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CONCAUSA E SUAS REPERCUSSÕES JURÍDICAS

NAS DOENÇAS OCUPACIONAIS

3º ENCONTRO - PROGRAMAS DE PREVENÇÃO


LEGISLAÇÃO
E PROTEÇÃO SOBRE
DA SAÚDE DO SAÚDE DO
TRABALHADOR
TRABALHADOR E PERÍCIA JUDICIAL
EJUD - TRIBUNAL REGIONAL 8ª REGIÃO

Expositor: Sebastião Geraldo de Oliveira


Desembargador do TRT da 3ª Região
1
PRESSUPOSTOS DA INDENIZAÇÃO POR RC

1 – DANO 2 – NEXO CAUSAL 3 – CULPA

• Material • O evento • Violação legal


causador do dano
• Moral • Convencional
• Relação com o
• Estético trabalho • Normativa

• Qualquer • Admite • Dever geral de


prejuízo concausas cautela

1 + 2 = Responsabilidade objetiva (Não exige culpa)

1 + 2 + 3 = Responsabilidade subjetiva (Exige culpa) 2


ACIDENTES DO TRABALHO NO BRASIL – DADOS OFICIAIS
Total de Acidentes Acidentes
Anos Doenças Mortes
acidentes típicos trajeto
1975 1.916.187 1.869.689 44.307 2.191 4.001
1985 1.077.861 1.010.340 63.515 4.006 4.384
1995 424.137 374.700 28.791 20.646 3.967
2005 499.680 398.613 67.971 33.096 2.766
2012 546.222 426.284 103.040 16.898 2.768
2013 563.704 434.339 112.183 17.182 2.841
2014 559.061 427.939 115.551 15.571 2.783
Acidentes com CAT Acidentes sem CAT
SOMA
emitidas: emitidas:
2011 543.889 176.740 720.629
2012 546.222 167.762 713.984
2013 563.704 161.960 725.664
3
2014 559.061 145.075 704.136
PRESSUPOSTO DO NEXO CAUSAL

 Para o deferimento da indenização por


acidente do trabalho é imprescindível aferir a
presença do nexo causal
 Se no acidente típico o nexo causal é de fácil
identificação, nas doenças ocupacionais a
sua prova gera muitas controvérsias
 Na hipótese de concausa a complexidade é
ainda maior e a prova mais difícil
 Historicamente diversas teorias buscam a
fundamentação teórica para o nexo causal
4
TEORIAS SOBRE O NEXO CAUSAL

ANTECEDENTES DO DANO DANO

Fatores condicionais não causais


C
O
N
D ACIDENTE TÍPICO
I FATORES CAUSAIS 
Ç DOENÇA
INCAPACITANTE
Õ
E
S
Fatores circunstanciais
VISÃO TRADICIONAL DA RCOTENDÊNCIAS
TEORIAS SOBRE NEXO CAUSALATUAIS DA
RC
Todas as causas e condições devem ser
consideradas eficientes para produzir o dano.
1. Equivalência Enseja regressões infinitas, conjugando
das condições
causas e condições. Teoria da conditio sine
qua non. Art. 13 do Código Penal.

No complexo dos antecedentes só importa a


2. Causa ultima ação, a causa derradeira. Perdeu
próxima prestígio já que pode levar a flagrantes
injustiças. A causa real pode ser antecedente.

Também chamada causalidade prepon-


derante. É o acontecimento que gerou a
3. Causalidade relação causal de maior grau de eficiência no
eficiente
resultado. Assim, as condições não são equi-
valentes; mas, qual a foi a condição eficiente?6
VISÃO TRADICIONAL DA RCOTENDÊNCIAS
TEORIAS SOBRE NEXO CAUSALATUAIS DA
RC
Causa será o antecedente, não só necessário,
mas, ainda, adequado à produção do
4. Causalidade
resultado. A ação tem de ser idônea para
adequada
produzir o resultado. Na doutrina, há muitos
defensores e também opositores desta teoria.

Os danos são indenizados conforme o


5. Escopo da interesse legal ou contratual tutelado, sem
norma violada apego rigoroso ao critério clássico da
causalidade.

É considerada o meio termo das teorias.


