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Cinética de degradação in vitro da matéria seca da Citrullus lanatus cv.

Citroides

Isislayne Estevão de Lima¹; Marciano Tenório Marinho¹; Daniel Bezerra do


Nascimento¹; Jackson Carvalho Cordeiro¹; Gherman Garcia Leal de Araújo²;
Ana Lúcia Teodoro¹; André Luiz Rodrigues Magalhães¹
1
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Avenida Bom Pastor, s/n - Boa
Vista, Garanhuns - PE, 55292-270
²
Embrapa Semiárido

Conhecer as características nutricionais das plantas nativas com potencial


forrageiro é de suma importância para o aproveitamento destas como fonte de
volumoso em dietas de pequenos ruminantes criados em áreas de Caatinga.
Assim, objetivou-se avaliar a cinética de fermentação in vitro da melancia
forrageira (Citrullus lanatus cv. Citroides). Desta forma, coletou-se
aleatoriamente quatro amostras em área de Caatinga, pertencente a Embrapa
Semiárido, no município de Petrolina-PE. Após a coleta, as amostras foram
pré-secas, moídas em peneiras de 1 e 2mm e analisadas no Laboratório de
Nutrição Animal da Unidade Acadêmica de Garanhuns-UFRPE. Para
determinação da cinética de fermentação microbiana in vitro, incubou-se 600
mg de amostra seca ao ar, com 60 mL do meio nutritivo e 15 mL de inóculo
coletado de dois caprinos fistulados no rúmen, injetando CO 2 continuamente
para manter o meio anaeróbico. Incubou-se nos tempos de 0, 3, 6, 9, 12, 18,
24, 36 e 48 horas, em estufa com temperatura constante de 39ºC. Em cada
respectivo tempo pós-incubação, cessou-se a fermentação e filtrou-se o
material em cadinhos de vidro previamente pesados. Por diferença, obteve-se
a degradação da matéria seca de acordo com o tempo de incubação. A partir
dos dados observados, estimou-se os parâmetros de fermentação a, b e c
utilizando o procedimento NLIN do SAS. Estes foram aplicados na equação
para estimar a degradabilidade efetiva (DE) de acordo com as taxas de
passagens de 0,02; 0,05 e 0,08 por hora. Observou-se que 22,73% da
composição de matéria seca (MS) desta espécie faz parte do parâmetro de
fermentação a, enquanto que 56,14% da MS é considerada insolúvel (b),
porém digestível com taxa de digestão (c) de 0,04/hora, totalizando a digestão
potencial de 78,87%. Porém, quando consideradas as taxas de passagem
baixa, média e alta, observou-se que a DE foi de 60,79; 48,39 e 42,09%,
respectivamente. A melancia forrageira pode ser considerada uma espécie com
potencial forrageiro, devido suas características que favorecem a digestão
ruminal.

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