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Disciplina: Sistemas Térmicos

Professor: Solidônio Rodrigues de Carvalho

Projeto: Combustão – Uma Aplicação Industrial

Nome: N.º:
Guilherme Augusto de Oliveira 85733

Uberlândia, 17 de dezembro de 2009


Sumário Páginas

1. Introdução 03
2. Desenvolvimento Teórico 03
3. Apresentação do Problema a ser Resolvido 07
4. Resultados Obtidos 08
5. Conclusões 20
Bibliografia 20

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1. Introdução

Muitos problemas termodinâmicos envolvem reações químicas. Entre eles, os mais familiares são os
que apresentam a oxidação de combustíveis compostos por carbono e hidrogênio, pois este processo é
utilizado na maioria dos dispositivos geradores de potência. Entretanto, pode-se pensar em inúmeros outros
processos que envolvem reações químicas incluindo, por exemplo, os que ocorrem no corpo humano. Neste
trabalho, o objetivo é analisar os processos, onde ocorre uma reação química, utilizando a primeira e a
segunda lei da termodinâmica. A combustão será tratada em detalhes, pois é um processo essencial para o
funcionamento de muitas máquinas, motores e equipamentos industriais.

2. Desenvolvimento Teórico

A combustão ou queima é uma reação química exotérmica entre uma substância (o combustível) e
um gás (o comburente), geralmente o oxigênio, para liberar calor. Em uma combustão completa, um
combustível reage com um comburente, e como resultado se obtém compostos resultantes da união de
ambos, além de energia, sendo que alguns desses compostos são os principais agentes causadores do efeito
estufa. De uma forma geral:

(1)

Exemplos:

CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2O + calor

CH2S + 6 F2 → CF4 + 2 HF + SF6 + calor

Podemos classificar desta forma os tipos de combustão:

Lenta – quando se produz a uma temperatura suficientemente baixa, isto é, inferior a 500 °C, não
havendo, regra geral, emissão de luz. A oxidação de um metal (ferro, cobre, zinco, etc.) em contato com o
ar úmido é um exemplo deste tipo de combustão. A combustão lenta é uma forma de queima que acontece
a baixas temperaturas. A respiração celular e formação de ferrugem são exemplos de combustões lentas.

Viva – é aquela em que se produz luz e, vulgarmente, designa-se por fogo. Neste caso, devido à
mistura dos gases inflamados com o ar forma-se a chama. No caso dos sólidos, cuja combustão decorre à
superfície, verifica-se a incandescência a partir da sua ignição e também através da formação de brasas.

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Estas surgem quando o combustível já não liberta gases suficientes para provocar chama. A combustão do
carvão ilustra estes aspectos.

Deflagração – combustão muito rápida cuja propagação se dá a uma velocidade inferior à do som
no ar (340 m/s).

Explosão – combustão resultado da mistura de gases ou partículas finamente divididas com o ar


numa percentagem bem determinada – mistura explosiva ou detonante – propagando-se a uma velocidade
superior a 340 m/s. Neste caso, a mistura tem de ocupar todo o espaço onde está contida e, no momento
da explosão, provoca uma elevação de temperatura ou de pressão ou de ambas, simultaneamente, sobre
todo o espaço confinante. Usamos como combustível a gasolina,o álcool ou o diesel. Combustão é o
processo de obtenção de energia.

Em uma combustão completa, o reagente irá queimar no oxigênio, produzindo um número limitado
de produtos e uma chama oxidante, azul, proveniente do fogo da Azula. Quando umhidrocarboneto queima
no oxigênio, a reação gerará apenas dióxido de carbono (CO2) e água. Quando elementos
como carbono, nitrogênio, enxofre e ferro são queimados, o resultado será os óxidos mais comuns. Carbono
irá gerar o dióxido de carbono. Nitrogênio irá gerar o dióxido de nitrogênio (NO2). Enxofre irá gerar dióxido
de enxofre (SO2). Ferro irá gerar óxido de ferro III (Fe2O3). A combustão completa é normalmente
impossível de atingir, a menos que a reação ocorra em situações cuidadosamente controladas, como, por
exemplo, em um laboratório.