6. Causa direta Considera os acontecimentos mais próximos
e imediata da geração do dano. Positivada no Brasil no
art. 403 do Código Civil e, na Itália, no art.
1.223 do Código Civil. 7
POSIÇÃO DOUTRINÁRIA SOBRE AS TEORIAS
 Em que pese a inegável importância do debate
acadêmico em torno das diversas teorias da
causalidade, em nenhuma parte alcançou-se um
consenso significativo em torno da matéria.
 Pontificam Cavalieri Filho e Carlos Alberto
Menezes Direito: a própria doutrina assevera que
nenhuma teoria oferece soluções prontas e
acabadas para todos os problemas envolvendo
nexo causal.
 O mais importante é ter a matéria fática bem
esclarecida para fundamentar a decisão do
julgador sobre a causa ou concausa.
8
NORMAS SOBRE CAUSA E CONCAUSA
 Código Civil: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem ...
comete ato ilícito.
 Código Civil: Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do
devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os
lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do
disposto na lei processual.
 Código Penal: Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do
crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.   
 § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui
a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos
anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
9
AS CONTROVÉRSIAS DA CONCAUSA
 LBPS - Lei 8.213/91 - Art. 21. Equiparam-se também ao
acidente do trabalho, para os efeitos desta Lei:
 I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha
sido a causa única, haja contribuído diretamente para a
morte do segurado, para a redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua recuperação;

 Discussões/problemas frequentes:
 Ora deixam de enquadrar como AT com fundamento na
presença de causa extralaboral (Deixam de condenar!)
 Ora deixam de considerar o grau da “contribuição” da
concausa não relacionada ao trabalho (Condenação
exacerbada!)
10
DIFERENTES REPERCUSSÕES JURÍDICAS DO ACIDENTE
DO TRABALHO E DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS
VISÃO TRADICIONAL DA RC TENDÊNCIAS ATUAIS DA RC
 Faltas justificadas;
1. Direitos Trabalhistas  Estabilidade provisória
(Empregador)  Garantia de emprego do reabilitado
 Depósito do FGTS
 Auxílio doença previdenciário
 Auxílio acidente
2. Direitos Acidentários
 Aposentadoria por invalidez
(INSS)  Pensão
 Reabilitação
 Dano material: (Emergente e lucro cessante)
3. Indenizações Civil-  Dano moral
Trabalhistas  Dano estético
(Empregador)  Perda de chance
 Ação regressiva do INSS
4. Punições criminais
 Diversas modalidades de crimes (homicídio,
(Empregador e/ou lesões corporais, exposição a perigo etc.
prepostos) 11
VISÃO TRADICIONAL DA RC TENDÊNCIAS ATUAIS DA
BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO INDENIZAÇÃO POR AT
RC
1. Origem: Benefícios da Origem: Responsabilidade civil
Infortunística; marcadamente – reparação de danos; direito
social – Seguro social - INSS privado individual

2. Extensão: Nexo causal mais Extensão: Nexo causal mais


elástico em favor do segurado; restrito aos eventos ligados ao
abrange a causalidade indireta causador direto do dano

3. Abrangência: Inclui eventos Abrangência: Em princípio,


decorrentes de caso fortuito, não há nexo causal para RC
força maior ou fato de terceiro nessas hipóteses

4. Abrangência: Inclui eventos Abrangência: Em princípio, a


decorrentes de culpa exclusiva culpa exclusiva da vítima exclui
da vítima (fato da vítima) o nexo causal para RC 12
VISÃO TRADICIONAL DA
BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO
RC TENDÊNCIAS ATUAIS
INDENIZAÇÃO POR AT
DA
RC
5. Objetivo: proporciona Objetivo: Busca a reparação
prestações alimentares para integral dos prejuízos/danos
garantir a sobrevivência (Restitutio in integrum)

6. Valores: Limitado aos Valores: Sem limite. Alcança


valores das prestações nos danos materiais, morais,
parâmetros previstos em lei estéticos, perda de chance...

7.Garantia: Garantia estatal do Garantia: Ressarcimento


pagamento dos benefícios. Há limitado à capacidade
fontes de custeio para tal. econômica do responsável

8. Teoria do nexo causal: Teoria do nexo causal:


Aplica-se a teoria da Critérios mais intuitivos. Está
equivalência das condições em busca de uma teoria ... 13
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS SEGUNDO
SUA RELAÇÃO COM O TRABALHO - SHILLING
CATEGORIA EXEMPLOS
 Intoxicação por chumbo
I – Trabalho como causa  Silicose
necessária  Doenças profissionais
legalmente reconhecidas
 Doença coronariana
II – Trabalho como fator  Doença do aparelho locomotor
contributivo, mas não
necessário
 Câncer
 Varizes dos membros inferiores

III – Trabalho como fator  Bronquite crônica


provocador de um distúr-  Dermatite de contato alérgica
bio latente, ou agravador
de doença já
 Asma
estabelecida  Doenças mentais 14
• DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE - Comissão

POR QUE ALGUMAS PESSOAS ADOECEM MAIS?


Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde -
CNDSS) - Modelo de DSS: Dahlgren e Whitehead
FATORES DETERMINANTES DA SAÚDE

Lei n. 8.080/1990 – Lei orgânica da Saúde

Art. 3o  Os níveis de saúde expressam a


organização social e econômica do País, tendo a
saúde como determinantes e condicionantes, entre
outros, a alimentação, a moradia, o saneamento
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, a atividade física*, o transporte, o lazer
e o acesso aos bens e serviços essenciais.
(*Redação dada pela Lei nº 12.864/2013)
16
RESOLUÇÃO INSS/DC N. 10, 23.12.1999.
 Procedimentos médicos para o estabelecimento do nexo causal:
“Recomenda-se, incluir nos procedimentos e no raciocínio
médico, a resposta a dez questões essenciais, a saber:
 1. Natureza da exposição: o “agente patogênico” é claramente
identificável pela história ocupacional e/ou pelas informações colhidas
no local de trabalho e/ou de fontes idôneas familiarizadas com o
ambiente ou local de trabalho do Segurado?
 2. “Especificidade” da relação causal e “força” da associação causal: o
“agente patogênico” ou o “fator de risco” podem estar pesando de
forma importante entre os fatores causais da doença?
 3. Tipo de relação causal com o trabalho: o trabalho é causa
necessária (Tipo I)? Fator de risco contributivo de doença de etiologia
multicausal (Tipo II)? Fator desencadeante ou agravante de doença
pré-existente (Tipo III)?
 4. No caso de doenças relacionadas com o trabalho, do tipo II, foram
as outras causas gerais, não ocupacionais, devidamente analisadas e,
no caso concreto, excluídas ou colocadas em hierarquia inferior às
causas de natureza ocupacional?   17
RESOLUÇÃO INSS/DC N. 10, 23.12.1999.


5. Grau ou intensidade da exposição: é ele compatível com a
produção da doença?
6. Tempo de exposição: é ele suficiente para produzir a doença?
7. Tempo de latência: é ele suficiente para que a doença se
desenvolva e apareça?
8. Há o registro do “estado anterior” do trabalhador segurado?
9. O conhecimento do “estado anterior” favorece o estabelecimento do
nexo causal entre o “estado atual” e o trabalho?
10. Existem outras evidências epidemiológicas que reforçam a
hipótese de relação causal entre a doença e o trabalho presente ou
pregresso do segurado?

 A resposta positiva à maioria destas questões irá conduzir o


raciocínio na direção do reconhecimento técnico da relação
causal entre a doença e o trabalho.”
18
CONJUGAÇÃO DE FATORES PARA O ADOECIMENTO
-
Fatores causais ocupacionais Fatores causais não ocupacionais

. Riscos Físicos
. Doenças do grupo etário
. Riscos Químicos
. Doenças degenerativas
. Riscos Biológicos
. Doenças preexistentes
. Riscos biomecânicos
. Atividades extralaborais
. Riscos estressantes
. Doenças genéticas/congênitas
. Riscos psicossociais
. Fatores psíquicos individuais
. Demandas cognitivas
. Algumas práticas esportivas/hobbies
. Fatores organizacionais
. Sequelas de acidentes/doenças
. Acidentes típicos
. Hábitos de vida
. Assédios moral e sexual
. Dependência química
. Assédio moral estrutural
. Caso fortuito, força maior, fato da vítima
. Jornadas exaustivas
OLHAR DO RECLAMANTE + Seu Advogado + Seu AT !

Fatores causais ocupacionais Fatores causais não ocupacionais

. Riscos Físicos . Doenças do grupo etário


. Riscos Químicos . Doenças degenerativas
. Riscos Biológicos . Doenças preexistentes
. Riscos biomecânicos . Atividades extralaborais
. Riscos estressantes . Doenças genéticas/congênitas
. Riscos psicossociais . Fatores psíquicos individuais

. Demandas cognitivas . Algumas práticas esportivas/hobbies

. Fatores organizacionais . Sequelas de acidentes/doenças

. Acidentes típicos . Hábitos de vida

. Assédios moral e sexual . Dependência química

. Assédio moral estrutural . Caso fortuito, força maior, fato da vítima

. Jornadas exaustivas 20
OLHAR DA EMPRESA + Seu Advogado + Seu AT !

