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QUÍMICA ANALÍTICA EXPERIMENTAL

Roteiros de Aulas Experimentais


PRIMEIRO CICLO (CLÁSSICO)

2º. Semestre/2019

*Adaptação dos roteiros de aulas experimentais de Química Analítica das Professoras Taís Augusto Pitta Costa, Denise Imbroisi e
Fernanda Vasconcelos de Almeida.

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AULA INTRODUTÓRIA
1. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

• Durante as aulas práticas, será obrigatório o uso de avental de algodão e de manga comprida e óculos de segurança.
• Alunos trajando calções, shorts, saias curtas e/ou calçados abertos não poderão realizar os experimentos.
• Alunos com cabelos compridos deverão prender o cabelo para evitar acidentes.
• Não será permitido comer, beber ou fumar no recinto do laboratório.
• Para o descarte dos resíduos dos experimentos, deverão ser seguidas as instruções dos professores.
• É importante que o aluno tenha consciência da importância de estar devidamente trajado no laboratório, de respeitar
todas as normas de segurança e de executar as atividades com seriedade.
• Não é permitido o uso de telefones celular no recinto do laboratório ou sala de aula, salvo com anuência do docente.
• Quebra de materiais: a responsabilidade pela quebra ou desaparecimento de materiais e equipamentos poderá ser
atribuída solidariamente ao aluno que está realizando o experimento; qualquer incidente deverá ser imediatamente
comunicado ao técnico responsável.
• A ética profissional recomenda que jamais devamos agir de forma a prejudicar qualquer colega de trabalho. Aja
sempre com seriedade dentro de um laboratório químico.
• Cuidados redobrados devem ser dados a equipamentos e vidrarias de uso coletivo, e no caso de serem observados
problemas ou falta de limpeza, o professor deve ser avisado imediatamente.
• Comportamento no laboratório.
• Identificação e localização do lava-olhos, chuveiro; saídas de emergência e rota de fuga.

NA DÚVIDA, PERGUNTE! OS ACIDENTES NÃO ACONTECEM, SÃO CAUSADOS.

2. DISTRIBUIÇÃO DAS GAVETAS

Os alunos receberão uma gaveta situada em um local delimitado na bancada de trabalho do laboratório. Cada aluno
deve escolher seu local, sendo este anotado no caderno do técnico do laboratório. O aluno deve assinar um termo de
compromisso (segurança e responsabilidade com os materiais), uma vez que esses materiais serão divididos com
alunos de outras turmas. Esta gaveta contém a maioria dos materiais necessários para executar as práticas durante o
semestre. O aluno é responsável por todo o material e deve avisar ao professor, monitor ou técnico, qualquer
modificação ou avaria dos materiais. Após cada aula prática, os materiais devem ser limpos e devolvidos às suas
respectivas gavetas. Ao final do semestre, as gavetas serão supervisionadas e o material que estiver faltando deverá
ser reposto pelo aluno responsável.

Os alunos devem providenciar luvas e canetas para retroprojetor (marcar vidraria).

3. APRESENTAÇÃO DAS VIDRARIAS E USO DA BALANÇA ANALÍTICA

As vidrarias a serem usadas durante o semestre e que se encontram na gaveta são:

Material Quantidade Material Quantidade


Balão volumétrico de 100 mL 02 Funil 01
Balão volumétrico de 250 mL 01 Pinça de madeira 01
Bastão de vidro 01 Pipeta Pasteur 02
Béquer de 400/500mL 01 Pipeta volumétrica de 10 mL identificada 01
Béquer de 250 mL 01 Pipeta volumétrica de 25mL 01
Béquer de 100/150 mL 01 Pipetador (pêra) 01
Béquer de 50 mL 01 Proveta de 10 mL 01
Frasco de 250 mL 01 Proveta de 50 mL 01
Cápsula de porcelana 01 Vidro relógio 01
Erlenmeyer de 250 mL 03 Espátula 01

Limpeza de vidraria: após cada prática, as vidrarias devem ser lavadas com solução detergente e enxaguadas em
água corrente inúmeras vezes e finalmente várias vezes com pequenas porções de água destilada. Não seque o interior
de materiais de vidro. Um recipiente de vidro limpo de forma apropriada será recoberto por um filme uniforme e contínuo
de água. Remova qualquer marcação feita na vidraria com um papel umedecido em álcool. Secagem da vidraria:
colocar na gaveta, sobre um papel absorvente.

Balança analítica: procedimento de pesagem:

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• Coloque o recipiente de pesagem no centro do prato da balança
• Tare o recipiente que conterá a amostra. Tarar significa zerar a balança mesmo com um peso colocado em
seu prato. Balanças eletrônicas fazem isso automaticamente, selecionando o botão TARE.
• Coloque a amostra no recipiente e meça a massa resultante.
• Cuidados: feche os orifícios (portas de vidro da balança) para evitar passagem de ar, não derrame líquido ou
sólido no interior da balança. Caso isso ocorra, limpe imediatamente com um pincel ou papel.

Equipamentos de uso geral: capela, mufla, centrífuga. Procedimentos que devem ser realizados na capela:
manipulação de ácidos concentrados e compostos voláteis com capela fechada à altura correta. Válvulas de gás e de
água. Tomadas 110 e 220 V.

Descarte de resíduos: Procure descartar os produtos de reações e reagentes em frascos apropriados. Localize, no
início das aulas, a posição dos frascos de descarte no laboratório. Não descarte reagentes ou produtos de reação na
pia a menos que o professor indique que isso possa ser realizado. Por uma questão de ÉTICA PROFISSIONAL um
químico jamais irá agredir o meio ambiente, independente do trabalho que está realizando.

Preparo de soluções:

Reagentes líquidos: utilizar pipetas com pêras, pipetator automático (micropipeta) e/ou provetas. Com auxílio do
pipetador automático ou da pipeta graduada medir o volume necessário do reagente, transferindo diretamente este
volume para o balão volumétrico. A pipeta deve estar limpa e seca para não contaminar o reagente e nem causar a
sua diluição, respectivamente. Procure introduzir apenas a ponta da pipeta no reagente evitando que a pipeta fique
com um excesso de reagente na sua parte externa, principalmente no caso dos ácidos viscosos como é o caso do
ácido sulfúrico. Em qualquer caso é importante observar que a temperatura da solução deve ser igual à temperatura
ambiente antes de acertar o menisco do balão volumétrico.

Reagentes sólidos: uso de béquer ou barquinhas de pesagem pesar a massa necessária do reagente. O material
sólido, após pesagem, deve ser dissolvido com água destilada antes de ser transferido para o balão volumétrico. Após
a diluição, a transferência deve ser realizada com auxílio de um funil analítico e de uma bagueta. Fixe o funil analítico
em um aro preso a um suporte universal. Em qualquer caso é importante observar que a temperatura da solução seja
igual à temperatura ambiente antes de acertar o menisco do balão volumétrico.

Bibliografia recomendada: “Segurança no laboratório de Química” disponível em


http://chemkeys.com/br/2000/03/24/seguranca-no-laboratorio-quimico/, Capítulo 2 do Skoog [1]; Capítulo 2 do Harris
[5].

DIRECIONAMENTO PARA CONFECÇÃO DOS RELATÓRIOS

Os relatórios devem ser confeccionados em papel, à mão ou por meio de programas computacionais
apropriados e deverão conter, no máximo, cinco páginas, incluindo-se o espaço reservado para os gráficos e tabelas.
Não é necessária a confecção de capas! Deverá conter, na primeira página, cabeçalho com a identificação dos
estudantes, disciplina, nome e data do experimento realizado. No caso de relatórios confeccionados por meio de
programas computacionais, útilizar tamanho de página A4, fonte Arial 11 ou Times New Roman 12, espaçamento 1,5
e margem 2,0 cm. As tabelas e as figuras deverão ser visíveis, colocadas no corpo do texto e não como anexos. Em
seguida ao cabeçalho, os seguintes itens devem ser abordados.

1) Material e métodos

Deve ser descrito apenas se houver modificações do procedimento descrito no roteiro. Por exemplo, se no
roteiro estiver escrito “...pesar aproximadamente 0,1 g do reagente...”, o estudante deve apresentar neste item o
procedimento de pesagem, ou seja, qual a massa exata que foi pesada. Não será considerado para pontuação cópia
do texto do roteiro experimental. Caso não haja alterações no roteiro, a pontuação deste item será somada a pontuação
do item 3.

2) Resultados e discussão

Deve conter todos os dados brutos, resultados obtidos e cálculos realizados, equações/reações químicas, bem
como suas respectivas discussões relacionados aos objetivos propostos. No caso de repetições de cálculos, não há a
necessidade de repetir todas as equações, apenas insira o desenvolvimento do cálculo para uma réplica, e para as
outras, apenas os dados brutos e os valores finais. Pode-se usar tabelas e gráficos quando houver necessidade e
como forma de agrupamento de dados e melhor visualização dos resultados (o que é fortemente aconselhável). As
tabelas devem ter identificação e nome, sendo inserido acima da tabela. Para as figuras, a identificação e nome devem
3
estar abaixo. Não esqueçam de inserir no texto/discussão as indicações das tabelas e figuras para direcionamento do
leitor.
Quando houver questões no roteiro, as respostas devem ser inseridas neste item, indicando o seu respectivo
número, sem misturá-las com a discussão dos dados. Caso porventura a discussão envolva a mesma resposta, devem
sinalizar o número da questão no texto.

3) Conclusões

O estudante deve apresentar de forma sintetizada os resultados considerando os principais elementos envolvidos na
prática (método, analito e amostra) juntamente com um parecer crítico dos resultados do experimento.

