:

1. Familiar ou social – trata de assuntos variados, desde felicitações, convites e avisos


até solicitações e pêsames.
A linguagem utilizada pode ser informal e dependendo do contexto formal.

2. Comercial – trata de assuntos ligados à vida do comércio, da indústria, dos bancos,


escritórios e empresas. Tem por objetivo estabelecer um relacionamento entre as
empresas, ou entre as pessoas e as empresas.
A linguagem utilizada nesse tipo de correspondência deve ser formal, objetiva,
simples, elegante e correta.

3. Oficial – correspondência dirigida a autoridades ou órgãos públicos, eclesiásticos ou


militares.

Utiliza-se o mesmo tipo de linguagem empregada na correspondência comercial,


sendo que a forma de tratamento depende da pessoa a quem se envia a mensagem,
exemplos:
• Vossa Senhoria (V.Sa.) – para pequenas autoridades;
• Vossa Excelência ( V. Exa.) – para altas autoridades;
• Vossa Reverendíssima (V. Revma.) – para sacerdotes.

A seguir serão apresentados os principais instrumentos utilizados na correspondência e


comunicação escrita comercial e/ou oficial.

1. Carta de caráter empresarial exige um esforço de adaptação ao destinatário. Quando for


endereçada de um superior a um subordinado, ou vice-versa, ou de uma sociedade comercial
a um cliente etc., certamente tem como finalidade fornecer informações, mas procura também
exercer pressão ou causar boa impressão. Devemos atentar aos seguintes aspectos: a clareza
da expressão, bem como certas formas de apresentação e polidez, definidas a partir da
respectiva posição hierárquica entre remetente e destinatário.

Quanto à estética sofremos influência dos modelos americanos, os quais foram sendo
adaptados e hoje copiados pela maioria das empresas é o chamado estilo em bloco,
anteriormente, o mais usado era o estilo denteado por causa das aberturas dos parágrafos,
vejam os exemplos:

_____
Denteado Em bloco
______ _____
_____ __
_____ ______
______ 8
____________
____________
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Podemos optar por qualquer um dos estilos, dependerá da padronização adotada, em cada
empresa, quanto à comunicação escrita.

ABCW CORRETORA DE SEGUROS GERAIS LTDA. (papel timbrado)

(3 espaços)

010/0X ( número de expedição pode parecer isolado, ou com a abreviatura da espécie do documento ou setor)

São Paulo, 6 de janeiro de 2XXX.


(Na data o dia é sem zero, alinhado à esquerda ou à direita, conforme a opção estética.
O nome do mês em minúscula, inclusive a letra inicial.
No ano não há ponto nem espaço depois do milhar e termina-se com ponto final).
(3 espaços)

À ( No destinatário uso de: à, a, ao ou para é facultativo.)


Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Departamento de Fiança Locatícia
At.: Sr. Celso Fagundes ( At. é a única abreviatura possível junto ao destinatário dentro da carta)
( Na carta moderna o endereço do destinatário e colocado no envelope, salvo os casos em que o envelope é recortado.)

(3 espaços)

Prezado Senhor, ( O vocativo é um termo sintático que serve para nomear um interlocutor a quem se dirige a palavra e
deve concordar em gênero e número com este. O uso da vírgula depois do vocativo foi instituído conforme o Manual de
Redação da Presidência da República, embora o uso dos dois-pontos está correto de acordo com a gramática)

Assunto: PAC 22/2164688-9


(È facultativo, mas quanto houver necessidade o certo é indicar com a palavra “assunto” seguida de dois pontos )

(2 espaços)

Fomos informados que o comprometimento de renda apurado considerando os documentos


enviados está fora dos padrões de aceitação do produto Porto Aluguel.

Solicitamos nova análise do pedido, para tanto, anexamos, outros extratos bancários para
composição de renda.

Aguardamos breve retorno.


( A redação empresarial além de coesão, clareza e concisão deve ser redigida em primeira pessoa do plural – nós -.
Recomenda-se justificar o texto. A separação dos parágrafos, conforme opção estética, pode ser um espaço maior entre uma
linha e outra ou a utilização do comando formatar parágrafo, disponível no “Microsoft Word” no item espaçamento.)
(3 espaços)
Atenciosamente,
(Ao concluirmos cartas, podemos usar atenciosamente ou atentamente já que as
duas palavras significam respeitosamente, são formas polidas de fechamento e a pontuação correta é vírgula)

Álvares de Azevedo
Diretor Comercial
(Modernamente não se coloca mais o traço na assinatura, deve registrar o
nome de quem assina e abaixo identificar o cargo ou setor)

Rua Tuiuti nº. ____ – Tatuapé – SP/SP – www.____.seguros.net


As indicações, no exemplo, dos espaços entre as partes da carta são meramente ilustrativas,
de acordo com a quantidade de texto estes espaçamentos podem aumentar ou diminuir, vale
lembrar que a carta não pode ser um aglomerado de texto e informações, o visual deve ser
limpo.

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CURSO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO
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2. Memorando é uma comunicação interna das empresas, utilizada entre os vários setores
para encaminhar, solicitar, pedir, distribuir ora informações ou documentos, ora material ou
relatórios etc.

Geralmente as empresas têm formulário próprio que deve conter as seguintes informações
dos departamentos remetente e destinatário:
• Número de expedição com sigla do setor emitente;
• Nome por extenso dos responsáveis e respectivos cargos;
• Nome por extenso dos setores,
• Síntese do assunto.

È importante ressaltar que em muitas empresas essa correspondência interna já foi totalmente
substituída pelo e-mail.

TIMBRE DA EMPRESA – CABEÇALHO -

Memorando nº. 23/ DPE

São Paulo, 1º de junho de 2XXXX.

Sra. Maria do Carmo - Gerente


DTE – Departamento de Tesouraria

Assunto: liberação de verba para compra de emergência

Prezada Gerente,

Dado o atraso no fornecimento de formulário continuo, solicitamos a liberação de R$


2.000,00 (dois mil reais) para a compra desse material que será usado na impressão
das folhas de pagamento.
Após a compra, imediatamente, efetuaremos a prestação de contas.
Agradecemos sua colaboração.

Atenciosamente,

Reginaldo Mello
Departamento Pessoal
- RODAPÉ-

3. E-mail: Com o advento da Internet a comunicação por e-mail tornou-se essencial nas
relações comerciais (interna e externa).

Veja como redigir um e-mail.

Regras de Ouro:
• Na hora de responder, seja ágil. Redija textos curtos, de fácil e rápida assimilação.
• Quando a quantidade de informações for muito grande, prefira transformá-las em
arquivos anexados. Os textos de corpo de mensagem devem ser sempre curtos.
• Letras maiúsculas ou em negrito são como um “grito” eletrônico. Evite-as.

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CURSO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO
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• Nos e-mails de negócio, evite usar abreviaturas e ícones de emoção.
• Cuidado com as respostas
• Se alguém quer saber sua opinião sobre determinado assunto, evite as
respostas pomposas e longas. Evite também as curtas demais.
• Leia sempre o que escreveu
• Não há nada mais desagradável do que receber um texto repleto de erros de ortografia
ou concordância, escrito de maneira rápida.
• Não use linhas compridas

O padrão dos textos para Internet é de cerca de 60 caracteres por linha. Programe seu
computador para isso. Desta forma, o destinatário consegue ler seu texto na tela cheia, sem ter
de usar a barra de comandos para encontrar o final de uma frase.

Nos e-mails devemos usar de diplomacia. Por isso, manter sempre uma atitude positiva, tentar
incluir na resposta trechos do e-mail do cliente, o que fará sentir-se respeitado. Em vez de “Em
resposta a seu pedido, informamos que...”, escrever: “Em resposta a sua solicitação das
cotações, informamos que...”.

Além disso, foco no receptor, clareza, concisão, precisão vocabular e expressividade são
outros ingredientes fundamentais para uma boa comunicação eletrônica.

De: xxxx@xxx.com.br
Para: yyyy_yy@yyyy.com.br
Cc: (com cópia) www@www.com.br
Enviada em: terça-feira, 3 de junho de 200X 21:04
Assunto: orçamentos seguro automóvel
Anexar: orçamento-Strada Adventure.doc

Senhora Mariana:

Recebemos seu e-mail de 02/06/2008 solicitando as cotações para o seguro


do veículo Fiat Strada Adventure 1.6 Flex-Power , 2008/2008.

Portanto, anexamos, para conhecimento e análise, arquivo contendo os quatro


melhores orçamentos.

Aguardamos retorno e qualquer dúvida consulte-nos.

Atenciosamente,

Rosangela Silva
Atendimento Auto

No vírus found in this incoming message..


Checkeb by AVG Free Ediion
Version 7.5.516/Vírus Database: 269.21.3/1308 – Realese date 3/3/aaa

11

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CURSO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO
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Use o tom correto: A instantaneidade do e-mail dispensa alguns formalismos da carta,
mas cuidado com os exageros na informalidade, principalmente, quando o e-mail é
utilizado como memorando ou para substituir contatos telefônicos internos.

Nos casos em que o e-mail substitui o envio de informações através da carta externa
tradicional, por ser um meio mais moderno e rápido de comunicação, a redação
mantém a formalidade exigida pela situação e a estética segue a padronização da
empresa.

4. Ofício é um tipo de correspondência muito utilizada nos órgãos públicos,


originalmente é uma correspondência oficial, podendo ser usado também por empresas,
clubes e associações, e, ainda atualmente, como correspondência protocolar entre as
entidades públicas ou particulares.
Consta no Manual de Redação da Presidência da República que a linguagem utilizada
deve ser formal sem ser rebuscada, e devemos seguir a padronização conforme
disposição federal.

Timbre da empresa (cabeçalho)

Ofício nº. 1 (sigla do setor)


(não há mais o ano junto à numeração do ofício)
São Paulo, 16 de janeiro de 2XXX.
(há ponto final após a data)

Senhor Secretário de Educação,


(o vocativo segue a formalização: Senhor mais o cargo do destinatário, em maiúscula.)

Temos o prazer de anunciar-lhe que, no próximo dia 20 de março, às 10 horas,


inauguraremos nossa sede estadual, anexo, convite com mapa de localização.
2. Será para nós uma grande honra se Vossa Senhoria puder prestigiar o evento
com sua presença.
3. Aproveitamos o ensejo para apresentar nossos protestos de consideração e
apreço.
( o primeiro parágrafo e o último que é o fecho não são numerados, a numeração dos outros
parágrafos é feita a 2,5 cm da margem esquerda da folha, é seguida de ponto, e deve-se
alinhar o começo do parágrafo pelo primeiro)

Atenciosamente,
( o fecho deve ser centralizado na folha, a pontuação correta é a vírgula)

José de Alencar
Diretor
( o nome e o cargo do remetente também devem ser centralizados)

Ao Senhor
Raul Pompéia
Secretaria Municipal de Educação
Rua do Empenho, 71
São Paulo – SP
03100-000
( o destinatário e o endereçamento ficam sempre na primeira página)
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Observações:

• Quando o ofício tiver mais de uma página, o fecho e a assinatura se darão na página
seguinte, mas o destinatário e endereçamento ficam sempre na primeira página;
• O estilo utilizado e denteado;
• Quanto ao endereçamento no envelope, se os ofícios forem dirigidos às autoridades
tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil
Rua da Constituição, nº.100
01000 - Brasília /DF
• Quando se empregar Vossa Senhoria no corpo do ofício, o endereçamento
apresentará esta forma:
Senhor
Fulano de Tal
Secretário Municipal de Saúde
Rua da Paz, nº. 30
04140-000 – São Paulo/SP

• Os fechos foram simplificados, conforme Portaria nº. 4, de 6 de março de 1992, da


Secretaria da Administração Federal, há apenas dois tipos:

Respeitosamente
Para o presidente da República e todas as autoridades do primeiro escalão inclusive dos
Estados.

Atenciosamente
Para as demais autoridades, sendo da mesma hierarquia ou hierarquia inferior.

5. Relatório é um tipo de redação técnica usado para expor o modo como foi realizado um
trabalho, ou as circunstâncias em que se deu determinado fato ou ocorrência.
Dependendo do assunto, o relatório poderá conter descrições de objetos, processos,
experiências e narrativas detalhadas de fatos ou acontecimentos, inclusive com anexos
específicos. Tem utilização freqüente na vida profissional: relatório de estagiário, relatório de
um funcionário a seu superior, de um executivo ao conselho administrativo, de uma comissão
de estudo a um ministério, etc. Muitas vezes, um ofício acompanha o relatório. Embora tenha
extensão variável, deve ser cuidadosamente elaborado e apresentado com nitidez e clareza.

Partes de um relatório
a. folha de rosto (título, Autor, destinatário);
b. sumário (relação dos assuntos);
c. introdução;
d. desenvolvimento;
e. conclusão.

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Constam da introdução:

• indicação do assunto ou fato investigado;


• objetivos que levaram à escolha do assunto ou o propósito da investigação;
• tratamento dado a pesquisa ou a investigação;
• identificação das pessoas que realizaram o trabalho, especificando a tarefa de
cada uma;

No desenvolvimento, os fatos são relatados minuciosamente. Ele contém:


• período da pesquisa ou investigação;
• local de realização;
• métodos utilizados;
• discussão dos assuntos ou dos fatos.

A conclusão deve ser redigida cuidadosamente, a fim de que a idéia principal do relatório fique
clara para o destinatário.

6. Telegrama é um tipo de comunicação escrita expedida por meio de telegrafia, telex etc.,
atualmente seu uso é restrito, primeiro pelo seu custo elevado, além da substituição pela
comunicação eletrônica. Em alguns casos o uso do telegrama é indispensável, inclusive
solicitando confirmação de recebimento e cópia , serviços oferecidos pela ECT – Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos.

Na redação dessa correspondência deve predominar a concisão, tanto no âmbito social quanto
no empresarial, os dados dos remetente e destinatário (nome e endereço) completos e a
mensagem sucinta.

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Exemplo:

7. Fac-símile ou Fax ( forma abreviada), a princípio é menos oneroso que o telegrama, deve
ser utilizado para transmissão de mensagens urgentes e para o envio de documentos,
necessita de um formulário próprio que contenha os seguintes dados:

• Nome, cargo, setor do destinatário, número do fax,


• Nome, cargo, setor do remetente, número do fax,
• Data, (local, dia, mês e ano)
• Assunto,
• Quantidade de folhas que serão transmitidas incluindo a capa, importante constar a
seguinte informação: Caso falte alguma página, por favor, chame o remetente.,
• Pode-se, no próprio formulário, indicar algumas ações a serem tomadas direcionando
um breve encaminhamento, como por exemplo:
( ) urgente ( ) retornar ( ) encaminhar ( ) conhecimento

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8.1 Declaração é um instrumento de comunicação, usado quando se quer afirmar a
veracidade de um fato, pode ser feita de dois modos: verbalmente ou por escrito.

A declaração também é definida como um depoimento.

Exemplo pessoa jurídica:

Timbre da empresa (cabeçalho)


CNPJ xxxx.xxxx.xxxx/0001-xx
DECLARAÇÃO

( 7 a 8 espaços)

Declaramos, para os devidos fins, que José da Silva foi empregado desta
Empresa durante oito anos. Por motivos alheios à nossa vontade, o mesmo foi dispensado de
suas funções, mas nada há que venha em desabono de sua idoneidade moral.

(3 espaços)
São Paulo, 16 de janeiro 2XXX.
(3 espaços)
Manoel Pires
Departamento Pessoal
rodapé

Exemplo pessoa física:


Declaração

Declaro para os devidos fins, que fui vítima de furto em ..../..../...., ocorrência registrada
no XX DP, B.O. nº. XXXXX, no mesmo dia, levaram os seguintes documentos pessoais: RG,
CPF, CNH, também, os cartões de crédito; América Express, Visa, Cartão 24 horas, talão de
cheques do Banco XXXX e Agência XXX.
A partir desta data não me responsabilizo por cheques emitidos, bem como pelo mau uso
dos documentos.
São Paulo, XX de XXXXX de 2XXXX.

...........................................................
Nome completo e Assinatura.

8.2 Atestado é uma declaração, um documento firmado por uma autoridade em favor de
alguém, que certifica, afirma, assegura, demonstra alguma coisa que interessa a outrem.
A declaração e o atestado são semelhantes.
TIMBRE (cabeçalho)

ATESTADO DE COMPARECIMENTO

Atestamos para os devidos fins que a Sra. Flor da Silva, compareceu ao curso de Redação
Empresarial, no dia 10/06/200X, das 09h às 17h30, coordenado pela Agility Marketing e
ministrado pela Profa. Rosangela Silva.
Por ser expressão de verdade, firmamos o presente.
São Paulo, de de 200X.
.......................................................................
(assinatura e cargo)
Rodapé
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9. Procuração é um documento por meio do qual uma pessoa transfere a outra poderes para
praticar atos em seu nome.

PROCURAÇAO

OSMAR PEREIRA DE MELO, brasileiro, casado, comerciante, inscrito no CPF


sob o nº. 123.456.789-00 portador da Carteira de Identidade nº. 33.777.222-9, residente na
Rua Amora, nº. 10, município de São Paulo – SP, pelo presente instrumento nomeia e
constitui seu bastante procurador o Sr. BELTRANO SANTOS,brasileiro, casado, inscrito no
CPF sob o nº. 789.112.345-76, ao qual confere os mais amplos poderes, para representá-lo
perante o foro em geral, com os poderes da cláusula “ad judicia”extra, podendo, para tanto,
promover, contestar, intervir e acompanhar todas as medidas judiciais perante qualquer
Juízo ou Tribunal, podendo ainda transigir, firmar compromissos, desistir, concordar,
confessar, dar e receber quitação, nomear prepostos para que o represente em repartições
públicas ou em Juízo, receber citação, notificação ou intimação judicial ou extrajudicial,
receber escrituras públicas de confissão de dívida e hipoteca, constituir devedores em
mora, enfim, praticar todos os demais atos necessários ao bom e fiel desempenho do
presente mandato, inclusive substabelecer, especialmente para propor contra o Sr.
DEVEDÓRIO MARTINS, inscrito no CPF sob o n.º 001.002.003.00, a competente AÇÃO DE
DESPEJO.

São Paulo, 16 de janeiro de 2008.

OSMAR PEREIRA DE MELO

Com base nesse exemplo, podemos destacar as características principais da procuração:


a. Apresentação dos dados pessoais do outorgante (aquele que passa a procuração) e do
outorgado (aquele que recebe a procuração). Esses dados são: nome, nacionalidade,
estado civil, profissão, residência e identidade.
b. Explicação da finalidade da procuração.
c. Indicação do local e data, seguida da assinatura do outorgante.
A procuração pode ser pública ou particular. A pública é registrada em cartório; a
particular é geralmente conservada sem registro. Mas as assinaturas devem ser sempre
reconhecidas em cartório.

10. Sempre que ocorre uma transação comercial, faz-se necessário o recibo.
O recibo pode o comprovar o recebimento de uma mercadoria, de um pagamento efetuado ou,
ainda, de entrega de documentos.

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ABCW Corretora de Seguros Gerais Ltda. CPNJ 55.555.555/0001-25,
Rua Tuiuti, ____- Tatuapé – SP/SP – CEP 03307-000- tel. (011) XXXX-8342
RECIBO
(2 espaços)
Nº. 00/000
R$2.500,00
(3 a 8 espaços)
Recebemos do Sr. Ernesto da Silva, residente na Rua das Flores, nº. 150, CPF
número 11 8348314-2, a quantia de dois mil e quinhentos reais, referente à proposta de
renovação do seguro do automóvel Palio EDX – Placa CHO 0583, ano 2000, efetivado junto à
seguradora Marítima Seguros.
Para maior clareza, firmamos o presente.
(3 espaços)
São Paulo, 16 de janeiro de 2xxxx.
(2 espaços)
Carlos de Assis
Corretor Responsável
www.wwww.seguros.net

ABCWa Corretora de Seguros Gerais Ltda. CPNJ :324587349825,


Rua Tuiuti, ____- Tatuapé – SP/SP – CEP 03307-000- tel. (011) 5555-5555

Nº XX/XX

RECIBO DE ENTREGA DE DOCUMENTOS

RECEBI OS DOCUMENTOS ABAIXO RELACIONADOS:

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________

E POR SER EXPRESSÃO DA VERDADE FIRMO O PRESENTE.

São Paulo, de de 2XXXX.

Assinatura:________________________________________________

Nome Completo: ___________________________________________

Documento nº __________________________ Tipo ______________

11. Requerimento é um meio de comunicação escrita usado para fazer um pedido a uma
autoridade pública. Será sempre redigido na terceira pessoa.
É a sua estrutura:

a. invocação – pronome de tratamento adequado e título da pessoa a quem se dirige;


b. preâmbulo – identificação do requerente (nome, número do documento de identidade,
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CURSO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO
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nacionalidade, estado civil, endereço, profissão);
c. texto – exposição do que o requerente solicita, e justificativa;
d. fecho – onde aparecem fórmulas como: Nestes termos pede deferimento.
Termos em que pede deferimento.
e. data e assinatura do requerente.

Sr. Diretor da Administração da Rede de Vendas da


Caixa Econômica Federal

( 7 espaços destinado ao despacho da autoridade)

Luís de Oliveira, brasileiro, casado, engenheiro, CREA nº 001.004-SP vem,


solicitar a V.Sa. inscrição no convênio de prestação de serviços “Conectividade e
Certificação Eletrônica” para a empresa BIG Embalagens, CNPJ 01.002.002/0001-03,
juntando para este fim o contrato de convênio, devidamente assinado e reconhecido firma.
(3 espaços)

Nestes termos, pede deferimento.

(2 espaços) São Paulo, 16 de janeiro de


200X.

Luís de Oliveira

12. ATAS são formas de registros, em que se relata o ocorrido numa sessão, convenção,
congresso, reunião, assembléias. Documento, geralmente, de caráter confidencial e de
circulação restrita. O cuidado de quem lavra ou redige uma ata é não deixar espaço onde se
possa, mais tarde, alterar o texto original. Caso haja algum erro, o redator deve escrever “digo”
e fazer, logo em seguida, a devida correção. Se o erro só for percebido no final, o redator deve
escrever “ Em tempo: onde se lê..... leia-se.....”, na ata não se usam abreviaturas e os números
devem ser escritos por extenso. Após a leitura e a aprovação do texto final, todas as pessoas
que participaram a reunião devem assinar o documento.

Veja um exemplo:

ATA DE REUNIÃO DE DIRETORIA

Às vinte horas do dia doze de janeiro de dois mil e oito, realizou-se a primeira reunião de diretoria deste ano do
Clube de Xadrez, digo, do Xadrez, em sua sede social, localizado na Rua Chess, número quinze, na Cidade de
São Paulo. A reunião foi presidida pelo Diretor do Departamento Recreativo, senhor Roberto Silva, que sugeriu
aos presentes a realização de jantar dançante e um bingo cujos lucros seriam revertidos para a organização de
um torneio de xadrez para os jovens carentes da Comunidade Vila Velha. Propôs , também, que cada sócio se
comprometesse a vender pelo menos vinte convites e que se formasse uma comissão para angariar, junto aos
empresários da região, prendas que seriam sorteadas no bingo por ocasião da realização do evento.Todos os
presentes aceitaram as sugestões e o senhor Roberto Silva ficou de entregar os convites na próxima reunião, que
ficou marcada para o dia vinte e seis de fevereiro de dois mil e oito, às vinte horas, no mesmo local. Nada mais
havendo a tratar, a reunião foi encerrada. E, eu, João Souza, secretário, lavrei a presente ata, a qual será
devidamente assinada por todos os participantes. São Paulo, doze de janeiro de dois mil e oito.

