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Sustentabilidade| Carreiras Tribunais

Prof. Tatiana Scaranello| tatiana.scaranello@gmail.com

NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE

DIREITO INTERNACIONAL

DO MEIO AMBIENTE

1. Antropocentrismo
2. Cooperação Internacional
3. Promoção do desenvolvimento sustentável
4. Informação
5. Precaução
6. Solidariedade : não há fronteira para o dano
Ex: “Marés negras”na poluição transfronteiriça - Prof. Guido Soares (USP)
7. Competência prioritária dos Estados para formular e executar política ambiental dentro dos respectivos
territórios, em conformidade com os parâmetros estabelecidos pelas normas internacionais
8. O Estado não pode alterar as condições naturais de seu território e prejudicar outro Estado
NORMAS GERAIS DO DIREITO

INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE

1. DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO (1972)

 Soft Law
 Objetivo: orientar a humanidade no esforço da preservação do meio ambiente visando assegurar o meio
ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações
 Conscientização sobre o uso dos recursos não renováveis;
 Cooperação internacional, por meio de transferência de tecnologia e recursos financeiros;
 Políticas ambientais;
 “ECODESENVOLVIMENTO”
2. DECLARAÇÃO DO RIO (1992)/ ECO RIO 92

 Mantém os valores consagrados na Declaração de Estocolmo


 Meio ambiente como forma de erradicação da pobreza
 Legislação doméstica como reflexo das normas internacionais
 Consagrou o PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
 Estados deverão notificar imediatamente os demais Estados sobre desastres ambientais que possam
prejudicar seus territórios (poluição transfronteiriça)
 Aprova a AGENDA 21
2.1. AGENDA 21

 Desenvolvimento sustentável
 Proteção de mares e oceanos
 Estados: situação da mulher, infância, juventude, trabalhadores , população indígena e saúde
2.2. Documentos aprovados

 Declaração do Rio;
 Declaração de Princípios sobre Florestas;
 Convenção sobre Mudanças Climáticas;
Convenção sobre a Diversidade Biológica
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 RELATÓRIO DE BRUNDTLAND – “NOSSO FUTURO COMUM”

 Gro Harlem Brundtland, primeira – ministra da Noruega, escolhida da pela ONU (1983) para chefiar a
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento;
 1987: a Comissão apresentou o documento “Nosso Futuro Comum”, conhecido como RELATÓRIO DE
BRUNDTLAND;
 Consagrou o conceito de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
 Conceito de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: forma como as atuais gerações satisfazem as suas
necessidades sem, no entanto, comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias
necessidades.
“Em essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos,
a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se
harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas.”

 3 (três) pilares do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - Declaração de Joanesburgo (África do Sul), em


2010:

1. Desenvolvimento econômico;

2. Desenvolvimento social;

3. Proteção ambiental

3. Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO + 20), 2012.

 Rio de Janeiro de 13 a 22 de junho de 2012;

 193 países participaram;

 A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza;

 A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável (Governança Ambiental e Governança do


Desenvolvimento Sustentável).

 Principais temas que foram debatidos:


a) Balanço do que foi feito nos últimos 20 anos em relação ao meio ambiente;

b) A importância e os processos da Economia Verde;

c) Ações para garantir o desenvolvimento sustentável do planeta;

d) Maneiras de eliminar a pobreza;

e) A governança internacional no campo do desenvolvimento sustentável.

 Documento “Esboço Zero”: necessidade de fortalecer a governança internacional ambiental para promoção
do desenvolvimento sustentável.

 Investimento no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA);

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 Governança significa a capacidade de instituições governamentais e não governamentais de, por meio de
órgãos, regras e processos, orientar condutas de Estados e empresas em torno de valores e objetivos de
longo prazo para a sociedade.

4. Cúpula do Clima de Paris (COP 21), 2015

 Acordo de extensão global para frear as emissões de gases do efeito estufa e para lidar com os impactos da
mudança climática, visando substituir o Protocolo de Kyoto;
 195 Estados signatários;
 Também discutiu sobre o “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”

QUESTÃO

FCC – 2012 – TRF – 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA

Desenvolvimento Sustentável

a) envolve iniciativas que concebem o meio ambiente de modo articulado com as questões sociais, tais como: saúde,
habitação e educação, e que estimulem uma visão acrítica da população acerca das questões ambientais.

b) e crescimento econômico são sinônimos, significando atividades de incentivo ao desenvolvimento do país,


seguindo modelos de avanço tecnológico e científico.

c) significa crescimento da economia, demonstrado pelo aumento anual do Produto Nacional Bruto (PNB)
combinado com melhorias tecnológicas e ganhos sociais relevantes.

d) pode ser alcançado somente através de políticas e diretrizes governamentais de estímulo à redução do
crescimento populacional do país, tendo em vista que a dinâmica demográfica exerce forte impacto sobre o meio
ambiente em geral e os recursos naturais em particular.

e) significa crescimento econômico com utilização dos recursos naturais, porém com respeito ao meio ambiente, à
preservação das espécies e à dignidade humana, de modo a garantir a satisfação das necessidades das presentes e
futuras gerações.

1. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO

• IMPLÍCITO na CF/88 e contido na Resolução CONAMA n.306/2002;


• Impactos ambientais já conhecidos e que haja certeza científica sobre suas consequências e as maneiras
para saná-los ou minimizá-los;
• Fundamenta o procedimento do licenciamento ambiental e a elaboração do EIA/RIMA;
• Mitigação dos impactos ambientais para que a Administração Pública possa autorizar a atividade
potencialmente poluidora.
2. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO

• Implícito na CF/88, mas consagrado pela ECO RIO/92 e pela

Lei n.9.605/98 (crimes ambientais);

• Incerteza científica – SEMPRE deve favorecer o meio ambiente (in dubio pro natura);
• Inversão do ônus da prova – réu provar que sua atividade não é prejudicial ao meio ambiente;
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• Adoção de medidas para coibir perigo de dano à saúde e ao meio ambiente.

STJ:

“(...) em matéria de meio ambiente vigora o princípio da precaução. Esse princípio deve ser observado pela
Administração Pública, e também pelos empreendedores. A segurança dos investimentos constitui, também e
principalmente, responsabilidade de quem os faz. À luz desse pressuposto, surpreende na espécie a circunstância de
que empreendimento de tamanho vulto tenha sido iniciado, e continuado, sem que seus responsáveis tenham se
munido da cautela de consultar o órgão federal incumbido de preservar o meio ambiente a respeito de sua
viabilidade” (Corte Especial, AgRg na SLS 1564, de 16.05.2012).

3. PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO


Explícito no artigo 225, §1º, VI, CF/88;

Educação ambiental, conscientização pública, instrumento de efetivação do direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado;
• Lei n. 10.650/2003: todos os atos administrativos em matéria ambiental com relevância coletiva devem ser
públicos, disponibilizados em meios de comunicação.
4. PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

• Implícito no art. 225, combinado com o art. 170, ambos da CF/88 e expresso no ECO RIO/ 92;
• Relatório de Brundtland (Nosso Futuro Comum) - 1987:
“o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras
de suprir suas próprias necessidades”.


Já consagrado pelo art. 4º, I, Lei n. 6938/ 1981 (Política Nacional do Meio Ambiente);
•Novo Código Florestal, art. 73;

Lei nº 9.433/97, Lei de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
• Art. 4º, IV, da Lei nº 9.985/2000, Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza;

Ou seja, a necessidade de ponderação entre as necessidades sociais econômicas (Princípio do
desenvolvimento econômico) e o direito ao meio ambiente equilibrado.
5. PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR/ PREDADOR/ da RESPONSABILIDADE

• Deve o poluidor responder por custos sociais da degradação resultante da sua atividade poluidora,
agregando a este valor (das externalidades negativas) ao custo produtivo;
• Previsto na ECO RIO/92;
• Art. 14,§1º, Lei n. 6.938/81: “é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a
indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade”.

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NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE

5. PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR/ PREDADOR/ da RESPONSABILIDADE

• Deve o poluidor responder por custos sociais da degradação resultante da sua atividade poluidora,
agregando a este valor (das externalidades negativas) ao custo produtivo;

• Previsto na ECO RIO/92;

• Art. 14,§1º, Lei n. 6.938/81: “é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a


indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade”.

6. PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR

• Mesmo que NÃO HAJA POLUIÇÃO, as pessoas que utilizarem o bem deverão pagar pelo seu uso;

• Art. 19 da Lei n. 9.433/ 97, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, e visa trazer, na cobrança
para utilização do bem ambiental água, as considerações: a) gerar no usuário o reconhecimento de que a
água é um bem econômico, b) que a água tem um valor; c) incentivar a racionalização do uso da água; d)
captar recursos financeiros para custear programas que tenham por propósito a preservação dos recursos
hídricos.

ADI 3378/2008 – STF:

“(...) 3. O art. 36 da Lei 9.985/2000 densifica o princípio usuário-pagador, este a significar um mecanismo de
assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade econômica.”

7. PRINCÍPIO DO PROTETOR RECEBEDOR

• Conceito: as pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela preservação ambiental devem ser agraciadas com
benefícios, já que estão colaborando para a manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado.

• Novo Código Florestal, art. 15: prevê a possibilidade da compensação financeira aos proprietários rurais
que mantém reserva legal em sua propriedade acima do limite mínimo.

• Política Nacional de Resíduos Sólidos, o art. 6º, II, Lei n. 12305/2010, prevê expressamente o mencionado
princípio:

“Art. 6o São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor”

8.PRINCÍPIO DA GESTÃO DESCENTRALIZADA

• Lei Complementar 140/2011: competência dos entes federativo;s

• Art. 23, III, IV, VI e VII, CF/88;

• Licitações sustentáveis.

9. PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA PROPRIEDADE

• Art. 186, II, CF/88: preservação do meio ambiente


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• Art. 28 do Novo Código Florestal: não permite a conversão de vegetação nativa para o uso alternativo do
solo, no caso, desmatamentos, no imóvel rural que possuir área abandonada

Tribunal Regional Federal da 4ª região:

“(...) irrelevante o fato de se tratar de terras públicas (terrenos de marinha) ou particulares, posto que apresentando
ecossistema de mangue, não poderia ter sido devastada, sob pena de violação ao princípio da função socioambiental
da propriedade (art. 225 da CF/88)” (AC 1998.04.01.051900-5, de 18.12.2002).

10. Princípio democrático

• Participação popular em AUDIÊNCIAS PÚBLICAS no procedimento de licenciamento ambiental - A audiência


pública será obrigatória quando solicitada por 50 ou mais cidadãos

• Consultas populares

“TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL MANTÉM SUSPENSÃO DO POLO NAVAL EM MANAUS

A Justiça determinou ainda a suspensão imediata de todas as medidas referentes ao projeto de implantação do Polo
Naval enquanto não for realizada consulta prévia, livre e informada das comunidades tradicionais ribeirinhas que
vivem na região.” FONTE: Portos e Navios (25/06/2015)

11. Princípio da educação ambiental

 EXPLÍCITO no artigo 225, § 1º, VI, CF/88

12. Princípio da Solidariedade ou Equidade Intergeracional

 EXPLÍCITO no art. 225, caput, CF/88;

 Princípio 3 da ECO 92 : “O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam
atendidas equitativamente as necessidades de gerações presentes e futuras.”

