DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
COLEGIADO DE ENGENHARIA
FEIRA DE SANTANA
2010
ELISEU OLIVEIRA FERRAZ
FEIRA DE SANTANA
2010
ELISEU OLIVEIRA FERRAZ
Aprovada em _____/_____/______
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele
eternamente. Rm11: 36.
Agradeço a Deus por até aqui ter me sustentado, por ter providenciado a conclusão
deste trabalho. A Ele todo louvor e adoração.
Agradeço a minha família que dividiu comigo a caminhada. A minha mãe
principalmente que me incentivou neste longo caminho.
Agradeço a minha namorada Nilza que transformou estes dias em dias mais belos
e me trouxe maior desejo de Sonhar.
Agradeço aos meus Pastores por terem me ensinado a buscar a verdade e oraram
por pelo meu sucesso.
Não posso esquecer de agradecer a minha amiga Leidiane, que me ajudou na reta
final deste trabalho.
Agradeço a professora Eufrozina de Azevedo Cerqueira por ter acreditado no meu
trabalho, me incentivando e cobrando resultados, o que ao final contribui para meu
sucesso.
A todos os amigos e amigas que me ajudaram neste longo caminho, muito
obrigado
AGRADECIMENTOS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE SIMBOLOS
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 13
1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 14
1.2 OBJETIVOS............................................................................................ 15
1.2.1 Objetivo Geral................................................................................. 15
1.2.2 Objetivos Específicos..................................................................... 16
1.3 METODOLOGIA..................................................................................... 16
1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA.......................................................... 16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................... 17
2.1 AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO (APO)................................................... 17
2.2 ABORDAGEM SOBRE DESEMPENHO................................................ 25
2.3 CONFORTO AMBIENTAL..................................................................... 28
2.3.1 Conforto Térmico............................................................................ 29
2.3.1.1 Mecanismos de Termo-Regulação....................................... 30
2.3.2 Conforto Acústico........................................................................... 38
2.3.3 Conforto Luminico........................................................................... 42
2.4 DESEMPENHO FUNCIONAL................................................................. 47
2.4.1 Flexibilidade.................................................................................... 50
2.5 PSICOLOGIA AMBIENTAL..................................................................... 52
3 O CONTEXTO DA PESQUISA................................................................... 55
3.1 CARACTERIZAÇÃO DE FEIRA DE SANTANA...................................... 55
3.2 ESTUDO EXPLORATÓRIO.................................................................... 56
3.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO OBJETO..................................................... 56
3.4 AVALIAÇÃO DO AMBIENTE CONSTRUIDO DO CONDOMÍNIO.......... 60
3.4.1 Subsídio......................................................................................... 60
3.4.2 Levantamento da População Total e Amostral.............................. 61
3.4.2.1 Nível de satisfação do usuário.......................................... 61
3.4.3 Elaboração e Aplicação dos Questionários.................................... 61
4 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS....................................................... 63
4.1 ATRAVÉS DE ENTREVISTAS................................................................. 63
4.2 AVALIAÇÃO TÉCNICA............................................................................. 64
4.3 ATRAVÉS DOS QUESTIONÁRIOS......................................................... 65
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS SUGESTÕES PARA TRABALHOS
FUTUROS........................................................................................................ 74
5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 74
5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS...................................... 75
REFERÊNCIAS................................................................................................ 76
APÊNDICE
RESUMO
Este trabalho apresenta a Avaliação Pós Ocupação (APO), como uma metodologia
de avaliação dos ambientes construídos. O objetivo do trabalho foi realizar uma APO
em um condomínio habitacional na cidade de Feira de Santana. Também foi
avaliado o desempenho funcional da edificação, estudada satisfação do usuário em
relação ao conforto ambiental e pesquisada a flexibilidade do ambiente. O
condomínio é composto de 86 unidades, sendo 81 habitadas, sendo que a
população amostral foi de 18,5%. A metodologia fundamentou-se na Avaliação Pós
Ocupação (APO) por meio de observações técnicas, entrevistas, questionários,
registros fotográficos. Através da Avaliação Pós-Ocupação é possível recomendar
melhorias nos ambientes construídos a fim de aumentar a satisfação dos usuários
desses espaços e retroalimentar o processo de produção do edifício. Os resultados
obtidos foram coletados através dos questionários e foram apresentados através de
gráficos, onde se observou que o conforto térmico teve uma considerável
insatisfação no período de verão e no desempenho funcional verificou-se que os
usuários têm dificuldade em se adequar ao projeto padrão, modificando sua unidade
habitacional.