Roberto Silva João Souza Nicolau Bezerra Patrício Duarte

Wilton Chaves Carlos Mateus Julio Pereira Dante Castro


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13. Comunicado ou Aviso

È uma comunicação formal tem como características básicas um texto breve e linguagem
clara, e serve para noticiar, convidar, ordenar, cientificar e prevenir.

AVISO

A Comissão Interna de Prevenção a Acidentes convida os funcionários a participarem da


eleição dos novos representantes, no dia 03/06 – terça-feira – no auditório Verde, localizado no
10º andar bloco B, das 09h às 13h.

14. Convocação é um convite no âmbito administrativo.

CONVOCAÇÃO

Convocamos os senhores acionistas a participarem da ASSEMBLÉIA GERAL


EXTRAORDINÁRIA que será realizada no dia 17 de junho de 200X, às 15 horas, na sede
social da Empresa, localizada na Av. Beira Mar nº 222, 1º andar, nesta cidade, a fim de
deliberarem sobre os seguintes assuntos:

1) alteração da razão social;

2) reestruturação da diretoria administrativa.

Santos, 17 de junho de 200X.

Gustavo Moura

Presidente do Conselho de Administração

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Exercícios:

1) Qual a finalidade do requerimento?

a) Encaminhar documentos.
b) Pedir empréstimos.
c) Efetuar solicitação a um órgão público.
d) Firmar contrato de prestação de serviços

2) Assinale a alternativa que corresponde corretamente às regras de como redigir um e-


mail:
a) Escrever tudo em negrito, redigir textos curtos.
b) Redigir textos curtos, evitar negrito e exagerar nas abreviações.
c) Evitar negrito e letras maiúsculas, nunca anexar arquivos.
d) Evitar usar abreviaturas que não estejam de acordo com a norma
gramatical brasileira.

3) No caso de uma procuração o outorgante representa a pessoa que:


a) passa a procuração.

b) que recebe a procuração.

c) que reconhece a firma.

d) que pratica atos em nome de outros.

4) Indique a alternativa na qual os três instrumentos são considerados correspondência


comercial:

a) Ofício, requerimento, telegrama.

b) Carta, memorando, e-mail de negócio.

c) Recibo, ofício, cartão postal.

d) E-mail, procuração, convite para bodas de ouro.

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PARTE III - Comunicação Assertiva

Comunicação Assertiva
A assertividade é definida como auto-expressão por meio da qual a pessoa manifesta o que
sente e pensa, defendendo seus direitos sem desrespeitar os direitos básicos dos outros.

Para podermos desenvolver a comunicação assertiva, precisamos identificar os


comportamentos não-assertivos que são: passividade, agressividade e de manipulação.

• A pessoa submissa e passiva, freqüentemente, não manifesta suas idéias e opiniões por
achar que não é importante ou que trará conseqüências negativas.
• A pessoa agressiva, geralmente, perde negócios, clientes, amigos porque a
comunicação causa desafetos e hostilidade.
• A pessoa manipuladora comunica-se, na maioria das vezes, com ironia, falsidade;
pensando nos seus próprios direitos.

A pessoa assertiva é franca, honesta e direta, sem ofender, humilhar, constranger. Deixa clara
suas idéias, de modo construtivo.

Como ser assertivo na comunicação escrita?

• seja objetivo; seguro, elegante;


• não use argumentos excessivos;
• nunca inicie uma redação acusando seu interlocutor;
• evite usar expressões agressivas, como por exemplo: “Novamente, encaminhamos”
“Pela quarta vez consecutiva, solicitamos” “Ainda não recebemos retorno da carta”;
• evite começar com palavras negativas: “Não entendemos”, “Nunca recebemos”,
“Nenhum processo foi enviado”.
Veja:

Venho por meio deste, agradecer a empresa e você, por ter me dado a oportunidade, de
participar da seleção da vaga .....

Porém não fui selecionado, para a mesma, sendo assim gostaria de dizer que tenho total
disponibilidade e interesse, em participar de futuras seleções.

Agradeço, por ter avaliado meu histórico profissional, e meu perfil.

Infelizmente não fui selecionado, mas acredito que para outras vagas, posso estar
participando.

Desde já me coloco, a disposição para outras oportunidades e dizer que, assim que houver e
desejarem entrar em contato, agradeço muito.

Pois acredito que esta empresa, me dará grandes oportunidades para o meu crescimento
profissional e pessoal.

Tenha uma ótima semana.

Obrigado...

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"Agradeço a oportunidade em participar do processo seletivo dessa conceituada empresa.
Infelizmente não fui selecionado, no entanto, coloco-me desde já à disposição para próximas
seleções.

Imensamente grato, despeço-me, aguardando nova oportunidade e na assertiva de que fazer


parte do quadro de colaboradores da (nome da empresa) enriquecerá meu desenvolvimento
profissional.

Atenciosamente,

Fulano de Tal "

Principais vícios: rebuscamento, chavões, coloquialismo e jargão técnico.

______________________________________________________________________

O rebuscamento pode ser entendido como “arrogância” e prejudica, principalmente, a


objetividade do texto.

Evite:

“ Tendo em vista o assunto em epígrafe, encarecemos a Vossa Senhoria, no intuito de dirimir a


precípua dúvida ....”

Prefira:

“ Tendo em vista o assunto citado, solicitamos para esclarecimento das principais dúvidas...”

Chavões são vícios de estilo incorporados como linguagem no texto empresarial, são frases
prontas que tiram a autenticidade do texto e considerados antiquados.

Exemplos:

“Outrossim” é considerado um chavão, por isso na redação empresarial moderna seu uso
tornou-se inadequado.

“Vimos através desta...” a palavra através significa atravessar, fazer travessia.

“Acusamos o recebimento....” o verbo acusar não é mais usado nos textos empresariais.

“Reiteramos os protestos de elevada estima e consideração.” Clássico chavão das


correspondências públicas.

“Sem mais para o momento.” Ou “Sem mais.” Forma não muito polida de encerrar uma
comunicação empresarial que dizer que não há mais nada para acrescentar.

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Coloquialismo é o excesso de informalidade na redação empresarial. Devemos tomar muito
cuidado com a comunicação eletrônica, que nas relações comerciais deve seguir o padrão da
norma culta.

----- Original Message -----

From: Benê

To: Rosangela Hepta Corretora ; Nadielle Hepta Seguros e Advocacia

Sent: Friday, May 11, 2007 11:49 AM

Subject: Ref. locação do Sr. .................

SP. 11/05/07

Rô / Nadi

Seguem valores p/ locação do imóvel sito á Rua ..................... - apto. 12.

Aluguel...R$ 1.150,00

Condominio...R$ 706,89

IPTU.......R$ 181,46

Luz......R$ 100,00

Gás....R$ 100,00

QQ duvida me ligue, bjs ☺

O jargão é a linguagem de um determinado grupo. O uso de jargões pode prejudicar as


relações profissionais, quando não sofrer as devidas alterações em relação ao grupo
destinatário.

Exemplo:
“A sinistralidade do risco influi no valor do prêmio do seguro.”
“ O preço do seguro pode variar conforme a avaliação do bem segurado.”

24

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NOÇÕES DE DEPARTAMENTO 
PESSOAL    &  
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
                    
                  
 
 
FOLHA DE PAGAMENTO 
 O  processo  para  execução  da  folha  de  pagamento  tem  fator  importante  junto  ao 
departamento  pessoal,  em  razão  da  riqueza  técnica  que  existe  para  transformar  todas  as 
informações do empregado e da empresa num produto final que é a folha de pagamento.  
 A Folha de pagamento, por sua vez, tem função operacional, contábil e fiscal, devendo ser 
constituída com base em todas as ocorrências mensais do empregado. É a descrição dos fatos que 
envolveram a relação de trabalho, de maneira simples e transparente, transformado em fatores 
numéricos,  através  de  códigos,  quantidade,  referências,  percentagens  e  valores,  em  resultados 
que formarão a folha de pagamento.  
 O recibo de pagamento de cada empregado é a parcela que contribuirá com a formação da 
folha  de  pagamento.  Será  ele  constituído  de  vencimentos  (recebimentos),  descontos, 
demonstração da base de cálculo de INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), IRRF (Imposto 
de  Renda  Retido  na  Fonte)  e  FGTS  (Fundo  de  Garantia  por  Tempo  de  Serviço),  bem  como  seus 
respectivos descontos, e o seu resultado como valor líquido que o empregado receberá.    
Salário:  salário  é  a  parte  fixa  estipulada  como  contraprestação  de  serviço,  enquanto  que 
remuneração são as demais parcelas que o integram. Seu cálculo pode ser: 
Horista: quantidade de horas por dia vezes os dias trabalhados no mês, acrescidos de DSR o 
qual deve ser calculado e incluso; 
Diarista:  quantidade  de  dias  vezes  os  dias  trabalhados  no  mês,  acrescidos  de  DSR  o  qual 
deve ser calculado e incluso; 
Mensalista: será o valor acertado para o mês, independente da quantidade de dias do mês, 
já está incluso o DSR.  
Adicional  Noturno:  porcentagem  de  no  mínimo  20%  acrescida  à  jornada  de  trabalho 
contratual  desempenhada  entre  22h00  e  05h00,  considerando  o  salário  base  como  forma  de 
cálculo. Assim, a proporção de horas entre 22h00 e 05h00 deve sofrer o acréscimo, integrando o 
salário para todos os fins legais. 
Importante! O menor de 18 anos de idade é proibido o trabalho em horário noturno (CLT 
art. 404).    
Insalubridade: é um adicional instituído conforme o grau de risco (acidente/morte/perda de 
alguma função ou sentido) existente na empresa e exercido pela função do empregado, podendo 
variar entre 10% (mínimo), 20% (médio) e 40% (máximo) sobre salário mínimo. Normalmente é 
determinado  pelo  médico  do  trabalho  (PCMSO  –  Programa  de  Controle  Médico  de  Saúde 
Ocupacional), com o acompanhamento de tabelas do Ministério do Trabalho, após avaliação das 
condições  de  risco  que  a  saúde  do  empregado  encontra‐se  exposta,  integrando  o  salário  para 
todos os fins legais.  
Periculosidade:  também  é  um  adicional,  porém  específico  para  funções  de  inflamáveis  ou 
explosivos. Sua porcentagem é de 30% sobre o salário base, também acompanhado pelo médico 
do trabalho (PCMSO), integrando o salário para todos os fins legais.  
Comissão: pode ser valor ou porcentagem.  
Horas  Extras:  é  todo  período  de  trabalho  excedente  à  jornada  contratualmente  acordada. 
Assim, podemos admitir que antes do início, durante o intervalo ou após o fim da jornada, estando 
o empregado exercendo trabalho ou estando à disposição do empregador (sobreaviso), configura‐
se hora extra.  
Descanso  Semanal  Remunerado:  Para  receber  a  remuneração  do  repouso  semanal 
remunerado ‐ DSR (Domingo e Feriado) o empregado deverá cumprir integralmente sua jornada 
de trabalho na semana. Em caso de falta não justificada, a empresa poderá descontar o DSR na 
proporção de 1/6 na semana, quando do descumprimento da obrigação, ou seja, falta. Entende‐se 
como semana o período de Segunda‐feira a Sábado. Lei 605/49. 
Salário  Família:  valor  fixo  devido  ao  empregado  por  dependente  menor  de  14  (quatorze) 
anos de idade ou nos casos específicos determinados pela previdência social.  
Tabela vigente para fatos geradores de SALÁRIO FAMÍLIA a partir de 2012. 
 
 
 
 
 
COLE AQUI SUA TABELA 
 
 
 
 
 
 
 
Assim como os vencimentos, se destacam nos descontos:  
Faltas  Dias:  são  os  dias  que  efetivamente  o  empregado  não  compareceu  e  não  houve 
nenhuma forma que autorizasse o pagamento. Esses dias são utilizados para dedução da base de 
cálculo  do  INSS,  IRRF  e  FGTS,  também  prejudicam  no  escalonamento  das  férias  e  13º  salário, 
podendo sofrer o desconto dos feriados e domingos em razão da falta.  
Atrasos  horas:  essas  horas  são  as  que  efetivamente  o  empregado  não  compareceu  e  não 
houve nenhuma forma que autorizasse o pagamento. Essas horas são utilizadas para dedução da 
base de cálculo do INSS, IRRF e FGTS, também pode acarretar o desconto dos feriados e domingos 
em razão do descumprimento da jornada diária.  
Vale  Refeição:  é  muito  comum  encontrar  empresas  que  forneçam  o  vale  refeição  ao 
empregado, representando tal procedimento um benefício concedido pelo empregador, pois não 
há  lei  que  obrigue  a  tal  prática,  salvo  existindo  acordo  ou  convenção  coletiva.  Em  casos  onde  a 
refeição é cobrada do colaborador, seu desconto é limitado por lei a 20% do custo da refeição.  
Vale  Transporte:  é  um  benefício  entregue  por  força  de  lei  ao  empregado.  O  empregador 
pode descontar no máximo 6% do salário base, isso se o valor for maior, caso contrário, descontar 
o  valor  entregue.  Exemplo:  salário  R$  600,00,  valor  gasto  com  vale  transporte  R$  80,00,  6%  do 
salário R$ 36,00, valor de desconto R$ 36,00.  
Adiantamento Salarial: é comum acordos ou normas coletivas determinarem percentual de 
adiantamento do salário, sendo este valor descontado no momento do pagamento.  
Contribuição  Sindical:  é  devida  pelo  empregado  a  contribuição  de  01  dia  de  trabalho  no 
exercício anual de sua atividade. Normalmente ocorre o desconto no mês de abril de cada ano.  
Contribuição Previdenciária: todo empregado contribui com base na tabela divulgada pela 
Previdência Social (INSS). Sua base de cálculo depende do evento que comporá a remuneração. O 
valor  descontado  é  recolhido  aos  cofres  públicos  da  União,  através  da  guia  GPS  (Guia  de 
Previdência Social), no dia 10 do mês seguinte de referência da folha de pagamento.  
Imposto  de  Renda:  desconto  compulsório  determinado  pelo  Governo  sobre  o  rendimento 
assalariado. Esse desconto depende do evento pago no recibo de pagamento; após o desconto, o 
valor  é  recolhido  aos  cofres  públicos  da  União  no  terceiro  dia  útil  da  semana  seguinte  ao 
pagamento, através da guia DARF. 
Não sendo os descontos provenientes de amparo legal, é importante solicitar a autorização 
do empregado para participar do beneficio e consequentemente do desconto. 
O  pagamento  do  salário  deve  ser  feito  até  o  quinto  dia  útil  do  mês  seguinte  ao  vencido.  
Lembramos que o sábado é considerado dia útil para o trabalhador. 
REMUNERAÇÃO 
  
“Remuneração  é  o  conjunto  de  retribuições  recebidas  habitualmente  pelo  empregado  pela 
prestação  de  serviços,  seja  em  dinheiro  ou  em  utilidade,  provenientes  do  empregador  ou  de 
terceiros,  mas  decorrentes  do  contrato  de  trabalho,  de  modo  a  satisfazer  suas  necessidades 
básicas e de sua família” Mestre Sergio Pinto Martins. 
Alguns  técnicos  tendem  a  classificar  separadamente  o  salário  da  remuneração;  sendo  a 
remuneração  genérica  e  o  salário  específico.  Embora  o  salário  possa  se  apresentar  entre  várias 
figuras,  distingue  da  remuneração  pela  diversidade  que  esta  se  apresenta.  Como  veremos,  a 
remuneração  é  formada  por  dois  grupos  de  salários,  onde  o  salário  fixo  esta  relacionado  a  uma 
legislação  que  a  constitui  e  o  salário  variável  dependente  da  relação  de  trabalho  e  da 
continuidade.  
Salário  Fixo:  é  o  valor  devido  pelo  empregador,  já  definido  em  contrato  de  trabalho,  não 
dependendo  de  circunstâncias  alheias,  vinculado  apenas  à  presença  do  empregado  no  trabalho, 
podendo se apresentar através de diversas figuras: 
a ‐ salário‐base: também chamado de salário contratual, é pago diretamente pelo empregador e 
utilizado normalmente como base para todos os cálculos ; 
b  ‐  salário  mínimo:  fixado  por  lei,  valor  mínimo  a  ser  recebido  pelo  empregado  com  jornada 
mensal de 220hs, corrigido anualmente pelo governo; 
c  ‐  piso  salarial/  normativo:  valor  determinado  pela  categoria  do  empregado  ou  atividade 
econômica da empresa; previsto em dissídio, norma ou acordo coletivo (sindicato); 
d ‐ salário profissional: exclusivo para as categorias dos profissionais liberais: médicos, advogados, 
engenheiros, dentistas, etc. instituído pela legislação que regulamenta a profissão.  
e  ‐  salário  líquido:  valor  a  ser  recebido  pelo  empregado  após  os  cálculos  legais  das  verbas 
trabalhistas  devidas:  folha  de  pagamento,  rescisão,  férias,  décimo  terceiro;  e  os  respectivos 
descontos: IRRF, INSS, contribuição sindical, vale refeição, vale transporte, etc. 
f  ‐  salário  bruto:  valor  que  se  apresenta  nos  cálculos  legais  antes  da  redução  dos  encargos  e 
descontos devidos: folha de pagamento, rescisão, férias, décimo terceiro. 
Salário  Variável:  é  uma  retribuição  fornecida  pelo  empregador;  em  dinheiro  ou  in  natura, 
podendo ocorrer em previsão contratual ou pela prática habitualmente adotada, podendo ser em 
porcentagem, meta, prêmio, comissão, etc. A Constituição Federal garante àqueles que recebem 
exclusivamente o salário variável, remuneração nunca inferior ao mínimo ‐ inciso VII, art. 7º. 
 
MODALIDADES DA REMUNERAÇÃO 
Sendo  certo  que  a  remuneração  corresponde  à  integração  dos  seus  elementos  ‐   em 
conjunto ou isolados ‐ podemos admitir as seguintes modalidades:  
Salário: é o salário uma das formas mais tradicionais de pagamento pela relação de trabalho, 
podendo ser pago por hora, dia, semana, quinzena ou mês, conforme convencionado em contrato 
de trabalho.  
Comissões: a comissão ou premiação é parte integrante da remuneração, porém tem forma 
especial de apuração para compor diversas bases de cálculos. Os porcentuais de comissões devem 
ser anotados na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), pois também compõe os cálculos 
do 13º salário e DSR. 
Adicionais:  os  adicionais  se  apresentam  de  várias  formas,  podendo  ser  de  insalubridade, 
periculosidade,  adicional  noturno,  tempo  de  serviço  ou  sobre  as  horas  extras.  Constitui  a 
remuneração e também é utilizado na base de cálculo. 
Salário  in  natura:  é  aquele  que  se  apresenta  através  do  pagamento  do  salário  de  forma 
indireta, no fornecimento de benefícios de forma irregular ou gratuito, por exemplo: alimentação, 
transporte, habitação, etc.  
Gorjetas: mesmo sendo as gorjetas pagas por terceiros, a CLT art. 457 determina que seja 
parte integrante da remuneração.  
Importante! A gorjeta é a única parcela variável que tem previsão legal especial, vejamos:  
“As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente 
pelos  clientes,  integram  a  remuneração  do  empregado,  servindo  de  base  de  cálculo  para  as 
parcelas  de  aviso  prévio,  adicional  noturno,  horas  extras  e  repouso  semanal  remunerado”.  TST 
Súmula  290.  Dessa  forma  as  gorjetas  integram  especialmente  as  férias,  décimo  terceiro  salário, 
FGTS, aviso prévio, horas extras.  
Gratificação: assim como os abonos, as gratificações devem compor a base de remuneração, 
uma vez preenchida os elementos essenciais. Mesmo que se considere que a gratificação recebida 
pelo  empregado  encontra‐se  prevista  em  norma  coletiva  de  sua  categoria  profissional,  a 
habitualidade  de  seu  recebimento,  nos  termos  do  entendimento  consubstanciado  no  Enunciado 
de nº 78 do Colendo TST, enseja sua integração ao salário.  
Salário  Mínimo:  prescreve  a  Constituição  Federal  art.  7º  "salário  mínimo,  fixado  em  lei, 
nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família 
com  moradia,  alimentação,  educação,  saúde,  lazer,  vestuário,  higiene,  transporte  e  previdência 
social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação 
para qualquer fim". A legislação prevê que o salário mínimo deve corresponder às  necessidades 
pessoais do trabalhador, visando a alimentação, transporte, vestuário, habitação e higiene, e em 
razão  disso  o  Estado  fixou  em  todo  território  Nacional  um  valor  mensal  correspondente  a R$ 
622,00  a partir de 01/2012, sendo que o referido valor muda anualmente.  
O  empregado  por  pertencer  ao  Sindicato  representativo  da  sua  categoria,  possui  o 
denominado  Piso  Salarial  da  Categoria  ou  Salário  Normativo;  ou  seja,  a  categoria  fixa  um  valor 
mínimo que aquele profissional deve ganhar. Assim, o empregador não pode pagar valor menor 
daquele atribuído pela categoria em norma ou convenção coletiva. Na ausência desse piso vigora 
o salário mínimo federal (nacional) ou regional (estadual).  
  
FORMAS DE REMUNERAÇÃO  
Ajuda  de  Custo:  a  empresa  pode  exercer  uma  atividade  econômica  que  necessite  efetuar 
um pagamento ao empregado a título de ajuda de custo para despesas de viagens. Quando essas 
despesas  são  reembolsadas  fora  da  folha  de  pagamento  e  através  de  documento  contábil,  elas 
não vinculam à remuneração de salário, independente do valor, servindo apenas como transação 
de atividade externa.  
Definido  que  a  parcela  tenha  natureza  jurídica  de  ajuda  de  custo,  não  terá  ela  seu  valor 
incluído no salário para nenhum efeito, independentemente de exceder de 50% do valor dele, já 
que essa condição só se refere a diárias. 
A CLT preserva a integração da ajuda de custo como remuneração, quando ela representa 
50%  acima  do  salário  do  empregado  pago  em  folha  e  não  a  título  de  reembolso,  configurando 
remuneração. 
 CLT art. 457 § 2º: Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para 
viagem que não excedam de cinquenta por cento do salário percebido pelo empregado”. 
Reajuste Salarial 
Atualmente  os  salários  são  reajustados  conforme  acordo  entre  as  partes,  não  sendo 
determinado tempo mínimo e nem máximo pela legislação ordinária ou constitucional.  
Ocorre  que,  quando  o  empregado  é  representado  por  uma  categoria  sindical,  é  normal 
encontrar o reajuste na data base da categoria, normalmente vinculada a um índice inflacionário 
(IGPM ‐ Índice Geral de Preços ao Mercado, FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, 
INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, etc) dos doze meses anteriores à data base.  
 