Fatores causais ocupacionais Fatores causais não ocupacionais

. Riscos Físicos . Doenças do grupo etário


. Riscos Químicos . Doenças degenerativas
. Riscos Biológicos . Doenças preexistentes
. Riscos biomecânicos . Atividades extralaborais
. Riscos estressantes . Doenças genéticas/congênitas
. Riscos psicossociais . Fatores psíquicos individuais
. Demandas cognitivas . Algumas práticas esportivas/hobbies
. Fatores organizacionais . Sequelas de acidentes/doenças
. Acidentes típicos . Hábitos de vida
. Assédios moral e sexual . Dependência química
. Assédio moral estrutural . Caso fortuito, força maior, fato da
. Jornadas exaustivas vítima
21
TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO

Fatores causais
Fatores causais não ocupacionais
ocupacionais
. Riscos Físicos F-10 Transtornos mentais pelo uso de álcool
. Riscos Químicos F-14 Transtornos mentais pelo uso de cocaína
. Riscos Biológicos F-15 Transtornos mentais pelo uso de
estimulantes, incluindo cafeína
. Riscos biomecânicos
F-30 Mania com ou sem sintomas psicóticos
. Riscos estressantes
F-31 Transtorno bipolar
. Riscos psicossociais F-32 Episódio depressivo (leve, moderado, grave)
. Demandas cognitivas F-41 Transtorno de pânico ou ansiedade
. Fatores organizacionais F-42 Transtorno obsessivo-compulsivo
. Acidentes típicos F-45 Transtornos somatoformes

. Assédios moral e sexual F-45.2 Transtorno hipocondríaco


F-48 Transtornos neuróticos
. Assédio moral estrutural
F-60 Transtornos de personalidade: paranoide,
. Jornadas exaustivas antissocial, histriônica, ansiosa, anancástica...22
OLHARES DO PERITO OFICIAL E DO JUIZ

Fatores causais ocupacionais Fatores causais não ocupacionais

. Riscos Físicos . Doenças do grupo etário


. Riscos Químicos . Doenças degenerativas
. Riscos Biológicos . Doenças preexistentes
. Riscos biomecânicos . Atividades extralaborais
. Riscos estressantes . Doenças genéticas/congênitas
. Riscos psicossociais . Fatores psíquicos individuais
. Demandas cognitivas . Algumas práticas esportivas/hobbies
. Fatores organizacionais . Sequelas de acidentes/doenças
. Acidentes típicos . Hábitos de vida
. Assédios moral e sexual . Dependência química
. Assédio moral estrutural . Caso fortuito, força maior, fato da
vítima
. Jornadas exaustivas 23
LEI Nº 11.121, DE 25
DE MAIO DE 2005.

Art. 1o Fica instituído


o Dia Nacional em
Memória das Vítimas
de Acidentes e
Doenças do
Trabalho, a ser
celebrado no dia 28
de abril de cada ano. 24
AGRESSÕES PSIQUICAS E DANOS INDENIZÁVEIS
-
Agressões ocupacionais Consequenciais

 Mal estar
 Desconforto
 Tristeza
 Angústia

  Transtorno cognitivo
 Episódios depressivos
 Alcoolismo
 Dependência química
 Depressão
 Burn out
 Transtorno de ansiedade
AGRESSÕES PSIQUICAS E DANOS INDENIZÁVEIS

Agressões ocupacionais Consequências

. Mal estar
. Desconforto
. Tristeza DANO MORAL
. Angústia (Não incapacitante)

 A
. Transtorno cognitivo s
. Episódios depressivos s
é
. Alcoolismo d
. Dependência química DANO i PSÍQUICO
o
. Depressão (Incapacitante)
s
. Burn out m
. Stress pós-traumático o
r
DANO MORAL X DANO PSIQUICO
Agressões Laborais Dano Consequência
 Assédios moral e sexual
 Mal-estar
 Jornadas exaustivas
 Desconforto
 Atividades estressantes
DANO  Medo, espanto
 Traumatismo Cranio-Encefálico MORAL
 Incômodo
 Agentes Neurotóxicos
 Estresse/Ansiedade
 Eventos traumáticos

 Bulliyng

 Discriminação  Depressão
 Perseguição da chefia  Estresse pós-traumático
DANO
 Demandas cognitivas  Transtorno cognitivo
PSÍQUICO
 Fatores organizacionais  Burn out
 Metas abusivas  Alcoolismo
27
DANO MORAL DANO PSÍQUICO
VISÃO TRADICIONAL DA RC
Compromete o bem-estar
TENDÊNCIAS ATUAIS DA RC
Compromete a saúde: doença
(angústia, desconforto, medo,
psiquiátrica com CID identificado
raiva, tristeza, humilhação etc.)
Normalmente não há Pode haver agente contributivo
contribuição extralaboral importante extralaboral (concausa)