4) Referências bibliográficas

As referências devem ser citadas numericamente, priorizando livros texto. Para citação de site, colocar o endereço da
página e a data de acesso. Não há necessidade de citar o próprio roteiro de experimentos.
Ex. [1] VOGEL, A.I. Análise Química Quantitativa. 5a. edição. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1992.

Observação: Os relatórios serão individuais e escritos à mão e deverão ser entregues ao professor na aula seguinte
à execução do experimento. Leitura da bibliografia antes de qualquer experimento é extremamente importante.
É um hábito que o aluno deve ter para qualquer aula experimental (analítica, físico-química, inorgânica e orgânica). Ela
reforça os conceitos discutidos nas aulas teóricas e possibilita trazer dúvidas para serem discutidas com o professor.
Faça a leitura utilizando os livros indicados na bibliografia. Evite leituras na internet uma vez que a fonte de informação
nem sempre pode ser obtida e a confiabilidade das informações é discutível.

Considerações gerais
• Estudantes que chegarem após 15 min do início da aula não poderão assinar a lista de presença, não realizarão a
prática, ficando com falta registrada nesta aula.
• Não realizar algum experimento sem justificativa formal significa nota zero no relatório do respectivo experimento.
Isto se aplica inclusive a experimentos não realizados por falta de traje adequado para trabalho em laboratório e/ou
não comparecimento no laboratório até 15 min do início da aula.
• Não haverá reposição de experimentos.

REFERÊNCIAS
[1] Skoog, D.A.; West, D.M.; Holler, F.J.; Crouch, S.R. Fundamentos de Química Analítica. São Paulo: Cengage
Learning, 2008.
[2] N. Baccan, J.C. Andrade, O.E.S. Godinho e J.S. Barone, Química Analítica Quantitativa Elementar, 3a Ed.,
Edgard Blücher: São Paulo, 2001.
[4] A.I. Vogel, Análise Inorgânica Quantitativa incluindo Análise Instrumental Elementar, 4a Ed.; Guanabara Dois: Rio
de Janeiro, 1981.
[5] D. C. Harris, Análise Química Quantitativa, 6a Ed., LTC Editora: Rio de Janeiro, 2005.
[6] D.C. Harris, Explorando a Química Analítica, 4ª. ed, LTC Editora: Rio de Janeiro, 2011.

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EXPERIMENTO 1. Calibração de vidraria e amostragem
O experimento 1 é divido em duas partes (1A e 1B). Para realizar as práticas, os alunos serão
divididos em 2 grupos. A prática 1A será realizada no laboratório, enquanto a prática 1B na
sala auxiliar do laboratório. Cada prática está programada para ser realizada em no máximo
90 minutos.

EXPERIMENTO 1A – CALIBRAÇÃO DE VIDRARIA

1. OBJETIVOS

Identificar, manusear, realizar medidas básicas de massa e volume e calibrar algumas vidrarias do
laboratório. Calcular a estimativa do erro associado de algumas vidrarias utilizadas no laboratório.
Propagação do erro.

2. INTRODUÇÃO

A calibração é um importante procedimento laboratorial que permite estimar o erro de medida da vidraria.
Esta metodologia visa verificar a confiabilidade do recipiente de medição de volume, como as pipetas,
buretas e balões, fornecidos pelo fabricante. Todo material de vidro volumétrico ou graduado é calibrado
pela medida da massa do líquido contido no recipiente, geralmente utiliza-se água destilada ou deionizada
e a densidade tabelada na temperatura em que o experimento foi realizado. As pipetas volumétricas são
calibradas de modo a transferir um determinado volume de solução à 20 °C. A maioria das pipetas traz um
código TD (To Deliver), ou seja, a pipeta foi calibrada para transferir o volume indicado. Um balão volumétrico
é calibrado de modo a conter um determinado volume de solução à 20 °C quando a parte inferior do menisco
é ajustada no centro do traço de aferição existente no colo do balão. A maioria dos balões volumétricos traz
um código TC (To Contain), ou seja, o balão foi calibrado para conter o volume que é indicado.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1. Calibração de pipeta volumétrica

3.1.1. Limpeza da pipeta

a) Lavagem: lave cuidadosamente sua pipeta com solução de detergente, enxágue várias vezes com
água da torneira e duas a três vezes com água destilada. Faça o teste do filme homogêneo de líquido
na parede interna da pipeta. Obs.: As marcas de volume em qualquer aparelho volumétrico são feitas
pelo fabricante com um nível de limpeza rigoroso. Este mesmo nível de limpeza deve ser mantido no
laboratório. Somente superfícies de vidro limpas sustentam um filme uniforme de líquido. Poeira ou
óleo rompem este filme. Portanto, a existência de rupturas no filme é uma indicação de uma
superfície "suja". Caso ainda permaneça suja, limpe-a com uma solução de alcoolato.

b) Tempo de escoamento: o tempo de escoamento para sua pipeta de transferência de 10,00 mL deve
ser tal que o escoamento livre do líquido não ultrapasse um minuto e não seja inferior a 10 segundos.
Se o escoamento for muito rápido, o diâmetro de abertura da ponta da pipeta deve ser reduzido
convenientemente. Neste caso, solicite uma nova pipeta ao técnico de laboratório. Se o escoamento
for muito lento, torna-se necessário aumentar o diâmetro lixando levemente a ponta da pipeta até
que o tempo requerido seja obtido.

3.1.2. Procedimento de calibração de pipetas volumétrica

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a) Pese um erlenmeyer limpo e seco em uma balança analítica e tare a balança (display deve estar
0,0000). Não se esqueça de centralizar o peso do recipiente no prato de forma correta e evitar contato
direto com o recipiente para não contaminá-lo com umidade ou gordura da mão (use luvas ou papéis
para segurar objetos secos);
b) Pipete água destilada (béquer contendo água na temperatura ambiente) com a pipeta volumétrica a
ser calibrada até a marca do volume total (ajuste do menisco - Fig.1). Em seguida, transfira o volume
para o frasco previamente tarado (ver na Fig. 2 a maneira correta de usar um pipetador e uma pipeta).
Cuidado: evite a formação de bolhas de ar no interior da pipeta, seque a superfície externa da pipeta
antes do escoamento, controle a velocidade de escoamento e não assopre!
c) Pese o frasco contendo a água destilada e anote sua massa;
d) Verifique a temperatura da água da pesagem com o auxílio de um termômetro;
e) Repita o mesmo procedimento mais duas vezes (n=3);
f) Calcule o volume real da pipeta para cada replicata de acordo com equação 1 (consulte a Tabela 1
para verificar a densidade da água correspondente a Temperatura encontrada no experimento).
g) Estime o desvio padrão e o coeficiente de variação da vidraria calibrada.
h) Identifique sua pipeta e anote no caderno do técnico de laboratório. A mesma deverá ser utilizada
até o final do semestre. O volume calibrado de sua pipeta deverá ser considerado em todos os
cálculos quando a mesma for utilizada nos experimentos no decorrer do semestre.

mH 2Otrans .
V= (Equação 1)
d H 2O
Onde: V = volume da pipeta calibrada
mH2Otrans. = massa de água transferida
dH2O = densidade da água na temperatura observada

Figura 1. Forma correta da leitura do menisco. Linha de visão horizontal à superfície do líquido. Para uma
leitura correta do menisco é indicado posicionar o olho em relação à altura do menisco do líquido de forma
que a linha de visão fique sempre horizontal em relação à superfície do líquido, conforme apresentado.

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Figura 2. Utilização correta de pipeta volumétrica e pipetador de três vias.

Observação 1: A superfície de um líquido confinado num tubo estreito exibe uma curvatura marcante, chamada
menisco. É comum utilizar a parte inferior do menisco como ponto de referência na calibração e no uso de qualquer
equipamento volumétrico (Fig.1). Ao se ler volumes, seu olho deve estar no mesmo nível da superfície do líquido para
assim evitar erros devido à paralaxe. Para esta transferência, preencha cuidadosamente a pipeta, com auxílio de uma
pêra (Fig.2), até obter um volume um pouco acima da marca de calibração. Rapidamente, substitua a pêra por seu
dedo indicador, interrompendo a liberação da água. Certifique-se que não há bolhas de ar e enxugue sua parede
externa com papel absorvente. Mantendo a pipeta sempre na posição vertical, toque a ponta da pipeta na parede
interna de um erlenmeyer e, vagarosamente, deixe que o líquido escorra, dando uma ligeira folga na pressão exercida
por seu dedo indicador, até que o menisco alcance exatamente a marca de calibração da pipeta. Só então transfira o
volume interno contido na pipeta para o erlenmeyer. Descanse a ponta da pipeta por mais alguns segundos (2 a 3 s)
após a água ter sido toda transferida. Finalmente, retire a pipeta com um movimento de rotação para remover qualquer
gota aderida na ponta. O pequeno volume de água retido no interior da ponta de uma pipeta volumétrica nunca deve
ser soprado para ser liberado.

3.2. Calibração do balão volumétrico

a) Use um balão volumétrico completamente seco e coloque o mesmo sob o prato da balança analítica;
b) Zere a balança analítica, apertando o botão tarar;
c) Retire o balão da balança com um pedaço de papel (não coloque a mão diretamente, pois a mesma
pode deixar resíduos de gordura na vidraria, alterando a sua massa) e complete o mesmo, até o
menisco, com água destilada;
d) Meça a temperatura da água usada na calibração e verifique o valor tabelado de sua densidade em
função da temperatura;
e) Pese novamente o balão e anote a massa de água contida no mesmo;
f) Calcule o volume do balão.
g) Repita esse procedimento por mais duas vezes. Para secar o balão entre as medidas lave-o com
uma pequena porção de álcool e posteriormente acetona fazendo com que estes solventes alcancem
todas as paredes internas do balão. Espere que o solvente evapore, tare novamente o balão e repita
as operações anteriores.