A combustão turbulenta é caracterizada por fluxos turbulentos. É a mais usada na indústria (ex:
turbinas de gás, motores a diesel, etc.), pois a turbulência ajuda o combustível a se misturar com o
comburente.

Na combustão incompleta não há o suprimento de oxigênio adequado para que ela ocorra de forma
completa. O reagente irá queimar em oxigênio, mas poderá produzir inúmeros produtos. Quando
um hidrocarboneto queima em oxigênio, a reação gerará dióxido de carbono, monóxido de carbono, água, e
vários outros compostos como óxidos de nitrogênio. Também há liberação de átomos de carbono, sob a
forma de fuligem. A combustão incompleta é muito mais comum que a completa e produz um grande
número de subprodutos. No caso de queima de combustível em automóveis, esses subprodutos podem ser
muito prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Geralmente, a equação química para queimar um hidrocarboneto (como o octano) com oxigênio é a da
forma como foi apresentada em (1). A equação, em síntese, de um hidrocarboneto é sempre a seguinte:

Combustível + Oxigênio → Dióxido de carbono + Água + Calor

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A combustão é uma reação de uma substância (combustível) com o oxigênio (O2) (comburente)
presente na atmosfera, com liberação de energia.

A liberação ou consumo de energia durante uma reação é conhecida como variação


da entalpia (∆H), isto é, a quantidade de energia dos produtos da reação (Hp) menos a quantidade de
energia dos reagentes da reação (Hr):

∆H = Hp – Hr
(2)

Quando ∆H > 0 isto significa que a energia do(s) produto(s) é maior que a energia do(s)
reagentes(s) e a reação é endotérmica, ou seja, absorve calor do meio ambiente. Quando ∆H < 0, isto
significa que a energia do(s) reagente(s) é maior que a energia do(s) produto(s) e a reação é exotérmica,
ou seja, libera calor para o meio ambiente, como no caso da combustão da gasolina, por exemplo.

A respiração é um processo de combustão (“queima de alimentos”) que libera energia necessária para as
atividades realizadas pelos organismos. É interessante notar que a reação inversa da respiração é a
fotossíntese, que ocorre no cloroplasto das células vegetais, onde são necessários gás carbônico, água e
energia (vinda da luz solar) para liberar oxigênio e produzir material orgânico (celulose, glicose, amido, etc.)
utilizado no crescimento do vegetal.

A gasolina que possui enxofre (S)é muito poluente, e o diesel, ainda mais. Hoje no Brasil existe um
grande investimento por parte da Petrobrás para diminuir a concentração de enxofre no diesel e assim
torná-lo menos poluente. Portanto, combustíveis que tem enxofre, ao serem queimados produzem grandes
quantidades de um gás bastante tóxico e corrosivo, responsável por acidificar a atmosfera, o dióxido de
enxofre (SO2). Já o álcool é um combustível que não apresenta enxofre e portanto não produz o dióxido de
enxofre.

S(s)+ O2(g ) → SO2(g)

A falta de oxigênio durante a combustão leva à chamada ‘combustão incompleta’ que produz
monóxido de carbono (CO). Note que o CO tem um oxigênio a menos que o CO2, o que caracteriza a
deficiência de oxigênio, ou a ineficiência da reação. Este gás é muito tóxico para o ser humano, pois este
dificulta a função da hemoglobina, que é responsável pela renovação do oxigênio no nosso sangue.

Pequenas concentrações de monóxido de carbono já provocam tonturas e dores de cabeça. Outro


produto indesejável da combustão incompleta é a fuligem (C), que não tem oxigênio na sua constituição. A
porção mais fina da fuligem pode impregnar nos pulmões e causar problemas respiratórios.

As equações químicas abaixo ilustram a quantidade de calor (∆H) liberada durante a combustão
completa e incompleta do gás metano (CH4). Note como a quantidade de calor liberado é menor nos casos

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de combustão incompleta. Portanto, além da combustão incompleta gerar compostos nocivos à saúde
humana, há também uma grande desvantagem econômica, pois com a mesma quantidade de combustível
haverá menor quantidade de energia gerada, como se pode ver nas equações abaixo:

Combustão completa do metano:

CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O (l) ∆H = - 802 kJ/mol (energia liberada)

Combustão incompleta do metano:

CH4(g) + 3/2 O2(g) → CO(g) + 2H2O(l) ∆H = - 520 kJ/mol CH4(g) + O2(g) → C(s) + 2H2O(l)
∆H = - 408,5 kJ/mol

É muito importante saber a quantidade de calor liberada pelos combustíveis para que seja possível
comparar o valor energético de cada um deles.