Não gera afastamento do Gera incapacidade laboral mesmo


trabalho que provisória

Não cabe emissão da CAT Cabe emissão da CAT

Tende a ser provisório Tende a ter maior duração

Apuração do dano com Apuração do dano mediante


acentuado teor de subjetivismo critérios técnicos-objetivos
Reparação por arbitramento do Reparação da incapacidade
juiz: independe de perícia apurada por laudo pericial 28
PERCEPÇÃO DOS DANOS
RELACIONADOS AO TRABALHO

Transtornos, distúrbios,
disfunções, síndromes...
Nexo possível

Doenças do trabalho
Nexo provável

Doenças profissionais
Nexo presumido

Acidente do trabalho
Nexo evidente

29
PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO DO NEXO CAUSAL NOS
TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO
Riscos de natureza Riscos de natureza Riscos de natureza
ocupacional social psíquica
o Relacionados à o Eventos da infância e o Personalidade pré-morbida:
empresa: adolescência: - ansiosa
- riscos ambientais - maus tratos, - anancástica,
- posto de trabalho - perdas afetivas, - insegura
- normas o Habitação e condições - paranoide
regulamentadoras econômicas: - antissocial
- outros - habitação inadequada, - esquizóide
- pobreza extrema - histriônica
o Relacionados ao o Circunstâncias familiares: o Transtornos mentais:
trabalhador: - desajustamentos, - episódios atuais
- função; - mortes,
- tarefas realizadas - divórcio - episódios anteriores
- relações de trabalho o Ambiente social:
- atividades - viver sozinho
pregressas - alvo de perseguição
30
MÉDICO  PACIENTE PERITO  PERICIANDO

. Relação de confiança . Relação de desconfiança


. Escolha pessoal  Atitude . Escolha do juízo  atitude
colaborativa do paciente defensiva do reclamante
. Propõe tratamento; visa prevenir
. Estima efeito ou extensão do
doença ou restabelecer a saúde e
diagnóstico e avalia o dano
o bem-estar do seu paciente
. Constata o nexo causal ou
. Estabelece roteiro para cura
concausal com o trabalho
. Mensura o grau ou extensão da
. Estabelece um prognóstico
incapacidade

. Diagnóstico clínico + pericial


. Diagnóstico clínico
. Responde quesitos

. Conhecimento Técnico
. Conhecimento Técnico
. Conhecimento da Legislação
NEXO CAUSAL – CONCAUSA

ANTECEDENTES DO DANO DANO

Fatores condicionais
C não causais
O Fator causal 3
N DOENÇA
Fator causal 2 • Laborais  %? INCAPACITANTE
D
Causas:
I Fator causal 1 - Próxima
Ç - Necessária
- Eficiente
Fator causal 4
Õ • Extralaborais  %? - Determinante
- Adequada
E Fator causal 5
S
Fatores circunstanciais
EFEITOS DA CONCAUSA RECONHECIDA
Na ciência jurídica sempre se considera a intensidade do
fator causal para mensurar o direito, tais como:
1. Insalubridade: graus mínimo, médio e máximo;
2. Culpas: grave, leve e levíssima
3. Seguro de acidente de trabalho: risco leve, risco médio,
risco grave (Lei 8.212/91)
4. Tabela CIF/OMS: a) Nenhuma 0 a 4%
b) Leve 5 a 24%
c) Moderada 25 a 49%
d) grave 50 a 95%
e) completa 96 a 100%
Princípios: Proporcionalidade e razoabilidade
33
GRADAÇÃO DAS CONCAUSAS

1. AUSÊNCIA DE CONCAUSA (A causa é extralaboral)


Não ocorre o nexo causal quando o trabalho tiver atuado de forma
desprezível, periférica ou indireta para o acidente ou adoecimento. O art. 21
da Lei 8.213/91 menciona a concausa quando o trabalho haja “contribuído
diretamente” para o acidente ou doença.