4. Apresentação dos resultados

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1. Monte uma tabela contendo o volume de referência, o estimado pela calibração, o desvio padrão e o
coeficiente de variação de cada vidraria. Apresente os resultados obtidos para a calibração da pipeta e
do balão volumétrico. Apresente o valor médio, a estimativa do desvio padrão e o intervalo de confiança
(a um nível de 95%). Obs. Apresentar os resultados com número de algarismos significativos de acordo
com a exatidão e erro obtido.
2. Verifique o erro que cometeria se não calibrasse a pipeta e avalie a precisão obtida nas medidas.
3. Apresente o volume médio da sua pipeta V e a estimativa do desvio padrão s, usando o formato (V ± s)
mL. Exemplo: (14,85 ± 0,06) mL. Anote esse volume em seu caderno ou roteiro de aulas para ser usado
durante os experimentos de volumetria.
4. Identifique as principais fontes de erro no experimento e apresente estes durante a discussão dos
resultados.

Tabela 1. Valores da densidade da água em diferentes Temperaturas[3]


T (ºC) Densidade (g/cm3) T (ºC) Densidade (g/cm3)
10 0,999700 20 0,998203
11 0,999605 21 0,997992
12 0,999498 22 0,997770
13 0,999377 23 0,997538
14 0,999244 24 0,997296
15 0,999099 25 0,997044
16 0,998943 26 0,996783
17 0,998774 27 0,996512
18 0,998595 28 0,996232
19 0,998405 29 0,995944

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EXPERIMENTO 1B – AMOSTRAGEM

A validade das conclusões derivadas da análise de uma amostra depende, dentre outros aspectos, dos
métodos empregados para obtenção e preservação da amostra. A amostragem pode ser a maior fonte de
erro na análise química. Experimento dividido em 3 partes.

1. Objetivos
• Mostrar a importância da amostragem.
• Realizar um plano de amostragem, empregando miçangas coloridas.
• Definir as condições experimentais para reduzir a amostra bruta para amostra laboratorial.

2. Materiais
• Amostra bruta composta por miçangas coloridas
• Recipiente de amostragem pequeno (tampa azul) e grande (pote branco)
• Quarteador

3. Parte experimental
As principais etapas na amostragem compreendem:
• Identificação da população da qual a amostra será retirada.
• Seleção e obtenção da amostra bruta.
• Redução da amostra bruta à amostra laboratorial.

Parte A – representatividade da amostragem

A amostra bruta está representada por miçangas coloridas com a seguinte distribuição média:

Amostra Vermelho Azul Verde Preto Amarelo Branco


% 14 21 22 14 15 14

A-1) Cada grupo deve fazer uma amostragem e considerá-la como uma das replicatas da turma. Conte as
miçangas de cada cor e expresse seus resultados em porcentagem. Use duas medidas de amostragem
(amostradores pequeno e grande) e verifique se foi possível obter amostra representativa em cada
procedimento (análise estatística). Utilize o nível de 95% bicaudal.

Para amostrador pequeno (Obs. Apresentar os resultados com número de algarismos significativos
compatíveis com os erros obtidos.)
Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4 Réplica 5 Réplica 6
Miçangas
Unidades % Unidades % Unidades % Unidades % Unidades % Unidades %
Vermelha
Azul
Verde
Preto
Amarelo
Branco
Total

9
Análise estatística para replicatas
Miçangas ̅ s ou RSD % Teste t Ho aceita?
Vermelha
Azul
Verde
Preto
Amarelo
Branco

Para amostrador grande


Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4 Réplica 5 Réplica 6
Miçangas
Unidades % Unidades % Unidades % Unidades % Unidades % Unidades %
Vermelha
Azul
Verde
Preto
Amarelo
Branco
Total
Análise estatística para replicatas
Miçangas ̅ s ou RSD % Teste t Ho aceita?
Vermelha
Azul
Verde
Preto
Amarelo
Branco
Observação: Para fins de comparação, considere sempre que uma amostra laboratorial é considerada
representativa quando suas propriedades são similares à amostra bruta de onde foi retirada.

A-2) Faça a amostragem por quarteamento utilizando o molde para quartear (redução do tamanho da
amostra). Esse procedimento deve ser feito para redução a 1/8 da amostra total, ou seja, três etapas de
quarteamento. Para fazer sem o quarteador, utilize uma régua e divida em duas partes iguais o lote e retira
uma metade até a amostra ser reduzida a 1/8. Faça três replicatas. Compare com os resultados obtidos
empregando os amostradores pequeno e grande.

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Para quarteador
Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3
Miçangas
Unidades % Unidades % Unidades %

Vermelha
Azul
Verde
Preto
Amarelo
Branco
Total

Parte B – Amostragem considerando um analito

B-1) Tendo-se com referência o número total de miçangas na amostra bruta, adicione miçangas rosas
(analito) até que a concentração do analito na amostra bruta seja de 2%. Repita o procedimento de
amostragem utilizando o amostrador grande e a redução da amostra por quarteamento.

Para amostrador grande


Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4 Réplica 5 Réplica 6
Miçanga
Unidades % Unidades % Unidades % Unidades % Unidades % Unidades %
Rosa
Total
Análise estatística para replicatas
Miçanga ̅ s ou RSD % Teste t Ho aceita?
Rosa

Para quarteador
Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3
Miçanga
Unidades % Unidades % Unidades %

Rosa
Total

Parte C – Influência do tamanho das partículas

C-1) Observe uma amostra bruta com miçangas de diferentes tamanhos (amostra já preparada). Verifique
o que acontece com a distribuição das miçangas em função do tamanho.

QUESTÕES PARA RELATÓRIO

1) Dentre os procedimentos de amostragem avaliados, qual seria o mais representativo para analitos em
concentrações no nível de ng.L-1? Justifique a resposta com base nos resultados observados.
2) Qual a influência dos tamanhos de partículas na amostragem?
3) Quais são os procedimentos para a realização de uma amostragem representativa? Responda utilizando algum
exemplo prático.

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Equações estatísticas

Média aritmética da amostra (x): Intervalo de confiança para N medidas

onde é o valor individual de x e N o onde µ representa a média da população e t


número de réplicas. é o valor crítico de Student

Teste de hipótese (Teste t)


Erro relativo (Er):

Onde tcalc, em módulo, é comparado com


Onde xv representa o valor verdadeiro
valores tabelados de t (ttab) para diferentes
níveis de confiança e graus de liberdade,
conforme tabela abaixo. Duas hipóteses são
Desvio padrão da amostra (s): formuladas: a hipótese nula (H0) afirma que há
uma igualdade entre os valores de testados,
enquanto que H1 nega a hipótese nula. Assim,
se tcalc for maior que o valor de ttab, a hipótese
nula é rejeitada e os valores testados são
diferentes entre si. Quando tcalc for menor que
Desvio padrão relativo (RSD): ttab, os valores testados não diferem entre si
para um determinado nível de confiança.

Valores de t (Student) críticos


G.L. Níveis de confiança
Unicaudal 75% 80% 85% 90% 95% 97.5% 99% 99.5% 99.75% 99.9% 99.95%
Bicaudal 50% 60% 70% 80% 90% 95% 98% 99% 99.5% 99.8% 99.9%
1 1.000 1.376 1.963 3.078 6.314 12.71 31.82 63.66 127.3 318.3 636.6
2 0.816 1.061 1.386 1.886 2.920 4.303 6.965 9.925 14.09 22.33 31.60
3 0.765 0.978 1.250 1.638 2.353 3.182 4.541 5.841 7.453 10.21 12.92
4 0.741 0.941 1.190 1.533 2.132 2.776 3.747 4.604 5.598 7.173 8.610
5 0.727 0.920 1.156 1.476 2.015 2.571 3.365 4.032 4.773 5.893 6.869
6 0.718 0.906 1.134 1.440 1.943 2.447 3.143 3.707 4.317 5.208 5.959
7 0.711 0.896 1.119 1.415 1.895 2.365 2.998 3.499 4.029 4.785 5.408
8 0.706 0.889 1.108 1.397 1.860 2.306 2.896 3.355 3.833 4.501 5.041
9 0.703 0.883 1.100 1.383 1.833 2.262 2.821 3.250 3.690 4.297 4.781
10 0.700 0.879 1.093 1.372 1.812 2.228 2.764 3.169 3.581 4.144 4.587
11 0.697 0.876 1.088 1.363 1.796 2.201 2.718 3.106 3.497 4.025 4.437
12 0.695 0.873 1.083 1.356 1.782 2.179 2.681 3.055 3.428 3.930 4.318
13 0.694 0.870 1.079 1.350 1.771 2.160 2.650 3.012 3.372 3.852 4.221
14 0.692 0.868 1.076 1.345 1.761 2.145 2.624 2.977 3.326 3.787 4.140
15 0.691 0.866 1.074 1.341 1.753 2.131 2.602 2.947 3.286 3.733 4.073
20 0.687 0.860 1.064 1.325 1.725 2.086 2.528 2.845 3.153 3.552 3.850
25 0.684 0.856 1.058 1.316 1.708 2.060 2.485 2.787 3.078 3.450 3.725
30 0.683 0.854 1.055 1.310 1.697 2.042 2.457 2.750 3.030 3.385 3.646

12
EXPERIMENTO 2. Determinação gravimétrica de níquel em aço

A dimetilglioxima (DMG) forma um precipitado vermelho com níquel (II) em um intervalo de pH entre 5 e 9.
Este reagente é adicionado a uma solução quente e ligeiramente ácida de Ni(II), com posterior adição de
um leve excesso de hidróxido de amônio, formando um complexo denominado dimetilglioximato de níquel.
Após secagem a 100-110 ºC, o teor de níquel na amostra é então determinado por pesagem.