O combustível menos poluente que se conhece é o hidrogênio, pois sua combustão gera apenas
água: H2(g) + ½ O2(g) → H2O(l) ∆H = - 286 kJ/mol

O ato da combustão consiste em três fases relativamente distintas, mas que se sobrepõem:

 Fase de pré-aquecimento, quando o combustível não queimado é esquentado até o seu ponto de
fulgor e depois para seu ponto de combustão. Gases inflamáveis começam a ser envolvidos em um
processo similar à destilação seca.
 Fase de destilação ou fase gasosa, quando a mistura dos gases inflamáveis com oxigênio sofre
ignição, energia é produzida em forma de calor e luz. Fogo normalmente é visível nesta fase.
 Fase de carvão ou fase sólida, quando a saída de gases inflamáveis é muito pouca para a presença
persistente de chama, e o combustível carbonizado queima lentamente. Ele só fica incandescente e
depois continua a arder sem chama.

Assumindo condições de combustão perfeitas, como uma combustão adiabática(sem perda de calor) e
completa, a temperatura da combustão pode ser determinada. A fórmula que leva a essa temperatura é
baseada na primeira lei da termodinâmica e se aproveita do fato que o calor da combustão (calculado a
partir do valor de aquecimento do combustível) é usado inteiramente para aquecer o combustível e o gás
(ex: oxigênio ou ar)

No caso de combustíveis fósseis queimados no ar, a temperatura de combustão depende:

 Do valor de aquecimento
 Da proporção do ar em relação ao combustível ( λ )
 Da capacidade térmica do combustível e do ar
 As temperaturas de entrada do ar e combustível

A temperatura de combustão adiabática aumenta para:

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 Valores de aquecimento mais altos
 Temperaturas de entrada mais altas
 Proporções entre o ar e o combustível tendendo para 1.

Normalmente, a temperatura de combustão adiabática para o carvão mineral é por volta de 1500 °C
(para temperaturas de entrada e temperaturas do ambiente e λ = 1.0), cerca de 2000 °C para o óleo e
2200 °C para o gás natural.

3. Apresentação do Problema a ser resolvido

A ilustração a seguir representa um forno para recozimento de chapas de metal:

Figura 1 – Desenho Esquemático do problema a ser estudado

São fornecidos os seguintes dados operacionais:

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Temperatura do combustível que entra no forno: 28.ºC;

Temperatura do ar antes e após o recuperador: 33ºC e 255ºC;

Temperatura das fumaças antes e após o recuperador: 650ºC e 330ºC;

Pressão atmosférica: 101.325 KPa;

Temperatura de referência: 25ºC;

Porcentagem de GLP no combustível: 26%

Porcentagem de GAF no combustível: 74%

Vazão de gás misturado (GM): 75 Nm³

Vazão de ar: 790 Nm³

4. Resultados Obtidos

Vazão de ar estequiométrica nas C.N.T.P que deve ser fornecida para a queima total do combustível
[Nm³]:

Antes de começar a se efetuar os cálculos, devem-se conhecer as concentrações de cada


componente na reação, levando em consideração as porcentagens de GLP e GAP. Sabendo a concentração
percentual de cada um dos elementos na constituição do GLP e do GAF, determina-se a consituição do gás
misturado (GM), e suas respectivas concentrações:

Tabela 1 - % volumétrico dos gases


ELEMENTO GAF GLP GM
S 0 0 0
C 0 0 0
H2 3.5 0 2.59
CO 22 0 16.28
CH4 0.2 0 0.148
C2H6 0 0.03 0.0078
C3H6 0 30.47 7.9222
C3H8 0 14.34 3.7284
C4H8 0 31.76 8.2576
C4H10 0 23.33 6.0658
C5H12 0 0.07 0.0182
C02 11.1 0 8.214
N2 59.2 0 43.808
H20 4 0 2.96
TOTAL 100 100 100

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A etapa seguinte é a determinação da vazão volumétrica, mássica e a massa específica de cada
elemento do gás misturado, por meio das relações matemáticas:

V´H2 = V´G.M *(%H2GM) (3)

De maneira semelhante à equação (3), calculou-se a vazão volumétrica para os demais


componentes.