13. Princípio da vedação ao retrocesso

 Princípio de Direitos Humanos;

 O Poder Público não pode suprimir nível de proteção superior, retornando ao nível inferior;

 PEC 65/2012: visa inserir o §7º, no art. 225, CF/88  configura RETROCESSO

Art. 225, CF/88. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à


pesquisa e manipulação de material genético;
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III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco
para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do
meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade;

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira
são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação
do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à
proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não
poderão ser instaladas.

QUESTÕES

1. FCC - 2013 - TJ-PE - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento

O Princípio da Precaução no Direito Ambiental

a) pressupõe que haja informação certa e ausência de dúvida sobre a segurança de determinada decisão.

b) pode ser aplicado de forma direta, dispensando a avaliação de riscos, pois o objetivo é priorizar as incertezas na
proteção do meio ambiente e não o processo científico para avaliá-lo.

c) significa tomar uma decisão face aos riscos com a prévia participação popular.

d) significa tomar uma decisão quando a informação científica for insuficiente, não conclusiva ou incerta e haja
informações de que os possíveis efeitos sobre o meio ambiente possam ser potencialmente perigosos e
incompatíveis com o nível de proteção escolhidos;

e) é o ato de divulgação de informações ambientais que devem ser repassadas pelo Poder Público e a toda
coletividade, com a participação de pessoas e organizações não governamentais nos procedimentos de decisões
administrativas e nas ações judiciais ambientais.
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RESPOSTA: D

2. CESPE - 2015 - STJ - Analista Judiciário - Cargo 4 - Conhecimentos Específicos

Foi assumido o compromisso por chefes de Estado presentes à Conferência Rio 2002 de buscar soluções para um

desenvolvimento que atenda às necessidades das gerações atuais e futuras com base em dois princípios básicos: a

reciclagem dos resíduos reconhecida como um caminho para a preservação do planeta; e o desenvolvimento do uso
das matérias-primas e energias renováveis para garantir o aumento de quantidades de energia utilizadas na extração
dos recursos naturais.

RESPOSTA: ERRADO

Lei nº 12.305/2010

Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos

• CONVENÇÃO DE BASILÉIA (1989): Sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Sólidos e


seu Depósito.

• Brasil: Decreto n. 875/93 e Resolução CONAMA n.452/ 2012

Art. 49. É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas
características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para
tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação.

ATENÇÃO!!!

ESTA LEI NÃO SE APLICA AOS REJEITOS RADIOATIVOS, OS QUAIS SÃO REGULADOS POR LEGISLAÇÃO PRÓPRIA.

“Resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a
cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.” FREDERICO AMADO, DIREITO AMBIENTAL
ESQUEMATIZADO, 2014, p.866

A LEI prevê:

• A proibição dos lixões (observada a regra de transição)

ATENÇÃO!!!

O art. 54 da PNRS previa o prazo de até 4 (quatro) anos para extinguir os lixões, após a publicação desta Lei, ou seja,
ATÉ 03/08/2014. Todavia, houve prorrogação (PL 425/2014), por um prazo máximo de até 2021, conforme o ente
municipal em questão.

• A atribuição de responsabilidade às indústrias pela destinação dos resíduos sólidos que produzem, verdadeiro
corolário do Princípio do Poluidor-pagador;

• A inclusão social das organizações de catadores;

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• Logística reversa, que determina que fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores realizem o
recolhimento de embalagens usadas;

• A responsabilidade compartilhada, que envolve a sociedade, as empresas, os governos municipais, distrital,


estaduais e federal na gestão dos resíduos sólidos;

• A previsão dos planos de resíduos sólidos;

• A responsabilidade das pessoas de acondicionar de forma adequada o lixo para o seu recolhimento, devendo fazer
a separação onde houver a coleta seletiva.

ÁREA CONTAMINADA X ÁREA ÓRFÃ CONTAMINADA

 ÁREA CONTAMINADA: local onde há contaminação causada pela disposição, seja regular ou irregular, de
substâncias ou resíduos;

 ÁREA ÓRFÃ CONTAMINADA: área contaminada cujos responsáveis pela disposição NÃO sejam identificáveis
ou individualizados.

RESÍDUOS X REJEITOS

 RESÍDUOS: são sólidos, semissólidos, gases contidos em recipientes e líquidos inviáveis de serem lançados
na rede pública de esgoto e exijam tecnologia específica;

 REJEITOS: são resíduos sólidos que, após esgotadas todas as formas de tratamento e recuperação, NÃO
apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

DESTINAÇÃO X DISPOSIÇÃO

 DESTINAÇÃO final ambientalmente adequada: é essencialmente aos resíduos, os quais podem ser
reutilizados, reciclados, recuperados, dentre outras formas, sempre vislumbrando normas de segurança
específicas;

 DISPOSIÇÃO final ambientalmente adequada: é essencialmente em relação aos rejeitos em aterros, sempre
vislumbrando normas de segurança específicas.

RECICLAGEM X REUTILIZAÇÃO

 RECICLAGEM: processo de transformação de resíduos sólidos por meio da alteração de suas propriedades
físicas, químicas ou biológicas, cujo objetivo é transformar em um insumo ou produto diverso;

 REUTILIZAÇÃO: ocorre o reaproveitamento dos resíduos sólidos sem alteração de suas propriedades físicas,
químicas ou biológicas.

1. LEGISLAÇÕES:

• Resolução CONAMA 404/2008 – Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro
sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos;

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• Resolução CONAMA 313/2002 – Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais;

• Resolução CONAMA 005/1993 – Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos,
aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários;

• Resolução CONAMA 006/1991 – Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos
de saúde, portos e aeroportos.

2. Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos  Decreto n. 7.404/2010

 FINALIDADE: apoiar a estruturação e implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, por meio da
articulação dos órgãos e entidades governamentais, com um representante, titular e suplente, de cada
órgão a seguir indicado:

I – Ministério do Meio Ambiente, que o coordenará;

II – Casa Civil da Presidência da República;

III – Ministério das Cidades;

IV – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

V –Ministério da Saúde;

VI – Ministério de Minas e Energia;

VII – Ministério da Fazenda;

VIII – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

IX – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

X – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

XI – Ministério da Ciência e Tecnologia; e

XII – Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

3. PRINCÍPIOS

a) Reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social,
gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;

b) Cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da
sociedade;

c) Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

d) Ecoeficiência;

e) Visão sistêmica.

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ORDEM DE DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS

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ORDEM DE DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS (Art. 7º):

a) Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;

b) Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de
materiais recicláveis e reciclados;

c) Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;

d) Prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: produtos reciclados e recicláveis; bens, serviços e
obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;

e) Estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto.

5. INSTRUMENTOS

I – o Plano Nacional de Resíduos Sólidos;


II – os planos estaduais de resíduos sólidos;
III – os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos sólidos de regiões metropolitanas ou
aglomerações urbanas;
IV – os planos intermunicipais de resíduos sólidos;
V – os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos;
VI – os planos de gerenciamento de resíduos sólidos;
VII - Os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos;
VIII - A coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
IX - O incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores
de materiais reutilizáveis e recicláveis;
X - Os incentivos fiscais, financeiros e creditícios;
XI - O Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;
XII - O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir);
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XIII - O Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa);

6. RESPONSABILIDADE DO PODER PÚBLICO E DOS GERADORES

a) Administração Pública como prestadora do serviço dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos:

Responsabilidade pela organização e prestação direta ou indireta desses serviços.

b) Gerador (art. 27)

Art. 20 - Plano de gerenciamento de resíduos sólidos

6.1. Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos - OBJETIVA (independete de culpa)

 Sistema de logística reversa – Princípio do Poluidor Pagador: fabricantes, importadores, distribuidores e


comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos

 Administração Pública – responsabilidade subsidiária

Art. 31. Sem prejuízo das obrigações estabelecidas no plano de gerenciamento de resíduos sólidos e com vistas a
fortalecer a responsabilidade compartilhada e seus objetivos, os fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes têm responsabilidade que abrange:

I - investimento no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no mercado de produtos:

a) que sejam aptos, após o uso pelo consumidor, à reutilização, à reciclagem ou a outra forma de destinação
ambientalmente adequada;

b) cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível;

II - divulgação de informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a seus
respectivos produtos;

III - recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, assim como sua subsequente destinação
final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema de logística reversa na forma do art. 33
(independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos);

IV - compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com o Município, participar das ações
previstas no plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, no caso de produtos ainda não inclusos no
sistema de logística reversa.

 OBJETIVOS:

a) compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os processos de gestão empresarial e


mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis;

b) promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia produtiva ou para outras
cadeias produtivas;

c) reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais;


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d) incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade;

e) estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados


e recicláveis;

f) propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e sustentabilidade;

g) incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental.

Logística reversa: é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de


ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor
empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final
ambientalmente adequada.

Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos
após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos
resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua
resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas;

II - pilhas e baterias;

III - pneus;

IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

7. Classificação dos RESÍDUOS SÓLIDOS quanto à ORIGEM (art.13)

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;

b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de
limpeza urbana;

c) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais

d) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

e) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção
civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

f) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a


insumos utilizados nessas atividades.

8. Classificação dos RESÍDUOS SÓLIDOS quanto à periculosidade (art. 13)

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a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade,


reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam
significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma
técnica;

b) resíduos não perigosos

9. PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

9.1. PLANO NACIONAL

 UNIÃO elaborará, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente;

 PRAZO DE VIGÊNCIA: INDETERMINADO, “com horizonte” de 20 anos (art. 15);

 Atualizado a cada 4 (quatro) anos;

 Será elaborado mediante processo de mobilização e participação social, incluindo a realização de audiências
e consultas públicas.

 Conteúdo mínimo:

a) diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos;

b) proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas;

c) metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos
encaminhados para disposição final ambientalmente adequada;

d) metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposição final de resíduos sólidos;

e) metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;

f) programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas;

g) normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos da União, para a obtenção de seu aval ou para o acesso
a recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade federal, quando destinados a ações e programas de
interesse dos resíduos sólidos;

h) medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resíduos sólidos;

i) diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos sólidos das regiões integradas de
desenvolvimento instituídas por lei complementar, bem como para as áreas de especial interesse turístico;

j) normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de resíduos;

k) meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito nacional, de sua implementação e
operacionalização, assegurado o controle social.

9.2. PLANO ESTADUAL

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 É condição para os Estados terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a
empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos
ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade;

 PRAZO DE VIGÊNCIA: INDETERMINADO, “com horizonte” de 20 anos (art. 17);

 Atualizado a cada 4 (quatro) anos;

 Conteúdo mínimo: igual ao do Plano Nacional, com alguns acréscimos (art. 17):

XI - previsão, em conformidade com os demais instrumentos de planejamento territorial, especialmente o


zoneamento ecológico-econômico e o zoneamento costeiro, de:

a) zonas favoráveis para a localização de unidades de tratamento de resíduos sólidos ou de disposição final de
rejeitos;

b) áreas degradadas em razão de disposição inadequada de resíduos sólidos ou rejeitos a serem objeto de
recuperação ambiental.