Procedimento:
a) Pese 0,125 g de aço em aparas em um béquer de 400 /500 mL;
b) Na capela, adicione ao aço pesado 30 mL de solução de HCl 1:1 (já preparada);
c) Coloque o béquer em uma placa de aquecimento que se encontra dentro da capela, até a dissolução da
amostra e aparecimento da coloração verde na solução;
d) Na capela, adicione à solução da amostra 3 mL de HNO3 concentrado;
e) Deixe a solução ferver na placa de aquecimento até expelir a fumaça marrom visível;
f) Enquanto a solução de amostra esfria, adicione à amostra 100 mL de água e 2,5 g de ácido tartárico. Agite
com um bastão de vidro para dissolver completamente o sal;
g) Neutralize a solução da amostra com NH4OH concentrado. Para isto, sob agitação constante com o bastão
de vidro, adicione NH4OH lentamente com o auxílio de uma pipeta Pasteur ou com uma proveta graduada
de 10 mL (cerca de 16 mL). A cada alíquota (2 mL) adicionada verifique se ocorre mudança do pH com o
papel indicador de tornassol. Obs. Papel indicador tornassol não altera sua quando a solução está neutra;
h) Para que a reação de precipitação ocorra de forma gradativa, o reagente complexante deve ser
adicionado em meio ácido (pH 2 a 3). Para isto, adicione à amostra HCl 1:1 sob agitação constante com o
bastão de vidro até o pH ficar ligeiramente ácido (até cerca de 15 mL). Adicione esse volume aos poucos e
vá conferindo o pH com o papel tornassol azul (muda para vermelho quando está ácido);
i) Aqueça a solução contendo a amostra na placa de aquecimento até 60-80 ºC (não deixe entrar em
ebulição);
j) Adicione à solução de amostra 10 mL de solução etanólica de DMG a 1%;
k) Para que a precipitação tenha início, alcalinize a solução da amostra adicionando NH4OH concentrado.
Adicione 1,0 mL sob agitação e verifique se o pH está básico com o papel de tornassol vermelho (muda para
azul quando está básico). Caso não esteja, adicione aos poucos até mais 1,0 mL. Nesta etapa tome cuidado
com a agitação com o bastão para não perder precipitado. Nesta etapa um precipitado vermelho deve ser
formado em solução;
l) Aqueça a solução contendo o precipitado, colocando o béquer em banho-maria a 60-80 ºC por 30 minutos;
m) Retire o béquer do banho-maria e resfrie a solução, mantendo-a em repouso;
n) Separe e identifique um cadinho filtrante; pese-o sem colocar a mão no vidro e anote a massa. Coloque
o cadinho em um kitassato ligado a uma trompa de água e filtre a solução, sem deixar secar o precipitado;
o) Lave o precipitado filtrado com água destilada a temperatura ambiente;
p) Teste o líquido filtrado adicionando algumas gotas de DMG para verificar se a precipitação foi completa;
q) Coloque o cadinho em uma estufa a 100-110 ºC e deixe o precipitado secando por 2h;
r) Tire o cadinho da estufa com o auxílio de uma pinça e deixe resfriar em um dessecador;
s) A temperatura ambiente pese o cadinho contendo o precipitado;
t) Calcule a porcentagem de níquel na amostra considerando a estequiometria e a massa obtida do
precipitado Ni-DMG.

QUESTÕES PARA RELATÓRIO

1) Com base na teoria envolvida sobre Gravimetria (Skoog, Cap. 12) discuta os resultados obtidos nas
etapas b, d, f, l, p apresentando as equações químicas pertinentes.
2) Compare estatisticamente o teor de níquel da sua amostra com o teor de referência para um aço
inoxidável tipo 304.
Volumetria
Observações gerais

• Providencie a limpeza adequada de sua bureta. Para lavagem interna, pode-se usar solução de
alcoolato#. Neste caso, preencha a bureta, inclusive a parte posterior à torneira, esvaziando-a cerca de 2
minutos depois. Enxágüe abundantemente com água de torneira para depois usar água destilada. Em alguns
casos, é recomendável lavar com solução diluída de HCl para neutralizar eventual resíduo de NaOH na
bureta. Quando a bureta não está muito suja, o uso de detergente é suficiente. Em seguida, enxágüe com
água corrente e, posteriormente, água destilada. Manipule a bureta com cuidado!
• Torneiras com êmbolo de vidro esmerilhado devem ser lubrificadas com graxa ou pasta de bureta, que
não deve ser colocada em excesso. Desmonte a torneira para lubrificar.
• Após a limpeza, lave a bureta com um pequeno volume da solução que será utilizada (inclusive a parte
posterior à torneira) e descarte esse volume de lavagem. Verifique se não há vazamento. NUNCA INICIE
UMA TITULAÇÃO SE A BURETA ESTIVER VAZANDO. Proceda adequadamente para eliminar o
vazamento.
• Preencha a bureta com a solução que será utilizada, inclusive a parte posterior à torneira. Verifique se
não há bolhas. Se houver, remova-as. Acerte o volume no ponto zero pela parte inferior do menisco para
soluções transparentes; para soluções fortemente coloridas, considere pela parte superior.
• No caso de titulação de soluções, retire uma alíquota da AMOSTRA HOMOGENEIZADA usando a PIPETA
VOLUMÉTRICA previamente calibrada e transfira para um erlenmeyer.

• No caso de titulação de amostra sólida, a massa recomendada deve ser medida em BALANÇA
ANALÍTICA, usando um vidro de relógio ou o próprio erlenmeyer. Junte água para dissolução do sólido,
quando este já estiver no erlenmeyer.

• COLOQUE O INDICADOR quando for recomendado. Em alguns casos é necessário colocar um fundo
branco sob o erlenmeyer para facilitar a visualização.
• Comece a adição da solução da bureta no erlenmeyer de forma lenta e contínua. Mantenha a agitação,
observando, cuidadosamente, o aspecto do material no erlenmeyer.
• Interrompa a adição de solução quando ocorrer a VIRAGEM DO INDICADOR. Este é o PONTO FINAL da
titulação.
• Anote o VOLUME DO PONTO FINAL com precisão adequada.
• Calcule a concentração do analito (na unidade solicitada), seguindo a PROPORÇÃO ESTEQUIOMÉTRICA
DA REAÇÃO. Não calcule média dos dados. Calcule o resultado médio.

• Todas as titulações devem ser feitas em duplicata. Quando o resultado for discrepante entre os dois,
uma terceira replicata deve ser feita e o dado discrepante rejeitado.

#
Solução de alcoolato : 40 g de NaOH + 40 mL de H2O + 1000 mL de etanol
Experimento 3 – Volumetria de Neutralização
Determinação de ácido acético em vinagre
OBS. TRAGAM 20 ML DE VINAGRE COMERCIAL POR DUPLA.

O principal ácido presente no vinagre é o ácido acético. A acidez total do vinagre é determinada mediante a
titulação com NaOH previamente padronizado, usando a fenolftaleína como indicador.
Embora a acidez total do vinagre seja devida a todos os ácidos presentes, o ácido acético é predominante
e devido a esta predominante presença, o resultado é expresso pelo teor de ácido acético.
A reação de neutralização é: NaOH + CH3COOH → CH3COONa + H2O

1. Preparo da solução 0,1 mol L-1 de NaOH


a) Pese em um béquer a quantidade de NaOH necessária para se preparar 200 mL de uma solução
aproximada de 0,1 mol L-1 de NaOH.
b) Dissolva-o em água destilada até a marca de 200 mL do Béquer. Obs. Esta solução não precisa ser
preparada em balão volumétrico, pois é padrão secundário e será padronizado.

2. Ambientação da bureta e titulação do branco para fenolftaleína

a) Certifique-se que a bureta esteja limpa e ambiente a bureta com poucos mililitros da solução de NaOH.
Verifique se ocorre vazamento antes de preenchê-la com a solução que será usada na titulação. Preencha
com a solução titulante e verifique se não há bolhas na bureta e na parte abaixo da torneira (se houver,
remova-as!). Acerte o volume no zero.
b) Faça o branco da titulação para verificação do ponto final com o indicador fenolftaleína. Adicione 20 mL
(com a proveta) de água destilada a um erlenmeyer e 3 gotas de indicador fenolftaleína a 1% de etanol.
Inicie a adição de NaOH bem lentamente com agitação da solução no erlenmeyer. O aparecimento de uma
leve coloração rosada na solução do erlenmeyer, que persista por mais de 30 segundos, indica o final da
titulação. Anote o volume gasto do branco para os cálculos.