Ρ = P*(PM)/R*Tref
(4)

Onde P é a pressão atmosférica, em KPa, PM é o peso molecular de cada elemento, dado em


Kg/Mol, como consta na tabela abaixo:

Tabela 2 - Peso molar dos elementos químicos

ELEMENTOS Peso (kg/mol)


S 32.07
C 12.01
H2 2
CO 28.01
CH4 16.04
C2H6 30.07
C3H6 42.08
C3H8 44
C4H8 56
C4H10 58.12
C5H12 72.15
C02 44.01
N2 28.02
H20 18
O2 32
S02 64.06

O R é a constante universal dos gases, (R= 8.3145 J/Mol.K), a Tref é a temperatura ambiente,
considerada nesta trabalho igual a 25ºC.

A vazão mássica, em kg/s, é dada pela seguinte relação:

M´ = Ρ*V´ (5)
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Com estas equações, obtém-se a seguinte tabela:

Tabela 3 - C.N.T.P
ELEMENTO V* [m³/s] p [Kg/m³] m*[Kg/s]
S 0 1.310824714 0
C 0 0.490895068 0
H2 0.000539583 0.082565199 4.45508E-05
CO 0.003391667 1.14487684 0.003883041
CH4 3.08333E-05 0.655616727 2.02148E-05
C2H6 0.000001625 1.229076993 1.99725E-06
C3H6 0.001650458 1.719972061 0.002838742
C3H8 0.00077675 1.802128521 0.001399803
C4H8 0.001720333 2.293023588 0.003944765
C4H10 0.001263708 2.375588787 0.003002051
C5H12 3.79167E-06 2.949049053 1.11818E-05
C02 0.00171125 1.798858612 0.003078297
N2 0.009126667 1.145285578 0.01045264
H20 0.000616667 0.736546971 0.000454204

Conhecida a vazão mássica dos elementos, como consta na Tabela 3, pode - se realizar o cálculo
estequiométrico nas C.N.T.P, como mostra a tabela a seguir. O balanço estequiométrico foi feito usando-se a
lógica apresentada pela equação (1), para os elementos que contem CH. Para os demais, dada a maior
simplicidade maior, foram simplesmente implementados na tabela em Excel, não requerendo maiores
cálculos.

(X3)*CH4 + (Y3)*O2 + 3,76*(Y3)*N2  (Z3)*CO2 + (K3)*H2O + 3,76*(Y3)*N2

Como está mostrado na equação acima, a coluna X da tabela 3 representa o numero molar dos
reagentes, o Y do oxigênio, sendo que o hidrogênio é igual a 3.76*Y, dada a sua maior concentração na
atmosfera terrestre. A Coluna Z, apenas para o H2 representa o numero molar da água, para os demais
componentes, quando este existir, representará o número molar do dióxido de carbono.

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Tabela 4- Reagentes e Produtos [Mols na C.N.T.P]
ELEMENTO X Y Z K
S 0 0 0 0
C 0 0 0 0
H2 2.20549E-05 1.10274E-05 2.20549E-05 0
CO 1.38631E-04 6.93153E-05 0.000138631 0
CH4 1.26028E-06 2.52055E-06 1.26028E-06 2.52055E-06
C2H6 6.64200E-08 2.3247E-07 1.3284E-07 1.9926E-07
C3H6 6.74606E-05 0.000303573 0.000202382 0.000202382
C3H8 3.17488E-05 0.000158744 9.52463E-05 0.000126995
C4H8 7.03167E-05 0.0004219 0.000281267 0.000281267
C4H10 5.16526E-05 0.000335742 0.000206611 0.000258263
C5H12 1.54980E-07 1.23984E-06 7.749E-07 9.2988E-07
C02 6.99454E-05 0 0 0
N2 3.73042E-04 0 0 0
H20 2.52055E-05 0 0 0

Em posse do valor do número de mol de cada um dos reagentes e produtos, encontra-se a vazão do
ar estequiométrica pela seguinte relação:

V´ar = NO2*(PM)/(Ρ) + NN2*(PM)/(Ρ) (6)


Onde:

N é o número de mols, PM é o peso molecular, e P é a massa específica de cada um dos produtos.