9.3. Plano microrregionais ou Plano de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas.

 Planos específicos direcionados às regiões metropolitanas ou às aglomerações urbanas;

 Participação dos Municípios envolvidos, obrigatoriamente, e não excluem nem substituem qualquer das
prerrogativas a cargo dos Municípios;

 Devem atender ao previsto para o plano estadual e estabelecer soluções integradas para a coleta seletiva, a
recuperação e a reciclagem, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos urbanos e, consideradas as
peculiaridades microrregionais, outros tipos de resíduos.

9.4. PLANOS MUNICIPAIS

 Condição para o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados,
destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos,
ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento
para tal finalidade;

 Prioridade.

 PRAZO e REVISÃO conforme cada Plano de cada município;

 A existência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não exime o Município ou o Distrito
Federal do licenciamento ambiental de aterros sanitários e de outras infraestruturas e instalações
operacionais integrantes do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos pelo órgão
competente do Sisnama;

 A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não pode ser utilizada para
impedir a instalação ou a operação de empreendimentos ou atividades devidamente licenciados pelos
órgãos competentes

 Município com MENOS de 20 mil habitantes: conteúdo simplificado

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SALVO se o município:

a) for integrante de áreas de especial interesse turístico;

b) estiver inserido na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de
âmbito regional ou nacional;

c) cujo território abranja, total ou parcialmente, Unidades de Conservação.

 Conteúdo mínimo (art. 19):

a) diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território, contendo a origem, o volume, a
caracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas;

b) identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, observado o plano
diretor de que trata o § 1º do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver;

c) identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros


Municípios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas
de prevenção dos riscos ambientais;

d) identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento específico nos termos do art.
20 ou a sistema de logística reversa na forma do art. 33, observadas as disposições desta Lei e de seu regulamento,
bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

e) procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana
e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei
nº 11.445, de 2007;

f) indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos;

g) regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20, observadas
as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS e demais disposições pertinentes da legislação federal e
estadual;

h) definição das responsabilidades quanto à sua implementação e operacionalização, incluídas as etapas do plano de
gerenciamento de resíduos sólidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder público;

i) programas e ações de capacitação técnica voltados para sua implementação e operacionalização;

j) programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem
de resíduos sólidos;

k) programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de
associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se
houver;

l) mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos sólidos;

m) sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços, observada a Lei nº 11.445, de 2007;
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n) metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de
rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada;

o) descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa,
respeitado o disposto no art. 33, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos;

p) meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da implementação e operacionalização
dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 e dos sistemas de logística reversa previstos
no art. 33;

q) ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento;

r) identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos, incluindo áreas contaminadas, e
respectivas medidas saneadoras;

s) periodicidade de sua revisão, observado prioritariamente o período de vigência do plano plurianual municipal.

ATENÇÃO!!!!

O Município que optar por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, assegurado
que o plano intermunicipal preencha os requisitos estabelecidos para o conteúdo mínimo, pode ser dispensado da
elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos.

9.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

 Destina-se:

a) Geradores de resíduos sólidos de:

a1) serviços públicos de saneamento básico;

a2) resíduos industriais;

a3) resíduos de serviços de saúde.

b) estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:

b1) gerem resíduos perigosos;

b2) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não
sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal.

c) as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do
Sisnama;

 Conteúdo mínimo (art. 21);

 Atenderá ao disposto no plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos do respectivo Município;

 Os responsáveis por plano de gerenciamento de resíduos sólidos manterão atualizadas e disponíveis ao


órgão municipal competente, ao órgão licenciador do Sisnama e a outras autoridades, informações

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completas sobre a implementação e a operacionalização do plano sob sua responsabilidade, por


periodicidade anual.

 Art. 24. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos é parte integrante do processo de licenciamento
ambiental do empreendimento ou atividade pelo órgão competente do Sisnama.

 § 1o Nos empreendimentos e atividades não sujeitos a licenciamento ambiental, a aprovação do plano de


gerenciamento de resíduos sólidos cabe à autoridade municipal competente.

 § 2o No processo de licenciamento ambiental referido no § 1o a cargo de órgão federal ou estadual do


Sisnama, será assegurada oitiva do órgão municipal competente, em especial quanto à disposição final
ambientalmente adequada de rejeitos.

10. PROIBIÇÕES:

• Lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;

• Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;

• Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados

para essa finalidade;

• Outras formas vedadas pelo poder público.

EXCEÇÃO!!!

Quando decretada a emergência sanitária, poderá ser realizada, desde que autorizada e acompanhada pelos órgãos
competentes do SISNAMA e do SNVS, a queima de resíduos a céu aberto.

11. INSTRUMENTOS ECONÔMICOS:

a) Incentivos fiscais;

b) Financeiros;

c) Creditícios.

QUESTÕES

1. FCC - 2016 – TRT 23ª MT – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA

De acordo com a Lei n 12.305/2010, o plano estadual de resíduos sólidos que abrangerá todo o território de um
Estado, será elaborado para vigência

a) pelo prazo de dez anos, com revisões a cada dois anos.

b) por prazo indeterminado, com horizonte de vinte anos, a ser atualizado a cada 4 anos.

c) por prazo indeterminado, com horizonte de quinze anos e revisões a cada cinco anos.

d) pelo prazo de quinze anos, com revisões a cada três anos.

e) por prazo indeterminado, com horizonte de doze anos e revisões a cada três anos
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RESPOSTA: B

2. FCC - 2016 – TRT 23ª MT – TÉCNICO JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR

Para efeitos da Lei nº 12.305/2010 a gestão integrada de resíduos sólidos é

a) conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e participação nos


processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos
sólidos.

b) distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
c) o ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou
comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do
produto.
d) o conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as
dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável.
e) o conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final, de acordo com plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos.

RESPOSTA: D

3. FCC - 2015 - TCE-CE - Analista de Controle Externo - Auditoria de Obras Públicas

A elaboração de plano estadual de resíduos sólidos, nos termos previstos pela Lei nº 12.305/2010, é condição para
os Estados terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços
relacionados à gestão de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de
entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade. O
plano estadual de resíduos sólidos será elaborado para vigência por prazo indeterminado, abrangendo todo o
território do Estado, com horizonte de atuação de

a) 30 anos e revisões a cada 3 anos.


b) 10 anos e revisões a cada 5 anos.
c) 20 anos e revisões a cada 4 anos.
d) 8 anos e revisões a cada 4 anos.
e) 15 anos e revisões a cada 3 anos

RESPOSTA: C
4. FCC - 2013 - AL-PB - Procurador
Uma lei municipal que trata de coleta seletiva de resíduos sólidos será
a) inconstitucional, pois o tema é de competência exclusiva da União.
b) inconstitucional, pois o tema é de competência exclusiva do Estado.
c) constitucional, pois o tema de resíduos sólidos é de competência exclusiva do Município.
d) constitucional, desde que se obtenha a anuência da Assembleia Legislativa do respectivo Estado.
e) constitucional, por versar sobre assunto de interesse local.
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RESPOSTA: E

5. FCC- PGE/SP - 2012


De acordo com a Lei Federal 12.305/2010,
constituem, respectivamente, princípio(s), objetivo(s) e instrumento(s) da Política Nacional de Resíduos
Sólidos,
A) os planos de resíduos sólidos; os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos; e a coleta
seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.
B) a prevenção e a precaução; a avaliação de impactos ambientais; os incentivos fiscais financeiros e
creditícios.
C) o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; o incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista
fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados e os
inventários; e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos.
D) a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural,
econômica, tecnológica e de saúde pública; o desenvolvimento sustentável; e a cooperação entre as
diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade.
E) o estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; a adoção,
desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; e
a redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos
RESPOSTA: C

POLÍTICA NACIONAL SOBRE


MUDANÇA NO CLIMA
Lei 12.187/2009
1. Competência: todos os entes da federação
2. Princípios: iguais os adotados pela CF/88 e o Princípio da Responsabilidade Comum, porém
diferenciadas.
3. Objetivos: compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a proteção do sistema climático e
à redução das emissões antrópicas de gases de efeito estufa em relação às suas diferentes fontes.
ATENÇÃO!!!
ADOTA UMA META VOLUNTÁRIA DE REDUÇÃO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA ENTRE 36,1% A
38,9% ATÉ 2020.
BRASIL, CHINA E ÍNDIA não são obrigados, pois não fazer parte do rol dos países mencionados no ANEXO 1
do PROTOCOLO DE KYOTO.

4. DIRETRIZES:
I - os compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima, no Protocolo de Quioto e nos demais documentos sobre mudança do clima dos quais vier a ser
signatário;
II – as ações de mitigação da mudança do clima em consonância com o desenvolvimento sustentável, que
sejam, sempre que possível, mensuráveis para sua adequada quantificação e verificação a posteriori;
III – as medidas de adaptação para reduzir os efeitos adversos da mudança do clima e a vulnerabilidade dos
sistemas ambiental, social e econômico;
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IV – as estratégias integradas de mitigação e adaptação à mudança do clima nos âmbitos local, regional e
nacional;
V – o estímulo e o apoio à participação dos governos federal, estadual, distrital e municipal, assim como do
setor produtivo, do meio acadêmico e da sociedade civil organizada, no desenvolvimento e na execução de
políticas, planos, programas e ações relacionados à mudança do clima;
VI – a promoção e o desenvolvimento de pesquisas científico-tecnológicas, e a difusão de tecnologias,
processos e práticas orientados a:
a) mitigar a mudança do clima por meio da redução de emissões antrópicas por fontes e do fortalecimento
das remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa;
b) reduzir as incertezas nas projeções nacionais e regionais futuras da mudança do clima;
c) identificar vulnerabilidades e adotar medidas de adaptação adequadas;
VII – a utilização de instrumentos financeiros e econômicos para promover ações
IX – o apoio e o fomento às atividades que efetivamente reduzam as emissões ou promovam as remoções
por sumidouros de gases de efeito estufa;
X – a promoção da cooperação internacional no âmbito bilateral, regional e multilateral para o
financiamento, a capacitação, o desenvolvimento, a transferência e a difusão de tecnologias e processos
para a implementação de ações de mitigação e adaptação, incluindo a pesquisa científica, a observação
sistemática e o intercâmbio de informações;
XIII – o estímulo e o apoio à manutenção e à promoção:
a) de práticas, atividades e tecnologias de baixas emissões de gases de efeito estufa;
b) de padrões sustentáveis de produção e consumo

5. INSTRUMENTOS
I – o Plano Nacional sobre Mudança do Clima;
II – o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima;
III – os Planos de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento nos biomas;
IV – a Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de
acordo com os critérios estabelecidos por essa Convenção e por suas Conferências das Partes;
V – as resoluções da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima;
VI – as medidas fiscais e tributárias destinadas a estimular a redução das emissões e remoção de gases de
efeito estufa, incluindo alíquotas diferenciadas, isenções, compensações e incentivos, a serem estabelecidos
em lei específica.