3. Padronização da solução 0,1 mol L-1 de NaOH com biftalato de potássio, KHC8H4O4 (1 mol = 204,23
g).

a) A titulação de padronização deve ser feita em triplicata.


b) Use biftalato de potássio previamente seco em estufa a 110 ◦C por uma a duas horas (que se encontra
no dessecador ao lado da balança).
c) Transfira, para cada um dos três frascos erlenmeyer de 250 mL, porções entre 0,30 g e 0,32 g de biftalato
de potássio previamente seco. Pese o biftalato em uma barquinha de pesagem e transfira quantitativamente
para o erlenmeyer. Anote a massa até a quarta casa decimal e identifique o frasco.
d) Adicione 20 mL (com a proveta) de água destilada ao erlenmeyer e dissolva completamente o biftalato de
potássio.
e) Adicione 3 gotas de indicador fenolftaleína a 1% de etanol.
f) Comece a adição da solução de NaOH no erlenmeyer, sob agitação. Se ficar solução de NaOH nas
paredes do erlenmeyer, lave com um pouco de água destilada (com auxílio de uma pisseta) e continue a
adição de NaOH.
g) O aparecimento de uma leve coloração rosada na solução do erlenmeyer, que persista por mais de 30
segundos, indica o final da titulação. Anote o volume da solução de NaOH consumido. Esse volume será
usado no cálculo da concentração de NaOH.
h) Faça mais duas replicatas com o mesmo procedimento (b-g). Calcule a concentração da solução de NaOH
em mol L-1.
4.Determinação de ácido acético em vinagre

a) Pipete 10 mL de vinagre comercial com a pipeta calibrada para um balão volumétrico de 100 mL,
completando o volume com água destilada.
b) Pipete 10 mL dessa solução diluída de vinagre para um erlenmeyer de 250 mL.
c) Adicione 25 mL de água destilada ao erlenmeyer e três gotas de indicador fenolftaleína.
d) Titule a solução com NaOH padronizado no procedimento anterior.
e) Repita mais duas vezes as etapas de b-d, totalizando três replicatas.
f) Calcule o conteúdo de ácido acético em mol L-1 e em g/100 mL de vinagre (%, m/v).
g) Repita o mesmo procedimento (b-e) utilizando o indicador vermelho de metila no lugar da
fenolftaleína, em triplicata, e calcule a concentração de ácido acético em mol L-1 e em g/100 mL de vinagre
(%, m/v).
Obs. Para a verificação do ponto final do vermelho de metila, faça um branco igual ao item 2.b e anote o
volume gasto para os cálculos com esse indicador.

QUESTÕES PARA RELATÓRIO


1- Compare os resultados obtidos de ácido acético com o uso dos indicadores fenolftaleína e vermelho de
metila. Explique.
2- Expresse o valor médio determinado junto com o intervalo de 95% de confiança.
3- Faça o teste de significância (95%) dos resultados obtidos comparando-os com o valor do rótulo do
vinagre.
Experimento 4 – Volumetria de Precipitação
Determinação de cloreto
Objetivo: Uso de reações de precipitação na determinação de cloreto empregando dois diferentes métodos
de titulação e de detecção do ponto final da titulação.

1. Método de Mohr

Determinação de cloreto por titulação com solução de AgNO3 0,025 mol L-1
Pegue no máximo 100 ml da solução titulante de AgNO3 0,025 mol L-1. Ambiente a bureta com a solução e
depois preencha até a marca zero. Cuidado: resíduos de Ag devem ser descartados no frasco de resíduo.

a) Transfira 10,0 mL da solução de amostra para o balão volumétrico calibrado de 100 mL. Complete o
volume do balão com água destilada e HOMOGENEÍZE BEM A SOLUÇÃO.
b) Transfira uma alíquota de 10,00 mL da solução de amostra com a pipeta calibrada para um erlenmeyer.
c) Junte 10 gotas de solução 5% m/v de K2CrO4 (indicador) e 20 mL de água destilada.
d) Coloque um fundo branco sob o erlenmeyer para facilitar a detecção do ponto final.
e) Comece a titulação, adicionando solução padrão de AgNO3 (que está na bureta) ao erlenmeyer, sob
agitação constante. Não interrompa a adição do titulante e evite deixar gotas de solução ou partículas do
precipitado nas paredes do erlenmeyer. Evite lavar com água destilada.
f) Quando o precipitado adquirir um aspecto coagulado (como leite coalhado), ATENÇÃO: o ponto final da
titulação está próximo! (aqui pode-se lavar a ponta da bureta e a parede do erlenmeyer com um mínimo
de água destilada).
g) Adicione, cuidadosamente, mais titulante, até o aparecimento de uma LEVE coloração avermelhada
(precipitado em solução), persistindo por mais de 30 s indica o final da titulação. Anote o volume
consumido da solução de AgNO3.
h) O procedimento deve ser feito em triplicata.
i) Calcule a concentração de cloreto em mol L-1 na amostra.

Observações: Não espere já todo precipitado adquirir coloração avermelhada. Neste caso, o ponto final
passou! Considere o volume no qual o precipitado adquire coloração levemente avermelhada.

2. Método de Fajans

Determinação de cloreto por titulação com solução de AgNO3 0,025 mol L-1

a) O procedimento deve ser feito em triplicata


b) Para a primeira replicata, transfira uma alíquota de 10,00 mL (pipeta volumétrica) da amostra de cloreto
para um erlenmeyer.
c) Adicione 20 mL de água destilada e 2 gotas de solução indicadora de fluoresceína (0,1% m/v).
d) Comece a titulação, adicionando solução padrão de AgNO3 ao erlenmeyer, sob agitação constante.
Coloque um fundo branco sob o erlenmeyer para facilitar a detecção do ponto final que é indicado pelo
aparecimento de uma coloração rósea no precipitado. Anote o volume gasto de AgNO3.
e) Para as outras duas replicatas, transfira uma alíquota de 10,00 mL (pipeta volumétrica) da amostra de
cloreto para um erlenmeyer.
f) Adicione 20 mL de água destilada e inicie a titulação com a solução padrão de AgNO3 (Obs. Não adicione
a fluoresceína).
g) Continue a titulação até que o volume adicionado de titulante seja 1 mL menor que o volume gasto na
primeira titulação (etapa d). Só então adicione 2 gotas de solução indicadora de fluoresceína (0,1% m/v).
h) O ponto final desta titulação é indicado pelo aparecimento de uma coloração rósea no precipitado.
i) Calcule a concentração de cloreto em mol L-1 na amostra.
b. Método de Volhard (retrotitulação)

Determinação de iodeto com titulação com solução de KSCN 0,025 mol L-1

Pegue uma amostra de iodeto, anote o número para constar no relatório. Complete o volume do balão da
amostra com água destilada e HOMOGENEÍZE BEM A SOLUÇÃO.

a) O procedimento deve ser feito em triplicata


b) Transfira uma alíquota de 10,00 mL (pipeta volumétrica) da amostra para um erlenmeyer.
c) Adicione 3 mL de HNO3 6 mol L-1.
d) Adicione 10,00 mL (pipeta volumétrica) da solução de AgNO3 0,05 mol L-1 (considere a concentração
exata da solução utilizada) e 1 mL de solução saturada (~40% m/v) de sulfato férrico amoniacal
(indicador). Deve haver precipitação de Agl.
e) Comece a titulação, adicionando solução padrão de KSCN ao erlenmeyer, sob agitação constante. Não
interrompa a adição do titulante e evite deixar gotas de solução ou partículas do precipitado nas paredes
do erlenmeyer.
f) Coloque um fundo branco sob o erlenmeyer para facilitar a detecção do ponto final.
g) Quando o precipitado adquirir um aspecto coagulado (como leite azedo), ATENÇÃO: o ponto final da
titulação está próximo! Neste ponto a agitação deve ser vigorosa!
h) O aparecimento de uma LEVE coloração avermelhada na solução, persistindo por mais de 30 s indica o
final da titulação. Anote o volume da solução de KSCN consumido.
i) O procedimento deve ser feito em duplicata.
j) Repita o procedimento a partir do item a com a solução de amostra de cloreto (uma replicata) e compare
o resultado obtido com aqueles obtidos com o método de Mohr (questão para o relatório).

QUESTÕES PARA RELATÓRIO

1) Explique as principais diferenças observadas nos 3 métodos para determinação de cloreto. Justifique os
resultados com base nas reações químicas.
2) Com base nas equações químicas e nos produtos de solubilidade, o método de Volhard pode ser usado
para determinar cloreto? Quais seriam as condições específicas?
Experimento 5. Volumetria de Óxido-Redução
Determinação de H2O2 por permanganimetria

Trazer água oxigenada líquida comercial 10 volumes (5,0 mL).

O peróxido de hidrogênio é encontrado facilmente em farmácias e supermercados com o nome comercial


de água oxigenada. Estas soluções podem conter cerca de 3%, 6%, 12% ou 30% (m/v) de peróxido de
hidrogênio, o que corresponde, na nomenclatura comercial, a água oxigenada a 10, 20, 40 e 100 volumes
respectivamente. Assim, 1 mL de água oxigenada a 30 volumes, produzirá, quando decomposta, 30 mL de
oxigênio (0 ˚C e 1 atm). A quantidade de peróxido de hidrogênio em água oxigenada pode ser determinada
por permanganometria em solução ácida, segundo a reação:

2 MnO4- + 6 H+ + 5 H2O2 → 2 Mn2+ + 5 O2 + 8 H2O

A solução de permanganato de potássio utilizada para esta determinação dever ser padronizada, podendo-
se empregar, para isto, o oxalato de sódio ou potássio (padrões primários):

2 MnO4- + 5 C2O42- + 16 H+ → 2 Mn2+ + 10 CO2 + 8 H2O

1. Padronização da solução 0,02 mol L-1 de permanganato de potássio (KMnO4) com oxalato de sódio
a) A solução 0,02 mol L-1 KMnO4 já se encontra preparada.
b) faça a padronização em triplicata.
c) Transfira, para cada um de três frascos erlenmeyer de 250 mL, porções entre 0,1 g e 0,11 g de oxalato
de sódio (Na2C2O4) previamente seco em estufa a 120 ˚C por 2 h (o técnico já efetuou este procedimento).
Anote a massa até a quarta casa decimal e identifique o frasco.
d) Adicione 50 mL de água destilada e dissolva cuidadosamente. Em seguida, acidifique a solução com 1
mL de H2SO4 concentrado e aqueça até 60 ˚C. USE ÓCULOS DE PROTEÇÃO. CUIDADO: Se o
aquecimento for muito rápido ou a chapa estiver muito quente, a solução poderá entrar repentinamente em
ebulição e respingar. Não use termômetro!!
e) Titule a solução quente com a solução de KMnO4 (a reação inicial é lenta). Não deixe a temperatura da
solução ficar abaixo de ~ 50 ˚C. Não use termômetro!!
f) O ponto final é detectado pelo aparecimento de leve cor rósea, persistente por 30 s.
g) Calcule a concentração da solução de permanganato em mol L-1.

