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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

CAMPUS ARAPIRACA-AL
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DISCIPLINA: SAÚDE DO ADULTO II

RELATÓRIOS DAS VISITAS TÉCNICAS


HEMOAR, HEMODIÁLISE, SAMU e UNACON

ARAPIRACA-AL
08 de agosto de 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
Curso De Bacharelado Em Enfermagem, 8° período
Disciplina: Saúde do Adulto II
Discentes: Janielly Silva Oliveira
Joseane Pastora Olimpio Araujo
Kélvia Vieira Dos Santos

RELATÓRIOS DAS VISITAS TÉCNICAS


HEMOAR, HEMODIÁLISE, SAMU e UNACON

Relatório das visitas técnicas, aos


serviços especializados de
Arapiraca, solicitado pelos
docentes, Karol Fireman, Victor
Santana, Imaculada Pereira e
Patrícia Alves, para fins
avaliativos da disciplina de Saúde
do Adulto II, com requisito parcial
de avaliação de notas.

Arapiraca-AL
08 de agosto de 2019
Visita técnica a hemodiálise do hospital Afra Barbosa

No dia 13 de junho de 2019, os discentes do curso de enfermagem da


Universidade Federal de Alagoas, realizaram uma visita técnica ao setor de
hemodiálise do hospital Afra Barbosa, localizado na Rua Esperidião Rodrigues,
98 - Centro, Arapiraca - AL. Fomos acompanhados pela professora Karol
Fireman de Farias e pela enfermeira Conceição, responsável pelo setor. A visita
teve como objetivo, conhecer o funcionamento do setor de hemodiálise, bem
como a função desempenhada pelo enfermeiro em tal setor.
Atualmente o funcionamento é de segunda a sábado das 7 às 18hrs,
sendo que alguns estão no regime segunda, quarta e sexta e outros terça, quinta
e sábado, segundo a enfermeira são atendidos 86 pacientes semanalmente e a
sala onde é realizado o procedimento tem capacidade para 25 máquinas.
A doença renal crônica estabelece-se quando se evidencia um dano renal
durante um período superior a 3 meses, classificando-se o estadio da doença
através do nível da função renal. O desenvolvimento da doença renal crônica,
acrescido da mortalidade e co morbilidades, é reconhecido com um importante
problema de saúde pública em todo o mundo e proporciona um peso
considerável nos sistemas de saúde.
As terapias existentes são a hemodiálise, diálise peritoneal, transplante
renal e tratamento médico conservador.
A hemodiálise é o método de diálise mais comum. Define-se como um
processo de alteração da composição de uma solução quando esta é posta em
contato com outra, através de uma membrana semipermeável. Esta técnica é
utilizada em pacientes com lesão renal aguda, que necessitam de diálise por um
curto período de tempo, e em doentes com doença renal crônica que necessitam
de um tratamento a longo prazo ou permanente. Estes pacientes são geralmente
submetidos a três sessões semanais de hemodiálise de cerca de 4 horas cada.
Em cada sessão de hemodiálise, o paciente deverá atingir o peso seco, sendo
esse o seu peso ideal sem acumulação de líquidos. Os objetivos deste
tratamento incluem a reconstituição do ambiente dos fluídos intra e extracelular,
alcançando a homeostasia dos solutos, quer pela sua remoção a partir do
sangue quer pela introdução dos mesmos a partir do dialisante.
Ainda segundo a enfermeira, inicialmente os pacientes iniciam o
tratamento da seguinte forma: no primeiro dia dialisam por 2 horas, no segundo
dia 3 horas e no terceiro dia 4 horas, isso para que o organismo possa se adaptar
as 4 horas necessárias para o tratamento completo semanal.
Um dos primeiros passos para o tratamento dos doentes com doença
renal crônica é a construção ou implantação de um acesso vascular (AV) e a sua
manutenção. O acesso venoso para hemodiálise pode ser classificado em duas
categorias: acesso venoso temporário (cateter venoso central provisório, com
preferência de colocação na veia jugular interna direita) e acesso venoso de
longa duração (que engloba cateter venoso central de longa duração ou
permanente, fístula arteriovenosa, ou prótese arteriovenosa ).
É importante observar que durante a hemodiálise pode ocorrer algum tipo
de complicação decorrente desta técnica. A principal complicação envolve as
alterações hemodinâmicas decorrentes do processo de circulação extracorporal
e a remoção de um grande volume de líquidos em um espaço de tempo muito
curto, sendo assim relata-se a hipotensão e a hipertensão, cãibras, náuseas e
vômitos, cefaleia, dor no peito, dor lombar, prurido, febre e calafrios.
É relatado que todos os pacientes realizam exames a cada 3 meses a fim
de identificar algum possível receptor na fila de transplante.
Também a cada três meses são realizados exames que vão indicar a
necessidade de o paciente receber remédios (eritropoietina).
Todo início de mês é realizado um checape de exames, ureia, creatinina,
, sódio, potássio.
A visita foi certamente bastante relevante para nós discentes do curso de
enfermagem, pois podemos conhecer um setor muito importante e que de fato
faz uma grande diferença na vida dos que são atendidos pelo serviço.
O serviço oferecido em um impacto muito relevante não só para a cidade
de Arapiraca, mas para as demais cidades circunvizinhas que também são
atendidas pelo serviço.
Visita técnica ao SAMU de Arapiraca

A visita ocorreu no dia 27 de junho de 2019, os discentes do curso de


enfermagem da Universidade Federal de Alagoas, realizaram uma visita técnica
ao serviço do SAMU Arapiraca localizado na rua Governador Silvestre Péricles,
Nº 1065, Jardim Tropical, Arapiraca-AL. Durante a visita fomos acompanhados
pelo docente Victor Santana Santos e da enfermeira Katyenny.