6. Conceitos
a) adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente
aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima;
b) efeitos adversos da mudança do clima: mudanças no meio físico ou biota resultantes da mudança do
clima que tenham efeitos deletérios significativos sobre a composição, resiliência ou produtividade de
ecossistemas naturais e manejados, sobre o funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a saúde
e o bem-estar humanos;
c) emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera numa área específica e
num período determinado;
d) fonte: processo ou atividade que libere na atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de
efeito estufa;
e) gases de efeito estufa: constituintes gasosos, naturais ou antrópicos, que, na atmosfera, absorvem e
reemitem radiação infravermelha;
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f) impacto: os efeitos da mudança do clima nos sistemas humanos e naturais;


g) mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por
unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito
estufa e aumentem os sumidouros;
h) mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade
humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade
climática natural observada ao longo de períodos comparáveis;
i) sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gás de efeito estufa, aerossol
ou precursor de gás de efeito estufa; e
j) vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e incapacidade de um sistema, em função de sua sensibilidade,
capacidade de adaptação, e do caráter, magnitude e taxa de mudança e variação do clima a que está
exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, entre os quais a variabilidade climática e os
eventos extremos.

7. PROTOCOLO DE KYOTO

JAPÃO (1997);

ENTROU EM VIGOR INTERNACIONALMENTE EM 2005;

META DE REDUÇÃO DE 5,2%, EM MÉDIA, ENTRE 2008 E 2012 EM FACE DOS NÍVEIS DE 1990;

EUA NUNCA ADERIRAM;

PAÍSES DO ANEXO 1 FORAM OBRIGADOS A ADOTAR MECANISMOS ADICIONAIS DE IMPLEMENTAÇÃO:

a)Mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL);

Implementação conjunta;

Comércio de Emissões.

8. Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009

Copenhague;

O documento não é juridicamente vinculativo e não contém quaisquer compromissos juridicamente vinculativos
para a redução de emissões de CO2

9. CONFERÊNCIA DE PARIS (COP 21)

Paris, 2015;
Acordo inédito – consenso unânime
Pontos do ACORDO:
Países devem trabalhar para que aquecimento fique muito abaixo de 2ºC, buscando limitá-lo a 1,5ºC;
Países ricos devem garantir financiamento de US$ 100 bilhões por ano;

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Não há menção à porcentagem de corte de emissão de gases-estufa necessária;


Texto não determina quando emissões precisam parar de subir;
Acordo deve ser revisto a cada 5 anos

QUESTÕES
1. CESPE – 2013 – STJ – ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
O ano de 2012 provavelmente ficará na história como um período de eventos climáticos extremos, tendência que se
tem mantido nas primeiras semanas de 2013. A China vem enfrentando
o pior inverno dos últimos trinta anos; a Austrália sofre com queimadas por todo o país e teve, nos quatro últimos
meses de 2012, o período mais quente de sua história; o Paquistão foi inundado por enchentes inesperadas em
setembro; o Brasil conviveu com uma de suas primaveras mais quentes; e, nos EUA, o último ano registrou a mais
alta temperatura na parte continental do país.

Folha de S.Paulo, 12/1/2013, p. C8 (com adaptações).

A partir do texto acima e considerando as múltiplas implicações do tema por ele abordado, julgue os itens que se
seguem.
Em meio aos eventos climáticos extremos que aconteceram em 2012, com invernos rigorosos e fortes ondas de calor
que assustaram o mundo, o furacão Sandy atingiu vigorosamente Nova Iorque, paralisando por algum tempo a mais
importante cidade norte-americana.

RESPOSTA: CORRETA
2. CESPE – 2010 – ADVOGADO – IPAJAM
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009, realizada em Copenhague, terminou
a) com o estabelecimento de metas obrigatórias de redução das emissões de gás carbônico para os países, de acordo
com seu estágio de desenvolvimento.
b) com a decisão de que os organismos financeiros internacionais não mais concederão crédito para atividades
econômicas que contribuam para o aquecimento global.
c) com o estabelecimento de metas obrigatórias de redução de energia elétrica gerada por petróleo.
d) com a criação da Organização Mundial Ambiental, reunindo países e organismos internacionais especializados em
meio ambiente, para gerenciar a crise ambiental.
e) sem um documento formal que estabelecesse metas, demonstrando a falta de consenso entre os países
participantes

RESPOSTA: E

3. Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Técnico Judiciário - CESPE (2015) Direito Ambiental
Sustentabilidade | Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) | A sustentabilidade na Política Nacional de
Mudança do Clima (Lei nº 12.187 de 2009)

A respeito da Política Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC); da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída
pela Lei n.º 12.305/2010; e da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P), julgue o seguinte item. Constituem
instrumentos da PNMC, entre outros, os mecanismos financeiros e econômicos, no âmbito nacional, referentes à
mitigação e à adaptação à mudança do clima.
RESPOSTA: CORRETA

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GESTÃO SOCIOAMBIENTAL NO CNJ


Resolução CNJ nº 201/2015

1. FUNDAMENTOS:
a) Artigo 170, VI, CF/88;
b) Artigo 225, CF/88;
c) Artigo 3º da Lei 8.666/93 e Decreto 7.746/ 2012;
d) Lei 12.187/2009, que instituiu a Política Nacional de Mudança de Clima;
e) Lei 11.419/ 2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial e a Resolução CNJ 185/2013, a
qual institui o Processo Judicial Eletrônico;
f) Recomendações CNJ 11/2007 e 27/2009, que tratam da inclusão de práticas de socioambientais nas
atividades rotineiras dos tribunais;
g) TCU, Acórdão 1752, de 5 de julho de 2011, que trata das medidas de eficiência e sustentabilidade por
meio do uso racional de energia, água e papel adotadas pela Administração Pública;

2. CRIAÇÃO DAS UNIDADES OU NÚCLEOS SOCIOAMBIENTAIS NO PODER JUDICIÁRIO E SUAS


COMPETÊNCIAS
Art. 1º Os órgãos do Poder Judiciário relacionados nos incisos I-A a VII do art. 92 da Constituição Federal de
1988 bem como nos demais conselhos, devem criar unidades ou núcleos socioambientais, estabelecer suas
competências e implantar o respectivo Plano de Logística Sustentável (PLS-PJ).

3. CONCEITOS
a) logística sustentável: processo de coordenação do fluxo de materiais, de serviços e de informações, do
fornecimento ao desfazimento, que considerando o ambientalmente correto, o socialmente justo e o
desenvolvimento econômico equilibrado;
b) critérios de sustentabilidade: métodos utilizados para avaliação e comparação de bens, materiais ou
serviços em função do seu impacto ambiental, social e econômico;
c) práticas de sustentabilidade: ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de
cultura institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário;
d) práticas de racionalização: ações que tenham como objetivo a melhoria da qualidade do gasto público e o
aperfeiçoamento contínuo na gestão dos processos de trabalho;
e) coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente separados conforme sua constituição ou
composição com destinação ambientalmente adequada;
f) coleta seletiva solidária: coleta dos resíduos recicláveis descartados, separados na fonte geradora, para
destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis;
g) resíduos recicláveis descartados: materiais passíveis de retorno ao seu ciclo produtivo, rejeitados pelos
órgãos do Poder Judiciário.

4. Atribuições das UNIDADES socioambientais (art.6º) :


 o aperfeiçoamento contínuo da qualidade do gasto público;
 o uso sustentável de recursos naturais e bens públicos;
 a redução do impacto negativo das atividades do órgão no meio ambiente com a adequada gestão dos
resíduos gerados;
 a promoção das contratações sustentáveis;
 a gestão sustentável de documentos, em conjunto com a unidade responsável;
 a sensibilização e capacitação do corpo funcional, força de trabalho auxiliar e de outras partes interessadas;
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 a qualidade de vida no ambiente de trabalho, em conjunto com a unidade responsável.

ATENÇÃO!!!!!

A adequada gestão dos resíduos gerados deverá promover a coleta seletiva, com estímulo a sua redução, ao reuso e
à reciclagem de materiais, e à inclusão socioeconômica dos catadores de resíduos, em consonância com a Política
Nacional de Resíduos Sólidos e as limitações de cada município

O uso sustentável de recursos naturais e bens públicos deverá ter como objetivos o combate ao desperdício e o
consumo consciente de materiais, com destaque para a gestão sustentável de documentos como a implementação
de processo judicial eletrônico e a informatização dos processos e procedimentos administrativos.

A promoção das contratações sustentáveis deverá observar a integração dos aspectos ambientais, econômicos e
sociais do desenvolvimento sustentável.

5. Inclusão de práticas de sustentabilidade, racionalização e consumo consciente – ETAPAS:

I – estudo e levantamento das alternativas à aquisição de produtos e serviços solicitados, considerando:

a) verificação da real necessidade de aquisição do produto e/ou serviço;

b) existência no mercado de alternativas sustentáveis considerando o ciclo de vida do produto;

c) a legislação vigente e as normas técnicas, elaboradas pela ABNT, para aferição e garantia da aplicação dos
requisitos mínimos de qualidade, utilidade, resistência e segurança dos materiais utilizados;

d) conformidade dos produtos, insumos e serviços com os regulamentos técnicos pertinentes em vigor expedidos
pelo Inmetro de forma a assegurar aspectos relativos à saúde, à segurança, ao meio ambiente, ou à proteção do
consumidor e da concorrência justa;

e) normas da Anvisa quanto à especificação e classificação, quando for o caso;

f) as Resoluções do CONAMA, no que couber;

g) descarte adequado do produto ao fim de sua vida útil, em observância à Política Nacional de Resíduos Sólidos;

II – especificação ou alteração de especificação já existente do material ou serviço solicitado, observando os critérios


e práticas de sustentabilidade, em conjunto com a unidade solicitante;

III – lançamento ou atualização das especificações no sistema de compras e administração de material da instituição;

IV - dentre os critérios de consumo consciente, o pedido de material e/ou planejamento anual de aquisições deverão
ser baseados na real necessidade de consumo até que a unidade possa atingir o ponto de equilíbrio.

A qualidade de vida no ambiente de trabalho deve compreender a valorização, satisfação e inclusão do capital
humano das instituições, em ações que estimulem o seu desenvolvimento pessoal e profissional, assim como a
melhoria das condições das instalações físicas.

6. Departamento de Pesquisas Judiciárias: unidade do CNJ que deverá publicar anualmente o Balanço
Socioambiental do Poder Judiciário, fomentado por informações consolidadas nos relatórios de acompanhamento
do PLS-PJ de todos os órgãos e conselhos do Poder Judiciário.