2. Determinação de Peróxido de Hidrogênio em Água Oxigenada.


Amostra: Água oxigenada líquida (10 volumes).
a) Faça a titulação em triplicata.
b) Transfira 1,0 mL de água oxigenada para um erlenmeyer de 250 mL (a pipeta de 1,0 mL está com a
amostra).
b) Adicione ~ 25 mL de água destilada e 1 mL de H2SO4 concentrado.
d) Titule com a solução padronizada de KMnO4.
e) O ponto final é detectado pelo aparecimento de uma leve cor rósea, persistente por 30 s.
f) Calcule a concentração de peróxido de hidrogênio em % (m/v) e em "Volumes".

QUESTÕES PARA RELATÓRIO

1. Quais os cuidados que se deve ter na preparação de uma solução padrão de permanganato?
2. Por que se adiciona ácido sulfúrico concentrado em titulações com permanganato?
QUÍMICA ANALÍTICA EXPERIMENTAL
Roteiros de Aulas Experimentais
SEGUNDO CICLO (INSTRUMENTAL)

2º. Semestre/2019
Experimento 6 – CROMATOGRAFIA GASOSA (CG)
Introdução aos princípios básicos de CG:
Separação dos componentes presentes em um propelente de isqueiros
Preparando o instrumento:
a) Ligar o instrumento seguindo o seu procedimento operacional padrão.
b) Ligar o computador e acessar o programa de controle do instrumento (PeakSimple 2000) cujo
ícone se encontra na área de trabalho.
c) Na tela principal do programa, clique em Edit>Channels e ative apenas as opções para o canal
1, conforme apresentado na Figura 1.

Figura 1. Ativação do Canal 1.

d) No canal 1, clique em “Details” e então, no campo “End Time”, insira o valor de 60 minutos
clicando posteriormente em OK.
e) Clique agora em “Temperature” quando uma nova caixa de diálogo irá aparecer (Figura 2).
Remova qualquer entrada já existente, selecionando a mesma e clicando em “remove”. Ainda
nesta caixa de diálogo, clique em “Add” e ajuste os novos parâmetros conforme indicado na
Figura 3.

100 100

Figura 2. Controle da temperatura do forno da coluna.

NOTA IMPORTANTE: O valor inserido no campo “End Time” de “Details” deve ser idêntico ao
valor indicado no campo “hold for” dos parâmetros de temperatura.

f) Esses parâmetros indicam a temperatura do forno da coluna. Clique em “OK” e a tela ficará como
aquela mostrada na Figura 2.
100

100

Figura 3. Ajuste da temperatura de trabalho

g) Clique em Ok até retornar a janela da Figura 1.


h) Clique em “Postrun”, e no campo “Save File as”, digite o nome do arquivo que será salvo e
clique em Ok. (Obs. Mantenha a extensão .CHR)
i) Clique em Acquisition>Run, isso iniciará uma corrida que irá durar 60 minutos. Mantenha a
corrida sem nenhuma injeção até que seja observada a estabilização do sinal (Pergunte ao
professor).
j) Se o sinal estiver estável clique em Acquisition>Stop. Estes dados iniciais não precisam ser
salvos.

Realizando as medidas com forno a 100oC:

k) No programa PEAKSIMPLE2000 acesse file>new para iniciar uma nova corrida.


l) Preencha a seringa de 1,00 mL (Figura 4) com ar cerca de 0,20 mL de ar ambiente e injete o
volume na porta de injeção (Figura 5 B) acionando a barra de espaço do teclado do computador
no momento da injeção, o que iniciará a corrida com aquisição dos dados.
m) Após 10 minutos de corrida (veja marcador no canto superior direito da tela do programa) clique
em Acquisition>Stop e depois em file>save as. Determine uma pasta e o nome do arquivo para
salvar os dados (ESCOLHA A EXTENSÃO ASCII PARA SALVAMENTO)

Figura 4. Frasco para Head-Space e seringa para injeção no cromatógrafo.


Figura 5. Painel frontal do cromatógrafo com detalhes do display de temperatura do forno (A) e da porta de injeção
(B).

n) No programa PEAKsimple2000 acesse file>new para iniciar uma nova corrida.


o) Com o auxílio do professor ou do monitor, preencha o frasco para Head-Space (Figura 4) com o
fluido para isqueiro e feche-o imediatamente. Este procedimento deve ser realizado na capela.
p) Preencha a seringa de 1,00 mL com 0,20 mL do gás do Head-space e injete imediatamente no
cromatógrafo, não se esquecendo de acionar a barra de espaço do teclado no momento da
injeção para se iniciar a nova corrida. (IMPORTANTE: INSIRA A AGULHA NO SEPTO DE
BORRACHA MANTENDO O EMBOLO PRESSIONADA E SÓ ENTÃO VÁ ALIVIANDO A
PRESSÃO MANUAL NO EMBOLO ATÉ ATINGIR OS 0,20 mL)
q) Após 20 minutos de corrida, chame o professor para finaliza-la clicando em Acquisition>Stop.
r) Salve os dados clicando em file>save as. Determine uma pasta e o nome do arquivo para salvar
os dados (ESCOLHA A EXTENSÃO ASCII PARA SALVAMENTO).

Realizando as medidas com forno a 50oC:


s) Repita os passos de “c” até “r” alterando apenas a temperatura do forno para 50oC na caixa de
diálogo da Figura 3. Espere o forno estabilizar a temperatura, o que pode demorar alguns
minutos, antes de injetar o branco.
t)
Para o relatório:

a) Mostre todos os cromatogramas obtidos e identifique os picos com base nos pontos de ebulição
das substâncias que compõem o fluido propelente de isqueiros.
b) Determine as áreas dos picos empregando um software computacional como o Origin® e liste os
valores em uma tabela.
c) Discuta sobre possíveis estratégias para melhorar a separação cromatográfica das substâncias.
d) Explique o que é o chamado Head-Space e em que situações esta estratégia é recomendada.
e) Descreva como deveria ser realizado o procedimento para a determinação quantitativa das
substâncias estudadas.
f) Explique o funcionamento do detector de condutividade térmica e para que classe de substâncias
o mesmo é indicado.

Roteiro simplificado para utilização do software Origin para processamento dos dados do CG.
1- Entrar no programa
2- File import – single ASCII, all files – selecionar o arquivo e importar.
3- Clicar no botão direito do mouse sobre o X e selecionar “set as Y”. Depois, clicar com botão
direito do mouse sobre Y e selecionar “set as X”. (obs: o programa só importa os valores de sinais
e coloca em X – é preciso trocar).
4- Clicar com botão direito novamente em X e selecionar “ fill column with” e selecionar “ row
numbers”.
5- Selecionar as duas colunas, clicar com lado direito do mouse e selecionar “plot line”
6- File save Project- dar nome ao arquivo e salvar
7- Para abrir outro gráfico: abrir nova “worksheet”

Para ajustar o cromatograma:


1- selecionar “tools”, “baseline”- incluir número de pontos:10
2- Selecionar: create baseline – modify
3- Ajustar manualmente os pontos
4- Marcar – “substract”

Para inserir títulos nos eixos; encontrar os picos e as áreas dos picos:
1- Eixos- título- marcar seta- clicar 2 vezes sobre o títulos ( eixo Y – sinal/u.a)
2- Selecionar “tools”- “ baseline pikes” para achar os picos
3- Selecionar- áreas- “user baseline”

Finalmente, para exportar o gráfico: “export page”. Salvar como “ nome.tif”


Experimento 7 – Espectrofotometria UV-VIS
Determinação de sulfato ferroso em medicamento
Aviso: O Medicamento será fornecido na aula.

Preparo das soluções padrões


a) A partir da solução estoque de Fe de concentração 100 mg L-1, prepare os padrões para a curva
analítica e amostras em balões de 25 mL de acordo com a Tabela 1.

b) Após a adição de todos os reagentes, agite e deixe em repouso por 15 minutos no escuro. Após
o tempo de repouso complete os balões até a marca com água destilada.

Tabela 1 - Volumes de cada reagente para a preparação dos padrões em balões de 25 mL.
Tampão Acetato
Solução Fe2+ Hidroxilamina o-fenantrolina
Balão (pH 4,7) [Fe2+] (mg/L)
(100 mg/L) (10 %) (0,1 %)
1 0,00 mL 0,50 mL 2,50 mL 4,00 mL 0,00
2 0,25 mL 0,50 mL 2,50 mL 4,00 mL 1,00
3 0,50 mL 0,50 mL 2,50 mL 4,00 mL 2,00
4 0,75 mL 0,50 mL 2,50 mL 4,00 mL 3,00
5 1,00 mL 0,50 mL 2,50 mL 4,00 mL 4,00
6 1,25 mL 0,50 mL 2,50 mL 4,00 mL 5,00

Preparo da amostra (Devem ser preparadas 3 réplicas de solução de amostra):

a) Determine o volume de amostra de medicamento que deve ser pipetado para um balão
volumétrico de 25,00 mL para que a concentração final de Fe seja de 3,0 mg L-1. (APRESENTE
OS CÁLCULOS AO PROFESSOR ANTES DE REALIZAR A DILUIÇÃO)

b) Após adicionar a alíquota da amostra ao balão, adicione os reagentes na mesma proporção que
foi utilizada para o preparo dos padrões. Agite e deixe em repouso por 15 minutos no escuro.
Complete o balão com água destilada.

