Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
‡
Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
‡
1
Sumário
2
Capı́tulo 1
1.1 Lista I
• ∅ ∈ A pois ∅ é finito .
∪
n ∩
n
( c
Ak ) = Ack ⊂ Act
k=1 k=1
3
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 4
∪
n
como subconjunto de um conjunto finito é finito, segue que ( Ak )c é finito
k=1
.
∪
∞
2k
k=1
∪
∞
não é finito e também não é finito seu complementar 2k − 1.
k=1
álgebra
que não é uma σ-álgebra de X, pois não é fechado pela união {1} ∪ {2} = {1, 2} não
pertence a A1 ∪ A2 .
ê Demonstração.
Vamos mostrar que todo conjunto aberto pertence a σ-álgebra gerada por semi-
retas fechadas σ ′ . Temos que [a, ∞) e [b, ∞) ∈ σ ′ com b > a arbitrário logo sua
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 5
interseção também [a, b] , tomando a interseção deste último conjunto com [b, ∞)
segue que conjuntos com um elemento {b} pertencem a σ ′ , logo a união também
{b, a}, como σ-álgebras são fechadas por complementar então [a, b] \ {a, b} = (a, b)
então todo aberto está contido em σ ′ e por isso ela contém a σ-álgebra de Borel .
Vamos mostrar agora que a σ-álgebra de Borel, também contém toda semi-reta
fechada . Tomamos dois conjuntos abertos (a, ∞) e (a, b) e tomamos a diferença
(a, ∞) \ (a, b) = [b, ∞) logo toda semi-reta fechada pertence a B(R) e portando
B(R) = σ ′ .
• Primeiro σ(f−1 (C)) ⊂ f−1 (σ(C)) . Temos que C ⊂ σ(C) ⇒ f−1 (C) ⊂ f−1 (σ(C)),
onde f−1 (σ(C)) é uma σ-álgebra em X, logo
pois f−1 (σ(C)) é uma σ-álgebra que contém f−1 (C) e σ(f−1 (C)) é a menor de tais
σ-álgebras.
• Seja B ′ = {B ⊂ Y | f−1 (B) ∈ σ(f−1 (C))} . Temos que f−1 (C) ⊂ σ(f−1 (C)), logo
C ⊂ B ′ o que implica σ(C) ⊂ B ′ pois B ′ é σ-álgebra . Portanto
porém o conjunto das semi-retas fechadas {[a, ∞), a ∈ R} também gera o conjunto
de Borel por isso σ(σ({[a, ∞), a ∈ R})) = B(R), isto é, f−1 (B(R)) ⊂ B(R) , por isso
para qualquer conjunto de borel S temos que f−1 (S) também é um conjunto de borel .
de conjuntos
∩
∞ ∪
∞
lim sup An = Ak .
n=1 k=n
∪
∞ ∩
∞
lim inf An = Ak .
n=1 k=n
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 7
2. Se para algum n0
∪
∞
µ( Ak ) < ∞
k=n0
então
lim sup µ(An ) ≤ µ(lim sup An ).
ê Demonstração.
então aplicando resultado que já provamos para união de sequência crescente
temos
∩
∞ ∩
∞
µ(lim inf An ) = lim µ( Ak ) = lim inf µ( Ak ) ≤ lim inf µ(An )
k=n k=n
∩
∞ ∩
∞
essa última desigualdade segue de que Ak ⊂ An , daı́ µ(An ) ≥ µ( Ak ) e
k=n k=n
∩
∞
daı́ segue a desigualdade para lim inf, lim inf µ( Ak ) ≤ lim inf µ(An ).