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7. Rede Socioambiental do Conselho Nacional de Justiça: canal de comunicação entre os Tribunais, cujos objetivos
são:

a) Facilitar troca de experiências entre as comissões ambientais e/ou socioambientais dos diversos Tribunais que
compõem o Poder Judiciário brasileiro;

b) Supervisionar e fornecer subsídios a criação, desenvolvimento e manutenção de programas, projetos e ações


socioambientais de iniciativa dos diversos tribunais;

c) Identificar, analisar e propor soluções a fim de resolver os problemas de adequação dos programas propostos pela
comissões ambientais e/ou socioambientais, com os propósitos da Gestão Socioambiental em nível nacional;

d) Promover a integração da Gestão Socioambiental do Poder Judiciário com as gestões dos diferentes ramos do
Poder Público;

e) Manter um clipping de notícias sobre ações socioambientais, nas diferentes esferas do Poder Público, com
periodicidade semanal;

f) Expandir as ações socioambientais para o interior dos estados.

8. Comissão Gestora: composta por no mínimo 5 (cinco) servidores, designados no prazo de 30 dias, contados da
constituição das unidades socioambientais

Será composta, obrigatoriamente, por um servidor da unidade ou núcleo socioambiental, da unidade de


planejamento estratégico e da área de compras ou aquisições do órgão ou conselho do Poder Judiciário

9. PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL DO PODER JUDICIÁRIO (PLS-PJ)

Art. 8º Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário deverão implementar o Plano de Logística Sustentável do Poder
Judiciário (PLS-PJ), de acordo com o Capítulo II desta Resolução.

9.1. Conceito

É o instrumento vinculado ao planejamento estratégico do Poder Judiciário, com objetivos e responsabilidades


definidas, ações, metas, prazos de execução, mecanismos de monitoramento e avaliação de resultados, que permite
estabelecer e acompanhar práticas de sustentabilidade, racionalização e qualidade que objetivem uma melhor
eficiência do gasto público e da gestão dos processos de trabalho, considerando a visão sistêmica do órgão, o qual
será aprovado pela alta administração do órgão.

 Resultados obtidos: deverão ser publicados ao final de cada semestre do ano no sítio dos respectivos conselhos
e órgãos do Poder Judiciário, apresentando as metas alcançadas e os resultados medidos pelos indicadores;

 Relatório de desempenho do PLS-PJ: ao final de cada ano deverá ser elaborado por cada órgão e conselho do
Poder Judiciário;

 Devem ser observados:

a) Programa de Eficiência do Gasto Público (PEG), desenvolvido no âmbito da Secretaria de Orçamento Federal
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SOF/MP);

b) Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), coordenado pela Secretaria de


Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (SPE/MME);
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c) Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), coordenada pela Secretaria de Articulação Institucional
e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (SAIC/MMA);

d) Coleta Seletiva Solidária, desenvolvida no âmbito da Secretaria-Executiva do Ministério do Desenvolvimento


Social e Combate à Fome (SE/MDS);

e) Projeto Esplanada Sustentável (PES), coordenado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
por meio da SOF/MP, em articulação com o Ministério do Meio Ambiente, Ministério de Minas e Energia e
Ministério do Desenvolvimento Social;

f) Contratações Públicas Sustentáveis (CPS), coordenada pelo órgão central do Sistema de Serviços Gerais
(SISG), na forma da Instrução Normativa 1, de 19 de janeiro de 2010, da Secretaria da Logística e Tecnologia
da Informação (SLTI/MP).

9.2. CONTEÚDO:

a) relatório consolidado do inventário de bens e materiais do órgão, com a identificação dos itens nos quais foram
inseridos critérios de sustentabilidade quando de sua aquisição;

b) práticas de sustentabilidade, racionalização e consumo consciente de materiais e serviços;

c) responsabilidades, metodologia de implementação, avaliação do plano e monitoramento dos dados;

d) ações de divulgação, sensibilização e capacitação.

d) gestão de resíduos;

e) qualidade de vida no ambiente de trabalho;

f) sensibilização e capacitação contínua do corpo funcional, força de trabalho auxiliar e, quando for o caso, de outras
partes interessadas;

g) contratações sustentáveis, compreendendo, pelo menos, obras, equipamentos, combustível, serviços de


vigilância, de limpeza, de telefonia, de processamento de dados, de apoio administrativo e de manutenção predial;

h) deslocamento de pessoal, bens e materiais considerando todos os meios de transporte, com foco na redução de
gastos e de emissões de substâncias poluentes.

9.4. As contratações efetuadas pelo órgão ou conselho deverão observar:

I – critérios de sustentabilidade na aquisição de bens, tais como:

a) rastreabilidade e origem dos insumos de madeira como itens de papelaria e mobiliário, a partir de fontes de
manejo sustentável;

b) eficiência energética e nível de emissão de poluentes de máquinas e aparelhos consumidores de energia, veículos
e prédios públicos;

c) eficácia e segurança dos produtos usados na limpeza e conservação de ambientes;

d) gêneros alimentícios.
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II - práticas de sustentabilidade na execução dos serviços;

III – critérios e práticas de sustentabilidade no projeto e execução de obras e serviços de engenharia, em


consonância com a Resolução CNJ 114/2010;

IV – emprego da logística reversa na destinação final de suprimentos de impressão, pilhas e baterias, pneus,
lâmpadas, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, bem como produtos eletroeletrônicos e seus
componentes, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, observadas as limitações de cada município.

AGENDA

AMBIENTAL DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (A3P)

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AGENDA AMBIENTAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (A3P)

1. CONCEITO

 É um programa do Ministério do Meio Ambiente criado como resposta da administração pública à


necessidade de enfrentamento das graves questões ambientais, desde 1999;
 Pode ser desenvolvida em todos os níveis da Administração Pública;
 Pode ser utilizado como modelo para outros setores da sociedade;
2. OBJETIVOS

 Promover a reflexão sobre os problemas ambientais em todos os níveis da Administração Pública;


 Estimular a adoção de atitudes e procedimentos que levem ao uso racional dos recursos naturais e dos bens
públicos;
 Reduzir a destinação inadequada de resíduos sólidos;
 Estimular e promover mudanças de hábitos dos servidores públicos;
 Reacender a ética e a autoestima dos servidores públicos;

Política dos 5 R’s:

a) Repensar;

b) Reutilizar;

c) Reaproveitar;

d) Reciclar;

e) Recusar

3. COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA)

 Como órgão federal, fazer cumprir a política nacional e as diretrizes fixadas para o meio ambiente;

 Promover intercâmbio técnico para difundir informações sobre os objetivos, metodologia e implementação
da A3P;

 Incentivar ações de combate ao desperdício e à minimização de impactos ambientais, diretos e indiretos,


gerados pela atividade pública;

TERMO DE ADESÃO/ CADASTRO NA REDE A3P: institucionalização da A3P ;

 Estimular a excelência na gestão ambiental, a qualidade de vida no ambiente de trabalho das instituições e
preferência pelos os produtos com diferenciais ecológicos nas compras de governo.

4. Competência dos órgãos e entidades dos Entes da Federação, compõe o SISNAMA, sociedades de economia
mista e empresas públicas.

 Executar e fazer executar a política nacional e as diretrizes fixadas para a preservação do meio ambiente;

 Desenvolver projetos e ações de combate ao desperdício, minimização de impactos ambientais, diretos e


indiretos, gerados pela atividade pública, e a promoção da gestão ambiental com qualidade;

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 Promover ações educativas e de treinamento visando: estimular a melhoria da qualidade do meio ambiente
em todos os locais de trabalho; conscientizar servidores/funcionários sobre a importância de se preservar o
meio ambiente; dar conhecimento quanto a necessidade de introduzir critérios ambientais nas compras de
governo; despertar a responsabilidade do servidor público no que se refere ao uso correto dos bens e
serviços da administração pública.

5. TERMO DE ADESÃO

É um instrumento de compromisso para a implementação da A3P, firmado entre o Ministério do Meio Ambiente
(MMA) e os interessados, nas instituições públicas.

Obs1: O STF e o STJ são alguns dos parceiros que firmaram o termo de adesão e possuem o selo verde.

6. EIXOS TEMÁTICOS

 Gestão de Resíduos;
 Licitações Sustentáveis;
 Qualidade de vida no ambiente do trabalho;
 Construções sustentáveis;
 Uso racional dos recursos sustentáveis;
 Capacitação dos servidores públicos.

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7. Pressupostos para a implementação da A3P

 Criação e regulamentação de comissão da A3P, envolvendo servidores públicos de várias áreas da instituição
para o acompanhamento de projetos e atividades e para a representatividade institucional;

 Identificação dos pontos críticos e procedimentos, avaliando os impactos ambientais e de desperdício


gerados;

 Definição de projetos e atividades, a partir do diagnóstico, priorização dos projetos e atividades de mais
urgência e relevância;

 Planejamento integrado;

 Realização de treinamentos, disponibilização de recursos físicos e financeiros;

 Verificação do desempenho ambiental, identificação de falhas e pontos de melhoria;

 Melhoria contínua;

 Levantamento de impactos de riscos ambientais, identificação de ações de controle, identificação de


indicadores de aprimoramento;

 Classificação ambiental: programas de incentivo, premiação e divulgação das melhores práticas ambientais.

QUESTÕES

1. Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Técnico Judiciário - CESPE (2015) Direito Ambiental Sustentabilidade | Agenda
Ambiental na Administração Pública (A3P) | A sustentabilidade na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº
12.305 de 2010). A respeito da Política Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC); da Política Nacional de Resíduos
Sólidos, instituída pela Lei n.º 12.305/2010; e da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P), julgue o
seguinte item.

A A3P é um programa que congrega princípios de sustentabilidade e tem natureza cogente, pois obriga os órgãos e
entidades públicas a promover o uso racional dos recursos naturais e a gestão adequada dos resíduos gerados e a
adotar outras práticas de mitigação dos impactos antrópicos sobre o meio ambiente.

RESPOSTA: ERRADA

2. Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Analista Judiciário - CESPE (2015). Análise do concurso Superior Tribunal de
Justiça (STJ) - Analista Judiciário - CESPE (2015). Direito Ambiental Sustentabilidade | Agenda Ambiental na
Administração Pública (A3P)

Acerca da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) e do Plano de Logística Sustentável no âmbito do Poder
Judiciário (PLS-PJ), julgue o item que se segue.

O acompanhamento das práticas de sustentabilidade nos órgãos e conselhos do Poder Judiciário ainda depende da
criação de indicadores mínimos para a avaliação do desempenho ambiental e econômico do PLS-PJ.

RESPOSTA: ERRADA

3. Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Analista Judiciário - CESPE (2015). Direito


Ambiental Sustentabilidade | Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)
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Acerca da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) e do Plano de Logística Sustentável no âmbito do Poder
Judiciário (PLS-PJ), julgue o item que se segue.

A A3P preconiza a adoção da política dos três erres (reduzir, reutilizar e reciclar) e o foco na reciclagem dos materiais
consumidos nos mais diversos órgãos e instituições da administração pública. Nessa política, o primeiro erre
(reduzir) refere-se à máxima redução possível do resíduo produzido, de modo a facilitar seu manuseio pelos
coletores e o seu transporte para usinas de reciclagem.