Idêntico Salário ‐ Paradigma 
Prescreve a CLT Art. 461 ‐ "Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado 
ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, 
nacionalidade ou idade, que havendo dois ou mais empregados, com funções idênticas, igual valor, 
numa mesma localidade e trabalhando para o mesmo empregador, ambos devem ganhar salário 
idêntico". 
No entanto é importante esclarecer algumas questões:  
a.  Função  é  uma  atividade  exercida  pelo  empregado;  por  exemplo  digitar.  Pode  o  empregado 
exercer  mais  de  uma  função,  por  exemplo  digitar,  atender,  telefonar,  etc.  Assim,  temos  que  a 
somatória das funções darão um termo genérico, o qual é determinado pelo cargo;  
b.  Igual valor: cargo exercido com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, 
c.  Localidade para este fim é aquela dimensionada pelo mesmo município, como tem entendido a 
jurisprudência.  
d.  Mesmo  empregador:  Considera‐se  empregador  a  empresa,  individual  ou  coletiva,  que, 
assumindo  os  riscos  da  atividade  econômica,  admite,  assalaria  e  dirige  a  prestação  pessoal  de 
serviços. 
Nota: Se os paradigmas (empregados na mesma função) tiverem diferenças superiores a 2 
anos de experiência , entre um e o outro, não se aplica a regra de mesmo salário. A jurisprudência 
tem  consagrado  que  os  2  anos  não  são  exclusivos  a  mesma  empresa,  mas  de  experiência  na 
função de forma geral, podendo exigir a prova de exercício, que no caso do empregado é a CTPS.  
A empresa que se organizar em quadro de carreira, homologado pela DRT, fica dispensada 
de atender as exigências de paradigma. Art. 461 § 2º. 
 
JORNADA DE TRABALHO 
Regular  o  período  de  trabalho  é  algo  essencial  para  o  ser  humano,  seja  pela  ordem 
econômica, social ou biológica. Sua relevância é destaque no contexto mundial, e pela importância 
a Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 destaca no artigo XXIV ‐ Todo homem 
tem  direito  a  repouso  e  lazer,  inclusive  a  limitação  razoável  das  horas  de  trabalho  e  a  férias 
remuneradas periódicas. 
Fundamento Legal: Constituição Federal, CLT Capítulo II Artigos 57 a 75 e Lei 605/49 
A partir da Constituição Federal de 1988, a jornada de trabalho sofreu novas alterações. Art. 
7º  inciso  XIII  –  “duração  do  trabalho  normal  não  superior  a  oito  horas  diárias  e  quarenta  e 
quatro  semanais,  facultada  a  compensação  de  horários  e  a  redução  da  jornada,  mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho”.   
A CF 1988 art. 7º inciso XIII e CLT art. 58, passaram a determinar que a jornada de trabalho 
não ultrapassasse as 8 hs DIÁRIAS e  44 hs SEMANAIS  
A  limitação  da  jornada  de  trabalho,  atualmente  vigente,  não  impossibilita  que  ela  seja 
menor,  apenas  assegura  um  limite  máximo.  Embora,  ainda,  exista  uma  extensão  através  do 
regime de compensação e prorrogação das horas. 
Nota:  Para  se  compor  as  horas  trabalhadas  por  dia,  não  se  deve  computar  o  período  de 
intervalo concedido ao empregado. Exemplo: das 8:00 às 17:00 com 1:00 hora de intervalo temos 
9hs na empresa, mas 8hs de trabalho excluindo o intervalo.(CLT art. 71§2) 
 
 
 
 
 
 
 
Deve‐se  considerar  que  algumas  atividades,  por  força  de  lei  ou  acordo  coletivo,  possuem 
jornadas especiais, por exemplo: 
PROFISSÃO   LIMITE DE HORAS DIA  
Bancários   6 horas 
Telefonista   6 horas 
Operadores cinematográficos   6 horas 
Jornalista   5 horas 
Médico   4 horas 
Radiologista   4 horas 
 
O  empregador  pode  formular  período  de  jornada  no  contrato  de  trabalho  de  acordo  com 
suas  necessidades,  basta  não  ferir  a  proteção  da  lei.  Assim  podemos  ter  empregado  horista, 
diarista ou mensalista.    
Há registros na ordem econômica do trabalho uma jornada especial com regime de 12 x 36; 
ou seja, 12 horas de trabalho e 36 horas de descanso. Essa jornada, embora não prevista na lei, 
tem  sido  adotada  por  diversas  normas  coletivas  (Sindicato)  e  tolerada  pela  jurisprudência  pela 
típica necessidade das empresas com alguns seguimentos específicos, tais como área de saúde e 
segurança.  Deve‐se  ressaltar  que  a  justiça  aceita  tal  prática  mediante  a  existência  da  norma 
coletiva  e  a  impossibilidade  da  empresa  em  implantar  outro  horário.  Caso  não  exista  a  norma 
coletiva criando este horário, a empresa sofrerá com as penalidades previstas e a possibilidade de 
arcar com o pagamento das horas extras.  
Para  todos  os  fins  legais,  admitidas  pela  jurisprudência  e  fiscalização,  um  empregado  que 
trabalha  8  (oito)  horas  por  dia  e  no  máximo  44  horas  na  semana,  tem  carga  mensal  de   220 
HORAS. 
Importante! Não é aceito pela legislação a alteração da jornada de trabalho com prejuízos 
ao empregado. Será nulo, todo e qualquer acordo entre as partes, mesmo que seja reduzida na 
proporção  do  salário  e  com  declaração  expressa  do  empregado.  É  fundamental,  diante  de  um 
quadro  necessário  à  redução  a  participação  por  negociação  coletiva  (Sindicato)  e  Delegacia 
Regional do Trabalho (DRT).  
O empregado pode exercer horas extras no período noturno, devendo ser remunerado com 
base nas regras das horas extras e acrescido dos 20% do adicional noturno. 
Nota: O adicional noturno pode ser suprimido, cancelado, extinto, caso o empregado mude 
o  seu  turno  de  trabalho,  deixando  de  trabalhar  no  período  noturno  e  passando  a  trabalhar  no 
período diurno. Súmula 265 do TST: ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. 
POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) ‐ Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A transferência 
para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.  
O acordo de prorrogação visa atender o empregador, que por natureza da circunstância do 
momento requer do empregado uma disponibilidade maior de seu horário contratual.  
A legislação do trabalho (CLT art. 59) visando garantir proteção ao empregado e não deixar o 
limite  do  tempo  por  conveniência  do  empregador  procurou  limitar  esta  prorrogação  a   2  horas 
diárias   
Poderá ser substituído o acordo individual entre as partes, pelo acordo coletivo de trabalho; 
ou  seja,  havendo  previsão  nesse  acordo  não  há  necessidade  de  termo  de  prorrogação  entre  as 
partes.   
Dentro desse aspecto, o legislador constituinte tratou de criar mecanismo que pudesse dar 
vantagem  também  ao  empregado,  pois  num  primeiro  momento  o  excedente  estaria  apenas 
atingindo  a  atividade  econômica  do  empregador.  Assim  a  CLT  art.  59  §  1º  determinou  que  a 
duração  das  horas  extras  fosse  acrescida  de  no  mínimo   50% nos  dias  normais  e  100%  nos 
domingos e feriados.  
É  comum  encontrar  nos  acordos  ou  convenções  coletivas  percentuais  diferenciados, 
variando pela quantidade de hora ou dia da semana.    
Nota:  O  limite  de  2  (duas)  horas  pode  ser  rompido  quando  a  empresa  encontra‐se  em 
situação  de  emergência,  entendida  como  tal,  aquela  que  coloque  em  risco  as  atividades 
econômicas  da  empresa,  podendo  acarretar  prejuízos  manifestos.  Apresentando  esse  quadro,  o 
empregador deverá comunicar o órgão do trabalho local competente (normalmente a DRT) num 
prazo  de  10  (dez)  dias,  e  pagará  o  adicional  das  horas  extras.  Mas  de  forma  nenhuma  deverá 
ultrapassar 12 (doze) horas total de trabalho diário. CLT art. 61 §§ 1º e 2º.  
As variações entre 5 (cinco) e 10 (dez) minutos diários não serão computadas como horas 
extras (CLT art. 58 § 1º). .    
Hora Compensatória ou Banco de Horas 
 O empregador pode adotar um procedimento de concentrar sua atividade num período da 
semana, mas deverá proporcionar ao empregado redução noutro dia. Dessa forma o empregador 
pode romper a barreira das 8 (oito) horas diárias, mas não poderá ultrapassar a das 10 (dez) horas 
diárias  e  44  (quarenta  e  quatro)  semanais,  podendo  compensar  em  qualquer  época,  não 
necessariamente na mesma semana. A esse fenômeno dá‐se o título de Horas de Compensação ou  
 
Acordo de Compensação.    
          Para  que  isso  seja  possível  o  empregador  deverá  participar  de  um  acordo  triangular, 
vejamos:  
                                                                   SINDICATO 
 
 
 
 
Acordo / 
Convenção 
Coletiva  
                     EMPREGADOR                                               EMPREGADO  
 
É imprescindível dizer que tal acordo triangular é de natureza obrigatória (CLT art. 59 § 2º) 
sem o qual o sistema de compensação poderá ser anulado.  
 
BANCO DE HORAS: Para ter validade, o banco de horas depende de prévio ajuste entre os 
sindicatos patronal e de empregados, através de autorização em convenção ou acordo coletivo de 
trabalho  (parágrafo  2º,  do  art.  59  da  CLT).  A  simples  existência  do  sistema,  sem  a  devida 
comprovação de sua implantação legal, torna nulo o sistema de compensação de horas adotado 
pela empresa. Esse sistema é válido por um ano. 
O período anual será contado a partir do momento que o acordo for firmado entre as partes 
empresa  e  sindicato  ou  implantação  do  regime  de  compensação,  caso  haja  previsão  na  norma 
coletiva. O acordo, então, prestigiará aqueles presentes no momento da celebração e aos demais 
admitidos, mediante anuência, no decurso do período. Após esse período, havendo interesse do 
empregador, deverá ser firmado novo acordo.  
Na ocorrência da rescisão contratual, as horas realizadas (saldo) no período de compensação 
ou  banco  de  horas  devem  ser  pagas  como  horas  extras,  incidindo,  inclusive,  como  reflexo  nas 
verbas rescisórias.  
Também  deverá  ser  saldado  como  horas  extras,  as  horas  de  compensação  ou  banco  de 
horas que ultrapassarem o vencimento de 1 ano do acordo de  compensação.      
O  acordo  de  compensação,  não  ajustado  e  seguido  corretamente,  poderá  ser 
descaracterizado e permitirá o empregado reclamar as horas extras, como se lê abaixo: 
 
TST Nº 85  COMPENSAÇÃO DE JORNADA:  
I.  A  compensação  de  jornada  de  trabalho  deve  ser  ajustada  por  acordo  individual  escrito, 
acordo coletivo ou convenção coletiva.  
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva 
em sentido contrário.  
III. O mero não‐atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive 
quando  encetada  mediante  acordo  tácito,  não  implica  a  repetição  do  pagamento  das  horas 
excedentes  à  jornada  normal  diária,  se  não  dilatada  a  jornada  máxima  semanal,  sendo  devido 
apenas o respectivo adicional.  
IV.  A  prestação  de  horas  extras  habituais  descaracteriza  o  acordo  de  compensação  de 
jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas 
como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais 
apenas o adicional por trabalho extraordinário.  
 
Hora Descanso ou Intervalo: (CLT art. 66 a 72)
Atribui‐se esse tempo utilizado pelo empregado para repouso ou alimentação. Essa duração 
de  descanso  dar‐se‐á  dentro  do  seu  horário  contratual  (9:00h  às  12:00h  –1  hora  de  intervalo  – 
13:00h às 18:00h), ou ainda de uma jornada de trabalho de um dia, pela jornada de trabalho de 
outro dia  (trabalha no dia 20/08/08 – das 09:00 às 18:00 horas e só volta no dia 21/08/08 às 9:00 
horas) tempo, nesse exemplo 15 (quinze) horas de descanso.  
 
Assim, é possível utilizar uma tabela para esses intervalos, vejamos: 
PERÍODO   DURAÇÃO DO INTERVALO  
Até 4 horas   00:00 minutos  
De 4 a 6 horas   00:15 minutos  
Acima de 6 horas   01:00 hora  
Entre um dia e o outro   11:00 horas  
Entre uma semana e a outra   24:00 horas ‐ DSR  
Importante!   Uma  empresa  pode  permitir  que  o  intervalo  seja  superior  a  1:00  hora, 
podendo  chegar  até  2  (duas)  (CLT  art.  71),  podendo  existir  intervalo  superior,  devendo  ser 
consentido através de acordo ou convenção coletiva. A legislação, ainda, orienta que o descanso 
semanal deve ser, preferencialmente aos domingos da semana, ou no mês, obrigatoriamente, um 
domingo no mínimo.   
Determinadas funções possuem características próprias de sua natureza e vincula‐se a uma 
proteção maior de segurança e saúde no trabalho, por essa razão a lei determinada que tenham 
pequenos intervalos.  
Nota:  Se  o  intervalo  para  descanso  for  suprimido,  o  período  trabalhado  deverá  ser 
remunerado como acréscimo de horas extras.  
O intervalo de 1:00 hora pode ser reduzido mediante autorização do Ministro do Trabalho, 
quando verificado a existência de refeitório no local e a inexistência de horas extras na empresa.  
O  trabalhador  rural  tem  seu  intervalo  um  pouco  diferente  do  intervalo  do  empregado 
urbano. Nos serviços intermitentes, que são executados em duas ou mais etapas diárias, não serão 
computados  como  tempo  de  serviço  os  intervalos  entre  etapas,  desde  que  haja  ressalva  de  tal 
hipótese na CTPS do empregado (Lei 5.889/73 art.6º)  
 
FORMA DE CONTROLE DA JORNADA 
Para  o  empregador  é  primordial  adotar  um  sistema  de  controle  do  registro  da  jornada  de 
trabalho  praticada  pelo  empregado.  A  ausência  desse  controle  é  um  dos  maiores  problemas 
enfrentados  pelas  empresas  na  justiça  do  trabalho,  devendo,  então,  receber  uma  atenção 
especial, não só na existência, mas também no treinamento do empregado que irá operacionalizar 
o  sistema,  bem  como  uma  política  clara  e  extensiva  aos  empregados  e  que  condiz  com  as 
atividades da empresa. 
Dessa  forma  temos  algumas  opções  que  podem  ser  adotadas,  e  cada  qual  requer  um 
procedimento diferente e adoção de controle específico, sempre visando o cumprimento da lei. 
Manual:  É  o  controle  feito  de  forma  transcrita  pelo  empregado  diretamente  num  livro  ou 
folha  individual  de  presença  apropriados  para  o  registro.  É  imprescindível  que  os  dados  do 
empregador   (nome,  CNPJ  e  endereço)  e  do  empregado  (nome,  cargo,  horário  de  trabalho 
contratual, número de registro, período a que se refere o apontamento e espaço para assinatura). 
Deve o registro transcrito ser fiel ao fato; ou seja, a justiça não tolera registro com hora fictícia, 
pré‐assinalada; por exemplo, empregado que registra ter entrado todos os dias às  8:00 horas,  o 
que é impossível na prática.      
Mecânico: Sistema utilizado com relógio mecânico e cartão de ponto. Deve ser preenchido 
os dados do empregador ou colar uma etiqueta sem rasuras, o empregado registrará o seu horário 
no sistema de marcação mecânica.    
Eletrônico  ou  Digital:  Atualmente  o  mais  utilizado,  podendo  servir  como  crachá  de 
identificação e no verso tarja magnética para registrar no relógio digital. 
A impressão da folha de ponto no final do mês não pode fugir aos itens já citados acima.      
Seja qual for o modelo adotado, o registro é pessoal e a assinatura no apontamento mensal 
deve  ser  adotada.  Alguns  tribunais  tem  exigido  a  assinatura,  mesmo  no  eletrônico,  pois  há 
entendimento de que sendo possível alterar os dados, é direito do empregado ter o conhecimento 
do  fechamento,  de  tal  sorte  que  se  a  assinatura  não  for  lançada  é  nulo  os  registros  na  folha  de 
apontamento.  
Os registros devem ser feitos obrigatoriamente no horário de entrada e saída. Mencionar no 
corpo  da  folha  ou  cartão  de  ponto  o  horário  de  intervalo.  Nada  impede  de  que  o  empregado 
registre todos os movimentos (entrada – saída para intervalo – retorno do intervalo – término da 
jornada).  
Importante! O empregador que possuir até 10 (dez) empregados, não é obrigado a utilizar 
nenhum sistema de controle (CLT art. 74), porém não é aconselhável adotar esta opção, porque na 
prática o ônus para o empregador numa eventual reclamação trabalhista é alto. A empresa que 
adotar  registros  manuais,  mecânicos  ou  eletrônicos  individualizados  de  controle  de  horário  de 
trabalho, contendo a hora de entrada e saída, bem como a pré‐assinalação do período de repouso 
ou alimentação, fica dispensada do uso de quadro horário.    
A  legislação  selecionou  duas  funções  (CLT  art.  62  inciso  I  e  II)  que  passaram  a  requerem 
forma diferenciada no seu tratamento, seja pela impossibilidade de registrar ou da autoridade no 
trabalho. São elas:  
Atividade Externa: nesse caso devem ser entendidas as situações que não são compatíveis 
com  a  fixação  de  horário,  aquelas  que  impossibilitam  a  fiscalização  pela  empresa.  A 
impossibilidade pode ser de natureza geográfica, operacional, percursos, período e assemelhados. 
Não  se  vincula  exclusivamente  a  função,  mas  ao  fato  que  impede  o  empregado  registrar  o  seu 
horário. Algumas funções se aproximam desse caso (caminhoneiro, viajantes, motorista de praça, 
corretor de seguro externo, etc.).  Não é o fato de o empregado exercer atividade externa que o 
dispensa da marcação do ponto, mas da impossibilidade de controle da empresa.  
Gerente:  A  doutrina  tem  admitido  como  gerente  aquele  que  tem  cargo  de  gestão, 
entendendo  como  tal  àquele  com  poderes  para  admitir,  demitir,  comprar,  vender,  ter 
subordinados,  o  que  se  apresenta  como  empregador.  É  o  executivo  que  pela  natureza  de  suas 
funções,  preposto,  viagens,  reuniões,  fica  impedido  de  cumprir  a  marcação  de  ponto. 
Normalmente ter poderes de comando com procuração e na ausência do proprietário é a figura 
mais próxima frente a terceiros. A questão não é ser gerente, mas ter poderes de proprietário. 
Há  casos  de  o  empregado  prestar  serviços  fora  do  estabelecimento  da  empresa,  nesses 
casos deve ser usado sistema de controle externo (ficha, folha de controle, etc.).    
Importante!  A  doutrina  ainda  discute  a  relação  entre  a  função  e  o  salário,  onde  a  função 
para se beneficiar da dispensa da marcação deve representar 40% (quarenta por cento) acima da 
média  salarial  dos  demais  empregados.  Esse  entendimento  é  controvertido  e  questionável  pela 
exclusividade da relação econômica e não operacional, o que seria mais praticável na relação do 
trabalho.  
Quando  verificado  que  o  empregado  preenche  as  características  da  atividade  externa  ou 
gerente,  é  necessário  mencionar  na  CTPS  (anotações  gerais)  que  o  mesmo  encontra‐se 
desobrigado da marcação de ponto com base na CLT art. 62.    
Nota: Nos demais casos, não há fundamentação legal para liberar o empregado da marcação 
de ponto, devendo ser a mesma realizada normalmente, evitando problemas trabalhistas e fiscais.  
 
FALTAS e ATRASOS 
Podemos  admitir,  do  ponto  de  vista  contratual,  que  faltas  e  atrasos  do  empregado  são 
ausências  no  cumprimento  do  período  do  contrato  de  trabalho.  Ocorre  que  essas  ausências  se 
traduzem para o empregador em dificuldade na administração dos seus negócios, pois a realidade 
das empresas atuais e da mão‐de‐obra exata, não prevendo a ausência do empregado, o que na 
prática  prejudica  a  produção  do  empregador.  Por  esse  prisma  o  Estado  regulou  a  ausência  do 
empregado, evitando o abuso e o descontrole. 
Porém a legislação criou autorizações que possibilitam ao empregado se ausentar, mediante 
apresentação de comprovante, para não sofrer descontos:  
 
MODALIDADE   Período  
Falecimento cônjuge, ascendente e descendente   02 dias consecutivos  
Casamento   03 dias úteis  
Nascimento filho   05 dias consecutivos  
Doação voluntária de sangue   01 dia por ano  
Alistamento eleitoral   02 dias consecutivos  
Aborto não criminoso   02 semanas  
Exame vestibular – curso superior   Todos os dias da prova  
Atestado de saúde               Pelo período do atestado 
Serviço Militar    Todos os dias necessários  
Comparecer a juízo    Todos os dias necessários  
Não  podemos  deixar  de  citar  que  além  de  outras  modalidades  de  ausências,  há  também 
variação na quantidade de dias, sendo importante consultar a convenção coletiva de trabalho.    
Há ausências que podem ser suportadas pelo Empregador. Assim, podemos dividir faltas e 
atrasos em quatro grupos:  
Legais:  são  aquelas  com  amparo  na  lei  ou  convenção  coletiva  de  trabalho.  (CLT  art.  473  e 
normas coletivas do sindicato).  
Abonadas: é faculdade do empregador não descontar o período ausente.    
Justificadas: mediante comprovante, não amparado por lei, mas liberado pelo empregador.    
Injustificadas: é a situação sem amparo legal e não liberada pelo empregador.    
Nota: O empregado que apresentar comprovante falso, comete mau procedimento, passível 
de justa causa, CLT art. 482 alínea “b” e Código Penal 
Art. 299 – “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, 
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de 
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:  
Pena ‐ reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 
1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular.  
 
  ENCARGOS SOCIAIS ‐ INSS 
Como usar a Tabela de Contribuição? 
A Tabela de Contribuição do INSS possui 4 faixas de contribuição, cada faixa possui um valor 
que  ao  ser  atingido  pela  base  de  cálculo  ‐  os  salários  que  somados  devem  pagar  o  INSS  ‐  passa 
pagar a alíquota correspondente.  Devemos saber que um empregado pode ter em seu recibo de 
pagamento mais de um tipo de rendimento.  
Exemplo  1:  salário,  hora  extra,  adicional  noturno,  etc.  esse  rendimento  são  somados  e 
posteriormente se aplica a tabela. 
Outra  questão  é  quando  há  faltas  e  atrasos.  Esses  eventos  devem  ser  deduzidas  da 
somatória dos rendimentos, e depois se aplica a tabela.  
Exemplo 2: Rendimentos somados R$ 1.950,00 (‐) R$ 65,00 faltas (=) R$ 1.885,00 (x)  11% (=) 
R$ 207,35 
Exemplo 3: Se um empregado recebe um salário de R$  1.200,00, ele está na faixa 1 e sua 
alíquota é 8%. Então o cálculo da contribuição é R$ 1.200,00 x 8% = R$ 96,00. 
Exemplo 4: Se um empregado recebe um salário de R$  2.030,00, ele está na faixa 3 e sua 
alíquota é 11%. Então o cálculo da contribuição é R$ 2.030,00 x 11% = R$ 223,30. 
Exemplo 5: Se um empregado recebe um salário de R$ 5.000,00, ele está na faixa 4 e NÃO 
possui  alíquota  e  sim  um  valor  teto  de  R$  406,09.  Se  fôssemos  aplicar  a  alíquota  de  11%,  ele 
pagaria R$ 550,00, porém a legislação limitou o desconto ao teto indicado. 
 