k=n
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 8
2. Queremos provar que lim sup µ(An ) ≤ µ(lim sup An ), temos por definição que
∩
∞ ∪
∞
lim sup An = Ak
| {z }
n=1 k=n
Bn
e tem-se ainda
∪
∞ ∪
∞
Bn = Ak ⊃ Ak = Bn+1
k=n k=n+1
então temos uma sequência decrescente de conjuntos (Bn ) , por resultado que
já provamos tem-se que
∩
∞
lim µ(Bn ) = µ( Bk ) =
k=1
∪
∞
µ(lim sup An ) = lim sup µ(Bn ) = lim sup µ( Ak ) ≥ lim sup µ(An )
k=n
∪
∞ ∪
∞
essa última desigualdade segue de que An ⊂ Ak então µ( Ak ) ≥ µ(An ) e
k=n k=n
daı́
∪
∞
lim sup µ( Ak ) ≥ lim sup µ(An )
k=n
e com isso terminamos a prova.
∞
∑
1.1.5 Lema de Borel-Cantelli - Se µ(Ak ) < ∞ então µ(lim sup An ) =
k=1
0.
∑
∞
b Propriedade 5 (Lema de Borel-Cantelli). Se µ(Ak ) < ∞ então µ(lim sup An ) =
k=1
0.
ê Demonstração.
∩
∞ ∪
∞
Temos que lim sup An = Ak , como Bn é crescente e
| {z }
n=1 k=n
Bn
∪
∞ ∑
∞
µ( Ak ) ≤ µ(Ak ) < ∞.
k=1 k=1
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 9
Usamos agora o resultado que já mostramos, que se Bn ↓ A, µ(Bn ) < ∞ então
µ(A) = lim µ(Bn ). Com A = lim sup An
∪ ∑
∞
µ(lim sup An ) = lim µ( Ak ) ≤ lim µ(Ak ) = 0
k=n k=n
∑
∞ ∑
∞
pois µ(Ak ) < ∞ pelo critério de Cauchy o limite lim µ(Ak ) = 0 é nulo .
k=1 k=n
1.1.6 Questão 5
1. Ω ∈ Σ pois Ωc = ∅ é enumerável.
∪
∞ ∩
∞
( Ak )c = (Ack ) ⊂ Act
k=1 k=1
∪
∞ ∑
∞
µ( Ak ) = µ(Ak ),
k=1 k=1
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 10
∪
∞ ∑
∞
µ( Ak ) = 1 = µ(A ) + µ(A ) = 1.
| {z k} | {z t}
k=1 k=1,k̸=t 0 1
ê Demonstração.
Usamos que E = (E ∩ F) ∪ (Fc ∩ E) é união disjunta de maneira semelhante para F,
como (E ∩ Fc ) ∪ (Ec ∩ F) é união disjunta temos
pois medida é finitamente aditiva, como medida assume valor não negativo, tem-se
µ(E ∩ Fc ) = µ(Ec ∩ F) = 0.
ê Demonstração.
3. Se A ∼ B e B ∼ C então A ∼ C.
Porém
µ(A∆C) = µ(Ac ∩ C) + µ(A ∩ Cc ),
mas temos
Ac ∩ C = (C ∩ Bc ∩ Ac ) ∪ (C ∩ B ∩ Ac ) e A ∩ Cc = (A ∩ Bc ∩ Cc ) ∪ (A ∩ B ∩ Cc ),
sendo que , cada um desses conjuntos possui medida nula , assim vale µ(A∆C) =
0 como querı́amos provar.
ê Demonstração.
µ(A∆B) + µ(B∆C) =
1 4
z }| { z }| {
= [µ(A ∩ Bc ∩ Cc ) +µ(C ∩ A ∩ Bc ) + µ(B ∩ Ac ∩ Cc ) + µ(C ∩ B ∩ Ac )]+
3 2
z }| { z }| {
+[µ(C ∩ A ∩ B ) + µ(C ∩ Bc ∩ Ac ) + µ(A ∩ B ∩ Cc ) +µ(B ∩ Ac ∩ Cc )] ≥
c
1 2 3 4
z }| { z }| { z }| { z }| {
≥ µ(A ∩ Bc ∩ Cc ) + µ(A ∩ B ∩ Cc ) + µ(C ∩ Bc ∩ Ac ) + µ(C ∩ B ∩ Ac ) .