O objetivo da visita foi nos apresentar a estrutura física do serviço, quais as


atividades desenvolvidas, quais os profissionais que trabalham no SAMU, e qual
o papel do enfermeiro dentro desse serviço.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) constitui um ponto móvel


da Rede de Atenção às Urgências (RUE). Tem por finalidade atender a
população fora do ambiente hospitalar ou em outras instituições de saúde em
situações de injúria à saúde com potencial risco de morte.

O SAMU Arapiraca é um órgão do governo federal, regido pela SESAU, o serviço


tem parceria com o governo estadual e municipal; em Alagoas existe duas
centrais de regulação, que fica em Arapiraca e Maceió. A de Arapiraca é
responsável por 19 bases descentralizadas, que possuem uma distância de 30
km de uma para a outra; já a de Maceió, é responsável por 16 bases
descentralizadas.

O SAMU funciona os 7 dias na semana, durante 24 hrs. A estrutura física do


serviço é grande, tem um grande estacionamento, que serve para estacionar as
motolâncias e ambulâncias, e também para realizar a higienização desses
veículos. Sala do NEP (Núcleo de Educação Permanente) junto com a sala de
enfermagem, um auditório, uma copa, repouso masculino e feminino, banheiro
masculino e feminino, e sala para guardar material de limpeza.

Toda a equipe é formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem,


condutores, assistente social, auxiliares de regulamentação médica, auxiliar de
serviços gerais.
O SAMU, possui também o serviço de motolância, que no momento possui 2
motos disponíveis; viaturas terrestres, sendo 3 USB e 3 USA, sendo que dessa
última uma é USA NEO. O NEP (Núcleo de Educação Permanente), é composto
por três enfermeiras, são elas: Lívia, Larissa e Katyenny; Erisvaldo médico
cirurgião do Trauma, e um socorrista técnico de enfermagem Vando. O serviço
NEP é reduzido, fazendo apenas a capacitação dos profissionais da base
central, e atende as visitas técnicas.

Atualmente, o enfermeiro do serviço pré-hospitalar está em vários “setores” do


SAMU. Entre estes, o assistencial, prestado nas Unidades de Suporte Avançado
(USA), juntamente com o médico e motorista socorrista, o de serviços
administrativos e operacionais, como a gestão do quantitativo de equipamentos
das ambulâncias, a elaboração de escalas, a coordenação à distância da equipe
de enfermagem das Unidades de Suporte Básico (USB) e as atividades de
educação continuada.

Entre os requisitos, competências e atribuições exigidas do enfermeiro para o


trabalho em urgência pré-hospitalar citam-se disposição pessoal, equilíbrio
emocional e autocontrole, experiência profissional prévia em serviço de
urgência, condicionamento físico, capacidade de trabalhar em equipe,
conhecimento científico para prestar assistência a pacientes graves e
capacidade de tomar decisões imediatas. Este profissional atua em ambientes
diversos, lidando com situações inusitadas que podem colocar sua vida em risco
e necessita realizar atividades com destreza e efetividade em um pequeno
período de tempo compreendido entre o caminho até a vítima, estabilização dela
e transporte para um ponto fixo.

Saber como funciona e qual é o nosso papel dentro do serviço, nos faz estar
mais seguros e preparados para escolher nossa área de atuação; o SAMU tem
grande importância para a população, uma vez que com os diversos tipos de
transporte que possuem, pode atender a necessidade das vítimas de acidentes,
e até outras causas de doenças que necessitem de uma emergência no
atendimento.
Visita técnica ao Unacon - Arapiraca