TABELA DE CONTRIBUIÇÃO MENSAL 
1. Tabela de contribuição dos segurados empregados, empregado doméstico e trabalhador 
avulso, para pagamento de remuneração a partir 2012: 
 
 
 
 
COLE AQUI SUA TABELA DE ENCARGOS DO INSS 
 
 
 
 
 
Contribuinte  Individual:  autônomo  ou  empresário  =>  20%  sobre  o  valor  recebido  pela 
prestação de serviços até o limite do teto. 
Contribuinte  Facultativo:  optante  pelo  regime  de  INSS  =>  20%  sobre  a  contribuição  que 
deseja participar até o limite do teto.  
Nota: Nenhuma base de cálculo (contribuinte individual ou empregado) deve ser menor que 
R$ 622,00 e nem maior que o máximo estabelecido na tabela. 
 
IMPOSTO DE RENDA 
Como se calcula o Imposto de Renda?  
O  cálculo  de  imposto  de  renda  é  baseado  na  somatória  dos  rendimentos  salariais  do 
empregado.  Esses  rendimentos  salariais  compõem‐se  pelo  salário,  pelas  horas  extras,  adicional 
noturno,  adicional  insalubridade,  entre  outros.  Após  a  somatória,  para  dar  continuidade  ao 
cálculo,  deve‐se  deduzir  os  descontos  ou  abatimentos  que  a  legislação  autoriza,  e  dentre  eles 
temos: INSS, dependentes, entre outros. Quando se conclui essa conta, o resultado é um valor que 
passa  a  se  chamar  Base  de  Cálculo  Mensal.   Após  esta  apuração,  aplica‐se  a  alíquota  na  qual  o 
resultado se encontra e deduz a parcela de desconto permitida.   
Exemplo 1: Salário R$ 1.000,00 (‐) INSS R$ _____ (=) Base de cálculo R$ _____   ==> Alíquota 
0% IRRF (=) R$ 0,00  
Exemplo  2:  Salário  R$  3.000,00  (‐)  INSS  R$  330,00  (=)  Base  de  cálculo  R$  2.670,00  ==> 
Alíquota 15% (=) R$ 400,50 (‐) Dedução R$ 293,58 (=) IRRF R$ 106,92.  
Exemplo 3: Salário R$ 5.000,00 (‐) INSS R$ 406,09 (‐) 1 Dependente R$ 157,47 (=) Base de 
cálculo  R$  4.436,44  ==>  Alíquota  27,5%  (=)  R$  1.220,021  (‐)  Dedução  R$  723,95  (=)  IRRF  R$ 
496,071.  
Tabela Progressiva do IRRF para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física a 
partir do exercício de 2012: 
 
 
 
 
COLE AQUI SUA TABELA PARA CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA 
 
 
 
 
 
 
Dedução  por  dependente:  R$  ________  (cento  e  cinquenta  e  sete  reais  e  quarenta  sete 
centavos). 
Para  efeito  de  determinação  da  base  de  cálculo  sujeita  à  incidência  do  imposto  na  fonte, 
poderão ser deduzidas do rendimento bruto:  
a)  Dependente: R$ ________;  
b)  Desconto do INSS da folha  
c)  Faltas e atrasos;  
d)  Pensão Alimentícia; 
  
PRAZO DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO DE RENDA  
 Rendimentos  do  Trabalho:  até  o  dia  10  do  mês  subseqüente  ao  mês  de  ocorrência  aos 
fatos geradores. Base legal: artigo 70, inciso I, alínea "d", da Lei 11.196/2005. 
 
HORAS EXTRAS  
Definição:  é  todo  período  de  trabalhado  excedente  à  jornada  contratualmente  acordada. 
Podendo ocorrer antes do início, no intervalo do repouso e alimentação, após o período, dias que 
não  estão  no  contrato  (sábado,  domingo  ou  feriado).  Não  se  faz  necessário  o  exercício  do 
trabalho, mas estar à disposição do empregador ou de prontidão, configura‐se a hora extra. 
Para que existam as horas extras, o legislador  dimensionou o período mínimo de trabalho, 
entende‐se  como  mínimo  para  configurar  as  horas  extras:  –  CLT  art.  58  §  1º  “Não  serão 
descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de 
ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.”  
Fundamento Legal: Constituição Federal de 1988 consagrou as horas extras quando dispôs 
no inciso XVI art.7º “remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por 
cento  à  do  normal”  Dessa  forma,  permitiu‐se  ao  empregado  realizar  horas  extras,  mediante  o 
pagamento de 50% a mais do valor da hora normal nos dias úteis. 
Já  tínhamos  previsão  legal  no  art.  59º  da  CLT  “A  duração  normal  do  trabalho  poderá  ser 
acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito 
entre  empregador  e  empregado,  ou  mediante  contrato  coletivo  de  trabalho”.   A  execução  das 
horas extras está vinculada à autorização previamente acordada. Este acordo pode se dar entre 
as partes – empregador e empregado – ou ainda estar previsto no acordo ou convenção coletiva 
da  categoria  a  qual  o  empregado  pertence.  É  prudente,  quando  da  assinatura  do  contrato  de 
trabalho, firmar o referido termo de prorrogação de horas o qual define a forma e valor das horas 
extras,  dando  ciência  explícita  ao  empregado  dos  detalhes.  Este  termo  é  um  formulário  emitido 
por uma programa de gestão de pessoas ou adquirido numa papelaria, devendo conter os dados 
do empregador, do empregado e as informações do valor e adicional das horas extras. A emissão 
do termo deve ser realizada por empregado e não de forma coletiva.  
Além da Constituição Federal e a Lei Ordinária – CLT, as horas extras também são previstas 
por  outros  instrumentos  legais.  Podemos  lembrar  que  são  comum  os  acordos  ou  convenções 
coletivas  tratarem  das  horas  extras,  bem  como  definirem  percentuais  superiores  à  Constituição 
Federal, por exemplo, 60% , 70%, 80%, entre outros. 
Importante! Nenhum empregado é obrigado a exercer horas extras, sendo nulo o contrato 
que estipular tal obrigação. Exceção é a necessidade imperiosa do empregador fundamentada no 
art. 61 da CLT.  
Art. 61 ‐ Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite 
legal  ou  convencionado,  seja  para  fazer  face  a  motivo  de  força  maior,  seja  para  atender  à 
realização  ou  conclusão  de  serviços  inadiáveis  ou  cuja  inexecução  possa  acarretar  prejuízo 
manifesto. 
§ 1º ‐ O excesso, nos casos deste Art., poderá ser exigido independentemente de acordo ou 
contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em 
matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo 
dessa comunicação. 
§ 2º ‐ Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora 
excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste Art., a 
remuneração  será,  pelo  menos,  25%  (vinte  e  cinco  por  cento)  superior  à  da  hora  normal,  e  o 
trabalho  não  poderá  exceder  de  12  (doze)  horas,  desde  que  a  lei  não  fixe  expressamente  outro 
limite. 
 
§  3º  ‐  Sempre  que  ocorrer  interrupção  do  trabalho,  resultante  de  causas  acidentais,  ou  de  força 
maior,  que  determinem  a  impossibilidade  de  sua  realização,  a  duração  do  trabalho  poderá  ser 
prorrogada  pelo  tempo  necessário  até  o  máximo  de  2  (duas)  horas,  durante  o  número  de  dias 
indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, 
em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia 
autorização da autoridade competente. 
 
Horas Extras no Período Noturno 
Hora  Normal  Noturna:  A  CLT  preceitua  no  art.  73  §  2º  que  o  horário  noturno  é  aquele 
praticado entre as 22: 00 horas e 05: 00 horas, caracterizando assim para o trabalhador urbano, já 
em outra relação de trabalho, exemplo rural ou advogado, este horário sofre alteração, porém a 
legislação, entendendo haver um desgaste maior do organismo humano, criou algumas variantes 
em relação à hora diurna.   
A exemplo dessas variantes, surge o seguinte quadro: 
 
PERÍODO   TEMPO   REDUÇÃO   TEMPO EFETIVO  
Das 22:00 às 23:00 horas 1:00 h  7 minutos e 30 segundos 52,30 minutos e segundos 
Das 23:00 às 24:00 horas 1:00 h  7 minutos e 30 segundos 52,30 minutos e segundos 
Das 24:00 às 01:00 horas 1:00 h  7 minutos e 30 segundos 52,30 minutos e segundos 
Das 01:00 às 02:00 horas 1:00 h  7 minutos e 30 segundos 52,30 minutos e segundos 
Das 02:00 às 03:00 horas 1:00 h  7 minutos e 30 segundos 52,30 minutos e segundos 
Das 03:00 às 04:00 horas 1:00 h  7 minutos e 30 segundos 52,30 minutos e segundos 
Das 04:00 às 05:00 horas 1:00 h  7 minutos e 30 segundos 52,30 minutos e segundos 
Total  7:00 h  52,30 minutos e segundos  
 
Dessa forma a legislação definiu que às 7 (sete) horas noturnas trabalhadas equivalem a 8 
(horas).  Nesse  caso  um  trabalhador  só  pode  ter  mais  1  (uma)  hora  acrescida  à  sua  jornada, 
visando o período para descanso ou refeição.   
O empregado trabalha 7 (sete) horas, mas recebe 8 (oito) horas para todos os fins legais. Foi 
uma  forma  encontrada  pelo  legislador  para  repor  o  desgaste  biológico  que  enfrenta  quem 
trabalha à noite, sendo considerada um período penoso de trabalho. 
Exemplo 1: se o empregado trabalha 7 horas (/) 52,50 minutos (x) 60 minutos (=) 8 horas 
Exemplo 2: se o empregado trabalho 4 horas (/) 52,50 minutos (x) 60 minutos (=) 4 horas e 
34 minutos 
Obs.:  O  divisor  52,50  é  uma  transformação  do  período  de  52  minutos  e  30  segundos.  Isso 
porque  é  necessário  usar  o  quociente  ",50"  para  utilização  no  sistema  de  cálculo,  pois  o  relógio 
marca 60 e a calculadora 100, então é feito uma transformação; onde 60 (=) 100 ou 30 (=) 50. 
Hora  Extra  Noturna:  Nossa  questão  é  analisar  como  devemos  calcular,  interpretar  e 
administrar  as  três  situações  que  podem  configurar  a  existência  das  horas  extras  no  período 
noturno, em razão das necessidades do empregador: 
a)  aquela  que  inicia  antes,  mas  é  concluída  no  período  noturno.  Exemplo:  empregado 
trabalha das 14h00 às 20h00 contratualmente, mas estende seu horário até às 23h00 
b) aquela que se estende após o período noturno. Exemplo: empregado trabalha das 21h00 
às 05h00 contratualmente, mas estende seu horário até ás 07h00 
c)  aquela  que  ocorre  na  duração  do  período  noturno.  Exemplo:  empregado  trabalha  das 
19h00 às 23h00 contratualmente, mas estende seu horário até às 02h00. 
Cálculo: Para calcular o período noturno, o empregador deve verificar a quantidade de horas 
realizadas a mais do período contratual. 
 
As situações acima citadas podem ser assim explicadas: 
Primeira:  
 I) O empregado trabalhou das 20h00 às 23h00 a mais do período contratual, perfazendo 3 horas 
extras; 
II) 2 horas foram antes do período noturno; 1 hora foi dentro do período noturno;  
III) As duas 2 horas seguem o sistema de cálculo simples das horas extras; 
IV) Essa 1 hora extra noturna deve ser transformada: 1 h (/) 52,5 (x) 60 = 1,1428 horas; ou seja a 
noite o empregado tem uma extensão das horas, conforme quadro acima;  
V)  Se considerarmos salário base de R$ 900,00, jornada mensal de 220 horas, o resultado será de 
R$ 4,09 (R$ 900,00 / 220 h);  
VI)  o  valor  da  hora  normal  R$  4,09  deve  ser  acrescido  do  adicional  noturno,  no  nosso  exercício 
20% (=) R$ 4,91 (R$ 4,09 +20%);  
VII) após apurarmos o valor de 1 hora noturna, devemos ainda aplicar o adicional das horas extras, 
no nosso exercício 50% (=) R$ 7,36 (R$ 4,91 + 50%);  
VIII)  Ufa!  agora  vamos  finalizar:  R$  7,36  é  o  valor  da  hora  extra  noturna  e  multiplicamos  pela 
quantidade  de  horas  extras  noturna  transformada,  no  nosso  exercício  1,1428  horas;  então,  R$ 
7,36 (x) 1,1428 horas extras (=) R$ 8,41. 
  
Segunda: Esta situação requer anotações doutrinárias para o seu entendimento, pois muito 
se questionou o período extensivo  ao período  noturno; ou seja, as horas extras feitas após às  5 
horas que terminaria o período noturno. A doutrina e os tribunais entenderam que o empregado 
ao exercer sua jornada de trabalho noturna e der continuidade na jornada extra após às 5 horas, 
deverá receber o mesmo tratamento das vantagens de cálculo das horas extras noturnas. Logo, 
a empresa deve usar o mesmo sistema de cálculo que usaria para as horas extras noturnas, como 
é  o  caso  do  exercício  acima.  Então,  o  raciocínio  de  cálculo  não  muda,  pois  a  justiça  assim 
consagrou no enunciado 64.      
 
Terceira:  As  horas  extras  executadas  na  duração  do  período  noturno  devem  assim  ser 
calculadas:  
          I) A 1 hora extra noturna deve ser transformada: 1 h (/) 52,5 (x) 60 = 1,1428 horas; ou seja a 
noite o empregado tem uma extensão das horas, conforme quadro acima;  
         II) Se considerarmos salário base de R$ 900,00, jornada mensal de 220 horas, o resultado será 
de R$ 4,09 ( R$ 900,00 / 220 h);  
          III)  O  valor  da  hora  normal  R$  4,09  deve  ser  acrescido  do  adicional  noturno,  no  nosso 
exercício 20% (=) R$ 4,91 (R$ 4,09 +20%);  
         IV) Após apurarmos o valor de 1 hora noturna, devemos ainda aplicar o adicional das horas 
extras, no nosso exercício 50% (=) R$ 7,36 (R$ 4,91 + 50%);  
         V) Ufa! Agora vamos finalizar: R$ 7,36 é o valor da hora extra noturno e multiplicamos pela 
quantidade de horas extras noturna transformada, no nosso exercício 3,43 horas (1,1428 horas X 
3 horas); então, R$ 7,36 (x) 3,43 horas extras (=) R$ 25,24. 
   
 FORMA DE CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS  
Para  cumprir  as  determinações  legais  das  horas  extras,  é  necessário  que  o  empregador 
efetue  o  cálculo  corretamente  e  inclua  no  pagamento  das  verbas  trabalhistas  na  data  de  cada 
evento (folha de pagamento, férias, décimo terceiro, rescisão, etc). Dessa forma, devemos admitir 
que o cálculo correto é a forma segura de cumprirmos a lei. 
As  horas  extras  devem  ser  calculadas  na  proporção  de  horas,  sempre  mediante  média 
aritmética. É imprescindível que se encontre o valor por hora do empregado, utilizando o salário 
base mensal, quinzenal ou semanal, conforme contrato de trabalho, e não por dia. 
Executar  a  média  aritmética  é  o  mesmo  que  considerar  um  período  e  dividir  a  soma  pela 
unidade do período, conforme veremos abaixo. 
 
 
Vejamos: 
Mensal 
Salário  de  R$  600,00  por  mês  –  jornada  mensal  de  trabalho  de  220  horas  –  adicional  de 
horas extras 50% ‐ quantidade de horas extras feitas 5 horas. 
 
R$ 600,00 / 220 = R$ 2,73 + 50% (R$ 2,73 x 50% = 1,36). Então, R$ 2,73 + R$ 1,36 = R$ 4,09 
(esse cálculo representa o valor de 1 hora extra); 
Considerando 5 horas extras: R$ 4,09 x 5 horas = R$ 20,45 (valor total das horas extras); 
 
 Quinzenal   
Salário de R$ 400,00 por quinzena – jornada quinzenal de trabalho de 110 horas – adicional 
de horas extras 50% ‐ quantidade de horas extras feitas 4 horas. 
 
R$ 400,00 / 110 = R$ 3,64 + 50% (R$ 3,64 x 50% = 1,82). Então, R$ 3,64 + R$ 1,82 = R$ 5,46 
(esse cálculo representa o valor de 1 hora extra); 
Considerando 4 horas extras: R$ 5,46 x 4 horas = R$ 21,84 (valor total das horas extras); 
 
Semanal  
Salário de R$ 200,00 por semana – jornada semanal de trabalho de 40 horas – adicional de 
horas extras 50% ‐ quantidade de horas extras feitas 6 horas. 
 
R$ 200,00 / 40 = R$ 5,00 + 50% (R$ 5,00 x 50% = 2,50). Então, R$ 5,00 + R$ 2,50 = R$ 7,50 
(esse cálculo representa o valor de 1 hora extra); 
Considerando 6 horas extras: R$ 7,50 x 6 horas = R$ 45,00 (valor total das horas extras); 
 
Diário  
Salário  de  R$  50,00  por  dia  –  jornada  diária  de  trabalho  de  6  horas  –  adicional  de  horas 
extras 50% ‐ quantidade de horas extras feitas 2 horas. 
 
R$ 50,00 / 6 = R$ 8,33 + 50% (R$ 8,33 x 50% = 4,16). Então, R$ 8,33 + R$ 4,16 = R$ 12,49 
(esse cálculo representa o valor de 1 hora extra); 
Considerando 2 horas extras: R$ 12,49 x 2 horas = R$ 24,98 (valor total das horas extras); 
 
Importante! 
1º Deve‐se considerar sempre a jornada contratual, por mês, quinzenal, semana, diária ou 
horária. 
2º Todas as horas extras acompanham o cálculo do descanso semanal remunerado. 
Existe uma situação muito especial, que se instala quando o empregado trabalha no dia de 
feriado civil ou religioso – Lei 605/49 art. 9º “as atividades em que não for possível, em  virtude das 
exigências técnicas das empresas, a suspensão  do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a  
remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador  determinar outro dia de folga.” Assim, 
as  horas  extras  nesses  dias  ou  dia  de  descanso  (Súmula  461  do  TSF)  devem  ser  calculadas  com 
100% a mais das horas comuns. 
As  horas  extras  são  apuradas  minuto  a  minuto,  desde  que  exceda  à  tolerância  de  5  a  10 
minutos, nos termos da lei. Para transformarmos os minutos das horas extras em fração decimal 
para  serem  calculados,  devemos  considerar  a  tradicional  regra  de  três  da  matemática,  onde  25 
minutos estão para 60 minutos, logo “x” minutos estão para 100 inteiros,  
 
 
Vejamos:  

25 ------------- 60
X -------------- 100
X * 60 = 100 * 25
X = (100 * 25) / 60  X = 41,66 minutos
 
 Ou 
 
Simplificadamente podemos admitir a divisão direta; ou seja, 25 minutos inteiros, divididos 
por 60 minutos inteiros = 0,4166 minutos, devendo ser somados as horas inteiras. Se tivermos 6 
horas extras, basta somar aos 0,4166 minutos e teremos 6,42 horas extras. Assim, basta utilizar na 
forma do cálculo exposto acima. 
 
DOMINGOS E FERIADOS 
O empregado é contratado para trabalhar no período comum ‐ segunda‐feira a sexta‐feira ‐ 
porém  por  necessidades  especiais  o  empregador  convoca‐o  a  trabalhar  no  domingo  ou  feriado. 
Em razão do fato o empregado passa a ter direito a um adicional especial de 100% sobre o valor 
da hora comum, visando compensar e inibir a prática de horas extras nesses dias. A justiça tem 
assim se manifestado: 
EMENTA:  DOMINGOS  E  FERIADOS  TRABALHADOS  ‐  ADICIONAL  DE  100%  SOBRE  AS  HORAS 
TRABALHADAS ‐ REFLEXOS NOS DSR'S E FERIADOS FOLGADOS. Com efeito, havendo habitualidade, 
passam a integrar o valor do salário dia, e, conseqüentemente, devem refletir‐se sobre a paga dos 
descansos  e  feriados  não  trabalhados,  cuja  base  de  cálculo  é  justamente  o  valor  de  um  dia  de 
remuneração. 
Se  o  empregado  é  contratado  para  trabalhar  em  escala  de  revezamento;  ou  seja,  o  seu 
horário pode recair em dia útil ou domingo e feriado, e a sua folga pode ser durante a semana útil, 
não  tem  direito  a  receber  o  adicional  de  100%,  apenas  o  adicional  de  50%,  é  o  que  tem 
preconizado a justiça. 
EMENTA:  HORAS  EXTRAS  ‐  TRABALHO  AOS  DOMINGOS  ‐  FOLGA  SEMANAL  ‐ 
INADIMISSIBILIDADE ‐ Não há determinação legal de que a folga semanal ocorra aos domingos. Se 
laborava  o  autor  nesses  dias,  com  repouso  durante  a  semana,  as  horas  extras  devem  ser 
remuneradas de forma simples, não em dobro. 
O Tribunal Superior do Trabalho sumulou a previsão dessa situação, dando formato legal da 
interpretação. 
Súmula  Nº  146  TRABALHO  EM  DOMINGOS  E  FERIADOS,  NÃO  COMPENSADO‐  O  trabalho 
prestado  em  domingos  e  feriados,  não  compensado,  deve  ser  pago  em  dobro,  sem  prejuízo  da 
remuneração relativa ao repouso semanal. 
Exemplo: salário de R$ 600,00 por mês – jornada mensal de 220 horas – adicional de horas 
extras 100% ‐ quantidade de horas extras realizadas 5 horas: 
R$ 600,00 / 220 = R$ 2,73 + 100% (R$ 2,73 x 100% = 2,73). Então, R$ 2,73 + R$ 2,73 = R$ 5,46 
(esse cálculo representa o valor de 1 hora extra); 
Considerando 5 horas extras: R$ 5,46 x 5 horas = R$ 2730 (valor total das horas extras); 
Importante!  Todas  as  horas  extras  acompanham  o  cálculo  do  descanso  semanal 
remunerado. 
 