1.2 Lista 2
1.2.1 Questão I
0, se A é enumerável
θ(A) =
1 caso contrário
θ é uma medida exterior, mas não é medida.
•
∪
∞ ∑
∞
θ( Ak ) ≤ θ(Ak ),
| {z
k=1
} k=1
∈{0,1}
∪
∞
isto é, é enumeravelmente subaditiva. Se Ak ) é não enumerável, algum
k=1
dos Ak é não enumerável e daı́ θ(Ak ) = 1 por isso o segundo lado da ex-
pressão é maior ou igual que 1 .
Tal função não é medida pois tome uma união enumerável com exatamente
apenas A1 e A2 não enumeráveis então
∪
∞ ∑
∞
θ( Ak ) = 1, θ(Ak ) = 2
k=1 k=1
θ∗ (A) = 0,
θ∗ (A ∩ M) + θ∗ (A ∩ Mc ) = 0 + 0 = 0,
θ∗ (A) = 1,
θ∗ (A ∩ M) + θ∗ (A ∩ Mc ) = 0 + 1 = 1,
| {z } | {z }
0 1
θ∗ (A) = 1,
θ∗ (A ∩ M) + θ∗ (A ∩ Mc ) = 1 + 1 = 2,
| {z } | {z }
1 1
∗
portanto não é θ mensurável em geral.
0, se A é enumerável
v(A) =
∞ caso contrário
•
∪
∞ ∑
∞
v( Ak ) ≤ v(Ak ),
| k={z
1
} k=1
∈{0,∞}
∪
∞ ∑
∞
v( Ak ) = 0 = v(Ak ) = 0,
k=1 k=1
∪
∞ ∑
∞
v( Ak ) = ∞ = v(Ak ) = ∞.
k=1 k=1
enumeráveis, logo
v(A ∩ M) + v(A ∩ Mc ) = 0 + 0 = 0,
v(A) = ∞,
v(A ∩ M) + v(A ∩ Mc ) = ∞,
1.2.2 Questão 2
µ∗ (A ∩ (M1 ∪ M2 )) = µ∗ (A ∩ M1 ) + µ∗ (A ∩ M2 ).
A ∩ (M1 ∪ M2 ) ∩ Mc1 ∩ M2 = A ∩ M2
| {z }
M2
µ∗ (A ∩ (M1 ∪ M2 )) = µ∗ (A ∩ M1 ) + µ∗ (A ∩ M2 ).
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 17
∪
n ∑
n
∗
µ (A ∩ Mk ) = µ∗ (A ∩ Mk )
k=1 k=1
∪
∞ ∑
∞
∗
µ ([ Mk ] ∩ E) = µ∗ (Mk ∩ E).
k=1 k=1
∪
n ∪
∞
pois [ Mk ] ∩ E ⊂ [ Mk ] ∩ E daı́ temos
k=1 k=1
∪
∞ ∑
∞
µ∗ ( Mk ∩ E) ≥ µ∗ (Mk ∩ E)
k=1 k=1
1.2.3 Questão 3
E + s = {x + s, x ∈ E},
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 18
∑∞ ∪
∞
∗
λ (E + s) = inf { (b + s − ak − s) | E + s ⊂ (ak + s, bk + s)} =
| k {z }
k=1 bk −ak k=1
∑
∞ ∪
∞
= inf { (bk − ak ) | E ⊂ (ak , bk )} = λ∗ (E).
k=1 k=1
∪
∞ ∪
∞
Primeiro seja r > 0 Se E ⊂ (ak , bk ) ⇒ rE ⊂ (rak , rbk ), seja y ∈ rE então
k=1 k=1
y = rx, x ∈ (ak , bk ) , isto é, ak < x < bk e daı́ rak < rx < rbk , rx ∈ (rak , rbk )
∪
∞
portanto rE ⊂ (rak , rbk ), disso
k=1
∑
∞ ∪
∞ ∑
∞ ∪
∞
λ(rE) = inf { rbk − rak , rE ⊂ (rbk , rak )} = r inf { bk − ak , rE ⊂ (rbk , rak )} =
k=1 k=1 k=1 k=1
∑
∞ ∪
∞
= r inf { (bk − ak ) | E ⊂ (ak , bk )} = rλ(E).