This paper presents the Post Occupancy Evaluation (POE) as a methodology for
assessing the built environment. The aim of this study was to POE in a condominium
housing in the city of Feira de Santana. Also evaluated the functional performance of
the construction, studied user satisfaction in relation to environmental comfort and
searched the flexibility of the environment. The condo is comprised of 86 units, with
81 inhabited, and the sample population was 18.5%. The methodology was based on
the Post Occupancy Evaluation (POE) through technical observations, interviews,
questionnaires, photographic records. Through Post-Occupancy Evaluation is
possible to recommend improvements in the built environment to increase user
satisfaction feedback for these spaces and the production process of the building.
The results were collected through questionnaires and were presented through
charts, where it was observed that the thermal comfort was considerable
dissatisfaction in the summer and functional performance found that users have
difficulty in adjusting to the standard design, modifying their housing units.
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
1.4 METODOLOGIA
Revisão Bibliográfica
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Ornstein e Romero (1992, p.41), são propostos três níveis de
APO, os quais diferem entre si, em virtude da profundidade do desenvolvimento da
pesquisa, pela finalidade, pelos prazos e recursos disponíveis. Os níveis propóstos
são:
Esse seis índices não são rígidos mas, sim, pretendem apenas servir como
referência, particularmente no caso de edifícios ou ambientes construídos
convencionais. Por outro lado, as vantagens dos serviços de avaliação, de um modo
23
CADASTRO
ATUALIZADO DOS
AMBIENTES
CONSTRUÍDOS
CADASTRO
ATUALIZADOS DO
MOBILIÁRIO E
EQUIPAMENTOS
PLANEJAMENTO
LEVANTAMENTO E
TABULAÇÃO DE
DADOS/INFORMAÇÕES
COLETADAS JUNTO AOS
PROJETO USUÁRIOS
LEVANTAMENTO TÉCNICO
FUNCIONAL
CONSTRUÇÃO /CONSTRUÇÃO
INSUMO
/RECOMENDAÇÕES
PARA O AMBIENTE
LEVANTAMENTO DA LEVANTAMENTO DE CONSTRUÍDO /
MEMÓRIA DO NORMAS CÓDIGOS E ESTUDO DE CASO
PROJETO E ESPECIFICAÇÕES
CONSTRUÇÃO EXISTENTES
USO E DIAGNÓSTICO
MANUTENÇÃO
DETERMINAÇÃO DE
ÍNDICES
COMPARATIVOS E PADÕES
REFERÊNCIAS
QUANDO NÃO
EXISTIREM NORMAS
PARA EFETIVO RECOMENDAÇÕES E
COMPARATIVO DIRETRIZES PARA
FUTUROS PROJETOS
SEMELHANTES E
NORMAS TÉCNICAS
Vários insumos podem ser obtidos deste diagnóstico. Estes insumos podem
ser recomendações construtivas, funcionais, comportamentais ou ainda que
orientem a implementação de um plano diretor para ampliação e flexibilização dos
espaços, dentre outros.
Estrutural Conforto
Ao fogo Acústico
No uso Tátil
Estanqueidade Antropodinâmico
Ar Higrotérmico
Pureza do ar Economia
Higiene Durabilidade
A Figura 2 nos mostra que o desempenho ambiental pode ser avaliado pela
maneira como o espaço construído está inserido ao meio ambiente, ou pelo nível de
integração e convivência entre estes dois ambientes. (MONTEIRO e OLIVEIRA,
2004, p. 8).
Conforto é uma palavra que pertence ao senso comum; a maioria das pessoas
tem uma noção do que é, entende do que se trata. Segundo o dicionário Aurélio da
Língua Portuguesa, o conforto é a comodidade ou a sensação de bem-estar físico.