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO – DSR ou REPOUSO SEMANAL REMUNERADO – RSR 
O Descanso Semanal Remunerado tem sua previsão legal sustentada no art. 1º a Lei 605/49 
"Todo  empregado  tem  direito  ao  repouso  semanal  remunerado  de  vinte  e  quatro  horas 
consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, 
nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local".   
No inciso XV da CF/88 "repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos".  
Na CLT Art.  67 ‐ "Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e 
quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa 
do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte".    
Súmula TST Nº 172 REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CÁLCULO ‐ Computam‐se no 
cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas. 
Quando então o DSR entra no conceito de horas extras? 
As  horas  extras  estendem,  prolongam,  aumentam  a  jornada  de  trabalho,  e  por 
conseqüência, reflete no pagamento no dia do descanso, que normalmente recai num domingo e 
feriado.  Quando  uma  empresa  concede,  além  do  domingo,  o  sábado  para  descanso,  tal  dia  não 
está  contemplado  pela  lei  para  descontos,  podendo  ser  interpretado  como  licença  remunerada, 
pois é uma faculdade da empresa.  
Quando um empregado ganha, por exemplo, um salário de R$ 900,00 e trabalha 220 horas 
por mês, ele recebe o descanso incluso neste valor, sendo que 26 dias são os dias úteis e 04 dias 
os domingos. 
Se o empregado, por exemplo, trabalha 10 horas a mais da sua jornada como horas extras, 
logo  ele  trabalhará  230  horas  no  mês,  e  deve  receber  esse  excedente  também  no  domingo  e 
feriado. 
Como calcular o DSR sobre as horas extras? 
Devemos  entender  que  um  empregado  que  cumpre  sua  jornada  de  trabalho  na  semana  e 
lhe é garantido um dia de descanso, urge então analisar o que acontece quando ele trabalha mais 
do que seu contrato estipula. Por exemplo: horário contratual – das 8h00 às 17h00 de Segunda‐
feira  a  Sexta‐feira,  com  intervalo  de  1  hora  e  descanso  semanal  garantido  aos  Domingos.  Se, 
durante a semana o empregado exerceu horas extras, qual o reflexo desse excedente no descanso 
semanal remunerado? 
Do  exposto,  vemos  que  não  estão  inclusas  as  horas  extras  no  dia  de  descanso,  mas  a 
legislação determina que seja calculado esse reflexo. Dessa forma podemos admitir os seguintes 
cálculos consagrados:  
Exemplo1: 
I)  Salário de R$ 900,00 por mês, jornada mensal 220 horas (=) R$ 4,09 por hora (+) 50% de 
adicional de horas extras (=) R$ 6,13 por hora; 
II) Empregado fez 10 horas extras = R$ 61,30 ( R$ 6,13 x 10); 
III) R$ 61,30 / 26 x 4 = R$ 9,43 é o reflexo no DSR  (26 representa os dias úteis do mês ) ; (4 
representa os domingos do mês). O raciocínio pode ser entendido como 30 dias do mês – não 
considerar o dia 31 – diminuir os domingos e feriados, o saldo é dia útil. 
Exemplo 2:   
I) Resultado de 15 horas extras calculadas no mês – R$ 91,95 (R$ 6,13 X 15); 
II) R$ 91,95 / 25 x 5 = R$ 18,39 é o reflexo no DSR  (25 representa os dias úteis do mês)               
(5 representa os domingos e feriados do mês). O raciocínio pode ser entendido como 30 dias do 
mês – não considerar o dia 31 – diminuir os domingos e feriados, o saldo é dia útil. 
  Dessa forma temos o excedente de trabalho no mês devidamente complementado pelo 
reflexo no cálculo de DSR.  
Importante!  O  empregado  que  trabalha  por  mês  ou  quinzena  tem  garantido  o  valor  do 
descanso incluso em seu salário – Lei 605/49 art. 7º § 2º “Consideram‐se já remunerados os dias 
de repouso semanal do empregado mensalista ou quinzenalista cujo cálculo de salário mensal ou 
quinzenal, ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do número de dias do mês ou de 
30 (trinta) e 15 (quinze) diárias, respectivamente”. 
EXTINÇÃO DAS HORAS EXTRAS 
O empregado, ao prestar serviços suplementares e contínuos, como base nas horas extras, 
passa a receber continuamente em seu contracheque valores superiores ao ganho mensal. Esses 
valores  passam  a  integrar  sua  vida  social,  e  que  por  vezes  podem  mudar  seu  padrão  de  vida 
pessoal e familiar. 
Em  razão  desse  suposto  direito  adquirido  de  ganho  superior,  os  tribunais  admitiram  uma 
forma de compensar a possibilidade do empregador suprimir as horas extras. 
291 ‐ HORAS EXTRAS ‐ (Revisão do Enunciado 76) ‐ A supressão, pelo empregador, do serviço 
suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura ao empregado o 
direito à indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas para cada ano ou 
fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo 
observará  a  média  das  horas  suplementares  efetivamente  trabalhadas  nos  últimos  12  meses, 
multiplicada pelo valor da hora extra do dia da Supressão. (RA 1/89 ‐ DJU 14.4.89).  
 
Últimos 12 meses  Horas Extras no mês 
Junho/2011  2  
Julho/2011  2  
Agosto/2011   2  
Setembro/2011   2  
Outubro/2011   2  
Novembro/2011   2  
Dezembro/2011   2  
Janeiro/2012  2  
Fevereiro/2012   2  
Março/2012  2  
Abril/2012  2  
Maio/2012   2  
Total   24 horas  
Média   24 horas / 12 meses = 2 horas extras 
 
Assim, considerando o exemplo pela tabela acima, podemos admitir:  
 
R$  500,00  de  salário  no  mês  de  maio  de  2012  –  jornada  mensal  de  220  horas  =  (500,00  / 
220h  =  R$  2,27  +  50%  =  R$  3,41  x  2h  =  R$  6,82)  o  valor  encontrado  de  R$  6,82  deverá  ser 
indenizado para cada ano. Se o empregado constar com 3 anos e 7 meses, será indenizado com o 
valor de R$ 27,28 (R$ 6,82 x 4 anos completos). 
HORAS EXTRAS NAS FÉRIAS 
Art.  142  da  CLT  "O  empregado  perceberá,  durante  as  férias,  a  remuneração  que  lhe  for 
devida na data da sua concessão".  
§  1"Quando  o  salário  for  pago  por  hora  com  jornadas  variáveis,  apurar‐se‐á  a  média  do 
período aquisitivo, aplicando‐se o valor do salário na data da concessão das férias".  
§  5“Os  adicionais  por  trabalho  extraordinário,  noturno,  insalubre  ou  perigoso  serão 
computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias”. 
As  horas  extras  realizadas  de  forma  habitual  pelo  empregado  constituem  base  de  cálculo 
para compor a remuneração das férias. 
O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, 
observará o número de horas efetivamente prestadas e a ele aplica‐se o valor do salário‐hora da 
época do pagamento daquelas verbas.  
Considerando que as férias são constituídas no período aquisitivo ‐ aquele que consagra os 
12 meses de efetivo trabalho ‐ para o cálculo do reflexo das horas extras nas férias é necessário 
apurar as horas realizadas nesse período, por exemplo: 
Admissão  01/10/07  –  Direito  às  férias  31/09/08;  ou  seja,  período  aquisitivo  01/10/07  a 
31/09/08. 
 
MÊS   Horas Extras no mês  
Outubro/2010   3  
Novembro/2010   5  
Dezembro/2010  6  
Janeiro/2011  7  
Fevereiro/2011   8  
Março/2011   5  
Abril/2011   2  
Maio/2011   3  
Junho/2011  4  
Julho/2011   5  
Agosto/2011   2  
Setembro/2011   2  
Total   52 horas  
Média   52 horas / 12 meses = 4,33 horas extras  
 
Após a apuração da média, devemos calcular o valor das horas extras com base no resultado 
encontrado, vejamos: 
Exemplo: R$ 700,00 de salário de setembro de 2008 – jornada mensal de 220 horas 
1º Passo: (700,00 / 220 h = R$ 3,18 + 50% = R$ 4,77 x 4,33 h e = R$ 20,65; 
2º Passo: Calcular o reflexo das horas extras do DSR = (R$ 20,65 / 26 dias úteis x 4 domingos 
= R$ 3,18); 
3º Passo: Somar os valores (R$ 20,65 + R$ 3,18 = R$ 23,83); 
4º  Passo:  O  valor  encontrado  de  R$  23,83  deverá  ser  somado  ao  salário,  para  compor  a 
remuneração que será usada no cálculo das férias, assim teremos: R$ 723,83 como base de cálculo 
das férias. 
 
HORAS EXTRAS NAS FÉRIAS PROPORCIONAIS EM RESCISÃO 
Numa rescisão contratual, pode ocorrer o pagamento das férias proporcionais, considerando 
que  as  mesmas  também  devem  seguir  a  linha  de  raciocínio,  conforme  exposto  acima.  Se 
admitirmos que um empregado tenha direito a 06/12 avos em rescisão contratual teremos: 
 
Férias Proporcionais   Horas Extras no mês  
Abril/2011  3  
Maio/2011   5  
Junho/2011   6  
Julho/2011  7  
Agosto/2011   8  
Setembro/2011   5  
Total   34 horas  
Média   34 horas / 6 meses = 5,67 horas extras  
 
Assim,  após  calcular  as horas  extras,  o  valor  deverá  ser  somado  ao  salário  base  de  cálculo 
das  férias  proporcionais  em  rescisão.    Lembrando  que  a  base  de  cálculo  total  será  submetida 
novamente à proporção dos 12 meses e posteriormente multiplicado pelos meses de direito. 
 
Exemplo: salário de R$ 700,00 + horas extras de R$ 27,06 + DSR de R$ 4,16 = R$ 731,22 / 12 
meses = R$ 60,93 * 06/12 avos de férias proporcionais = R$ 365,58. 
 
HORAS EXTRAS NA INDENIZAÇÃO 
Ocorrendo  o  pagamento  de  indenização  por  previsão  em  acordo  coletivo  ou  outra  forma 
permitida por lei, a composição do valor é baseada na remuneração. Assim como o aviso prévio, 
as  horas  extras  devem  integrar  a  base  de  cálculo  da  remuneração.  Os  valores  seguem  a  mesma 
forma de cálculo do aviso prévio; ou seja, média dos últimos 12 meses. 
 
Últimos 12 meses   Horas Extras no mês  
Junho/2011   2  
Julho/2011   2  
Agosto/2011   2  
Setembro/2011   2  
Outubro/2011   2  
Novembro/2011  2  
Dezembro/2011   2  
Janeiro/2012   2  
Fevereiro/2012   2  
Março/2012   2  
Abril/2012   2  
Maio/2012   2  
Total   24 horas  
Média   24 horas / 12 meses = 2 horas extras  
Do  exemplo  acima,  estamos  admitindo  uma  rescisão  contratual  que  tenha  ocorrido  em 
junho  de  2007.  Após  concluir  a  referida  apuração  a  composição  da  remuneração  segue  a  forma 
tradicional de cálculo, somando o resultado das horas extras ao salário base. 
 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 
Devemos inicialmente destacar, que as atividades nocivas à saúde (prejudiciais) não devem, 
em geral, serem condicionadas aos exercícios de horas prorrogadas, em razão do extenso prejuízo 
que o empregado pode sofrer em sua saúde. 
Porém, ocorrendo casos imperiosos, as autoridades competentes poderão autorizar – art. 60 
da CLT. 
Enunciado 47 TST. Hora Extra. Adicional de Insalubridade. Base de Cálculo. É o Resultado da 
Soma  do  Salário  Contratual  Mais  o  Adicional  de  Insalubridade,  Este  Calculado  Sobre  o  Salário 
Mínimo. 
Em  razão  da  possibilidade  em  haver  horas  extras,  os  tribunais  admitem  que  as  funções 
insalubres ou periculosas, sendo compensadas pelo adicional, os mesmos devem compor para se 
calcular as horas. 
Salário R$ 800,00 – adicional de insalubridade R$ 83,00 – base de cálculo R$ 883,00. 
Salário R$ 400,00 – adicional de insalubridade R$ 120,00 – base de cálculo R$ 520,00. 
 
HORAS EXTRAS NA INTRAJORNADA 
A justiça tem contemplado obrigação do empregador de pagar as horas extras no período de 
trabalho  da  intrajornada,  entendida  como  tal  aquela  executada  no  período  de  intervalo  para 
repouso e alimentação. 
  EMENTA: Intervalo intrajornada. Horas extras. Deve ser remunerado como extra o trabalho 
prestado em período destinado ao intervalo, repouso. O Enunciado 88 foi cancelado pelo Tribunal 
Superior do Trabalho (Resolução n. 42/1995), em função da alteração introduzida pela Lei n. 
8.923/94. Daí que a regra do art. 71, § 4º da CLT, também se aplica, por analogia, ao intervalo de 
que trata o art. 66. Porém, desde que já remuneradas as horas trabalhadas, cabe ao empregado 
apenas o acréscimo correspondente. 
Súmula  TST  Nº  307  INTERVALO  INTRAJORNADA  (PARA  REPOUSO  E  ALIMENTAÇÃO).NÃO 
CONCESSÃO  OU  CONCESSÃO  PARCIAL.  LEI  Nº  8.923/94.  DJ  11.08.03  Após  a  edição  da  Lei  nº 
8.923/94,  a  não‐concessão  total  ou  parcial  do  intervalo  intrajornada  mínimo,  para  repouso  e 
alimentação,  implica  o  pagamento  total  do  período  correspondente,  com  acréscimo  de,  no 
mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT). 
Exemplo: 
1º Empregado trabalha das 08h00 às 17h00, devendo ter o intervalo intrajornada de 1h00. 
2º assim, se o empregado trabalhou no período de intervalo (13h00 às 14h00 = 1 hora) total 
ou parcial, o empregador deverá remunerar como horas extras. 
 
HORAS EXTRAS NA INTERJORNADA 
Interjornada é o período de descanso devido ao empregado em razão do trabalho realizado 
entre um dia e o outro dia. 
CLT  Art.  66  ‐  Entre  2  (duas)  jornadas  de  trabalho  haverá  um  período  mínimo  de  11  (onze) 
horas consecutivas para descanso.  
Na  ocorrência  do  empregador  não  respeitar  este  período  de  descanso,  deverá  pagar  as 
horas não concedidas como horas extras. 
  EMENTA: INTERVALO INTERJORNADA. HORAS EXTRAS. NATUREZA JURÍDICA. A não 
concessão de intervalo interjornada gera como conseqüência o pagamento deste período como 
hora extraordinária, por analogia do disposto no artigo 71, parágrafo 4º da Consolidação das Leis 
do Trabalho, incluído pela Lei 8923/94, na Súmula 110 e OJ nº 307, ambas o C. Tribunal Superior 
do Trabalho. 
  EMENTA: Intervalo interjornada ‐ Inobservância do artigo 66 da CLT ‐ Horas extras ‐ A 
intenção do legislador em delimitar o período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso, 
entre 2 jornadas de trabalho, foi de proteger o empregado do desgaste de jornadas extensas e 
preservar suas condições biofisicopsicológicas. Se a lei não comina especificamente punição pelo 
descumprimento, o caráter social das normas trabalhistas devem fazê‐lo. Jurisprudência 
trabalhista inclina‐se no sentido de considerar extra o trabalho praticado em desrespeito aos 
limites do artigo 66 da CLT. 
Exemplo: 
1º Empregado trabalha das 8h00 às 17h00, devendo ter o intervalo interjornada de 11 horas 
de intervalo. 
2º Assim o empregado só poderia retornar ao trabalho após a 11h00 de repouso (17h00 às 
04h00 = 11 horas); 
3º  Se  o  empregado  retornar  às  02h00;  ou  seja,  2  horas  antes,  essas  2  horas  deverão  ser 
remuneradas como horas extras. 
 
LIMITE DIÁRIO DAS HORAS EXTRAS 
As  horas  extras  é  o  mal  necessário  para  o  empregador  e  para  o  empregado.  Ambos 
buscando atender a demanda do capitalismo "selvagem" que percorrem a economia mundial. O 
Estado procurou regular o limite dessa extensão, pois a prática irregular prejudicaria sobremaneira 
a saúde do trabalho trazendo desequilíbrio na economia.  
O  art.  59  da  CLT  ‐  “A  duração  normal  do  trabalho  poderá  ser  acrescida  de  horas 
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador 
e  empregado,  ou  mediante  contrato  coletivo  de  trabalho”  determinou  que  a  prorrogação  de 
jornada de trabalho não possa ser superior a 2 (duas) horas diárias. Isso porque a jornada normal 
máxima  é  8h00  diária  e  com  a  especial  (prorrogação  e  compensação)  de  até  10h00,  não  sendo 
permitido que a soma ultrapasse o limite máximo dessa jornada.   
O  empregado  deve  trabalhar  44h00  semanais  (segunda‐feira  a  sábado),  podendo  esse 
período  ser  divido  por  5  (cinco)  dias  na  semana  (segunda‐feira  a  sexta‐feira),  deixando  o 
empregado de trabalhar no sábado, caracterizando a compensação.  
Exemplo:  O  empregado  trabalha  das  8h00  às  18h00  de  segunda‐feira  a  quinta‐feira  e  das 
8h00  às  17h00  na  sexta‐feira,  com  1h00  de  intervalo  para  repouso  e  alimentação.  Totalizando 
44h00  semanais.  Considerando  o  seu  horário  contratual  ‐  8h00  às  18h00  ‐  que  representa  9h00 
por dia, só resta a diferença de 1h00 para o total de 10h00 do limite diário. Nesse caso, então, o 
empregado só pode fazer 1h00 hora extra por dia.  
Temos  noção  clara  de  que  a  maioria  das  empresas  não  pratica  esse  limite  de  2h00  horas 
extras por dia sem a compensação, o que permite aos auditores fiscais do trabalho aplicar multa 
administrativa pela inobservância da norma legal. Ao empregado é devido, consequentemente, as 
horas  extras  que  ultrapassarem  o  limite  legal,  caso  contrário  o  empregador  estaria  praticando 
enriquecimento ilícito por conta do labor extra sem pagamento.  
É  admissível  que  o  limite  de  2h00  diárias  de  prorrogação  seja  superior,  quando  o 
empregador,  mediante  situação  de  força  maior,  serviço  inadiável  ou  prejuízos  iminentes  ao 
empregador.  A  referida  exceção  não  é  exposta  de  forma  clara  na  lei  (CLT  art.  61),  devendo  ser 
utilizada  com  cautela  e  mantida  em  registro  o  fato  que  lhe  deu  causa,  evitando  assim  eventual 
multa por parte da fiscalização.  
Art. 61 ‐ Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite 
legal  ou  convencionado,  seja  para  fazer  face  a  motivo  de  força  maior,  seja  para  atender  à 
realização  ou  conclusão  de  serviços  inadiáveis  ou  cuja  inexecução  possa  acarretar  prejuízo 
manifesto.  
§ 1º ‐ O excesso, nos casos deste Art., poderá ser exigido independentemente de acordo ou 
contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em 
matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo 
dessa comunicação.  
§ 2º ‐ Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora 
excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste Art., a 
remuneração  será,  pelo  menos,  25%  (vinte  e  cinco  por  cento)  superior  à  da  hora  normal,  e  o 
trabalho  não  poderá  exceder  de  12  (doze)  horas,  desde  que  a  lei  não  fixe  expressamente  outro 
limite.  
§  3º  ‐  Sempre  que  ocorrer  interrupção  do  trabalho,  resultante  de  causas  acidentais,  ou  de 
força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá 
ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias 
indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, 
em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia 
autorização da autoridade competente. 
É  importante  ressaltar,  que  as  horas  extras  devem  ser  praticadas  no  limite  permitido. 
Ocorrendo  exceção  na  extrapolação  do  limite,  o  empregado  não  se  beneficia,  além  do 
recebimento das horas extras, mas a empresa fica fragilizada numa fiscalização, que poderá autuar 
com multa administrativa. Esse limite independe da quantidade original de horas do empregado, 
por  exemplo,  um  médico  que  seja  contratado  para  trabalhar  4  horas  só  pode  exercer  2  (duas) 
horas a mais do seu contrato, e não hipoteticamente até 10h00 de trabalho. 
Importante! Ao menor é vedada a prática de hora extra, salvo em condição excepcional de 
empregador. 
 
HORAS DE SOBREAVISO OU PRONTIDÃO 
As  horas  de  sobreaviso  caracterizam  as  horas  extras  quando  o  empregado  priva  sua 
liberdade  de  locomoção  para  ficar  à  disposição  do  empregador.  Observa‐se  que não  há  menção 
para  o  exercício  obrigatório  da  função,  mas  simplesmente  o  fato  do  empregado  estar  de 
prontidão, após o horário contratualmente acordado. 
  Horas Extras ‐ Regime de Sobreaviso ‐ O regime de remuneração de horas de "sobreaviso" 
previsto para os ferroviários na CLT (art. 244, § 2º) só pode ser estentido a outras categorias, por 
analogia, se o empregado "permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o 
chamado  para  o  serviço",  como  exigido  na  norma  específica.  A  utilização  do  "BIP"  pelo 
empregado,  por  si  só,  não  permite  seja  considerado  em  regime  de  "sobreaviso".  (TST  ‐  E‐RR 
106.196/94.1 ‐ Ac. SBDI1 144/96 ‐ Rel. Min. Manoel Mendes de Freitas ‐ DJU 23.08.1996) 
HORAS  DE  SOBREAVISO  ‐  USO  DO  BIP  E  CELULAR  ‐  A  princípio  o  uso  do  BIP  ou  do  celular  não 
caracteriza  o  sobreaviso.  Entretanto,  comprovado  nos  autos  o  regular  pagamento  das  horas  de 
sobreaviso  quando  da  utilização  desses  aparelhos,  tal  procedimento  constitui  condição  mais 
favorável  que  adere  ao  contrato  de  trabalho  do  empregado,  sendo  indevida  a  sua  supressão  se 
não houve alteração nas condições de trabalho. (TRT 3ª R ‐ RO‐14340/01 ‐ 5ª T ‐ Rel. Juiz Ronan 
Neves Koury ‐ DJMG 9.02.2002).  
 
SERVIÇO EXTERNO 
Muito  se  tem  discutido  quanto  aos  serviços  externos  contemplarem  as  horas  extras,  em 
razão da marcação de ponto que não se efetiva pelo empregado. E ainda, em razão das funções 
exercidas. 
Devemos admitir que todas as funções externas, que sofrem qualquer forma de controle por 
parte do empregador, têm na verdade a qualidade de se enquadrar nos termos das horas extras. 
Razão que alguns tribunais têm consagrado o direito dessas funções de receberem as horas extras. 
  HORAS EXTRAS ‐ TRABALHO EXTERNO ‐ O fato de o trabalhador prestar serviços externos 
por  si  só  não  lhe  inclui  na  exceção  do  art.  62,  I,  da  CLT,  pois  o  texto  legal  excluiu  do  limite  de 
jornada apenas os trabalhadores cuja jornada de trabalho, pelas suas características, não possa ser 
quantificada.  Trabalhando  externamente,  mas  tendo  como  o  empregador  saber  se  em  dado 
tempo  determinado  o  trabalhador  está,  ou  não,  à  sua  disposição,  deve‐se  respeitar  o  limite 
máximo da jornada, sob pena de constituir‐se a superexploração do trabalho humano. (TRT 15ª R ‐ 
Proc. 40606/00 ‐ Ac. 14702/01 ‐ 3ª T ‐ Rel. Juiz Jorge Luiz Souto Maior ‐ DOESP 19.04.2001) 
SERVIÇOS  EXTERNOS  ‐  HORAS  EXTRAS  ‐  Havendo  controle  dos  horários  praticados  pelo 
empregado,  embora  os  serviços  sejam  externos,  pela  sua  própria  natureza,  não  se  justifica  o 
enquadramento  na  exceção  prevista  pelo  art.  62  da  CLT,  sob  pena  de  afronta  à  carta 
constitucional, que assegura a todos limite diário e semanal da jornada de trabalho ‐ art. 7º, inciso 
XIII.  
Independente da função exercida, e das exceções tratadas no art. 62 da CLT, o controle de 
horário  (papeleta,  telefone,  visto  do  cliente,  memorando,  etc.)  fundamenta  o  pagamento  das 
horas extras. 
Art. 62 ‐ Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I ‐ os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de 
trabalho,  devendo  tal  condição  ser  anotada  na  Carteira  de  Trabalho  e  Previdência  Social  e  no 
registro de empregados; 
II  ‐  os  gerentes,  assim  considerados  os  exercentes  de  cargos  de  gestão,  aos  quais  se 
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. 
** caput com redação determinada pela Lei n° 8966, de 27 de dezembro de 1994. 
Parágrafo  único  ‐  O  regime  previsto  neste  capítulo  será  aplicável  aos  empregados 
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a 
gratificação  de  função,  se  houver,  for  inferior  ao  valor  do  respectivo  salário  efetivo  acrescido  de 
40% (quarenta por cento). 
 