k=1 k=1
∪
∞ ∪
∞
Seja r < 0 Se E ⊂ (ak , bk ) ⇒ rE ⊂ (rbk , rak ), seja y ∈ rE então y = rx,
k=1 k=1
x ∈ (ak , bk ) , isto é, ak < x < bk e daı́ rbk < rx < rak , rx ∈ (rbk , rak ) portanto
∪
∞
rE ⊂ (rbk , rak ), disso
k=1
∑
∞ ∪
∞ ∑
∞ ∪
∞
λ(rE) = inf { rak −rbk , rE ⊂ (rbk , rak )} = inf {−r bk −bak , rE ⊂ (rbk , rak )} =
k=1 k=1 k=1 k=1
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 19
∑
∞ ∪
∞
= −r inf { bk − ak , rE ⊂ (rbk , rak )} =
k=1 k=1
∑
∞ ∪
∞
= −r inf { (bk − ak ) | E ⊂ (ak , bk )} = −rλ(E).
k=1 k=1
λ(rE) = rλ(E).
(E + y)c = Ec + y.
Seguindo as equivalências
z ∈ (E + y)c ⇔ z ̸= x + y, x ∈ E ⇔
z−y=x∈
/ E ⇔ z − y = x ∈ Ec ⇔ z = x + y, x ∈ Ec ⇔ z ∈ Ec + y.
z ∈ [(A − y) ∩ E] + y ⇔ z = (za − y) + y = ze + y
| {z }
=za ∈A
z ∈ A ∩ (E + y) ⇔ z = za′ = ze′ + y
então os elementos dos dois tipos de conjunto assumem a mesma forma . Agora
provamos a mensurabilidade ,vamos usar também o fato que provamos da invariância
por translações, isto é, λ(A + y) = λ(A), então vamos lá,
= λ((A − y ∩ E) + y) + λ((A − y) ∩ Ec + y) =
(rE)c = r(Ec ).
z z
z ∈ (rE)c ⇔ z ̸= r.x, x ∈ E ⇔ ̸= x ∈ E ⇔ = x ∈ Ec ⇔
r r
z = r.x, x ∈ E ⇔ z ∈ r.(E ).
c c
A segunda identidade,
1
r( A) ∩ E = A ∩ (rE),
r
1 za
z ∈ r( A) ⇔ z = r( ) = rze ,
r r
z ∈ A ∩ (rE) ⇔ z = za′ = rze ,
logo os elementos dos dois conjuntos são da mesma forma. Agora provamos a
mensurabilidade, usando o que já provamos λ(rA) = |r|λ(A)
A A A
λ(A) = |r|λ( ) = |r|(λ( ∩ E) + λ( ∩ Ec )) =
r r r
A A
= (λ(r[ ∩ E]) + λ(r[ ∩ Ec )]) = (λ(A ∩ [rE]) + λ(A ∩ rEc )) =
r r
usando finalmente que (rE)c = r(Ec ), segue o que desejamos
então rE é mensurável .
Segue das duas propriedades que sendo E mensurável, então rE + s também é
mensurável.
λ(E∆F) < ε.