O corpo humano, como uma máquina bioquímica que é, precisa dissipar calor
para funcionar. A sensação de conforto vem quando o calor dissipado é exatamente
aquele de que se necessita, o que varia de pessoa para pessoa e de momento para
momento. Assim, têm-se sensações de frio, conforto e calor, dependendo da
dissipação de calor no corpo. A dissipação de calor depende da temperatura, da
ventilação e da umidade.
Reação ao calor
Reação ao frio
Em função do que já foi visto, pode-se afirmar que é através da pele que se
realizam as trocas de calor, ou seja, a pele é o principal órgão termo-regulador do
organismo humano. A temperatura da pele é regulada pelo fluxo sangüíneo que a
percorre, ou seja, quanto mais intenso o fluxo, mais elevada sua temperatura. Ao
sentir desconforto térmico, o primeiro mecanismo fisiológico a ser ativado é a
regulagem vasomotora do fluxo sangüíneo da camada periférica do corpo, a camada
subcutânea, através da vasodilatação ou vasoconstrição, reduzindo ou aumentando
a resistência térmica dessa camada subcutânea.
E as ambientais são:
temperatura do ar;
temperatura radiante média;
velocidade do ar;
umidade relativa do ar.
Além disso, variáveis como sexo, idade, raça, hábitos alimentares, peso, altura
etc podem exercer influência nas condições de conforto de cada pessoa e devem
ser consideradas.
Segundo Lamberts ( 2005), este índice deve ser usado apenas para valores
entre –2 e +2, pois acima destes limites teríamos aproximadamente mais de 80%
das pessoas insatisfeitas (ISO 7730, 1984), como pode-se perceber na figura 3.
37
De acordo com a norma ISO 7730 (1994) que possibilita avaliar o conforto
térmico através dos índices Voto Médio Estimado (VME) e Porcentagem Estimada
de Insatisfeitos (PEI), o conforto térmico pode ser definido como “o estado de
espírito que exprime a satisfação do homem em relação ao ambiente térmico”. A
insatisfação pode ter sua causa na sensação de desconforto por calor ou frio para
todo o corpo ou para uma parte definida dele.
Existem vários estudos sobre o Índice Térmico, que combinam muitos fatores
diferentes (temperatura, umidade, temperatura radiante média e velocidade do ar)
porém as diferenças entre os diversos índices se encontram na aproximação de
cada um ao problema, nas unidades usadas para expressar a combinação dos
fatores, na faixa de condição de aplicação e na importância relativa atribuída a cada
uma das variáveis e suas interdependências (PAULA,2004, p. 20).
Calor Calor
produzido perdido
Ainda segundo esse autor a acústica arquitetônica trata das técnicas passivas
de controle dos sons nos edifícios, utilizando a disposição dos componentes
espaciais e as propriedades físicas das edificações para atender critérios de
audibilidade, proteção contra ruídos e conforto requeridos para as diferentes
categorias de salas. Divide-se nas seguintes áreas de estudo:
O olho humano precisa de luz para observar cada atividade visual que nos
propomos a executar. A quantidade e a qualidade da iluminação do ambiente estão
relacionadas com o desempenho visual. Quanto menor for à tarefa visual ou mais
baixo o contraste, maior a quantidade de luz necessária para iluminar a tarefa a ser
executada, a fim de que o desempenho visual seja confortável para o homem, sem
exigir esforço mental e cansaço para a visão.
O conforto luminoso em habitação pode ser definido de uma forma geral como
a situação em que o usuário pode desenvolver suas atividades sem depender de um
esforço visual excessivo e livre de obscurecimento.
A direção da luz refletida pelo entorno pode ser utilizada mais eficientemente
no espaço interior, especialmente naqueles pontos localizados nas zonas próximas
à janela. Esta luz proveniente do entorno pode ser controlada – dentro de certos
limites – pelo projetista. Por exemplo: por meio de utilização da cor nas superfícies
próximas ao edifício pode-se aumentar a luz incidente, na zona das janelas em
sombra, como no interior do local (MASCARÓ, 1983).
Ainda segundo Pereira (1995), a iluminação artificial pode conferir uma ênfase
especial em partes da edificação com pouco acesso à luz natural; pode garantir
níveis de iluminação para uso funcional quando eles não podem ser atingidos com
luz natural. Entretanto, não existe nenhum fato arquitetônico no qual a presença da
luz se configure num beneficio para seus ocupantes.