HORAS EXTRAS NO TURNO DE REVEZAMENTO 
Hora Turno ou Revezamento: Constituição Federal art. 7 inciso XIV e Instrução Normativa nº 
64/2006 do MTE: quando o empregador tem sua atividade econômica estabelecida na forma de 
turnos,  ou  seja,  a  empresa  tem  serviço  manhã,  tarde  e  noite  e  empregados  trabalhando  nesses 
períodos em sistema de rodízio, é atribuído a essa forma de trabalho a chamada hora por turno. 
Independe  do  tipo  da  atividade  da  empresa  ou  da  função  do  empregado,  se  este  pode  ter  seu 
turno alterado, um dia trabalha pela manhã, noutro à tarde e outro à noite ele fatalmente cumpre 
duração de turno e logo tem limite diário de 6 horas.    
O empregador que adotar sistema fixo de turno e não de revezamento, não estará vinculado 
ao  turno  de  6  (seis)  horas,  podendo  assim  utilizar  a  jornada  de  8  (oito)  horas.  Entende‐se  por 
sistema fixo aquele que o empregado não faz rodízio de trabalho entre manhã, tarde ou noite. 
Nota:  O  intervalo  na  duração  da  jornada  diária  (ex.  15  minutos)  ou  no  descanso  semanal 
(domingo ou feriado) não descaracteriza o turno ininterrupto. Lembrando que não é considerado 
tempo de trabalho o intervalo para refeição.    
Se  a  empresa  não  cumpre  o  intervalo  intrajornada  ou  interjornada,  as  horas  extras  são 
devidas pelo período que faltar para completar o intervalo devido. 
Exemplo:  
1º  Empregado  trabalha  das  8h00  às  14H00,  devendo  ter  o  intervalo  intrajornada  de  15 
minutos ou de 11 horas de intervalo. 
2º  Assim  o  empregado  só  poderia  retornar  ao  trabalho  após  a  1h00  (14h00  às  1h00  =  11 
horas). 
3º Se o empregado retornar às 22h00; ou seja, 3 horas antes, essas três horas deverão ser 
remuneradas como horas extras. 
 
HORAS EXTRAS NO AVISO PRÉVIO INDENIZADO 
O Aviso prévio integra os cálculos do empregado para todos os fins de direito art. 487 § 5o ‐ 
O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado.  
Quando o empregado, para rescisão contratual, recebe aviso prévio indenizado, em razão da 
composição da remuneração para calcular, as horas extras passam a integrar. A legislação admite 
uma forma de cálculo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Últimos 12 meses   Horas Extras no mês  
Junho/2011   2  
Julho/2011   2  
Agosto/2011   2  
Setembro/2011  2  
Outubro/2011  2  
Novembro/2011   2  
Dezembro/2011   2  
Janeiro/2012  2  
Fevereiro/2012  2  
Março/2012  2  
Abril/2012  2  
Maio/2012  2  
Total   24 horas  
Média   24 horas / 12 meses = 2 horas extras  
Do  exemplo  acima,  estamos  calculando  uma  rescisão  contratual  que  tenha  ocorrido  em 
junho de 2008. Após concluir a referida apuração da composição da remuneração segue a forma 
tradicional de cálculo, somando o resultado das horas extras ao salário base.   
 
FÉRIAS 
Os merecidos descansos também recebem sua dose de consequência quando o empregado 
abusa nas faltas. Por óbvio, o empregado que falta muito, deve descansar menos que aqueles que 
cumpriram  fielmente  suas  responsabilidades,  e  nesse  sentido  a  CLT  tomou  as  providências  para 
regularizar essa situação.    
Porém, as faltas abaixo mencionadas, devem estar no período aquisitivo das férias, naqueles 
12 meses no qual o empregado cumpriu o seu contrato para ter direito as férias.    
A CLT (art. 130) traz a tabela progressiva e orienta a quantidade de dias que o empregado 
deverá sair de férias, de acordo com a quantidade de faltas. Abaixo:  
 
QUANTIDADE DE  PERÍODO DE FÉRIAS A QUE TEM DIREITO 
FALTAS 
Até 5 faltas  30 (trinta) dias corridos 
De 6 a 14 faltas  24 (vinte e quatro) dias corridos 
De 15 a 23 faltas  18 (dezoito) dias corridos 
 
De 24 a 32 faltas  12 (doze) dias corridos 
Acima de 32 faltas perde o direito as férias. 
Nos  termos  do  art.  133,  incisos  II  e  IV,  da  CLT,  não  tem  direito  a  férias  o  empregado  que 
gozar  de  afastamento  a  título  de  acidente  de  trabalho  ou  de  auxílio‐doença  por  mais  de  seis 
meses, mesmo que de forma descontínua, perde o direito daquele período aquisitivo em que se 
registra a ausência 
Importante!  Um  fator  relativamente  comum  é  quando  a  empresa  deseja  compensar  ou 
deduzir as faltas nas férias. Por exemplo: o empregado falta 2 dias e a empresa quer dar apenas 28 
dias para compensar as faltas. Esse procedimento é proibido por lei (CLT art. 130 §1º), e a única 
forma  de  diminuir  é  utilizando  a  regra  da  CLT  conforme  tabela  acima.  Ocorre  que  até  5  dias  no 
período aquisitivo não há penalidade nas férias ao empregado.    
Essas faltas são as efetivamente descontadas em folha de pagamento, não aquelas abonadas 
ou justificadas.  
 
FÉRIAS COLETIVAS  
As  férias  coletivas  foram  criadas  para  atender  períodos  sazonais  pelos  quais  a  empresa 
esteja passando, podendo ser de ordem política, econômica ou social.  
Dessa forma, a empresa pode adotar as férias coletivas art. 139 
da CLT, podendo aplicar:  
a. A todos os empregados da empresa;  
b. A determinado estabelecimento da empresa;  
c. A setores ou departamentos da empresa.  
Critérios de Concessão  
a. Dois  períodos  anuais:  a  empresa  deve  observar  que  o 
fracionamento  anual  não  pode  ultrapassar  dois  períodos,  se 
concedeu 10 (dez) dias, as próximas deverão ser de 20 (vinte) dias.  
b. Vedado período inferior a 10 (dez) dias: mesmo nas férias coletivas, a empresa não pode 
firmar período inferior a 10 dias.    
c. Avisar a DRT e Sindicato com 15 (quinze) dias antes do período de gozo: caracterizado a 
necessidade ou intenção da empresa dar as férias coletivas, deve a mesma comunicar a Delegacia 
Regional do Trabalho e o Sindicato da Categoria, com 15 (quinze) dias de antecedência ao gozo.  
d. Informar a DRT e Sindicato o início e fim das férias; 
e. Comunicar a DRT e Sindicato qual a opção (empresa, estabelecimento ou setor) das férias 
coletivas;  
f. Fixação  no  quadro  de  aviso  da  empresa:  deverá  o  empregador  afixar  em  local  visível, 
também com 15 (quinze) dias de antecedência comunicado aos empregados.    
Importante!  O  adicional  de  1/3  das  férias  regulamentares,  também  é  acrescido  nas  férias 
coletivas.    
Havendo  salário  variável,  com  exceção  à  comissão  e  percentual,  será  apurado  dentro  do 
período aquisitivo.    
No  caso  da  comissão  e  percentual, serão  utilizados  os  12  (doze)  meses  anteriores  ao  gozo 
das férias.    
Sendo horas extras, já definiu a jurisprudência que será apurada a quantidade de horas no 
período aquisitivo.    
O  abono  pecuniário  nas  férias  coletivas  deve  ser  objeto  de  previsão  em  acordo  ou 
convenção coletiva.    
Os  membros  da  mesma  família  e  os  estudantes  menores  de  18  (dezoito)  anos  gozam  dos 
mesmos direitos das férias regulamentares.    
O menor de 18 (dezoito) e o maior de 50 (cinqüenta) anos não podem parcelar as férias; ou 
seja, as férias coletivas não alteram essa prerrogativa.    
Nos contratos de trabalho com tempo inferior a 12 (doze) meses, se utilizado todo período 
aquisitivo, começará a vigorar novo período.  
A CLT não é clara quanto ao início do novo período aquisitivo art. 140, porém considerando 
que  qualquer  período  remunerado  não  interrompe  o  contrato  de  trabalho  e  ainda  que  para 
apuração de direito seja contado até o dia anterior ao início das férias, não haveria motivo para 
iniciar após o retorno, assim é possível interpretar a favor do empregado que o novo início pode 
começar a partir da data da concessão.   
Exemplo: Admissão: 01/10/10  
Período Aquisitivo: 01/10/07 a 30/09/08  
Férias Coletivas: 01/07/08 a 15/07/08 (15dias):  
Direito: 09 (nove) meses = 22,5 dias (30 dias / 12 = 2,5 x 9 = 22,5 dias) 
Não muda período aquisitivo;  
Manterá  o  período  em  30/09/08,  devendo  o  saldo  de  15  (quinze)  ser  dado  no  período  de 
concessão.  
Nos contratos de trabalho com tempo inferior a 12 (doze) meses, se utilizado todo período 
aquisitivo, começará a vigorar novo período.  
Exemplo: Admissão: 01/10/2007  
Período Aquisitivo: 01/10/2007 a 19/12/2007 
Férias Coletivas: 20/12/2007 a 01/01/2008 – 13 dias  
Direito: 03/12 avos = 7,5 dias  
Novo período aquisitivo: 20/12/2007a 19/12/2008 
Nota: o período excedente a 7,5 dias pode ser interpretado como licença remunerada.    
Para fins de apuração das férias proporcionais, podemos considerar o seguinte quadro:  
Meses  Dias de Gozo 
01 ‐ meses  2,5 –  dias 
02 ‐ meses  5,0 –  dias 
03 – meses  7,5 –  dias 
04 – meses  10,0 – dias 
05 ‐ meses  12,5 – dias 
06 ‐ meses  15,0 – dias 
07 ‐ meses  17,5 – dias 
08 ‐ meses  20,0 – dias 
09 ‐ meses  22,5 – dias 
10 ‐ meses  25,0 – dias 
11 ‐ meses  27,5 – dias 
12 ‐ meses  30,0 – dias 
 
AUXÍLIO DOENÇA 
Art. 60. O auxílio‐doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia 
do  afastamento  da  atividade,  e,  no  caso  dos  demais  segurados,  a  contar  da  data  do  início  da 
incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99); 
§  1º  Quando  requerido  por  segurado  afastado  da  atividade  por  mais  de  30  (trinta)  dias,  o 
auxílio‐doença será devido a contar da data da entrada do requerimento; 
 §  3º  Durante  os  primeiros  quinze  dias  consecutivos  ao  do  afastamento  da  atividade  por 
motivo  de  doença,  incumbirá  à  empresa  pagar  ao  segurado  empregado  o  seu  salário  integral. 
(Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99);   
§ 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o 
exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no § 3º, somente devendo 
encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 
15 (quinze) dias. 
   Podemos verificar que a lei obriga a empresa a aceitar o atestado médico, porém não tem 
previsão de quando o empregado deve entregá‐lo.  É importante também consultar os termos da 
convenção coletiva do Sindicato e verificar as normas expostas nela, pois pode ocorrer de existir 
alguma previsão exclusiva da categoria.  
ESTABILIDADE: consultar a convenção ou acordo coletivo do sindicato. 
 
ACIDENTE DO TRABALHO  
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o 
segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial, 
no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a 
morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. 
Reconhecidos pela perícia médica do INSS, a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o 
trabalho e o agravo, serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito, 
caso contrário, não serão devidas as prestações. 
 
OBRIGAÇÕES DA EMPRESA – ENVIO DE CAT 
O  pagamento  pela  Previdência  Social  das  prestações  decorrentes  do  acidente  do  trabalho 
não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros. 
A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia 
útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob 
pena  de  multa  variável  entre  o  limite  mínimo  e  o  limite  máximo  do  salário  de  contribuição, 
sucessivamente  aumentada  nas  reincidências,  aplicada  e  cobrada  pela  Previdência  Social.  Desta 
comunicação receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que 
corresponda  a  sua  categoria.  Deverá  ser  comunicado  os  acidentes  ocorridos  com  o  segurado 
empregado (exceto o doméstico), o trabalhador avulso, o segurado especial.  
Na  falta  de  comunicação  por  parte  da  empresa,  podem  formalizá‐la  o  próprio  acidentado, 
seus  dependentes,  a  entidade  sindical  competente,  o  médico  que  o  assistiu  ou  qualquer 
autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo de apenas um dia útil. Nesta hipótese, 
a empresa permanecerá responsável pela falta de cumprimento da legislação. Caberá ao setor de 
benefícios do INSS comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a aplicação e cobrança da 
multa devida. 
Considera‐se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do 
início  da  incapacidade  laborativa  para  o  exercício  da  atividade  habitual  ou  o  dia  em  que  for 
realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. 
ESTABILIDADE:  o  segurado  que  sofreu  acidente  de  trabalho  tem  garantida,  pelo  prazo 
mínimo de 12 meses, após a cessação (retorno) do auxílio acidentário.  
Décimo Terceiro Salário 
O empregado só terá modificações no décimo terceiro salário se ele faltar mais de 15 dias 
num  mesmo  mês.  Considerando  que  o  empregado  recebe  1  avo  por  mês,  e  num  ano  pode 
totalizar  12  avos,  esse  1  avo  fica  prejudicado  quando  existirem  mais  de  15  dias  de  faltas. 
Lembrando que estamos tratando das faltas que efetivamente tenham sido descontadas na folha 
de pagamento, e não as ausências justificadas e os afastamentos legais.   Também não é somado 
às faltas o desconto do domingo ou feriado que o empregado perdeu pela falta na semana.    
Outra ocorrência é  o período de suspensão do contrato de trabalho por afastamento pelo 
INSS  (auxílio  doença  ou  acidente  de  trabalho), ficando    sob  a  responsabilidade  do  INSS  o 
pagamento após o 15º dia.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESCISÃO CONTRATUAL DE TRABALHO  
O término da relação contratual de trabalho pode ocorrer principalmente: 
EXTINÇÃO DIRETA 

 
 
EXTINÇÃO INDIRETA 

   
 

 
 
A  rescisão,  como  podemos  perceber,  é  precedida  da  relação  contratual.  Sua  terminologia 
serve para definir o término da relação. Encontramos nos estudos da relação contratual, tanto no 
trabalho, como nas demais. Outras terminologias que definem mais adequadamente a forma do 
fim do contrato: 
Resolução do Contrato: é uma forma que cabe à parte usar para por fim ao contrato por via 
judicial.  Podemos  entender  que  ocorre  quando  o  empregado  pede  na  justiça  o  fim  do  contrato, 
podendo ser utilizado o art. 483 da CLT. 
Resilição do Contrato: é a declaração de vontade de uma das partes, ou de ambas, para por 
fim  ao  contrato  de  forma  convencional.  Exemplo:  despedido  sem  justa  causa,  o  pedido  de 
demissão e o término do contrato por prazo determinado. 
Rescisão  do  Contrato:  é  a  forma  de  por  fim  ao  contrato  em  razão  de  lesão  contratual. 
Forma‐se pelo descumprimento das partes, recíproca ou não, sendo válidos os artigos 482 e 483 
da CLT. 
Cessação do Contrato: é o fim da relação contratual por motivo de morte. Isso pode ocorrer 
sendo empregado ou empregador. 
Mas o que temos praticado é simplesmente denominar rescisão, para qualquer forma de fim 
do contrato de trabalho, talvez pela facilidade em se dizer que “acabou”, independente do motivo. 
Para  qualquer  situação  acima  mencionada  a  empresa  deve  confirmar  se  a  relação  contratual 
possui  menos  de  um  ano  ou  mais  de  um  ano.  Podemos  definir  que  a  rescisão  é  o  momento  de 
rompimento  contratual,  onde  o  empregador  ou  empregado  resolve  não  dar  continuidade  à 
relação de emprego, devendo saldar os direitos legais. 
 
DIREITOS TRABALHISTAS EM RESCISÃO DE CONTRATO 
Deverá ser pago na rescisão os direitos assegurados por lei, podendo também ser efetuado 
os devidos descontos. O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa 
ou  forma  de  dissolução  do  contrato,  deve  ter  especificada  a  natureza  de  cada  parcela  paga  ao 
empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas 
parcelas,  CLT  art.  477  §  2º.    Qualquer  compensação  no  pagamento  de  que  trata  o  parágrafo 
anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado, CLT art. 477 
§ 3º. 
A  tabela  abaixo  foi  criada  visando  facilitar  a  interpretação  das  verbas  rescisórias  a  serem 
pagas  por  lei,  considerando  a  extensão  de  cada  instituto,  como  férias,  décimo  terceiros,  FGTS, 
aviso prévio, etc: 
 
CONTRATO DE TRABALHO COM MENOS DE UM ANO 
            FÉRIAS     FGTS   MULTA  
FGTS 
MOTIVO   SALDO  AVISO  FÉRIAS  FÉRIAS  1/3  13º  MULTA   ART.479º 
8% 
SALÁRIO   PRÉVIO   VENCIDAS   PROP.   ADICIONAL  SALÁRIO   40%   CLT  
DISPENSA SEM  NÃO  NÃO 
RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
JUSTA CAUSA  RECEBE   RECEBE  
CONTRATO 
NÃO  NÃO  NÃO  NÃO 
EXPERIÊNCIA NO  RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
PRAZO 
CONTRATO 
NÃO4  NÃO 
EXPERIÊNCIA  RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
RECEBE   RECEBE  
ANTES DO PRAZO 
DISPENSA COM  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO  DEPOSITA NÃO  NÃO 
RECEBE  
JUSTA CAUSA  RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   DO3   RECEBE   RECEBE  
NÃO 
PEDIDO DE  NÃO  NÃO   DEPOSITA NÃO 
RECEBE   PAGA1   RECEBE5   RECEBE   RECEBE  
DEMISSÃO  RECEBE    RECEBE   DO3   RECEBE  
 
FALECIMENTO  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO 
RECEBE   RECEBE   RECEBE  
EMPREGADO  RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
FALECIMENTO  NÃO  NÃO  NÃO 
RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
EMPREGADOR  RECEBE   RECEBE   RECEBE  
APOSENTADORIA  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO 
RECEBE   RECEBE   RECEBE  
EMPREGADO  RECEBE   RECEBE   RECEBE    RECEBE   RECEBE   RECEBE  
1 – É devido pelo empregado ou empregador, por aquele se não cumprir e por este se não 
deixar cumprir. 
2  –  U1  Aposentadoria  sem  continuidade  de  vínculo  empregatício  e  U2  Aposentadoria  com 
continuidade de vínculo empregatício.  
3 – O valor é depositado na CEF e fica vinculado na conta de FGTS.  
4  –  Súmula  163  do  TST  “Cabe  aviso  prévio  nas  rescisões  antecipadas  dos  contratos  de 
experiência,  na  forma  do  art.  481,  da  CLT”.  Não  é  pacífico  tal  entendimento  entre  os 
doutrinadores, razão pela qual se faz menção do não recebimento.    
5  ‐  Súmula  261  do  TST  "O  empregado  que  se  demite  antes  de  complementar  12  (doze) 
meses de serviço tem direito a férias proporcionais".  
 
CONTRATO DE TRABALHO COM MAIS DE UM ANO 
    FÉRIAS   FGTS MULTA
 
SALDO  AVISO  FÉRIAS  FÉRIAS  1/3  13º  FGTS  MULTA ART.479º
MOTIVO  
SALÁRIO  PRÉVIO  VENCIDAS  PROP.  ADICIONAL  SALÁRIO 8%  40%  CLT 
DISPENSA SEM  NÃO 
RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE 
JUSTA CAUSA   RECEBE  
DISPENSA COM  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO  NÃO 
RECEBE   RECEBE   RECEBE   DEPOSITADO3  
JUSTA CAUSA   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
PEDIDO DE  NÃO  NÃO 
RECEBE   PAGA1   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   DEPOSITADO3  
DEMISSÃO   RECEBE   RECEBE  
FALECIMENTO  NÃO  NÃO  NÃO 
RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
EMPREGADO   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
FALECIMENTO  NÃO  NÃO 
RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE 
EMPREGADOR   RECEBE   RECEBE  
APOSENTADORIA  NÃO  NÃO  NÃO 
RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
EMPREGADO   RECEBE   RECEBE   RECEBE  
 
1 – É devido pelo empregado ou empregador, por aquele se não cumprir e por este se não 
deixar cumprir. 
2  –  U1  Aposentadoria  sem  continuidade  de  vínculo  empregatício  e  U2  Aposentadoria  com 
continuidade de vínculo empregatício.  
3 – O valor é depositado na CEF e fica vinculado na conta de FGTS.  
 Os  descontos:  contribuição  previdenciária,  imposto  de  renda,  pensão  alimentícia, 
contribuição sindical, vale transporte são atribuídos por força de lei. Outros descontos, como por 
exemplo,  vale  refeição,  assistência  médica,  cesta  básica,  seguro  de  vida,  danos,    etc,  devem 
possuir autorização por escrito do empregado. 
 Deve‐se usar de cautela quando a rescisão ocorrer com contratos com menos de  um ano 
dos com mais de um ano, pois há diferença de direitos também em relação ao tempo, não só na 
forma. 
 A  rescisão  deve  ser  sempre  pré‐avisada,  tanto  pelo  empregador  como  pelo  empregado, 
constituindo o aviso prévio.  
 O pagamento da rescisão deverá ser feito até o primeiro dia útil imediato ao término do 
contrato determinado ou aviso prévio trabalhado ou até o décimo dia consecutivo, contado da 
data  da  notificação  da  demissão,  quando  o  aviso  prévio  é  indenizado  ou  há  dispensa  do  seu 
cumprimento.   
Nota:  Ocorrendo  atraso  no  pagamento  da  rescisão,  deverá  a  empresa  pagar  multa  para  o 
empregado  e  para  o  governo.  A  multa  para  empregado  é  de  1  (um)  salário  base.  Já  a  parte  do 
governo equivale, atualmente, a 160 (UFIRs), recolhido na guia DARF. 
Importante! Há  situações  que  se  desenvolvem,  quando  do  pagamento  da  rescisão,  que 
impossibilitam  a  forma  de  crédito  para  o  credor  ex‐empregado  (ordem  de  pagamento,  depósito 
em dinheiro em conta corrente ou poupança) e surge a questão de como agir nesses casos. 
A CLT não prescreve nenhuma forma, mas a empresa pode se valer do Código Civil e utilizar 
da forma de pagamento por CONSIGNAÇÃO, que existe disponível, principalmente, nos Bancos do 
Estado. Essa forma permite que a empresa deposite o crédito em nome do ex‐empregado, até a 
data  limite  originalmente  prevista  na  CLT,  cumprindo  a  exigência  do  prazo  e  evitando  o 
pagamento de multa. 
A exigência legal, para finalizar essa possibilidade de crédito, é documentar junto à empresa 
e provar que enviou mensagem ao ex‐empregado da localidade e valor onde o crédito se encontra 
disponível. Código Civil (Lei n.° 10.406/2002) art. 334 e seguintes.   
No caso de morte do empregado, o pagamento da rescisão se dá no prazo  de até 10 (dez) 
dias  da  data  do  óbito  pela  impossibilidade  de  se  aplicar  o  aviso  prévio.  Mas  em  razão  da 
circunstância surge a questão de quem tem direito ao crédito rescisório. Tal questão é respondida 
pela Lei 6.858/80, esclarecendo que o crédito será pago àquele autorizado perante a Previdência 
Social  ou  na  forma  da  legislação  específica  dos  servidores  civis  e  militares,  e,  na  sua  falta,  aos 
sucessores  previstos  na  lei  civil,  indicados  em  alvará  judicial,  independente  de  inventário  ou 
arrolamento. 
Os  contratos  com  mais  de  um  ano  devem  ser  homologados  na  Delegacia  Regional  do 
Trabalho  que  compõe  a  região  ou  no  Sindicato  da  categoria,  inclusive em  caso  de  morte,  sendo 
vedado ao sindicato cobrar qualquer taxa.  (Instrução Normativa 3/2002).  
 