Realização das Medidas de Absorbância:

a) Para operação do espectrofotômetro peça o auxílio de um técnico ou do professor.

b) Realize inicialmente a medida para o branco (Solução padrão que não contém Ferro).

c) Em seguida, utilize uma solução padrão qualquer para obter o espectro e determinar o
comprimento de onda de máxima absorbância (realizar as medidas no modo varredura em
um intervalo de 400 a 600 nm).

d) Utilizar o comprimento de onda de máxima absorbância para obter as medidas de todas as


soluções (padrões e amostra) empregando o modo de comprimento de onda único.

Análise dos dados:

 Apresentar o espectro do composto analisado indicando o máximo de absorção.


 Construir um gráfico de absorbância versus concentração (Curva Analítica), apresentar a
equação linear e seu coeficiente de correlação.
 Apresentar a concentração média de sulfato ferroso na amostra, bem como o desvio padrão e o
intervalo de confiança (Nível de 95 %).
 Realizar o teste t (Nível de 95% de confiança) para comparação da média experimental com o
valor declarado no rótulo.
 Incluir, no relatório, a memória do cálculo utilizado para obtenção de todos os resultados.
Experimento 8 – POTENCIOMETRIA DIRETA
(Eletrodo íon-seletivo)
DETERMINAÇÃO DE FLUORETO EM ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
Materiais e reagentes
a) Potenciômetro
b) Eletrodo ISE para fluoreto combinado
c) Agitador e barra magnética
d) Béqueres (25 mL), pipeta volumétrica (10,00 mL) e balões volumétricos (50,00 mL)
e) Solução padrão estoque de fluoreto 1,0×10-3 mol L-1.

Preparo das soluções de trabalho de fluoreto


a) Adicionar em SEIS balões volumétricos de 50,00 mL, 10,00 mL de solução tampão TISAB (Total
ionic Strenght Adjustment Buffer) e alíquotas da solução estoque de fluoreto (1,0×10-3 mol L-1)
para compor soluções padrão com concentrações de 2,0×10-6; 5,0×10-6; 1,0×10-5; 2,0×10-5;
5,0×10-5 e 1,0×10-4 mol L-1. ANTES DE PREPARAR AS SOLUÇÕES MOSTRE OS CÁLCULOS
AO PROFESSOR.
b) Complete os balões até a marca com água destilada e faça a homogeneização.

Curva analítica:
a) Usar as soluções padrão de fluoreto para construir a curva analítica, partindo da solução de
menor valor de concentração para a de maior valor.
b) Transferir cerca de 15 mL da solução a ser lida para um béquer de 25,00 mL (medir 15 mL no
próprio béquer), adicionar uma barra magnética e mergulhar o eletrodo previamente limpo em
cada solução.
c) Realizar a leitura sob agitação branda e anotar o valor após a estabilização do potencial (ou após
um período de tempo pré-determinado).
d) Entre cada troca de solução, lavar o sistema de eletrodo com água destilada, esvaziar béquer
removendo, em seguida, o excesso de água dos materiais.

Determinação da concentração de F- em água de abastecimento (água de torneira)


a) Em três balões de 50,00 mL adicione 10,00 mL de tampão TISAB e complete o volume com água
de torneira (amostra) homogeneizando em seguida.
b) Realizar a leitura de potencial para a triplicata de soluções.
c) Calcular a concentração de F- na amostra, empregando a curva analítica obtida anteriormente.

Relatório
a) Apresentar a curva analítica
b) Comentar os resultados obtidos, comparando-os com os da literatura.
c) Calcular a concentração de F- ([F-]) na amostra e o intervalo de confiança. Obs: o resultado
fornecido pela equação 2 do material de suporte será a incerteza da concentração em
unidades de logaritmo (sx0). Para obter a incerteza em unidades de concentração (sx,conc)
deve-se realizar o seguinte cálculo: sx,conc= 2,303*sxo*[F-].
d) Verificar se o resultado obtido atende as normas estabelecidas pela ANVISA e pelo ministério da
saúde (MS 2914/2011) para água potável.
e) Discutir sobre a necessidade de uso de um tampão de força iônica nas medidas.
f) Incluir a memória do cálculo utilizado para obtenção de todos os resultados.

Disposição de Resíduos e Rejeitos:


Transferir os resíduos com tampão TISAB em recipiente devidamente identificado.
Experimento 9 – ESPECTROSCOPIA DE ABSORÇÃO
ATÔMICA
DETERMINAÇÃO DE COBRE EM AMOSTRA DE CACHAÇA
Curva analítica:
 Preparar os padrões em balões de 50,00 mL conforme indicado na tabela abaixo. Utilizar solução
estoque contendo 200 mg/L de Cu2+.

Número do balão Vol. sol. estoque de Cu2+ (µL) [Cu2+] (mg/L)


1 0 0
2 125 0,5
3 250 1,0
4 500 2,0
5 750 3,0
6 1000 4,0

 Com auxílio técnico, ligue o equipamento seguindo as instruções do Procedimento Operacional


Padrão (POP).
 Realizar as medidas de absorbância em triplicata para cada solução.
 Com base nos valores de absorbância obtidos, escolha a melhor diluição para a amostra. Prepare
3 soluções da amostra, com base na diluição escolhida, e realize medidas em triplicata para cada
solução.

Análise dos dados:

 Construir a curva analítica (absorbância versus concentração) e incluir o coeficiente de


correlação (r2) e a equação da curva analítica.
 Calcular concentração de cobre para cada solução de amostra de cachaça e o valor médio
acompanhado de sua incerteza pela curva analítica com 95 % de confiança.
 Apresente uma tabela com os resultados de sensibilidade, precisão medida pelas triplicatas das
amostras, precisão relativa (coeficiente de variação) e o limite de detecção do método pela
definição da ISO (norma nº ISO 11843-2 de 1996).
 Compare o valor determinado de cobre com o teor permitido pela legislação brasileira.
 Incluir, no relatório, a memória do cálculo utilizado para obtenção de todos os resultados.
 No relatório:
Descreva as funções dos principais componentes do instrumento como lâmpada de catodo
oco, chama, monocromador e fotomultiplicadora.
Experimento 10 – COULOMETRIA AMPEROSTÁTICA
DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO EM COMPRIMIDOS
EFERVESCENTES

IMPORTANTE: Os estudantes deverão trazer para a aula 3 (três) comprimidos efervescentes


de vitamina C (ácido ascórbico) contendo 1,0 g de vitamina C por comprimido.

Objetivo: Avaliar a aplicação da lei de Faraday à uma determinação analítica quantitativa envolvendo a
geração in situ de titulante com corrente constante.

Materiais
a) Balão volumétrico de 250 mL
b) Pipeta volumétrica de 5,0 mL ou micropipeta (1,0 – 5,0 mL)
c) Proveta de 5,0 mL
d) Proveta de 100,0 mL
e) Gral e Pistilo
f) Béquer de 150 mL
g) Vidro de relógio.
h) Solução de iodeto de sódio (NaI) 0,25 mol L-1
i) Solução de amido recém preparada
j) Potenciostato/Galvanostato com célula para titulação coulométrica.
k) Agitador magnético.

Preparo da Amostra:

a) Pesar separadamente 3 comprimidos de vitamina C, anotar as massas e calcular a massa média de


um comprimido.

b) Triturar os três comprimidos com gral e pistilo até obter um pó homogêneo.

c) Pesar a massa aproximada de um comprimido (a massa exata medida deve ser anotada) e
transferi-la para um béquer de 150 mL.

d) Adicionar cerca de 80 mL de água ao béquer para dissolver o comprimido. Use um vidro de relógio
para evitar que a amostra “espirre” para fora.

e) Transferir a solução resultante para o balão volumétrico (250 mL), completando o volume do balão
com as águas de lavagem do béquer e do vidro de relógio. HOMOGENEIZAR a solução.

Realização das medidas:

a) Lavar a célula coulométrica e os eletrodos com água de torneira enxaguando, em seguida, com
bastante água destilada.

b) Transferir para a célula coulométrica com a barra magnética (“peixinho”), 100,0 mL da solução de
NaI, 3,0 mL da solução de amido e 5,0 mL da amostra (pipeta volumétrica).

c) Fechar a célula com a tampa contendo os eletrodos, tomando-se cuidado para que os mesmos não
toquem as paredes da célula.

d) Fixar o terminal tipo “jacaré” de cor preta ao eletrodo gerador (rede de platina).

e) Fixar os terminais tipo “jacaré” de cores verde e vermelha ao eletrodo auxiliar (bastão de platina).

f) Ligar a agitação magnética.


a) Carregar o programa do galvanostato clicando em MQPG_R (aplicativo DOS) na área de trabalho.

b) Clicar na aba opções>operação e selecionar aplicação especial (modo galvanostato).

c) Clicar na aba arquivo>aquisição. Na nova janela aberta, clicar em arquivo>abrir para abrir o arquivo
“COULOVIT”.

d) Clicar na aba arquivo>sair

e) Clicar em “OK” até que apareça a janela “Iniciar a aquisição?”. Inicie a medida clicando em “sim” e
anote o valor de corrente aplicada. Observe que a corrente deve permanecer constante durante o
processo (Anote o seu valor).

f) Observe atentamente a célula coulométrica e interrompa a titulação clicando a tecla “ENTER” do


teclado quando a solução apresentar cor azul/roxa persistente.

g) Anote o tempo necessário para completar o processo, o qual é indicado na janela do programa.

h) Repita o procedimento mais duas vezes.