Através das tabelas desenvolvidas em Excel, tem-se o seguinte resultado:

VARideal[m³/s]
0.151892691

VARideal[Nm³]
546.813687

2) A razão entre a vazão de ar fornecida e a vazão de ar estequiométrica:

φ
1.444733405

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3) A vazão mássica dos gases na C.N.T.P [kg/h]

Dada pela relação:

M´ = Σ(Nmol*Pm)REAGENTES (7)

Das tabelas em Excel, chega-se ao resultado:

Vgas [Kg/s] Vgas [Kg/h]


2.87964E-01 1.0366692E+03

4) Entalpia de Combustão:

Hofr – Entalpia Padrão de formação dos reagentes;

Hofp - Entalpia Padrão de formação dos produtos;

Hofr = Σ(N*Hof)REAGENTES (8)

Hofp = Σ(N*Hof)PRODUTOS (9)

A entalpia de combustão é dada pela Relação:

∆HC = Hofp - Hofr (10)

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Pelas tabelas do Excel, tem-se:

Tabela 5 – Entalpia padrão de formação dos elementos [Kj/Kmol]


ENTALPIA
ELEMENTO [∆Hof]
S 0
C 0
H2 0
CO 110520
CH4 74840
C2H6 84667
C3H6 -20410
C3H8 103850
C4H8 -1172
C4H10 124730
C5H12 173100
C02 393510
N2 0
H20 241826
O2 0

Tabela 6 – Entalpia padrão de formação dos reagentes

ELEMENTO ENTALPIA [∆Hof] N [Mols] hfr = hof*N


S 0 0 0
C 0 0 0
H2 0 2.20549E-05 0
CO 110520 0.000138631 15.32144408
CH4 74840 1.26028E-06 0.094319159
C2H6 84667 6.642E-08 0.005623584
C3H6 -20410 6.74606E-05 -1.37687093
C3H8 103850 3.17488E-05 3.297109904
C4H8 -1172 7.03167E-05 -0.082411132
C4H10 124730 5.16526E-05 6.442633594
C5H12 173100 1.5498E-07 0.026827048
C02 393510 6.99454E-05 27.52421208
N2 0 7.45823E-03 0
H20 241826 2.52055E-05 6.095356721
O2 0 0.001884357 0
57.34824411 Total

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Tabela 7 – Entalpia padrão de formação dos produtos

N [Mols] hfr = hof*N


9.96249E-04 3.92034E+02
7.45823E-03 0.00000E+00
9.19817E-04 2.22436E+02
0.000580063 0.00000E+00
6.14470E+02 Total

delta H
5.57121E+02

5) Potência Fornecida pelos gases de combustão QG [Kw]

QG = ∆HG = ∫Cp(T).dT (11)

Integrou-se a equação acima usando a seguinte tabela:

Tabela 8 – Cálculo do calor oriundo do gás

ELEMENTOS C0 C1 C2 C3
S2 0 0 0 0
C 0 0 0 0
H2 0.000636062 1.687196E-09 7.2516360E-11 -1.9183312E-14
CO 0.004013353 5.697714E-07 4.9186105E-10 -3.0775973E-13
CH4 4.3240117E-05 6.8924570E-08 4.6138755E-12 -1.3863051E-14
C2H6 3.27916E-06 9.24567E-09 -3.86299E-12 4.83538E-16
C3H6 0.004019303 1.19473E-05 -6.86074E-09 1.65953E-12
C3H8 0.002159932 7.17205E-06 -4.16226E-09 1.00675E-12
C4H8 0.005827845 1.80292E-05 -1.21437E-08 3.55099E-12
C4H10 0.004620845 1.55629E-05 -9.76751E-09 2.57592E-12
C5H12 1.77917E-05 5.28327E-08 -2.94307E-11 6.54946E-15
O2 0 0 0 0
N2 0.010818221 8.2032E-07 2.13492E-09 -1.071E-12
H20 0.000843378 1.73414E-07 1.91663E-10 -9.05635E-14
CO2 0.002525728 2.96079E-06 -2.01932E-09 5.22072E-13
SO2 0 0 0 0
TOTAL 0.035528978 5.73684E-05 -3.20913E-08 7.81992E-12