TABELA DE CÁLCULO DE VERBAS RESCISÓRIAS 
 
Mensalista: dividir a remuneração mensal por 30 e multiplicar pelos dias 
trabalhados.  
Saldo de  Diarista:  considerar  o  valor  do  dia  e  multiplicar  pelos  dias  trabalhados, 
Salário   mais descanso semanal remunerado.  
Horista: considerar o valor por hora e multiplicar pelos dias trabalhados, 
mais descanso semanal remunerado.  
Indenizado:  somar  salário  fixo  +  salário  variável.  Havendo  horas  extras, 
comissão,  adicionais,  calcular  a  média  considerando  o  salário  variável  dos 
Aviso 
últimos 12 meses da data do aviso. (vide capítulo de remuneração).  
Prévio  
Trabalhado:  é  pago  conforme  modelo  de  cálculo  do  saldo  de  salário, 
incluindo os eventuais adicionais existentes (ver capítulo remuneração)  
  Calcular  com  base  na  remuneração;  ou  seja,  salário  fixo  +  salário 
variável. A observação importante é que a média para cálculo da remuneração 
Férias 
é atribuída ao período aquisitivo (vide capítulo férias e remuneração).  
Vencidas  
  Para  cada  mês  como  15  dias  ou  mais,  contabilizar  um  avo.  Por 
exemplo: demissão em 15/02/08 é igual a 02/12 avos.  
  Calcular  com  base  na  remuneração;  ou  seja,  salário  fixo  mais  salário 
variável. A observação importante é que a média para cálculo da remuneração 
Férias 
é atribuída ao período proporcional (vide capítulo férias e remuneração).  
Proporcionais  
  Para  cada  mês  como  15  dias  ou  mais,  contabilizar  um  avo.  Por 
exemplo: demissão em 15/02/08 é igual a 02/12 avos.  
Férias 1/3    Calcular  1/3  sobre  a  somatória  das  férias  vencidas  e  férias 
adicional   proporcionais; ou seja, somar os valores e dividir por três.  
  Calcular  com  base  na  remuneração;  ou  seja,  salário  fixo  +  salário 
variável. A observação importante é que a média para cálculo da remuneração 
Décimo 
é atribuída ao período de exercício do desligamento. Por exemplo: 30/08/2008 
Terceiro Salário  
‐ Janeiro a Agosto/2008. (vide capítulo 13º)  
 Para cada 15 dias ou mais trabalhos no mês, contabilizar 01/12 avos  
   
Adicional    Ocorrendo  a  existência  do  adicional  de  insalubridade  (vide  capítulo 
de Insalubridade   remuneração) o mesmo é pago proporcional aos dias trabalhados.  
   
 
Adicional 
  Ocorrendo  a  existência  do  adicional  de  periculosidade  (vide  capítulo 
de 
remuneração) o mesmo é pago proporcional aos dias trabalhados.  
Periculosidade  
   
   
Adicional   Ocorrendo a existência do adicional de noturno (vide capítulo jornada 
Noturno   de trabalho) o mesmo é pago proporcional aos dias trabalhados.  
   
Mensalista:  dividir  o  salário  base  pela  jornada  mensal  (220hs,  180hs  ou 
outra),  com  o  resultado  acrescer  adicional  de  hora  extra  (mínimo  50%)  e 
multiplicar  pela  quantidade  de  horas  extras.  Ex.:  R$  800,00  /  220  =  R$  3,64  + 
50% = R$ 5,46 x 3 H.E. = R$ 16,38.  
Diarista: dividir o valor do dia pela jornada diária (8hs, 6hs ou outra), com 
Horas 
o  resultado  acrescer  adicional  de  hora  extra  (mínimo  50%)  e  multiplicar  pela 
Extras  
quantidade de horas extras. Ex.: R$ 30,00 / 6 = R$ 5,00 + 50% = R$ 7,50 x 5 H.E. 
= R$ 37,50.  
Horista: utilizar o valor da hora e acrescer adicional de hora extra (mínimo 
50%) e multiplicar pela quantidade de horas extras. Ex.: R$ 4,00 + 50% = R$ 6,00 
x 2 H.E. = R$ 12,00.    
   Deve  ser  calculada  considerando  a  forma  prevista  em  contrato, 
recebe proporcional aos dias trabalhados. Sua habitualidade produz efeitos no 
  Comissão   
cálculo das verbas rescisórias ( férias, décimo terceiro, aviso prévio, etc) ‐ vide 
remuneração.   
   É  devido  sempre  que  ocorrer  o  pagamento  de  remuneração 
excedente  ao  salário  base/fixo.  DSR  representa  o  descanso  que  deve  ser 
DSR   
remunerado, entendido como domingo, feriado ou folga. Normalmente ocorre 
sobre  as  horas  extras,  comissão,  prêmio,  entre  outros.  O  cálculo  clássico  é 
considerar  a  somatória  dos  dias  úteis  do  mês,  inclusive  sábado  e 
separadamente os domingos e feriados, limitado a 30 dias. Ex. R$ 70,00 (valor 
calculado das horas extras) / 26 (dias úteis do mês) x 4 (domingos do mês) = R$ 
10,77 (DSR a pagar). O DSR é parte integrante dos encargos sociais. (vide tabela 
de incidência)  
  
  Calcular  o  FGTS  8%  considerando  a  somatória  do:  saldo  de  salário  + 
aviso  prévio  +  décimo  terceiro  +  horas  extras  +  adicionais  (vide  tabela  de 
FGTS 8%   incidência). Sobre o resultado da somatória multiplicar 8%.  
 O cálculo é feito em formulário próprio, denominado de GRFC e pago 
na mesma data da rescisão em rede bancária.  
  Calcular o  FGTS  40%  considerando  o  resultado  do  FGTS  8%  +  o  valor 
dos depósitos atualizados na Caixa Econômica Federal. Os depósitos atualizados 
FGTS multa  são  conseguidos  mediante  solicitação  de  extrato  de  FGTS  junto  à  Caixa 
40%   Econômica Federal. Saque do FGTS depende o motivo do desligamento. 
 O cálculo é feito em formulário próprio, denominado de GRFC e pago 
na mesma data da rescisão em rede bancária.  
   
  A  referida  tabela  é  auxiliar  para  interpretar  a  tributação  necessária, 
Tabela de  
contendo  nela  o  resumo  da  legislação  tributável  (vide  capítulo  tabela  de 
Incidência  
incidência).  
   
 
 
 
 
ABANDONO DE EMPREGO 
Quando  o  empregado  deixa  de  comparecer  ao  trabalho  por  dias  consecutivos,  pode  esse 
período de ausência gerar o que denomina a lei abandono de emprego (CLT art. 482, alínea “i”). 
Porém  o  abandono  de  emprego  tem  sido  reconhecido  pela  justiça  quando  o  empregado  se 
ausenta  por  30  dias  consecutivos  e  sem  nenhuma  notícia  do  seu  paradeiro.     Para  se  formalizar 
essa  causa  rescisório  grave,  é  importante  a  empresa  adotar  alguns  procedimentos  mínimos  de 
segurança da informação, pois ter certeza do abandono é fundamental. Destacamos as principais 
metidas acumuladas que podem ser adotadas:   
a) enviar um telegrama para a residência do empregado com cópia de recebimento;  
b) indicar no telegrama o prazo para comparecimento e as consequências se não comparecer;  
c) enviar  uma  equipe  com  no  mínimo  duas  pessoas  até  a  residência  para  anotar  as  informações 
obtidas dos parentes, moradores, vizinhos sobre o que aconteceu com o empregado;  
d) deixar uma nova correspondência com protocolo da necessidade de comparecer urgente;  
e) essas pessoas deverão ser informadas da eventual necessidade de comparecer em juízo, além 
de manterem um relatório dos fatos;  
f) essas medidas devem ser adotas ao longo dos 30 dias que se deve aguardar.    
  Não temos uma fórmula perfeita, mas essas medidas podem assegurar uma ampla defesa caso 
o  empregado  resolva  rever  seus  direitos  na  justiça.     Adotar  o  anúncio  em  jornal,  como  no 
passado, já não é mais aceito pela justiça, pela dificuldade de se provar que o empregado tomou 
conhecimento.   
 
AVISO PRÉVIO 
O aviso prévio é o anúncio do termo final daquele contrato indeterminado, sendo que sua 
natureza  é  limitada,  não  podendo  os  fenômenos  alheios  alterar  sua  constituição,  podendo,  no 
máximo, suspender o prazo de contagem, mas não dilatá‐lo sem a devida suspensão. Do exposto, 
a  exceção  vem  no  acidente  de  trabalho  no  curso  do  aviso  prévio,  que  exerce  uma  força  social 
maior que a intenção da relação contratual. 
 No  contrato  a  prazo  indeterminado  pode  qualquer  das  partes  rescindi‐lo  a  qualquer 
momento  dando  aviso  prévio,  CLT  art.  487.  Não  há  previsão  legal  do  aviso  prévio  no  período 
contrato determinado. Aqueles que percebem por quinzena ou mês ou que tenham mais de doze 
meses de contrato, devem pré avisar com no mínimo trinta dias de antecedência. Se o pagamento 
for efetuado por semana ou prazo menor o prévio é de oito dias, art. 487 da CLT.  
O aviso prévio apresenta‐se em duas modalidades: indenizado e trabalhado. 
Aviso  Indenizado:  a  modalidade  indenizada  dar‐se‐á  tanto  pelo  empregador  como  pelo 
empregado.  Se  pelo  empregador,  ele  indenizará  um  mês  de  remuneração.  Se  pelo  empregado, 
será  descontado  um  mês  de  salário  fixo.  Devemos  considerar  o  aviso  indenizado  em  algumas 
situações especiais, não sendo admitido em qualquer ocorrência. Assim podemos destacar:   
a) Dispensa sem justa causa (quando o desligamento é imediato);  
b) Rescisão por dispensa indireta (quando solicitado pelo empregado em juízo);  
O aviso prévio indenizado é calculado sobre a remuneração, com média sobre os últimos 12 
(doze meses) do salário variável. CLT art. 483 § 3º.  (ver capítulo remuneração)  
Aviso  Trabalhado:  a  modalidade  trabalhada  dar‐se‐á  pelo  empregador  ou  empregado, 
fixando a data do término. Quando uma das partes comunica sua decisão em rescindir o contrato, 
pode ela definir seu desligamento no prazo de 30 dias (para mensalistas ou quinzenalistas). Essa 
formalidade é tida como aviso prévio trabalhado, podendo ocorrer em certas situações: 
a) Pedido de demissão;  
b) Dispensa sem justa causa;  
O  empregador  quando  demite  o  empregado  por  dispensa  sem  justa  causa  deverá  admitir 
redução  no  cumprimento  do  aviso  prévio  indenizado  (a  opção  é  feita  exclusivamente  pelo 
empregado). Essa redução deve ser de duas horas diárias ou sete dias corridos no mês. A redução 
da jornada de trabalho não pode ser substituída por horas extras. Enunciado 230 TST.  
Importante!  Se  o  empregado  pede  demissão  não  existe  motivo  para  reduzir  o  período  do 
aviso,  em  virtude  dele  assumir  o  ônus  da  sua  decisão.  Não  há  amparo  legal  para  a  empresa  ser 
reduzir o aviso trabalhado. 
 
PODER DISCIPLINAR DO EMPREGADOR 
O  Poder  disciplinar  está  baseado  na  relação  entre  empregado  e  empregador,  sustentado 
pela  subordinação.   A  razão  de  ser  está  fundamentada  na  CLT,  onde  o  empregador  dirige  as 
atividades do empregado, assumindo os riscos econômicos, art. 3º.   
O empregador não pode executar punições que excessivamente esteja acima da relação do 
ato, devendo a punição se relacionar com o nível de gravidade. Em razão disso o empregador pode 
utilizar três meios: 
Advertência verbal é o ato de chamar a atenção do empregado das faltas disciplinares ou 
insubordinações  que  o  mesmo  cometeu,  é  convocá‐lo  ao  compromisso  e  responsabilidade 
inerentes à sua função. Deve ser instrutivo e enérgico.   
Advertência  escrita  é  de  natureza  similar  a  verbal,  porém  documentada;  é  a  descrição  do 
ato faltoso, detalhar as consequências que esse ato pode gerar negativamente ao empregador e 
ao  empregado.  Não  há  limites  para  quantidade,  têm  tom  severo  e  regulador.  Recusando‐se  o 
empregado  a  assinar,  a  advertência  pode  ser  lida  na  presença  do  empregado  e  de  duas 
testemunhas e em seguida solicitar que as testemunhas assinem.   
Suspensão é dada quando se acredita que o ato tem gravidade suficiente para prejudicar o 
empregador, seja pela atitude do aspecto pessoal ou profissional do empregado. Há limite de 30 
(trinta) dias, podendo ser concedido 1, 2, 5 ou 30 dias alternadamente. A suspensão é descontada 
do salário mensal.                                                 
Não se encontra amparo legal para mencionar a graduação das punições, podendo ocorrer 
em  qualquer  ordem,  porém  as  punições  devem  ser  praticadas  imediatamente  ao  conhecimento 
claro do fato.  
A CLT define os atos que praticado pelo empregado em desabono com o empregador, pode 
ensejar dispensa por justa causa.  As definições previstas no artigo 482 da CLT são taxativas, não 
cabendo análise exemplificativa, vejamos:  
As  definições  previstas  no  artigo  482  da  CLT  são  taxativas,  não  cabendo  análise 
exemplificativa,vejamos:  
  Ato  de  Improbidade:  a  improbidade  revela  mau  caráter,  descumprimento  de  normas 
pessoais  de  serviço,  seja  relacionada  pelo  empregador  ou  por  seus  representantes  (gerentes, 
chefes,  etc.),  perversidade,  maldade,  agressão,  desonestidade.  Por  exemplo:  furto,  injúria, 
difamação.  
Mau  Procedimento:  traduz‐se  pelo  comportamento  irregular  do  empregado,  incompatível 
com a moral sexual, proveniente de qualquer ato que não possa ser enquadrado nos outros casos. 
Negociação  Habitual:  diz  respeito  aos  atos  de  comércio  praticado  sem  permissão  pelo 
empregado e com habitualidade, podendo ser concorrente ou não com o empregador.  
Condenação Criminal: é o caso do empregado ter sido condenado, isso ocorre só quando a 
sentença transita em julgado, independente de o crime estar relacionado ao empregador.  
Desídia: está relacionado à má vontade, relaxamento, negligência, desleixo, com as quais o 
empregado pratica na sua função.  
Embriaguez:  pode  se  configurar  no  emprego  ou  fora  dele.  Ocorrendo  uma  única  vez  no 
próprio trabalho é motivo de justa causa. 
Violação  de  Segredo:  é  a  divulgação  de  qualquer  informação  que  possa  por  em  risco  a 
atividade do empregador, podendo trazer prejuízo.  
Ato  de  Indisciplina:  vincula‐se  ao  descumprimento  das  normas  gerais  do  empregador, 
costume na empresa, circulares, regulamento interno, etc.  
  O local da prática do poder disciplinar pode ser tanto dentro da empresa, como fora dela. 
Por exemplo, os motoristas. 
 
FALTA GRAVE DO EMPREGADOR 
O empregado também pode utilizar da proteção do artigo 483 da CLT, quando as práticas do 
empregador  prejudicarem  seus  direitos,  sua  saúde,  sua  moral  ou  desempenho  de  suas  funções, 
devendo o mesmo pedir em juízo os valores devidos. 
Na ocorrência da hipótese do artigo 483 da CLT temos a DISPENSA INDIRETA, a qual assim 
prescreve: 
a)  forem  exigidos  serviços  superiores  às  suas  forças,  defesos  por  lei,  contrários  aos  bons 
costumes, ou alheios ao contrato;  
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;  
c) correr perigo manifesto de mal considerável;  
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;  
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo 
da honra e boa fama;  
f)  o  empregador  ou  seus  prepostos  ofenderem‐no  fisicamente,  salvo  em  caso  de  legítima 
defesa, própria ou de outrem; 
g)  o  empregador  reduzir  o  seu  trabalho,  sendo  este  por  peça  ou  tarefa,  de  forma  a  afetar 
sensivelmente a importância dos salários. 
§  1º  ‐  O  empregado  poderá  suspender  a  prestação  dos  serviços  ou  rescindir  o  contrato, 
quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço. 
§ 2º ‐ No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao 
empregado rescindir o contrato de trabalho. 
§ 3º ‐ Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato 
de  trabalho  e  o  pagamento  das  respectivas  indenizações,  permanecendo  ou  não  no  serviço  até 
final decisão do processo. 
 
ANEXO 01 
Quadro  de  Orientação  Para  Guarda  e  Manutenção  dos  Documentos  Trabalhistas  e 
Previdenciários 
Competência Federal  
Trabalhista e Previdenciário  
           
DOCUMENTO  TEMPO DE  INICIO DE CONTAGEM 
GUARDA (1) 
Acordo de compensação de horas  5 anos  Retroativo à data de 
extinção do contrato de 
trabalho 
Acordo de prorrogação de horas  5 anos  Retroativo à data de 
extinção do contrato de 
trabalho 
Atestado de Saúde Ocupacional  Indeterminado   
CAGED ‐ Cadastro Geral de  36 meses  Primeiro dia do 
Empregados e Desempregados  exercício seguinte 
Carta com Pedido de Demissão  5 anos  Retroativo à data de 
extinção do contrato de 
trabalho 
CAT ‐ Comunicação de Acidente do  10 anos  Primeiro dia do 
Trabalho  exercício seguinte 
CIPA ‐ Comissão Interna de  Indeterminado   
Prevenção de Acidentes ‐ Livros de atas 
CIPA ‐ Comissão Interna de  5 anos  Próximo processo 
Prevenção de Acidentes ‐ processo  eleitoral 
eleitoral 
COFINS ‐ Contribuição  5 anos  Data do recolhimento 
Financiamento de Seguridade Social 
(inclusive DARF) 
Comprovante de entrega da GPS  10 anos  Primeiro dia do 
(Guia da Previdência Social) ao sindicato  exercício seguinte 
profissional  constituição do crédito 
anteriormente efetuado 
Comprovante de pagamento de  10 anos  Primeiro dia do 
benefícios reembolsados pelo INSS  exercício seguinte ou data 
de anulação d 
Comunicação do Aviso Prévio  5 anos  Retroativo à data de 
extinção do contrato de 
trabalho 
Contrato de trabalho  Indeterminado   
DARF's – PIS (Programa de  10 anos  Data do recolhimento 
Integração Social) 
Depósitos do FGTS  30 anos  Primeiro dia do 
exercício seguinte ou data 
de anulação da constituição 
do crédito anteriormente 
efetuado 
Documentos das entidades isentas  10 anos  Primeiro dia do exercício 
de Contribuição previdenciária (Livro   seguinte 
Razão, balanço patrimonial e 
demonstração de resultado do exercício 
etc.) 
Livro Diário  permanente   
Ficha de Acidente do Trabalho e  03 anos  Primeiro dia do exercício 
Formulário Resumo Estatístico Anual  seguinte 
FINSOCIAL ‐ Fundo de  10 anos  Data do recolhimento 
Investimento Social 
Folha de pagamento  10 anos  Primeiro dia do exercício 
seguinte 
GFIP ‐ Guia de Recolhimento do  30 anos  Primeiro dia do exercício 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço  seguinte ou data de 
e Informações à Previdência Social  anulação 
GPS (Guia de Previdência Social) ‐  10 anos  Primeiro dia do exercício 
original  seguinte ou data de 
anulação 
GRCS ‐ Guia de Recolhimento da  5 anos  Primeiro dia do exercício 
Contribuição Sindical  seguinte ou data de 
anulação 
GRE ‐ Guia de Recolhimento do  30 anos  Primeiro dia do exercício 
FGTS  seguinte ou data de 
anulação 
GRFP ‐ Guia de Recolhimento  30 anos  Primeiro dia do exercício 
Rescisório do FGTS e Informações à  seguinte ou data de 
Previdência  anulação 
Histórico Clínico  20 anos  Data da Extinção do 
contrato de trabalho 
Informações prestadas ao INSS  10 anos  Primeiro dia do exercício 
seguinte ou data de 
anulação 
Livro "Registro de Segurança"  Existência do   
equipamento 
Livro de Inspeção do Trabalho  Indeterminado   
Livros ou fichas de Registro de  Indeterminado   
Empregados 
Livros, cartão ou fichas de ponto  5 anos  Retroativo à data de 
extinção do contrato de 
trabalho 
Mapa de avaliação dos acidentes  5 anos  Data do comprovante de 
do trabalho (SESMT)  entrega 
PIS ‐Programa de Integração Social  10 anos  Data do recolhimento 
‐ PASEP ‐ 
RAIS ‐ Relação Anual de  10 anos  Data da entrega 
Informações Sociais 
RE ‐ Relação de Empregados do  30 anos  Primeiro dia do exercício 
FGTS  seguinte 
Recibo de entrega do formulário  Indeterminad  
Declaração de Instalação  o 
Recibo de entrega do vale‐ 5 anos  Retroativo à data de 
transporte  extinção do contrato de 
trabalho 
Recibos de pagamentos de férias  10 anos  Primeiro dia do 
exercício seguinte 
Recibos de pagamentos de salários 10 anos  Primeiro dia do 
exercício seguinte 
Recibos de pagamentos do 13º  10 anos  Primeiro dia do 
salário  exercício seguinte 
Recolhimentos previdenciários do  Indeterminad  
contribuinte individual  o 
Registros PPRA (Programa de  20 anos  Planejamento anual 
Prevenção de Riscos Ambientais)  seguinte 
Salário‐educação ‐ documentos  10 anos  Primeiro dia do 
relacionados ao benefício  exercício seguinte 
Salário‐família ‐ documentos  10 anos  Primeiro dia do 
relacionados ao benefício  exercício seguinte 
SEFIP ‐ Sistema Empresa de  30 anos  Primeiro dia do 
Recolhimento do FGTS e Informações à  exercício seguinte ou data 
Previdência Social  de anulação da constituição 
do crédito anteriormente 
efetuado 
Seguro Desemprego ‐ Comunicado  5 anos  Data da Extinção do 
de Dispensa  contrato de trabalho 
Termo de Rescisão do Contrato de  5 anos  Retroativo à data de 
Trabalho  extinção do contrato de 
trabalho 
(1) Esses prazos serão válidos enquanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam 
pertinentes 
 