2. PRESENÇA DA CONCAUSA NA DOENÇA OCUPACIONAL

Gradação da Contribuição do Contribuição


contribuição trabalho extralaboral
Grau I Baixa -Leve Intensa - Alta

Grau II Média - Moderada Média - Moderada

Grau III Intensa - alta Baixa - Leve 34


NEXO CAUSAL – CONCAUSA GRAU I

ANTECEDENTES DO DANO DANO

Fatores condicionais
C não causais
O Fator causal 3
N • Laborais  %?
DOENÇA
INCAPACITANTE
D Fator causal 2

I Causas:
- Próxima
Ç Fator causal 1 - Necessária
- Eficiente
Õ • Extralaborais  %? - Determinante
Fator causal 4 - Adequada
E
Fator causal 5
S
Fatores circunstanciais
NEXO CAUSAL – CONCAUSA GRAU II

ANTECEDENTES DO DANO DANO

Fatores condicionais
C não causais
O Fator causal 3
N DOENÇA
Fator causal 2 • Laborais  %? INCAPACITANTE
D
I Fator causal 1
Causas:
- Próxima
- Necessária
- Eficiente
Ç Fator causal 4
• Extralaborais  %? - Determinante
- Adequada
Õ Fator causal 5
E
S Fatores circunstanciais
NEXO CAUSAL – CONCAUSA GRAU III

ANTECEDENTES DO DANO DANO

Fatores condicionais
C não causais
O Fator causal 3
N DOENÇA
Fator causal 2 INCAPACITANTE
D • Laborais  %?
I Fator causal 1
Causas:
- Próxima
Ç - Necessária
- Eficiente
Õ Fator causal 4 - Determinante
- Adequada
E Fator causal 5
• Extralaborais  %?
S
Fatores circunstanciais
DIREITO À PROVA
 Art. 93, IX, da CF: “Todos os julgamentos dos órgãos do
Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade, ...”

 NCPC - Art. 369. As partes têm o direito de empregar


todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos,
ainda que não especificados neste Código, para provar a
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e
influir eficazmente na convicção do juiz.

NCPC. Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência


comum subministradas pela observação do que ordina-
riamente acontece e, ainda, as regras de experiência
técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
38
INOVAÇÕES DO CPC DE 2015
 Art. 473.  O laudo pericial deverá conter:
 I - a exposição do objeto da perícia;
 II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
 III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e
demonstrando ser predominantemente aceito pelos
especialistas da área do conhecimento da qual se originou; (...)
 § 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação
em linguagem simples e com coerência lógica, indicando
como alcançou suas conclusões.
 § 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua
designação, bem como emitir opiniões pessoais que excedam
o exame técnico ou científico do objeto da perícia. (...)
39
INOVAÇÕES DO CPC DE 2015

 Art. 477, § 2o O perito do juízo tem o dever de, no


prazo de 15 dias, esclarecer ponto: (...)
 II - divergente apresentado no parecer do assistente
técnico da parte.

 Art. 479.  O juiz apreciará a prova pericial (...),


indicando na sentença os motivos que o levaram a
considerar ou a deixar de considerar as conclusões do
laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.

40
INDENIZAÇÕES NO CASO DE ACIDENTE SEM ÓBITO
 Art. 949 do CC. No caso de lesão ou outra ofensa à
saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da
convalescença, além de algum outro prejuízo que o
ofendido prove haver sofrido.
 Art. 950 do CC. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o
ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou
se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização,
além das despesas do tratamento e lucros cessantes até
ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente
à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da
depreciação que ele sofreu.
 Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a
indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.
41
EFEITOS DA CONCAUSA RECONHECIDA
 CC: Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de
dolo do devedor, as perdas e danos só incluem
os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por
efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do
disposto na lei processual.

 CC. Art. 944. A indenização mede-se pela


extensão do dano.
 Parágrafo único. Se houver excessiva
desproporção entre a gravidade da culpa e o
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente,
a indenização.
42
EFEITOS DA CONCAUSA RECONHECIDA

 Cód. Civil: Art. 945. Se a vítima tiver concorrido


culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a do
autor do dano.

 Redação do Anteprojeto do Código das


Obrigações de 1963 (Caio Mário):
 Art. 943. Quando a vítima concorre para o dano,
reduz-se, proporcionalmente, a indenização.

43
CONCAUSA – CULPA CONCORRENTE
-
Culpa
exclusiva da Exclui o nexo causal e a indenização
vítima

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido


culposamente para o evento danoso, a
Culpa
sua indenização será fixada tendo-se em
concorrente
conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano

Causalidade . Atenua o nexo causal


concorrente . Cabível igualmente a aplicação do
(Concausa) preceito do art. 945 do Código Civil
EFEITOS DA CONCAUSA RECONHECIDA

 “No art. 947 [que se transformou no art. 945 do CC atual],

volta-se a considerar a gravidade da culpa concorrente,


para determinar a participação na obrigação de indenizar,
quando o melhor e mais exato critério, na espécie, é o da
causalidade. Não é o grau da culpa, mas o grau de
participação na produção do evento danoso, reduzindo ou
até excluindo a responsabilidade dos demais, que deve
indicar a quem toca contribuir com a cota maior ou até com
toda a indenização” – José de Aguiar Dias, criticando
artigo do Projeto que resultou no atual Código Civil.
45
EFEITOS DA CONCAUSA RECONHECIDA

 “A doutrina atual tem preferido falar, em lugar de


concorrência de culpas, em concorrência de
causas ou de responsabilidade, porque a
questão é mais concorrência de causa do que de
culpa.” – Sérgio Cavalieri Filho.