No dia 04 de julho de 2018, os discentes do curso de enfermagem da


Universidade Federal de Alagoas, realizaram uma visita técnica ao setor de
oncologia do hospital CHAMA, localizado na Rodovia Teotônio Brandão Vilela Al
220, s/n km 4, Planalto, Arapiraca – AL. Fomos acompanhados pela professora
Imaculada e pela enfermeira Cristeffanny, responsável pelo setor. A visita teve
como objetivo, conhecer o funcionamento do setor de oncologia, bem como a
função desempenhada pelo enfermeiro em tal setor.
O local do serviço que visitamos, é amplo com 3 salas grandes, onde em
cada uma comporta em média de 10 a 15 pacientes, sem contar com os
acompanhantes; local bem higienizado com piso e paredes adequados para uma
higienização correta. Funcionando para prestação de serviço à população, de
segunda à sexta, com horário de XXXX, mas tem um horário diferenciado, pois
há paciente que necessitam ficar com a medicação por 24 horas ou até 46 horas,
então esses ficam em um ambiente reservado no próprio hospital, para que
possa fazer sua seção de tratamento da maneira correta. Este serviço ainda não
atende crianças, pois não tem o suporte necessário, e com isso é necessário
que as crianças que precisarem desse tipo de tratamento vá para Macéio.
A equipe de trabalho é composta por: 02 enfermeiros, 06 técnicos, 02
farmacêutico, 01 auxiliar de farmácia, 01 nutricionista e 01 psicólogo. O
enfermeiro oncológico é o profissional que vai prestar assistência ao paciente,
em todas as fases do tratamento do câncer. Desde o diagnóstico da doença,
passando pelas várias fases do tratamento como a cirurgia, a radioterapia, e o
tratamento com medicamentos e quimioterapia. A oncologia é uma área muito
específica, portanto é importante que os enfermeiros tenham formação de
especialista na área e que estejam sempre se atualizando.
Além de prestar assistência, o enfermeiro oncologista tem outras
atribuições, como tomar providências administrativas para a liberação e
agendamento dos procedimentos de tratamento além de ter papel educacional,
orientando tanto o paciente quanto os familiares durante o tratamento.
No dia-a-dia da assistência o enfermeiro recebe o paciente após a decisão
de tratamento pelo médico oncologista. Neste momento o paciente é acolhido
pelo enfermeiro que realiza a conferência do protocolo de tratamento, checando
informações como o peso e altura, doses de medicações e medicações de
suporte para a quimioterapia, conhecidas com “pré-QT”. Isto garante uma maior
segurança na administração dos protocolos de tratamento. Realiza-se também
um exame físico geral e analisa-se a necessidade de avaliação e
acompanhamento de outros profissionais, como psicólogos, dentistas,
fonoaudiólogos, etc. Após realizar esta consulta inicial, o enfermeiro fornece
todas as orientações e esclarece as dúvidas, para então dar início ao tratamento.
A equipe dar: apoio técnico ao paciente e familiar, acompanhamento do
resultado do cuidado de todos os usuários, estratégias para garantir o registro e
a manutenção da base de dados de todos os usuários atendidos em cada
estabelecimento de saúde, fluxo de atendimento do usuário, e administração da
terapia medicamentosa.
Nós enquanto docentes infelizmente não tivemos a oportunidade de
realizar nenhum procedimento, com isso só ficamos observando o serviço feito
pela enfermeira, e pelos técnicos, uma observação importante que fizemos foi o
preparo dos medicamentos, realizados pelo técnico o qual nos explicou que, a
receita de quais fármacos o paciente irá usar vem do médico que realizou a
consulta, aquela irá diretamente para o prontuário do paciente, que é
informatizado, o enfermeiro checa a receita, e a encaminha para o farmacêutico
que irá manipular o medicamento de acordo com o prescrito pelo profissional
médico; quando esse está pronto, fica separados em embalagens por nome dos
pacientes, e então os técnicos preparam e faz a administração.
Conhecemos o setor de quimioterapia, onde são realizadas as seções
medicamentosas através da quimioterapia; a qual tem por finalidades, tais
processo: curativa, o controle completo do tumor. Porém não foi possível
conhecer o setor de radioterapia, por impossibilidade do profissional, mas esse
setor contribui muito para a qualidade de vida do paciente, a radioterapia pode
resultar na cura e ou então diminuir o tamanho do tumor aliviando a pressão dos
órgãos, reduzindo hemorragia, dores e outros sintomas, ou seja, intuito paliativo.
Foi algo bem diferente de que já tínhamos ouvido falar, pois quando temos
o contato pessoal com o ambiente de um determinado serviço, é que
percebemos o quanto o mesmo é importante para ajudar na recuperação e bem
estar dos pacientes e familiares, não que duvidemos do que nossos professores
falem, mas é que a realidade vivida na pele faz- nos sentirmos capaz de
compreender melhor tudo o que já ouvimos falar de determinado serviço.
O enfermeiro é provavelmente o profissional com o qual o paciente tem
mais contato durante o tratamento, por isso eles tem muita confiança nesse.
Como já foi falado anteriormente, a oncologia é uma área muito específica,
portanto é importante que os enfermeiros tenham formação de especialista na
área e que estejam sempre se atualizando, para que possam cada vez mais,
prestar seus cuidados ao paciente com todo o apoio, carinho e amor possível; já
que em tudo que devemos fazer deve ter um pouco do emocional, para que
possamos assim sermos mais humanos para com os outros.
Fica como sugestão, a necessidade de podermos conhecer todos
serviços de tratamento para o câncer, umas que a grande maioria da turma não
teve essa oportunidade; e que nas visitas os discentes também tenham a
oportunidade de realizar alguns processos para com o paciente, por exemplo:
preparar os medicamentos, exames físicos necessários e se possível puncionar.

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