RESPOSTA: ERRADA

4. Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Analista Judiciário - CESPE (2015)

Direito Ambiental Sustentabilidade | Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)

Acerca da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) e do Plano de Logística Sustentável no âmbito do Poder
Judiciário (PLS-PJ), julgue o item que se segue.

O STJ tem a atribuição de monitorar e avaliar os PLSs dos órgãos que compõem o Poder Judiciário.

RESPOSTA: ERRADA

5. Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Analista Judiciário - CESPE (2015). Direito


Ambiental Sustentabilidade | Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) | Agenda Ambiental na
Administração Pública (A3P)

Acerca da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) e do Plano de Logística Sustentável no âmbito do Poder
Judiciário (PLS-PJ), julgue o item que se segue.

A agenda em questão constitui uma ação voluntária que visa promover a responsabilidade socioambiental como
política governamental, contribuindo para a integração da agenda do crescimento econômico à agenda do
desenvolvimento sustentável.

RESPOSTA: CORRETA

6. Prefeitura Municipal de Teresina - Analista Ambiental - FCC (2016)

Direito Ambiental Sustentabilidade | Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) | Agenda Ambiental na
Administração Pública (A3P)

O passo-a-passo sequencial para implantar o Programa A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública) em uma
dada instituição da Administração pública consiste em

a) criar legalmente uma comissão gestora, diagnosticar ambientalmente a instituição, desenvolver projetos e
atividades, mobilizar e sensibilizar os servidores, avaliar e monitorar as ações.

b) desenvolver os projetos e atividades propostas pelos servidores, divulgar os resultados exitosos, corrigir os
resultados de pouco impacto e propor ações de educação ambiental para a comunidade.

c) controlar o uso de papéis e copos plásticos, recusar compra de materiais e serviços não certificados, controlar o
consumo de água e implantar coleta seletiva.

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d) destinar corretamente resíduos perigosos como lâmpadas e seringas descartáveis, promover ginástica laboral e
integração entre os servidores e implantar a coleta seletiva.

e) implantar a coleta seletiva, adotar o programa Procel em edifícios públicos, controlar o desperdício de materiais e
recursos.

RESPOSTA: A

7. Prefeitura Municipal de Teresina - Analista Ambiental - FCC (2016)

Direito Ambiental Sustentabilidade | Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) | Agenda Ambiental na
Administração Pública (A3P)

Dentro da proposta de ações a serem desenvolvidas pelas instituições da Administração pública para implantação da
A3P (Agenda Sustentável na Administração Pública) encontra-se a gestão de resíduos, que inclui

a) doação de materiais de construção reciclados para cooperativa de catadores.

b) coleta seletiva conforme as cores definidas na Resolução CONAMA 275 de 2001: branco para resíduos
ambulatoriais, vermelho para plásticos, laranja para resíduos radioativos, roxo para resíduos perigosos.

c) realizar a manutenção ou substituição dos equipamentos que provocam ruídos no ambiente de trabalho.

d) doação de alimentos orgânicos para instituições de assistência social.

e) repensar e reduzir o consumo, reaproveitar materiais, reciclar materiais, recusar-se a consumir produtos
impactantes do meio ambiente.

RESPOSTA: E

8. Prefeitura Municipal de Teresina - Analista Ambiental - FCC (2016)

Direito Ambiental Sustentabilidade | Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) | Agenda Ambiental na
Administração Pública (A3P)

Do ponto de vista das instituições da administração pública a compra de materiais, produtos e contratação de
serviços devem seguir o processo de licitação, sendo que esta deve atender ao desafio de ser sustentável, conforme
a cartilha da A3P. A este respeito

a) não é possível exigir produtos com sustentabilidade ambiental pois a discriminação do produto a ser adquirido
não é regulamentada nem obrigatória, impugnando a licitação.

b) a Lei nº 8.666 de 1993 leva em consideração o impacto ambiental do projeto básico, mas não se refere ao fator
ambiental das compras e, por privilegiar o critério de menor preço, impede a administração pública de especificar e
comprar madeira certificada ambientalmente, que é mais cara.

c) a Instrução Normativa nº 01 de 2010 estabelece que as empresas contratadas por instituições da


administração pública devem usar produtos de limpeza e conservação de superfícies com especificações da ANVISA,
evitar o desperdício de água tratada conforme Decreto nº 48.138 de 2003 e observar a resolução CONAMA nº 20 de
1994 sobre equipamentos de limpeza com ruído excessivo.

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d) as obras públicas não conseguem ser elaboradas visando economia de manutenção e operacionalização do
edifício a médio e longo prazos pois se deve visar sempre o menor custo a curto prazo.

e) não existe ainda uma Instrução Normativa que abranja processos de fabricação, utilização e descarte de produtos
e matérias primas, o que identificaria produtos mais sustentáveis com mesma especificação de uso, e que permitiria
aplicação conjunta com o tradicional critério de especificação técnica e menor preço.

RESPOSTA: C

DECRETO

N. 7.746/2012
Estabelece critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas
contratações realizadas pela administração pública federal, e institui a Comissão Interministerial de
Sustentabilidade na Administração Pública – CISAP.

1. DESTINA-SE:

a) administração pública federal direta;

b) autárquica e fundacional;

c) as empresas estatais dependentes.

2. OBJETIVO:

 Adquirir bens e contratar serviços e obras considerando critérios e práticas de sustentabilidade


objetivamente definidos no instrumento convocatório;
 Preservar o caráter competitivo do certame.
3. DIRETRIZES DA SUSTENTABILIDADE

 Menor impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água;
 Preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local;
 Maior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia;
 Maior geração de empregos, preferencialmente com mão de obra local;
 Maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra;
 Uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais;
 Origem ambientalmente regular dos recursos naturais utilizados nos bens, serviços e obras.

4. Exigências da Administração Pública em face do contratado

Art. 5º A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais dependentes
poderão exigir no instrumento convocatório para a aquisição de bens que estes sejam constituídos por material
reciclado, atóxico ou biodegradável, entre outros critérios de sustentabilidade;

Art. 7° O instrumento convocatório poderá prever que o contratado adote práticas de sustentabilidade na
execução dos serviços contratados e critérios de sustentabilidade no fornecimento dos bens.

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Art. 8° A comprovação das exigências contidas no instrumento convocatório poderá ser feita mediante certificação
emitida por instituição pública oficial ou instituição credenciada, ou por qualquer outro meio definido no
instrumento convocatório.

§ 1° Em caso de inexistência da certificação referida no caput, o instrumento convocatório estabelecerá que, após a
seleção da proposta e antes da adjudicação do objeto, o contratante poderá realizar diligências para verificar a
adequação do bem ou serviço às exigências do instrumento convocatório.

§ 2° Caso o bem ou serviço seja considerado inadequado em relação às exigências do instrumento convocatório, o
contratante deverá apresentar razões técnicas, assegurado o direito de manifestação do licitante vencedor.

5. Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública – CISAP

 Natureza consultiva e caráter permanente;


 Vinculada à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação;
 Finalidade: propor a implementação de critérios, práticas e ações de logística sustentável no âmbito da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional e das empresas estatais dependentes.
 Serviço público de caráter relevante e não remunerado;
 As proposições da CISAP serão avaliadas com base nas diretrizes gerais de logística e compras da
administração pública federal

5.1. COMPOSIÇÃO

 2 (dois) representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo:

a) 1 (um) representante da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, que a presidirá; e

b) 1 (um) representante da Secretaria de Orçamento Federal;

 1 (um) representante do Ministério do Meio Ambiente, que exercerá a vice-presidência;

 1 (um) representante da Casa Civil da Presidência da República

 1 (um) representante do Ministério de Minas e Energia;

 1 (um) representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

 1 (um) representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;

 1 (um) representante do Ministério da Fazenda; e

 1 (um) representante da Controladoria-Geral da União.

Obs1: Cada membro possuirá 1 (um) SUPLENTE;

Obs2: Os membros titulares da CISAP deverão ocupar cargo de Secretário, Diretor ou cargos equivalentes no órgão
que representam

5.1.1. Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação

 Órgão central do Sistema de Serviços Gerais – SISG;


 Função de Secretaria-Executiva da CISAP;
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 Expedir normas complementares sobre critérios e práticas de sustentabilidade, a partir das proposições da
CISAP;
 Estipula prazo para elaboração dos Planos de Logística Sustentável.

5.2. COMPETÊNCIA

Propor à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação:

a) normas para elaboração de ações de logística sustentável;


b) regras para a elaboração dos Planos de Gestão de Logística Sustentável;
c) planos de incentivos para órgãos e entidades que se destacarem na execução de seus Planos de Gestão de
Logística Sustentável;
d) critérios e práticas de sustentabilidade nas aquisições, contratações, utilização dos recursos públicos,
desfazimento e descarte;
e) estratégias de sensibilização e capacitação de servidores para a correta utilização dos recursos públicos e para a
execução da gestão logística de forma sustentável;
f) cronograma para a implantação de sistema integrado de informações para acompanhar a execução das ações de
sustentabilidade; e
g) ações para a divulgação das práticas de sustentabilidade;
elaborar seu regimento interno.

6. Planos de Gestão de Logística Sustentável

Elaborados pela administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais.

6.1. Conteúdo mínimo

 atualização do inventário de bens e materiais do órgão e identificação de similares de menor impacto


ambiental para substituição;
 práticas de sustentabilidade e de racionalização do uso de materiais e serviços;
 responsabilidades, metodologia de implementação e avaliação do plano;
 ações de divulgação, conscientização e capacitação.

LICITAÇÕES

Lei n. 8.666/93

CONCEITO

Licitação é o procedimento prévio de seleção por meio do qual a Administração Pública, mediante critérios
previamente estabelecidos, isonômicos, abertos ao público e fornecedores da competitividade, busca escolher a
melhor alternativa para a celebração de um contrato.

Art. 22, inciso XXVII, CF/88 prevê competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação 
Lei n. 8.666/93

Art. 37, inciso XXI, CF/88: Ressalvados os casos específicos na legislação, as obras, serviços, compras e alienações
serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
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proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

2. OBJETO

a) Obra  toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação.


b) Serviço  toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração Pública.
c) Compra  toda aquisição remunerada de bens.
d) Alienação  transferência do domínio de bens a terceiros

3. FINALIDADE – art. 3º

Busca pela contratação mais vantajosa e o respeito ao tratamento igualitário e impessoal a todos os interessados em
firmar a contratação administrativa

Lei n. 12.349/2010  incluiu “a promoção do desenvolvimento nacional sustentável”

a) “VANTAJOSIDADE”;

b) ISONOMIA;

c) PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL SUSTENTAVEL  licitações sustentáveis

Promoção do Desenvolvimento Nacional Sustentável  nos processos de licitação, poderão ser estabelecidas
margens de preferência para produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam as normas técnicas
brasileiras.

Margem de preferência: até 25% acima do preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros.