 “Nada obstante os termos do artigo 945,


defende-se que a hipótese aí versada é de
concorrência de causas, sendo resolvida à luz
das reflexões acerca do nexo de causalidade, e
não da culpa”- Marcelo Junqueira Calixto
46
EFEITOS DA CONCAUSA RECONHECIDA

 Código Civil: Art. 738. Parágrafo único -


Se o prejuízo sofrido pela pessoa
transportada for atribuível à transgressão de
normas e instruções regulamentares, o juiz
reduzirá equitativamente a indenização, na
medida em que a vítima houver concorrido
para a ocorrência do dano.

 Redução da indenização de acordo com a


contribuição concausal

47
EFEITOS DA CONCAUSA RECONHECIDA

 O maior problema está em determinar a


proporcionalidade. Vale dizer: avaliar quantitativamente
o grau de redutibilidade da indenização. Entra aí,
evidentemente, o arbítrio de bom varão do juiz, em cujo
bom senso repousará o justo contrapasso, para que se
não amofine em demasia a reparação a pretexto de
participação do lesado, nem se despreze esta última, em
detrimento do ofensor – Caio Mário da Silva Pereira

48
CONCAUSA JURISPRUDÊNCIA

 Responsabilidade civil. Acidente ferroviário. Concorrência de


causas. Precedentes. 1. Segundo a jurisprudência desta Corte, no
caso de atropelamento de pedestre em via férrea, configura-se a
concorrência de causas,
causas impondo a redução da indenização por dano
moral pela metade, quando: (I) a concessionária do transporte
ferroviário descumpre o dever de cercar e fiscalizar os limites da linha
férrea, mormente em locais urbanos e populosos, adotando conduta
negligente no tocante às necessárias práticas de cuidado e vigilância
tendentes a evitar a ocorrência de sinistros; e (II) a vítima adota
conduta imprudente, atravessando a via férrea em local inapropriado.
(REsp 1.172.421/SP, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Segunda
Seção, submetido ao rito dos recursos repetitivos) 2. Agravo
Regimental não provido. STJ. 3ª Turma. AgRg no REsp 1173686/PR,
Rel.: Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, DJ 23 maio 2013.
49
CONCAUSA JURISPRUDÊNCIA
 STJ. Responsabilidade civil. Fuga de paciente menor de
estabelecimento hospitalar. Agravamento da doença. Morte
subsequente. Nexo de causalidade. Concorrência de culpas.
Redução da condenação. (...) 3. Na aferição do nexo de
causalidade, a doutrina majoritária de Direito Civil adota a teoria da
causalidade adequada ou do dano direto e imediato, de maneira
que somente se considera existente o nexo causal quando o dano
é efeito necessário e adequado de uma causa (ação ou omissão).
Essa teoria foi acolhida pelo Código Civil de 1916 (art. 1.060) e
pelo Código Civil de 2002 (art. 403). 4. As circunstâncias
invocadas pelas instâncias ordinárias levaram a que concluíssem
que a causa direta e determinante do falecimento do menor fora a
omissão do hospital em impedir a evasão do paciente menor,
enquanto se encontrava sob sua guarda para tratamento de
doença que poderia levar à morte.  
50
CONCAUSA JURISPRUDÊNCIA
 5. Contudo, não se pode perder de vista sobretudo a atitude
negligente dos pais após a fuga do menor, contribuindo como
causa direta e também determinante para o trágico evento danoso.
Está-se, assim, diante da concorrência de causas, atualmente
prevista expressamente no art. 945 do Código Civil de 2002, mas,
há muito, levada em conta pela doutrina e jurisprudência pátrias. 6.
A culpa concorrente é fator determinante para a redução do valor
da indenização, mediante a análise do grau de culpa de cada um
dos litigantes, e, sobretudo, das colaborações individuais para
confirmação do resultado danoso, considerando a relevância da
conduta de cada qual. O evento danoso resulta da conduta culposa
das partes nele envolvidas, devendo a indenização medir-se
conforme a extensão do dano e o grau de cooperação de cada uma
das partes à sua eclosão. STJ. 4ª Turma. REsp. 1307032/PR, Rel.
Ministro Raul Araújo, DJe 01/08/2013.
51
CONCAUSA JURISPRUDÊNCIA
 Doença ocupacional. Dano moral e material.
Valor das indenizações. Concausa. É cabível
a redução dos valores indicados pelo
reclamante para as indenizações por dano
moral e material, quando o exame pericial
atesta a concorrência causal na origem da
doença ocupacional, na medida em que as
condições de trabalho oferecidas pela empresa,
nesta hipótese, não constituem a causa única e
exclusiva dos danos experimentados pelo
trabalhador. Bahia. TRT 5ª Região. 5ª Turma.
RO n. 0185300-60.2008.5.05.0464, Rel.: Des.
Jeferson Muricy, DJ 16 ago. 2013.
52
CONCAUSA JURISPRUDÊNCIA