ANEXO 02 
Apontamento  de  cartões  de  ponto  ‐  Conversão  de  horas  sexagesimais  para  centesimais 
(vice‐versa): 
Para conversão ou reconversão, utiliza‐se a tabela abaixo:  
HORA SEXAGESIMAL   HORA CENTESIMAL 
01’  0,016667 
02’  0,033333 
03’  0,050000 
04’  0,066667 
05’  0,083333 
06’  0,100000 
07’  0,116667 
08’  0,133333 
09’  0,150000 
10’  0,166667 
11’  0,183333 
12’  0,200000 
13’  0,216667 
14’  0,233333 
15’  0,250000 
16’  0,266667 
17’  0,283333 
18’  0,300000 
19’  0,316667 
20’  0,333333 
21’  0,350000 
22’  0,366667 
23’  0,383333 
24’  0,400000 
25’  0,416667 
26’  0,433333 
27’  0,450000 
28’  0,466667 
29’  0,483333 
30’  0,500000 
31’  0,516667 
32’  0,533333 
33’  0,550000 
34’  0,566667 
35’  0,583333 
36’  0,600000 
37’  0,616667 
38’  0,633333 
39’  0,650000 
40’  0,666667 
41’  0,683333 
42’  0,700000 
43’  0,716667 
44’  0,733333 
45’  0,750000 
46’  0,766667 
47’  0,783333 
48’  0,800000 
49’  0,816667 
50’  0,833333 
51’  0,850000 
52’  0,866667 
53’  0,883333 
54’  0,900000 
55’  0,916667 
56’  0,933333 
57’  0,950000 
58’  0,966667 
59’  0,983333 
60’  1,000000 
 

NOÇÕES CONTÁBEIS 
DOCUMENTOS 
RECIBO 
 Não possui valor contábil; 
 Documento em que se confessa ou se declara o recebimento de algo; 
 Utilizado para comprovação de entrada ou saída de dinheiro do caixa; 

   
Exercício: 
Preencha o recibo acima, sendo que você recebeu R$ 80,00 do colega da sua direita, na data 
de hoje, referente ao pagamento de um celular modelo NOKIA 3020. 
E se fosse daqui há 20 dias úteis, quando seria? ____/____/____ 
 
 
Exercício: 
E se você fosse pagar ao jardineiro, Sr. José da Silva, pelo serviço prestado no quintal de sua 
casa, como se daria o preenchimento do recibo? O valor do serviço é de R$ 50,00 e a data de 
pagamento deve ser na data de aniversário do seu colega da esquerda. 
DUPLICATA 
 Existe um SACADO e um SACADOR: 
O SACADOR é o vendedor da mercadoria ou prestação de serviços (CNPJ). 
O SACADO é o comprador da mercadoria ou o tomador dos serviços (CPF ou CNPJ). 
 É uma ordem de pagamento obrigatoriamente originada de contrato de compra e venda 
ou prestação de serviços, emitida pelo sacador, para que o sacado lhe pague determinada quantia 
à vista ou em dia certo. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA PROMISSÓRIA 
 Documento utilizado para descrever empréstimo em dinheiro ou dívida assumida. 
 Deverá ser preenchida pelo executor e assinada pelo executante, onde se descreve  
o valor da dívida, de que maneira a dívida vai ser paga e a data de vencimento. 
 Deverá ser preenchida corretamente para ter validade. 
 Documento aceito para execução judicial. 
 Bastante utilizado entre pessoas físicas. 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOLETO BANCÁRIO 
O boleto de cobrança é um documento utilizado como instrumento de pagamento de um 
produto ou serviço prestado. Através do bloqueto, seu emissor (cedente) pode receber do 
pagador (sacado) o valor referente àquele pagamento. 
 Geralmente origina‐se de uma Nota Fiscal e por isso tem como referência o numero desta 
Nota Fiscal. 
 A  utilização  de  boletos  de  cobrança  é  uma  prática  comum  entre  as  empresas, 
caracterizando‐se nestas como um meio padrão de cobrança por produtos e/ou serviços. 
 Alguns  bancos  permitem  que  a  cobrança  dos  boletos  sejam  feitas  em  duas  modalidades: 
cobrança registrada e não‐registrada: 
 Os  boletos  de  cobrança  registrada  são  gerados  pelo  cedente  e  as  informações  do 
documento  (sacado,  valor  e  data  de  vencimento)  são  enviadas  para  o  banco  através  de  um 
arquivo  de  remessa.  Estes  dados  são  gerenciados  pela  instituição  financeira  que  pode  realizar 
serviços como o protesto de títulos quando inadimplentes, comumente esse serviço tem um valor 
maior do que a modalidade não‐registrada. 
 Os  bloquetos  de  cobrança  não‐registrada  funcionam  como  os  de  cobrança  registrada  só 
que  as  informações  do  documento  não  necessitam  ser  enviadas  para  o  banco.  Portanto,  todo 
serviço de verificação e protesto fica a encargo do cedente. 
 Ele representa um título de cobrança pagável em qualquer agência bancária do território 
nacional, até a data de vencimento. Geralmente após a data de vencimento, o bloqueto somente 
poderá ser pago em uma agência do banco que o emitiu, pois fica sujeito a orientações específicas 
do cedente (que pode cobrar taxas ou juros de mora pelo atraso no pagamento). 
 
 
 
 
 
CHEQUES 
Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco (sacado). 
 
Formas de emissão: 
Cheque ao portador 
É um cheque em que não é mencionada qualquer pessoa ou entidade beneficiária, pelo que 
é pagável ao apresentante. 
 
Cheque nominativo 
É um cheque em que é mencionado um determinado beneficiário. 
 
Cheque Cruzado 
É  um  cheque  que  contém  na  sua  face  duas  linhas  paralelas  e  oblíquas  indicando  que  o 
mesmo deverá ser depositado. 
Caso entre estas duas linhas, nada esteja inscrito, denomina‐se "Cruzamento Geral" ou seja, 
o  cheque  deve  ser  depositado  num  banco  qualquer,  mas  pode  ser  pago  ao  balcão,  se  o 
beneficiário for também cliente do banco sacado. 
Caso entre as linhas esteja escrito o nome de um banco denomina‐se" Cruzamento Especial" 
ou  seja,  o  cheque  só  pode  ser  depositado  no  banco  indicado  entre  as  linhas,  embora  possa  ser 
pago ao balcão, se o banco indicado for o sacado e o beneficiário cliente do mesmo. 
 
Cheque pré‐datado 
Comumente chamado de "cheque‐pré" ou simplesmente "pré‐datado", é uma operação de 
crédito, não regulamentada pela lei do direito econômico que permite que um comprador pague 
de forma parcelada por um bem adquirido. Este emite uma quantidade de cheques que totalize o 
valor do bem identificando em cada folha de cheque emitida a data para pagamento da parcela. O 
nome correto seria cheque pós‐datado. 
É importante lembrar que um cheque é uma ordem de pagamento à vista (independente da 
data preenchida na folha de cheque). Assim, o comprador não possui nenhuma garantia legal de 
que o vendedor honrará as datas acordadas para desconto de cada folha de cheque pré‐datado. 
Caso  a  data  colocada  no  corpo  do  cheque  não  seja  respeitada,  o  banco  não  terá 
responsabilidade  sobre  o  depósito  antecipado.  Porém,  na  hipótese  de  depósito  do  cheque  pós‐
datado  antes  da  data  acordada  entre  as  partes,  caso  o  emitente  venha  a  ter  prejuízo  causado 
decorrente  da  precipitação  do  depósito  do  cheque,  poderá  entrar  com  uma  ação  de  danos 
materiais contra o beneficiário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cheque Bancário 
É um cheque emitido pelo próprio banco sobre uma conta desse mesmo banco a favor de 
um  terceiro,  a  pedido  do  seu  cliente.  O  cheque  bancário  é  obrigatoriamente  nominativo,  não 
podendo nunca ser emitido ao portador. Sendo um cheque emitido por um banco existe sempre a 
garantia do seu pagamento. 
 

 
NOTAS FISCAIS 
A  nota  fiscal  é  um  documento  que  tem  por  finalidade  registrar  uma  transferência  de 
propriedade sobre um bem ou um serviço prestado por uma empresa (CNPJ) ou pessoa física (CPF) 
para alguém ou empresa.  
Ao registrar valor monetário (dinheiro) entre as partes, a nota fiscal também destina‐se ao 
recolhimento de impostos e a não utilização caracteriza sonegação fiscal. 
Entretanto, as notas fiscais podem também ser utilizadas em contextos mais amplos como 
na  regularização  de  doações,  ou  prestação  de  serviços  sem  benefício  financeiro  á  empresa 
emissora. 
 
Nota Fiscal Modelo 1 (NF Grande) 
A  NF  Modelo  1,  (NF  Grande),  é  a  NF  utilizada  na  venda  de  mercadorias  entre  pessoas 
jurídicas (CNPJ). Também é utilizada para devoluções de mercadorias. 
Deve possuir no mínimo 4 vias, e o destino das vias é dado da seguinte forma: 
1º via‐ Destinatário/Remetente ‐ vai para o cliente. 
2º via‐ Fixa ‐ nunca é destacada do bloco. 
3º via‐ Fisco Destino ‐ vai para o cliente junto com a 1º via. 
4º via‐ Fisco Origem ‐ é encaminhada para contabilidade. 
Modelo: ANEXO 1 
 
Nota Fiscal de Prestação de Serviço 
Este  modelo  é  utilizado  para  as  prestações  de  serviços  tanto  para  pessoas  físicas  quanto 
pessoas jurídicas. 
Deve possuir no mínimo 3 vias, e o destino das vias é dado da seguinte forma: 
1º via ‐ Destinatário/Remetente‐ vai para o cliente. 
2º via – é encaminhada para a contabilidade 
3º via – Fixa ‐ nunca é destacada do bloco. 
Modelo: ANEXO 2 
 
Nota Fiscal de Venda a Consumidor 
Este  modelo  somente  é  utilizado  nas  vendas  para  pessoas  físicas  (CPF),  não  pode  ser 
utilizado em vendas efetuadas a pessoas jurídicas (CNPJ). 
Deve possuir no mínimo 3 vias, e o destino das vias é dado da seguinte forma: 
1º via ‐ Destinatário/Remetente‐ vai para o cliente. 
2º via – é encaminhada para a contabilidade 
3º via – nunca é destacada do bloco. 
 
Se o faturamento anual da empresa ultrapassar R$ 120.000,00 torna a empresa obrigada à 
instalação de Impressora de Cupom Fiscal (ECF), para emitir cupom fiscal em substituição as Notas 
Fiscais de Venda a Consumidor. 
Modelo: ANEXO 3 
 
NF‐e – NOTA FISCAL ELETRÔNICA 
A  nota  fiscal  eletrônica  é  o  documento  de  existência  digital,  emitido  e  armazenado 
eletronicamente,  com  o  intuito  de  documentar,  para  fins  fiscais,  circulação  de  mercadorias  ou 
uma  prestação  de  serviços,  ocorrida  entre  as  partes,  e  cuja  validade  jurídica  é  garantida  pela 
assinatura  digital  do  remetente  e  pela  recepção,  pela  Administração  Tributária,  do  documento 
eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador. 
O  Projeto  NF‐e  tem  como  objetivo  a  implantação  de  um  modelo  nacional  de  documento 
fiscal  eletrônico  que  venha  substituir  a  sistemática  atual  de  emissão  do  documento  fiscal  em 
papel,  com  validade  jurídica,  pela  assinatura  digital  do  remetente,  simplificando  as  obrigações 
acessórias dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real 
das operações comerciais pelo Fisco. 
A  implantação  da  NF‐e  constitui  grande  avanço  para  facilitar  a  vida  do  contribuinte  e  as 
atividades de fiscalização sobre operações e prestações tributadas pelo Imposto sobre Circulação 
de  Mercadorias  e  Serviços  (ICMS)  e  pelo  Imposto  sobre  Produtos  Industrializados  (IPI).  A  NF‐e 
substituirá os modelos Notas Fiscais em papel, tipo 1 e 1A. 
 
  Portanto, o que é Documento Fiscal Eletrônico? 
 Considera‐se Nota Fiscal Eletrônica (NF‐e): 
 Emitido e armazenado _______________; 
 De existência apenas ______________; 
 Para  documentar  operações  e  prestações  e  Cuja  validade  jurídica  é  garantida  pela 
_____________________  do  emitente  e  autorização  de  uso  pela  administração  tributária  da 
_____________________ do contribuinte, antes da ocorrência do _________________________. 
 
A _ Q _ I _ _  X _ _ 
 
 
E o que a empresa vai receber juntamente com a mercadoria? 
Como  Documento  Auxiliar  da  Nota  Fiscal  Eletrônica,  existe  o  DANFE,  o  qual  é  uma 
representação gráfica simplificada da NF‐e e tem como funções, dentre outras, conter a chave de 
acesso  da  NF‐e  (permitindo  assim  a  consulta  às  suas  informações  na  Internet)  e  acompanhar  a 
mercadoria em trânsito. 
O  Órgão  Público  receberá  o  DANFE  juntamente  com  a  mercadoria  e  deverá  realizar  a 
verificação  da  validade  da  assinatura  digital  e  a  autenticidade  do  arquivo  digital  da  NF‐e  (o 
destinatário  tem  à  disposição  o  aplicativo  “visualizador”,  desenvolvido  pela  Receita  Federal  do 
Brasil) e a concessão da Autorização de Uso da NF‐e, mediante consulta eletrônica à Secretaria da 
Fazenda ou Portal Nacional da NF‐e. 
Realizada a consulta descrita acima e verificada a existência e a validade da NF‐e, o DANFE 
poderá ser utilizado como documento hábil para a comprovação documental junto ao Tribunal de 
Contas, em substituição às notas fiscais em papel modelos 1 e 1A. 
Vale  lembrar  de  que  o  DANFE  somente,  sem  que  haja  o  arquivo  XML,  não  é  documento 
válido, ou seja, não configura uma NF‐e.  (Modelo: ANEXO 4) 
 
CADASTROS 
Atualmente  o  cadastro  nas  empresas  passou  a  ter  grande  importância,  há  necessidade  de 
grande atenção, de forma a atender a legislação e não correr riscos de notificações fiscais. 
 
Cadastro de Produtos 
Para o cadastro de produtos, é necessário se ater a várias informações, tais como: 
Descrição do produto: O produto não pode ter descrição genérica, tem que ser descrito se 
acordo  com  suas  caracteristicas  próprias  ‐  (Ex:  Plets,  deve  ser  cadastrado  como  Plets  sabor 
Morango, Plets sabor Canela...) 
 Deve conter o CFOP específico do produto (de acordo com a venda). 
 Deve  conter  o  NCM  (Nomenclatura  Comum  do  Mercosul)  ou  Classificação  Fiscal:  em 
empresas  industriais  é  obrigatório  o  NCM  completo;  em  empresas  comerciais,  a  lei  obriga 
somente a família, ou seja, os dois primeiros números. 
 Deve  ser  cadastrada  a  unidade  de  venda  do  produto  de  acordo  como  vai  ser  vendido  (é 
importante se atentar ao fato de que muitas mercadorias são recebidas em caixa e vendidas em 
unidade, neste caso o sistema deverá conter um fator de conversão). 
 Deve‐se cadastrar o valor do produto. 
 Deve  ser  cadastrado  o  Código  da  Situação  Tributária  do  Produto  –  CST  –  é  ele  que  vai 
definir a tributação do produto (Ex: 00 – Tributada Integralmente). 
 Deve‐se cadastrar a origem do produto (Nacional, Importada) 
 Percentual de ICMS (7%, 12%, 17%, 25%). 
 Se  for  mercadoria  sujeita  a  Substituição  Tributária,  no  caso  de  indústrias,  deverá  ser 
cadastrada o percentual do MVA (Margem de Valor Agregado) para o cálculo da substituição. 
 Deve‐se cadastrar a tributação dos impostos federais, tais como PIS e COFINS . 
 
Cadastro de Clientes 
Ao  cadastrar  um  cliente  é  necessário  munir‐se  da  maior  quantidade  de  informações 
possíveis. 
Muitas  empresas  não  possuem  um  cadastro  completo  de  seus  clientes,  e  por  isso  acabam 
por não receber determinadas contas.  
Itens Básicos para o cadastro de clientes: 
Nome/Razão Social: _______________________________________________________________ 
CPF/CNPJ:________________________________________________________________________ 
Inscrição Estadual: RG:______________________________________________________________ 
Endereço Completo (Rua, nº, Bairro, Cidade, CEP)________________________________________ 
Ponto de Referência: _______________________________________________________________ 
Telefone: (Residencial, Comercial, Celular) _____________________________________________ 
Locais onde possui cadastro para compras no crediário: ___________________________________ 
Faixa de Renda: ___________________________________________________________________ 
Empresa onde Trabalha: ____________________________________________________________ 
E‐mail: __________________________________________________________________________ 
Outras Informações: _______________________________________________________________ 
 
Cadastro de Fornecedores 
O cadastro de fornecedores é tão importante quanto o cadastro dos clientes, e ainda deve 
ser consultada a situação de suas inscrições (CNPJ e Inscrição Estadual), para ver se estão válidos.  
Alguns ítens devem ser considerados básicos no cadastro, tais como: 
 
Razão Social      / CPF/CNPJ:      / Inscrição Estadual:   
Endereço Completo (Rua, nº, Bairro, Cidade, CEP)    / Telefone: 
E‐Mail:                / Tipo de Tributação: 
Outras Informações: 
 
 
IMPOSTOS 
  As empresas recolhem mensalmente impostos, e estes são de esfera federal, municipal e 
estadual. 
 
REGIMES DE TRIBUTAÇÃO: 
  
LUCRO REAL 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________ 
 
LUCRO PRESUMIDO 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________ 
 
SIMPLES NACIONAL 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________ 
 
Impostos Estaduais 
Os  impostos  estaduais  são  os  impostos  cobrados  e  gerenciados  pela  Receita  Estadual. 
Dependendo do produto, vai se enquadrar em determinado percentual. 
7% ‐ Produtos da Cesta Básica (Feijão, Arroz, Queijo Prato e Mussarela, Banha...). 
12% ‐ Produtos de Consumo Popular (Manteiga, sal, outros queijos). 
17% ‐ Demais Produtos 
25% ‐ Produtos de Consumo Supérfluo (Bebidas Destiladas) 
 
Substituição Tributária de ICMS 
  Algumas  mercadorias  estão  sujeitas  ao  ICMS  Substituição  Tributária.  Isto  significa  que  a 
empresa  que  fabrica  a  mercadoria  já  faz  o  cálculo  do  ICMS  e  recolhe,  não  havendo  mais 
recolhimento nas etapas seguintes. 
Para  recolhimento  deste  imposto,  o  governo  determina  um  MVA  (Margem  de  Valor 
Agregado),  aplica  sobre  o  valor  da  mercadoria  e  após  isso  faz  o  cálculo  do  ICMS  Substituição 
Tributária, aplicando a alíquota do imposto. 
 
Impostos Municipais 
  Os impostos municipais são os impostos cobrados e gerenciados pelo Município. 
O ISS (imposto sobre Serviço) ou ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) é o 
imposto que o município cobra pela prestação de serviços realizada pelos profissionais. 
  Cada município define o percentual a ser cobrado, esse dado consta no Código Tributário 
Municipal. 
  Capinzal e Ouro: 2% sobre o valor total da prestação de serviço. 
  Sobre a prestação de serviços, além do ISS terá também os impostos federais, como já visto 
acima. 
 
DEPARTAMENTO FINANCEIRO 
  O  departamento  Financeiro  é  de  extrema  importância  na  organização.  Ele  é  responsável 
por  controlar  os  pagamentos  e  recebimentos  que  a  mesma  efetua.  A  pessoa  responsável  pelo 
departamento  financeiro  deve  estar  sempre  atento  aos  prazos,  evitando  assim  o  pagamento  de 
multas e juros. O setor pode desempenhar importante função na orientação das demais áreas tais 
como a de compra e de vendas, estipulando prazos de pagamento e recebimento, e ainda valores 
a serem gastos. 
  É necessário controles bem elaborados de forma a produzir as informações necessárias ao 
empresário, vindo a possibilitar a melhor tomada de decisão. 
 
Contas a Pagar 
  Nas  contas  a  pagar  estão  todos  os  compromissos  que  a  empresa  assume  com  terceiros. 
  Essas  contas  devem  ser  devidamente  documentadas,  com  NFS,  quando  da  aquisição  de 
mercadoria  ou  serviços,  com  guias,  quando  do  pagamento  de  impostos,  com  folhas  de 
pagamentos,  quando  do  pagamento  de  salários,  entre  outros  documentos  hábeis  de 
contabilização. 
  Muitas empresas possuem programas que possibilitam os controles de seus compromissos, 
de forma a gerar relatórios de acordo com a necessidade do usuário.  
  As empresas que não possuem esses sistemas poderão estar desenvolvendo planilhas em 
Excel, as quais auxiliarão no controle. 
 
Contas a receber 
  Toda e qualquer operação de venda que a empresa realize deve ser sempre baseada em 
documento, ser registrado no sistema ou em uma planilha, formulário ou outro documento, de tal 
forma que possibilite conhecer todos os compromissos vincendos, suas datas e valores bem como 
o  seu  montante.  Muitas  empresas  passam  por  dificuldades  financeiras  por  não  darem  devida 
importância a essa questão, sendo pontualmente cobradas, mas descuidam das suas cobranças. 
 
Fluxo de Caixa 
  O  fluxo  de  caixa  é  a  previsão  feita  das  contas  a  pagar  e  a  receber.  Trata‐se  de  um 
cruzamento para verificar a falta ou sobra de caixa em períodos futuros. 
 
Controle de Caixa 
  É  de  fundamental  importância  que  a  empresa  tenha  um  controle  de  caixa  organizado, 
através dele possuímos o controle de todas as operações que realizamos, das entradas e saídas de 
dinheiro. O controle de caixa deve acontecer de forma que as saídas nunca sejam maiores que as 
entradas, ou seja, se em algum dia houver despesas maiores que os recebimentos o caixa tem que 
ter um saldo inicial suficiente para suportar todas as saídas sem ficar negativo, pois não há como a 
empresa pagar mais contas do que tem de disponibilidade. 
  
  Abaixo podemos verificar alguns exemplos de entradas e saídas de dinheiro do caixa: 
MOVIMENTAÇÃO DO CAIXA 
 
ENTRADAS  SAÍDAS 
‐ Vendas à vista  ‐ Compras à vista  
‐ Recebimento de vendas à prazo  ‐ Pagamento de duplicatas 
‐ Emissão de cheques ou saque de conta  ‐ Depósitos bancários 
corrente 
  ‐ Salários 
  ‐ Impostos 
  ‐ INSS / FGTS 
  ‐ Aluguel, água, luz, telefone 
‐TODA OPERAÇÃO QUE GERAR O  ‐ TODO TIPO DE DESPESA QUE GERA 
RECEBIMENTO DE DINHEIRO  SAÍDA DE DINHEIRO 
 
  Para empresas que não possuem no seu próprio programa a possibilidade de controlar o 
caixa, segue sugestão que pode ser utilizado: 
 
CONTROLE DE CAIXA DIÁRIO – DATA ___/___/___ 
 
Discriminação  Entradas  Saídas  Saldo 

Saldo Inicial       
       

       

       

       

       
       

       

       

       
Créditos: 
 Materiais de Departamento Pessoal: www.professortrabalhista.adv.br. 
 Materiais Contábeis: Noções Fiscais e Contábeis / Renova Consultoria – 2010 – Ilizete Carniel. 
 
ESCREVA COMO VOCÊ SE SENTE AGORA, TENDO ADQUIRIDO TANTOS NOVOS CONHECIMENTOS, 
COMPARTILHADO  SUAS  IDÉIAS,  DÚVIDAS  COM  OUTRAS  PESSOAS...  FAÇA  UM  TEXTO, 
DESCREVENDO  COMO  VOCÊ  ERA  E  QUAL  CONHECIMENTO  TINHA  ANTES  DESTE  CURSO,  O  QUE 
MAIS LHE SIGNIFICOU O QUE MAIS VALEU PRA VOCÊ, ENFIM, COMO ERA ANTES E COMO É HOJE.  
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