Resultados:

a) Apresente no relatório as massas individuais dos comprimidos, sua massa média e a massa
efetivamente dissolvida em 250 mL para obtenção dos resultados.

b) Em uma tabela, apresente os tempos requeridos para finalizar cada titulação indicando também a
corrente que foi aplicada durante o processo.

c) Mostre as equações para a semi-reação de geração do I2 a partir de I- e aquela para a reação de


oxidação do ácido ascórbico com o I2.

d) Mostre claramente qual a razão estequiométrica entre o número de mols de elétrons envolvidos no
processo e o número de mols de ácido ascórbico oxidado pelo I2.

e) Para cada titulação, determine a concentração de ácido ascórbico por comprimido expressando-a
como massa de ac. Ascórbico (g) / comprimido

f) Encontre a concentração média e determine o intervalo de confiança para o resultado

g) Compare o resultado obtido com aquele indicado pelo fabricante ao nível de 95% de confiança.

h) Apresente algumas vantagens das titulações coulométricas em relação às titulações volumétricas.

Disposição de Resíduos e Rejeitos: descarte os resíduos do experimento em um frasco rotulado para


resíduo de iodo/iodeto.
Material de suporte para análise de dados:
Incerteza da medida em métodos clássicos Dado que a concentração final e a incerteza de
uma amostra são dadas por xF(valor experimental)
Em métodos clássicos a incerteza pode ser
e sF, respectivamente, que consideram todas as
obtida por cálculos de propagação de erro e pelo
etapas de diluição e seus erros. O intervalo de
desvio padrão de resultados obtidos por meio de
confiança é calculado como:
replicatas autênticas. No caso de m replicatas,
a) para métodos utilizando curva analítica:
obtêm-se sxo por:
x F ± t 95 ,ν × s F (5)
m

 (x i − x )2 a) para métodos utilizando métodos clássicos:


(1)
s xo = i =1
x F ± t 95,ν ×
sF
m −1 m
(6)

onde x é a média das concentrações e xié o valor onde, t95,νé o valor tabelado da distribuição t-
individual de cada replicata. Student com 95 % de confiança e ν graus de
liberdade.
Incerteza para uma estimativa da
concentração utilizando uma curva analítica Coeficiente de variação
Métodos de regressão utilizam uma curva Expressa o desvio padrão relativo percentual
analítica para estimar a concentração da espécie de um resultado, estimado como:
de interesse. Nestes casos, obtêm-se sxo por:
sF
sy 1 1 ( y0 − y ) 2 CV = × 100 (7)
s xo = + +
x
x
n
b m n (2)
b 2  ( xi − x ) 2 onde x é a média dos das concentrações
i =1
estimadas em cada replicada da amostra e sxo o
onde, b é o coeficiente angular, n é o número de
desvio padrão das replicatas.
padrões utilizados na construção da curva, m o
número de replicatas (amostras), y0 é a média do
Precisão em nível de repetitividade
valor da medida instrumental para a amostra, y é
a média das medidas instrumentais para os A precisão expressa o grau de concordância
entre os resultados uma série de medidas feitas
padrões da curva analítica, x é a média das
para uma mesma amostra homogênea em
concentrações dos padrões e xi a concentração do
condições determinadas. A repetitividade é a
padrão i. O valor det95,ν é tabelado da distribuição
precisão do método em um curto intervalo de
t-Student com νgraus de liberdade.
tempo. Pode ser determinada a partir de um
Para uma curva de adição de padrão o valor de
mínimo de seis determinações consecutivas de
m é igual a 1 e o valor de yoé igual a zero, pois não
uma amostra ou por meio de nove valores
existe medida instrumental para a amostra. Assim,
individuais (três valores de concentração e três
a incerteza é calculada como:
replicatas) que cobrem a faixa útil do modelo de
calibração.
sy 1 y2
s xo = +
x n

b n n
(3)  (x i − x)2
b 2
 (x i − x) 2
repetitividade = i =1
(8)
i =1 n −1
Para as equações (2) e (3), sy/x é o desvio- onden é o número de replicatas, x é a média dos
padrão dos resíduos da curva analítica: valores estimados da concentração e xi o valor de
n
cada replicata.
(y i − yˆ i ) 2
(4)
sy x = i =1 Limite de detecção (LOD) segundo a IUPAC
n−2 De acordo com a definição adotada pela
ondeyi e ŷi são os valores instrumentais medidos Internatinal Union
e estimados pela curva analítica, respectivamente. ofPureandAppliedChemistry(IUPAC) [1], o LOD
Intervalo de confiança para a concentração de (do inglês, limitofdetection) é a menor quantidade
uma espécie de interesse da espécie de interesse (concentração) que pode
ser detectada, mas não necessariamente
quantificada, sob condições experimentais estimativa adotada pela ISO todas as fontes de
estabelecidas. Desta maneira, o LOD deve levar erro são consideradas, obtêm-se um LOD é muito
em conta as probabilidades de ocorrência de erros mais realista que a adotada pela IUPAC.
falso positivo e falso negativo, usualmente nos
níveis de 95% (0,05) de confiança. Para modelos
Teste de hipóteses
de calibração em modo geral, a maneira mais
simples de estimar o LOD é a partir da Testes estatísticos podem fornecer subsídios para
sensibilidade do método e da flutuação do ruído aceitação ou rejeição hipóteses. No caso da
instrumental (sruído), que é estimada pelo desvio comparação de resultados experimentais com um
padrão do branco (sbranco): valor de referência, pode-se utilizar o teste-t de
Student:
a s ( branco )
LOD = + 3,3 (9)
( x − xR ) n
b b t cal = (12)
s xo
onde a constante 3,3 corresponde ao nível de
confiança de 95% para ambos os erros falso ondetcal, em módulo, é obtidocom a
positivo e falso negativo, b é a sensibilidade do concentraçãoou valor médio determinado
método(estimada pelo coeficiente angular da experimentalmente ( x ), a concentração ou valor
curva analítica) e a é o valor do intercepto da
de referência (xR), a incerteza para a estimativa da
equação da reta. Contudo, para que a utilização da
concentração ou do valor calculado
equação 8 leve à uma estimativa realista do LOD,
experimentalmente (sxo) e o número de replicatas
é necessário que diversas condições sejam
utilizadas (n). O valor de tcalc é comparado com
satisfeitas, como: a distribuição dos erros da
valores tabelados de t (ttab) para diferentes níveis
concentração da espécie de interesse no nível de
de confiança e graus de liberdade:
concentração igual a zero e no nível do LOD sigam
uma distribuição normal, tenham uma mesma Distribuição t de Student bilateral.
dispersão e que o desvio padrão populacional Graus de
dessa distribuição seja igual a sbranco[1]. Além disso, 90% 95% 99% 99,9%
liberdade
a constante 3,3 apenas pode ser aplicada se o 1 6,314 12,71 63,66 636,6
numero de graus de liberdade de sbranco for ao 2 2,920 4,303 9,925 31,60
3 2,353 3,182 5,841 12,92
menos 20. Caso isso não seja satisfeito deve-se
4 2,132 2,776 4,604 8,610
utilizar: 5 2,015 2,571 4,032 6,869
a s 6 1,943 2,447 3,707 5,959
LOD = + 2 t 95,ν ( branco ) (10) 7 1,895 2,365 3,499 5,408
b b 8 1,860 2,306 3,355 5,041
9 1,833 2,262 3,250 4,781
10 1,812 2,228 3,169 4,587
onde, t95,νé o valor tabelado da distribuição t-
Student com ν graus de liberdade. Na prática as
estimativas obtidas pela equação 8 ou 9 são Duas hipóteses são formuladas: ahipótese nula
geralmente otimistas em decorrência da estimativa (H0) afirma que há uma igualdadeentre os valores
de sbranco não considerar todas as fontes de erro. de t testados, enquanto que H1 nega a hipótese
nula. Assim, se tcal for maior que o valor de ttab, a
hipótese nula é rejeitada e os valores testados são
Limite de detecção (concentração mínima diferentes entre si. Quando tcal for menor que ttab,
detectável)segundo a norma ISO 11843-2 os valores testados não diferem entre si para um
determinado intervalo de confiança.
A aplicação do cálculo LOD pode ser expresso
como:
sy x 1 1 y2 Sensibilidade
LOD = a + 2t 95,ν + + n
b m n (11) Representa ahabilidade em discriminar pequenas
b 2  ( xi − x ) 2
i =1 diferenças naconcentração do analitoà partir da de
variação intensidade do sinal analítico medido. Por
onde, sy/x é o desvio-padrão dos resíduos da curva este motivo, é comumente expressa pela
analítica de coeficiente angular b, n é o número de inclinação da curva analítica (b).
padrões utilizados na construção da curva, m o
número de replicatas, y é a média das medidas Referências
instrumentais para os padrões, x é a média das [1] L. A. Currie; Nomenclature in evaluation of analytical
concentrações dos padrões e xi a concentração do methods including detection and quantification capabilities.
padrão i, t95,νé o valor tabelado da distribuição t- Pure & Appl. Chem. 1995, 67, 1699.
Student com ν graus de liberdade. Uma vez que na [2] ISO 11843-2; Capability of detection; International Standards
Organization: Geneva, Switzerland; 2000

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