Art. 3º, § 5° Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para: (Redação dada pela
Lei nº 13.146, de 2015)

I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e (Incluído pela Lei
nº 13.146, de 2015)

II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de
acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)

TCU – Acórdão n. 1317/2013 – PLENÁRIO, 29.05.2015, Info n. 153

A introdução do conceito de “Desenvolvimento Nacional Sustentável” não autoriza o estabelecimento de vedação


a produtos e serviços estrangeiros, nem mesmo a utilização de margem de preferência para contratação de bens e
serviços, sem a devida regulamentação por decreto do Poder Executivo Federal.

Art. 3º § 1° É vedado aos agentes públicos:

II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra,
entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos,
mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e
no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
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§ 2° Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos
bens e serviços:

II - produzidos no País;

III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.

IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.

V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para
pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade
previstas na legislação.

Art. 12  devem ser considerados, nos projetos básicos e executivos, os impactos ambientais.

 Art. 225, CF/88

 Art. 170, CF/88

 Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981

4. Critérios de sustentabilidade nas licitações:

a) Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que instituiu a Política Nacional sobre Mudança de Clima (PNMC);

b) Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS);

c) Lei nº 12.349/2010, que incluiu como finalidade da licitação a promoção do desenvolvimento nacional
sustentável;

d) Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, que regulamenta a Lei no 12.305/2010, que institui a PNRS, cria o
Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos
Sistemas de Logística Reversa;

e) Instrução Normativa nº 10, de 12 de novembro de 2012, da SLTI/MPOG, que estabelece regras para elaboração
dos Planos de Gestão de Logística Sustentável de que trata o art. 16, do Decreto nº 7.746/2012, e dá outras
providências.

QUESTÕES
CESPE - STJ – 2015 – ANALISTA

Com referência à adoção de critérios de sustentabilidade nas licitações e contratações sustentáveis no âmbito da
administração pública, julgue os itens a seguir.

48. Em comparação aos certames que se valem fundamentalmente do critério de menor preço, as licitações que
adotam critérios e práticas de sustentabilidade, como, por exemplo, a aquisição de produtos e serviços com maior
vida útil e menor custo de manutenção, podem dispensar o caráter competitivo do certame.

RESPOSTA: ERRADO

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Decreto n. 7.746/2012:

Art. 2º A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais dependentes
poderão adquirir bens e contratar serviços e obras considerando critérios e práticas de sustentabilidade
objetivamente definidos no instrumento convocatório, conforme o disposto neste Decreto.

Parágrafo Único. A adoção de critérios e práticas de sustentabilidade deverá ser justificada nos autos e preservar o
caráter competitivo do certame.

49. A administração pública poderá exigir, no instrumento convocatório para a aquisição de bens, que estes sejam
constituídos por material reciclado, atóxico ou biodegradável, entre outros critérios de sustentabilidade.

RESPOSTA: CORRETA

Decreto n. 7.746/2012:

Art. 5º A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais dependentes poderão
exigir no instrumento convocatório para a aquisição de bens que estes sejam constituídos por material reciclado,
atóxico ou biodegradável, entre outros critérios de sustentabilidade.

50. As licitações realizadas pelo STJ devem estabelecer critérios de preferência para as propostas que impliquem
maior economia de recursos naturais e a redução da emissão de gases de efeito estufa.

RESPOSTA: CORRETA

Portaria 293/2012 – STJ:

Art. 6º As especificações para aquisição de bens, contratação de serviços e obras no STJ deverão conter critérios de
sustentabilidade ambiental, considerando os processos de extração ou fabricação, transporte, utilização e descarte
dos produtos e matérias-primas.

Parágrafo único. Para o disposto no caput, nas licitações públicas deverão ser estabelecidos critérios de preferência
para as propostas que impliquem maior economia de energia, de água e de outros recursos naturais e a redução da
emissão de gases de efeito estufa.

Sugestão de leitura complementar

Artigos na minha coluna semanal da Editora Armador:

Avaliações de Impactos Ambientais

http://www.armador.com.br/wp-posts/avaliacoes-de-impactos-ambientais

Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica

http://www.armador.com.br/wp-posts/responsabilidade-penal-ambiental-da-pessoa-juridica

As terras indígenas no artigo 231 da Constituição Federal de 1988.

http://www.armador.com.br/wp-posts/as-terras-indigenas-no-artigo-231-da-constituicao-federal-de-1988

ICMS ecológico aliado ao desenvolvimento sustentável

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http://www.armador.com.br/wp-posts/icms-ecologico-aliado-ao-desenvolvimento-sustentavel

As terras indígenas no artigo 231 da Constituição Federal de 1988.

http://www.armador.com.br/wp-posts/as-terras-indigenas-no-artigo-231-da-constituicao-federal-de-1988

ICMS ecológico aliado ao desenvolvimento sustentável

http://www.armador.com.br/wp-posts/icms-ecologico-aliado-ao-desenvolvimento-sustentavel

PEC 65/2012 versus desenvolvimento sustentável

http://www.armador.com.br/colunista?author_id=40&page_size=10&page=2

Ação civil pública ambiental: caso da Samarco Mineração

http://www.armador.com.br/wp-posts/acao-civil-publica-ambiental-caso-da-samarco-mineracao

COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA

DECRETO n. 5.940/06
Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal
direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais
recicláveis, e dá outras providências

• CONCEITO:

Coleta seletiva solidária: coleta dos resíduos recicláveis descartados, separados na fonte geradora, para destinação
às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis

Art. 3o Estarão habilitadas a coletar os resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração
pública federal direita e indireta as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis que atenderem
aos seguintes requisitos:

I - estejam formal e exclusivamente constituídas por catadores de materiais recicláveis que tenham a catação como
única fonte de renda;

II - não possuam fins lucrativos;

III - possuam infraestrutura para realizar a triagem e a classificação dos resíduos recicláveis descartados;

IV - apresentem o sistema de rateio entre os associados e cooperados.

• Constituição de uma Comissão para a Coleta Seletiva Solidária:

 Será composta por, no mínimo, três servidores designados pelos respectivos titulares de órgãos e entidades
públicas;

 Deverá implantar e supervisionar a separação dos resíduos recicláveis descartados, na fonte geradora, bem
como a sua destinação para as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis;
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 Apresentará, semestralmente, ao Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo avaliação


do processo de separação dos resíduos recicláveis descartados, na fonte geradora, e a sua destinação às
associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis

ACESSIBILIDADE

LEGISLAÇÃO:
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

Lei n. 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência

Lei n. 10.048/2000 - Lei do Atendimento Prioritário (regulamentada pelo Decreto n. 5.296/2004)

Resolução 230/2016 CNJ

Lei n. 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência

• Destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania;

• Tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo,
ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, em
conformidade com o procedimento previsto no § 3º do art. 5º da Constituição da República Federativa do
Brasil, em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo
Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vigência no plano interno.

• Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas;

• Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços,
mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus
sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou
privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com
mobilidade reduzida

• Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação
ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de
adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.

1. Igualdade e não discriminação

• Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá
nenhuma espécie de discriminação;

• A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa;

• É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à
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alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e


à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à
comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência
familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu
bem-estar pessoal, social e econômico.

2. ATENDIMENTO PRIORITÁRIO

Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de:

I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

II - atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público;

III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de
condições com as demais pessoas;

IV - disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e


garantia de segurança no embarque e no desembarque;

V - acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis;

VI - recebimento de restituição de imposto de renda;

VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os
atos e diligências.

3. DIREITO À VIDA

Compete ao poder público garantir a dignidade da pessoa com deficiência ao longo de toda a vida.

4. DIREITO À REABILITAÇÃO e HABILITAÇÃO

• Direito da pessoa com deficiência;

• Tem por objetivo o desenvolvimento de potencialidades, talentos, habilidades e aptidões físicas, cognitivas,
sensoriais, psicossociais, atitudinais, profissionais e artísticas que contribuam para a conquista da autonomia
da pessoa com deficiência e de sua participação social em igualdade de condições e oportunidades com as
demais pessoas.

Art. 16. Nos programas e serviços de habilitação e de reabilitação para a pessoa com deficiência, são garantidos:

I - organização, serviços, métodos, técnicas e recursos para atender às características de cada pessoa com
deficiência;

II - acessibilidade em todos os ambientes e serviços;

III - tecnologia assistiva, tecnologia de reabilitação, materiais e equipamentos adequados e apoio técnico
profissional, de acordo com as especificidades de cada pessoa com deficiência;

IV - capacitação continuada de todos os profissionais que participem dos programas e serviços.

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5. DO DIREITO À SAÚDE

• É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de complexidade, por
intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário;

Art. 18, § 4º As ações e os serviços de saúde pública destinados à pessoa com deficiência devem assegurar:

I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe multidisciplinar;

II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para
a manutenção da melhor condição de saúde e Qualidade de vida;

III - atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e internação;

IV - campanhas de vacinação;

V - atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes pessoais;

VI - respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência;

VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida;

VIII - informação adequada e acessível à pessoa com deficiência e a seus familiares sobre sua condição de saúde;

IX - serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desenvolvimento de deficiências e agravos adicionais;

X - promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de
atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a seus atendentes pessoais;

XI - oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais,
conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde.

6. DO DIREITO À EDUCAÇÃO

• A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos
os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de
seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e
necessidades de aprendizagem.

• É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à


pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.

Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:

I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a
vida;

II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência,


participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as
barreiras e promovam a inclusão plena;

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III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais
serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu
pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia;

IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa
como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;

V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico


e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem
em instituições de ensino;

VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais


didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva;

VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional especializado, de


organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos
de tecnologia assistiva;

VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da
comunidade escolar;

IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais,
vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do
estudante com deficiência;

X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e
oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado;

XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e


intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;

XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a
ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação;

XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica em igualdade de oportunidades e


condições com as demais pessoas;

XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de educação profissional técnica e
tecnológica, de temas relacionados à pessoa com deficiência nos respectivos campos de conhecimento;

XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas
e de lazer, no sistema escolar;

XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade
escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de
ensino;

XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;

XVIII - articulação intersetorial na implementação de políticas públicas.

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7. DO DIREITO À MORADIA

• A pessoa com deficiência tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, com seu
cônjuge ou companheiro ou desacompanhada, ou em moradia para a vida independente da pessoa com
deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva.

• O poder público adotará programas e ações estratégicas para apoiar a criação e a manutenção de moradia
para a vida independente da pessoa com deficiência.

8. DO DIREITO AO TRABALHO

• A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e
inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

• As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de qualquer natureza são obrigadas a garantir ambientes
de trabalho acessíveis e inclusivos.

• A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, a condições
justas e favoráveis de trabalho, incluindo igual remuneração por trabalho de igual valor.

• É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em razão de sua
condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional e
periódico, permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como exigência
de aptidão plena.

• A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao acesso a cursos, treinamentos, educação
continuada, planos de carreira, promoções, bonificações e incentivos profissionais oferecidos pelo
empregador, em igualdade de oportunidades com os demais empregados.