ê Demonstração. Pela definição de medida exterior de Lebesgue, existe uma
∪
∞
sequência de intervalos abertos (Ik ) tal que, E ⊂ Ik e
k=1
∑
∞
ε
λ(E) ≤ (bk − ak ) < λ(E) + ,
2
k=1
∪
n
pois λ(E) é o mı́nimo, a maior cota inferior . Seja F = Ik , então
k=1
∪
∞ ∑
∞
ε
λ(F \ E) ≤ λ( Ik \ E) ≤ [ λ(Ik )] − λ(E) < ,
2
k=1 k=1
aqui usamos o fato de λ(E) < ∞ para poder transformar a diferença de conjuntos na
diferença das medidas, usamos também a subaditividade, temos ainda que
∪
∞ ∪
∞ ∑
∞
ε
λ(E \ F) ≤ λ( Ik \ F) = λ( Ik ) ≤ λ(Ik ) < ,
2
k=1 k=n+1 k=n+1
∪
n ∪
∞ ∪
∞ ∪
n ∪
∞
onde usamos que F = Ik e daı́ Ik \ F = Ik \ Ik = Ik , somando as duas
k=1 k=1 k=1 k=1 k=n+1
expressões obtidas temos que
ε ε
λ(E∆F) = λ(E \ F) + λ(F \ E) < + = ε.
2 2
Tal resultado diz informalmente que Λ(E) w µ(E ∩ F), pois
b Propriedade 12. Seja F ⊂ [a, b] mensurável com λ(F) > 0, então para todo
ε > 0 existe um intervalo aberto I tal que λ(F ∩ I) > (1 − ε)λ(I).
ê Demonstração. Suponha por absurdo que existe ε > 0 tal que para cada
intervalo aberto I, tem-se
λ(F ∩ I) ≤ (1 − ε)λ(I),
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 22
por definição da medida de Lebesgue existe uma famı́lia de intervalos abertos (Jk )n1
(aqui usamos que F ⊂ [a, b], logo pode ser coberto por quantidade finita de intervalos)
∪
n
tal que F ⊂ Jk e
k=1
∑
n
λ(F) ≤ λ(Jk ) << λ(F) + ελ(F) = (1 + ε)λ(F),
k=1
∪
n ∑
n
λ(F) = λ(F ∩ Jk ) ≤ λ(F ∩ Jk ) ≤
|∪ {z }
k=1 k=1
n
k=1 (Jk ∩F)
∑
n
≤ (1 − ε)λ(Jk ) ≤ (1 − ε)(1 + ε)λ(F) = (1 − ε2 )λ(F),
k=1
logo λ(F) ≤ (1−ε2 )λ(F) ⇒ 0 ≤ −ε2 λ(F) o que implicaria λ(F) ≤ 0 o que contraria nossa
suposição de que λ(F) > 0. Portanto dado ε > 0 existe I tal que λ(F ∩ I) > (1 − ε)λ(I).
então
λ(E ∩ I) ≥ λ(Fn ∩ I) > (1 − ε)λ(I).
ê Demonstração.
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 23
3
Da propriedade anterior tomamos α = , então temos um intervalo aberto tal
4
3 −1 1
que λ(E ∩ I) > λ(I). Tomamos x ∈ ( λ(I), λ(I)) e os conjuntos
4 2 2
A = E ∩ I e B = (E ∩ I) + x,
temos que λ(A) = λ(B), pois λé invariante por translação . Suponha que A ∩ B = ∅
então
3 3
λ(A ∪ B) = 2λ(A) > 2. λ(I) = λ(I),
4 2
porém A ∪ B ⊂ I ∪ (I + x), pois A = E ∩ I ⊂ I e B = (E ∩ I) + x ⊂ I + x. Como
−1 1
x ∈ ( λ(I), λ(I)) então a medida de I ∪ (I + x) é no máximo a medida de I mais a
2 2
1 3
metade dessa medida , λ(I ∪ (I + x)) ≤ λ(I) + λ(I) = λ(I). Por isso temos
2 2
3 3
λ(I) < λ(A ∪ B) ≤ λ(I ∪ (I + x)) = λ(I),
2 2
o que é absurdo, então A ∩ B não é vazio . Seja y ∈ A ∩ B, isto é, y ∈ (E ∩ I) + x e
y ∈ (E∩I), por isso y = z+x para algum z ∈ E∩I então x = y−z ∈ E−E com x tomado
−1 1 −1 1
arbitrário no intervalo ( λ(I), λ(I)) segue então a inclusão de ( λ(I), λ(I)) em
2 2 2 2
E − E.