Reconhecimento facial
Leitura casual
Armazenamento
Refeição
Terminais de vídeo
Participação de conferencias
Desenho técnico
Escala Conceitual
Desempenho da edificação
Extremamente
Muito Precário Precário Parcial Atende Supera
adequado
Escala
20 40 60 80 100 120
Numérica
Fonte: LEITE. 2007, p. 04
2.4.1 FLEXIBILIDADE
Diversos autores concordam que muitas decisões de projeto, podem talvez ser
feitas mais eficientemente, não pelo profissional projetista no estágio inicial do
projeto, mas subseqüentemente, pelo próprio usuário, pois, é possível encontrar
diferentes formas de solução de uma necessidade básica do homem em uma
mesma cultura ( como por exemplo, nos diferentes hábitos de comer das famílias –
refeições formais, em horários fixos, em uma sala de jantar ou refeições informais,
em qualquer hora do dia, na cozinha ( BRANDÃO eHEINECK, 2003).
Essa percepção é uma forma de conhecimento que não pode deixar de ser
usada na elaboração de projetos arquitetônicos.
A percepção é uma forma de conhecimento que não pode deixar de ser usada
na eleboração de projetos arquitetônicos. Cada povo, com sua cultura e história tem
uma visão diferenciada do ambiente, sendo de fundamental importância estudar os
requisitos dos usuários é quando estudamos o usuário e o seu relacionamento com
o a psicologia ambiental.
56
2 O CONTEXTO DA PESQUISA
3.4.1Subsídio
Foi observado que o condomínio se situa em uma área de difícil acesso, sem
pavimentação e/ou pavimentação precária. Na casa dos usuários-chave, não houve
modificação no projeto original, contribuindo melhor para avaliar as outras unidades.
Essas unidades permitiam ampliações, mas as modificações na estrutura da casa
eram impedidos e/ou condicionados a inspeção técnica do responsável pelo projeto.
segundo os usuários. A posição das casas, o ordenamento das ruas, a posição das
janelas e portas é um dos fatores determinantes para isso.
Fortemente Insatisfeito..................
Insatisfeito.....................................
Nem satisfeito nem insatisfeito....
Satisfeito.......................................
Fortemente Satisfeito...................
O tamanho dos acessos principais, com destaque para a guarita, teve 93.3%
de índice de satisfação pelos usuários. Em relação a localização dos acessos
principais, houve uma certo equilíbrio, cerca de 26,7% nem estavam satisfeitos e
nem insatisfeitos e 53,3% dos usuários mostraram-se satisfeitos. Cabe aqui enfatizar
também, que houve questionamentos em relação a mudança por parte da empresa
construtora do acesso previsto e o recuo da guarita em relação a rua. Os acessos
ao condomínio foram colocados por alguns usuários como precários, mas este item
não fez parte do objeto de estudo deste trabalho. Verificou-se 20% de insatisfação
dos usuários em relação ao acabamento dos acessos principais. Na segurança
notou-se que 93,3% estavam satisfeitos (Figura 13).
69
Figura 14 – Cômodos
REFERÊNCIAS
FROTA, A.B.; SCHIFER. S.R. Manual de Conforto Térmico. 7, Ed. – São Paulo:
Studio Nobel: 2003.
FI I N S FS NA
Fortemente Nem satisfeito nem Fortemente
Insatisfeito Satisfeito Não se aplica
Insatisfeito insatisfeito satisfeito
Marque com X a coluna
correspondente a sua opinião
PARTE A - QUALIDADE DA EDIFICAÇÃO COMO UM TODO - Como você classifica a qualidade
FI I N S FS NA
da edificação como um todo em relação aos seguintes aspectos:
Estacionamento e/ou garagens:
05. Facilidade de acesso e manobra
06. Qualidade dos acabamentos
Áreas sociais e de lazer:
07. Tamanho
08. Localização
09. Qualidade dos acabamentos
10. Paisagismo
Acessos principais:
11. Tamanho
12. Localização
13. Qualidade dos acabamentos
14. Segurança
Cômodos
15. Largura
16. Sistema de iluminação
17. Qualidade dos acabamentos
18. Aparência externa do edificio