• O poder público deve implementar serviços e programas completos de habilitação profissional e de


reabilitação profissional para que a pessoa com deficiência possa ingressar, continuar ou retornar ao campo
do trabalho, respeitados sua livre escolha, sua vocação e seu interesse.

• A pessoa com deficiência DEVE ter a oportunidade de inclusão no mercado de trabalho.

9. ACESSIBILIDADE

• A acessibilidade é direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma
independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social;

• As edificações públicas e privadas de uso coletivo já existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com
deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo como referência as normas de acessibilidade
vigentes;

LEI n. 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000 – regulamentada pelo Decreto n. 5.296/2006

Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências.

• Art. 1º As pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes,
as lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prioritário

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• As empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo reservarão assentos,


devidamente identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras de deficiência e pessoas
acompanhadas por crianças de colo;

• Destina-se às repartições públicas também!

RESOLUÇÃO CNJ n. 230/2016

Orienta a adequação das atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares às determinações
exaradas pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e
pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência por meio – entre outras medidas – da convolação em
resolução a Recomendação CNJ 27, de 16/12/2009, bem como da instituição de Comissões Permanentes de
Acessibilidade e Inclusão.

1. Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CONVENÇÃO DE NY) +
PROTOCOLO FACULTATIVO (ONU)

• Equivalência à EMENDA CONSTITUCIONAL (art. 5º, §3º, CF/88);


• Norma de direitos humanos aprovadas em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros
• Decreto Legislativo n. 186/2008 - promulgado pelo Decreto n. 6.494/2009

ARTIGO 1º - OBJECTIVO
O objetivo da presente Convenção é promover, proteger e assegurar o gozo pleno e igual de todos os direitos
humanos e liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua
dignidade inerente.
Incluem-se nas pessoas com deficiência, todas aquelas que têm incapacidades de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial de carácter prolongado, que, em interacção com barreiras diversas, podem constituir um entrave à sua
plena e efetiva participação na sociedade em condições de igualdade com as demais.”

ARTIGO 3.º - PRINCÍPIOS GERAIS


Os princípios da presente Convenção são:
a)O respeito da dignidade inerente, da autonomia individual, incluindo a liberdade de escolha, e da independência
das pessoas;
b)A não discriminação;
c)A participação e a inclusão plenas e efectivas na sociedade;
d)O respeito pela diferença e a aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da
humanidade;
e)A igualdade de oportunidades;
f)A acessibilidade;
g)A igualdade entre homens e mulheres;
h)O respeito pelas capacidades evolutivas das crianças com deficiência e o respeito pelo direito das crianças com
deficiência de preservarem as suas identidades.”

1. DISPOSIÇÕES INICIAIS

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Art. 1º Esta Resolução orienta a adequação das atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços
auxiliares em relação às determinações exaradas pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência e seu Protocolo Facultativo (promulgada por meio do Decreto nº 6.949/2009) e pela Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015).
Art. 3º A fim de promover a igualdade, adotar-se-ão, com urgência, medidas apropriadas para eliminar e prevenir
quaisquer barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na informação, atitudinais ou
tecnológicas, devendo-se garantir às pessoas com deficiência – servidores, serventuários extrajudiciais, terceirizados
ou não – quantas adaptações razoáveis ou mesmo tecnologias assistivas sejam necessárias para assegurar
acessibilidade plena, coibindo qualquer forma de discriminação por motivo de deficiência
Art. 4º Para promover a acessibilidade dos usuários do Poder Judiciário e dos seus serviços auxiliares que tenham
deficiência, a qual não ocorre sem segurança ou sem autonomia, dever-se-á, entre outras atividades, promover:
I - atendimento ao público – pessoal, por telefone ou por qualquer meio eletrônico – que seja adequado a esses
usuários, inclusive aceitando e facilitando, em trâmites oficiais, o uso de línguas de sinais, braille, comunicação
aumentativa e alternativa, e de todos os demais meios, modos e formatos acessíveis de comunicação, à escolha das
pessoas com deficiência;
II - adaptações arquitetônicas que permitam a livre e autônoma movimentação desses usuários, tais como rampas,
elevadores e vagas de estacionamento próximas aos locais de atendimento; e
III - acesso facilitado para a circulação de transporte público nos locais mais próximos possíveis aos postos de
atendimento.
IMPORTANTE!!!

• Cada órgão do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, cinco por cento (5%) de servidores,
funcionários e terceirizados capacitados para o uso e interpretação da Libras.
• Para atender aos usuários externos que tenham deficiência, dever-se-á reservar, nas áreas de
estacionamento abertas ao público, vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamente
sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com deficiência e com comprometimento de mobilidade,
desde que devidamente identificados, em percentual equivalente a 2% (dois por cento) do total, garantida,
no mínimo, 1 (uma) vaga.

2. LICITAÇÕES PÚBLICAS

Todos os procedimentos licitatórios do Poder Judiciário deverão se ater para produtos acessíveis às pessoas
com deficiência, sejam servidores ou não.
3. COMISSÕES PERMANENTES DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO

Art. 10. Serão instituídas por cada Tribunal, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias ***ESTA RESOLUÇÃO É
DE 22 DE JUNHO DE 2016***, Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão, com caráter multidisciplinar,
com participação de magistrados e servidores, com e sem deficiência, objetivando que essas Comissões fiscalizem,
planejem, elaborem e acompanhem os projetos arquitetônicos de acessibilidade e projetos “pedagógicos” de
treinamento e capacitação dos profissionais e funcionários que trabalhem com as pessoas com deficiência, com
fixação de metas anuais, direcionados à promoção da acessibilidade para pessoas com deficiência, tais quais as
descritas a seguir:

I – construção e/ou reforma para garantir acessibilidade para pessoas com termos da normativa técnica em vigor
(ABNT 9050), inclusive construção de rampas, adequação de sanitários, instalação de elevadores, reserva de vagas
em estacionamento, instalação de piso tátil direcional e de alerta, sinalização sonora para pessoas com deficiência
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visual, bem como sinalizações visuais acessíveis a pessoas com deficiência auditiva, pessoas com baixa visão e
pessoas com deficiência intelectual, adaptação de mobiliário (incluindo púlpitos), portas e corredores em todas as
dependências e em toda a extensão (Tribunais, Fóruns, Juizados Especiais etc);
II – locação de imóveis, aquisição ou construções novas somente deverão ser feitas se com acessibilidade;
III – permissão de entrada e permanência de cães-guias em todas as dependências dos edifícios e sua extensão;
IV – habilitação de servidores em cursos oficiais de Linguagem Brasileira de Sinais, custeados pela Administração,
formados por professores oriundos de instituições oficialmente reconhecidas no ensino de Linguagem Brasileira de
Sinais para ministrar os cursos internos, a fim de assegurar que as secretarias e cartórios das Varas e Tribunais
disponibilizem pessoal capacitado a atender surdos, prestando-lhes informações em Linguagem Brasileira de Sinais
V – nomeação de tradutor e intérprete de Linguagem Brasileira de Sinais, sempre que figurar no processo pessoa
com deficiência auditiva, escolhido dentre aqueles devidamente habilitados e aprovados em curso oficial de
tradução e interpretação de Linguagem Brasileira de Sinais ou detentores do certificado de proficiência em
Linguagem Brasileira de Sinais – PROLIBRAS, nos termos do art. 19 do Decreto 5.626/2005, o qual deverá prestar
compromisso e, em qualquer hipótese, será custeado pela administração dos órgãos do Judiciário;
VI – sendo a pessoa com deficiência auditiva partícipe do processo oralizado e se assim o preferir, o Juiz deverá com
ela se comunicar por anotações escritas ou por meios eletrônicos, o que inclui a legenda em tempo real, bem como
adotar medidas que viabilizem a leitura labial;
VII – nomeação ou permissão de utilização de guia-intérprete, sempre que figurar no processo pessoa com
deficiência auditiva e visual, o qual deverá prestar compromisso e, em qualquer hipótese, será custeado pela
administração dos órgãos do Judiciário;
VIII – registro da audiência, caso o Juiz entenda necessário, por filmagem de todos os atos nela praticados, sempre
que presente pessoa com deficiência auditiva;
IX – aquisição de impressora em Braille, produção e manutenção do material de comunicação acessível,
especialmente o website, que deverá ser compatível com a maioria dos softwares livres e gratuitos de leitura de tela
das pessoas com deficiência visual;
X – inclusão, em todos os editais de concursos públicos, da previsão constitucional de reserva de cargos para
pessoas com deficiência, inclusive nos que tratam do ingresso na magistratura (CF, art. 37, VIII);
XI – anotação na capa dos autos da prioridade concedida à tramitação de processos administrativos cuja parte seja
uma pessoa com deficiência e de processos judiciais se tiver idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou
portadora de doença grave, nos termos da Lei n. 12.008, de 06 de agosto de 2009;
XII – realização de oficinas de conscientização de servidores e magistrados sobre os direitos das pessoas com
deficiência;
XIII – utilização de intérprete de Linguagem Brasileira de Sinais, legenda, audiodescrição e comunicação em
linguagem acessível em todas as manifestações públicas, dentre elas propagandas, pronunciamentos oficiais, vídeos
educativos, eventos e reuniões;
XIV – disponibilização de equipamentos de autoatendimento para consulta processual acessíveis, com sistema de
voz ou de leitura de tela para pessoas com deficiência visual, bem como, com altura compatível para usuários de
cadeira de rodas.

4. Da Inclusão de Pessoa com Deficiência no Serviço Público

• Os editais de concursos públicos para ingresso nos quadros do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares
deverão prever, nos objetos de avaliação, disciplina que abarque os direitos das pessoas com deficiência.
• Cada órgão do Poder Judiciário deverá manter um cadastro dos servidores, serventuários extrajudiciais e
terceirizados com deficiência que trabalham no seu quadro.

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Sustentabilidade| Carreiras Tribunais
Prof. Tatiana Scaranello| tatiana.scaranello@gmail.com

Art. 22. Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no trabalho a colocação competitiva, em igualdade de
oportunidades com as demais pessoas, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem ser
atendidas as regras de acessibilidade, o fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável no
ambiente de trabalho.

Parágrafo único. A colocação competitiva da pessoa com deficiência pode ocorrer por meio de trabalho com apoio,
observadas as seguintes diretrizes:

I - prioridade no atendimento à pessoa com deficiência com maior dificuldade de inserção no campo de trabalho;
II - provisão de suportes individualizados que atendam a necessidades específicas da pessoa com deficiência,
inclusive a disponibilização de recursos de tecnologia assistiva, de agente facilitador e de apoio no ambiente de
trabalho;
III - respeito ao perfil vocacional e ao interesse da pessoa com deficiência apoiada;
IV - oferta de aconselhamento e de apoio aos empregadores, com vistas à definição de estratégias de inclusão e de
superação de barreiras, inclusive atitudinais;
V - realização de avaliações periódicas;
VI - articulação intersetorial das políticas públicas; e
VII - possibilidade de participação de organizações da sociedade civil.

OBRIGADA,
PROFESSORA TATIANA SCARANELLO

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