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Parcela T1gm 0.994811398 0.022488427 -0.000234822 1.20164E-06
Parcela T2gm 0.888224462 0.017927637 -0.000167142 7.63665E-07

T1gm 28
T2gm 25 Qgm [Kw] = 0.111080484

6) Potência fornecida pelo ar à combustão:

QFU= ∆HFU= ∫Cp(T).dT (12)

De maneira análoga ao que se fez no item 5, chega-se a seguinte tabela, calculada no Excel:

(Tabela 9 - Cálculo da potência fornecida pelo ar)


ELEMENTOS C0 C1 C2 C3
O2 0.054834803 2.18209E-05 -1.14494E-08 2.47039E-12
N2 0.205470341 1.55803E-05 4.05485E-08 -2.03416E-11
TOTAL 0.260305144 3.74012E-05 2.90992E-08 -1.78712E-11
Parcela T2 6.507628601 0.011687869 0.000151558 -1.74523E-06
Parcela T1 66.37781173 1.216005857 0.160834655 -0.018890948

Qar [Kw] = 61.21629502

7) A temperatura adiabática da chama:

Constante= Qar – Qgm – Q0 = ∫Cp(T).dT (13)

Através da tabela a seguir, chega-se as constantes do polinômio de grau 4:

Tabelas 10 - Constantes do polinômio obtido pela integração da equação do Cp(T)

ELEMENTOS C0 C1 C2 C3
H20 3.07771E-02 6.32834E-06 6.99429E-09 -3.30490E-12
N2 2.16289E-01 1.64006E-05 4.26834E-08 -2.14126E-11
CO2 3.59746E-02 4.21712E-05 -2.87617E-08 7.43600E-12
O2 0.01687984 6.71713E-06 -3.52446E-09 7.60463E-13
TOTAL 2.99920E-01 7.16173E-05 1.73915E-08 -1.65210E-11
Parcela T1chama 7.49800E+00 2.23804E-02 9.05809E-05 -1.61338E-06

15
Onde T1chama é igual a 25ºC. Como o limite de integração superior é a variável, chega-se ao
seguinte polinômio, substituindo os valores conhecidos do limite inferior, bem como as constantes da
equação do Cp(T):

co = 2.9992*10^-1;
c1 = 3.58087*10^-5;
c2 = 5.79718*10^-9;
c3 = -4.13025*10^-12;

0 = -625.969 + co*T +c1*T.^2 + c2*T.^3 + c3*T.^4

Desta forma, implementou-se um programa no MatLab, construindo o vetor:

dT = 0.001;

T = 1500:dT:2000

Construiu um gráfico, para verificar em qual valor de T chega-se ao zero da equação:

Figura 2– Gráfico para determinação da Temperatura da chama [ºC]

Então, Tchama = 1748 ºC

8) A temperatura das fumaças Tfu[ºC], considerando que o rendimento médio dos queimadores é de 80%

η=Qfu/(Qgm+Qar-Qo) (14)

16
Onde o denominador da equação (14) é uma constante, já conhecida. Então, pelas tabelas do excel,
tem-se:

cte= -4.87239E+02

Em posse do redimento médio do queimador, chega-se ao valor do calor transferido pela fumaça:

Qefu [Kw] 4.94759E+02

Tabela 11 – Determinação das constantes do polinômio

ELEMENTOS C0 C1 C2 C3
H20 3.07771E-02 6.32834E-06 6.99429E-09 -3.30490E-12
N2 2.16289E-01 1.64006E-05 4.26834E-08 -2.14126E-11
CO2 3.59746E-02 4.21712E-05 -2.87617E-08 7.43600E-12
O2 0.01687984 6.71713E-06 -3.52446E-09 7.60463E-13
TOTAL 2.99920E-01 7.16173E-05 1.73915E-08 -1.65210E-11