1.2.4 Questão 5
isso segue de
f−1 (E) ∩ Y = f−1 (E) ∩ f−1 (R) = f−1 (E ∩ R) ∈ A
pois como E ∈ B(R) então E ∩ R ∈ B(R) e usamos que f é (A, B(R)) mensurável .
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 24
Usamos a identidade f−1 (E) ∩ f−1 (R) = f−1 (E ∩ R), que vale pois
x ∈ f−1 (E ∩ R) ⇔ ∃y | f(x) = y, y ∈ E, R
pois f−1 (E) ∈ A e f−1 (I) ∈ A pois f−1 (∞), f−1 (−∞) ∈ A.
Vamos provar o que usamos , f−1 (E ∪ I) = f−1 (E) ∪ f−1 (I) . Seja x ∈−1 (E ∪ I) então
f(x) = y onde y ∈ E ou y ∈ I . Agora seja x ∈ f−1 (E) ∪ f−1 (I) então f(x) = y ou y ∈ I,
as definições são iguais para os elementos, logo os conjuntos são iguais .
∪
∞ ∪
∞
f (a, ∞] = f (
−1 −1
(rk , ∞]) = f−1 (rk , ∞] ∈ A
k=1 k=1
de onde segue o resultado.
pois F1 e F2 são mensuráveis . O caso complexo também recai no caso real, conside-
rando as partes real e imaginária.
1.3 Lista 3
1.3.1 Questão 1
∫
b Propriedade 18. Se f : X → [0, ∞] é uma função mensurável com fdµ < ∞
então {y ∈ X | f(y) = ∞} possui medida nula e {y ∈ X | f(y) > 0} é σ-finito.
∫
b Propriedade 19. Se f : X → [0, ∞] é uma função mensurável com fdµ < ∞,
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 26
∫ ∫
fdµ − ∪
n
fdµ < ε,
X Ik
k=−1
∪
n ∑
n
tomando E = Ik , temos µ(E) = µ(Ik ) < ∞ pois toda parcela tem valor finito ,
k=−1 k=1
como querı́amos demonstrar.
1.3.2 Questão 2
∫
v(B) = fdµ, ∀ B ∈ A,
B
então v é medida em A .
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 27
∫ ∫
2. ∀ g : X → [0, ∞] mensurável, temos que gdv = fgdµ.
ê Demonstração.
∫
1. Primeiro vamos mostrar que v é medida. Vale que v(∅) = 0 = fdµ = 0, v ̸= ∞,
∅
pois ∫ ∫
fdµ = sup{ gdµ | g é simples e 0 ≤ g ≤ f} = sup{0} = 0,
∅ ∅
| {z }
0
∫
pois já mostramos para funções simples que gdµ = 0.
∅
vale também que
∪
∞ ∑
∞
v( Ak ) = v(Ak )
k=1 k=1
quando Aj ∩ Ak = ∅ se j ̸= k. Definimos
fn = fX ∪n ,
Ak
k=1
∪
∞ ∫ ∫ ∫
v( Ak ) = ∪
∞
fdµ = fX ∪
∞ dµ = lim fn dµ =
X Ak X
k=1 k=1
k=1
∫ ∫ ∑
n
= lim ∪
n
fdµ = lim f. XAk dµ =
Ak X k=1
k=1
n ∫
∑ n ∫
∑ ∞ ∫
∑ ∑
∞
= lim fXAk dµ = lim fdµ = fdµ = v(Ak )
k=1 X k=1 Ak k=1 Ak k=1
∫ ∑
n ∫ ∑
n
gdv = ak XEk dv = ak v(Ek )
X k=1 X k=1
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 28
∫ ∫ ∑
n ∑
n ∫
gfdµ = ak fXEk dµ = ak fXEk dµ =
X X k=1 k=1 X
∑
n ∫ ∑
n
= ak fdµ = ak v(Ek )
k=1 Ek k=1
logo as duas expressões são iguais.