Dano moral. Responsabilização civil do


empregador. Concausa. Demonstrada a
contribuição multifatorial no evento danoso, a
responsabilização civil do empregador ocorrerá
na proporção em que o trabalho contribuiu para
o seu acometimento ou para o agravamento da
lesão preexistente. Recurso de revista não
conhecido. TST. 3ª Turma. AIRR n. 329-
61.2010.5.09.0656, Rel.: Ministro Alberto Luiz
Bresciani de Fontan Pereira, DJ 25 set. 2015.

53
CONCAUSA JURISPRUDÊNCIA

 Violação do art. 944, parágrafo único, do CC


demonstrada. (Fundamento do acórdão anterior)

 Código Civil. Art. 944. A indenização mede-


se pela extensão do dano.
 Parágrafo único. Se houver excessiva
desproporção entre a gravidade da culpa e o
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente,
a indenização.

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GRADAÇÃO DAS CONCAUSAS

1. AUSÊNCIA DE CONCAUSA (A causa é extralaboral)

Não ocorre o nexo causal quando o trabalho tiver atuado de forma


desprezível, periférica ou indireta para o acidente ou adoecimento. O art. 21
da Lei 8.213/91 menciona a concausa quando o trabalho haja “contribuído
diretamente” para o acidente ou doença.

2. PRESENÇA DA CONCAUSA NA DOENÇA OCUPACIONAL

Gradação da Contribuição do Contribuição


contribuição trabalho extralaboral
Grau I Baixa Intensa

Grau II Média Média

Grau III Intensa Baixa 55


REDUÇÃO DO VALOR NA CONCAUSA

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido


culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a do autor
do dano.

O julgador deve registrar o grau da concausa laboral e


fixar equitativamente o valor da redução cabível,
considerando as singularidades do caso concreto.

A indicação do grau da concausa laboral não implica


um critério matemático do percentual da redução, mas
sim um critério equitativo, com apoio na razoabilidade e
proporcionalidade, conforme as circunstâncias do caso em
julgamento. 56
REDUÇÃO DO VALOR NA CONCAUSA

Código Civil de Portugal – Artigo 570º

“Quando um facto culposo do lesado tiver


concorrido para a produção ou agravamento
dos danos, cabe ao tribunal determinar,
com base na gravidade das culpas de
ambas as partes e nas consequências que
delas resultarem, se a indemnização deve
ser totalmente concedida, reduzida ou
mesmo excluída”.

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REDUÇÃO DO VALOR NA CONCAUSA

CDC. Art. 13. Parágrafo único: Aquele que efetivar o


pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de
regresso contra os demais responsáveis, segundo sua
participação na causação do evento danoso.

“O Código Civil de 2002 confia nos juízes como


integradores das leis, não como meros locutores do texto
escrito. É um desafio, mas é, também, um voto de
confiança.” – Renan Lotufo.

Lei de Introdução às normas de Direito Brasileiro.


Art. 5o  Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais
a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
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TRAMITAÇÃO PREFERENCIAL - NCPC
 Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal,
os procedimentos judiciais:
 I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou
superior a 60 anos ou portadora de doença grave, assim compreendida
qualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713/1988
 XIV – (...) os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por
acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia
profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave,
estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante),
contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida,
com base em conclusão da medicina especializada ...
 Pergunta: Basta a alegação da parte para deferir a prioridade? 59
ENCERRAMENTO

 MUITO OBRIGADO

 SEBASTIÃO GERALDO DE OLIVEIRA

60

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