O resultado acima responde á questão 9. Em posse desse valor, calcula-se a temperatura da


fumaça, de maneira análoga ao que foi feito no item 7:

QFU = ∫Cp(T).dT (15)


co = -4.87239*10^2;
c1 = 2.99920*10^-1;
c2 = 3.58087*10^-5;
c3 = 5.79718*10^-9;
c4 = -4.13025*10^-12;
0 = co + c1*T + c2*T.^2 + c3*T.^3 + c4*T.^4;

Construiu um gráfico, para verificar em qual valor de T chega-se ao zero da equação:

Figura 3 – Gráfico para determinação da Temperatura da fumaça [ºC]


17
Então, Tfu = 1393 ºC

9) Este item já foi respondido no item anterior (8)

10) O calor fornecido à chapa de aço que está no interior do forno sabendo que o rendimento do forno é de
60%.

Para a determinação do calor da chapa, usa-se a seguinte relação:

η=Qchapa/Qfu (16)

Como o calor da fumaça foi calculado no item 8, tem –se que o calor transferido na chapa é:

Qchapa
[Kw] 296.855428

11) A Temperatura média (ºC) da chapa de aço após 30 segundos de recozimento no interior do forno.
Considere uma chapa de alumínio de dimensões 0.3x0.3x0.15 metros a uma temperatura inicial de 30ºC.

Para a determinação da temperatura, usa-se a seguinte relação:

QCHAPA = m.Cp.(∆T)/(∆t) (17)

Do livro Incropera, tem-se que:

Cp[J/kgk] 477
ρ[kg/m³] 7900

Através da massa específica, determina-se a massa da chapa: 106.65 Kg. Desta forma, isolando o
termo da temperatura na equação, tem-se:

Tmchapa
[ºC]
205.0600346

18
Calculando também para o alumínio, tem-se:

Alumínio
Cp[J/kgk] 900
ρ[kg/m³] 2697
Ti[°C] 30
volume[m³] 0.0135
mchapa [kg] 36.4095
tempo[seg] 30

Alumínio
Tmchapa [ºC]
301.7746997

Portanto, para a chapa de alumínio, a temperatura média final é maior que para o aço, devido ao
seu maior calor específico. O calor específico é uma grandeza física que define a variação térmica de
determinada substância ao receber determinada quantidade de calor. Também é chamado de capacidade
térmica mássica. É constante para cada substância em cada estado físico. Pode-se dizer que o calor
específico caracteriza uma substância (em determinado estado físico).

12) O rendimento do recuperador de calor [%].

A seguir, é apresentado um desenho esquemático do recuperador de calor, bem como as suas


trocas de calores:

Figura 4 – Desenho esquemático do Recuperador de Calor

Desta forma, o rendimento do recuperador é dado por

η=hsaida/hentrada
(18)
19
De maneira análoga ao que foi feito no item 4 para o calculo da entalpia, porém agora para novos
intervalos de temperaturas, tem-se as seguintes tabelas geradas pelo Excel:

TEMPERATURAS
TfuE[°C] 650
TfuS[°C] 330
TarE[°C] 33
TarS[°C] 255

∆HfuE[KW] 2.03411E+02
∆HfuS[KW] 9.55121E+01
∆HarE[KW] 2.091311694
∆HarS[KW] 61.21629502

Rendimento do
recuperador
7.62658E-01
7.626580E+01 [%]

5. Conclusões

Com este trabalho, foi possível entender como ocorre a combustão, dependendo da concentração de
seus reagentes, que determinarão os produtos da reação. Foi possível entender o significado físico dos
rendimentos do forno, do recuperador de calor, dos queimadores. Também se deve salientar a importância
de se ter um processo com uma completa combustão, o que potencializa a geração de calor bem como
reduz a emissão de poluentes para a atmosfera.

Bilbliografia

[1] - http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%A3o
[2] - http://www.lcp.inpe.br/maiscombustao.htm
[3] - http://www.kuttner.com.br/d-hochofen.html

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