∫ ∫
gdv = gfdµ.
X X
onde usamos o teorema da convergência monótona.
1.3.3 Questão 3
ê Demonstração.
∫ ∫ ∫ n0 ∫
∑ ∫ n0 ∫
∑
g= |f| + ε + |fk | = |f| + εµ(X) + |fk |
| {z }
k=1 <∞ k=1 |{z}
<∞
∫
e também |f| < ∞ pois ainda pela desigualdade triangular temos |f| − |fn | ≤ ε ,
∫ ∫
|f| ≤ |fn | + ε para n > n0 , logo integrando, ficamos com |f| ≤ |fn | + εµ(X) < ∞
∫ ∫
. Então g ∈ L e temos fn → f por teorema da convergência dominada .
1
−x
en
2. Considerando a medida de Lebesgue, definimos fn : [0, ∞) por fn (x) = ,
n
1
temos que µ[0, ∞) = ∞, fn → 0 uniformemente pois fn (x) ≤ . Porém
n
∫ ∞ −x −x ]∞
en −ne n
= = 1 ∀ n ∈ N,
0 n n 0
∫ ∫
daı́ fn = 1 ̸= 0 lim fn .
1.3.4 Questão 4
∫ ∫
fn dµ → fdµ.
∫usamos a relação de troca de sinal de lim inf para lim sup , usando que g ∈ L temos
1
Logo temos ∫ ∫ ∫
lim sup fn ≤ f ≤ lim inf fn ,
∫ ∫
e daı́ fn → f como querı́amos .
1.3.5 Questão 5
∫
b Propriedade 23. Suponha fn , f ∈ L e fn → f q.s, então
1
|fn − f| → 0 ⇔
∫ ∫
|fn | → |f|.
ê Demonstração.
⇒). ∫ ∫
Supondo |fn − f| → 0 . Seja ε > 0 , então temos que |fn − f| < ε para n > n0 ,
como
∫ ∫ ∫
| |fn | − |f|| ≤ ||fn | − |f|| ≤ |fn − f|,
∫ ∫ ∫
tem-se | |fn | − |f|| < ε para n > n0 então segue |fn | → |f|.
∫ ∫
⇐). Suponha que |fn | → |f|. Definimos pn = |fn −f|, qn = |fn |+|f| e p = 0, q = 2|f|
∫ ∫
os seus limites q.s . Temos que pn , qn , p, q ∈ L , |pn | ≤ qn e qn → q então pela
1
∫ ∫
generalização do teorema da convergência dominada , tem-se que pn → p, isto é,
∫ ∫
|fn − f| → 0 = 0 como querı́amos demonstrar.
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 31
1.3.6 Questão 6
2. fn → f em L1 .
ê Demonstração.
1. Tomando parte real e imaginária, podemos supor que fn e f são reais aplicando
o análogo ao lema de Fatou para medida em g + fn temos
∫ ∫ ∫ ∫
g + f ≤ g + lim inf fn ,
∫
logo de g ∈ L , temos
1
g < ∞ e daı́ cancelando tal termo na expressão acima,
tem-se ∫ ∫
f ≤ lim inf fn .
CAPÍTULO 1. EXERCÍCIOS DE TEORIA DA MEDIDA 32
a última desigualdade vale pois, |fn | → |f| em medida implica existir sub-
sequência (|fnk |) de (|fn |) que converge q.s para |f|, daı́ segue que |fnk | ≤ g e
aplicando o limite lim |fnk | = |f| ≤ g q.s, portanto da desigualdade |fn − f| ≤
|f| + |fn | ≤ 2g q.s, segue-se aplicando o resultado (1) que
∫ ∫
lim |fn − f| = 0 = 0,
logo fn → f em L1 .
1.3.7 Questão 7
1. fn → f em medida .
2. fn → f q.s .
ê Demonstração.
∩
∞
1
µ(Ec ) = µ( Eck ) ≤ µ(Eck ) < ∀k
k=1
k